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BASES PARA MAQUIAGEM: UMA PROPOSTA DE UM SELO DE PA DRONIZAÇÃO
DE TONALIDADES DE CORES PARA FABRICANTES DE MAQUIAG EM
Karla Maraschim¹ - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Leziane Rakelli Teixeira² - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Marin Thives³ - Orientadora - Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos ¹[email protected] ²[email protected] ³[email protected]
RESUMO
Desde a pré historia até os dias de hoje estamos em uma constante evolução tecnológica, produtos cosméticos muito mais desenvolvidos e sofisticados, procurando alcançar as necessidades do consumidor, gerando assim lançamentos de produtos inovadores no mundo da beleza. Dentre todos os cosméticos foi feito a escolha do produto base, para análise, como estudo de caso, por ser um produto fundamental na maquiagem, por ter uma variedade imensa de tons e cores, os consumidores sentem uma insegurança na hora da escolha do produto. Devido à variedade de cores e tonalidades dos cosméticos bases existentes no mercado, acaba dificultando para o consumidor encontrar muitas vezes a tonalidade certa para seu tipo de pele. Através das cores os produtos constroem a sua linguagem e identidade, a escolha da tonalidade errada pode não desmerecer a funcionalidade do produto, mas sim comprometer significativamente o seu valor. Os fabricantes de cosméticos que produzem maquiagem utilizam pigmentos sintéticos, orgânicos e inorgânicos que tem por objetivo dar cor e estabilidade nos produtos. Todavia por não existir um acordo pelos fabricantes de maquiagem para utilizar os mesmos pigmentos, não existe no mercado uma tabela padronizada de cores. Com isso este artigo sugere uma proposta de um selo de padronização de tonalidades de cores entre todos os fabricantes do cosmético base, especificando cada tom de pele e região do Brasil. Uma sugestão que trará uma praticidade para o consumidor na hora da escolha e uma maior segurança em utilizar o produto base de acordo com a sua necessidade. Palavras chaves: base, pigmentos, padronização, consumidor.
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INTRODUÇÃO
Conta à lenda que na Grécia Antiga, Psyché foi buscar no inferno o segredo da pele branca
da deusa Vênus, trazendo a cerusa, ou alvaiade, para compor suas fórmulas mágicas. Até a
Renascença italiana esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres,
que à noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo cru molhado no leite a fim de minimizar
os efeitos nocivos causados pelo alvaiade (VITA, 2008).
Já na história de Roma todas as mulheres abastadas eram dadas às máscaras noturnas, onde
ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para
formar papas de beleza. A aparência translúcida foi imitada em misturas de giz, pasta de vinagre e
claras de ovos durante muitas décadas. Com a queda do Império Romano, o hábito de se maquiar
sofreu um tipo de rejeição por ter sido associado ao comportamento devasso dos romanos (VITA,
2008).
Na Idade Média os líderes religiosos expressavam sua indignação contra o uso de artifícios
coloridos. No relato de São Jerônimo fica evidente a reprovação do ato de maquilar-se, visto
como força do mal e da impureza. “... O que faz essa coisa púrpura e branca no rosto de uma
mulher cristã, atiçadores da juventude, fomentadores da luxúria, e símbolos de uma alma impura
Ao invés de caras pintadas surge um novo padrão de beleza” (VIGARELLO, 2006).
O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela
que tem "... a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII,
período de Heian, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência
extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz,
chamado oshiroi. Depois passaram também a usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para
colorir as maçãs do rosto (VITA,2008).
Aproximadamente em 150 a.C o físico Galeno criou o primeiro creme facial do mundo,
adicionando água à cera de abelha e óleo de oliva, não imaginou que estaria contribuindo
definitivamente com a vida de todas as mulheres. Mais tarde, o óleo de amêndoas substitui o
azeite e a incorporação de bórax contribui pra a formação da emulsão, minimizando o tempo de
processo. A primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação
na face. Nascia então a primeira base facial cremosa, um produto como nome já diz básico para
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qualquer maquiagem, passou a ser adotado e adorado por cada vez mais mulheres (GAMBOA,
2007).
A base passou por várias etapas, mesmo em alguns momentos sendo prejudicial à saúde,
como na Grécia antiga e na história de Roma. Não deixou de ser um produto procurado e tão
usado pelas mulheres.
