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ISSN:2176-6541

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ISSN:2176-6541

Reitor

José Pio Martins

Coordenadora do Curso de Enfermagem

Kátia Renata Antunes Kochla

Presidente da Comissão Executiva

Luciane Favero Basegio

Comissão Científica

Kalyane Lorena Machado

Laura Caroline de Barros de Lara

Marina Santos Slomp

Micheli Aparecida Nielsen

Michelle Mendes

Michelli Borges

Pâmela Rodrigues de Almeida

Viviane Nogueira Santos

Comissão de Infraestrutura

Caroline Machado de Toledo

Fernanda de Lima

Marina Kanning Oviedo

Mayume Sato

Rachel de Oliveira

Valéria Pereira

Waleska Alves Martins

Comissão Social

Bruna Yukari Nakagaki

Karin Cristine Hanke

Kerli Cordeiro Gomes

Joziane Maria Michalski

Juliana Ferreira da Costa

Juliane Grasielle Walter Nascimento

Letícia dos Santos Rodrigues Lemos

Marcelo Lourenço

Nathalia de Oliveira Queiroz

Patricia Alves de Barros

Rebeca Videira Vale

Comissão de Secretaria e Finanças

Angela do Rocio Fedalto

Bárbara Cristina da Silva

Felipe Mendes Barbosa

Jassiara de Abreu Ferreira

Guilherme de Oliveira Sebastião

Millena Gouvea Moser

Publia Rafaela de Matos Tavares

Sarah Zettel Lossano

Tayná Dias de Moura

Thais Ricardo Campos

Monitores

Beatriz Marques Mendes

Deborah Walter Train

Leticia de Paula Pereira

Milena Correia Santana

Munã Luersen Zahra

Pamela Nicole dos Santos

Rafaella da Silva Denzer

Victória Caroline dos Santos

Realização

Acadêmicos da terceira série do curso de graduação em Enfermagem da

Universidade Positivo.

SUMÁRIO

TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL...............................................…....08

APLICABILIDADE DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA ROYEM CUIDADOS PALIATIVOS..............................................................................08

PRIMEIROS SOCORROS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: A ATUAÇÃO DOENFERMEIRO NO TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DEEDUCAÇÃO........................................................................................................13

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA UBS LOCALIZADA NA CIDADE DECURITIBA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA......................................................18

O GENE MCR-1 E A MULTIRESISTÊNCIA BACTERIANA – UMAPERSPECTIVA GLOBAL...........................................................................……...23

ENFERMAGEM FORENSE: UMA NOVA PERSPECTIVA DE ATUAÇÃOPROFISSIONAL..................................................................................................27

O AUMENTO DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA NOBRASIL................................................................................................................30

ELABORAÇÃO DE UM VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARAAULA NA DISCIPLINA DE ÉTICA, LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DAENFERMAGEM...................................................................................................35

O VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA DE ÉTICA,LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA ENFERMAGEM: UM RELATO DEEXPERIÊNCIA.....................................................................................................40

UTI NEONATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO AOS PAIS.…..44

CUIDADOS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS DEPENDENTESDE TECNOLOGIA...............................................................................................49

TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO PÔSTER..................................................55

ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA BUSCA ATIVA VACINAL EM UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL 1 EM CURITIBA/PR: RELATO DEEXPERIÊNCIA.....................................................................................................55

ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DEHEMODINÂMICA................................................................................................60

RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ÀS GESTANTES..…...64

INFLUÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕESMAMÁRIAS E DESMAME PRECOCE: ORIENTAÇÕES NO ALEITAMENTOIMEDIATO............................................................................................................69

SÍNDROME DE FOURNIER: ESTADO DA ARTE...............................................74

LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA: UMA ABORDAGEM DO PROCESSO DECUIDAR EM ENFERMAGEM..............................................................................78

ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AÉREO.......................82

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO COM ALZHEIMER......86

A PROBLEMÁTICA DOS SUICÍDIOS NA POPULAÇÃO IDOSA E A SUARELAÇÃO COM O CONCEITO DE ADAPTAÇÃO DE CALLISTA ROY – UMAREVISÃO INTEGRATIVA....................................................................................91

FATORES E RISCOS ASSOCIADO AO COMPORTAMENTO ALIMENTARENTRE CRIANÇAS E JOVENS……………………………………………………..97

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADEINFANTIL……………………………………………………………………………..103

EUTANÁSIA SOCIAL: UM FENÔMENO DISRUPTIVO FRENTE AO PRINCÍPIODA DIGNIDADE HUMANA………………………………………………………….108

A PROMOÇÃO DO CUIDADO Á CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL….112

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS ÀS MULHERES NOCLIMATÉRIO………………………………………………………………………….117

REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES

UTILIZADOS EM CIRURGIAS CARDIOTORÁCICAS…………………………..123

ADAPTAÇÃO DO INDIVÍDUO COLOSTOMIZADO NA PERSPECTIVA DECALLISTA ROY..................................................................................................128

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕESPOR PRESSÃO……………………………………………………………………...132

PRÁTICAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA ALIVIO DA DOR EM UTI NEONATAL……………………………………………………………………………136

A ORTOTANÁSIA COMO BENEFÍCIO AOS PACIENTES EM PROCESSO DE TERMINALIDADE…………………………………………………………………...140

SÍFILIS NA GRAVIDEZ: PUBLICAÇÕES NACIONAIS FRENTE A ASSISTÊNCIA DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ………………………………………………………….144

STREPTOCOCCUS AGALACTIAE NA GESTAÇÃO…………………………….149

NEW DELHI METALOBETALACTAMASE (NDM-1): UM NOVO ADVENTO DASINFECÇÕES NOSOCOMIAIS……………………………………………………...155

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERANTE AGRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA…………………….159

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERMINALIDADE DE VIDA……………..164

MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO………………………….169

NECESSIDADES DE SAÚDE DO IDOSO: ELEMENTOS PARA PRÁTICA DAENFERMAGEM………………………………………………………………………173

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS CUIDADOSPALIATIVOS, SOB A ÓTICA DA TEORIA DE WANDA A HORTA: UMA REVISÃOINTEGRATIVA………………………………………………………………………..178

HOME CARE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIADOMICILIAR………………………………………………………………………….183

TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL

APLICABILIDADE DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA

ROY EM CUIDADOS PALIATIVOS

Gabrielle Stefany Maciel1, Jessica Zub Izidoro², Maryanna Leopoldo de Lima³,

Tuane Cachuba de Abreu4, Denise Faucz Kletemberg5.

RESUMO: Cuidados Paliativos são definidos pela Organização Mundial da

Saúde (2002) como uma abordagem que visa aliviar o sofrimento e agregar

qualidade à vida dos pacientes e seus familiares diante de uma doença que

põem risco a continuidade da vida. Essa abordagem é realizada por uma

equipe multidisciplinar e pode complementar e ampliar os tratamentos

modificadores da doença ou pode tornar-se o foco total do cuidado. Os

Cuidados Paliativos (CP) pretendem aliviar os problemas existentes, prevenir a

ocorrência de novos problemas e promover oportunidades para experiências

significativas e valiosas, crescimento pessoal e espiritual e autorrealização.

São indicados para todos os pacientes (e familiares), indiferente da idade,

sexo, diagnóstico, ou momento da doença, quando esta apresenta ameaça a

continuidade da vida (SBGG, 2015). Para esse atendimento se faz necessário

a utilização de um referencial teórico, que ofereça estrutura e organização para

a enfermagem, proporcionando um meio sistemático de coletar dados,

promovendo a prática sistemática e racional, conferindo um propósito mais

claro, enunciando não apenas o foco dessa prática, mas ainda metas e

resultados específicos (McEWEN&WILLS, 2016). Sister Callista Roy, em sua

teoria de adaptação, busca promover a adaptação do homem em situações de

1Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade [email protected];² Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade [email protected]; ³ Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade [email protected] (41)99785-1520;4 Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade [email protected];5 Professora-orientadora do projeto, docente da Universidade Positivo. Email:[email protected]

saúde e doença. O Modelo de Adaptação de Roy (MAR) concentra-se na

interrelação de quatro sistemas adaptativos, mantendo três pressupostos:

filosóficos, científicos e culturais, onde todos os elementos do modelo são parte

do cuidado do paciente e do grupo. Com o uso dos quatro modos adaptativos

as respostas e a interação com o ambiente do paciente são realizadas e a

adaptação pode ser observada (McEWEN&WILLS,2016). É compreensível a

resistência que muitos tenham com o tema devido à fragilidade do momento

em que se encontra a pessoa abordada, entretanto se faz necessário elucidar

esses conceitos, suscitando à pergunta: é possível associar uma teoria como a

de Callista Roy aos Cuidados Paliativos, dada a situação efêmera?

JUSTIFICATIVA: Ao explorar os ensinamentos de Roy e inteirar-se da

abordagem dos Cuidados Paliativos, surgiu o interesse em associar os

conteúdos, tendo em vista a importância desse processo para o paciente e os

seus familiares, e a busca para romper o estereótipo de que essa terapêutica é

fornecida exclusivamente para pacientes oncológicos, idosos ou restritos à UTI,

além da não aplicabilidade das Teorias de Enfermagem. OBJETIVO:

Correlacionar a Teoria da Adaptação de Sister Callista Roy no cuidado ao

indivíduo em Cuidados Paliativos. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica

realizada nos meses de julho e agosto de 2018, através da pesquisa via

eletrônica, consultando-se sites de busca de dados Google Acadêmico e

SciELO, sendo utilizados os descritores: Teorias de Enfermagem, Cuidados

Paliativos e Qualidade de Vida. Os critérios de inclusão foram publicações no

período de 2012 a 2018, no idioma português, sendo excluídas publicações

que fugiam ao objetivo inicial do trabalho. RESULTADOS: A partir das leituras

realizadas, o resultado obtido aponta a possibilidade de associação entre a

teoria da adaptação e a terapêutica proposta, devido à possibilidade de haver

mudança de papel dentro da família, pautado nos macroconceitos de Roy. Para

Roy, os profissionais de Enfermagem são responsáveis pelos cuidados de

saúde com foco nos processos de vida humanos, promovendo a saúde de

forma individual e coletiva, expandindo a capacidade de adaptação e melhora

da transformação ambiental da pessoa através da ciência e da prática. O

paciente (família) é a pessoa exposta, enquanto o ambiente são as

circunstâncias, condições e influências que afetam o comportamento dessa

pessoa. Segundo ela: a pessoa saudável não está livre de situações inevitáveis

como a morte, doenças, infelicidade ou estresse, mas a capacidade de lidar

com estas situações deve ser a mais competente possível (Coelho&Mendes,

2011). O MAR considera o objetivo da enfermagem de promover a adaptação

do indivíduo em quatro modos (modo adaptativo: físico-fisiológico,

autoconceito, interdependência e desempenho de papel), contribuindo para a

saúde, qualidade de vida e morte digna. De forma breve, o primeiro refere-se

às necessidades básicas da integridade fisiológica, como nutrição e

oxigenação. O segundo envolve aspectos psicológicos e espirituais. O terceiro

sobre relacionamentos próximos de pessoas e suas finalidades, e por último o

papel que o indivíduo desenvolve perante a comunidade, no sentido da

preservação da integridade social (McEWEN&WILLS, 2016). Durante um

processo de doença surge o desafio do indivíduo de se adaptar a essa nova

condição, que geralmente leva a mudanças nos relacionamentos e nos papéis

familiares e sociais, interferindo em experiências pessoais e qualidade de vida

(SBGG, 2015). Segundo a OMS, 2002, “CP é uma abordagem que promove a

qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que

ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento.

Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros

problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. Ele não se baseia em

protocolos, mas sim em princípios (ANCP, 2012). Diferente do estereótipo de

que CP são destinados apenas a pacientes oncológicos, segundo a ANCP,

condições mórbidas como: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Doença

Pulmonar Obstrutiva Crônica, Câncer, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA),

Demência e outras doenças degenerativas progressivas, são condições

clínicas que se enquadram em critérios para o encaminhamento paliativista

(ANCP, 2012). Os cuidados a esses enfermos são prestados por uma equipe

multidisciplinar: enfermeiros, médicos, nutricionistas, assistentes sociais,

psicólogos, entre outros, presentes durante todo o processo da doença, em

tratamentos modificadores ou exclusivamente paliativo. O paciente precisa ser

cuidado em um ambiente com condições de controle dos sintomas e

confortável, com acesso imediato a medicações e orientações específicas,

podendo ser um hospital, domicílio, ILP ou Unidade de Cuidados

Paliativos/Hospice, contando sempre com profissionais capacitados para tais

cuidados (SBGG, 2015). Um paciente com o diagnóstico de ELA, por exemplo,

com o desenvolvimento da doença terá alterações nos quatro modos

adaptativos de Roy, as necessidades básicas do modo fisiológico,

primordialmente a oxigenação e a nutrição. O autoconceito precisa ser avaliado

pelo enfermeiro, para que este possa detectar comportamentos e estímulos

que influenciam a autoconsistência, autoideal e imagem corporal desse

paciente, como ele enxerga a finitude da vida, considerando sua crença.

Precisa, junto ao paciente e, se possível a família, avaliar o papel que esse

desenvolve na vida, como será a vida dependendo dos cuidados de outras

pessoas, e o a interdependência, como são as relações afetivas, se são

satisfatórias e passam segurança entre paciente e cuidador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: É notável a importância dessa abordagem devido

ao grande número de pacientes que podem receber esse tratamento, por

apresentarem alguma doença que ameace a vida, havendo possibilidade ou

não de tratamento modificador da doença. Ficou clara a necessidade de

comunicação entre a equipe multidisciplinar para que todos compreendam o

paciente de forma íntegra, considerando suas crenças e valores.

Fundamentado nisso, o MAR encaixa-se perfeitamente na abordagem da

equipe de enfermagem, pois é de competência desses profissionais a

identificação desses valores, orientando o paciente nas possíveis mudanças

que ocorrerão no processo de doença. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES

PARA A SAÚDE: Este estudo traz informações e conhecimentos acerca dos

Cuidados Paliativos, trazendo à tona uma importante teórica de enfermagem,

com condições de aplicar seu Modelo de Adaptação aos cuidados prestados ao

paciente e familiares, visto que durante o processo de doença pode haver uma

inversão de papéis e dificilmente as famílias estão preparadas para esse

desfecho.

DESCRITORES: Teoria de Enfermagem, Cuidados Paliativos, Qualidade de

Vida.

REFERÊNCIAS

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Vamos falar de Cuidados

Paliativos. 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/vamos-falar-de-cuidados-

paliativos/. Acesso em Julho de 2018.

Melanie McEwen e Evelyn M. Wills – Bases teóricas de enfermagem. 4th

edição. 2016. Ed. Artmed.

Sónia Margarida Santos Coelho e Isabel Margarida Dias Monteiro Mendes - Da

pesquisa à prática de enfermagem aplicando o modelo de adaptação de

Roy. Disponível em

http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=715. Acesso

em Agosto de 2018.

Academia Nacional de Cuidados Paliativos – Manual de cuidados paliativos

ANCP. 2012. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-

content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf. Acesso

em Julho de 2018.

PRIMEIROS SOCORROS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: A ATUAÇÃO DO

ENFERMEIRO NO TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE

EDUCAÇÃO

Caroline Machado1, Marina Kanning Oviedo 1, Rachel de Oliveira1

Valéria Pereira1, Gercino Faht2

INTRODUÇÃO: Embora o período escolar seja um momento de bem-estar e

aprendizado para crianças, é conhecido que grande parte dos acidentes na

infância ocorram durante o período de permanência na instituição. A discussão

sobre segurança na escola tem despertado o interesse e a preocupação de

alguns pesquisadores há muito tempo. Em 1969 foram publicados os primeiros

estudos sobre o assunto, onde já se questionava a segurança no ambiente

escolar. (BESSA e VIEIRA, 2001) As crianças são vulneráveis a ferimentos e

acidentes, que podem variar de ferimentos leves a acidentes graves,

resultando em sangramento e fraturas, e assim o manejo de primeiros socorros

se torna tão importante quanto levar uma criança a um centro

médico. (KUMAR, 2013) No geral, a maioria das lesões entre crianças está

diretamente relacionada às atividades físicas ao ar livre, das quais 20%

ocorrem durante o horário escolar. (SPINKS, 2006) Normalmente, as escolas

não têm profissionais de saúde treinados, como médicos ou enfermeiros, em

suas instalações como funcionários permanentes. Os professores, como

funcionários em tempo integral, são os principais prestadores de cuidados e

podem ser os primeiros protetores das crianças na escola. Portanto, é

essencial que os professores sejam treinados em gerenciamento de primeiros

socorros. (KUMAR, 2013). O principal objetivo dos primeiros socorros é aliviar

a dor, facilitar o processo de cura e minimizar os danos. (KUMAR, 2013)

A primeira ação adotada para o manejo de lesões como primeiros socorros é

muito importante, pois decide o curso futuro das taxas de doenças e

complicações. (GOEL, 2008) De acordo com os Parâmetros Curriculares

1Acadêmicos da 3ª série de Enfermagem da Universidade Positivo. Autor correspondente E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] do Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected]

Nacionais, criados pelo Ministério da Educação, os acidentes devem ser

analisados sob duas perspectivas: práticas de prevenção como aprendizagem

e medidas de primeiros socorros. Dados da Urgência Pediátrica do Porto,

centralizada no Hospital de S. João demonstram números alarmantes: em 2017

foram atendidos 3549 casos com ativação do seguro escolar. As crianças, em

especial, são seres suscetíveis a acidentes por sua natural inquietação e

imprevisão. O ambiente da escola se torna local propício a acidentes devido à

grande aglomeração de crianças e adolescentes agitados, que interagem o

tempo todo (SENA, RICAS E VIANA, 2008) A lei 7.498/86 que dispõe sobre a

regulamentação do exercício da enfermagem, afirma em seu artigo 11º que o

profissional enfermeiro atue como educador em saúde, visando à melhoria da

qualidade de saúde da população. Com base nas informações apresentadas

surge como prerrogativa a seguinte questão norteadora: qual é o grau de

conhecimento das professoras do CMEI sobre primeiros socorros? Quais as

condutas tomadas nas diversas ocorrências e situações emergenciais que

eventualmente acometem as crianças durante o período de permanência na

instituição escolar? JUSTIFICATIVA: O interesse pela criação do projeto surgiu

após uma visita realizada pelas acadêmicas em um Centro de Educação

Infantil – CMEI, em março de 2018, durante o estágio prático de saúde da

criança e do adolescente da Universidade Positivo em Curitiba. Na ocasião,

surgiu o questionamento a respeito dos acidentes mais ocorridos neste

ambiente e quais eram as condutas realizadas pelas professoras frente aos

principais imprevistos. Diante disso, verificamos a importância em aplicar um

treinamento baseado em primeiros socorros básicos, a fim de empoderar as

professoras e demais responsáveis do CMEI a realizarem condutas práticas de

atendimento emergencial simples, diante de eventuais acidentes ocorridos

durante o período de permanência das crianças na instituição escolar.

OBJETIVO: Promover treinamento básico de primeiros socorros às

professoras do CMEI no intuito de que possam realizar condutas práticas de

atendimento emergencial simples frente a um acidente. METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo observacional sistemático. Os participantes inclusos na

pesquisa foram 13 professoras do CMEI. Após o consentimento informado, os

entrevistados receberam explicações sobre o objetivo do estudo. Os dados

foram coletados através de um diálogo informal entre as acadêmicas de

enfermagem da Universidade Positivo e as educadoras. Dentre as informações

obtidas, elencamos algumas das principais ocorrências citadas pelas

professoras, entre elas: febre alta, contusões por impactos, crises convulsivas,

inserção de corpos estranhos em orifícios corporais, cortes, escoriações e

mordidas. Subsequentemente, iniciou-se o estudo das situações relatadas no

CMEI, no qual incentivou a criação de um manual de primeiros socorros com a

descrição das condutas frente aos acidentes mencionados pelas professoras.

O processo de treinamento ocorreu na sala de permanência das educadoras

do CMEI, um local destinado ao desenvolvimento de atividades para os alunos.

O processo foi realizado em três dias devido a organização da instituição,

sendo 3 a 4 participantes por vez. Inicialmente, através de um questionário

estruturado contendo 9 questões, sendo elas verdadeiras ou falsas. Foi

solicitado que os participantes realizassem o preenchimento com objetivo de

analisar o conhecimento prévio sobre as condutas tomadas frente às situações

emergenciais já vivenciadas no CMEI. Ao final do preenchimento do

questionário os formulários eram recolhidos, anonimamente. Na segunda etapa

transcorreu a execução do treinamento de primeiros socorros propriamente

dito, onde cada tema era abordado de forma aleatória e cada professora era

convidada a sortear um caso fictício das ocorrências. Diante da resposta da

professora, a acadêmica responsável por ministrar aquele tema ratificava a

resposta correta e demonstrava na prática a conduta a ser tomada diante da

ocorrência, realizando as manobras específicas com auxílio de um boneco,

utilizado como instrumento de ensino. Na etapa final, logo após o término do

treinamento, foi solicitado novamente o preenchimento do questionário com as

9 questões a fim de realizar um comparativo das respostas com vistas à

verificação do aprendizado adquirido. Por se tratar de um trabalho acadêmico

realizado durante estágio curricular, não houve submissão ao Comitê de Ética e

Pesquisa, contudo manteve-se o anonimato de todos os participantes

envolvidos. RESULTADOS: O treinamento atingiu positivamente 100% dos

participantes. Na aplicação do primeiro questionário, dentre as 117 alternativas,

as professoras responderam 107 alternativas certas e 10 alternativas erradas.

No questionário posterior ao treinamento houve apenas 1 erro e 116 acertos.

Apresentamos a seguir as questões formuladas, porém de forma resumida e

simplificada: (1) Qual a sua conduta perante um corte no joelho? (2) Qual a sua

conduta frente a uma criança de 3 anos que introduziu um objeto na boca e a

passagem de ar está obstruída? (3) Qual a sua conduta nos casos de mordida

entre as crianças? (4) Qual a sua conduta para uma criança com febre alta? (5)

Qual a sua conduta em caso de engasgo ou asfixia provocada por alimentos?

(6) Qual a sua conduta em caso de hemorragia nasal? (7) Qual a sua conduta

frente a uma criança de 4 anos que introduziu um objeto no nariz? (8) Qual a

sua conduta no caso de uma criança cair e causar uma contusão no joelho? (9)

Qual a sua conduta nos casos de convulsão? Todos os temas abordados no

treinamento foram incluídos no manual de primeiros socorros, elaborado pelas

acadêmicas de enfermagem da Universidade Positivo e disponibilizado ao

CMEI para eventuais consultas. CONCLUSÃO: A aplicação do treinamento

básico de primeiros socorros em um centro de educação infantil em Curitiba,

realizado pelas acadêmicas de enfermagem da Universidade Positivo,

certamente contribuiu de forma a empoderar as professoras dessa instituição

escolar a agir de forma adequada, rápida e segura nas diversas ocorrências e

situações emergenciais com as crianças. Contudo, é de grande valia

mencionar que o manual de primeiros socorros que fora disponibilizado para o

CMEI também resultou em aprendizado tanto melhor para o grupo das

acadêmicas que o elaborou, bem como para o grupo de professoras que

poderão fazer uso deste material, consultando-o a qualquer momento. Este

projeto também vem de encontro com o cumprimento da lei 7.498/86 que

dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem que em seu atrigo

11 afirma que o enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem,

cabendo-lhe como integrante da equipe de saúde, a educação visando à

melhoria de saúde da população.

DESCRITORES: Primeiros socorros; Educação infantil, Educação em saúde.

REFERÊNCIAS:

BESSA, A. G.; VIEIRA, L. J. E.S. Acidentes em crianças no contexto escolar –

uma visão do educador. RECCS, Fortaleza, v. 14, p. 15-20, 2001.

BRASIL. LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986. Dispõe sobre a

regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências.

Kumar SD, Kulkarni P, N Srinivas, Prakash B, Hugara S, Ashok NC. Percepção

e práticas sobre primeiros socorros entre professores de escolas em

Mysore. Natl J Community Med. 2013; 4 (2): 349-352.

Spinks AB, McClure RJ, Bain C, Macpherson AK. Quantificação da associação

entre atividade física e lesão em crianças de idade escolar

primária. Pediatria. 2006; 118 (1): e43-e50. doi: 10.1542 / peds.2005-2275.

Goel S, Singh A. Impacto Comparativo de Dois Pacotes de Treinamento em

Conscientização e Práticas de Primeiros Socorros para Lesões e Doenças

Comuns entre Estudantes do Ensino Médio na Índia. IntElectron J Health

Educ. 2008; 11 : 69-80.

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA UBS LOCALIZADA NA CIDADE DE

CURITIBA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Karina Gryzinski1, Madalena Rosenente¹, Tainá Fernanda Rodoi¹, Thatyane

Vanessa Turatto¹, Thays Saskoski¹, Eduardo Funchal2

INTRODUÇÃO: Sendo caracterizada por um conjunto de ações tanto de

âmbito individual quanto coletivo, a atenção primária de saúde vai desde a

prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação até a redução de danos,

promoção da qualidade de vida, e assistência nos cuidados paliativos (BRASIL,

2017). É desenvolvida pelas equipes por meio do exercício a práticas de

cuidado e gestão de forma democrática e participativa, visando sempre às

necessidades da população que faz parte do território em questão. Tem como

objetivo o desenvolvimento de uma atenção integral. Além disso, deve ser o

local preferencial dos usuários, e principal porta de entrada e centro de

comunicação da Rede de Atenção à Saúde (STARFIELD, 2002). Devido a

grande importância dos serviços prestados e seus respectivos impactos na vida

dos habitantes, é dever da unidade, e principal papel da enfermagem

administrar e realizar o correto modo de gestão, obtendo-se assim qualidade e

eficiência. Para ajudar no controle e facilitar a organização, o diagnóstico

situacional acaba sendo uma importante ferramenta. Este permite auxiliar no

conhecimento dos principais problemas e necessidades sociais da população,

como características e demandas específicas, educação, saneamento,

transporte, segurança, e habitação, e assim fazer com que a equipe possa

realizar o correto planejamento, e consequentemente as possíveis soluções de

problemas. É realizado através do processo de coleta, tratamento e análise dos

dados, e busca métodos qualitativos e quantitativos, técnicas de entrevista,

grupo focal e observação, estratégias de amostragem e análise do material

(SILVA; KOOPMANS; DAHER, 2016). QUESTÃO NORTEADORA: A

metodologia do diagnóstico situacional é facilmente aplicável? OBJETIVO:

Aplicar a metodologia do diagnóstico situacional na Unidade de Saúde utilizada

1Bacharelandas do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail autor correspondente: [email protected] 2Mestre em Enfermagem. Profº da Universidade Positivo. E-mail: [email protected]

como campo de prática. JUSTIFICATIVA: Além da grande relevância em saber

elaborar um diagnóstico situacional corretamente, o qual é determinante e

servirá de auxílio na carreira profissional, considera-se importante o estudo que

demonstra, entre outras características, a importância do papel do enfermeiro

neste tipo de setor. METODOLOGIA: O presente trabalho caracteriza-se por

um modelo descritivo do tipo relato de experiência. A busca dos dados de

pesquisa se deu por várias fontes, tais como: conversa com os trabalhadores,

observação participativa e investigação de dados secundários no sistema

Esaúde. Estes foram registrados em diário de campo de cinco acadêmicas do

2º ano da graduação em Enfermagem de uma universidade privada, que

durante estágio desenvolveram aulas práticas, no período de março a abril de

2018, distribuídas ao longo de 11 encontros em uma Unidade Básica de Saúde

localizada na cidade de Curitiba. A unidade está situada em um bairro de 12,27

km², com população de 25.209 habitantes e densidade de 2.054 hab/km². Para

que as observações fossem descritas, foi necessário entender a estrutura da

UBS, o perfil da comunidade, o processo de trabalho, o funcionamento da

territorialização, e os dados secundários de saúde. O trabalho não passou por

apreciação do comitê de Ética tendo em vista sua apresentação em evento

interno. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise de informações

obtidas, algumas das principais particularidades desta unidade foram

levantadas. Entre elas a organização do fluxo de atendimento aos usuários,

relacionamento interpessoal, gestão, estrutura física, uso do aplicativo de

acesso ao serviço e sistema de informática. Em relação ao fluxo de usuários,

por estar situada próxima a um terminal de ônibus de fácil acesso para outras

regiões recebe um grande número de usuários, os quais não pertencem a sua

região de cobertura. Atende quantidade significativa de gestantes, a maioria

entre 20 a 25 anos, e crianças para a vacinação. Devido a seu público alvo ser

composto majoritariamente por idosos aposentados de classe média,

portadores ou não de doenças crônicas como diabetes e HAS, apresenta como

procedimentos mais frequentes a coleta de material para exames laboratoriais,

observação de sinais vitais, como aferição de PA, e consultas agendadas, além

de contar com um grupo significativo de apoio-educação para tabagistas. Em

uma unidade de atenção primária, na qual a comunicação é o agente

determinante para um serviço satisfatório, sabe-se que entre a equipe

multiprofissional é imprescindível conhecer o outro na sua individualidade, a fim

de estar disponível para um bom relacionamento com os demais membros

(MARTINS, ET AL., 2010). Segundo dados registrados em diário de campo, a

relação interpessoal entre funcionários encontra-se prejudicada. O não

cumprimento de horários e faltas frequentes são os principais fatores

desencadeantes para as desavenças. Há diversos relatos de que esse principal

problema se dá pela insuficiência de supervisão e autoridade. O manual de

estrutura física de uma UBS, elaborado pela Secretária de Atenção a Saúde

por meio do departamento de Atenção Básica, propõe que os espaços

sugeridos devem ser adequados à realidade local, ao quantitativo da população

adstrita e sua especificidade, e ao número de usuários esperados (BRASIL,

2008). Na UBS referida, encontram-se algumas divergências em relação ao

que é proposto pelo Ministério da Saúde. O projeto não está de acordo com as

novas diretrizes impostas, e utiliza de uma estrutura mais antiga, a qual não

possui suporte suficiente para atender a demanda da população. Essa acaba

sendo uma das maiores reclamações da equipe, a qual alega que apesar da

boa localização da Unidade, facilitador do acesso, seu espaço físico dificulta o

atendimento. Para que o sistema de saúde funcione com excelência, não cabe

apenas a um determinado grupo de pessoas coordenarem os feitos, e sim do

comprometimento de todos, no qual cada parte deve realizar de forma

adequada e coerente as obrigações a si estabelecidas (DANTAS, 2001). Em

relação à gestão, esta se apresenta como sendo menos efetiva do que

realmente deveria. Muitos dos funcionários sentem falta da participação mais

ativa da mesma, alegando que em diversos casos terceiros tenham que

assumir uma função secundária - organizar a equipe de saúde, quando na

teoria o responsável por esse papel deveria ser o dirigente da unidade de

saúde. Um dos principais pontos a ser coordenado de forma precisa e

meticulosa, é o controle de materiais e medicamentos utilizados na unidade.

