bases do cuidado · • descrever os fundamentos teóricos, principais pressupostos e os conceitos...
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Escola Superior de Ciências da Saúde - FEPECS/ESCSCurso de Graduação em Enfermagem
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Manual do EstudanteMódulo 103E
Bases do Cuidado
Escola Superior de Ciências da Saúde - FEPECS/ESCSCurso de Graduação em Enfermagem
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GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
Agnelo dos Santos Queiroz Filho
SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES-DF E PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS
José Bonifácio Carreira Alvim (Respondendo)
DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE-FEPECSGislene Regina de Souza Capitani
DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR EM CIÊNCIAS DA SAÚDE-ESCSMaria Dilma Alves Teodoro
COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM (respondendo)
Lindalva Matos Ribeiro Farias
Escola Superior de Ciências da Saúde - FEPECS/ESCSCurso de Graduação em Enfermagem
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Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECSEscola Superior de Ciências da Saúde - ESCS
Bases do Cuidado Módulo 103E
Manual do Estudante
Coordenação:Ângela Maria Rosas Cardoso
Dayana Clênia Castro
BrasíliaFEPECS/ ESCS
2014
Escola Superior de Ciências da Saúde - FEPECS/ESCSCurso de Graduação em Enfermagem
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Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
BCENFE/FEPECS
Quadra 301 – Conjunto 4 – Lote 1 – Samambaia Sul - DFCEP: 72 300-537Tel/Fax: 55 61 3358-4208Endereço eletrônico: http://www.saude.df.gov.br/escsE-mail: [email protected]
Copyright © 2014 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Curso de Enfermagem – 1ª série Módulo 103E: Bases do CuidadoPeríodo: 01/12/2014 a 18/12/2014A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS.Impresso no BrasilTiragem: 8 exemplaresCapa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECSEditoração Gráfica: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECNormalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário - NAU/BCENFE/FEPECS
Colaboração: Ângela Maria Rosas CardosoCreto Valdivino e SilvaDayana Clênia CastroForland Oliveira SilvaGeisa Cristina Modesto VilarinsLuciano de Paula CamiloNayara da Silva LisboaNílvia Jacqueline Reis LinharesVinícius MaldanerWillian Khalil El Chaer
Coordenação do Módulo:Ângela Maria Rosas CardosoDayana Clênia Castro
Coordenadora da 1ª Série: Nílvia Jaqueline dos Reis Linhares
Coordenadora do Curso de Enfermagem: Lindalva Matos Ribeiro Farias
Bases do cuidado : módulo 103E : manual do estudante / Coordenação: Ângela Maria Rosas Cardoso, Dayana Clênia Castro. – Brasília : Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde,
Escola Superior de Ciências da Saúde, 2014.26 p.
Curso de Graduação em Enfermagem, módulo 103E.1ª série do curso de Enfermagem.
1. Cuidados de enfermagem. 2. Sistematização da assistência de enfermagem. 3. Processo de enfermagem. 4. Classificações em saúde. I. Cardoso, Ângela Maria Rosas. II. Castro, Dayana Clênia. III. Escola Superior de Ciências da Saúde.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO, p. 72 ÁRVORE TEMÁTICA, p. 9
3 OBJETIVO, p. 11
3.1 Objetivo geral, p. 11
3.2 Objetivos específicos, p. 11
4 CRONOGRAMA, p. 13
4.1 Semana padrão da primeira série, p. 13
4.2 Cronograma de atividades do módulo 103E, p. 13
5 CRONOGRAMA DAS PALESTRAS, p. 15
6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO ESTUDANTE, p. 15
6.1 Avaliação formativa, p. 15
6.2 Avaliação somativa, p. 15
6.2.1 Formato 3 sessão de tutoria – F3 ST, p.15
6.2.2 EAC, p. 15
6.2.3 Formato 1 – F1, p.16
6.3 Critérios para obtenção de conceito “satisfatório”, p. 16
7 AVALIAÇÃO DOS TUTORES, MÓDULO E EAC PELO ESTUDANTE, p. 16
7.1 Formato 4 Sessão de Tutoria – F4 ST, p. 16
7.2 Formato 5 Módulo Temático – F5 MT, p. 16
7.3 Formato 5 EAC –F5 EAC, p. 16
8 PROBLEMAS, COMENTÁRIOS PARA O TUTOR E REFERÊNCIAS, p. 17
8.1 Problema 1: Transformação na prática do cuidar, p. 17
8.2 Problema 2: As teoristas de enfermagem, p.18
8.3 Problema 3: O desafio de (re)organizar a assistência de enfermagem p. 19
8.4 Problema 4: É legal diagnosticar, p. 208.5 Problema 5: “Planejar é preciso...”, p. 218.6 Problema 6: Descobrindo uma nova classificação de Enfermagem, p. 22
REFERÊNCIAS, p. 23
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1 INTRODUÇÃO
O Módulo 103E aborda as formas de organizar e planejar metodologias do cuidar em Enfermagem.