No ano de 1914, Max Factor criou a primeira maquiagem especificamente para
personagens de filmes, uma espécie de graxa cosmética em forma de creme com 12 tipos de
graduações de cores, servindo de base para receber a maquiagem. Pouco depois, em 1937, após
seis meses de pesquisas, introduziu o famoso Pancake, utilizado em filmes coloridos que
revolucionou o mercado de maquiagens no mundo inteiro. O novo produto, quando aplicado com
uma esponja úmida, oferecia um acabamento fosco transparente enquanto ocultava pequenas
imperfeições da pele (KADUDIAS, 2009).
Somente no século XX, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. A maquiagem
oscilou de acordo com as preferências políticas até o começo do século XX. A rainha Vitória, por
exemplo, tinha rígido controle sobre as mulheres e a maquilagem não era vista com bons olhos.
Mas no começo do século XX a maquiagem se consolidou. A Primeira Guerra Mundial gerou
grandes transformações. Uma delas modificou drasticamente o dia-a-dia das mulheres que
passaram a trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro assumindo gastos com a beleza (VITA, 2008).
Com o avanço da indústria química nos últimos anos, os fabricantes têm se preocupado
cada vez mais em oferecer opções de cosméticos, que se tornaram produtos de uso geral para as
consumidoras. Hoje com a facilidade de cuidar da pele há um aumento no consumo de
maquiagem, gerando conseqüentemente lançamentos de produtos, inovando o mundo da beleza.
Segundo Molinos (2002), “a maquiagem não serve apenas para embelezar. É um poderoso
acessório que reforça seu estilo, a personalidade ou a atitude que você quer ter num determinado
dia, num certo lugar”. No séc. XXI as mulheres podem se beneficiar do produto que colore e
trata a pele, limpa, perfuma e protege, como nunca antes na história da humanidade.
Atualmente, com a grande variedade de produtos de maquiagem, as bases estão cada vez
mais se destacando. No entanto dentre tantas opções é preciso saber escolher a base certa para seu
tipo e tom de pele. Com inúmeras tonalidades de base no mercado sem uma devida padronização,
muitas vezes o consumidor na hora da compra fica em dúvida com relação à cor. Para que o
consumidor compre determinado produto é preciso que a empresa fabricante esteja de acordo
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com outras empresas em relação à disponibilidade de pigmentos e cores mais padronizada.
É importante uma reflexão dos fabricantes para seleção na fabricação de pigmentos mais
próximos do tom da pele. É mais válido do que disponibilizar uma grande variedade de cores,
oferecer uma tabela de cores padronizada que responde as necessidades do consumidor.
Torna-se oportuno uma sugestão para os fabricantes de um selo de padronização em suas
tonalidades, conforme a pele, regiões do Brasil. De acordo com a pesquisa da UNICAMP, para
facilitar o consumidor na hora da escolha do tom certo para a sua pele, indiferente da textura,
espalhabilidade, ou marca. Desta forma, este artigo estuda o cosmético base e suas tonalidades,
para á análise e desenvolvimento de uma sugestão de um selo de padronização de cores de bases
fabricadas no Brasil, com seus respectivos pigmentos predominantes. Com objetivo de
disponibilizar para as empresas fabricantes de maquiagem um selo de padronização de
tonalidades de cores de bases. Visando assim uma facilidade e mais segurança para o consumidor
e profissional na hora de sua escolha.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As brasileiras estão usando cada vez mais o que chamamos de produtos de cobertura de
pele. E dois motivos colaboraram com esse fato: em primeiro lugar, a introdução de produtos
mais modernos, com textura delicada, que resultam em uma aparência natural, distante do look
artificial, tão temido pelas consumidoras. Outro ponto é a conscientização da necessidade da
proteção solar da pele e contra os agentes externos (ALVES, 2009).
O mercado de cosméticos oferece hoje uma enorme quantidade de produtos, dando ênfase
ao produto base, com fórmulas especiais que congregam, num só produto, várias funções. No
entanto, dentre tantas opções, é preciso saber escolher a base, pois são inúmeros ativos e diversos
veículos de apresentação – bases líquidas, compactas, em bastão, em pó. Molinos (2002) acredita
que quando bem aplicada, é resultado simplesmente de uma pele lisa, uniforme e sem manchas.
Por isso, as bases faciais passaram a ser a peça – chave na hora da maquiagem. Já Cezimbra
(2005) destaca que a base protege a pele contra as agressões externas. Disfarça imperfeições, dá
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aparência de pele perfeita e uniforme.