Este em muitos momentos apresenta-se como sendo escasso, tanto por

motivos de falta de atenção da gestora, por não verificar se há falta e

providenciar a reposição, como pela ausência de planejamento dos órgãos

responsáveis pela distribuição destes, os quais na teoria deveriam suprir de

forma eficiente todos os pedidos feitos pelo serviço de saúde. Na UBS, o

sistema de informática unificado possibilita promover a qualidade da

assistência, e facilitar o acesso a dados pela administração do seu

gerenciamento. Favorece uma documentação para fundos legais e de

pesquisa. Permite que seja possível realizar o atendimento de forma

direcionada e adequada para cada indivíduo (BENITO; LICHESKI, 2009). No

município de Curitiba utiliza-se o aplicativo Saúde Já, o qual possibilita que o

usuário agende pré consultas com a equipe de enfermagem e odontologia.

Contudo, nesta unidade o sistema de informática e o aplicativo apresentam

alguns pontos negativos, levantados no diário de campo e relatados pela

equipe vigente. O sistema de informação, por ser de fácil acesso e possuir

grande quantidade de dados, acaba sobrecarregado e trava várias vezes ao

dia, principalmente nos horários de fluxo intenso. Também foi possível perceber

que alguns procedimentos de atualização do software, antivírus por exemplo,

impossibilitam o seu uso por determinado período de tempo. Os atendimentos

agendados através do aplicativo apresentam um grande número de

absenteísmo, diminuindo a capacidade de assistência naquele dia e gerando

descontentamento dos usuários que a buscam pessoalmente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante o período de estágio a utilização do

diagnóstico foi imprescindível para a compreensão do território e percepção de

problemas na unidade. Os dados secundários proporcionaram maior

compreensão a respeito das necessidades de saúde, enquanto a observação e

conversa com os trabalhadores evidenciaram as dificuldades de

relacionamento e críticas à gestão. O Diagnóstico Situacional mostrou-se uma

ferramenta aplicável e relevante, entretanto torna-se difícil no sentido de

requerer um assertivo desenho dos objetivos, quais dados pesquisar e que

fontes recorrer. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O (a) enfermeiro (a)

possui papel primordial em uma unidade básica de saúde. Sua função vai

desde a realização de procedimentos e atendimento à população, até a gestão

da unidade, chefia da equipe, e junção do conhecimento científico com a

comunicação intra e interdisciplinar. É por meio de sua administração que o

serviço primário irá ou não apresentar qualidade e eficiência.

DESCRITORES: Atenção Primária a Saúde; Gestão em saúde; Estudos de

avaliação como assunto.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades

básicas de saúde: saúde da família. Brasília: Ministério da saúde, 2006. 72p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília:

Ministério da saúde, 2017. 108 p.

SILVA, C; KOOPMANS, F; DAHER, D. O Diagnóstico Situacional como

ferramenta para o planejamento de ações na Atenção Primária a Saúde.

Revista Pró-univerSUS. v.7, n.2, p.30-33, jan/jun.2016. Disponível em:

<http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/download

/345/526> Acesso em: 07/04/2018.

STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre as necessidades de saúde,

serviços e tecnologia. Brasília: OPAS/MS, 2002. 726 p.

O GENE MCR-1 E A MULTIRESISTÊNCIA BACTERIANA – UMA

PERSPECTIVA GLOBAL

Davi Augusto Trauer Linhares Cirino dos Santos1, Jennifer Veiga Vilela 1,

Michel M. Dalmedico2

INTRODUÇÃO: A resistência antimicrobiana (antimicrobial resistance - AMR)

representa uma crescente ameaça mundial. Com quase nenhuma nova droga

antimicrobiana em desenvolvimento, impedir a propagação da AMR é a chave

para que os atuais tratamentos possam ser uma opção. (MATAMOROS et al,

2017) A Colistina (ou polimixina) representa um dos poucos fármacos

disponíveis para o tratamento de infecções causadas pela Enterobacteriaceae

resistente a carbapenema. Apesar de ter sido abandonada para o tratamento

de infecções bacterianas na década de 70, devido a sua toxicidade e baixa

eliminação renal, ela foi reintroduzida nos últimos anos como antibiótico de

último recurso no combate à multirresistência. (WANG et al, 2018) Dentre elas

a causada pela recente transmissão do Gene Resistente a Colistina (colistin

resistence gene – MCR-1), descrito inicialmente em um plasmídeo carregado

por uma Escherichia coli isolada na China em abril de 2011, representa uma

significante ameaça à saúde mundial. (WANG et al, 2018) JUSTIFICATIVA: A

multirresistência bacteriana a antibióticos apresenta um novo desafio a saúde

global, e como responsáveis pela educação em saúde, é papel da enfermagem

se manter atualizada sobre os mecanismos de funcionamento e os presentes

riscos trazidos pelo gene mcr-1 e as bactérias multirresistentes. OBJETIVO:

Compreender a origem do gene mcr-1 e suas implicações descritas na

literatura. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de

agosto, por meio de pesquisa eletrônica, consultando-se o banco do Sistema

Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foi utilizado

o cruzamento das palavras-chave MCR-1, HUMANS and EPIDEMIOLOGY. Os

critérios de inclusão foram publicações no período de 2017 a 2018, no idioma

1Acadêmico do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba –Brasil. Contato: (41) -99602-7762, [email protected], [email protected], 2Mestre em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba – Brasil. Contato: [email protected]

inglês. A exclusão dos artigos seguiu os seguintes critérios: pesquisas

exclusivamente veterinárias, pesquisas locais, relevância para a realidade

brasileira. RESULTADOS: O gene já foi identificado em animais, humanos,

rações, produtos alimentícios e em amostras ambientais em mais de trinta

países desde 2015, como o rio Haihe na China, fontes de água pública em

praias brasileiras bem como em amostras fecais de indivíduos saudáveis.

Como medida profilática o uso da colistina na agricultura foi proibido tanto no

Brasil como na China, mas atuais evidencias demonstram que a mcr-1

consegue se disseminar nos ambientes hospitalares e entre a população

mesmo sem o uso da colistina, o que sugere que estas medidas não serão

suficientes. (WANG et al, 2018) Por muitos anos se pensou que a resistência a

colistina se desse apenas por mutação cromossômica, mas o recém

descoberto mcr-1 consegue codificar uma proteína da família da enzima

fosfoetanolamina transferase resultando na adição de uma fosfoetanolamina ao

lipídio A, que é o alvo da colistina, reduzindo a sua interação com o

Lipopolisacarídeo bacteriano. O gene tem sido observado em uma ampla

variedade de plasmídeos como IncI2, IncHI2 e IncX4, bem como em inúmeros

plasmídeos com outros genes multirresistentes como carbapenemases e β-

lactamase de espectro amplo (extended-spectrum β-lactamase). Em seu

estudo WANG et al (2018), analisaram um total de 457 amostras de mcr-1, de

31 países e os que tiveram o maior número de amostras positivas foram: China

(212) com 45% do total originado da província de Shandong, Vietnam (58) e

Alemanha (25). No que concerne as bactérias, 411 amostras eram de E. coli,

29 de Salmonella entérica, 8 de Klebsiella pneumoniae, 2 de Escherichia

fergusonii, 2 de Kluyvera ascorbata, 2 de Citrobacter braakii, e Cronobacter

sakazakii e Klebsiella aerogenes com um amostra cada. DISCUSSÃO: Devido

ao risco de disseminação do gene mcr-1 é importante que o enfermeiro esteja

atento aos critérios de vigilância para prevenção e controle do mesmo.

Segundo comunicado de risco nº 01 da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA) publicado em 06 de outubro de 2016, as Comissões de

Controle e Infecção Hospitalar (CCIH) que forem informadas pelos laboratórios

de microbiologia sobre a detecção de cepas de E. coli com CIM ≥ 4mg/L para

polimixina, devem notificar, por meio do formulário da ANVISA - Notificação de

Agregado de Casos e Surto em Serviços de Saúde – e entrar em contato com

a Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) para que

haja a autorização do encaminhamento do isolado bacteriano para o

Laboratório Central de Saúde Pública do Estado. Como principal medida para

prevenção e controle da disseminação, a higienização das mãos com

preparação alcoólica (70º INPM), deve ser adotada. Esta prática deve ser

incentivada de forma constante na rotina diária, deve ser conscientizada entre

os próprios profissionais de saúde. O ambiente é apontado como importante

reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, segundo resolução da

SESA n° 096/2018, a limpeza concorrente deve ser feita diariamente e sempre

que necessária; a limpeza terminal deve ser feita na unidade do paciente após

alta hospitalar, transferências, óbitos ou nas internações de longa duração. Nas

unidades de terapia intensiva a limpeza deve ser intensificada. Na resolução da

SESA n° 096/2018, recomenda-se que seja feita a vigilância interna, coletando

a cultura de vigilância de admissão em todo paciente em hemodiálise crônica,

em internamento em ambiente de enfermaria ou Unidade de Pronto

Atendimento (UPA) por 72 horas ou mais nos últimos 30 dias; transferido ou em

internamento em unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais nos últimos

3 meses e com cirurgia prévia nos últimos 30 dias e que tenha necessitado de

internamento por pelo menos 72 horas. Estes pacientes devem ser mantidos

em isolamento, sendo adotadas medidas de precauções de contato para

reduzir a transmissão cruzada de mcr-1 entre os pacientes. CONCLUSÃO:

Apesar de ter um maior foco na região da província de Shandong, sua origem

precisa ainda é desconhecida, tendo se disseminado por todos os cinco

continentes a mcr-1 representa um sério risco à saúde global, mas também

serve de alerta para o uso indiscriminado de antibióticos, seja na agropecuária,

seja pela equipe de saúde ou na automedicação por parte da população. Mais

do que nunca é de vital importância nós como profissionais e estudantes da

área da saúde, nos conscientizarmos sobre os perigos do abuso dos

antibióticos e da importância na prevenção das infecções hospitalares para que

possamos educar a população para os riscos de tais ações. CONTRIBUIÇÕES

PARA A SAÚDE: redução da ocorrência e prevenção de novos casos.

DESCRITORES: Colistina, Proteínas Bacterianas, Epidemiologia

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Comunicado de Risco nº 01 de 6 de outubro de 2016. Detecção do

gene responsável pela resistência à polimixina mediada por plasmídeos

(mcr-1) no Brasil. Brasília, DF, 2016

MATAMOROS, Sébastien et al. Global phylogenetic analysis of Escherichia coli

and plasmids carrying the mcr-1 gene indicates bacterial diversity but plasmid

restriction. Scientific Reports, Online, 7:15364, 2017.

PARANÁ. Resolução Secretaria de Estado da Saúde N° 096 de 28 de fevereiro

de 2018. Estabelece as ações de vigilância em saúde a serem

desenvolvidas no controle de Microrganismos Multirresistentes (MMR) e

Surtos decorrentes de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde

(IRAS) em Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) no Paraná.

Paraná, 2018.

SON, Soo Jung et al (no prelo). MCR-1: a promising target for structure-based

desing of inhibitors to tackle polymyxin resistance. Drug discovery TODAY,

2017.

WANG, Ruobing et al. The global distribution and spread of the mobilized

colistin resistance gene mcr-1. Nature Communications Journal, Online,

9:1179, 2018.

ENFERMAGEM FORENSE: UMA NOVA PERSPECTIVA DE ATUAÇÃOPROFISSIONAL

Anna Beatriz Ristow ¹, Gabriella Dominico Humberto¹, Geovana Nogueira 1,Leticia Maria Machado¹, Moises Ramos¹, Nycolle Fadel Navarro¹, Michel

Marcos Dalmedico2.

INTRODUÇÃO: as ciências forenses possuem um papel cada vez mais

importante na sociedade atual, na articulação entre o papel dos profissionais de

saúde na preservação de provas e vestígios forenses, e a aplicação da justiça.

Neste cenário, os enfermeiros são muitas vezes os primeiros a estabelecer

contato com as vítimas, logo, encontram-se numa posição impar no contexto

assistencial (FERREIRA 2018). A enfermagem forense originou-se nos Estados

Unidos, na década de 1990, e expandiu-se para outros países como Canadá,

Austrália, Inglaterra, Japão, Peru, Coréia, Índia, Suécia e Itália. No Brasil, essa

especialização (lato sensu ou strictu sensu) é reconhecida e normatizada pela

Resolução COFEN nº 556/2017. JUSTIFICATIVA: a enfermagem Forense

trata-se de um ramo das Ciências Forenses voltado não somente para os

cuidados com o sofrimento físico e emocional das vítimas de um crime, mas

também a identificação, coleta e preservação das evidências para o julgamento

e para o sistema jurídico criminal. OBJETIVOU-SE descrever o escopo de

atuação do enfermeiro forense em âmbito nacional. METODOLOGIA: trata-se

de revisão bibliográfica da literatura que consiste em método abrangente de

sintetização de evidência científica sobre um determinado tema. A presente

revisão buscou responder à seguinte questão de pesquisa: quais são as

perspectivas de trabalho e atribuições do Enfermeiro Forense? Foram incluídos

estudos disponíveis na íntegra, publicados no idioma português. A busca foi

realizada eletronicamente, no período de setembro do ano de 2018, para tanto

foram utilizados os seguintes descritores Enfermagem Forense; Mercado de

Trabalho; Especialização, combinados com o operador booleano “AND. Por

1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo,Curitiba-Pr. E-mails: [email protected]; [email protected];[email protected]; [email protected];[email protected]; [email protected]. Contato Telefônico: (41)9962701982Enfermeiro. Professor Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected].

tratar-se de uma revisão, este estudo dispensa o uso de termo de

consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: A enfermagem forense

consiste na aplicação da ciência da enfermagem aos aspectos forenses no

cuidado da saúde; atua em qualquer lugar em que existam pessoas em

situação de violência. O enfermeiro examina, coleta evidências e presta

cuidados a essas vítimas sempre com capacidade e autonomia (SILVA; SILVA,

2012). Este profissional possui uma formação especializada na identificação e

caracterização da lesão de origem criminosa, na coleta e preservação de

vestígios, na manutenção da cadeia de custódia, no tratamento do trauma, e na

intervenção em questões relacionadas com a morte (CAIXINHA, 2013). A

essência da prática da enfermagem forense se baseia na resposta aos

problemas de saúde decorrentes de traumas e/ou toda e qualquer forma de

violência. A atuação profissional do enfermeiro neste campo não se limita

somente à prática clínica, ela também trabalha nas suspeitas de lesões

sugestivas de traumatismos não acidentais, na documentação, preservação e

recolhimento de evidências, e em proporcionar apoio jurídico e consultoria às

autoridades legais (APEFORENSE, 2015). O profissional que atua em

enfermagem forense também devera orientar como será o cuidado de

enfermagem a indivíduos sob custódia judicial; reconhecer a violência como

problema de saúde pública; e saber quando deve trazer a aplicação da lei

como forma de tratar o paciente vítima de violência. As possíveis práticas

relacionadas com as técnicas da enfermagem forense incluem: maus-tratos,

abuso sexual, trauma e outras formas de violência; investigação da morte;

enfermagem psiquiátrica forense; preservação de vestígios; testemunho

pericial; consultoria; desastres de massa; população carcerária; missões

humanitárias (SILVA; SILVA, 2012; FERREIRA 2018). CONSIDERAÇÕES

FINAIS: Apesar da relevância da temática, evidenciou-se escassez de

produção científicas nacionais, possivelmente, relacionada ao pouco tempo de

regulamentação da especialização em território nacional. Considerando-se o

papel essencial do enfermeiro forense numa esfera ampla de atuação;

acredita-se que a curto prazo, este será um campo promissor tanto no âmbito

cientifico, quanto no mercado de trabalho.

DESCRITORES: Enfermagem Forense; Mercado de Trabalho; Especialização.

REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS ENFERMEIROS FORENSES -

APEFORENSE. Padrões de aptidão do enfermeiro forense. Lisboa, 2015.

Disponível em: http://apeforense.blogspot.com.br/2015/05/padroes-de-aptidao-

do-enfermeiro-forense.html. Acesso em 10/09/2018.

CAIXINHA, L. D. A. Competências emergentes na prática de Enfermagem:

Ofensa sexual de crianças. 2013. 22 f. Dissertação de Mestrado em Ciências

Forenses da Universidade do Porto, Porto, 2013.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN. Resolução COFEN nº

556/2017. Regulamenta a atividade do Enfermeiro Forense no Brasil.

Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-

05562017_54582.html. Acesso em 10/09/2018.

FERREIRA, C. M. E. Conhecimento dos enfermeiros sobre práticas

forenses no intra-hospitalar. Dissertação (Mestrado). Mestrado em

Enfermagem Médico-Cirúrgica. Repositório Científico do Instituto Politécnico de

Viseu. Escola Superior de Saúde de Viseu. Portugal. 2018.

SILVA, R. C.; SILVA, K. B. Enfermagem Forense: possibilidades para a

profissão. Enfermagem Revista, São Paulo, [s. v.], [s. n.], p. 35-37, ago. 2012.

O AUMENTO DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA NO

BRASIL

Alisson da Silva Santos; Bianca Lopes Sanzovo; Carolina da Costa; Eduarda

Gabardo Kruger Cerdoso; Gustavo Soares de Santana.

INTRODUÇÃO: Hoje, no Brasil, causa uma grande preocupação o fato de os

jovens começarem a beber cada vez mais cedo. De acordo com a pesquisa

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21,4% dos

adolescentes já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. O consumo

de álcool per capita no Brasil aumentou 43,5% em dez anos e agora supera a

média internacional. Em 2006, cada brasileiro a partir de 15 anos bebia o

equivalente a 6,2 litros de álcool puro por ano. A taxa chegou a 8,9. Com isso, o

País figura na 49º posição do ranking entre os 193 avaliados. Os dados foram

divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O alcoolismo, também

conhecido como etilismo, é um termo usado para descrever a dependência do

álcool. Pessoas que sofrem desse mal costumam ter compulsão por bebidas

alcoólicas, dificuldade em parar de beber e acabam por desenvolver tolerância

aos efeitos da substância. Trata-se de uma doença psiquiátrica, considerada

pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “doença com componentes

físicos e mentais”. Isso porque a dependência, muitas vezes, é puramente

psíquica, mas há também componentes fisiológicos envolvidos. Os

adolescentes são constantemente conduzidos pelo impulso e pela curiosidade

de conhecer e experimentar novas experiências. E por mais que a venda do

álcool seja proibida por lei, para menores de 18 anos, a aceitação da sociedade

pelo consumo do álcool e o fácil acesso, influenciam o consumo precoce

dessas substâncias. A relação do álcool com a diversão, status social, euforia e

festas, levam os adolescentes ao consumo, que, ao sentirem a sensação de

relaxamento causada pelos efeitos do álcool, passam a repetir a experiência.

Entrando, assim, no ciclo de evolução da dependência alcoólica (ZALAF;

FONSECA, 2009). No entanto, o envolvimento entre jovens e álcool é muito

mais perigoso do que o consumo na idade adulta e os danos podem ser

maiores e permanentes. O álcool desacelera funções vitais por ser uma droga

depressora do sistema nervoso. O sistema nervoso central é formado por

neurônios, células que conduzem energia elétrica e passam “mensagens”

umas para as outras por meio de substâncias químicas, chamadas

neurotransmissoras. São essas mensagens parte elétricas e partes químicas,

que fazem com que o nosso cérebro mantenha o nosso corpo funcionando. Ao

adentrar o corpo, o etanol (álcool), chega rapidamente ao cérebro, então ele

estimula a liberação de neurotransmissores excitatórios como: serotonina,

dopamina e endorfinas, responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar,

logo após isso, acontece exatamente o efeito contrário: o álcool estimula o

principal neurotransmissor inibitório do cérebro, o ácido gama-aminobutírico,

mais conhecido como GABA, esse neurotransmissor se conecta aos neurônios,

fazendo com que eles sejam menos receptivos às novas mensagens vindas de

outros neurônios. Desse jeito, a comunicação entre um neurônio e outro

é dificultada o que implica no efeito “bêbado” que o ser humano sofre, sem

coordenação motora, e que muitas vezes não se recordam dos acontecimentos

enquanto estavam sob esse efeito (DUBOWOSKI, 1985). A adolescência, Art.

2º “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de

idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de

idade”(ECA, 1990), diferente da Organização Mundial da Saúde (OMS), que

compreende a adolescência entre os 10 a 20 anos.(Eisenstein E,

2005) JUSTIFICATIVA: Considerando o grande impacto a cada indivíduo

dentro de sua realidade e perspectiva familiar, o trabalho se faz necessário

para a compressão das necessidades e dificuldade de cada um, e como

possíveis atos poderiam melhorar essa realidade. OBJETIVO: Analisar o que a

literatura científica online nacional aborda sobre as causas e os impactos do

uso de álcool na adolescência. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa

descritiva que utiliza como método a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil

(2008) é desenvolvido com base nas análises de materiais já elaborados,

constituído principalmente de livros e artigos científicos e que permite realizar o

levantamento de informações e uma análise do que já foi publicado sobre o

tema e o problema de pesquisa escolhido, permitindo uma maior

compreensão e discussão do assunto estudado. A partir da definição do tema

da produção científica nacional sobre o uso de álcool na adolescência, a

questão norteadora elaborada foi: Quais os impactos na saúde dos

adolescentes que o uso de bebidas alcoólicas pode causar? Os critérios de

seleção inclusão e exclusão dos artigos utilizados foram: artigo completo,

publicado eletronicamente em idioma português; retratar no

resumo questões relacionadas ao uso de álcool, saúde e comportamento

de adolescentes, publicado entre os anos de 2006 à 2012. Para a seleção dos

artigos foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-

Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Base de Dados de

Enfermagem (BDENF), pois apresentam uma grande publicação de artigos

científicos na área da saúde. RESULTADOS: Na primeira busca foram

encontrados trinta (30) artigos, dos quais vinte e oito (28) foram excluídos da

tabela por fugirem do tema proposto da revisão e por texto indisponível/pago,

restando assim dois (2) artigos para serem analisados. Quanto

a fonte observou que um (1) foi encontrado na plataforma BDENF e um (1) na

plataforma LILACS. Em relação ao ano de publicação constatou-se que

no período elencado para análise, a produção teve bastante evidência no ano

de 2012 no qual todos foram deste ano. Quanto a área de atuação predominou

a enfermagem sendo todos desta área. No que se diz respeito

a metodologia usada da publicação, constatou-se duas (2)

abordagens qualitativas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Vimos nesse estudo que

o jovem é muito frágil e susceptível a começar cedo sua vida em meio ao

álcool, seja por meio de propagandas em mídias sociais e televisivas quanto

por indicações, intenções, pressões psicológicas e até mesmo influenciadores

que dividem o mesmo lar, podendo ser seu pai, sua mãe ou irmão já alcoólatra.

O consumo excessivo pode trazer inúmeras consequências tardias e até

mesmo a curto-prazo, em jovens prejudica mais ainda seu intelecto funções

vitais e possíveis atividades a serem realizadas, é de grande perca no quesito

saúde e de vida para aquele que consome bebida alcoólica tão jovem e com

tanta veracidade. Danos causados podem se tornar irreversíveis ao ponto de

vista médico, sendo necessárias medidas de grande porte e investimento para

resolver determinada situação. Portanto, se faz necessário uma abrangente

conscientização sobre os perigos, riscos e consequências que o mesmo pode

causar, é viável a realização de palestras demonstrativas, divulgação de seus

riscos e prejuízos e principalmente acolher aquele que precisa de ajuda para se

livrar do vício e permanecer com sua vida preservada sem acarretar dano a si

próprio. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Os profissionais da

enfermagem devem estar conscientizados da magnitude desse problema e

preparado para assistir à comunidade em nível de promoção, prevenção e

assistência aos usuários de álcool, com ênfase na reabilitação e reinserção

social dos mesmos. O papel do enfermeiro é essencial na orientação

de adolescentes que sofrem com este problema, percebe-se a necessidade de

maior embasamento teórico e maior conhecimento científico para que o

enfermeiro possa dominar e ter confiança na hora de abordar algum

adolescente que esteja sobre efeito de álcool, como tem ocorrido em muitos

prontos atendimentos e os profissionais da enfermagem não conseguem

abordar de maneira correta este assunto.

DESCRITORES: Alcoolismo; Alcoolismo na adolescência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Dubowski KM. Absorção, distribuição e eliminação de álcool: aspectos de

segurança. Mar 31 1992, EDITORA: New Brunswick. NJ

(https://trid.trb.org/view/364910). Acesso em 30 Ago. 2018

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA). Lei nº 8.069 de 13 de

julho de 1990 (BR). Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições

Técnicas; 2005. Acesso em 30 Ago. 2018.

Eisenstein E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolescência e

Saúde. 2005; (http://www.adolescenciaesaude.com). Acesso em 30 ago. 2018

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:

Atlas, 2008.

ZALAF, M, R, R; FONSECA, R, M, G, S. Uso problemático de álcool e outras

drogas em moradia estudantil: conhecer para enfrentar. Rev. Esc.

Enfermagem USP. 43: 1, 2007. Disponível em:

www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n1/17.pdf. Acesso em: 09 set. 2018.

ELABORAÇÃO DE UM VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA

AULA NA DISCIPLINA DE ÉTICA, LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA

ENFERMAGEM

Daniel Germano Barby; Desirée Tomitão; Milena Fausto Bazani; Sara Angela

Legnani Lamoglia 1; Kátia Renata Antunes Kochla2

INTRODUÇÃO: As técnicas de ensino representam formas de organizar

condições de instrução com a finalidade de provocar modificações

comportamentais nos alunos, podem ser utilizadas tanto em sala de aula ou em

outra situação de ensino (VEIGA, 2013). Estas podem ser abordadas de três

formas: a primeira de formato individual, com ênfase no indivíduo e respeitando

o ritmo próprio de cada aluno através do contato direto do estudante com o

conteúdo, como, por exemplo, a elaboração de uma redação; a segunda

maneira é a coletiva, com técnicas aplicadas para um grande grupo com uma

linguagem compreensível pela maioria, e palestras são um exemplo de

aplicação; a terceira e última é o procedimento em grupo, enfatizando a

interação dos alunos entre si, por meio de dinâmicas e socializações, como um

seminário (VEIGA, 2013). Como dito anteriormente, as técnicas são o caminho

a ser percorrido para a aplicação de um determinado conteúdo. Porém, para

que sejam realizadas de maneira eficiente, é necessário refletir sobre os

métodos de aplicação. Enquanto a primeira mostra como percorrer, os métodos

indicam qual será este caminho, quais serão as ações realizadas. Existem

diversos métodos passíveis de serem aplicados a um grupo. Para escolhe-lo é

importante considerar o perfil e as necessidades daqueles que estão nele

inseridos. Entre elas temos: Método de Exposição pelo Professor, largamente

utilizado e que consiste em exposição verbal, demonstrações, etc.; Método de

Trabalho Independente, um estudo dirigido, investigações e soluções de

1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato:[email protected], [email protected], [email protected] [email protected] Mestre em Enfermagem - UEM, Doutora em Enfermagem - UFPR, Enfermeira doDepartamento de Urgência e Emergência da Prefeitura Municipal de Araucária e Coordenadorado Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected]

problemas; Método de Elaboração Conjunta, nele ocorrem conversas didáticas,

e o aprendizado se dá por meio de perguntas e respostas; Método de Trabalho

em Grupo, também aplicado com frequência, e com ele se busca um debate

entre os participantes, a construção de uma tempestade de ideias, seminários,

etc; Atividades Especiais englobam modalidades altamente interativas e

dinâmicas, como atividades práticas, gravações de vídeos e estudos do meio

(LIBANEO, 2013). Tendo em vista a diversidade de estratégias o vídeo foi

escolhido para ser utilizado em uma aula de Ética, História e legislação como

estratégia pedagógica. A partir disso a questão que orientou nosso estudo foi:

Como elaborar uma estratégia pedagógica criativa para uma aula da disciplina

de Ética, Legislação e História da Enfermagem? JUSTIFICATIVA: As

estratégias pedagógicas podem serem utilizadas de forma criativa na

elaboração ou estruturação de uma aula com atividade especial para a

disciplina de Ética, Legislação e História da Enfermagem. OBJETIVO: Relatar

a experiência na elaboração estruturação de uma estratégia pedagógica para a

aula da disciplina de Ética, Legislação e História da Enfermagem

METODOLOGIA: O tipo de estudo é relato de experiência. Para a execução do

projeto da estruturação de um vídeo foi utilizada a técnica do Chroma-Key. Este

mecanismo consiste em sobrepor uma imagem sobre a outra através da

anulação de uma cor sólida, ou seja, é possível substituir um fundo por outra

imagem, estática ou em movimento (vídeo). A técnica foi desenvolvida por

vários autores durante a história do cinema, entre eles Linwood G. Dunn e

Norman Dawn (PARADISOFILMES, 2017). Esta permite mais dinamicidade

nos vídeos, deixando-os visualmente mais atrativos. Atualmente ela é utilizada

em produções caseiras, telejornais, filmes e séries. O primeiro passo para a

produção do vídeo foi a aproximação com a temática da aula e leituras sobre o

assunto, na sequência a escolha do local de gravação. O ambiente escolhido

necessita apresentar as seguintes características, dentre elas: amplo espaço

para acomodação de todo o material; acústica favorável a gravação, sem

produção de ecos ou ruídos e, janelas com cobertura. Também se buscou uma

área onde houvesse parte da decoração como mesas, cadeiras e outros itens.

Após a escolha do local de gravação foram necessários alguns ajustes no

espaço. Todas as janelas foram fechadas com cortina para que a luz externa

não gerasse sombras no plano de fundo, prejudicando assim a técnica do

Chroma-Key. Isto posto, toda a iluminação foi feita com lâmpadas caseiras e

luminárias móveis, projetando o foco luminoso somente no aluno/ator. Para que

isso ocorresse os próprios alunos seguraram o material durante a filmagem.

Um ponto essencial foi a escolha do fundo de gravação. Como dito

anteriormente a técnica consiste na sobreposição de uma cor sólida; dessa

maneira é necessária a escolha de um tom como fundo de filmagem

(PARADISOFILMES, 2017). No nosso caso utilizamos a cor verde no tecido

TNT, aproximadamente 3x4 metros. Era imprescindível que nenhum aluno/ator

utilizasse a mesma cor do fundo, pois assim quando substituída a cor verde por

uma imagem, esta apareceria apenas no fundo de tela e não iria sobrepor a

roupa do aluno/ator. Parte da gravação foi feita com uma câmera

semiprofissional Nikon e algumas cenas foram feitas através de um celular

iPhone 7. Para sustentação deste material foi utilizado um tripé, garantindo

imobilidade dos aparelhos. Além disso havia um “operador de câmera”

controlando o momento de início e fim de gravação e posicionamento de tudo e

todos. Além dos materiais e técnicas apresentadas foi necessário elaborar o

conteúdo das gravações. Um roteiro de gravação foi elaborado previamente

com base no trabalho requerido para a disciplina de Ética, Legislação e História

da Enfermagem. A partir disso, o conteúdo foi dividido entre os membros da

equipe, e, a cada um deles, foi atribuído um ou mais papéis para a gravação.