Encontramos na literatura expressões como “Processo de Cuidar”, “Metodologia da Assistência de
Enfermagem”, “Processo de Enfermagem”, “Sistema de Assistência de Enfermagem” e “Sistematização
da Assistência de Enfermagem”. Todos esses termos, porém, são utilizados exclusivamente pelo
enfermeiro para estabelecer o cuidado ao paciente.
No Brasil, identificamos que os enfermeiros e pesquisadores preferem utilizar a terminologia “Sistematização da Assistência de Enfermagem” ou “Processo de Enfermagem”, originada dos estudos da enfermeira Wanda de Aguiar Horta, precursora de um modelo conceitual sustentado pelas Necessidades Humanas Básicas (NHBs) do indivíduo, da família e da comunidade. É autora de uma produção científica de grande importância para a história da Enfermagem Brasileira.
Os diversos métodos de organização da assistência de enfermagem determinam que o enfermeiro seja o principal responsável pelo planejamento dos cuidados de enfermagem ao cliente, à família e à comunidade. Desta forma, torna-se necessário que este profissional utilize técnicas para conhecer, julgar, avaliar e tomar decisões no processo de reabilitação, recuperação ou promoção da saúde dos indivíduos.
Este módulo também tem como objetivo introduzir de maneira prática, consistente e instigante a Sistematização da Assistência de Enfermagem e os Sistemas de Classificação em Enfermagem (NANDA, NOC, NIC, CIPE® e CIPESC®) como as ferramentas essenciais para o início do “aprender a aprender” e do “aprender a fazer” o processo do cuidar em Enfermagem, baseado no raciocínio crítico e focado no objeto de trabalho da nossa profissão: O CUIDADO.
Sejam Bem-Vindos e aproveitem o Módulo 103E.
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2 ÁRVORE TEMÁTICA
Bases do Cuidado
Enfermagem como Ciência
Exercício Profissional
Campos de Atuação
Entidades de Classe e Legislação
Teorias da Enfermagem
Histórico
Planejamento
Processo de Enfermagem
Sistemas de Classificação
em Enfermagem
NANDA
NOC
NIC
Avaliação
Diagnóstico
CIPE
CIPESC
Enfermagem
Florence Nightingale
Wanda Horta 1
INTROD
UÇÃO
O
Módulo
103E
aborda as
formas de
organizar e
planejar
metodologi
as do
cuidar em
Enfermage
m.
Encontram
os na
literatura
expressões
Dorothea Orem
Jean Watson
Callista Roy
Sistematização da assistência de Enfermagem
Madeleine Leininger
Imogene King
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3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geralAnalisar as bases do cuidado de enfermagem e seus diversos métodos de organização da
assistência.
3.2 Objetivos Específicos Discutir a evolução histórica da enfermagem como ciência e as bases teóricas do cuidado em •
enfermagem.
Descrever os fundamentos teóricos, principais pressupostos e os conceitos de Florence •
Nightingale, Jean Watson, Imogene King, Callista Roy, Madeleine Leininger, Wanda de Aguiar
Horta e de Dorothea Orem.
Discutir o processo de enfermagem segundo o modelo teórico de Wanda de Aguiar Horta.•
Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);•
Diferenciar as etapas do Processo de Enfermagem: Histórico, Diagnóstico, Planejamento, •
Implementação e Avaliação;
Discutir o processo histórico, as finalidades, as taxonomias e os componentes dos sistemas de •
classificação em enfermagem, North American Nursing Diagnoses Association (NANDA),
Nursing Intervention Classification (NIC), Nursing Outcomes Classification (NOC), Classificação
Internacional das Práticas em Enfermagem (CIPE) e Classificação Internacional das Práticas de
Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC);
Identificar o processo de elaboração de diagnósticos em enfermagem de acordo com as Taxonomias •
NANDA, CIPE E CIPESC.