É longa a trajetória da maquiagem. Desde os tempos quando as rainhas egípcias aplicavam
sombras nas pálpebras e base no rosto até a atualidade, essa história passou por várias etapas: da
repressão ao auge da beleza na Idade Média, até chegar aos dias de hoje, que por meios de
comunicação é divulgada e comercializada, tornando-se assim um objeto de fácil uso.
No mercado atual os cosméticos de maquiagem cada vez mais se destacam, pode-se citar o
produto cosmético base que estão sendo desenvolvido para dar cor, realçar “pontos fortes”,
disfarçar defeitos e homogeneizar a cor da face e pescoço. A oferta de maquiagem para o
mercado está bem renovada, texturas diferenciadas, multifuncionalidades e tratamentos para
coberturas naturais e uniformes da pele, resultando assim em novos conceitos para bases que se
adaptam a vários tons de pele, deixando-a uniforme, naturalmente iluminada e proporcionando a
cobertura de imperfeições (ALVES, 2007).
Para obter-se um novo efeito nas bases, novos pigmentos micronizados com partículas
muito finas, promovem uma cobertura bastante uniforme da pele. As novas tendências de
pigmentos para maquiagem buscou inspiração de brilho em diamantes. As cores e os efeitos
assemelham-se aos de um arco íris, os dourados refletem a riqueza do ouro. As bases devem
apresentar além de sua função principal que é embelezar, um tratamento de proteção solar
UVA/UVB (JULIAN, 2007).
Os anos atuais trazem uma variedade de produtos de maquiagem que além de garantir um
belo visual não descuida do item proteção. Uma base hoje está a anos-luz de suas antecessoras.
No passado, elas mais pareciam cimento, formando uma camada no rosto. Nos últimos anos, o
desenvolvimento tecnológico da maquiagem privilegiou as bases, com descobertas em diversas
frentes (CICHELERO, 2009).
Mais suavidade com adição dos silicones permitiu melhor aderência à pele, deslizamento
suave, tato agradável e durabilidade maior. Há vários tipos de silicone, mas em geral parte da
molécula se volatiliza (evapora) e a outra é composta por resinas altamente compatíveis com a
pele, formando um filme, que funciona como uma barreira invisível a fatores externos, como a
poluição. Surgiu também à base Clone da pele que são as bases que se adaptam a qualquer tom de
pele, o chamado efeito mimetizador, devido à tecnologia, em apenas três e seis alternativas
diferentes de cor (dependendo da marca) combinarem com todas as peles. Isso se deve aos novos
pigmentos utilizados (CICHELERO, 2009).
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Outra opção de base é o efeito camuflagem, obtido graças a partículas que acrescentadas à
base têm a capacidade de direcionar a reflexão da luz, natural ou artificial, de forma difusa, é um
efeito óptico. Ao incidir na pele, os raios de luz se refletem em todas as direções, dificultando a
percepção exata da superfície, o que permite disfarçar as imperfeições (CICHELERO, 2009).
A maquiagem atribui-se propriedades cosméticas como melhora na hidratação, um
tratamento que as bases hoje oferecem se deu pela melhoria que a indústria cosmética alcançou
no resultado final da composição da base como maquiagens foram introduzidas na sua
formulação ingredientes capazes de tratar a pele.
A hidratação é alcançada por meio do método de barreira, formando um filme e impedindo
a saída de água. O Pantenol (pró-vitamina B5), por exemplo, é um dos umectantes fundamentais
para manter a água na camada córnea (a parte superficial da epiderme). Defesa contra os radicais
livres - as vitaminas A, C e E, presentes em várias fórmulas, combatem o envelhecimento
precoce da pele. A vitamina C também ajuda a minimizar as discromias (diferenças de tonalidade
no rosto) (CICHERELO, 2009).
A proteção solar encontradas nos produtos cosméticos base, possui novas combinações
entre filtros químicos e bloqueadores físicos possibilitaram obter um bom nível de proteção, sem
prejudicar o acabamento natural do produto na pele. São encontradas em uma grande variedade
de cores e tipos, é o elemento principal de qualquer maquiagem. Tem-se hoje a venda no
mercado, bases líquidas hidratantes, bases líquidas oil free, bases com filtro solar tonalizantes,
bases fluídas de água, bases cremosas, pan cake, duo cake, paint stick, bases em spray e air
brusch
Segundo Molinos (2002), bases líquidas são mais transparentes, dando um efeito mais
natural. Base cremosa adere melhor à pele, cobrindo com eficácia. Base + Pó (duocake) o
mercado oferece para dispensar o uso de pó, tem efeito mais pesado que as bases líquidas e
cremosas, porém mais leve que o pancake. Pancake, dissolvido em água, dá uma cobertura total,
mais pesado e opaco.