Foi solicitada leitura, revisão e ensaio prévio do texto. Um laptop foi utilizado

como teleprompter improvisado para que outro aluno repassasse a redação ao

fundo visando maior dinamismo e controle do assunto que seria abordado. O

último passo, e mais trabalhoso, foi a edição do que havida sido gravado. O

software Adobe Première Pro foi utilizado e o tempo de composição foi de

aproximadamente vinte e duas horas. Foram necessários cortes de cenas

erradas, criação de legendas, inclusão de propagandas, sobreposição de

músicas e a elaboração da técnica Chroma-Key. As imagens utilizadas no

processo foram retiradas da galeria do Google e os vídeos do site Youtube,

postado para fins de uso público. O vídeo foi apresentado para os alunos da 1ª

série do curso de Enfermagem de uma Universidade Privada localizada no

município de Curitiba-PR. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e

Pesquisa por se tratar de um trabalho que não envolveu pesquisa em seres

humanos. RESULTADOS: O vídeo, com duração de 25 (vinte e cinco) minutos,

foi formatado para aparentar uma transmissão televisiva à época, por meio de

efeitos visuais e caracterização dos alunos/atores. Nele foram abordados os

principais fatos da história, da saúde e da cultura mundial e brasileira entre os

anos de 1960 e 1979. Partindo dessa ideia foi elaborado um canal de televisão

chamado UP TV, neste foi desenvolvida uma programação contendo: 1) Jornal

da Noite, com uma compilação de informações históricas, sociais e

econômicas; 2) Discoteca: coletânea musical e cultural; 3) Plantão UP: relato

em “tempo real” do resultado da Copa do Mundo de Futebol de 1970; 4)

Repórter UP: Informações, dados, entrevistas relacionadas a área da saúde e

de Enfermagem. Além disso, durante os intervalos da programação, foram

apresentadas campanhas publicitárias e vídeos informativos voltados para o

tema saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a produção de um

vídeo como estratégica pedagógica é técnica eficiente, criativa que contribui

para aprendizagem, porém necessita de conhecimento técnico, tempo hábil,

softwares e, principalmente, de organização. Para que o trabalho fosse bem-

sucedido foi necessário um roteiro de gravação detalhado para que erros

fossem evitados em sua maioria. Além disso, o estudo prévio dos alunos/atores

foi essencial para que as gravações fossem realizadas da melhor forma. Por

último, em relação à edição, mais uma vez a organização foi significativa, já

que era um trabalho com diversos detalhes, demandando horas para edição de

diversas fotos, vídeos, efeitos, que foram desde a aplicação da técnica

Chroma-Key até a inserção de legendas. CONTRIBUIÇÕES/APLICAÇÕES

PARA SAÚDE: O estudo possibilitou um modo inovador de abordagem e

ensino, realizando a divulgação do conteúdo de forma mais dinâmica para os

telespectadores. Dessa maneira, a utilização de vídeos e softwares de fácil

alcance para os profissionais da área de saúde podem ser um diferencial em

diversas áreas de atuação como: aplicação em educação em saúde junto à

comunidade, no auxílio à ensino de diversas técnicas (aleitamento materno,

cuidado e higienização de feridas para pacientes acamados no domicílio,

mudança de decúbito, etc).

DESCRITORES: Enfermagem; História da Enfermagem; Educação em

Enfermagem; Recursos Audiovisuais; Gravação em vídeo.

REFERÊNCIAS

SCLIPE, A.; BARBY, D.; TOMITÃO, D.; SCHWIRK, E.; CASCAIS, J.; BAZANI,

M.; LAMOGLIA, S.; WERKA, S. Trabalho décadas - Anos 60 e 70 - TV UP.

2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=secZLi_aiaQ>

Acesso em: 18/09/2018.

A História dos Efeitos Especiais | Parte 1. 2017. Disponível em:

<http://www.paradisofilmes.com/historia-dos-efeitos-especiais-parte-1/> Acesso

em: 20/09/2018.

LIBÂNEO, J. C. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez,. 2013.

VEIGA, I. P. A. Novas Tramas Para as Técnicas de Ensino e Estudo:

conceitos e aplicações. 1. ed. Campinas, SP: Papirus,. 2013.

O VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA DE ÉTICA,

LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA ENFERMAGEM: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Amanda Sclipe¹; Evellyn Karla Schwirk Cabral 1; Joyce Cristina Cascais¹; SuzanCarla Werka¹; Kátia Renata Antunes Kochla2

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; gravação audiovisual; educação em

Enfermagem.

INTRODUÇÃO: metodologia é uma palavra derivada de método, do Latim

“methodus” cujo significado é caminho ou a via para a legalização de algo.

Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao

conhecimento.  A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos

no processo ensino-aprendizagem. As instituições buscam de maneira

recorrente formas para que o aprendizado seja eficaz, maneiras de passar a

informação de forma clara e objetiva, assim transmitindo o conhecimento

(PADILHA, et al., 2018). Por muitos anos acreditava-se que o ensino e

aprendizado era somente realizado em sala de aula entre quadro negro, livros

e professores. As diversas formas que poderiam ser utilizadas como música,

teatro, cinema eram desprezadas. O aluno não era o responsável por seu

aprendizado pois não participava de sua formação, era apenas um espectador

e armazenador de conteúdo. A tecnologia avançou com uma velocidade

surpreendente, com isso o espaço da sala de aula foi invadido por novas

tecnologias, uso de MP4, celulares entre outros que se tornaram parte da vida

de jovens e adultos. A produção audiovisual nas escolas, nos faz refletir sobre

o momento histórico no qual estamos vivendo em que a mídia eletrônica deve

ser encarada como um fator cultural, que exprime nossas complexidades,

contradições e formas de conhecimento. O tema proposto torna-se

1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] em Enfermagem - UEM, Doutora em Enfermagem - UFPR, Enfermeira doDepartamento de Urgência e Emergência da Prefeitura Municipal de Araucária e Coordenadorado Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, contato: [email protected]

fundamental para levantar o questionamento e discussões acerca do uso da

educação midiática, no caso em estudo – produção áudio visual – como forma

de auxiliar o processo pedagógico com o intuito de ampliar o conhecimento. Na

década de 1930, Benjamin, W., alertava sobre a necessidade de se prestar

mais atenção aos novos modos de percepção da realidade na sociedade

moderna com a questão da reprodutibilidade técnica da imagem, comparou o

cinema e o teatro como duas experiências distintas de se vivenciar a realidade

e de se relacionar com a imagem – o teatro por meio do campo visual permite

ao espectador preservar o caráter ilusionístico da cena e no cinema o

ilusionismo está no resultado final da montagem (BENJAMIN,1994). Na década

de 70 e 80, com a aberta política, a tecnologia chega ao Brasil, os

equipamentos passam a ser mais utilizados pela população, fabricantes de

eletrodomésticos passam a buscar as câmeras de vídeo, vendo com preços

populares. A população Brasileira com interesse de recuperar o tempo perdido

com a ditadura militar, passar a fazer vídeos domésticos de festas de

aniversários, casamentos entre outros. (BENJAMIN,1994.). A evolução

tecnológica, as relações espaço-temporais, a produção de imagens, a cultura

de massa e a reprodutibilidade da arte são fatores necessários para que se

compreenda a produção da subjetividade contemporânea. Todavia, a partir da

solicitação na disciplina de Ética, História e Legislação em Enfermagem

optamos em estruturar um vídeo e aplicar em sala de aula. OBJETIVO: Relatar

a experiência das autoras na condução do uso do vídeo como estratégia

pedagógica na disciplina de Ética, História e Legislação em Enfermagem.

JUSTIFICATIVA: Trabalhos dessa natureza possibilitam instigar ideias nos

processos educativos de todas as áreas de saúde e, auxiliam na educação dos

usuários e pacientes cuidados pela equipe. METODOLOGIA: Este estudo é do

tipo relato de experiência vivenciado pelos discentes da 1ª série de

Enfermagem de uma Universidade privada localizada no município de Curitiba-

PR. A disciplina de Ética, História e Legislação Profissional apresenta como um

dos objetivos do 2º bimestre um Seminário sobre a Enfermagem nas diferentes

décadas que foi apresentado para a turma e como um dos quesitos de

avaliação tinha a criatividade. Desta forma no primeiro momento, entendemos

que foi fundamental elaborarmos algo embasado no conhecimento científico e

teórico que despertasse e, possibilitasse aos discentes uma aproximação para

a compreensão da construção da profissão ao longo dos anos. Estruturamos

um telejornal, os participantes foram os alunos do grupo, onde cada integrante

do que foi designado para contribuir sendo um repórter, um entrevistado ou

apresentador. Outras contribuições foram: a montagem do cenário, troca de

vestuário, maquiagem, iluminação etc. No segundo momento aplicamos a

estratégia em sala. O vídeo foi apresentado em torno de 35 (trinta e cinco)

minutos e contextualizou o histórico geral das décadas, destacando temas

como: saúde, educação, política, arte, cultura, música, propaganda. Todos os

presentes tiveram acesso ao vídeo através de um link disponibilizado. Este

trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade

Positivo por se tratar de um trabalho realizado na disciplina de História da

enfermagem não realizado pesquisas com seres humanos. RESULTADO: A

construção do vídeo, baseado nas décadas de 60 e 70, permitiu um retorno ao

passado, aproximar os alunos da época e descobertas, sendo um momento de

conhecimento. A pesquisa foi densa, possibilitou emergirem dúvidas e uma

busca constante. Foi utilizada uma biblioteca para fazer as filmagens e de 6

pessoas com vontade de realizar um trabalho. A apresentação foi dinâmica, os

alunos prestaram atenção, a professora ficou emocionada com a organização e

apresentação. Cada estratégia utilizada para realizar o trabalho, focou em

deixar os assuntos coerentes para que nossos colegas pudessem

compreender os assuntos e assim como nós aprender cada vez mais. O

resultado foi interessante porque nos permitiu refletir que o preparo de uma

aula exige planejamento para que se obtenha um resultado positivo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observamos que o planejamento, criatividade e o

trabalho em grupo foram imprescindíveis para que obtivéssemos sucesso. O

vídeo pode ser considerado uma estratégia eficaz que permite trabalhar o

conteúdo de maneira criativa sendo uma estratégia que prende a atenção. Esta

estratégia pode ser utilizada com diversos grupos desde que adaptada a

comunicação e com objetivo comum e teve uma grande contribuição de ensino

para a matéria, passando informações e descobertas.

REFERÊNCIAS

PADILHA A, CABRAL P, MUNIZ C, AVIZ R, LENZI T.

<https://www.significados.com.br/metodologia.html> Acesso: 10/09/2018 às

14:10h.

BENJAMIN, W. A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica. São

Paulo: Brasiliense, 1994, p. 186.

MORAN, J. O que é educação a distância .2002.

http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf Acesso:

18/09/2018 às 23:00h.

UTI NEONATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO AOS PAIS

Carla Fabiane Rodrigues dos Santos 1, Fernando Augusto Bonzato Kovalski1,

Franciely Jeane de Oliveira Ferreira1, Gabrielle Arcilio Meller1, Jocyara Grapper

Franco de Godoy1, Laíse Chemin Iankauskas1, Giovanna Batista Leite Veloso2

INTRODUÇÃO: O recém-nascido (RN) estava acostumado com a vida

intrauterina e já no seu nascimento passa por uma série de transformações

pois tudo ainda é muito novo, muitas vezes neste processo ocorrem algumas

mudanças ou podem ser observadas alterações fisiológicas que chegam a

retardar o desenvolvimento normal e a saúde da criança. Por isso a Unidade de

Terapia Neonatal (UTIN) se faz importante, lá é permitido que estes bebês

tenham chances de sobrevivência. (COELHO et.al, 2018). O Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), garante a permanência do acompanhante em

período integral, durante a hospitalização infantil. O enfermeiro precisa

acompanhar o processo de inserção da família no ambiente da UTIN,

instruindo a participação no cuidado do RN doente, mas sempre respeitando os

seus momentos de aflições, estresse, angústia; oferecendo uma linha de

cuidados segura, que envolva os familiares e não apenas os RN. (SOUZA et.at,

2017). O enfermeiro deve exercer suas funções como um educador

participativo que aplica suas habilidades no processo comunicativo com o

paciente, a equipe e a família, fazendo com que haja uma troca de saberes

promovendo um modelo assistencial, baseado na humanização. O trabalho

desta equipe vai além de apenas procedimentos, ela acolhe os familiares, doa

sentimentos, toca o RN. Segundo Andriola e Oliveira (2005), o trabalho do

enfermeiro dentro de uma UTIN é um desafio constante, pois requer vigilância,

habilidade, respeito e sensibilidade porque o paciente que vai ser atendido não

1Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:[email protected] telefone: (41) 99603-9152; Acadêmica da 2ª série docurso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: Fernando.bonzato@hotmail;Acadêmica da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:[email protected]; Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem daUniversidade Positivo. Email: [email protected]; Acadêmica da 2ª sériedo curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected]; Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem daUniversidade Positivo. Email: [email protected]. 2Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Enfermagemda Universidade Positivo. Email: [email protected].

fala, é extremamente vulnerável e altamente dependente da equipe que lhe

presta assistência. (SANTOS, 2014). A enfermagem tem papel fundamental

pois ela tem que envolver os pais nas atividades da UTIN desde as orientações

na primeira visita, pois a família fica diante de uma experiência desgastante.

Esse profissional deve proporcionar incentivos com o propósito de diminuir a

ansiedade e o medo destes pais; sendo assim devem oferecer condições de

conforto, sempre tentar esclarecer as dúvidas frequentes pois muitas vezes

eles não tem conhecimento algum sobre os riscos que o RN pode enfrentar,

oferecer informações sobre a saúde do recém-nascido, passar todo o processo

do tratamento que está sendo feito e os equipamentos utilizados. (MERIGHI

et.al, 2011). Para tanto a questão que norteou este estudo foi, qual o papel do

enfermeiro na orientação aos pais em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?

JUSTIFICATIVA: Estudos desta natureza destacam e permitem a reflexão

sobre o papel do enfermeiro nos diversos cenários de atuação, em especial em

UNTI, que perpassa desde os cuidados diretos ao RN até a orientação aos

pais, visto ser este um momento de grande dúvida e insegurança frente ao

futuro da criança ali hospitalizada. O enfermeiro deve ser um dos atores

envolvidos de forma integral no gerenciamento destas situações. OBJETIVO:

Identificar o perfil das publicações nacionais sobre o papel do enfermeiro na

orientação aos pais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.

METODOLOGIA: Este é um estudo de revisão de literatura que seguirá os

passos propostos por Mendes, Silveira e Galvão (2008). Serão selecionados

artigos na Biblioteca virtual em saúde. Este terá como critérios de inclusão:

artigos completos, em língua portuguesa, publicados on-line, entre os anos

2014 a 2018. Os descritores utilizados para a busca foram UTI neonatal and

enfermagem. Neste período foram encontrados 119 artigos na integra, destes

14 não estavam disponíveis on-line, 26 eram repetidos, 04 em outras línguas.

Ainda, 59 foram excluídos após a leitura do título, resumos ou texto completo,

pois não se adequavam ao tema. A amostra final deste estudo foi composta por

16 artigos. RESULTADOS: Dos estudos analisados, 09 foram do ano 2015, 02

foram do ano de 2016, 04 foram do ano de 2017 e 01 do ano de 2018. Grande

parte dos estudos citam a situação vivenciada pelos pais e que a equipe de

enfermagem deve estar preparada para atuar frente a esta situação. A família

vivencia de forma velada o risco iminente da morte sem necessariamente

poder expressar esse medo na UTIN. Buscam forças em situações piores que

a de seu filho, espiritual ou mesmo em recursos que não sabem explicar a

origem, sendo que essa vivência extrapola o cotidiano e o cuidado. É

necessário mudar a filosofia dos profissionais e das instituições, na perspectiva

do cuidado à família, com espaços de diálogo, para que essa família seja parte

integrante do cuidado (LIMA et.al, 2017). Portanto deve-se propiciar uma

assistência aos pais, participação da família nos cuidados com o RN, neste

sentido a enfermagem deve procurar conhecer os medos, dificuldades,

sentimentos e necessidades dos pais, servindo de apoio e orientação,

respeitando a tomada de decisões e no processo de cuidados. (SILVA, et.al,

2018). Para Santana et.al. (2017) a equipe de saúde deve planejar um cuidado

culturalmente flexível, valorizando a presença da família, apoiar e incentivar

desde o nascimento a promoção de cuidado familiar, visando também o

empoderamento paterno e facilitando o desenvolvimento desse cuidado no

cenário domiciliar após a alta. Soares et.al. (2015) apontam que o envolvimento

prévio dos pais e familiares no cuidado do bebê prematuro é de extrema

importância para a promoção do vínculo afetivo. CONCLUSÃO: Essa revisão

evidenciou que a orientação realizada pelo enfermeiro é de extrema

importância tanto para o RN quanto para os pais, que tem como principal

objetivo acalmar e passar a segurança de que seu filho está sendo cuidado por

uma equipe de profissionais qualificados. O Enfermeiro tem um papel

fundamental oferecendo suporte acolhedor na difícil trajetória de internação do

filho. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A literatura

evidencia que a incerteza e medos se fazem presentes na vivência dos pais

que possuem RN na UTIN. Desse modo, é necessário valorizar essa

problemática e adotar ações na tentativa de tornar mínimas essas incertezas.

Portanto, auxiliar no manejo dessas incertezas se torna imprescindível, por isso

o profissional necessita familiarizar-se com a temática e fundamentar suas

ações em uma teoria que o embase na tomada de decisão frente as diversas

situações de sua vida profissional.

DESCRITORES: Unidade de terapia intensiva neonatal; cuidados de

enfermagem; educação em saúde.

REFERÊNCIAS

COELHO A. S.; CUSTÓDIO D. C. G. G.; ROSSO G.; SILVA R.; SILVA J. S. C.;

CARNIEL F.; - Equipe de Enfermagem e a assistência humanizada na UTI

Neonatal - ReonFacema. 2018 Jan-Mar; 4(1):873-877 (2018). Acesso em 05

de Setembro de 2018 Disponível em:

http://www.facema.edu.br/ojs/index.php/ReOnFacema/article/viewFile/381/17

6

SANTOS A. A.; - Humanização em UTI Neonatal: análise da literatura sobre

a atuação da Enfermagem na tríade mãe, recém-nascido – Universidade

Federal de santa Catarina (2016) – Acesso em 05 de Setembro de 2018 –

Disponível em:

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/171882/Aurea

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MERIGHI M. A. B.; JESUS M. C. P.; SANTIN R.; OLIVEIRA D. M.; - Cuidar do

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2018 Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20150054

LIMA V. F.; MAZZA V. A.; MÓR L. M.; PINTO M. N. G. R. – Vivência dos

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em 17 de Setembro de 2018 Disponível em:

https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/22310/15588

SILVA P. L. N.; BARBOSA S. L.; ROCHA R. G.; FERREIRA T. N. - Vivência e

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terapia intensiva neonatal - Rev Enferm UFPI. 2018 Jan-Mar;7(1):15-9.

Acesso em: 16 de Setembro de 2018 Disponível em:

http://www.ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/6667/pdf

CUIDADOS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS

DEPENDENTES DE TECNOLOGIA

Anderson Tiago Silva dos Santos 1; Andriele Wiltzki Maciel Corrêa¹; Caroline

Cristina Galetto1; Emily Karoline Stachiu1; Luis Carlos de Oliveira Camargo1;

Marcia Ferreira dos Santos1; Luciane Favero Basegio2.

INTRODUÇÃO: Segundo Ministério da Saúde (2016) a atenção domiciliar é

uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às

existentes, caracterizada por um conjunto de ações promovendo saúde,

prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com

garantia contínua de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Dentre

as modalidades pertencentes à atenção domiciliar, tem-se o cuidado domiciliar,

que engloba situações de cuidado intermitente ocasionadas por dano agudo ou

agravo de longa duração, envolvendo ações educativas e realização de

procedimentos que visam reduzi-lo e preveni-lo (SANTOS; de LEON;

FUNGUETTO, 2011). Durante essa prática pode-se atender situações distintas

com paciente de todas as idades, entre eles, as crianças (OKIDO, 2012). O

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) no Art.2°, considera criança,

a pessoa até doze anos de idade incompletos. Atualmente muitas crianças

dependem de recursos de tecnologia de saúde para sobrevida, sendo alguns

deles medicamentos, dispositivos biomédicos e técnicas de cuidados

profissionais, realizados pelos enfermeiros e equipe de Enfermagem da

atenção básica e programas de atenção domiciliar (BRASIL, 2012). O número

de atendimentos domiciliares destinado às crianças é cada vez maior

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). Portanto, o estudante de Enfermagem deve

ter ciência da demanda existente e práticas de cuidado envolvendo crianças

dependentes de tecnologia fora do hospital. Consequentemente, a questão

desse estudo foi: Quais os cuidados domiciliares de Enfermagem para crianças

dependentes de tecnologia? Para responder essa questão, objetivou-se

descrever cuidados domiciliares de Enfermagem em crianças dependentes de

tecnologia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura,

1Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Positivo (UP).2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de Enfermagem da UP. Orientadora.

possuindo análise literária publicada em livros, artigos impressos ou digitais, na

interpretação e análise crítica pessoal dos autores (ROTHER, 2007). Seguiu os

seguintes critérios de inclusão: textos publicados eletronicamente e

gratuitamente na Biblioteca Virtual Em Saúde (BVS), e na Scientific Electronic

Library Online (SciELO); datados de janeiro de 2008 a agosto de 2018;

disponíveis em português; advindos do cruzamento dos descritores: serviço de

assistência domiciliar; cuidados de enfermagem; crianças e tecnologia

biomédica. Como critérios de exclusão delimitou-se sem preenchimento dos

critérios de inclusão; textos repetidos nas bases de dados; aqueles cuja

temática divergir do estudo. Logo, selecionados 10 artigos, oito deles na BVS e

dois na base de dados SciELO. RESULTADOS: Entre 10 artigos selecionados

percebe-se maior prevalência de publicação nos anos de 2013 (duas

publicações) e 2015 (quatro publicações), sendo os anos de 2008, 2010, 2011

e 2012 contaram uma publicação cada. Acerca dos periódicos utilizados pelos

autores, com maior expressão foram: Revista Brasileira de Enfermagem e

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, contendo duas publicações cada.

Outros envolvidos tiveram uma publicação cada (Centro Colaborador do SUS

Avaliação de Tecnologias e Excelência em Saúde-CCATES, Revista de

Enfermagem UERJ, Jornal de Pediatria, Revista Texto e Contexto-

Enfermagem, Revista Gaúcha de Enfermagem e Revista da Escola de

Enfermagem da USP). Sobre tecnologias mais utilizadas nos cuidados

domiciliares de Enfermagem a crianças, obtivemos 13 tipos, mas o número

total ultrapassa os 10, visto que mais de uma tecnologia foi citada em cada

estudo analisado. São eles: medicamentos (sete artigos o mencionaram);

suporte ventilatório não invasivo (quatro estudos); oxigenoterapia e ventilação

mecânica (dois estudos cada); traqueostomia; sonda vesical de alívio; paciente

com derivação ventrículo peritoneal; nutrição parenteral; diálise peritoneal;

hemodiálise domiciliar; e quimioterapia apresentando uma menção cada.

Referente aos cuidados domiciliares de Enfermagem a crianças mais

abordados nos artigos selecionados, vários foram descritos. Os destacados

tiveram três repetições nos 10 artigos selecionados, foram eles: cuidado de

Enfermagem durante a morte e luto; orientação de Enfermagem e capacitação

das mães no cuidado ao neonato; e cuidado de medicação para família e

equipe de enfermagem cuidados. Entretanto, outros cuidados de Enfermagem

a criança também foram evidentes e repetiram-se duas vezes nas publicações

elencadas: higiene oronasal e do coto umbilical; cuidados com lesão por

pressão e ostomias; aspiração nasotraqueal; coleta de exames pela equipe de

Enfermagem; cuidados gerais ao paciente em oxigenoterapia; e verificação de

sinais vitais. Finalizando, outros cuidados foram descritos isoladamente:

cuidado de enfermagem no atendimento a emergência domiciliares;

acompanhamento e encaminhamento para seguimento do calendário vacinal;

capacitação do cuidador a pacientes graves; reação adversa a quimioterápicos;

realização do exame físico durante consulta domiciliar. DISCUSSÃO: Segundo

estudo de Fonseca e Marcon (2011), sobre percepção de mães sobre o

cuidado domiciliar prestado ao bebê nascido abaixo do peso, considera-se que

para exercer a função de enfermeiro junto aos bebês e familiares, objetivando

atendimento integrado, faz necessário um cuidado abrangendo ao aspecto

biológico, emocional, sociocultural, econômico e político. Levando em

consideração o cuidado de Enfermagem a crianças dependentes de tecnologia,

tal abordagem mostra-se necessária, visto que aspectos afetivo-emocionais

estão aliados aos biológicos, pois a família, também necessita de cuidado,

além da criança cuja condição requer cuidados especializados. Para Couto e

Praça (2012) são necessárias políticas governamentais intencionadas à

criança, podendo estabelecer diretrizes de atuação através de programas

dedicados à Saúde de modo geral, como Humanização do parto, redução da

mortalidade materna e neonatal, internação domiciliar neonatal, diminuição da

mortalidade infantil em regiões específicas, entre outras, destacando incentivo

de vínculo e apoio ao aleitamento materno. Embora o cuidado domiciliar não

seja uma prática atual, foi com a instituição do Programa Melhor em Casa,

embasado na Portaria GM nº 963/2013 (BRASIL, 2013) onde ganhou

visibilidade. Baseado nesse programa, a família tem como opção dar

continuidade ao tratamento no domicílio, para isso, é importante a capacitação

dos cuidadores no período de hospitalização e aos familiares presentes,

propositando minimizar as dificuldades encontradas e continuar o tratamento

com cuidados adequados objetivando diminuição da re-hospitalização. As

principais causas que podem gerar necessidade do uso de tecnologia por

crianças no domicílio podem ser: malformações congênitas ou algumas

condições genéticas, doenças crônicas ou lesões traumáticas, complicações

advindas da prematuridade, dos acidentes e infecções (CABRAL et al., 2013).

Watanabe et al (2015) enfatiza a atenção domiciliar apresentando-se como

proposta de desospitalização, capaz de melhorar qualidade de vida, diminuição

de infecções hospitalares e redução nos custos gerais. Porém, há necessidade

principalmente quando refere-se a paciente em oxigenoterapia, com estomas

(traqueostomia, gastrostomia, colostomia), nutrição enteral, feridas e curativos,

sonda vesical de alívio; aspiração orotraqueal, entre outras. Determinadas

situações o profissional faz-se presente no domicílio, como cuidados a

pacientes em uso de ventilação mecânica, com nutrição parenteral, drogas

intravenosas, necessidade de coleta de exames de sangue, entre outros (KIRK,

2004; SILVA; SANTOS, 2015). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível

perceber as principais tecnologias utilizadas no domicílio referindo-se ao

suporte ventilatório, uso de medicamentos e nutrição parenteral, sondagens e

diálise ou hemodiálise. Relacionadas a essas tecnologias, os cuidados de

Enfermagem citados foram voltados à capacitação do cuidador com o paciente

utilizando essas tecnologias e cuidados gerais com criança e recém-nascidos.

IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: É importante a equipe de

Enfermagem ser instrumentalizada para atuar no domicílio, pois não é uma

extensão do ambiente hospitalar e requer aptidão constante e atenção a

detalhes, a contexto domiciliar, família, cuidador e suas relações.

DESCRITORES: Serviço de assistência domiciliar; Cuidados de enfermagem;

Crianças e Tecnologia biomédica.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. Lei de n° 8.069, estabelece

legislação correlata, atos internacionais, índice temático. 1990. Disponível em:

https://www.faneesp.edu.br/site/documentos/estatuto_crianca_adolescente.

pdf Acesso em: 14/09/2018.

BRASIL. Caderno de Atenção Domiciliar. Vol.1, 2012. Disponível em:

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf Acesso em:

14/09/2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 963, que redefine a atenção

domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2013 Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0963_27_05_2013.ht

ml Acesso em: 14/09/2018.

CABRAL, P. F. A. et al. Percepção da criança e do adolescente em estar

dependente de tecnologia: aspectos fundamentais para o cuidado de

enfermagem. Texto e Contexto Enfermagem, vol.22 n.2 2013. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

07072013000200010 Acesso em: 14/09/2018.

CAVICCHIOLI, A. C. et al. Criança dependente de tecnologia e a demanda de

cuidado medicamentoso. Revista Brasileira de Enfermagem, vol.69, n.4 2016.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

71672016000400718&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 14/09/2018.

KIRK S, G. C. Developing services to support parents caring for a technology-

dependent child at home. Child: Care, Health Dev. v. 30, issue 3. Page 209-218,

2004. Available from: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1111/j.1365-

2214.2004.00393.x Acesso em: 14/09/2018

MARCON, S. S.; FONSECA, E. L. Percepção de mães sobre o cuidado

domiciliar prestado ao bebê nascido abaixo do peso. Revista Brasileira de

Enfermagem, vol.64, n.1 2011. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n1/v64n1a02.pdf Acesso em: 14/09/2018.

ROTHER, E.T. Editorial: Revisão sistemática x revisão narrativa. Rev. Acta Paul

Enferm, v. 20, n. 2, 2007. Disponível em:

http://www.redalyc.org/pdf/3070/307026613004.pdf Acesso: 14/09/2018

SANTOS, L.R., DE LEON, C.G.R.M.P., FUNGHETTO, S.S. Princípios éticos

como norteadores no cuidado domiciliar. Ciência e Saúde Coletiva. 16 Suppl. 1,

p.855-63, 2011. Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?

pid=S1413-81232011000700017&script=sci_arttext Acesso em: 14/09/2018

SILVA, M. R. R. S.; SANTOS, J. B.; Eficácia e Segurança da VM domiciliar para

o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória. Centro Colaborador

do SUS para Avaliação de Tecnologias e Excelência em Saúde, 2015.

Disponível em: http://www.ccates.org.br/content/_pdf/PUB_1449684046.pdf

Acesso em: 14/09/2018.

WATANABE, C. S. et al. Oxigenoterapia domiciliar prolongada: perfil dos

usuários e custos. Revista de Enfermagem UERJ, 2015. Disponível em:

http://www.facenf.uerj.br/v23n1/v23n1a16.pdf Acesso em: 14/09/2018

TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO PÔSTER

ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA BUSCA ATIVA VACINAL EM UMA

ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL 1 EM CURITIBA/PR: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Gercino Faht1, Juliana Ferreira da Costa2, Laura Caroline de Barros Lara3,

Michelle Mendes da Silva4, Pâmela Rodrigues de Almeida5, Patrícia Alves de

Barros6, Viviane Nogueira Santos7

INTRODUÇÃO: A vacinação infantil é o método profilático mais comum e

eficaz na prevenção e controle de doenças endêmicas[1]. Por este motivo, o

Brasil implantou campanhas de vacinações desde 1804, e a partir de então

aprimorou suas estratégias em saúde, o que acarretou na erradicação de

doenças como a febre amarela urbana, a poliomielite e varíola. Tendo em vista

o resultado positivo que as campanhas de vacinação haviam trazido, em 1973

o Ministério da Saúde (MS) implantou o Programa Nacional de Imunização

(PNI), com o propósito de vacinar todos os cidadãos brasileiros [2]. Entretanto,

fatores como falta de conscientização e informações falsas divulgadas em

mídias sociais, vem gerando uma baixa adesão no índice de vacinação entre a

população brasileira, o que está levando ao retorno de doenças endêmicas

como o sarampo, a varicela e a febre amarela. Então, conclui-se que a melhor

medida de proteção para doenças preveníveis por vacinação é manter

atualizado o esquema vacinal. Diante desta afirmação os Acadêmicos de

Enfermagem do 3°ano da Universidade Positivo, realizaram uma busca ativa

numa escola de ensino fundamental no bairro CIC em Curitiba, no intuito de

elencar as vacinas em atraso dos estudantes. Posteriormente a isso, pais e ou

1Professor do Curso de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]êmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]êmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]. 4Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]. 5Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]. 6Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: [email protected]. 7Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. Autor Correspondente. Telefone: (41) 99570-4223 E-mail: [email protected].

responsáveis foram convocados para vacinar as crianças na Unidade Básica

de Saúde (UBS) de abrangência local. JUSTIFICATIVA: Atendendo a uma das

demandas da UBS, foi constatado grande número de crianças com o esquema

vacinal desatualizado, faltando, em sua maioria, as vacinas contra varicela e

febre amarela. Segundo a Avaliação das Coberturas Vacinais do Calendário

Nacional de Vacinação (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2017), a cobertura vacinal

está abaixo da meta e em 2016 houve queda significativa de administração de

todas as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo

território brasileiro, não estando relacionado com a demanda oferecida à UBS.