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4 CRONOGRAMA
4.1 Semana Padrão
SEMANA PAdRãO dO ESTUdANTE dA 1ª SéRIE
Período 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Manhã8:00 às 12:00
Dinâmica Tutorial
DT
HabilidadesProfissionais em
Enfermagem
HPE
HabilidadesProfissionais em
Enfermagem
HPE
Dinâmica Tutorial
DT
Tarde14:00 às
18:00
Palestra14 às16h Habilidades
Profissionais em Enfermagem
HPE
Horário protegido para
estudoHorário protegido para
estudo
4.2 Cronograma das Atividades do Módulo 103E
1ª SEMANA dO MódULO 103E – 1ª SéRIE
Período2ª feira01/12
3ª feira02/12
4ª feira03/12
5ª feira04/12
6ª feira 05/12
Sábado06/12
Manhã8:00às
12:00
Palestra8 às10h
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
DTFechamento do problema 1 e abertura problema 2
DT Fechamento do problema 2 e abertura do problema
3
DT Abertura do problema 1
Tarde14:00
às18:00
Horário protegido
para estudo
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
Horário protegido
para estudo
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2ª SEMANA dO MódULO 103E – 1ª SéRIE
Período2ª feira08/12
3ª feira09/12
4ª feira10/12
5ª feira11/12
6ª feira 12/12
Sábado13/12
Manhã8:00às
12:00
DT Fechamento do problema 3 e abertura do problema
4
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
HPE
DT Fechamento Problema 4
e abertura do problema 5
DT Fechamento Problema 5
e abertura do problema 6
Tarde14:00
às18:00
Palestra 214 às16h
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
Horário protegido
para estudoHorário
protegido para estudo
3ª SEMANA dO MódULO 103E – 1ª SéRIE
Período2ª feira15/12
3ª feira16/12
4ª feira17/12
5ª feira18/12
Manhã8:00às
12:00
DTFechamento Problema 6
Avaliação do módulo
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
EAC
Tarde14:00
às 18:00
Palestra14 às16h
HabilidadesProfissionais
em Enfermagem
HPE
Horário Protegido para
EstudoHorário
Protegido para Estudo
R1: 02/02/15R2: 12/02/15
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5. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Palestras do Módulo 103E - 1ª Série
data Horário Palestra Palestrante
2ª feira01/12/14
8-10hSistematização da
Assistência da EnfermagemFabiana França
2ª feira08/12/14
14-16h Diagnóstico de Enfermagem Dayana Clênia Castro
2ª feira15/12/14
14-16hSistemas de Classificação em
Enfermagem (NIC, NOC, CIPE, CIPESC, NANDA)
Creto Valdivino
6. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO ESTUDANTE
A avaliação do desempenho do estudante na unidade educacional Bases do Cuidado – Módulo 103E
será formativa e somativa.
Avaliação Formativa1.1 A auto-avaliação, avaliação interpares e a avaliação do estudante pelo tutor são realizadas oralmente ao
final de cada sessão de tutorial.
O estudante será avaliado diariamente pelo tutor por meio de Formato de Avaliação Diária da Sessão de Tutorial que contempla o desempenho do estudante:
No processamento dos problemas• (abertura e fechamento); Nas atitudes• (pontualidade, assiduidade, responsabilidade, atenção e respeito); No processo de avaliação• (autoavaliação, avaliação dos pares e avaliação do tutor).
6.2 Avaliação SomativaOs estudantes serão avaliados pelos docentes, com base nos seguintes formatos e instrumentos:
6.2.1 Formato 3 Sessão de Tutoria – F3ST: Avaliação do desempenho nas sessões de tutoria. Ao
final do módulo 103E o tutor realizará, utilizando-se do formato F3ST, uma síntese do desempenho dos
estudantes nas sessões de tutoria, principalmente quanto à habilidade de explorar problemas, às atitudes
em relação ao trabalho de grupo e nas relações interpessoais.