As bases devem se adequar a cada tipo de pele, dentre elas temos: Pele oleosa ou lipídica: é
fundamental uma base leve, não comedogênica e que seja livre de óleo (oil-free). Pele seca ou
alípica: para esse tipo de pele recomendam-se bases cremosas, que dão cobertura média e um
acabamento aveludado. Pele normal ou eudérmica: opte por bases líquidas hidratantes, duo cake,
paint stick. Peles oleosa e jovem deve usar produtos mais secos, como pós, eles contêm mais
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pigmentos, maior poder de cobertura e camuflam as imperfeições. Peles mais secas, ou mais
maduras, necessitam de maquiagens cremosas e líquidas de preferência oil free, pois contem
menos pigmentos e permanecem na face sem ressecar a pele, evitando ressaltar rugas e linhas de
expressão.
Para representar o mundo em que vive, o homem procurou na natureza elementos que
tivessem cor, para com eles colorir seus utensílios, suas roupas, seus desenhos e suas pinturas.
Esses elementos corantes chamam-se pigmentos, são extraídos de minerais e vegetais e estão
presentes em todas as tintas. Atualmente, a maioria dos pigmentos é sintético, obtidos por
processos químicos industriais (THOMÉ, 2009).
Os pigmentos utilizados em cosméticos são de origem orgânica e inorgânica. Os pigmentos
orgânicos se diferenciam dos inorgânicos principalmente pela vasta gama de tons muito
brilhantes e pelo elevado poder de coloração. Por outro lado, os pigmentos inorgânicos
apresentam sobre tudo uma excelente estabilidade química e térmica e também, em geral, uma
menor toxidade para o homem e para o ambiente. Estão presentes na forma de pó antes de serem
incorporados às formulações de maquiagem (ALVES, 2009).
A maioria dos produtos de cosméticos para maquiagem é composta de matéria prima,
sólidos, semi-sólidos ou líquidos. Sua função, aparência e suas propriedades ópticas é uma
função da proporção de suas partículas de pigmentos em suspensão da dispersão. Uma dispersão
de pigmento imprópria pode causar instabilidade no produto, fraca adesão à pele, fraco poder de
cobertura e mudança de cor (GOLDNER, 1986).
Para Hollenberg (1997) a questão de avaliar os pigmentos e defini-los justamente se faz
necessário pela diversidade de tonalidades disponíveis pela influência determinante que ele tem na
cor da base. Assim como outros materiais úteis na fabricação de cosméticos, os pigmentos
microfinos foram inicialmente desenvolvidos para a indústria de tintas. Durante os últimos 25 anos,
óxidos de ferro microfinos e transparentes vêm sendo utilizados como material de acabamento na
indústria cosmética, proporcionando profundidade à cor e uma proteção contra a degradação
provocada pelos raios UV.
O autor acrescenta ainda que os óxidos metálicos microfinos são utilizados em formulações de
produtos para maquiagem, principalmente em pó compacto e em bases emulsionadas, tendo a
capacidade de emulsionar cor e FPS ( fator de proteção solar), sem deixar uma aparência
acinzentada nos produtos de maquiagem para peles morenas. A utilização prática de tintas e
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pigmentos ao longo do tempo fez o homem entender que as cores poderiam ser sintetizadas em seus
componentes básicos, chamadas cores primárias, a partir das quais todas as outras poderiam ser
formadas.
Os pigmentos são pós ou partículas bem reduzidas, dispersas nas tintas. São comumente
usadas em tintas a base de água, óleo ou solvente. Os pigmentos básicos são aqueles que
proporcionam a brancura e as cores, são também responsáveis pelo alto poder de cobertura
(MARTINS, 2009).
As cores percebidas por nossos receptores visuais não correspondem às cores
encontradas na natureza, ou seja, a cor é uma sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão,
pode ser observada através dos raios luminosos. Só podemos perceber as cores na presença da
luz. Cor é luz. A cor é o resultado do reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento
(OLIVEIRA, 2006).