Portanto, devido à importância de um esquema vacinal completo para a saúde

da comunidade, foi priorizada a busca ativa das crianças não vacinadas numa

das áreas do bairro CIC, visando à ampliação da cobertura vacinal na região.

OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo atualização da carteira de

vacinação dos alunos do pré ao quinto ano de uma escola de Ensino

Fundamental 1 no bairro CIC em Curitiba no ano de 2018, através de dados

coletados na busca ativa realizada na UBS de abrangência local.

METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa com abordagem de caráter

quantitativa, desenvolvida em uma escola na região do CIC em Curitiba-PR

desenvolvida nos meses de junho e julho de 2018. O processo inicial foi visitar

a escola, solicitando à coordenação pedagógica a relação de todos os alunos

matriculados, com informações do nome completo, data de nascimento e nome

da mãe. De posse dessas informações, prosseguiu-se a investigação na UBS -

Estratégia de Saúde da Família (ESF) - através do sistema informatizado E

Saúde rastreando no cadastro local e geral o nome de cada aluno no ícone

Painel de Vacinação, identificando quais as doses faltosas eram encontradas

na Carteira Nacional de Vacinação de cada um. Após esta etapa foi

confeccionado 141 comunicados personalizados direcionados aos

pais/responsáveis informando as vacinas pendentes e solicitando comparecer

na unidade ESF para a atualização do esquema vacinal. Salientamos que este

trabalho não teve a apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa, contudo por se

tratar de um trabalho acadêmico realizado durante estágio curricular, procurou-

se manter o anonimato de todos os participantes envolvidos. RESULTADOS:

Foram analisados 239 cadastros de esquema vacinal, dos alunos de turmas de

pré-escola até o quinto ano do ensino fundamental 1. Destes, 67% das

crianças não haviam se vacinado contra a febre amarela, além de 14% das

crianças não apresentaram a vacina contra a varicela, das crianças com idade

adequada para se vacinar contra o HPV, apenas 9% das crianças

apresentaram a vacina como faltosa em seu cadastro vacinal. Outras vacinas

foram encontradas como faltosas, porém, com um índice muito baixo para

gerar análise. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No cenário brasileiro atual, as

informações de base cultural passadas horizontalmente entre indivíduos, e por

veículos tecnológicos ao invés do conhecimento científico, vem tomando frente

em muitas decisões da população, além da escassez de planos de educação

em saúde para a comunidade acerca desse assunto. Tais fatores resultam em

grande impacto na saúde de um indivíduo e consequentemente na sociedade

em geral. Na averiguação deste trabalho constatamos que as vacinas faltosas

mais prevalentes eram da Febre Amarela, Varicela e HPV. Este retrato nos

trouxe uma inquietação sobre esta pequena parcela de negligência em relação

ao esquema vacinal das crianças, o que nos instigou enquanto alunos de

enfermagem a ter um olhar mais crítico sobre essa realidade, sendo que com

estratégias simples, como a busca ativa e educação em saúde, a reversão

desse quadro se torna possível. Através desta experiência, percebemos

enorme agregação de conhecimento técnico-científico em relação à

importância da vacinação e estratégias para que ela se torne real na

comunidade, além disso, foi possível o contato com instituições fora do

contexto da universidade que fez com que aumentasse nossa variedade de

atuações na enfermagem, não nos limitando apenas no assistencialismo

hospitalar. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Segundo o Ministério da

Saúde (2014) além da equipe de enfermagem ser treinada e capacitada para

as atividades da sala de vacinação, como manuseio, conservação, preparo e

administração das vacinas, a equipe também deve participar da compreensão

da situação epidemiológica da área de abrangência na qual o serviço de

vacinação está inserido, para assim estabelecer prioridades, alocação de

recursos e a orientação programática, quando necessário, executando isso

através de monitorização das atividades de vacinação como, taxa de

abandono, cobertura vacinal, eventos adversos, inconsistência e/ou erros de

registros no sistema, entre outras atividade, revisando o arquivo com

informação individual de vacinados para estabelecer ações de busca ativa de

faltosos[3], sendo esta definida como uma estratégia que possibilita o

deslocamento da equipe de saúde para fora da instituição oportunizando se

deparar com a realidade social territorial em que as pessoas estão inseridas,

auxiliando na identificação, localização, constatação e atualização das

informações, estabelecendo vínculo e promovendo a socialização de

informações acerca do direito à saúde.[4].

A identificação e localização dos alunos faltosos certamente trazem inúmeros

benefícios dentre eles a atualização do registro no sistema, dados

epidemiológicos importantes, prevenção efetiva de doenças e o vínculo do

profissional com a região a qual ele presta serviço.

DESCRITORES: Enfermagem; Saúde na escola; Vacinação.

REFERÊNCIAS

[1] SOUSA, C. de J. et al. Compreensão dos pais acerca da importância da

vacinação infantil. Revista enfermagem contemporânea, Salvador, vol. 1, n°

1, pág. 44-58, dez. 2012. Disponível em:

<https://www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/39/39>.

Acesso em: 10 ago. 2018.

[2] FRANÇA, I. S. X. de et al. Cobertura vacinal e mortalidade infantil em

Campina Grande, PB, Brasil. Revista brasileira de enfermagem, Campina

Grande, vol. 62, n° 2, pág. 258-264, abr. 2009. Disponível em:

<http://www.redalyc.org/html/2670/267019600014/>. Acesso em: 10 ago. 2018.

[3] SAÚDE, Ministério da. Manual de Normas e Procedimentos para

Vacinação. 2014. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.

pdf>. Acesso em: 05 set. 2018.

[4] MARTINS, Rosane Aparecida de Sousa; NOLASCO, Brendda Cristhyan

Alves; SEVERINO, Renata Rodrigues. Estratégias de Efetivação do Acesso

à Saúde: a busca ativa de pacientes mediante demanda reprimida na

saúde no HC/UFTM. 2016. Disponível em: <http://www.cress-

mg.org.br/arquivos/simposio/ESTRAT%C3%89GIAS%20DE%20EFETIVA

%C3%87%C3%83O%20DO%20ACESSO%20%C3%80%20SA%C3%9ADE

%20A%20BUSCA%20ATIVA%20DE%20PACIENTES%20MEDIANTE

%20DEMANDA%20REPRIMIDA%20NA%20SA%C3%9ADE%20NO.pdf>.

Acesso em: 06 set. 2018.

ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DE HEMODINÂMICA

Felipe Eduardo Misael Dadam¹, Wilerdy Matheus da Silva¹, Denise Faucz

Kletemberg²

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de

morte no mundo, matando mais pessoas por esta enfermidade do que qualquer

outra. Segundo estimativas, cerca de 17,7 milhões de pessoas morreram por

causa de doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% das causas de

morte em nível global, com grande parte destes números em países de baixa e

média renda. A maioria destas doenças podem ser preveníveis, utilizando

estratégias corretas para com a comunidade em geral, diagnosticando e tratando

precocemente estas doenças através de aconselhamentos ou manejo correto dos

medicamentos (OPAS/OMS, 2017). Desde que a Sociedade Brasileira de

Cardiologia (SBC) estabeleceu a meta de redução de mortes por causas

cardiovasculares, se fez necessária a criação de uma diretriz de prevenção

cardiovascular, sendo um dos primeiros passos, a “Carta do Rio”, homologada no

Rio de Janeiro durante um congresso. A hemodinâmica é um meio de se obter

dados funcionais e anatômicos, que permite diagnosticar em um curto intervalo de

tempo, possíveis alterações cardíacas, tornando-se grande aliado para a

cardiologia de modo geral. Ao diagnosticar uma obstrução arterial por meio de um

cateterismo, é possível realizar este procedimento da maneira mais rápida

possível e de forma adequada. A velocidade empregada entre o diagnóstico e o

início do tratamento, na maioria das vezes, se torna fundamental quando se trata

de salvar a vida de algum paciente, tornando então o cateterismo um valioso

instrumento quando se trata de diagnóstico preventivo. Diante da suspeita de uma

obstrução da artéria coronariana, são inseridos cateteres nos vasos sanguíneos

de pernas ou de então braços, onde serão guiados até o coração do enfermo,

onde então, logo em seguida, é injetado aplicações de contraste iodado pelo

(1) Acadêmicos do 2º ano do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:

[email protected]; [email protected]; Tel. (41)99816-2515; (41)99860-2115.

(2) Doutora em Enfermagem, docente do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Positivo. E-

mail: [email protected].

cateter, permitindo então a visualização mais clara das artérias coronarianas,

câmaras e valvas cardíacas. Após a realização deste procedimento, são

geradas imagens que permitem visualizar e diagnosticar alterações cardíacas,

procedimento este que possui uma média de tempo de 10 minutos ao todo

(OPAS/OMS, 2017). Para se realizar um procedimento em uma unidade de

hemodinâmica, alguns critérios são seguidos de acordo com as

recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), baseados no

benefício em se realizar o procedimento, na utilidade, na segurança e qual a

real eficácia de um tratamento determinado, através das evidências

disponíveis. Alguns dos critérios utilizados para a elaboração desta

recomendação são: condições nas quais há evidências conclusivas; condições

para as quais há evidências conflitantes; peso sobre a opinião do

procedimento; segurança e utilidade menos bem estabelecidas e condições

para as quais há evidências ou consentimento de que o procedimento não é

eficaz suficientemente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2017).

JUSTIFICATIVA: Com base nas informações apresentadas, surge como

prerrogativa a seguinte questão norteadora: Qual é a importância da

enfermagem na hemodinâmica, e qual o papel desenvolvido pelo enfermeiro

neste serviço? OBJETIVO: Descrever as atribuições do enfermeiro nos

serviços de hemodinâmica. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa

bibliográfica em artigos da literatura científica do Scientific Electronic Library

Online (SciELO), com os descritores Hemodinâmica e Enfermagem. Foram

utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos publicados em

periódicos nacionais, indexados, publicados no período de 2013 a 2018. Tal

busca selecionou quinze (15) artigos, que após leitura refinada dos mesmos e

seguindo os critérios de inclusão resultou em dois (2) artigos. RESULTADOS:

A presença do enfermeiro nos serviços de hemodinâmica é de fundamental

importância nos dias atuais, pois é ele quem vai orientar ao paciente como o

procedimento será realizado, quais meios serão utilizados, entre outras

orientações, além da implementação da sistematização da assistência. Sejam

elas pré ou pós procedimento, tanto para o paciente quanto para o familiar

presente, estas informações são importantes para o correto manejo do

paciente até a sua alta hospitalar, facilitando todo o processo de enfermagem.

Vale ressaltar que a atuação do enfermeiro exige um conhecimento teórico-

prático complexo, sendo necessário conhecimentos básicos e que exijam

conhecimento técnico-científico necessário para a realização das atividades

atribuídas ao enfermeiro de hemodinâmica, como por exemplo, durante todo o

procedimento o enfermeiro deve sempre estar atento ao traçado

eletrocardiográfico, para que se possa tomar alguma atitude mais

intervencionista e/ou a aplicação de medicamentos para a estabilização do

quadro durante todo o processo (COSTA et al, 2014). As intervenções precoces

do enfermeiro nas possíveis complicações vasculares após os procedimentos

são de grande importância, pois podem reduzir tanto os efeitos colaterais deste

procedimento, quanto diminuir o tempo de internamento e custos hospitalares,

onde então percebemos o quão grande é a importância de se ter o profissional

enfermeiro nos serviços de grande complexidade (CESTARI et al, 2017). Ainda,

devemos salientar que no meio de todo este processo, o enfermeiro também

deve gerenciar a equipe de enfermagem, treinando e supervisionando o serviço

deste pessoal, além de controlar o processo de cuidados e armazenamento

correto dos instrumentos utilizados nos procedimentos hemodinâmicos (COSTA

et al, 2014). É importante observar que o enfermeiro atua tanto na parte

assistencial, quanto na parte administrativa nestes serviços, local este onde

seu trabalho vem cada vez mais sendo reconhecido no meio hospitalar

(CESTARI et al, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se observar a

importância da inserção do enfermeiro nos serviços de hemodinâmica, visando

uma melhor organização do espaço de trabalho, além da elaboração das

rotinas a serem aplicadas, o desenvolvimento em si dos procedimentos

realizados em uma hemodinâmica, além da elaboração de planejamento da

assistência de enfermagem aos pacientes e familiares dos mesmos. É de suma

importância valorizar o papel do enfermeiro dentro deste serviço, e também de

outros serviços especializados que demandam do conhecimento realizado pelo

enfermeiro. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: Acreditamos que por meio

deste se possa valorizar mais o serviço desenvolvido pelos enfermeiros nos

serviços de hemodinâmica, algo que nos últimos anos vem crescendo e

criando de certa forma, novas vertentes e cuidados a serem desenvolvidos

neste meio de serviço em especial.

DESCRITORES: Enfermagem; Hemodinâmica; Enfermagem Cirúrgica.

REFERÊNCIAS

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças Cardiovasculares.

Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?

option=com_content&view=article&id=5253:doencas-

cardiovasculares&Itemid=839> Acesso em: 29/08/2018.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz Brasileira de

Prevenção Cardiovascular. Rio de Janeiro, v. 101, n. 6, supl. 2, dez. 2013.

Disponível em:

<http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Prevencao_Cardiovascul

ar.pdf> Acesso em: 29/08/2018.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz da sociedade

brasileira de cardiologia e da sociedade brasileira de hemodinâmica e

cardiologia intervencionista sobre intervenção coronária percutânea. Rio

de Janeiro, v. 109, n. 1, supl. 1, jul. 2017. Disponível em:

<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/03_DIRETRIZ_SBHCI.pdf>

Acesso em: 29/08/2018.

COSTA, G. R.; et al. Atuação do enfermeiro no serviço de hemodinâmica: uma

revisão integrativa. Revista Interdisciplinar. Teresina, v. 7, n. 3, p. 157-164,

jul/ago. 2014. Disponível em:

<https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/

468/pdf_149> Acesso em: 29/08/2018.

CESTARI, V. R. F.; et al. Dispositivos de assistência ventricular e cuidados de

enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem. Florianópolis, v. 26, n. 3, ago.

2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v26n3/0104-0707-tce-26-03-

e0980016.pdf>. Acesso em: 29/08/2018.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ÀS GESTANTES

Danielle de Fátima Magalhães1, Kwanna Fiuza de Toledo1, Manoela Marina

Morgado1, Thiago Miguel Vodonis1, Adriana do Rocio Vendrametto2.

INTRODUÇÃO: O pré-natal consiste na assistência de enfermagem e médica

prestada as mulheres durante os nove meses da gestação, à fim da promoção,

prevenção e proteção primária, evitando complicações à saúde da gestante e

recém-nascidos. Promover a educação em saúde, possibilita a identificação de

fatores de risco e oportuniza o manuseio clínico de intervenções, para diminuir o

risco de morbimortalidade materna-infantil. (GUIMARÃES et al, 2018). A não

adesão ao pré-natal ou assistência inadequada contribui para a ocorrência de

doenças ou agravos gestacionais evitáveis, desordens hipertensivas por exemplo,

hoje é a principal causa de morte materna, na América Latina e nos países

desenvolvidos, com 25,7 e 16,1% dos casos de morte entre os anos de 1997 e

2002. (MARTINELI et al, 2014). O Ministério da Saúde recomenda o início do pré-

natal no 1° trimestre, com no mínimo, 06 consultas durante a gestação e a

realização de procedimentos básicos e laboratoriais. Existem comprovações de

que, embora poucas consultas sejam realizadas, se ocorrerem de forma

qualificada é tão eficaz quanto efetivar várias consultas, pois uma assistência

adequada no pré-natal resulta em redução da morbimortalidade materna e infantil

(NUNES et al, 2016; GUIMARÃES et al, 2018). É necessário o desenvolvimento

de ações de educação em saúde para estabelecer um vínculo entre os

profissionais e gestantes, sendo assim oportuno a realização de encontros

voltados a orientações quanto ao momento e experiências deste período que

estão vivenciando, desta forma as gestantes sentem-se mais seguras, adquirem

confiança e podem esclarecer dúvidas, compartilhar angústias e experiências.

(NUNES et al, 2016). JUSTIFICATIVA: A realização de um pré-natal adequado e

de qualidade contribui para a redução da morbimortalidade materno-infantil, pois

¹ Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem, Universidade Positivo, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail:

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected] / (041) 99272-0988.

² Enfermeira, docente da Universidade Positivo. Email:[email protected].

evita possíveis complicações a saúde de ambos. Durante esse período, é

imprescindível a realização de oficinas às gestantes para oferta de informações

e orientações sobre o processo de gestar e cuidados necessários ao longo do

pré-natal e puerpério, como o cuidado ao recém-nascido e principalmente com

relação ao autocuidado da gestante. E o Enfermeiro é o profissional adequado

para realizar a educação em saúde. OBJETIVO: Relatar como sucedeu o

programa de oficinas ofertadas às gestantes de uma Unidade de Saúde.

METODOLOGIA: Trata – se de um relato de experiência, realizado em uma

Unidade Básica de Saúde da cidade de Curitiba - PR, executado pelos

acadêmicos de enfermagem do 3º ano da Universidade Positivo, sobre a

supervisão da professora responsável pela disciplina de Assistência de

Enfermagem na Saúde da Mulher. Este projeto foi executado em três meses

(maio – julho), onde foi realizado a leitura de artigos científicos atuais para

embasamento teórico a fim de verificar a realidade deste tema na atualidade. A

partir disso foram elencados os temas de maior relevância para o projeto. Os

acadêmicos foram à unidade de saúde no mês de junho para solicitar uma lista

com todas as gestantes cadastradas no programa do pré-natal. Foi efetuado

uma busca ativa por meio de ligações telefônicas para convidá-las a participar

das oficinas e, um cartaz com a divulgação das oficinas foi fixado na unidade.

Estas, aconteceram em três sextas-feiras, do mês de agosto no ano de 2018,

no turno vespertino, com duração de duas horas cada. O trabalho não foi

submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo por se

tratar de um trabalho acadêmico que não será publicado na íntegra.

RESULTADOS: Por meio da concepção humanista e cognitivista as mulheres

foram incentivadas a participar no processo de aprendizagem, no qual foi

proporcionado trocas de experiências, esclarecimento de dúvidas, abordando

assuntos que fazem parte do momento que estão vivenciando. Por intermédio

da metodologia sociocultural, foi abordado a importância do pré-natal, que

ainda hoje, é um desafio na sociedade, pois muitas mulheres não

compreendem a suma importância de segui-lo corretamente. Durante a busca

ativa via ligação telefônica, 6 números estavam desatualizados ou não

existiam, 23 gestantes justificaram que não poderiam comparecer devido a

incompatibilidade de horário, pois estariam trabalhando, 11 ficaram muito

interessadas, porém não deram certeza do comparecimento, devido a outras

atividades e 5 gestantes confirmaram. Em média compareceram duas

gestantes por reunião. Na primeira oficina, após a apresentações de todos os

presentes, foi abordado o tema – Estou grávida e agora?, onde por meio de

recursos visuais (vídeo, imagens e ilustrações) foi abordado todo o período

gestacional, explicando todas as alterações fisiológicas que ocorrem no corpo

na mulher durante esse período, esclarecendo o motivo pelo qual elas ocorrem

e como amenizar os efeitos. Em uma roda de conversa as mulheres trocaram

experiências e esclareceram dúvidas. Foi também abordado a importância dos

exames, vacinas e o preenchimento adequado da caderneta da gestante,

assim como trazê-la para todas as consultas para que seja registrado o

desenvolvimento gestacional. Na segunda reunião foi tratado o tema –

Amamentação, onde a abordagem inicial foi conhecer a vivência das gestantes

sobre o assunto. Com base nas informações levantadas foi esclarecido alguns

mitos e verdades quanto ao tema. Por meio de uma palestra, utilizando

manequins e imagens, foi discutido sobre o preparo das mamas e mamilos

para o momento da lactação, os tipos e fases do leite materno, como realizar

uma ordenha e suas indicações, a pega correta do bebê e as complicações

que podem surgir quando ela não estiver adequada, os cuidados que devem

ser realizados quando houver problemas na amamentação e a importância de

procurar assistência de saúde quando algo estiver errado. Outro subtítulo

dessa oficina foi a importância da amamentação materna e exclusiva até o

sexto mês de vida para bebê, assim como os benefícios desde ato para ambos.

Na terceira oficina o tema foi parto e puerpério, mas não foi possível sua

realização, pois não houve quórum, ou seja, não compareceu nenhuma

gestante neste dia. DISCUSSÃO: O maior desafio foi relacionar todos os

assuntos relevantes em apenas três oficinas, de tal forma que estivessem

relacionadas e não se tornassem encontros extensos e cansativos. Outro

contratempo que nos preocupava era o fato de termos quórum suficiente para

as oficinas. Tivemos uma baixa adesão das gestantes, sendo apenas uma que

compareceu em todos os encontros, sendo esta premiada com o kit preparado

pelos acadêmicos. Dos fatores que possam ter contribuído para esta baixa

adesão elencamos a disponibilidade das gestantes e as condições climáticas

(frio e chuva), assim como a disposição, muitas estavam no final do terceiro

trimestre. Das gestantes que compareceram aos encontros todas se mostraram

bem interessadas, participativas e esclareceram bastante dúvidas, que elas

mesmo mencionaram, que tinham vergonha de comentar durante a consulta de

enfermagem e médica, ou que o tempo de consulta não permitiu tais

conversas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As oficinas ou grupos de discussões

são de extrema importância durante o pré-natal, pois é um momento singular e

adequado para o desenvolvimento de ações educativas, visando a promoção e

prevenção a saúde materno-infantil. Assim as mulheres obtêm um espaço para

compartilhar dúvidas, angústias, e trocar experiências, além disso, recebem

suporte para questões oportunas da gestação e puerpério, é nesse momento

que o profissional de enfermagem, que está à frente desse processo,

determina um vínculo eficaz. Desta forma a enfermagem consegue estabelecer

um elo de confiança permitindo que a gestante se sinta à vontade para

expressar suas mais singelas dúvidas, medos e apreensões neste momento de

vulnerabilidade e inseguranças. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA

SAÚDE: A educação e ações em saúde é de suma importância, pois está

diretamente ligada à promoção e prevenção de agravos, estas proporcionam

qualidade de vida para os usuários dos serviços de saúde. A realização destas

ações estabelece um vínculo entre o profissional de enfermagem e o cliente,

esta relação de troca de experiências e confiabilidade possibilitará a

transformação na saúde biológica, assim como, ambientais e culturais, sendo

isso, uma motivação para refletir sobre a saúde e doença, conduzir

conhecimentos, comportamentos e atitudes, estimulando a participação na

decisão de suas condutas. Um vínculo fortalecido das gestantes com sua

unidade de referência ocasiona maior aderência aos tratamentos pois são

ações dentro da realidade da usuária. (PINHEIRO, 2011)

DESCRITORES: Pré-natal; Educação em saúde; Enfermagem.

REFERÊNCIA:

GUIMARÃES, W.S.G. et al. Acesso e qualidade de atenção pré-natal na

Estratégia Saúde da Família: Infraestrutura, cuidado e gestão. Cad. Saúde

Pública 2018.

NUNES, J.T. et al. Qualidade da assistência pré-natal no Brasil: Revisão de

artigos publicados de 2005 a 2015. Cad. Saúde Colet. 2016, Rio de Janeiro,

24 (2): 252-261.

MARTINELI, K.G. et al. Adequação do processo da assistência pré-natal

segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e

Nascimento e Rede Cegonha. 2014.

PINHEIRO, A. K. B. Enfermagem e Práticas de educação em saúde. Rev.

Rene, Fortaleza, 2011, abr/jun; 12(2):225.

INFLUÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES

MAMÁRIAS E DESMAME PRECOCE: ORIENTAÇÕES NO ALEITAMENTO

IMEDIATO

Jade Caroline Felix da Silva¹; Kelly Rose de Melo Freire¹; Leonice de Matos

Tavares¹; Ricardo de Brito Buquera 1; Adriana do Rocio Vendrametto².

INTRODUÇÃO: A prática do aleitamento materno está relacionada a melhora

dos fatores de ordem física, psicológica e social, sendo reconhecida suas

vantagens para a mãe, a criança, a família e sociedade. A amamentação não é

apenas para nutrir o bebê, é um processo que exige interação entre mãe e

filho, além da nutrição oferece resistência contra infecções, fortalece a

musculatura que envolve o processo de falar, promove benefícios, além de ser

um alimento completo em tudo que o lactente necessita (BENEDETT et al.,

2014). Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde criou programas e políticas

que se articulam com as demais propostas de apoio, promoção e proteção ao

aleitamento materno. Hospital Amigo da Criança é um desses programas, que

objetiva apoiar o aleitamento materno nos hospitais a partir da adoção dos

“Dez Passos para o Incentivo do Aleitamento Materno”, propondo mudanças

nas rotinas e condutas (SKUPIEN et al., 2016). A interrupção precoce da

amamentação tem sido relacionada ao desconhecimento materno sobre as

vantagens do aleitamento materno, ao despreparo dos profissionais de saúde

em orientar as mulheres, bem como ao suporte inadequado diante das

complicações, além da maior atuação da mulher no mercado de trabalho e às

fragilidades das políticas públicas na promoção do aleitamento materno (SILVA

et al., 2014). É dever do enfermeiro e dos profissionais de saúde orientar as

mães sobre amamentação exclusiva e todos os seus benefícios. Cabe a esse

profissional identificar e compreender o aleitamento materno, estar preparado

para prestar assistência, ajudando a superar medos,

1 Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-PR. E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]. Contato Telefônico: (41) 99523-9421. ² Enfermeira. Professora Adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected].

dificuldades e inseguranças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Para realizar

esses cuidados a consulta puerperal de enfermagem é necessária para orientar

a prática do aleitamento materno e assim reduzir as complicações mamárias e

o desmame (SKUPIEN et al., 2016). Além das orientações que devem ser

realizadas durante a gestação e após o parto a mãe deve ser auxiliada e

incentivada a amamentar já na primeira hora de vida, pois o aleitamento

materno é um fator importante de proteção para mortalidade neonatal (SÀ et

al., 2016). Qualquer informação que não seja orientada pode levar ao

desmame precoce, fissuras nas mamas ou mastite. Estudos indicam que a falta

de orientação e as complicações mamárias interferem no tempo da

amamentação (SILVA et al., 2014). Esse estudo se faz necessário para

salientar a importância da atuação do enfermeiro no período puerperal imediato

e seu fundamental papel junto às mães para auxiliar e incentivar o aleitamento

materno. JUSTIFICATIVA: Considerando o papel imprescindível do enfermeiro

na identificação das complicações mamárias referentes a amamentação e na

prevenção do desmame precoce, se faz necessário identificar a atuação do

enfermeiro no processo de aleitamento materno, no período puerperal

imediato. OBJETIVOU-SE: Descrever o papel do enfermeiro com a puérpera

durante todo o processo gestacional instruindo o cuidado na amamentação e

auxiliando na prevenção de complicações mamárias e no desmame precoce.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico com base em artigos

encontrados no site Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados

MEDLINE e LILACS. Tendo como critérios de inclusão: artigos disponíveis,

completos, em português, entre os anos de 2014 a 2017. Os descritores

utilizados foram: aleitamento materno, puerpério imediato e enfermagem. O

trabalho não foi encaminhado ao Comitê de Ética, por se tratar de um trabalho

acadêmico que não terá sua publicação na íntegra. RESULTADOS E

DISCUSSÃO: A partir da leitura e discussão dos artigos foi possível observar a

necessidade de ações para desenvolver técnicas de orientação de

amamentação durante o pré-natal, pós parto imediato e mediato. De acordo

com a Organização Mundial de Saúde visando diminuir traumas mamilares e

garantir a retirada eficiente do leite da mama pelo bebê, preconiza a promoção

da técnica de amamentação ideal (SILVA et al., 2014). As complicações

mamárias têm causas evidentes como o déficit de conhecimentos,

inexperiência, insegurança e interferências familiares quando a informação

sobre amamentação é transmitida de forma ineficaz, fracionada ou quando há

falha na comunicação entre mãe e profissionais de saúde. Isso pode acarretar

insegurança materna, levando essas mães a recorrerem ao leite artificial,

abandonando o aleitamento materno antes do tempo recomendado.

Lembrando que levar em consideração a assistência não só a gestante e sim a

sua família, a qual tem um papel primordial nessa nova fase de sua vida, onde

irá facilitar todo o processo em relação a amamentação, quando se é inserida

no processo de compreensão do ato de aleitamento (OLIVEIRA et al., 2015).

Relacionar que o leite é fraco ou insuficiente com a interrupção da

amamentação antes do tempo adequado é muito comum, o que mostra a

necessidade de os enfermeiros realizarem ações ainda no pré-natal para que

essa mãe não tenha dúvidas sobre a importância do aleitamento (OLIVEIRA et

al., 2015). O trabalho materno fora do lar não deixa de ser um fator importante

para o desmame materno precoce segundo Silva (2014). A ordenha de leite

para essa nova fase é bastante recomendada, porém pouco citada durante o

pré-natal. A necessidade de retorno ao trabalho e não saber como continuar

oferecendo o seu leite influencia na interrupção do aleitamento, por isso a

importância de conhecer essa mãe e saber se ela irá exercer atividade

ocupacional fora do lar e preparar essa mulher no planejamento da ordenha,

visando o aleitamento até os 6 meses de vida desse bebe (OLIVEIRA et al.,

2015). Intercorrências mamárias puerperal são elementos que favorecem a

interrupção do aleitamento materno exclusivo, elementos esses que mostram o

despreparo e falta de informação para conduzir a amamentação. É primordial

um estímulo às ações de educação em saúde durante o pré-natal com

orientações não somente sobre amamentação, mas também sobre as técnicas

corretas da mesma, para prevenirmos e minimizar os desconfortos ligados à

mamada, que podem resultar no desmame precoce (BENEDETT et al., 2014).