6.2.2 Instrumento: Exercício de Exercício de Avaliação Cognitiva (EAC) - é uma avaliação escrita,
sob a forma de problemas, versando sobre o conteúdo do módulo. Esse exercício constará de problemas
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com questões de resposta curta ou ensaio sintético.
Essa avaliação será realizada em 18/12/2014 (5ª Feira) das 8h às 12h na ESCS/Campus Samambaia. O R1 será realizado dia 02/02/2015 e R2 em 12/02/2015, de 08h às 12h.
6.2.3 Formato 1 – F1. Avaliação final do estudante na unidade educacional que reúne os resultados
das avaliações somativas e a frequência durante o módulo, fornecendo o conceito final obtido pelo
estudante.
6.3 Critérios para obtenção de conceito “satisfatório” no módulo 103EAo final do Módulo 103E, obterá conceito “satisfatório” no F1, o estudante que:
a) Apresentar frequência mínima obrigatória de 75% nas sessões de tutoria, nas palestras e nas atividades
práticas;
b) Adquirir conceito “satisfatório” em todas as avaliações somativas do módulo.
O estudante que não obtiver conceito “satisfatório” no Módulo 103E será submetido ao plano de
recuperação. Esse plano será elaborado pelos coordenadores do módulo.
7. AVALIAÇÃO DOS TUTORES, DO MÓDULO 103E E EAC PELO ESTUDANTE
O módulo 103E e os tutores serão avaliados pelos estudantes utilizando-se os seguintes formatos:
7.1 Formato 4ST: Avaliação do desempenho do tutor nas sessões tutoriais. O estudante realizará, por
meio do formato 4ST, uma síntese das observações sobre o desempenho do tutor ao longo do módulo.
7.2 Formato 5MT: Avaliação do módulo 103E. Os estudantes realizarão, ao final do módulo, por
meio do formato 5MT, a avaliação do Módulo 103E, considerando os seguintes aspectos: objetivos,
estratégias educacionais, palestras, consultorias, recursos educacionais e organização geral.
7.3 Formato 5EAC – F5 EAC. Avaliação do Exercício de Avaliação Cognitiva, realizada logo após
a aplicação do mesmo, com o fim de identificar os aspectos positivos e negativos desta forma de
avaliação.
OBSERVAÇãO
Todos os formatos deverão ser obrigatoriamente preenchidos conforme prazo estabelecido pela
Gerência de Avaliação.
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8. PROBLEMAS
8.1 Problema 1: Transformação na prática do cuidar
Em um evento de comemoração ao “Dia Mundial do Enfermeiro”, 12 de maio, a estudante de
enfermagem Luiza participou de um ciclo de palestras sobre a profissão. O tema central deste evento
foi a “Transformação na prática da enfermagem”. Ela participou de uma mesa redonda que discutiu
a evolução da enfermagem ao longo do tempo, discutindo importantes teoristas que permitiram o
reconhecimento da enfermagem como ciência, tais como: Florence, Wanda Horta e Dorothea Orem.
Diante dessas concepções, questionava-se Luiza: O que ocorreu para que houvesse a mudança no
processo de desenvolvimento da profissão? Como ocorreu o reconhecimento da enfermagem como
ciência? Quais os aspectos políticos, históricos e sociais envolvidos? Ao refletir, teve a percepção de que
o estudo do fenômeno cuidar e a aplicação destes conhecimentos científicos na prática de enfermagem
implicaram no enfrentamento de inúmeros desafios durante o percurso de seu desenvolvimento.
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8.2 Problema 2: As teoristas de enfermagem
Paula assumiu a chefia da clínica médica do Hospital Regional de Taguatinga. Ela concluiu
recentemente sua graduação, onde foi amplamente discutido a aplicação das teorias no Processo de
Enfermagem.
Ao chegar à clínica percebeu que não havia nenhuma etapa do processo de enfermagem
implantado e que os seus colegas desconheciam como poderiam aplicar o conhecimento dos principais
teoristas na melhoria da assistência.
Dessa forma, Paula programou um ciclo de palestras e rodas de conversa para possibilitar aos
colegas os fundamentos teóricos, pressupostos e conceitos dos teoristas mais conhecidos como Jean
Watson, Imogene King, Callista Roy e Madeleine Leininger.