Pigmento é a substância material que, conforme a sua natureza absorve e reflete os raios
luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. É a qualidade da luz refletida que
determina a sua denominação. Essa mistura de cor-pigmento é chamada de síntese subtrativa, por
ser oposta a mistura aditiva que acontece com a cor-luz. Ou seja, se na cor-luz, o branco é a
reunião de todas as cores, na cor-pigmento, o preto é a mistura de todas as cores.
Cada teoria se encaixa e está correta em um contexto: a cor-luz se refere ás luzes, enquanto
a cor-pigmento é referente ás tintas, pigmentos. Na natureza amarelo, azul e vermelho são as
cores de onde todas as outras se originam a partir de suas combinações, amarelo e azul dá origem
ao verde, do vermelho e amarelo surge o laranja, o azul e o vermelho têm-se o roxo. A
combinação de cores primárias forma cores secundária, que combinadas com as cores
secundárias formam cores terciárias e assim por diante (THOMÉ, 2009).
As cores primárias são fundamentais para esta análise justamente por serem as cores que
determinam as variedades de cores da pele humana. De acordo com Jackson (1981) o tom de pele
provém de três pigmentos: melanina (marrom/azulada), carotina (amarelo) e hemoglobina
(vermelho), é a combinação particular deste três pigmentos que lhe confere seu tom individual da
pele. Justamente por os pigmentos básicos serem os mesmos encontrados na pele, é de suma
importância a utilização desse conhecimento para criação de uma proposta de cores em base.
Para uma analise correta da cor da pele é preciso saber a teoria da cor e da luz, pois a pele
sofre influencias sobre a luz.
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As cores são classificadas de acordo com sua luminosidade numa escala de 0 á 10 na estrela
de Itten, o preto puro por não conter luz é 0, não é visto, o branco é luz, é 10. O amarelo é a cor
primária mais luminosa, é o pigmento predominante em pessoas de peles quentes, o azul é a cor
mais escura, é o pigmento predominante em pessoas de peles frias (HALLAWELL, 2009).
Porém, as cores se classificam conforme a influencia da luz, exatamente como a
classificação das temperaturas da pele em fria e quente.
A luz é medida de acordo com sua temperatura e fidelidade de reprodução de cor. A
temperatura da luz é medida em graus KELVIN (K°).
5.000 e 6.000 °K Neutra
Abaixo de 5.000°K Amarelada, quente e suave
Acima de 6.000°K Azulada, fria e vibrante
No inicio do dia e no final da tarde, 3.400°K Natural e amarelada
Se as luzes forem artificiais, as lâmpadas devem ser de um tipo que não altere as cores. A
analise da cor da pele deve ser feita em um ambiente de luz neutra, pisos e paredes claros
(HALLAWELL, 2009).
Uma pesquisa realizada pelos alunos da UNICAMP em 2005 identificou 125 tons
diferentes de pele no Brasil, e a cada dois anos surgem mais quatro tons. Dentre eles destacam-se
11 tipos étnicos que representam as variações de peles encontradas no país, como:
• Pele muito clara: descendentes de alemães, holandeses e italianos. Tem dificuldade
de se bronzear e sua pele é muito sensível.
• Pele clara bege: cor predominante é a bege, as sardas alteram a pigmentação, é
preciso evitar o sol em excesso.
• Pele clara amarelada/oriental clara: encontrada em todo o país, se bronzeia com
facilidade, tem como característica uma pigmentação mais amarelada.
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• Pele clara rosada: pele clara e cabelos castanhos e possui uma pigmentação mais
rosada. Pele morena rosada/oriental rosada: pigmentação amarela predominante
apresenta tons de bronzeados e rosados.
• Pele morena amarelada/ oriental amarelada: morena dourada de olhos castanhos,
pigmentação predominante amarelada.
• Pele morena escura bronzeada: se bronzeia com facilidade e também possui uma
pigmentação predominante amarelada.
• Pele mulata amarelada: mistura do branco com o negro, em geral tem uma
pigmentação mais amarelada.
• Pele mulata escura: se bronzeia com facilidade, portanto, sua pigmentação torna-se
mais escura e acinzentada com o tempo.
• Pele negra amarelada: descendentes de negros e índios, possuindo uma
pigmentação mais amarelada.
• Pele negra escura: tom mais acinzentado e escuro, descendente de negros puros,
pedindo um produto que realce o tom da pele com cobertura suave que preserve o
brilho natural.