O período do pré-natal é de extrema importância pois é o momento onde o

enfermeiro irá criar um vínculo para que ela receba todas as informações

(SILVA et al., 2014). É fundamental a presença dos profissionais de saúde para

ajudar a mostrar às mães a necessidade da amamentação e tentar deixar esse

ato mais prazeroso, garantindo informação e disposição para tirar qualquer

dúvida. A falta de informação sobre intercorrências na amamentação, como

fissuras nas mama, mastite e falta de orientação sobre ordenha em casos de

volta ao trabalho, o tempo necessário para o bebê ficar bem alimentado, se

tudo isso não for explicado, orientado e incentivado pode levar ao desmame

precoce. A educação em saúde realizada na consulta de enfermagem é

essencial para melhorar os índices de amamentação e diminuir os fatores de

riscos, proporcionando conhecimento e qualidade de vida as famílias

(SKUPIEN et al., 2016). IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O

enfermeiro sendo ele obstétrico ou não sua função principal, além do cuidado

com a paciente, é a visão integral da cliente o que por muitas vezes, envolve a

função de educador em saúde. E essa atividade previne problemas,

proporcionando o aumento da qualidade de vida da paciente. Colocando-se no

papel de educador na precaução de problemas mamários com a puérpera, o

enfermeiro deve salientar os benefícios da amamentação, bem como, soluções

para os problemas durante o processo de aleitar; sendo esse

acompanhamento feito desde o início do pré-natal, podendo ser ele na

residência da gestante ou na unidade básica de saúde (UBS) e mesmo quando

já parturiente. O enfermeiro deve estabelecer diagnósticos específicos para

cada parturiente de acordo com suas dificuldades e orientar especificamente

cada caso, de forma personalizada, acolhedora à lactante sinta-se encorajada

em seguir as orientações proposta pela enfermagem. (BENEDETT et al., 2014;

OLIVEIRA et al., 2015; SKUPIEN et al., 2016). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O

estudo possibilitou verificar que a abordagem educativa do enfermeiro na

construção de conhecimentos sobre o processo de lactação às nutrizes nos

três níveis de atenção em saúde (primário, secundário e terciário), promove o

encorajamento das mães quanto ao ato de amamentar, identificando suas

dificuldades, inseguranças e intercorrências, a fim de inibir o desmame precoce

e as complicações mamárias. É imprescindível respeitar os desejos e decisões

maternas, no entanto, destaca-se a importância de a enfermagem praticar o

cuidado integral, permitindo melhor aproximação entre profissional e cliente, e

assim, garantir maior eficiência nas ações da enfermagem, e também sua

influência na promoção do aleitamento materno.

DESCRITORES: Aleitamento materno; Puerpério imediato; Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, C. S. et al. Amamentação e as intercorrências que contribuem

para o desmame precoce. Rev Gaúcha Enferm. 2015;36(esp): 16-23. [Citado

2018 jun 19]. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1983-

1447.2015.esp.56766>. Acesso em: 19 Junho 2018.

SKUPIEN, S. V. et al. Consulta Puerperal de Enfermagem: Prevenção de

Complicações Mamárias. 2016. Disponível em:

http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/07/653/44691-179882-1-pb.pdf. Acesso

em: 05 Julho 2018.

SÍNDROME DE FOURNIER: ESTADO DA ARTE

Cassiana Born Schibelbein 1, Kelly Vaz Torres1, Mayara Nunes Rodrigues1, Silvia Maximiano1.

Michel M. Dalmedico.2

INTRODUÇÃO. A Síndrome de Fournier é uma 1 Fasceite Necrosante

infecciosa que acomete a região perineal e genital; se caracteriza por intensa

destruição tissular, endarterite obliterante, envolvendo o tecido subcutâneo e a

fáscia, seguida de isquemia e trombose dos vasos subcutâneos, que resultam

em necrose da pele e do tecido celular subcutâneo e adjacentes. Tipicamente

não causa necrose, mas pode invadir fáscia e músculos, possibilitanto a

entrada da flora normal da pele (MELLO et al., 2014). A Gangrena de Fournier

trata-se de uma doença infecciosa grave, com rápida progressão que ocorre

predominantemente no sexo masculino, com idade entre a terceira e a sexta

décadas. Quando não tratada precocemente pode evoluir para sepse e falência

múltipla orgânica. O diagnóstico precoce, juntamente com o tratamento

adequado e agressivo são fatores determinantes no prognóstico do paciente.

(SANTOS et al., 2018). JUSTIFICATIVA. O tema foi escolhido após vivenciar,

durante prática clínica, o tratamento de paciente com a Síndrome de Fournier.

Ao prestar assistência a uma paciente com a referida Síndrome e analisar o

seu histórico, chamou a atenção da quantidade de complicações que a fez

permanecer dois meses internada na UTI. OBJETIVO. Realizar uma revisão

bibliográfica acerca do diagnóstico e tratamento da síndrome de Fournier,

enfatizando a assistência de enfermagem neste processo. METODOLOGIA.

Com o intuito de aprender e compreender a fisiopatologia da Síndrome de

Fournier, foi realizada pesquisa bibliográfica de publicações na língua

portuguesa, nas seguintes fontes: Base de Dados de Enfermagem (BDENF),

Scientific Electronic Library Online (Scielo). Este estudo não foi submetido ao

Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo, por não tratar

1Acadêmicas da 3ª série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails:

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Contato telefônico: (41) 99835-3308.

2Enfermeiro. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:

[email protected]

diretamente de cuidados com seres humanos, e por ser trabalho acadêmico

que não se destina a publicação. Após a leitura e análise do material

identificado, foi elaborado esse artigo, sob a forma descritiva, considerando que

é um tema pouco explorado pelos profissionais de Enfermagem, tendo poucos

artigos recentes sobre o assunto, pois a maioria das publicações é feita pela

classe médica. Entende-se que há necessidade de enfermeiros especializados

em feridas, porque os mesmos são responsáveis pela prescrição e realização

dos cuidados ao enfermo acamado, e, na presença da Síndrome de Fournier,

até mesmo de sua sobrevida. RESULTADOS. A Síndrome de Fournier e a

Fasciíte Necrosante se caracterizam pela mesma patologia; a diferença está na

localização da ferida infectada. Quando acomete os órgãos genitais e áreas

adjacentes, recebe o nome de Síndrome de Fournier em homenagem ao

médico que a descreveu, por volta de 1884 (DORNELAS et al., 2012). Os

fatores de risco mais evidentes incluem a presença de doença crônicas,

cardiopatias, valvulopatias, hipertensão arterial, insuficiência renal e o diabetes

mellitus. O abuso de álcool e as condições imunossupressoras, além de

tabagismo, doenças do colágeno, uso de esteroides, infecção pelo HIV,

obesidade, cirurgias, transplantes de órgãos sólidos, doenças malignas em

tratamento e traumas cutâneos penetrantes, são ocorrências predisponentes.

(CARDOSO, 2018). No que tange às características da lesão, em pouco tempo

a coloração da região cutânea acometida se torna azul-escuro ou acinzentado,

com formação de bolhas com fluido seroso, tornando-se em seguida

hemorrágica e de coloração roxa. Secundariamente ao processo infeccioso nos

sítios primários de inflamação, os tecidos superficiais e a pele são atingidos,

em decorrência da lesão vascular, trombose e isquemia, resultantes da ação

das citocinas pró-inflamatórias, proteinases e endoteliais. A destruição de

nervos subcutâneos ocorre em fases avançadas (DORNELAS et al., 2012). O

quadro clínico da Síndrome de Fournier apresenta, além de dor intensa e

hipersensibilidade na genitália, febre, astenia, mialgia e cefaleia com piora dos

sintomas em 2 a 7 dias. Nesse período a dor genital aumenta, é acompanhada

de edema progressivo com hiperemia e calor local; surge gangrena e

creptações subcutâneas, seguidas de drenagem purulenta de fragmentos. Os

efeitos sistêmicos deste processo variam com a sensibilidade local, de sem

toxicidade a choque séptico. Quanto maior a necrose, mais importantes os

efeitos sistêmicos (EBSERH. UFTM, 2011). O tratamento clássico da Gangrena

de Fournier consiste na imediata correção dos distúrbios hidroeletrolíticos,

ácido-base e hemodinâmicos; antibioticoterapia de largo espectro e

desbridamento cirúrgico de emergência. O objetivo do tratamento cirúrgico é

remover o tecido necrótico, interromper a progressão do processo infeccioso e

minimizar os efeitos tóxicos sistêmicos. A remoção do tecido necrótico nem

sempre pode ser feita em um só procedimento cirúrgico; alguns casos exigem

diversas operações até o controle completo da infecção. (CARDOSO, 2016).

Alguns pacientes podem necessitar de procedimentos cirúrgicos

complementares ao desbridamento. Também a colostomia e cistostomia podem

ser necessárias para proteção da região em tratamento. A colostomia é

indicada nas situações que facilitam a contaminação fecal como incontinência

anal, destruição esfinctérica pelo processo infeccioso ou perfuração retal.

Quando a urina for fator de contaminação indica-se o cateterismo vesical e

quando este não é possível, a cistostomia (MELLO, 2014). No caso de

comprometimento de parte ampla do tecido em região genital, poderá ser

necessária a utilização de sonda vesical, cistostomia e colostomia,

considerando que urina e fezes contêm bactérias naturais contaminantes para

a lesão. Se o debridamento for de área muito extensa pode ser necessário a

realização de enxertos (CARDOSO, 2016). CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Compreendeu-se o quão necessário é o olhar aprofundado e atento da equipe

de enfermagem, principalmente do enfermeiro, que pode prescrever os

cuidados ao cliente; pois sempre deve-se enxergar o ser humano como um

todo, em suas necessidades, desde as básicas até as mais complexas.

Entende-se que o estudo acerca da Síndrome de Fournier destaca-se como

importante contribuição para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos

pacientes, pois, como resultado do estudo feito, pode-se afirmar que, conforme

a literatura consultada, quanto mais cedo for realizado o seu diagnóstico, maior

é a possibilidade de tratamento e cura; sua incidência e o atendimento em

tempo adequado pode levar à cura e livrar o paciente até do óbito.

DESCRITORES: Enfermagem. Síndrome de Fournier. Conhecimento

REFERÊNCIAS

CARDOSO, D. C. B. Uso da oxigenoterapia hiperbárica como terapia

adjuvante no tratamento de Gangrena de Fournier: revisão sistemática.

Monografia. Medicina. UFBA, 2016. Disponível em:

<https://www.escavador.com/sobre/ 8442711/diandra-carvalhal-bonfim-

cardoso> Acesso em 02 set. 2018.

DORNELAS, M. T.; et al. Síndrome de Fournier: 10 anos de avaliação. 2012.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcp/v27n4/22.pdf> Acesso: em: 11 jul.

2018.

EBSERH. COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.

Protocolo para tratamento de Síndrome de Fournier. 2011. Disponível em:

<http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/148046/SINDROME_DE_FOUR

NIER .pdf/45dbd5fe-1501-4b94-80ae-adb5600 644b6> Acesso: em 11 jul. 2018.

2MELLO, L. S.; et al. Sindrome de Fournier. COORTE - Revista Cientifica do

Hospital Santa Rosa. v. 4, p. 63-66, 2014. Disponível em: <www.revistacoorte.

com.br/index.php/coorte/article/view/1> Acesso: em: 02 set. 2018.

SANTOS, D. R.; et al. Perfil dos pacientes com gangrena de Foirnier e sua

evolução clínica. Rev. Col. Bras. Cir. v. 45, n. 1, RJ, 2018. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v45n1/pt_0100-6991-rcbc-45-01-e1430.pdf>.

Acesso: em: 04 set. 2018.

LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA: UMA ABORDAGEM DO PROCESSO DECUIDAR EM ENFERMAGEM

Amabel de Mattos Goltz 1, Bianca Sawchuk Kimiecik1, Leticia de Paula

Pereira1, Milena Correia Santana1, Victória Caroline dos Santos1, Julio Cesar

Francisco²

INTRODUÇÃO: A leucemia linfocítica aguda (LLA) resulta de uma proliferação

descontrolada de células imaturas (linfoblastos) derivadas da célula-tronco

linfoide. A célula de origem é a precursora para o linfócito B em

aproximadamente 75% dos casos; a de linfócito T sucede em

aproximadamente 25% dos casos. A translocação BCR-ABL é encontrada em

20% das células blásticas. A LLA é mais comum em crianças jovens, sendo os

meninos afetados com maior frequência que as meninas; a incidência máxima

é aos 4 anos de idade. Depois de 15 anos de idade, a mesma é relativamente

incomum. JUSTIFICATIVA: A alta incidência desta leucemia em crianças foi o

que nos persuadiu a pesquisar sobre os cuidados de enfermagem na LLA, a

fim de fornecer para nossos colegas acadêmicos uma oportunidade de se

aprimorar de uma instrução melhor para o cuidado que investigue todos os

encadeamentos provenientes da patologia, tanto nos aspectos físicos quanto

nos psicológicos. A leucemia infantil é uma das doenças que mais acomete

crianças na faixa etária até 15 anos. É uma mudança de vida, de hábitos tanto

da criança quanto dos seus familiares, que muitas vezes vem acompanhada de

um sentimento de medo e esperança. Além de se depararem por crises

financeiras, psicológicas e emocionais que são consequências de uma

densidade de situações inesperadas que surgem a cada dia. Tudo isso é um

longo caminho a ser percorrido, mas com acompanhamento da equipe de

saúde e principalmente com o apoio da enfermagem, o processo de espera

pela cura tende a ser mais brando. Diante disto, o objetivo deste estudo foi

identificar os diagnósticos de enfermagem na criança com leucemia linfocítica

1 Acadêmicas da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]. 2 Professor Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. Especialistaem Hematologia Laboratorial, Doutor em Biotecnologia. Email: [email protected]

aguda, fundamentado no modelo de Brunner e Suddarth e com base no

Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. METODOLOGIA: Estudo de

natureza descritiva, estilo documental, realizado através dos conceitos de

Brunner e Suddarth. A análise dos dados foi alcançada após a exposição e

seguimento das informações com Artigos e o Tratato de Enfermagem Médico-

Cirúrgica. Foram suscitadas as questões adaptativas do paciente e da família,

e, sucessivamente, distinguiu-se os diagnósticos de enfermagem para o

tratamento da doença. RESULTADOS: Histórico: ainda que o quadro clínico

diversifique com o tipo de leucemia, tal como com o tratamento implementado,

a história de saúde pode evidenciar uma série de sintomas sutis descritos pelo

paciente antes que o problema seja detectável ao exame físico. Caso o

paciente esteja hospitalizado, as avaliações devem ser realizadas diariamente,

ou com maior frequência quando necessário. Quando as avaliações seriadas

são realizadas, os achados atuais são comparados com os achados anteriores

para avaliar a melhoria ou agravamento. A/O Enfermeira (o) também deve

monitorar com rigor os resultados dos exames laboratoriais. Fluxogramas e

spreadsheets são particularmente úteis no acompanhamento da contagem de

leucócitos, CAN, hematócrito, plaquetas, creatinina e níveis de eletrólitos,

assim como as provas de função hepática. Os resultados de cultura necessitam

ser relatados de imediato, de modo que a antibioticoterapia apropriada possa

começar ou ser modificada. Diagnóstico de Enfermagem: risco de infecção e

sangramento; risco de integridade da pele prejudicada relacionado com os

efeitos tóxicos da quimioterapia, alteração na nutrição e mobilidade

prejudicada; troca gasosa prejudicada; mucosas comprometidas devido às

alterações no revestimento epitelial do trato GI pela quimioterapia ou uso

prolongado de medicamentos antimicrobianos; nutrição alterada, menor que as

demandas corporais, relacionada com o estado hipermetabólico, anorexia,

mucosite, dor e náuseas; dor aguda e desconforto relacionados com a

mucosite, infiltração leucocitária dos tecidos sistêmicos, febre e infecção; fadiga

e intolerância à atividade relacionadas com a anemia ou infecção; mobilidade

física prejudicada devida à anemia e isolamento protetor; risco de excesso do

volume de líquidos relacionado com a disfunção renal, hipoproteinemia,

necessidade de múltiplos medicamentos IV e hemoderivados; risco de

lesão/sangramento secundário à trombocitopenia/coagulação alterada devido a

invasão maligna na medula óssea, supressão da medula óssea resultante da

quimioterapia (principalmente alquiladores, antibióticos antitumorais,

antimetabólicos e radioterapia, hiperesplenismo, coagulação intravascular

disseminada (CID) e coagulação alterada. Evolução e Resultados Esperados

do Paciente: o paciente demonstra ausência de sangramento conforme

evidenciado pela ausência de petéquias espontâneas, equimoses, epistaxe,

hemoptise, gengivas hemorrágicas, hemorragia conjuntival, sangramento

vaginal, hematúria, teste de guáiaco positivo, turvação visual, hipotensão

ortostática, e sangramento prolongado a partir dos sítios de punção; o paciente

demonstra ausência de sangramento conforme evidenciado pela presença de

sinais vitais dentro dos limites normais e estado neurológico intacto.

Família/Paciente: quando uma criança é diagnosticada com leucemia uma

grande mudança é ocasionada, tanto na vida do portador quanto na dos seus

familiares, um novo estilo de vida se reconstrói buscando a adaptação à nova

rotina, onde o cuidado diferenciado passa a fazer parte da tarefa diária da

família. O período de hospitalização é a fase em que as complicações devido

ao tratamento, tornaram- se motivo de preocupação. Portanto, é necessário

que haja um acompanhamento em todas as fases para auxiliar as famílias. A

participação dos pais e ou responsáveis no tratamento não termina com o final

da hospitalização, cabe a eles preparar a alimentação, manter a higiene da

criança e do ambiente, proporcionar conforto e segurança, aprender a

administrar medicações que fazem parte da terapêutica e acompanharem em

consultas ambulatoriais ou outras internações. E na participação do paciente,

devemos estimular o autocuidado da criança, mantendo a sua independência,

confiança e autoestima, para que a responsabilidade do cuidado não recaia

somente sobre o cuidador, pois a força de vontade e colaboração do paciente

faz com que a família tenha mais esperança em seguir essa longa caminhada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Posteriormente a realização deste estudo houve a

contingência de se obter uma nova visão em relação à Leucemia Linfocítica

Aguda, foi possível perceber que a LLA acomete principalmente crianças

jovens e que a idade crescente parece estar associada à sobrevida diminuída,

visto que a taxa de sobrevida por 5 anos livre de eventos é quase de 80%.

Com o auxílio de um artigo que relata a experiência dos pais e do paciente foi

possível perceber que o cuidar do paciente é estar junto, no planejamento de

ações, na orientação e no estabelecimento de vínculo com a criança,

adolescente e a família, portanto o suporte profissional está vinculado aos

cuidados básicos de enfermagem, ao envolvimento emocional e as ações

educativas, com intuito de auxilia-los no processo saúde-doença-cuidado. Por

fim, a equipe de saúde deve repensar a próxima forma de organizar o cuidado

prestado a estes pacientes, buscando caminhos que possam ajudar nas

dificuldades vivenciadas pelos familiares.

DESCRITORES: Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Cuidados.

REFERÊNCIAS:

SMELTZER, Suzanne et.al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11°

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

ANDRES, Jane; LIMA, Regina; ROCHA, Semiramis. Experiência de pais e

outros familiares no cuidado à criança e ao adolescente após o

Transplante de Medula Óssea. REBEn. Rev Bras Enferm, 2005, jul-ago; 58

(4); 416-21.

CAZÉ, Marcelino; BUENO, Denise; Santos, Maria Elisa. Estudo referencial de

um protocolo quimioterápico para leucemia linfocítica aguda infantil. Rev

HCPA, 2010, 30(1); 6-12.

ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AÉREO

Eluane Regina Michalovicz 1, Emanuelle Schlotag Stremel1, Kauani Gonçalves

Cândido1, Letícia Mendes do Valle1,Munã Luersen Zahra1, Mylena Cecília Dal

Bello1, Denise Faucz Kletemberg2.

INTRODUÇÃO: A enfermagem possuí amplo campo de atuação, abrangendo

não somente atendimento hospitalar e de atenção básica. Um exemplo que se

pode citar é a Enfermagem no resgate aéreo que vem crescendo no Brasil. Em

cinco anos, o serviço médico do Estado do Paraná realizou 4.478 atendimentos

em helicópteros e aviões nas bases de Curitiba, Londrina e Cascavel, em UTIs

móveis. (PARANÁ, 2018) Trata-se de uma especialidade relacionada ao

atendimento no ambiente aéreo, principalmente aqueles onde o acesso é

dificultado, realizado por uma equipe multiprofissional. Esse tipo de

atendimento é essencial em casos no qual a vida do paciente está em risco de

morte, como nos casos de politraumatizados. Neste ambiente, existem fatores

que dificultam a assistência como as trepidações, redes de celular que

interferem nos equipamentos, mecanismos eletrônicos da aeronave e dos

pontos de controle, condições climáticas, ruídos, turbulências, espaço reduzido,

aerodilatação e alterações de temperatura, pressão e umidade, causando

desconforto a equipe e ao paciente. O sistema de comunicação pessoal deve

estar perfeito e a tripulação deve possuir qualificações exigidas para operar a

aeronave, sendo elas experiência em Urgência e Emergência, Suporte Básico

de Vida, Trauma, Pediátrico, Obstétrico e outras especialidades. A enfermagem

aeroespacial é uma especialização em pós-graduação, com duração de 1 a 2

anos dependendo da instituição. Essa especialidade foi reconhecida pelo

COFEN através da Resolução Nº 551/2017 (2017). Em seu art. 1º traz

“Normatizar a atuação do Enfermeiro no atendimento Pré-Hospitalar Móvel e

Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa, que é parte integrante

1Acadêmicos da 1ª Série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected](41)995752109; [email protected]; [email protected];

[email protected]; munaluersenzahra @gmail.com; [email protected] Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:[email protected].

desta Resolução e no Art. 2º “No âmbito da equipe de enfermagem é privativo

do Enfermeiro a atuação no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-

Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa”. Segundo dados da pesquisa

sobre enfermagem aeroespacial de De Pin (2018), cerca de 42% dos

enfermeiros que atuam no transporte aéreo são da Região Sul do país, 68%

estão vinculados a instituições públicas e 54%vinculados aeronaves de asa

rotativa.Esse serviço é disponibilizado por algumas instituições privadas,

públicas, Polícia Militar e o Corpo de bombeiros. A aerorremoção teve seu

início em 1870, durante a Guerra Franco Prussiana, onde feridos eram

retirados em balões e levados a locais de atendimento médico. Já no Brasil, a

Força Aérea Brasileira (FAB), em 1950, deu abertura a essa prática através do

Serviço de Busca e Salvamento (SAR) com missões de misericórdia e remoção

de feridos em locais de escassez de médicos. Logo após isso, outros locais

como o Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro e o Projeto de Resgate

do Estado de São Paulo aderiram a essa prática (PASSOS; TOLEDO; DURAN,

2011) JUSTIFICATIVA: Neste contexto, justifica-se esse trabalho para

entendimento desse novo campo de atuação da enfermagem, esclarecendo as

suas atribuições e funções em suas atividades. OBJETIVO: Apresentar as

atribuições do enfermeiro no atendimento aeroespacial descritas na literatura

brasileira. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de

setembro de 2018, através da pesquisa via eletrônica, consultando-se o banco

de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base

de Dados de Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de Busca e

Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foi utilizado o cruzamento dos

descritores resgate aéreo e enfermagem. Os critérios de inclusão foram

publicações no período de 2010 a 2018, no idioma português, sendo excluídos

trabalhos com atribuições de outros profissionais. RESULTADOS: No Brasil, a

prática da enfermagem é regulamentada pela Lei Nº 7.498/86, que normatiza o

Exercício da profissão, estabelecendo que é privativo do enfermeiro a

organização e direção da assistência de pacientes que exigem maior

complexidade técnica, como no caso da enfermagem no resgate aéreo, que

envolve pacientes em estado crítico.(BRASIL 1986) Os principais

conhecimentos e atribuições dos enfermeiros aeroespaciais, envolvem desde o

preparo da aeronave no pré e pós voo, formação acadêmica e cursos

complementares padronizados pela ANAC. A ANAC, Agência Nacional de

Aviação Civil é quem normatiza o transporte aéreo de passageiros, as

condições gerais e regras. São fatores importantes para o perfil do profissional

que deseja ingressar nessa área uma boa condição física, controle emocional e

psíquico e habilidade em improvisar e de rápida identificação do provável

choque e em procedimentos de imobilização. Essa preparação é necessária

para evitar acidentes, falhas na comunicação, insegurança e para manter a

integridade dos profissionais. As principais atividades exercidas durante o pré-

voo incluem testes, instalações e organização de equipamentos de suporte

básico de vida para UTI móvel, obtendo informações sobre o paciente, local e

preparo da equipe. Durante o voo, as principais funções são a assistência

integral ao indivíduo, buscando sua integridade física e psíquica, mantendo os

devidos cuidados durante o atendimento, avaliando e realizando a anotação de

enfermagem. No pós voo, há a elaboração de relatórios de gastos de materiais,

possíveis intercorrências e medicamentos, o encaminhamento do paciente a

equipe de destino, com as devidas anotações para continuidade da assistência

e a limpeza e reposição de materiais (DE PIN, 2018). A enfermagem é

essencial na equipe multidisciplinar por desempenhar o papel de cuidado,

atenção básica, coordenação, administração, acompanhamento evolutivo e

engajamento dos profissionais da saúde. Isso traz reconhecimento, ampliando

a visão sobre a enfermagem e enaltecendo a sua importância durante a

assistência ao paciente. (PASSOS; TOLEDO; DURAN, 2011) CONCLUSÃO:

Apesar de reconhecida no mercado de trabalho e inserida no ambiente

acadêmico, a enfermagem abrange novos campos de atuação, dando

amplitude e favorecendo os profissionais da área, contribuindo para ocupação

de qualidade. A especialidade aeroespacial, tema de nosso trabalho, é um

exemplo claro desse crescimento, trazendo mais agilidade e novas

possibilidades no atendimento, permitindo um maior conhecimento na área de

trauma. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: O enfermeiro

tanto no resgate aéreo, tanto em seus diversos campos de atuação tem grande

importância na equipe de saúde por proporcionar o cuidado, assistência

integral, educar, suprir as necessidades básicas e gerenciamento.

DESCRITORES: Resgate Aéreo, Transporte de pacientes, Enfermagem.

REFERÊNCIAS: colocar em ordem alfabética dos autores

DE PIN, Shara Bianca. O Enfermeiro no ambiente aeroespacial: Perfil e

Atribuições. Universidade Federal de Santa Catarina. CENTRO DE CIÊNCIAS

DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, Florianópolis

2018.

PASSOS, Isis Pienta Batista Dias; TOLEDO, Vanessa Pellegrino; DURAN,

Erika Christiane Marocco. Transporte aéreo de pacientes: análise do

conhecimento científico. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 64, n. 6, p. 1127-1131,

2011 .

BRASIL, Conselho Federal de Enfermagem. Resolução N° 551/2017.

Normatiza a Enfermagem a atuação do enfermeiro no ambiente aéreo.

Brasília, 2017.

Brasil. Lei 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a Regulamentação

do Exercício da Enfermagem e dá outras providências. Brasília: Ministério

da Saúde; 1986.

Scuissiato, Dayane Reinhardt et al. Compreensão de enfermeiros de bordo

sobre seu papel na equipe multiprofissional de transporte aeromédico. Rev.

bras. enferm.,Brasília, vol.65, no.4, p.614-620, 2012.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO COM ALZHEIMER

Mateus Carlet 1

Fernando Augusto B. Kovalski2

Reginaldo da Maia de Almeida3

Maria Elisa Brum do Nascimento4

INTRODUÇÃO: O Alzheimer é uma das doenças crônicas degenerativas que

causa grande impacto físico, social e econômico para indivíduos e familiares e

cursa com abrangência expressiva no seu crescimento. A Organização Mundial

da Saúde sinaliza que o Alzheimer já responde por 70% dos casos de

demência e possui estimativa de acréscimo de 500% até 2050 (BRASIL, 2017).

O aumento da doença relaciona-se com o envelhecimento populacional, isso

aliado à falta de conhecimento sobre a doença incide em assistência

inadequada a estes idosos e apoio deficiente a cuidadores e familiares

(FARFAN et al., 2017). Essa doença cursa em fases e caracteriza-se por

diversos fatores como atrofia cerebral, declínio das funções cognitivas,

prejudicando principalmente a memória, a interação social e que incorre em

comportamento agressivo, e, consequentemente contribui para o agravamento

do quadro clinico. O sintoma mais evidente no início da doença é a perda de

memória recente, muitas vezes confundido com sintomas do envelhecimento

(CRUZ; HAMDAN, 2008). As fases seguintes contam com a presença da

incapacidade funcional e interferência na vida cotidiana, que ocorre de forma

gradativa, levando a impossibilitado de exercer as funções da vida diária,

inatividade e demência, iniciando uma fase de isolamento social passando a

depender de um cuidador (TALMELLI et al., 2010). Esses fatores criam um

ambiente difícil tanto para a família quanto para o profissional que se vem dia-

a-dia mais inseridos em cuidados cada vez mais complexos para com o

indivíduo nesta condição, e em muitos casos com o passar do tempo o

profissional tende a robotizar os cuidados distanciando-se cada vez mais do

1Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected] em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]

paciente e da família. JUSTIFICATIVA: Desse modo, é válido salientar que o

enfermeiro tem um papel imprescindível nos cuidados sistematizados a pessoa

com doença de Alzheimer, devendo implementar ações e práticas educativas,

auxiliando, cuidando, amparando, informando e envolvendo-se com estes

cuidadores no contexto familiar afim de proporcionar-lhes confiança e

segurança para assumir esta responsabilidade (CAVALCANTE et al, 2017).

Estratégias como a utilização de terapias de lembrança focadas no histórico de

vida do paciente, junto com o tratamento medicamentoso comprovam efeitos

significativos nas respostas cognitivas e melhora na qualidade de vida do

cliente (CUNHA et. al., 2011). Bottino et. al.(2002) ressalta a aproximação

afetiva entre o paciente e a equipe de saúde, como potencial para amenizar os

aspectos da demência causada pelo Alzheimer e auxilia na visualização da

importância da utilização de técnicas individualizadas feitas especificamente

para cada paciente. Diante desse cenário o estudo teve como OBJETIVO:

Identificar na literatura cientifica estudos que abordam a atuação da

enfermagem no cuidado diante da pessoa com Alzheimer. MÉTODO: Revisão

de literatura realizada nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em

Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), em

setembro de 2018. Para seleção dos artigos, utilizaram-se as palavras chaves

“Alzheimer” “enfermagem”, refinada com o suo do operador boleano AND. Este

cruzamento foi realizado com a finalidade de verificar se existem estudos

científicos que comprovem a relação entre a atuação do profissional da

enfermagem e o Alzheimer. Os critérios de inclusão: foram artigos científicos,

em português, inglês ou espanhol, disponibilizados na integra, gratuitamente e

publicados de 2013 a 2018. Como critérios de exclusão as teses, dissertações,

textos sem disponibilidade de resumos para primeira apreciação. Artigos

repetidos foram considerados uma única vez. Do total de 22 artigos localizados

inicialmente, após aplicação dos critérios de inclusão/exclusão e leitura

minuciosa de títulos e resumos foram selecionados somente oito estudos que

corresponderam a temática. A análise subsidiou a caracterização dos estudos,

extração dos conceitos de interesse da pesquisa. Os trabalhos foram

agrupados por similaridade de conteúdo. RESULTADO: Os resultados indicam

entre os diagnósticos de enfermagem mais pronunciados na pessoa com

Alzheimer, a confusão crônica está associada à avaliação da memória

imediata, incidental e tardia e o risco de queda encontra-se relacionado ao

teste do relógio (CAMACHO et al., 2013). O retardo ou diminuição da demência

pode ser alcançado por meio de intervenções como atividades essenciais na

vida diária do idoso, alimentação, aumento da socialização, melhora do sono,

medicamentos, estimulação cognitiva, musicoterapia, controle da dor e arte

terapia (CORREIA et al.,2016). A conduta profissional na reeducação familiar

para o cuidado mostra a relevância de ações para estimular as potencialidades

da pessoa com Alzheimer como: o toque, a troca de emoções, a comunicação

interativa, o resgate de fotos antigas, o encontro de diferentes gerações e a

realização de atividades lúdicas e manuais, se mostraram produtoras de

respostas significativas para a recuperação cognitiva de idosos com a doença.