E durante as discussões o colega Willian questionou como é feita a escolha do referencial
teórico. E se todas as teóricas possuem a mesma relevância e nível de abrangência.
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8.3 Problema 3: O desafio de (re)organizar a Assistência de Enfermagem
Ana assumiu a gerência de enfermagem de um Hospital Público. Para aprimorar o cuidado de
enfermagem prestado aos usuários do serviço, decidiu implantar a Sistematização da Assistência de
Enfermagem-SAE, tendo em vista a resolução do COFEN nº 358/2009.
Inicialmente a equipe de trabalho do hospital resistiu à proposta apresentada pela Gerente,
dizendo que seria mais uma tarefa para executarem. Após longas discussões com a equipe foi acordado
que seria implantado o processo de enfermagem (PE) na instituição. Foi constituída uma comissão para
iniciar os trabalhos. Este grupo discutiu os pontos considerados relevantes para a implantação dessa
metodologia assistencial. Como conclusão desta primeira etapa do trabalho, foi elaborado um modelo de
histórico de enfermagem a ser utilizado na instituição, tendo como referencial a Teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta.
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8.4 Problema 4: é legal diagnosticar
Gustavo trabalha na Clínica da Família nº 02 do Recanto das Emas e ao realizar visita à família
de dona Maria iniciou a implementação do processo de enfermagem, no qual descreveu o seguinte
histórico:
Maria, 29 anos, estudou até a 6ª série do ensino fundamental, trabalha como diarista à alguns
meses para ajudar no orçamento da casa. No entanto tem feito poucas diárias, ganha pouco e geralmente
gasta muito tempo com o deslocamento até o local de trabalho. Atualmente mora com seu companheiro,
os filhos e a sua mãe que veio da Bahia para fazer tratamento de saúde.
Ela se casou aos 18 anos com João e teve a filha Mariana, hoje com 11 anos. Ainda na gestação
separou-se devido violência física e psicológica sofrida pelo marido. Após a separação começou a
relacionar-se com Pedro com quem está casada há 10 anos e teve o seu segundo filho, Felipe (9 anos).
Mariana está hospitalizada na UTI pediátrica do HRSM há 5 meses em cuidados paliativos
devido neoplasia de comportamento desconhecido no encéfalo.
Pedro frequenta a 1º ano do Ensino Fundamental, apresenta muita dificuldade de aprendizagem
e vários problemas na escola.
O marido faz uso de bebida alcoólica todos os dias, piorou o padrão de consumo de álcool há
4 meses, recentemente ficou desempregado, apresenta comportamento agressivo em casa chegando a
quebrar móveis e culpabiliza Maria por tudo que acontece.
A mãe de Maria possui 55 anos é hipertensa, diabética e fumante. Ela tem dificuldade de aderir
aos tratamentos de saúde. E quanto aos problemas que a filha enfrenta, ela encoraja a filha dizendo – “a
vida é assim mesmo minha filha, Deus não nos dá cruz maior do que podemos suportar!”.
Maria não tem mais vontade de ter relação sexual com o marido. No entanto, ele insiste e ela
cede com medo do comportamento dele. Mas queixa-se de muita dor durante as relações sexuais e que
seu companheiro não se importa com isso. Ela descobriu recentemente que está grávida e entrou em
pânico, pois a situação financeira está muito ruim, o marido desempregado e não aguenta mais o seu
casamento. Além disso, se preocupa com o filho que não vai bem na escola e com a filha que está em
cuidados paliativos na UTI. Maria sente-se impotente e incapaz de ajudar seus filhos e sua mãe diante
dos inúmeros problemas que vive no dia a dia em sua casa.
Ao término do levantamento do histórico da família Gustavo baseou-se na Taxonomia da
North American Nursing Diagnoses Association (NANDA) para a elaboração dos diagnósticos de
enfermagem.
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8.5 Problema 5: “Planejar é preciso...”
Gustavo, levantou o histórico da família de Maria e realizou o planejamento de intervenções de
enfermagem para os diagnósticos encontrados, realizou a prescrição de enfermagem a fim de traçar metas
para solucionar os problemas de enfermagem através da implementação das intervenções adequadas. Para
a formulação dos resultados esperados e intervenções Gustavo utilizou as classificações de enfermagem
NOC (Nursing Outcomes Classification) e NIC (Nursing Intervencion Classification).