Montamos uma tabela, conforme pesquisa da UNICAMP, contendo os tons de pele e a região do
país, acrescentando o pigmento predominante para cada tipo de pele e a base adequada a seu tipo
pele conforme predominância do pigmento.
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O mercado cosmético é altamente promissor, um dos que mais crescem, trata-se de um
mercado de quase 40 bilhões de dólares em todo mundo, segundo dados do Euromonitor, o Brasil
responde por quase 2 milhões desse total. Nos produtos de beleza as cores são fundamentais para
atrair a atenção dos consumidores nos pontos de venda, além de inovações nas embalagens,
cores, fixação e durabilidade. Giuliani (2003) ressalta que as empresas precisam organizar uma
série de pistas coordenadas que, coletivamente, atendam ou superem as necessidades e as
expectativas dos consumidores.
Confiança é construída também a partir de uma relação recente bem sucedida com o
prestador de serviços. A eficácia do produto apenas se traduz a partir de um atendimento
Tons de Pele
Região
Pigmento Predominante
Cores de Bases
Pele muito clara Sul do Brasil Azul Bege claríssimo
Pele clara bege Sul do Brasil Amarelo Bege Clara
Pele clara amarelada Sul e Sudeste Amarelo Bege Clara Dourada
Pele clara rosada Sul Vermelho Bege Clara Rosada
Pele morena rosada Sudeste e Sul Vermelho Bege Morena Rosada
Pele morena amarelada Nordeste Amarelo Bege morena Dourada
Pele morena escuro-bronzeada Centro-Oeste Amarelo Bege Moreno Escuro Bronzeado
Pele mulata amarelada Nordeste Amarela Bege Mulata Dourada
Pele mulata escura Norte e Nordeste Azul Bege Mulata escura
Pele negra amarelada Norte Amarela Bege Negra Dourada
Pele negra escura Sudeste Azul Bege Negra Escura
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eficiente, decorrente da confirmação das expectativas da consumidora com resultado final de
tratamento (RIBAS, 2007).
Neste milênio do culto à saúde e à longevidade, a maquiagem se transformou em mais um
dos cuidados com a pele, com a beleza e com o bem estar (CEZIMBRA, 2005). De acordo com a
ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos),
dermatologistas, esteticistas e psicólogos concordam que o uso de cosméticos pode ajudar a
aumentar a auto-estima do consumidor. O mercado da beleza e estética teve um crescimento
significativo em relação à economia do Brasil, assim como em outros países.
Cada linha de produtos de maquiagem possui um catálogo de cores próprio. Os produtos de
maquiagem vendem muito e, por isso, vêm ganhando cada vez mais espaço nas empresas de
cosméticos. Tais investimentos tendem a ser o propulsor de muitos avanços tecnológicos, à
medida que, acrescentam mais propriedades sensoriais e funcionais tais como as de
antienvelhecimento, firmantes, nutrientes e proteção, cada vez mais importantes no cuidado da
pele e indispensáveis para as mulheres.
Toda via existe uma carência em relação à falta de padronização de cores ofertada no
mercado com relação ao produto base, gerando um questionamento aos fabricantes de
cosméticos. Com a tecnologia e evolução que os produtos cosméticos estão sendo atribuídos
ainda não há um consenso de cores.
Segundo Bhide (2002), uma estratégia é fundamental para uma empresa, empreendimentos
com base em uma boa estratégia podem sobreviver à confusão e a uma liderança ruim, mas
alguns sistemas de controles e estruturas organizacionais não podem compensar uma estratégia
fraca.
As indústrias devem elaborar estratégias de vendas capazes de suprirem com as
necessidades do consumidor. Certas estratégias quando bem explicadas podem exercer uma
grande influencia na compra do consumidor.
De forma simples pode vir a ser criado um selo onde os fabricantes disponibilizam a
garantia de padronização de cores em seus produtos sugerindo o principio de utilizar pigmentos
respectivos ao tipo de cor de pele existente em cada região do Brasil.
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METODOLOGIA
Para este estudo foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória baseado em
referências bibliográficas de livros, revistas, artigos, pesquisas e sites específicos. Pesquisa
qualitativa é um campo de investigação onde atravessa disciplina, campos e temas, envolve o
estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais. A pesquisa qualitativa é uma atividade
situada que localiza observador n mundo. O que significa que seus pesquisadores estudam as
coisas em seus cenários naturais, tentando entender em ermos dos significados que as pessoas a
eles conferem (DENZIN; LINCOLN, 2006).