(POZES; DAHER; FONSECA, 2013). Entre estas estratégias para atenuar o

declínio cognitivo em face de progressão da doença de Alzheimer, a prática

sistematizada de atividade física contribuindo para preservação e melhora

temporária de várias funções como atenção, funções executivas, linguagem

(MARTELI, 2013). O cuidado aos idosos com doença de Alzheimer

desencadeia inúmeros sentimentos e atitudes no indivíduo que cuida, o

cuidado fica muitas vezes, sob a responsabilidade de um único familiar,

ocasionando sobrecarga física/emocional e o surgimento de doenças no

cuidador (ILHA et al., 2014; CAMACHO et al, 2013). Essa condição do cuidador

alerta para a importância do enfermeiro planejar o cuidado de forma ampliada

para que a família possa enfrentar e conviver em essa patologia. Observa-se

que se deve investir no conhecimento dos profissionais, em especial dos

estudantes de enfermagem para melhorar a atuação desses profissionais junto

a família (OLIVEIRA et al, 2013). A relação entre o familiar e o idoso com

Alzheimer deve envolver amor, fidelidade, esperança e presença. Interpretar

esta relação possibilita ao enfermeiro desenvolver a sensibilidade e a

criatividade para atuação profissional considerando a subjetividade e o mistério

das relações humanas (SELMA et al, 2014). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O

objetivo de identificar a atuação da enfermagem frente o Alzheimer abrange os

enfoques do cuidado subsidiado por estratégias que instigam as

potencialidades da pessoa com a doença a fim de reduzir o declínio da função

cognitiva e a demência. Ressalta-se a relevância em manter a pessoa ativa e

manutenção da integração social. O papel do enfermeiro por meio do

planejamento do cuidado deve integrar o cuidado ao familiar cuidador a fim de

diminuir o estresse e melhorar o enfrentamento do Alzheimer. O estudo

contribui para a prática da enfermagem, na medida em que aproxima a relação

deste profissional coma a família e o idoso se converte numa oportunidade da

melhoria da condição de vida.

PALAVRAS CHAVES: Idoso. Doença de Alzhemer. Enfermagem.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Organização Pan Americana da Saúde. Organização Mundial da

Saúde. Demência: número de pessoas afetadas triplicará nos próximos 30

anos. Publicado 07 de dezembro de 2017.

BOTTINO, C.M. C et al. Reabilitação cognitiva em pacientes com doença de

Alzheimer. Arq Neuropsiquiatr, v.60, n.1,p:70-79, 2002.

CAMACHO, A.C.L.F. Revisão integrativa sobre os cuidados de enfermagem à

pessoa com doença de Alzheimer e seus cuidadores. J. res.: fundam. care.,

v.5,n.3,p:186-193, 2013.

CAVALCANTI, I.F.M. et al. Assistência de enfermagem aos idosos portadores

do mal de Alzheimer. Revista Saúde, v.11, n.1(Esp), 2017.

CUNHA, F.C.M. et al. Abordagem funcional e centrada no cliente na

reabilitação de idoso com demência de Alzheimer avançada: relato de caso

Revista De Terapia Ocupacional da Universidade De São Paulo, v.22, n.2;

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CRUZ, M.N.; HAMDAN, A.C. O Impacto a doença de Alzheimer no cuidado.

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FARFAN, A.E.O. et al. Cuidados de enfermagem a pessoas com

demência de Alzheimer . CuidArte, Enferm, v.11, n1, p: 138-145,

2017.

ILHA, S. et al. Doença de Alzheimer na pessoa idosa/família: Dificuldades

vivenciadas e estratégias de cuidado. Esc Anna Nery, v.20, n.1, p:138-146,

2016.

MARTELLI, A. Alterações Cerebrais e os Efeitos do Exercício Físico no

Melhoramento Cognitivo dos Portadores da Doença de Alzheimer. Revista

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OLIVEIRA, P.P. et al. Conhecimento de estudantes de enfermagem com

formação técnico-profissionalizante sobre a doença de Alzheimer. Rev enferm

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POZES, V.L.S.; DAHER, D.V.; FONSECA, T.C. Resgate de reservas cognitivas

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Fundam, v.5, n.5, p:148-54, 2013.

SELMA, M.D.; LENARDT, M.H.; CALDAS, C.P. Relação no cuidado entre o

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TALMELLI, L. F. S. et al. Nível de independência funcional e déficit cognitivo em

idosos com doença de Alzheimer. Rev. esc. enferma. USP, v. 44, n. 4, p: 933-

939, 2010.

A PROBLEMÁTICA DOS SUICÍDIOS NA POPULAÇÃO IDOSA E A SUA

RELAÇÃO COM O CONCEITO DE ADAPTAÇÃO DE CALLISTA ROY – UMA

REVISÃO INTEGRATIVA

Caroline Almeida¹, Jéssica Mayra Schonrock¹, Raphaela Xavier de Oliveira¹ e

Luiz Claudio Sobrinho do Nascimento²

INTRODUÇÃO: Entende-se por suicídio os caso de morte provenientes de um

ato realizado pela própria vítima com a ideia de produzir tal resultado. As

ideações suicidas, tentativas e ato fatal representam um dos grandes

problemas de saúde pública da atualidade, com crescente incidência entre a

população idosa, principalmente do sexo masculino (MINAYO e CAVALCANTE,

2015). Para esta população a relação entre tentativa e ato consumado é de um

suicídio em quatro tentativas, fato que desperta alerta na área da saúde devido

ao aumento da população idosa que, segundo projeções, no Brasil será a sexta

maior do mundo em 2020 (SOUSA, et al, 2014). Se tem conhecimento de que

as tendências suicidas tendem a aumentar com a idade para homens e

diminuir para mulheres. Existem diversas razões, identificadas em estudos, que

motivam as tentativas de suicídio. Entre elas se destaca a depressão

associada a outros transtornos mentais, doenças degenerativas incapacitantes,

falta de diálogo, isolamento e perda da autonomia (MINAYO e CAVALCANTE,

2015). Além disso a falta de capacidade para lidar com as limitações

fisiológicas inerentes ao envelhecimento, as mudanças nas relações familiares

e a forma como o idoso vê a si mesmo são fatores a serem trabalhados na

prevenção as tentativas de suicídio (SOUSA, et al, 2014). Calista Roy propõe a

teoria dos quatro modos adaptativos: necessidades fisiológicas, do

autoconceito, da função do papel e da interdependência. Estudos mostram que

existem dois modos adaptativos que estão diretamente relacionados as

motivações suicidas em idosos, o autoconceito e a função do papel (SOUSA,

1Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contatos:[email protected], [email protected], [email protected].

² Docente do curso de enfermagem da Universidade Positivo. Especialista em Gestão de Serviços deSaúde pela Faculdade Evangélica do Paraná. Contato: [email protected].

et al, 2014). Profissionais da área de saúde tanto da atenção básica, quanto

dos serviços de emergência e da assistência à saúde mental devem ser

capacitados para atender este crescente problema, principalmente no âmbito

da prevenção de novos casos e das reincidências. JUSTIFICATIVA: Este

estudo se justifica na medida em que se faz necessário caracterizar as

publicações brasileiras sobre o tema, de modo a permitir um melhor

conhecimento sobre as causas e consequências que levam ao suicídio na

população idosa. PERGUNTA NORTEADORA: Como se configura a produção

de artigos na literatura brasileira sobre os suicídios na população idosa entre os

anos de 2013 a 2017? OBJETIVO: Identificar o perfil de produção cientifica

online nacional, acerca dos principais causas que levam o paciente idoso ao

suicídio e as relacionando aos modos de adaptação do autoconceito e função

do papel propostos pela teoria de Callista Roy. METODOLOGIA: Trata-se de

uma revisão integrativa, a qual possibilita que estudos primários sejam

reunidos e analisados de forma a se chegar a uma conclusão sobre a produção

científica de um determinado tema ou área. Para o desenvolvimento deste

estudo foram seguidas as seguintes etapas: definição do tema e questão

norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; definição das

informações a serem extraídas dos estudos; avaliação dos estudos;

interpretação dos principais resultados e a elaboração do documento que

contempla todas essas fases (GANONG, 1987). Para a seleção dos artigos foi

utilizada a base de dados da Scielo. Como critério de inclusão optou-se por:

artigos completos publicados eletronicamente no período de 2011 a 2017, estar

no idioma português e retratar em suma as questões relacionadas às tentativas

de suicídio entre idosos e sua relação com a incapacidade de adaptação. Os

artigos que não se enquadraram nestes critérios foram excluídos do estudo. A

busca foi realizada pelo acesso online, no mês de setembro de 2018 e, para

tanto, foi utilizada a associação entre os descritores suicídio e idosos. Para a

coleta de dados foi adotado uma planilha de análise, que permitiu ordenar os

textos selecionados, identificar os autores, formação dos autores, ano de

publicação, fonte de localização, revista de publicação, método, resultados e

discussão, considerações finais ou conclusões. RESULTADOS: Sobre a

relação dos descritores idoso e suicídio foram encontrados 23 textos

disponíveis integralmente, somente 18 no idioma português. Já com relação

aos anos estabelecidos para o estudo 14 estavam disponíveis, destes somente

8 artigos foram selecionais para a leitura dos resumos e após esta análise a

amostra final foi estabelecida em 5 artigos. Dos artigos analisados observou-se

unanimidade na percepção do aumento das tentativas de suicídio entre a

população idosa e sua relação com as alterações relacionadas ao processo de

envelhecimento como doenças incapacitantes e aposentadoria. DISCUSSÃO:

Minayo e Cavalcante, mostram em seu estudo que a temática do suicídio entre

a população idosa se ampliou a partir do ano de 2010 com o aumento dos

estudos e pesquisas sobre o assunto em diversos países e continentes,

apresentando diversidade nos assuntos que norteiam o suicídio. Neste período

autores concordam que é possível identificar os sinais de alerta para uma

tentativa. Considerando a integralidade de um indivíduo ele pode apresentar

mais de um fator de risco associado para a ideação suicida, porém o que leva

cada um a cometer o ato é a forma como ele enfrenta as situações vividas, a

intensidade do sofrimento e o grau de tolerância a ele. A decisão pelo suicídio

permeia a interpretação pessoal dos aspectos sociais e psicológicos que fazem

parte da história do idoso (SOUSA, et al, 2014). Minayo e Cavalcante, afirmam

em suas pesquisas que a depressão entre a população idosa é o principal fator

motivacional para as tentativas de suicídio. Associado ao quadro depressivo

podem estar o isolamento social, a presença de doenças incapacitantes, a

ansiedade, perda da autonomia, doenças mentais, o abuso de álcool e outras

drogas, desavenças familiares, mortes e perdas de pessoas próximas, perda

da função social, desordem financeira e intenso sofrimento físico (MINAYO E

CAVALCANTE, 2015). Rosa, acredita que a vulnerabilidade que envolve o

idoso é fruto de valores sociais sobre as limitações e dependências sejam

físicas ou financeiras. O histórico de tentativas anteriores, bem como ideações,

as verbalizações do desejo de suicídio, tristeza intensa, choro, falta de

interesse, atitude negativa, estabelecem para o indivíduo um alerta de risco

elevado para novas tentativas (SOUSA, et al, 2014). Tais contextos podem ser

explicados pela desordem dos modos adaptativos, em particular dois deles: a

função do papel e o autoconceito. A teorista Callista Roy propõe um conceito

de adaptação que vê o indivíduo como um sistema capaz de se ajustar às

condições e ao meio, mesmo isso dependendo de outros participantes. A

população idosa vivencia uma perda da vida social quando passa pelo

processo de aposentadoria ou impossibilidade de exercer suas atividades

laborais por doença física ou mental. Durante esta fase se evidência um

sentimento de angústia e o isolamento do indivíduo de suas relações

interpessoais e até mesmo familiares. A desapropriação de ambientes ou

objetos pessoais (internamentos, mudanças para a casa dos filhos ou para

cômodos menores da casa) e a ruptura abrupta da vida profissional, muitas

vezes é mal elaborada pelo idoso gerando tristeza e falta de diálogo evoluindo

para um quadro de depressão. Agregado a isso, o idoso sofre a perda de sua

identidade, não se autoreconhecendo e compreendendo seu papel (Sousa, et

al, 2014). Outros fatores que causam alteração nos modos adaptativos de

autoconceito e função do papel são as doenças crônicas, doenças psíquicas e

doenças degenerativas que causam perda de função. Nestes casos ambos os

modos adaptativos sofrem influência. Por um lado o indivíduo passa a perceber

seu corpo e sua mente de formas diferentes e pode não se reconhecer em tal

situação, por outro lado ele perde a capacidade de exercer suas funções e seu

papel na família e na sociedade precisam ser redefinidos (MINAYO e

CAVALCANTE, 2015). As alterações nos aspectos psicológicos e físicos,

inerentes ao envelhecimento, representam um desafio complexo à capacidade

adaptativa dos indivíduos, fundamentando as tentativas de suicídio entre eles.

IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: Compreendendo que o suicídio se

trata de uma morte passível de prevenção, cabe a saúde pública, aos

profissionais de saúde, principalmente à enfermagem (pela maior proximidade

com o paciente) identificar sinais de alerta para o suicídio seja em ILPI, no

atendimento domiciliar, na atenção básica. Em determinado momento a

enfermagem terá contato com este paciente e através do atendimento

humanizado e da escuta qualificada tais sinais de alerta podem ser

discriminados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao longo da pesquisa se percebe

que os estudos sobre o tema são incipientes. A temática é relevante para o

maior sistema público de saúde, o SUS. Os autores concordam que os idosos

que cometeram suicídio ou que tem ideações apresentam sinais de alerta que

podem ser percebidos por pessoas próximas a ele. Socialmente, é possível

prevenir tentativas através da redução do abandono e do isolamento social.

Pelo ângulo da saúde, a prevenção vem através do tratamento psiquiátrico e

do sofrimento físico, e das dependências. Por esta razão se faz necessária a

formação de profissionais qualificados para a atenção desta população,

capazes de compreender e diagnosticar fatores de risco e sinais de alerta e

fornecer tratamento e apoio a estas pessoas. Os estudos sobre as tentativas

de suicídio em idosos e suas relações com as alterações dos modos

adaptativos, em particular o autoconceito e a função do papel, instigam a

criação de modelos de assistência que garantam um envelhecimento saudável.

DESCRITORES: Idoso e suicídio

REFERÊNCIA

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Nursing & Health, Hoboken, v. 10, n. 1, p. 1-11, Mar. 1987.

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32832014000200389&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 18/06/2018.

FATORES E RISCOS ASSOCIADO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

ENTRE CRIANÇAS E JOVENS

Maria Andrea Coitino Segui1, Maria Helena Nunes¹, Valdemeri M. S. do Nascimento¹, Vaniele de Oliveira Rodrigues¹, Maria Elisa Brum do

Nascimento2

INTRODUÇÃO: O estudo aborda o comportamento alimentar em crianças e

adolescentes decorrente de fatores como a influência social e cultural,

aspectos fisiológicos e condições ambientais. A alimentação saudável é

essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção a saúde. Hábitos

alimentares inadequados acarretam problemas de saúde como obesidade e/ou

emagrecimento, considerados risco para esta população podendo gerar outros

distúrbios alimentares (GONÇALVES et al, 2013). A adolescência é uma fase

marcada por transformações relacionadas com a formação da autoimagem,

gera preocupação com o corpo, com o peso e com os alimentos (BOMFIM et

al., 2017). Estudos mostram que crianças associam pessoas magras e gordas

a qualidades negativas, enquanto indivíduos de tamanho médio são

associados a qualidades positivas sendo a obesidade vista como culpa própria,

resultado da voracidade, fraqueza e preguiça. (SIMÕES, MENESES, 2007).

Além disso, a insatisfação com a imagem corporal é um fenômeno atual que

atinge adolescentes de várias partes do mundo, o distúrbio da imagem corporal

e a busca por um corpo ideal podem desencadear o transtorno alimentar

(BOMFIM et al., 2017). JUSTIFICATIVA: Diante dos perigos e situações de

risco nutricional à saúde de crianças e adolescentes que envolvem a

necessidade de intervenções sobre elas, é requerido o aprofundamento da

temática para melhor compreensão do panorama nos diferentes cenários

nacionais e internacionais. É primordial que os profissionais de saúde, em

especial o enfermeiro, aprofundem seu entendimento sobre os fatores

associados ao comportamento nutricional nesta população, a fim de subsidiar

¹Acadêmicas de Enfermagem da 2ª série, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil, email: [email protected] (41)995860270, [email protected], [email protected], [email protected] ²Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]

sua pratica cotidiana na comunidade, família e escola. Sendo sua atuação na

escola relevante no que concerne ao atendimento à saúde por meio de ações

de educação em saúde, visando à prevenção dos fatores de risco e informação

quanto ao reconhecimento dos aspectos clínicos e nutricionais associados ao

comportamento de risco nesta clientela. Assim, o estudo teve como OBJETIVO

sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica sobre os fatores

associados ao comportamento alimentar entre crianças e jovens. MÉTODO:

Revisão integrativa com análise descritiva dos dados, considerando as

produções publicadas e veiculadas sobre o comportamento alimentar em

crianças e adolescentes. A amostra foi composta pela produção cientifica das

bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS e MEDLINE por

meio de artigos disponíveis considerando as palavras chaves a saber:

“comportamento alimentar”, “crianças e adolescentes”, incluídos os pares por

meio do boleano AND. Foram atendidos os critérios de inclusão todos os

artigos publicados que abordassem fatores de risco alimentar para crianças e

adolescentes (< ou = a 20 anos), nos idiomas português, inglês ou espanhol,

publicados na íntegra, de julho de 2013 a julho de 2018. Foram excluídas

publicações que tivessem o formato de artigo científico, como teses,

dissertações, resenhas, cartas e editoriais. Os dados coletados foram

agrupados em planilha segundo itens de interesse: ano de publicação, base de

dados, título e resultados. Foram pré-selecionados 122 artigos, submetidos aos

filtros e removidos 98 estudos (48 indisponíveis, 3 repetido, 47 devido à análise

de títulos e resumos). Pela leitura de títulos e resumos foram selecionados 16,

8 foram excluídos por não atenderem a temática. A avaliação dos estudos

incluídos e a interpretação dos resultados foram subsidiada pela leitura

exaustiva de todo o material, sendo estes apresentados de forma descritiva.

RESULTADOS: Indicam alguns aspectos intervenientes no comportamento

alimentar como: problemas orgânicos, comportamento sedentário, condição

materna, fatores socioeconômicos. O risco cardiovascular mostra-se unido a

sobrepeso, obesidade, sedentarismo associado à hipercolesterolêmica,

antropometria e perfil metabólico entre adolescentes (LEE; GURKA; DEBOER,

2016). O fator de risco envolvendo a prematuridade e duração da

amamentação menor que dois meses foi um fator preditivo de alterações

orgânicas (TORNQUIST et al, 2015). O padrão alimentar de risco esteve anexo

ao consumo total de calorias e carboidratos que contribui para o aumento dos

triglicerídeos, do contrário medidas que visam sua redução e aumento da

lipoproteína de alta densidade HDL são significativos na prevenção de doenças

(LEE; GURKA; DEBOER, 2016; DISOTUAR et al, 2015). Em adolescentes

meninas a proporção de sobrepeso e obesidade foi subsidiada pelo alto

consumo de massas, lácteos integrais, achocolatados entre outros

caracterizando um hábito alimentar inadequado (PINHO et al.,2013). Este

estudo destaca que padrões alimentares “junk food”, “saudável” e tradicional

qualidade alimentar” está relacionado a renda familiar, maior consumo de

refrigerantes nos meninos, e guloseimas nas meninas, fatores determinantes

para o risco a saúde (MARIZ et al., 2013). O consumo de vitaminas,

energéticos, e inadequado consumo de elementos como fósforo, ferro e sódio

também favorecem ao risco a saúde (VEIGA et al., 2013). O hábito do lanche

em frente as telas, o ambiente social e familiar consiste em aspectos de risco

para o surgimento dos transtornos alimentares (GONÇALVES et al, 2013). A

influência da mídia induz ao culto da magreza e transtornos alimentares,

podem levar ao crescimento inadequado e ganho de peso. A insatisfação com

a imagem corporal, o grau de comprometimento, o índice de massa corpórea

(IMC) e o percentual de gordura são construtos que se associam ao

comportamento alimentar inadequado entre adolescentes (FORTES et al, 2014;

MARIN et al, 2013). O interesse pela magreza, perfeccionismo, insegurança

social, introspecção, impulsividade, desconfiança interpessoal entre outros são

manifestações que interagem para o comportamento alimentar inadequado e

risco a saúde (MARIN et al, 2013; TEIXEIRA et al, 2016). Sintomas

depressivos, baixa autoestima e estado de humor incidem no comportamento

que geram transtornos alimentares (FORTES et al, 2016). Foi observado índice

elevado de alimentação inadequada entre adolescentes femininas analisadas

por meio da dieta e o autocontrole oral como medidas para redução do IMC e

índice abdominal, que buscam ajustar a insatisfação com a imagem corporal

(FORTES et al, 2014). A busca pela imagem perfeita leva estas adolescentes a

adoção de comportamento alimentar inadequado e de risco a saúde (FORTES;

CIPRIANI; FERREIRA, 2013). Entre as práticas educativas favoráveis ao

comportamento alimentar saudável destaca-se o papel do apoio familiar e da

educação em saúde na escola, como modelador para conduta alimentar

saudável (SILVA et al, 2015). Estando o hábito de comer em escolas ligado ao

desconhecimento dos funcionários e professores sobre o assunto atuando

negativamente (KNIGHTSMITH; TREASURE; SCHIMIDT, 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo mostra os fatores associados ao

comportamento alimentar ligados ao agrupamento de problemas clínicos

decorrentes da conduta alimentar inadequada: obesidade, mudança do perfil

lipídico e consequente risco de doenças cardiovasculares. As práticas

alimentares em adolescentes e crianças apontam para a influência do ambiente

social, familiar, da mídia e a dificuldade de adesão da dieta saudável. Também

fatores psicossociais como perfeccionismo, insegurança social, impulsividade,

ascetismo e ao desígnio da magreza atrelados a insatisfação corporal o que

induz a adoção de dietas sem acompanhamento médico. Entre as implicações

para enfermagem destaca-se o papel do profissional na educação em saúde,

ações voltadas para rastreabilidade e auxilio no diagnóstico por meio da

sistematização do cuidado. A atuação voltada para a família e escola

desenvolvendo ações preventivas para os riscos à saúde com extensão para

alunos e funcionários.

Descritores: Comportamento alimentar. Prevenção. Adolescentes

REFERÊNCIAS:

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Pública, v.47 Rio de Janeiro 2013.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

Micaelly Fernanda Dias1

Kauane Fagundes Pereira2

João Pedro U. de Camargo3

Carla Roberta Tonello Santos4

Anne Isabelle Ruthes5

Maria Elisa Brum do Nascimento6

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença metabólica, multifatorial

relacionada ao excesso de tecido adiposo, resultante da inadequada ingestão

alimentar e o gasto energético, com participação de fatores genéticos e

ambientais (SILVA, 2018). Quando surge na infância consiste em fator de risco

para inúmeras outras doenças e problemas de saúde e propicia complicações

de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares entre outros englobando

desde o estado físico e psíquico, requer acompanhamento clínico continuo na

vida adulta (REIS,2014). Essa condição na infância interfere em vários outros

domínios da vida criança, a pressão social e pessoal pode levar a deficiência

do rendimento escolar (ROSSONI; SILVA; CONDE, 2016). JUSTIFICATIVA: A

prevenção da obesidade infantil deve iniciar-se na gestação, a vida intrauterina

e os primeiros anos de vida são críticos para o balanço energético a longo

prazo (GOES et al, 2015). A família e a escola são importantes aliados para a

prevenção da obesidade infantil, neste caso é imprescindível que os pais e o

restante familiar estejam envolvidos com estilo e vida saudável (TEIXEIRA;

DEXTRO, 2010). A escola é o local onde crianças passam grande parte do seu

tempo brincado, alimentando-se, relacionam-se e praticam várias atividades

física. Conhecer as formas de promoção de saúde e prevenção desse agravo

se constitui como uma ferramenta essencial para o cuidado. A enfermagem

desenvolve estratégias voltadas para promoção de hábitos e alimentos

1Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected] em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]

saudáveis, prevendo identificando riscos e na detecção precoce da obesidade,

atuando junto a família, partir da relação dialógica com pais e filhos (ARAÚJO

et al, 2012). Diante desse cenário, o estudo teve como OBJETIVO identificar

na literatura brasileira estudos que abordam a prevenção da obesidade infantil,

com enfoque da atuação da enfermagem. MÉTODO: Revisão de literatura

realizada pelos acadêmicos da 1ª série, durante a disciplina de Fundamentos

Métodos e Técnicas de Ensino, nas bases de dados BDENF e LILACS, período

de junho de 2015 a julho de 2018. Incluídos somente artigos disponíveis na

integra. Foi utilizado para busca as palavras chave “prevenção” e “obesidade

infantil” com o boleano AND. A seleção foi precedida de leitura de títulos e

resumos. Para inclusão dos estudos procedeu-se a organização de um quadro

com os seguintes componentes: título, ano, objetivo e resultados. Foram

encontrados 22 artigos e após aplicação dos critérios e inclusão, leitura de

títulos e resumos, selecionaram-se nove estudos. A elegibilidade dos estudos

foi realizada mediante leitura exaustiva dos mesmos e composição

agrupamento por similaridade de temas. RESULTADOS: Verificou-se que a

atuação do enfermeiro na produção de hábitos alimentares saudáveis para

crianças em idade pré-escolar e escolar é favorecida com a implementação de

atividades educativas, com intervenções e parcerias por meio de programas

preventivos e de controle da obesidade infantil (NASCIMENTO et al, 2016).

Entre as estratégias interdisciplinares na abordagem do risco cardiovascular

para combate à obesidade infantil, a conscientização da adoção de hábitos

alimentares saudáveis, atividades físicas e a orientação para o público

infantil/juvenil no começo do desenvolvimento humano (SARAIVA;

SLONCZEWSKI; CLISNE, 2017). A necessidade das atividades de educação e

monitoramento nutricional mostra-se eficaz com atuação efetiva da escola junto

à secretaria de educação na vigilância epidemiológica e implementação de

intervenções eficazes em consonância com políticas públicas como medida de

garantia do direito humano à alimentação adequada. (GUERRA; SILVEIRA;

SALVADOR, 2016). A prevenção e controle do consumo de álcool, tabaco e

outras substâncias ilícitas também são imprescindíveis na formação da criança,

que atua como multiplicadora do conhecimento construído coletivamente e

transformadora das condições de saúde em qualquer meio que esteja

presente. A educação em saúde voltada aos aspectos nutricionais consiste em

uma forma de prevenir alterações cardiovasculares por meio da troca de

experiência entre escolares, melhora a interação, a participação e o

aprendizado sobre ações de prevenção e obter informações nutricionais

(BERNARDO et al., 2017). Em relação à prática de atividade física em

crianças, pediatras recomendam que as atividades físicas voltadas para

crianças sejam distintas das praticadas pelos adultos e é indicado a atividade

recreativa as competitivas (GORDIA et al, 2015). O maior incentivo a qualidade

e quantidade de atividade física e seguir alimentação saudável tem por

finalidade prevenir as crianças para não se tornar um adulto obeso, diminuindo

o risco de doenças e evitar problemas psicológicos gerados pela discriminação

relacionada com o excesso de peso, que podem gerar ansiedade, depressão e

até mesmo o isolamento social (CARVALHO; BELEN; ODA, 2017). Algumas

estratégias como a criação do aplicativo kids, poderá contribuir para a criança

desregrada a oportunidade de ter disciplina, resistência física e coordenação

(FILHO; LAMBOGLIA; CARVALHO, 2016). Esse consiste em um instrumento

interativo utilizado por meio do celular que possibilita uma série de exercícios

para que qualquer criança possa exercer sem se machucar, monitorar e

apontar distorções nas atividades. Além disso, a cirurgia bariátrica não é um

procedimento eficaz em todos os casos e não cura a obesidade e necessita

que a família e os adolescentes compreendam a natureza do tratamento

cirúrgico e o papel que terão que desempenhar com mudança do estilo de vida

(MOREIRA, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo mostrou que a

atuação do enfermeiro voltada a prevenção da obesidade infantil, está centrada

na implementação da educação em saúde que incentive práticas alimentares

saudáveis em crianças. Considera-se que estratégias como o uso de

aplicativos e programa de exercícios mais recreativos são recomendações que

visam prevenir a obesidade infantil. Entre as implicações para a enfermagem o

estudo alerta para o cuidado da obesidade infantil e para a promoção de

programas educativos apoiado em medidas que provoquem hábitos saudáveis

e melhor qualidade de vida. Ressalta-se a importância da atuação do

enfermeiro em programas de promoção de saúde na escola em sua função

educativa, assistencial, administrativa e política.

DESCRITORES: Obesidade infantil. Prevenção. Educação em Enfermagem

REFERÊNCIAS

SILVA, J.C. Prevenção da obesidade infantil: ações realizadas por enfermeiras

em unidades básicas de saúde de um município do recôncavo baiano / Jamile

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EUTANÁSIA SOCIAL: UM FENÔMENO DISRUPTIVO FRENTE AO PRINCÍPIO

DA DIGNIDADE HUMANA

Eduardo Talamini¹, Leticia Aparecida Moura¹, Leila Elizabethe Pereira¹, Renan Turubia¹.

Michel M. Dalmedico²

INTRODUÇÃO: A expressão “Mistanásia” foi utilizada, pela primeira vez em 1989,

pelo bioético brasileiro Marcio Fabri dos Anjos, o mesmo utilizou o termo diante da

imensa desigualdade social existente, abandono socioeconômico, violência e

negligência política da época, ao qual submetiam pessoas cuja suas vidas eram

desvalorizadas, causando mortes evitáveis. (MENEZES NETO, et.al. 2018). A

mistabáisa ou eutanásia social etimologicamente significa morte miserável fora e

antes do seu tempo. A eutanásia social é inadmitida pela legislação brasileira,

pois os estudiosos do tema em sua maioria, afirmam que todos possuem direito à

vida e este direito, não pode ser renunciado, pois sem a vida não haveria direitos.