Após a elaboração das intervenções e resultados de enfermagem Gustavo realizou os registros
como anotações e evolução.
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8.6 Problema 6: “descobrindo uma nova classificação de Enfermagem”
Luana trabalhava como enfermeira em hospital privado de Curitiba/PR e atuava na unidade
de clínica cirúrgica com o Processo de Enfermagem, utilizando a Classificação Internacional para a
Prática de Enfermagem (CIPE®). Ela percebia que a utilização desse método científico proporcionava
a padronização das condutas, resultando na melhoria da qualidade da assistência de enfermagem ao
cliente.
Recém-aprovada em concurso público para a carreira de enfermeiro da SES/DF, Luana foi
lotada no Centro de Saúde nº 4 de Samambaia. Em fase de adaptação ao novo serviço, discutia com
seus colegas sobre a sua experiência bem sucedida com a utilização da CIPE® e o desejo de continuar
utilizando um método científico na organização do seu trabalho. Comprometeu-se com a equipe em
mostrar como se utilizava a ferramenta na prática.
Na demonstração dos eixos da CIPE® para elaborar os diagnósticos, as intervenções e os
resultados de enfermagem, Luana e a equipe perceberam que a CIPE® não contemplava todos os aspectos
do processo saúde-doença do indivíduo na sua inserção coletiva. Valendo-se do seu conhecimento
sobre Classificações em Enfermagem, Luana propôs uma revisão bibliográfica sobre a Classificação
Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC®) com objetivo de incorporá-la
em suas ações de enfermagem no Centro de Saúde.
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REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, L. M.; CUBAS, M. R. Cipescando em Curitiba: construção e implementação da nomenclatura de diagnósticos e intervenções de enfermagem na rede básica de saúde. Curitiba: ABEn-PR, 2005.
ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: um guia passo a passo. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
______. Aplicação do processo de enfermagem: uma ferramenta para o pensamento crítico. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
______. Aplicação do processo de enfermagem: promoção de cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ALVES, A. R.; LOPES, C. H. A. F.; JORGE, M. S. B. Significado do processo de enfermagem para enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva: uma abordagem interacionista. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 649-655, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n4/v42n4a05.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014.
AMANTE, Lúcia Nazareth; ROSSETTO, Annelise Paula; SCHNEIDER, Dulcinéia Ghizoni. Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva sustentada pela Teoria de Wanda Horta. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 43, n. 1, p. 54-64, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n1/07.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014.
ANDRADE, J. S.; VIEIRA; M. J. Prática assistencial de enfermagem: problemas, perspectivas e necessidade de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 58, n. 3, p. 261-265, maio/jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n3/a02v58n3.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014.
BACKES, D. S.; SCHWARTZ, E. Implementação da sistematização da assistência de enfermagem: desafios e conquistas do ponto de vista gerencial. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, v. 4, n. 2, p. 182-188, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/viewFile/5247/3374>. Acesso em: 24 out. 2014.
BENEDET, S. A.; BUB, M. B. C. Manual de diagnóstico de enfermagem: uma abordagem baseada na teoria das necessidades humanas básicas e na classificação diagnóstica da NANDA. 2. ed. Florianópolis: Bernúncia, 2001.
BULECHEK, G. M.; BUTCHER, H. K.; DOCHTERMAN, J. M.. NIC: classificação das intervenções de enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
CAMPEDÉLLI, M. C. Processo de enfermagem na prática. 2. ed. São Paulo: Ática, 2000.
CARPENITO-MOYET, M. LYNDA JUALL. diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. 13. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
CARRARO, T. E. C.; WESPHALEN, M. E. A. Metodologia para a assistência de enfermagem: teorização, modelos e subsídios para a prática. Goiânia: AB, 2001.
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CASTILHO, N. C.; RIBEIRO, P. C.; CHIRELLI, M. Q. A implementação da assistência de enfermagem no serviço de saúde hospitalar do Brasil. Texto Contexto Enfermagem, v. 18, n. 2, p. 280-289, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n2/11.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n. 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) nas instituições brasileiras. Rio de Janeiro: COFEN, 2009.
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