O modelo de pesquisa escolhido norteia possibilidades de analise de uma perspectiva de
como um produto pode torna-se dificultoso para o consumidor na hora da compra. Através de
pesquisas qualitativas do tipo exploratório avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa
pesquisa sobre determinado assunto. Proporciona maiores informações sobre o assunto, facilita a
delimitação de um tema de trabalho, define os objetivos (ANDRADE, 1999).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Hoje a maquiagem é usada como um cosmético de uso geral. Com a grande variedade de
produtos de maquiagem as bases estão cada vez mais se destacando. Com tanta evolução se
tornou um produto de uso indispensável no dia a dia, possuindo um cuidado maior a pele, com a
beleza e o bem estar.
Os produtos de maquiagem vêm ganhando cada vez mais espaço entre as empresas de
cosméticos. Certas inovações tecnológicas tendem a suprir as expectativas dos consumidores,
possuindo mais propriedades sensoriais e funcionais importantes no cuidado da pele e
indispensáveis para as mulheres..
Cada linha de produto de maquiagem possui um catálogo de cor própria, e uma facilidade
para a consumidora encontrar no mercado. Porém nota-se uma carência em relação á
padronização de cores ofertadas no mercado, os consumidores por não estarem devidamente
preparados, podem comprar um produto que não corresponde ao seu tom de pele. Com isso o
cosmético base que poderia ser considerado uma vantagem se torna um desconforto e uma
insegurança da hora da compra.
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Com tanto avanço tecnológico que o cosmético base tem passado até os dias de hoje, não há
um consenso de cores entre os fabricantes. Deixando assim o consumidor confuso na hora da
escolha do produto. Se houvesse um selo de padronização destas tonalidades, aumentaria a
satisfação do cliente após a escolha do produto.
Com isso percebemos a importância de um selo de padronização de tonalidades de cores de
bases, onde cada base conterá o pigmento certo para seu tipo de pele. O selo de padronização
trará uma certeza que independente da marca a cor dera a mesmo. Trazendo assim maior
facilidade e confiança para o consumidor na hora da escolha.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante que as empresas fabricantes de maquiagem se conscientizem que a criação de
um selo de padronização de tonalidades de cores facilitará consumidor a adquirir o produto com
mais facilidade. Com tanto avanço na tecnologia cosmética fica um apelo muito grande para
consumidor escolher a cor certa para sua pele, dentre tantas opções colocadas em frente ao
mercado, não respondendo assim as necessidades básicas dos consumidores. Ter uma oferta
disponível de cores é fundamental.
Todavia por não ter uma tabela padrão pelos fabricantes de cosméticos o que teoricamente
poderia ser considerado uma vantagem se torna na verdade uma insegurança na hora de efetuar a
compra do produto. O selo de padronização trará uma certeza de que uma base cor bege na marca
“X” será exatamente igual na marca “Y”. E se a justificativa dos fabricantes é o receio de não
terem diferencial nos produtos, caso utilizem dessa padronização, é só questão de trabalhar os
conceitos dos benefícios que os produtos apresentam como, por exemplo, hidratação, proteção
solar, princípios ativos, ou seja, criar estratégias e inovações de marketing para a comercialização
dos produtos.
Segundo Drucker (2002), certas inovações é aquele através do qual a empresa opera sua
determinação. As inovações podem resultar da necessidade do mercado e do cliente, a
necessidade é a mãe da inovação. São certos objetivos de inovações que se referem à obtenção,
utilização e produtividade desses recursos.
Este trabalho teve a finalidade de reflexão onde os fabricantes repensem se essa nova
proposta de selo de garantia de padronização de cores poderia ser a grande resposta para os seus
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consumidores que se sentem seguro ao adquirir um produto base independente da marca sabendo
que será o mesmo tom. Deixamos a sugestão de novos estudos, pesquisas para fabricantes quanto
à pigmentação, a disponibilização de cores e os tipos de pele encontrados por região do Brasil.
REFERÊNCIAS
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ALVES, Patrícia D.geraldini. Cosméticos. Bases para efeito natural. Disponível em: <www.quimica.com.br>. Acesso em: 18 ago. 2009.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a Metodologia do Trabalho Cientifico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 153 p.
BHIDE, Amar et al. As perguntas que todo empreendedor deve responder. In: REVIEW, Harvard Business et al. Empreendedorismo e Estratégia. Rio De Janeiro: Campus, 2002. p. 9-34.
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