(ZAGANELLI, et.al. 2016). Devido aos seus direitos garantidos

constitucionalmente, mas não exercidos pelo estado, faz com que grande parte da

população seja obrigada a mover ações judiciais contra o estado, a fim de

obterem por força de justiça o que lhes deveria ser concedido de fácil acesso e

gratuito. Longos processos judiciais e exaustivos, para famílias que tem pouco ou

nenhum recurso para o tratamento, e são submetidas a mais este custo e

desgaste psicológico uma vez que isto é o último fio de esperança de cuidado

para si ou mesmo familiares. (ZAGANELLI et. al., 2016). Nesse contexto, Leonard

Martin, afirma:

“Numa sociedade onde recursos financeiros consideráveis não

conseguem garantir qualidade no atendimento, a grande e

mais urgente questão ética que se levanta diante do doente

pobre na fase avançada de sua enfermidade não é a

eutanásia, nem a distanásia, destinos reservados para doentes

que conseguem quebrar as barreiras de exclusão e tornar-se

¹ Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]²Enfermeiro. Professor adjunto do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:

[email protected].

pacientes, mas, sim, a mistanásia, destino reservado para

os jogados nos quartos escuros e apertados das favelas ou

nos espaços mais arejados, embora não necessariamente

menos poluídos, embaixo das pontes das nossas grandes

cidades. [...] Mistanásia por omissão é sem dúvida, a forma

de mistanásia mais espalhada no chamado Terceiro Mundo

(MARTIN, 1998, p.175).”

JUSTIFICATIVA: Considerando a potencialidade mortal, agressiva e ambiente

favorável ao desrespeito aos direitos humanos básicos que a mistanásia pode

ocasionar, o trabalho se faz necessário para o esclarecimento dos profissionais

da enfermagem, com intuito de reconhecimento desta prática, bem como, seus

fatores predisponentes, viabilizando o bom preparo desses profissionais, a fim

de trazer o conhecimento necessário para a identificação desta prática, bem

como assistência adequada para evitar ou minimizar danos causados pela

mistanásia. OBJETIVO: Evidenciar na literatura científica nacional as

implicações da mistanásia no contexto atual. METODOLOGIA: Revisão

bibliográfica da literatura. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e

Pesquisa da Universidade Positivo, por se tratar de um trabalho acadêmico que

não será publicado na íntegra. RESULTADOS: Foram identificados (5) artigos

que puderam ser analisados. Destes, observou-se que quatro (4) foram

publicados por autores que vêm da formação de direito e um (1) publicado por

autor com formação de pedagogia. Em relação ao ano de publicação,

constatou-se que no período elencado para a análise, a produção foi bem

distribuída entre todos os anos, totalizando um (1) artigo publicado no ano de

2013, um (1) artigo publicado no ano de 2015, um (1) artigo publicado no ano

de 2016, um (1) artigo publicado no ano de 2017, um (1) artigo publicado no

ano de 2018. No que diz respeito a metodologia usada nas publicações, cinco

(5) artigos utilizaram revisões sistemáticas da literatura. DISCUSSÃO: Os

estudos analisados consideram que a mistanásia é um grave problema de

abandono socioeconômico, violência e negligência política, de grande impacto

social e com atingimento maior nas populações mais carentes, que culmina em

sofrimento e desvalorização de suas vidas. A mistanásia se faz presente,

principalmente, na precariedade ou ausência do sistema de saúde (mistanásia

passiva), erro médico, más práticas por motivos econômicos, científicos ou

sociopolíticos, por exemplo, quando um médico realiza a remoção de um órgão

vital do indivíduo ainda com esperança de vida. (MENEZES NETO, et.al. 2018).

O baixo desempenho do estado em prover a saúde pública de forma

satisfatória, descumprindo seu dever constitucional que impede que esse

direito social seja exercido, acarreta um aumento no número de óbitos que

atinge as camadas mais vulneráveis da sociedade. (PÊCEGO, et. al., 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio desta pesquisa, nota-se a raiz social

política do problema, onde o descaso, má gestão e corrupção trazem grande

reflexo diante do problema que encontramos atualmente. Percebe-se a

necessidade de maior comprometimento e medidas educativas das áreas de

gestão de saúde, assim como maior comprometimento de nossas políticas

econômicas a fim de promover maior igualdade social para diminuir os

indivíduos alvos da eutanásia social e dar a todos o direito de uma morte digna

e com o mínimo de sofrimento possível. É importante ressaltar que

profissionais da área da saúde tenham conhecimento sobre a mistanásia,

sobretudo, o profissional de enfermagem, que tem relação mais estreita para

com os clientes.

DESCRITORES: Mistanásia, Vulnerabilidade Social, Proteção Social em Saúde

REFERÊNCIAS:

MARTIN, LEONARD. Eutanásia e distanásia. Disponível em: <http://bio-

neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/assets/02_bioetica_(distanasia).pdf>.

Acesso em: 18 ago. 2018.

MENEZES NETO, Elias Jacob De. Políticas Públicas e boas práticas. A prática

da mistanásia nas prisões femininas brasileiras ante à omissão do direito

à saúde e a negação da dignidade humana, [S.L], v. 8, n. 1, p. 1-27, abr.

2018.

PÊCEGO, Antônio José Franco De Souza; SILVEIRA, Sebastião Sérgio Da. I

CONGRESSO BRASILEIRO DE PROCESSO COLETIVO E CIDADANIA.

Mistanásia: uma questão de direitos coletivos e cidadania, Ribeirão Preto,

p. 39-42, set. 2012.

ZAGANELLI, M. V. et al. Eutanásia social: “morte miserável” e a

judicialização da saúde, Brasil, fev. 2016.

A PROMOÇÃO DO CUIDADO Á CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL

Carla Eduarda Agner de Araújo 1

Camila da Silva Lemos 2

Débora Hellen Ferreira de Brito 3

Rafael Lucas Ferreira de Brito4

Rebecca Gabrieli Modesto Souza 5

Victória Caroline Alves 6

Maria Elisa Brum do Nascimento7

INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral conforma uma encefalopatia crônica infantil

caracterizada por distúrbios motores de caráter não progressivo, que se

manifestam em um cérebro em desenvolvimento, levando a desarranjos na

motricidade, tônus e postura, com associação ou não com problemas

cognitivos (MORAES; DEZOTI, 2017). Trata-se de uma lesão estática no

cérebro em desenvolvimento que pode ocorrer no período pré, peri ou pós

natal e entre os principais fatores etiológicos associa-se as alterações

circulatórias maternas, infecções, eclampsia, deslocamento prematuro de

placenta entre outros (CARVALHO et al, 2010). A incidência e prevalência da

paralisia cerebral é algo complexo e relaciona-se a ampla variação de

conceitos para estabelecer parâmetros uniformes de diagnósticos, e conta com

incidência que varia de 1,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos nos países

desenvolvidos (FREITAS et al, 2005). O nascimento de uma criança com

paralisia cerebral em uma família modifica o contexto familiar frente as

dificuldades e enfretamentos fazendo com que eles busquem outras formas

para promoção do cuidado da criança nessa condição. O cuidado com uma

criança com paralisia cerebral consiste em uma tarefa árdua e desafiadora,

pois suas necessidades físicas emocionais exigem esforço, dedicação e tempo,

1Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected] em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]

e também produzem desgastes econômicos, emocional e social

(WIJESINGHE; FONSEKA; HEWAG, 2013). JUSTIFICATIVA: A importância em

estudar a efetividade do cuidado prestado por profissionais de saúde, em

especial a enfermagem, para com as famílias de crianças com paralisia infantil

deve-se a necessidade de acompanhamento constante da criança, orientando,

educando e encaminhando para estruturas especializadas. A rede de apoio

atua como facilitadora na promoção do cuidado das crianças com paralisia

infantil. A necessidade de tratamento especializado e uso de tecnologia

complexa, faz com que as famílias vivenciem situação constrangedora,,

marcadas por sentimentos de medo, insegurança e tensão, ao se depararem

com a imagem do filho em um ambiente de internação(FERREIRA; AMARAL;

LOPES, 2016). O enfermeiro, no contexto da equipe de saúde, deve auxiliar a

família a encontrar recursos necessários e a forma mais adequada de utiliza-

los e auxiliar os pais e familiares a fomentar as relações sociais. As ações de

promoção do cuidado de enfermagem convergem no sentido de integrar a

criança com paralisia num ambiente mais normal possível, a fim de favorecer

aprendizagem e o desenvolvimento de competências sociais (MARQUES; SÁ,

2016). Assim, o estudo teve como OBJETIVO Identificar publicações que

abordam a promoção do cuidado à criança com paralisia cerebral. MÉTODO:

Estudo de revisão de literatura. A busca dos artigos foi realizada online nas

bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no período de

janeiro de 2013 a janeiro de 2018. Foram utilizados para busca as palavras

chaves “promoção de cuidado”; “paralisia cerebral” unidas pelo boleano AND. A

seleção primária dos estudos na base LILACS de um total de 10 estudos

selecionou dois disponíveis na integra. Da base BDENF foram identificados

quatro e selecionados um. Demais materiais utilizados foram a partir da

pesquisa não sistemática em biblioteca local, considerando sua relevância e

pertinência dos estudos consultados. A análise e síntese do material foram

obtidas por leitura informativa do material e organização dos dados em tabela.

Após procedeu-se a leitura seletiva e critica dos resultados que foram

apresentados de forma descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As

publicões cientificas mostram a importância do papel dos profissionais de

saúde na promoção do cuidado para a criança com paralisia cerebral, a ênfase

na rede de apoio por parte da enfermagem e fisioterapia. A enfermagem deve

atuar preventivamente a atentar para a necessidade diária e continuada de

atividade e repouso da criança, a mobilidade e os exercícios são essenciais ao

cuidado, tanto para programar como para orientar e apoiar as famílias (LIMA et

al, 2017). A atividade física deve ser criteriosamente avaliada regularmente,

identificar as limitações se presente antes de iniciar o programa de exercícios.

A falta de controle voluntaria dos movimentos na paralisia cerebral decorre da

disfunção sensória motora, com distúrbio do tônus muscular e da postura que

se manifesta em incapacidades e limitações para desempenho de atividades e

tarefas (MACINI et al., 2002). Essas tarefas incluem atividades de autocuidado

como alimentarem-se sozinhas, tomar banho e atividades de mobilidade como

levantar da cana pela manhã. O tratamento para paralisia cerebral consiste em

promover a melhora funcional nas atividades diárias e na mobilidade, reduzindo

a falta de interação com o meio e necessidade de apoio de terceiros (SILVA;

DALTRÁRIO, 2008). Profissionais fisioterapeutas são aliados no cuidado da

criança com sequela da paralisia cerebral para dar acompanhamento à criança

e, orientar, no domicilio, os pais e familiares, e assim incluí-los no processo de

reabilitação (LUNA et al., 2018). A atenção ao cuidador é relevante, pois se

trata de um processo complexo, que visa melhorar as condições de saúde

física, emocional e social, haja vista as dificuldades em terem apoio para

divisão de tarefas e o tempo necessário dispensado no cuidado da criança

(NOHARA et al, 2017). O acumulo de responsabilidade se tarefas do cuidador,

além da dedicação permanente produzem dor e sobrecarga física e emocional.

A adoção da postura adequada na movimentação da criança é um dos

aspectos de promoção do cuidado que contribui para diminuir a sobrecarga do

cuidado para o cuidador familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados

obtidos neste estudo fornecem informações relevantes sobre o impacto das

limitações no desempenho das atividades funcionais de mobilidade da criança

com paralisia cerebral. A promoção do cuidado deve integrar um olhar amplo

dos profissionais de saúde em acompanhar a criança com paralisia, seus

familiares e cuidadores, fornecendo apoio, orientações, e encaminhamentos

necessários, integrando-os ao plano de reabilitação no cenário o mais próximo

do domicilio, onde as dificuldades da rotina diária estão presentes. Cabe aos

profissionais envolvidos estreitar relações com as famílias, melhorando vinculo

e desenvolvendo ações de cuidado com qualidade. Entre as implicações para a

prática da enfermagem a importância em reconhecer às fragilidades na rede de

suporte da criança com paralisia cerebral, e encorajar a família a buscar apoio

e articulação com serviços de saúde para que receba os recursos e apoio para

enfrentamento dessa situação.

DESCRITORES: Paralisia cerebral. Desempenho funcional. Promoção de

cuidado.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Judilita Teresa de Melo; RODRIGUES, Nyedja Menezes; SILVA,

Lícia Vasconcelos Carvalho da; de OLIVEIRA, Daniella Araújo. Qualidade de

vida das mães de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Fisioter

Mov., v.23,n.3, p:389-97, 2010.

FREITAS, Patrícia Martins et al. Relação entre o estresse materno e a inclusão

escolar de crianças com paralisia cerebral. Arq Bras Psicol., v.57, n.1, p:46-

57, 2005.

FERREIRA, José Hernevides Pontes; AMARAL, João Joaquim Freitas do;

LOPES Márcia Maria Coelho Oliveira. Equipe de enfermagem e promoção do

cuidado humanizado em unidade neonatal. Rev Rene., v.17;n.6; p. 741-9,

2016.

LIMA, Nayda Babel Alves de. Importância da mobilidade para tetraplégicos e

paraplégicos: implementação dos conhecimentos de enfermagem no cuidar

multidimensional. J. res.: fundam. care. v9,n.1, p: 289-29, 2017.

LUNA , Marcela Medeiros de Araujo et al. O acompanhamento fisioterapêutico

de crianças com sequelas de paralisia cerebral atendidas no NASF do

município de alagoa nova. Revista Cuidado é Fundamental , v.10, n.3, p. 70-73,

2018.

MARQUES, Joana Mendes; SÁ, Luis Octávio. A Alimentação da criança com

paralisia cerebral: dificuldades dos pais. Revista de Enfermagem Referência,

Série IV, n. 11, 2016.

MACINI, Marisa C et al. Comparação do desempenho de atividades funcionais

em crianças com desenvolvimento normal e crianças com paralisia cerebral.

Arq Neuropsiquiatr, v.60, n.2,p. 446-452.

MORAES, Carolliny Christiny; DEZOTI, Ana Paula. A busca da família para a

promoção do cuidado da criança com paralisia cerebral: uma revisão da

literatura. Anais do EVINCI – UniBrasil, Curitiba, v.3, n.1, p. 339-339, out. 2017.

NOHARA, Soraya Sayuri Braga et al. Atuação fisioterapêutica na sobrecarga

física e dor de cuidadores de crianças com paralisia cerebral. Rev Bras Promoç

Saúde, v.30, n.4, p. 1-7, 2017.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS ÀS MULHERES NO

CLIMATÉRIO

Giovana Maria Machado Mendes1, Ingrid Mayara Teixeira1, Lucian Ricardo da

Costa 1, Natália Pasquini de Souza1, Tainara Marques Paezinho1, Kátia Renata

Antunes Kochla2

INTRODUÇÃO: O climatério, segundo a Organização Mundial da Saúde

(OMS), é a fase biológica que toda mulher passa, geralmente entre a faixa

etária de 48 a 50 anos, a qual compreende a transição do período reprodutivo e

o não reprodutivo, sendo a menopausa um dos marcos dessa fase, que

representa o último ciclo menstrual após 12 meses. Esta, ocorre devido à

queda da produção de hormônios como estrogênio e progesterona, que

culmina na ausência da menstruação. Apesar de existir muitas mulheres que

passam por esse processo sem relatar queixas ou sentirem necessidade de

fazer uso medicamentoso, isso não isenta a necessidade de se realizar um

acompanhamento médico, para um diagnóstico precoce, tratamento e

prevenção aos agravos do estágio. Já as mulheres que apresentam os

sintomas, segundo estudo, estão divididas em manifestações intensas,

moderadas e suaves (COSTA et al, 2015). Sendo esses sintomas tais como

ondas de calor, insônia, secura vaginal, artralgia (dor em articulação),

diminuição de libido e mudanças no estado de humor (HORMAZA-ÁNGEL et al,

2017). Com isso, problemas biopsicossociais vão se fazendo presente no

cotidiano dessas mulheres, sendo assim, necessário que as mesmas recebam

ajuda de profissionais de diversas áreas da saúde, como no caso, dos

enfermeiros, para que possam manejar os sintomas e receber apoio emocional

físico. JUSTIFICATIVA: A razão pela qual esse tema foi definido, decorreu da

nossa preocupação como acadêmicos de enfermagem relacionados ao bem-

estar físico, emocional e social das mulheres nesse período. A aproximação

1Acadêmicos da 2a série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-PR. E-mails:[email protected]; [email protected]; [email protected] Tel: (41) 99989-7133;[email protected]; [email protected]; 2Mestre em Enfermagem pela UEM-PR, Doutora em Enfermagem pela UFPR, enfermeira da PrefeituraMunicipal de Araucária e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, contato:[email protected]

com o tema possibilita conhecer e estabelecer possíveis melhorias no cuidado

de enfermagem as mulheres nessa fase. OBJETIVO: Realizar revisão de

literatura sobre a produção científica sobre os problemas que afetam as

mulheres no climatério. METODOLOGIA: A realização dessa pesquisa, seguiu

tais etapas básicas: elaborar o tema do estudo; realizar a pesquisa

bibliográfica; organizar os dados coletados; apresentar e divulgar a revisão. Na

escolha do tema originou-se a partir da questão norteadora: Como acontece a

assistência de Enfermagem climatério? A pesquisa foi feita através do

levantamento bibliográfico realizado na plataforma de dados Biblioteca Virtual

em Saúde (BSV), abrangendo as seguintes bases de dados da área da saúde:

BDENF (Base de Dados de Enfermagem); LILACS (Literatura Latino-

Americana e do Caribe em Ciências de Saúde). Foi utilizada terminologias

consultadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs/Bireme), que são:

Enfermagem, Climatério, Saúde da Mulher. A busca avançada foi filtrada

somente em publicações correspondendo ao período de 2009 a 2016, reunindo

dois descritores simultaneamente, idênticos à primeira busca. A seleção foi

realizada mediante leitura de todos os resumos. Os critérios de inclusão para

seleção da amostra foram: Artigos nacionais e internacionais (inglês e

espanhol), que abordassem a atuação da enfermagem nos cuidados com a

saúde da mulher no climatério. Com a pesquisa bibliográfica ocorrida em

setembro de 2018, obteve-se uma amostra de 167 artigos, excluídos artigos

que não falavam dos cuidados da enfermagem no climatério, obteve-se a

localização da amostra inicial de 38 artigos. Depois se fez uma leitura seletiva

com abrangência a todos os artigos na íntegra. A partir desta leitura foram

excluídas todas as pesquisas irrelevantes ao tema de estudo. Em seguida já

com a amostra final determinada em 11 realizou-se a leitura, em que se

identificaram os artigos que apresentavam o tema de forma objetiva e

sintetizando-os. Levaram-se em consideração os aspectos mais explorados

pelos autores selecionados. Após os dados foram organizados em temas: a)

falhas nas ações e abordagens na atenção básica; b) identificação das

demandas das mulheres no climatério; c) medicalização e ideia de doença do

processo; d) responsabilidade da atuação do enfermeiro; d) Cuidados de

enfermagem. Na apresentação dos resultados foram elucidadas, as

informações de cada estudo de modo descritivo. RESULTADOS: Na análise

dos artigos encontrados, verificou-se que o período climatérico ocupa um terço

da vida da mulher, sendo de grande importância a atenção específica e

adequada. Podemos ver que esse processo, é um assunto pouco abordado

pelos profissionais de saúde, pouco conhecido pelas mulheres que estão na

faixa etária do processo quando procuram as unidades básicas de saúde,

sendo a maior demanda, por ações curativas, pela leitura dos artigos, pode-se

concluir que o foco de maior importância deveria estar na prevenção de

sintomas e promoção de saúde da mulher e não está. Fica claro ainda, a falta

de orientação por parte dos profissionais de saúde, sendo que a fase do

climatério merece uma maior atenção, com mais atividades e atenção voltadas

à assistência da mulher no período (FERNANDES 2016). Em relação as

atividades e ações de saúde para mulheres dos 45 aos 60 anos, observou-se

uma grande falha da atenção básica, pois há ausência de diretrizes específicas

para esse grupo, pois segundo Garcia (2013), há o reconhecimento das

demandas específicas dessa faixa etária, mas não há ações dirigidas para

esse grupo, pois as prioridades são assistência em planejamento sexual,

reprodutivo e gestantes. Há ainda, pouco espaço para escuta de queixas e

demandas de mulheres nessa faixa etária, que se apresentam no climatério. A

medicalização do corpo feminino acontece também nesse período, onde se

tem usado hormônios. Isso se deve, além da questão do controle dos sintomas,

pois na maioria das vezes, o climatério é visto como doença, porém é um ciclo

natural da fisiologia da mulher que se fecha, trazendo transformações e

mudanças fisiológicas e psicológicas para a mulher. Assim, o enfermeiro, deve

saber associar as informações, práticas e saberes para que a mulher possa ter

um bom convívio com essa fase natural que é o climatério (OLIVEIRA, 2013).

Segundo Paulo Freire (2012), a enfermagem tem como maior centro de

cuidado trazer alegria, prazer e conforto. O diálogo é uma das principais formas

de trazer conhecimento, fazendo com que a paciente participe, ampliando com

essa mulher, outras formas de conhecimento do climatério, como o que o

sujeito consiga formular a sua pergunta e ele mesmo busque sua resposta. Já

o autocuidado é mencionado como importante nesse período, a aplicação do

referencial teórico da Orem no processo de enfermagem, pode também

melhorar o cuidado e atenção (MOLINA e SUAZO, 2009). A relação entre o

enfermeiro e o cliente tem princípios éticos, quando ensinamos precisamos

levar em consideração a cognição, o afetivo e o psicomotor, que são domínios

fundamentais no processo da aprendizagem (LOPES, 2013). É importante que

seja guardado em sigilo as informações do paciente, respeitando e ouvindo o

que ele tem a dizer, todo esse processo faz parte do acolhimento o qual é

muito importante para que o tratamento tenha o sucesso esperado, resgatando

a história, queixas principais e necessidades do paciente no climatério (VIDAL,

2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através da pesquisa, notou-se uma

escassez de informações a respeito do assunto, e que na disciplina de Saúde

da Mulher, o tema não tem sua devida importância o suficiente para formar

profissionais que reconheçam a necessidade de uma assistência específica de

mulheres no climatério (BELTRAMINI, 2010). CONTRIBUIÇÕES PARA A

SAÚDE: O climatério é um período em que o organismo da mulher está em

processo de mudanças e precisa de atenção especial, tendo a enfermagem um

papel muito importante nesse processo, por esse motivo a realização dos

estudos e pesquisas relacionadas ao fim do ciclo reprodutivo são muito

importantes, trazendo muitas contribuições para as práticas assistenciais na

saúde da mulher.

DESCRITORES: Enfermagem, Climatério, Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS

Oliveira, A.M.M.; Evangelista, C.B.; Gouveia, E.M.L.; Costa, K.C.; Lopes,

M.E.L.; Costa, S.F.G.; Assistência à mulher no climatério: discurso de

enfermeiras. Rev enferm UFPE on line., Recife, mar., 2013.

Vidal, C.R.P.M.; Rodrigues, D.P.; Miranda, K.C.L.; Pinheiro, P.N.C.; Mulher

climatérica: uma proposta de cuidado clínico de enfermagem baseada em

ideias freireanas. Rev. bras. enferm. Vol.65 no.4 Brasília July/Aug. 2012.

Costa, A.M.; Nakano, A.M.S.; Cavalcanti, A.M.T.S.; Alves, E.R.P.; Dias, M.P.;

Bezerra, S.M.M.S. Climateric: intensity of symtoms and sexual

performance. Texto contexto – enferm. Vol.24 no.1 Florianópolis Jan./Mar.

2015.

Marín-Castro, A.E.; Cardona-Vélez, J.; Molina-Valencia J.; Lopera-Valle, J.S.;

Jaramillo-Jaramillo, L.I.; Martínez-Sánchez, L.M.; Rodríguez-Molina, L.M.;

Rodríguez-Gázquez, M.A.; Hormaza-Ángel, M.P.; Vargas-Grisales, N.; Rojas-

Jiménez, S. Características clínicas de mujeres menopáusicas de una

clínica privada de la ciudad de Medellín, Colombia. Ginecol. obstet. Méx.

Vol.85 no. 4 Ciudad de México abr. 2017

Molina, A.S.; Suazo, S.V.; Aplicação da Teoria de Orem em intervenções

durante a gestação e climatério. Rev. bras. enferm. Vol. 62 no. 4 Brasília

July/Aug. 2009.

REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES

UTILIZADOS EM CIRURGIAS CARDIOTORÁCICAS

Narjara dos Santos¹, Denise Faucz Kletemberg²

INTRODUÇÃO: Os produtos médico-hospitalares descartáveis ou de uso único

são definidos como aqueles que após o uso, perdem as características originais,

podendo ser utilizados apenas uma única vez. Já produtos de uso único passíveis

de reprocessamento e reuso são aqueles que mesmo após o uso em um

paciente, podem ser reutilizados após a sua limpeza, desinfecção, esterilização e

preparo que não perdem as suas características originais (ANVISA, 2004). O guia

do Food and Drug Administration dos Estados Unidos da América (FDA-USA)

(2000), descreve os materiais de uso não críticos, como aqueles que entram em

contato com partes da pele íntegras, necessitando assim apenas uma limpeza

com água, degermantes e fricção entre o uso em um paciente e outro. Os

semicríticos são materiais que entram em contato com mucosas colonizadas ou

até uma pele não íntegra. Essa categoria deve passar pela pré lavagem e

esterilização. Os denominados críticos que são aqueles que entram em contato

direto com tecidos humanos não colonizados, logo são considerados estéreis,

sendo de alto risco de transmissão de infecção quando contaminado com

microrganismos, desta forma é obrigatório a passagem por uma limpeza prévia,

desinfecção e esterilização. Nesta categoria também, deverão ser estabelecidas

na Central de Materiais Esterilizados (CME), rotinas claras de descontaminação,

devendo ser feita a limpeza, desinfecção ou esterilização e sempre ocorrendo a

monitorização da performance do material reutilizado e seus critérios para

descarte. Sendo usada como base o fluxograma de reesterilização e o reuso,

podem ser autorizados desde que haja uma certeza de sua funcionalidade e

integridade. (BULGARELLI; BASTOS; GRAZIANO, 2015). Em cirurgias cardíacas

a esternotomia longitudinal é a incisão usada pelos cirurgiões para a chegada no

¹ Acadêmica da 2° série de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected]; Contato: (41) 9 9566-8742;² Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade

Positivo. [email protected]

coração. Neste procedimento é usada uma serra com a lâmina de aço

inoxidável, que se caracteriza por ter uma configuração simples, não

apresentando espaços internos e seu material sendo de aço. (BULGARELLI;

BASTOS; GRAZIANO, 2015) Já os cateteres cardíacos angiográficos são feitos

de polímeros maleáveis, apresentam ramificações e ligações cruzadas

(LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA, 2010). Ambos os materiais em suas

embalagens encontra-se indicado pelos fabricantes que sejam de uso único.

JUSTIFICATIVA: A importância de conhecer os processos que vêm sendo

utilizados em reprocessamentos de materiais, para discussões quanto a

segurança do paciente, mediante a infecções e agravos. OBJETIVO:

Descrever práticas de reutilização de lâmina de esternotomia e cateteres

cardíacos angiográficos rotulados como de uso único passíveis de

reprocessamento em cirurgias cardiotorácicas publicadas em literatura

brasileira. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de

agosto de 2018, por meio de pesquisa eletrônica, consultando-se o banco de

dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scielo, com os descritores

Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Reutilização de Equipamento.

Foram critérios de inclusão: publicações no período de 2010 a 2018, no idioma

português e inglês, sendo excluídas publicações que não contemplavam a

temática do estudo. RESULTADO: Os achados permitem inferir que deve-se

sempre seguir uma rotina, para que ocorra uma inspeção tanto visual quanto

física para todos os materiais de uso único passíveis de reprocessamento, pois

alguns deles como a lâmina de esternotomia após inspeções verificou-se que

se mantém íntegra (BULGARELLI; BASTOS; GRAZIANO, 2015), porém

materiais como os cateteres angiográficos após testes, foi comprovado que a

partir do quarto reprocessamento começam a surgir micro fissuras, podendo

assim gerar infecções e agravos ao paciente (LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA,

2010). Utilizando como base o fluxo da FDA e as suas classificações tanto a

lâmina de esternotomia quanto os cateteres de angioplastia cardíaca são

considerados materiais de artigo críticos, pois entram em contato direto com o

tecido humano estéril. A lâmina para esternotomia é um material sólido, sem a

presença de espaços internos desta forma é possível uma limpeza segura, por

meio de uma fricção em toda a sua superfície e dentes, podendo ocorrer a

esterilização sem nenhum agravo. Porém os cateteres angiográficos

apresentam uma difícil limpeza interna, inspeção e pouca durabilidade, por

serem feitos de polímeros e precisando assim de esforços para a limpeza e

preparo do material para esterilização (LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA, 2010).

Entretanto a Resolução n° 2.606 da ANVISA (2006) estabelece normas para a

validação e implementação dos protocolos de reprocessamento, para controle

do número máximo de reprocessamentos. Entretanto não está especificado os

métodos de validação e também não estabelece o número de

reprocessamentos seguros dos materiais. Após o uso do material, como

exemplo o cateter angiográfico, deve-se fazer testes para a avaliação dos

riscos potenciais que podem causar aos pacientes, esses testes podem ser de

hemo e biocompatibilidade, teste de tração, torção, flexibilidade, endotoxinas e

esterilização para ver se há infecções e um teste visual para ver se não há

presença de fissuras, manchas, rugosidades e deterioração (LUCAS;

BARBOSA; OLIVEIRA, 2010). Com a grande vantagem econômica presente

neste reprocessamento, também surgem benefícios em âmbito ambiental, para

a redução de poluição, com aterros de lixo, incinerações e descarte de

produtos em lugares indevidos. Em contrapartida, o reprocessamento de

materiais de uso único pode gerar riscos ou até problemas atingindo o paciente

diretamente, como infecções, contribuindo com o aumento dos riscos de

eventos adversos. Quando esses reprocessamentos ocorrem sem o

acompanhamento para a validação e comprovação de sua funcionalidade,

pode ocorrer algum agravo ou infecção ao paciente. CONCLUSÃO: As práticas

de reutilização de lâmina de esternotomia e cateteres cardíacos angiográficos

de uso único passíveis de reprocessamento, utilizados em cirurgias

cardiotorácica, mostrou-se com eficácia duvidosa segundo a literatura. Como

respaldo legal, o fabricante do material indica na embalagem como sendo

material de uso único e fica a critério da instituição de saúde decidir se ocorrerá

a reesterilização ou não. CONTRIBUIÇÕES PARA SAÚDE: Evidencia-se a

necessidade de melhor controle, vigilância e a necessidade de maior

implementação de normas claras e atualizadas referente os materiais médico-

hospitalares de uso único em cirurgias cardiotorácicas.

DESCRITORES: Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Reutilização de

Equipamento; Segurança do Paciente.

REFERÊNCIA:

1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Consulta Pública n°17,

11 de março de 2004, publicada no D.O.U. de 22 de dezembro de 2000.

Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B6781-1-

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3. LUCAS, Thabata Coaglio; BARBOSA, Marcos Pinotti; OLIVEIRA, Adriana

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de-2006> Acessado em: 15 de maio de 2018.

ADAPTAÇÃO DO INDIVÍDUO COLOSTOMIZADO NA PERSPECTIVA DE

CALLISTA ROY

Beatriz Marques Mendes 1

Dra. Denise Faucz Kletemberg 2

INTRODUÇÃO: As condições clínicas que levam à realização de uma ostomia

intestinal estão relacionadas às patologias benignas ou malignas do órgão e

são muito comuns em oncologia. O câncer colorretal abrange tumores que

acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto, na maioria dos

casos, curável, o tratamento por procedimento cirúrgico são denominadas

colostomias e são realizadas em menos de 33% dos pacientes com câncer

colorretal. A colostomia é a criação cirúrgica de uma abertura (i.e., estoma) no

cólon. Pode ser criada como desvio fecal temporário ou permanente. Que

possibilita a evacuação do material colônico para fora do corpo.

(BRUNNER,pag 1105-1107). O Instituto Nacional do Câncer (INCA), relata que

a estimativa de novos casos chega a cerca de 36.360, sendo 17.380 homens e

18.980 mulheres no ano de 2018. O Sistema de Informação sobre Mortalidade

em 2013, relatou que o número de mortes por câncer colorretal, foi de 15.415;

sendo 7.387 homens e 8.024 mulheres. (INCA, 2018). É perceptível as

mudanças ocorridas no modo de vida do paciente, resultantes da realização de

uma ostomia intestinal. Devido as alterações corporais, o indivíduo tende a ter

dificuldades de enfrentar as mudanças que ocorrerão, durante todo o período

Perioperatório, pois, além de ocorrer transformações no campo fisiológico,

atingem também o campo emocional, psicológico, e social. Desse modo, os

profissionais de Enfermagem, como educadores, têm o papel fundamental no

enfrentamento e na adaptação desse indivíduo. A assistência de enfermagem

requer a implementação de teorias, para a formação de um conhecimento mais

reflexivo, e uma base cientifica que corrobora para o aprimoramento das

habilidades técnicas-práticas estabelecidas no plano de cuidado ao paciente

1Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected]. Telefone (041) 99263-6164

2Docente no curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected]

colostomizado. Nesta perspectiva, encontramos diversas teorias de

enfermagem, destaca-se a Teoria de Callista Roy ao entender a pessoa como

um ser adaptativo e holístico. Ela considera a promoção da adaptação dos

indivíduos e grupos o objetivo da enfermagem, que atua nos quatro modos de

adaptação (modo adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito,

interdependência ou desempenho de papel). (KAMIYAMA, Y, 1984). Desse

modo, surge a necessidade refletir sobre a Teoria de Callista Roy e o cuidado

de enfermagem à pessoa com colostomia, relacionando ao uso da bolsa

coletora. De forma a contribuir na adaptação desse indivíduo, dado que sua

condição exige uma resposta adaptativa às novas condições de saúde.

JUSTIFICATIVA: O indivíduo ao receber o diagnóstico para realização de uma

ostomia tem dificuldades de enfrentar as mudanças que ocorrerão nessa nova

fase da vida, com medos e receios, que vão desde a rejeição da família e

amigos, às barreiras para reintegração social. E o profissional de Enfermagem

participa efetivamente do enfrentamento e adaptação desse paciente.

OBJETIVO: Descrever a adaptação do indivíduo submetido à uma ostomia, na

perspectiva de Calista Roy. METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado sob a

forma de revisão bibliográfica buscando reunir e avaliar informações obtidas de

trabalhos publicados em diversos tipos de veiculação de pesquisa científica

como, artigos e monografias que fizessem referência ao tema ‘Autoimagem de

pacientes com colostomia”. Com base nesse contexto, buscou-se identificar a

produção teórica nacional em bases de dados online que tratassem do tema

proposto. O levantamento bibliográfico foi realizado pela Internet, por meio da

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a escolha dos artigos foram utilizados

os seguintes descritores: Qualidade de vida, Colostomia/ Métodos, colostomia,

enfermagem, autoimagem. Os critérios de inclusão da amostra foram artigos

publicados nos últimos sete anos, online e em língua portuguesa. Por meio dos

descritores mencionados, foram encontrados 231 artigos em língua

portuguesa, e 105 artigos em texto completo e disponibilizados on-line.

RESULTADOS: Ao abordar as questões da adaptação do indivíduo

colostomizado, é possível identificar nos relatos, distúrbio das funções

psicológicas como, sentimentos de estigma, solidão, pensamentos suicidas,

depressão, perda da autoestima e alteração da autoimagem. O enfermeiro

contribui de forma significativa, na construção de novas formas e

possibilidades, em que não se sintam tão diferente e distante de seus antigos

padrões. A teoria do Autocuidado revelou-se como base para o cuidar que

propiciou a comunicação terapêutica entre a enfermeira e a paciente,

adequando-se a sua problemática (Sampaio F.A.A, Aquino P.S , Araújo T.L,

Galvão M.T.G). CONSIDERAÇÕES FINAIS: As complicações causadas pela

colostomia, podem ter consequências fisiológicas, abalos psicológicos e

emocionais. Por isso, ressalta-se o papel fundamental do enfermeiro durante o

período operatório, também no decorrer na hospitalização e do pós-operatório,

bem como no decurso da recuperação desse indivíduo, na tentativa de

proporcionar a adaptação e superação das mudanças ocorridas. ( Sampaio

F.A.A., Aquino P.S., Araújo T.L, Gimenez M.T, 2008). CONTRIBUIÇÕES PARA

SAÚDE: Por tudo isso, a relevância deste estudo repousa na importância da

visão de Callista Roy no atendimento ao paciente submetido á uma colostomia,

visto que nessa condição se faz necessário entender os hábitos de reflexão e

desenvolvimento do paciente, suas percepções e atitudes em relação aos

sentimentos e emoções, demonstrados nas mais diversas situações, após as

mudanças fisiológicas, e da autoimagem. A enfermagem juntamente com a

equipe multidisciplinar deve buscar o trabalho interdisciplinar, pois podem

propor um plano terapêutico para a adaptação do paciente, e através do

acompanhamento irão verificar os resultados e a melhora estimada de sua

própria visão.

DESCRITORES: Qualidade de vida; enfermagem; autoimagem; colostomia;

colostomia/métodos.

REFERÊNCIAS:

BRUNNER & SUDDARTH, Tratado de enfermagem médico/cirúrgica;

[tradução PAULO A.F.D, FIGUEIREDO J.E.F, VOEUX P.L] – Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2011.

Instituto Nacional Do Câncer, Estimativa Câncer Colón e Reto, 2018.

Disponível em:

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colorretal

Acesso em: 15/08/2018.

KAMIYAMA, Y. Teorias de enfermagem - Conferência internacional. Rev. Esc.

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http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-199.pdf

Acesso em: 20/08/2018.

Cesaretti I.U.R; Santos V.L.C.G ; Vianna L.A.C. Qualidade de vida de pessoas

colostomizadas com e sem uso de métodos de controle intestinal. Rev.

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http://www.scielo.br/scielo.php?

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71672010000100003 Acesso em: 20/08/2018

Batista M.R.F.F; Rocha F.C.V; Silva D.M.G; Júnior F.J.G.S. Autoimagem de

clientes com colostomia em relação à bolsa coletora. Rev. bras.

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enfermagem a paciente com colostomia: aplicação da teoria de Orem.

Acta Paul Enferm 2008;21(1):94-100. Disponível em :

http://www.scielo.br/pdf/ape/v21n1/pt_14.pdf/ Acesso em: 28/08/2018.

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE

LESÕES POR PRESSÃO

Deborah Walter Train1, Luís Felipe Souza Dias 2, Helen Cristina Goll de Paula3,

Ingrid Caroline Canestraro4, Letícia Torres de Souza5, Giovanna Batista Leite

Veloso6

INTRODUÇÃO: A lesão por pressão (LP) é uma complicação devido ao apoio

do peso do próprio corpo durante um longo período na mesma posição e pode

surgir a partir da combinação de fatores mecânicos, bioquímicos e fisiológicos

intrínsecos ou extrínsecos (FIGUEIRA, BACKES, KNIHS 2018). O tratamento

desta problemática é um dos grandes desafios das equipes de saúde, em

especial para o Enfermeiro, que gerencia o cuidado de toda a equipe de

enfermagem e está diretamente envolvido com as ações de prevenção e

tratamento. Malagutti (2015) destaca ainda que a LP resulta da pressão

prolongada aplicada sobre determinada área que leva a uma cadeia de eventos

celulares e vasculares que determinam à necrose tecidual. As LP podem atingir

não apenas a pele em uma ou mais camadas, mas também tecido muscular,

tendões, nervos e ossos e é classificada conforme o grau de dano observado

na pele, tecido subcutâneo, músculos, articulações e ossos (MOREIRA,

ALCÂNTARA, 2009). A LP prolonga a hospitalização, dificulta a recuperação do

paciente e pode aumentar o risco do desenvolvimento de outras complicações

em relação à saúde, por isso deve ser motivo de preocupação de toda a equipe

de enfermagem, que deve direcionar seus cuidados para a diminuição destes

riscos, orientando também a família quanto à prevenção no seu domicílio e

tratamento quando este recebe alta hospitalar. JUSTIFICATIVA: as lesões por

pressão, podem ser evitadas se todos os profissionais da enfermagem

seguirem adequadamente as medidas e protocolos de prevenção nos hospitais

1Acadêmicos da 1ª série de Graduação de Enfermagem da Universidade Positivo: [email protected] (41) [email protected] (41) [email protected] (41) [email protected] (41) [email protected] (41) 9760-38846Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.

e as unidades de saúde. Dessa maneira evitar as LP, tornou-se extremamente

importante para o paciente ter uma melhor qualidade de e conseguir se

recuperar o mais rápido possível, neste contexto destaca-se a educação em

saúde como parte do processo de assistência ao paciente. O papel do

enfermeiro vai muito além de somente prestar acolhimento ao enfermo e sim

também as questões como; reabilitação, prevenção e recuperação da saúde e

bem estar do paciente. OBJETIVO: Identificar na literatura científica nacional o

papel do enfermeiro na prevenção e tratamento de lesões por pressão.

METODOLOGIA: Para o desenvolvimento da pesquisa optou-se por seguir as

etapas de uma Revisão Integrativa: Identificação do tema e seleção da

hipótese ou questão de pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e

exclusão de estudo; Definição das informações a serem extraídas dos estudos

selecionados; Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa;

Interpretação dos resultados; Apresentação da revisão (MENDES, SILVEIRA e

GALVÃO, 2008). Para o estudo foram utilizados artigos voltados à temática

pesquisada, publicados no Brasil. Foram definidos como critérios de inclusão:

artigos na íntegra, publicados no Brasil, em língua portuguesa, disponíveis

online, nos anos de 2008 a 2018. Foram excluídos todos os que não

atenderam aos critérios de inclusão. A Biblioteca Virtual em Saúde foi utilizada

para a seleção dos artigos e a busca dos estudos ocorreu nos meses de

agosto e setembro de 2018, com a associação dos descritores: lesão por

pressão and enfermeiro. RESULTADOS: a lesão por pressão de 1º grau é

ocasionada quando ocorre a hiperemia da pele intacta juntamente sobre uma

área composta de ossos. 2º grau ocorre perda parcial da espessura da derme.

De coloração vermelha e também poderá apresentar o aspecto de bolha. 3º

grau ocorrerá perda de tecido, não terá exposição do osso, tendão ou

quaisquer músculos do corpo. 4º grau, acontecerá uma perda de forma total,

músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. O enfermeiro deverá adotar as

seguintes medidas afim de prevenir qualquer lesão por pressão futuramente

(SOBEST, 2016). A alteração de mudança de decúbito, higiene corporal

adequada, uso de óleos é indicado para prevenção e tratamento de escaras,

que atualmente é chamado de lesão por pressão de 1º, 2º, 3º ou de 4º grau

(SOBEST, 2016). Segundo Rodrigues, Sousa e Silva (2008) apontam alguns

fatores de risco para o desenvolvimento das LP, como a idade a avançada do

paciente, pois o idoso tem o sistema imunológico mais comprometido e o

processo de cicatrização é mais lento se ocorrer alguma qualquer lesão em

pele ou anexos. No entanto Miyazaki, Caliri e Santos 2010 destacam que os

profissionais de enfermagem precisam sempre atualizar seus conhecimentos

no cuidado com as LP, pois a avaliação da lesão por pressão é fundamental

para o tratamento de forma adequada para com o paciente, e esta deve ser

realizada de forma adequada, baseada em conhecimentos científicos sobre o

tema. O olhar linear e cuidadoso do profissional de enfermagem é estritamente

essencial para determinar o tratamento correto e promover o melhor cuidado a

cada caso. CONCLUSÃO: Observa-se que a literatura científica apresenta

diversos aspectos do papel do enfermeiro frente a prevenção e tratamento das

LP. Destaca-se a importância de seguir os protocolos corretamente para

prevenir possíveis lesões e avaliar qual o tratamento mais indicado que será

realizado conforme o caso do paciente e o grau da lesão. E ainda que o

enfermeiro é o profissional que irá gerenciar e supervisionar todo o cuidado

prestado ao paciente, por isso deve buscar sempre ampliar seus

conhecimentos, com vista na prestação de um cuidado de qualidade, que

permita uma melhor qualidade de vida ao ser cuidado.

CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: estudos que

enfatizam o papel do enfermeiro levam a reflexão sobre a atualidade da

profissão, assim como sobre novas técnicas e medidas necessárias para o

aprimoramento da assistência de enfermagem. Ressalta-se a problemática da

ação do enfermeiro frente as LP, pois o profissional deve estar atento deste a

recepção do paciente no ambiente hospitalar até sua alta, atuando por meio da

educação em saúde e assistência diferenciada.

DESCRITORES: lesão por pressão, enfermagem, promoção da

saúde.

REFERÊNCIAS

MALAGUTTI, W. Feridas: conceitos e atualidades. 2a Ed. São Paulo, Martinari,

2015.

MENDES, K. D. D, SILVEIRA, R. C. C. P, GALVÃO, C. M. Revisão integrativa:

método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na

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Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

07072008000400018 > Acesso em: 13/08/2018

MOREIRA T.M.M., DE ALCÂNTARA M.C.M. Enfermagem em estomaterapia:

cuidados clínicos ao portador de úlcera venosa. Rev Bras Enferm, Brasília

2009, nov-dez; V. 62, N. 6, P. 889-93. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n6/a14v62n6 > Acesso em: 10/08/ 2018.

SOBEST. Associação Brasileira de Estomoterapia. Classificação das lesões por

pressão – consenso NPUAP 2016 – Adpatada culturalmente para o Brasil.

Disponível em: <http://www.sobest.org.br/textod/35 > Acesso em: 10/08/ 2018

FIGUEIRA, T. N.; BACKES, M.T.S.; KNIHS, N.S. Elaboração de um guia de

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pressão

Cuidado é Fundamental, v. 10, Número Especial Fórum Nacional de Mestrados

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<http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/7683/665.

> Acesso em: 21/08/2018.

RODRIGUES, M.M; SOUZA, M.S; SILVA, J.L. Sistematização da Assistência de

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<http://www.redalyc.org/html/4836/483648981013/.> Acesso em: 22/08/2018.

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Profissionais de Enfermagem Sobre Prevenção da Ulcera por Pressão. Rev.

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<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n6/pt_22.> Acesso em: 22/08/2018.

PRÁTICAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA ALIVIO DA DOR EM UTI

NEONATAL

Ana Julia Niejelski 1; Andrezza Miranda1; Erica Rodrigues1; Thalina Silva1;

Naraiane Costa1; Stefany Caroline Belo1; Denise Faucz Kletemberg2

INTRODUÇÃO: A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável

associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo

aprende a utilizar esse termo através das suas experiências, no entanto no que

diz respeito ao recém-nascido (RN), a avaliação da dor é considerada um

desafio, devido à ausência de comunicação verbal e aos diferentes níveis

cognitivos desses clientes, tornando-os incapazes de relatar a dor que sentem,

até mesmo por não terem experiências prévias de eventos dolorosos

(BOTTEGA et al., 2014). Nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), os

neonatos são submetidos a estímulos dolorosos resultantes de inúmeros

procedimentos invasivos, tanto diagnósticos quanto interventivos (Marcondes C

et al.2017). Esses procedimentos têm possibilitado a sobrevida de neonatos

criticamente doentes, no entanto, procedimentos como coleta de sangue por

punção arterial, venosa ou de calcâneo, inserção de cateter central, cânula

traqueal e dreno torácico e retirado cutânea de fita adesiva, causam dor

(Carbajal R et al.2008).Nesse cenário, evidencia-se a importância do choro na

identificação da dor. A expressão de dor no recém-nascido, após um estímulo

doloroso, é caracterizada pela emissão do choro em conjunto de modificações

faciais e corporais, além de reações fisiológicas de intensidade e

características variáveis (Medeiros R.2018). JUSTIFICATIVA: Sendo assim

acredita-se ser de suma importância que a equipe de enfermagem que presta

cuidados aos RN, busque medidas que diminuam o sofrimento e a dor dos

mesmos. Portanto, deve-se enfatizar a humanização ao assistir estes, sendo

1Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected] (41) [email protected]@[email protected]@[email protected] em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected].

capaz de reconhecer as mudanças comportamentais e fisiológicas, para

administrar o tratamento adequado à dor (Farias LM et al. 2011). OBJETIVO:

Identificar as intervenções que visem minimizar a dor de neonatos em unidades

de terapia intensiva. MÉTODOS: Revisão bibliográfica realizada durante o mês

de setembro de 2018, através da pesquisa via eletrônica, consultando-se a

base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos banco de dados:

Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base

de Dados de Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de Busca e Análise de

Literatura (MEDLINE). Foi utilizado o cruzamento dos descritores: dor and

neonatologia. Os critérios de inclusão foram publicações no período de 2013 a

2018, no idioma português e inglês. A exclusão dos artigos seguiu os seguintes

critérios: percepção de dor em neonatos pela equipe de saúde e familiar;

estudos sobre critérios de avaliação de dor. RESULTADOS: Devido à

inabilidade dos neonatos ao expressar dor, o que indica comportamentos

fisiológicos seriam sinais de alerta quanto ao estímulo doloroso. Essas

alterações incluem mudança facial, movimentos bruscos ou leves feitos pelo

corpo e choro, cortisol salivar, frequência cardíaca alterada como arritmias,

hipertensão arterial, variação na saturação de oxigênio, entre outros. A equipe

de enfermagem, como uma das responsáveis, deveria não só estar atenta aos

sinais expressos pelos recém-nascidos, como também utilizar-se de métodos

para diminuir as agressões sofridas por estes. Alguns métodos não

farmacológicos utilizados pela equipe de enfermagem para o alívio da dor

seriam: evitar luz excessiva, protegendo a incubadora; evitar ruídos e barulhos

desnecessários; nos casos em que isso é possível amamentar o bebe

enquanto é coletado sangue para algum exame diminuindo o choro e evitando

o aumento da frequência cardíaca; segurar o bebê no colo; cantar, conversar

com ele e olhar nos olhos, ainda que seja em ambientes e momentos que não

permitam a presença dos pais, também são atitudes que ajudam muito. Dentre

as medidas não farmacológicas, estudos mostraram que todos os métodos

utilizados têm a mesma eficácia e não trazem risco de vida. O emprego da

sucção não nutritiva e solução glicosada (1 ml de solução a 25%) são alguns

dos mais utilizados. O primeiro pode ser feito com uma luva ou com o seio da

própria mãe, e o segundo impede que mais sinais de dor sejam liberados pelas

células nervosas do neonato. Já nos métodos farmacológicos, destacam-se os

anti-inflamatórios não-esteroidais opioides, sedativos e analgésicos locais. No

entanto, esse uso requer monitorização e vigilância quanto à administração¹.

Colocar os autores das frases. (Farias LM et al. 2011, Marcondes C et al.2017)

CONCLUSÃO: O trabalho em Neonatologia é um processo exaustivo e

permanente, com o objetivo de identificar falhas, fazer a revisão de todos os

processos, além de atualizações constantes, conduzindo a prática a fim de

garantir o bem-estar físico e emocional proporcionado pelo alívio da dor. A área

exige dos profissionais competência técnica e científica e crença na assistência

prestada sem perder de vista os direitos dos pacientes (Oliveira RM at al.

2011). A atuação da área de enfermagem deve ser com muito amor e cuidado

para só assim conseguirem perceber as expressões de dor dos neonatos.

CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: A enfermagem deve

promover a gestão do cuidado para identificação dos riscos e implementação

de estratégias adequadas para minimizar a dor em recém-nascidos internados.

Para tanto, faz-se capacitar a equipe a fim de conscientizar sobre a importância

do manejo da dor na assistência, garantindo um atendimento de qualidade e

humanizado (Oliveira RM at al. 2011). A enfermagem é fundamental na

observação, avaliação e ação para aliviar a dor.

DESCRITORES: Dor; Neonatologia; Enfermagem

REFERENCIAS:

BOTTEGA, Fernanda H. et al. Avaliação da dor em crianças e neonatos em

terapia intensiva. Rev. pesqui. cuid. fundam., Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 909-

917, jul./set. 2014. Disponível

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Oliveira RM, Silva AVS, Silva LMS, Silva APAD, Chaves EMC, Bezerra SC

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(impr.)2011 abr -jun; 15 (2):277-283.

A ORTOTANÁSIA COMO BENEFÍCIO AOS PACIENTES EM PROCESSO DE

TERMINALIDADE

Eduardo Fernandes 1, Felipe Dos Santos1, Francisco de Paula1, Josué da Silva1

Renato Eleutério Siqueira1, Luiz Claudio Sobrinho do Nascimento2.

INTRODUÇÃO:A Ortotanásia, também chamada de "eutanásia passiva", consiste

em aliviar o sofrimento de um doente terminal através da suspensão de

tratamentos que prolongam a vida, mas não curam nem melhoram a enfermidade.

Etimologicamente, a palavra "ortotanásia" significa "morte correta", onde orto =

certo e thanatos = morte. (SIQUEIRA,2005) Ortotanásia pode ser definida como o

não prolongamento artificial do processo natural de morte, onde o médico, sem

provocar diretamente a morte do indivíduo, suspende os tratamentos

extraordinários que apenas trariam mais desconforto e sofrimento ao doente, sem

melhorias práticas. O paciente que poderá ser considerado apto para o processo

de ortotanásia será aplicado com noção de respeito e dignidade humana, é

aquele que no seu processo paliativo está atingindo a terceira fase, ou seja,

reconhecendo que todas as propostas terapêuticas e curativas não dão resultado,

e a morte já é aceita como fato, respeitando a vontade do paciente e da família,

cumprindo o princípio ético mais importante da medicina – a não maleficência. Os

estudos e discussões que vêm sendo feitos permitem afirmar que a ortotanásia,

diferentemente da eutanásia, é sensível ao processo de humanização da morte e

alívio das dores e não incorre em prolongamentos abusivos com a aplicação de

meios desproporcionados que imporiam sofrimentos adicionais (PESSINI, op. cit.

2008). JUSTIFICATIVA: A ortotanásia é uma temática pouco discutida pelos

profissionais da área e possui grande relevância para a promoção da saúde, a fim

de integrar e respeitar a dignidade da vida e da morte. Portanto, este estudo

¹ Acadêmico da 3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected] - (41) 98729-7656.1 Acadêmico da 3ª sérienoturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected] Acadêmico da3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected]êmico da3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected]êmico da3ª série noturnado curso de Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected] Mestrando em educação nas ciências da saúde, especialista em gestão de serviços de saúde e professor do

Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected].

permite integrar melhorar os profissionais da saúde com relação àortotanásia e

sua aplicação, ressaltando o papel do enfermeiro em pacientes acometidos à

temática(Marta, Hanna, & Silva, 2010). QUESTÃO NORTEADORA: Qual a

caracterização da produção científica a respeito da ortotanásia e qual o papel

do enfermeiro em pacientes acometidos a cuidados paliativos? OBJETIVO

GERAL: Relatar as condições que se aplica a ortotanásia diferenciando da

terminologia Eutanásia, e relatando os benefícios. METODOLOGIA: A

elaboração desse estudo sobre ortotanásia foi uma ação acadêmica elaborada

em setembro de 2018, foi realizada uma pesquisa nas principais bases de

dados disponíveis online e também na literatura impressa. O critério de

inclusão dos artigos foi à relevância para a discussão da ortotanásia, tendo

presentes os seguintes tópicos: caracterização diferenciada do conceito,

reflexões éticas, a prática clínica do final da vida. O presente trabalho não foi

submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo, por se

tratar de um trabalho acadêmico que não será publicado na íntegra.

DISCUSSÃO: Apesar da complexidade do tema e das polêmicas levantadas, a

ortotanásia precisa ser discutida no plano jurídico com o auxílio das ciências

médicas e de seus profissionais. Deve ser considerada a opinião do médico e,

principalmente, a vontade do paciente em estado terminal ou sua família.

Quando houver o desejo de interromper o tratamento, a autonomia individual

deve ser respeitada, uma vez que, em regra, ninguém sabe o que é melhor a si

mesmo do que a própria pessoa. A norma penal deve ser interpretada de

acordo com a lesão ao bem jurídico tutelado, sem ignorar a presença dos

elementos subjetivos do tipo. Na ortotanásia não há dor de lesão ou perigo à

vida, bem ao contrário, pretende-se preservar a dignidade de quem está em

estado precário de saúde, sem expectativa de cura e tomado pelo sofrimento.

Diz o art. 1.º da Resolução 1.805/2006 que “é permitido ao médico limitar ou

suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em

fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da

pessoa ou de seu representante legal”. Após a suspensão da Resolução pela

Justiça Federal, em 2009, houve a edição do novo Código de Ética Médica

(Resolução CFM 1.931/2009), vigente desde abril de 2010, cujo texto, de forma

mais velada, também tratou da ortotanásia. Segundo seu art. 41, parágrafo

único, “nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos

os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou

terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade

expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal”.

O novo Código de Ética Médica determina que, nos casos em que for

interrompido o tratamento, deve o responsável médico utilizar os cuidados

paliativos para evitar o sofrimento do paciente. Quem pratica a ortotanásia tem

como objetivo dentro dos limites de permissão, preservar a dignidade humana

de quem está sofrendo inutilmente e deseja abreviar a própria vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O objetivo do trabalho apresentado foi mostrar

que o evento morte é algo complexo, cheio de dilemas éticos e profissionais;

carregado de emoções que precisam ser trabalhadas e discutidas a partir de

princípios éticos, no que se diz á respeito ao paciente terminal. A decisão de

não prolongar a vida é demasiado complexa, mas o limite para investir está

nitidamente ligado à concepção de morte digna aliada à plena consciência das

limitações de intervenção. Concluímos que essa conduta tem âmbito de fazer

com que o paciente tenha o percurso natural da morte sem que tenha

sofrimento nos seus momentos finais de vida. IMPLICAÇÕES PARA

ENFERMAGEM: Enfermeiros presenciam diariamente a morte inesperada de

pacientes, expressam sentimento de tristeza, pena, surpresa, sofrimento. E o

motivo de ficarem surpresos com a situação do inesperado se refere ao fato de

que, embora todo paciente que necessite de cuidados intensivos se encontre

em estado crítico, ainda assim a morte não é bem aceita quando ocorre muito

repentinamente. Quando são mencionados os assuntos relativos às decisões

da limitação de tratamentos de suporte em pacientes com doenças terminais,

as incertezas para os profissionais são inúmeras e sempre acompanhadas de

dúvidas e angústias pessoais. Assim, os enfermeiros enunciam que não é

possível delimitar uma sincronia de conduta perante todos os profissionais,

diante das situações impostas. Nesse contexto, as ações podem se tornar

isoladas e as decisões médicas, em diversos momentos, por não seguirem

uma conduta unânime, contribuem para as indecisões dos enfermeiros diante

das situações que envolvem o fim da vida. Ainda, é percebido certo

desconforto, por parte dos enfermeiros, em virtude da não participação nos

processos decisórios.

DESCRITORES:Cuidados Paliativos e Profissionais de Enfermagem.

REFERÊNCIAS

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CFM nº 1.805/2006. Revista Jus Navigandi, Teresina, v. 12, n. 1468, 9 jul. 2007.

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Pessini, Léo. A filosofia dos cuidados paliativos, uma resposta diante da

obstinação terapêutica. O Mundo da Saúde 2004; v. 27, n. 1, p. 15-32. Jan-mar.

2003. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?

IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&e

xprSearch=366409&indexSearch=ID Acesso em: 10 set. 2018

Siqueira JE. Reflexões éticas sobre o cuidar na terminalidade da vida. Rev

Bioética, v. 13, n. 2, p. 37-50, 2005. Disponível em:

http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/106/

111 Acesso em: 10 set. 2018

SÍFILIS NA GRAVIDEZ: PUBLICAÇÕES NACIONAIS FRENTE A

ASSISTÊNCIA DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ

Amanda Kohler de Melo1, Gabrielle Arcilio Meller2, Maria Eugênia de Oliveira

Sartório3, Rafaella Rodrigues Ferreira 4, Rafaela Andrade dos Santos5, Giovanna

Batista Leite Veloso6.

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível(IST),

causada por uma subespécie da bactéria Treponema pallidium que tem grande

impacto na saúde, principalmente quando acomete gestantes, pois quando não

tratada é transmitida ao feto por via placentária, ocasionando a sífilis congênita

e levando a grandes possibilidades de má formação congênita.(BECK, SOUZA,

2014).O número de casos de sífilis congênita no Brasil cresce a cada ano e a

prevalência da sífilis na gestação está em torno de 1,6%. As regiões no Brasil

com mais incidência da doença entre 1998 e 2014 são o Sudeste com 45,8%

dos casos e o Nordeste com 31,4%(SINAN,2013). Apesar do emprego das

Políticas de Saúde para diminuir a sua ocorrência a doença tem acometido

gestantes e recém-nascido, portanto é de grande importância o diagnóstico

desta durante o pré-natal, pois assim pode empregar tratamento

precocemente. Para confirmação de sífilis existem exames rápidos que podem

ser realizados como VenerealDiseaseResearchLaboratory (VDRL), em que é

necessário apenas uma amostra de sangue (COSTA, Carolina,2017). O

diagnóstico pode ser efetuado através de métodos não treponêmico e estes

testes devem ser ofertados a todas as gestantes na primeira consulta do pré-

natal e no início do 3º trimestre gestacional.(MINISTÉRIO DA

SÚDE,2013).Neste contexto surgiu a questão que norteou este estudo, qual o

1Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected] telefone: (41) 99859-03602Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected] telefone: (41) 99531-20993Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected] telefone: (41) 99773-24994Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected] telefone: (41) 99632-30735Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected] telefone: (41) 99830-92866Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: [email protected].

perfil das publicações nacionais acerca da assistência ocorrência da sífilis na

gestação?JUSTIFICATIVA: Estudos desta natureza destacam e permitem a

reflexão sobre o agravo da sífilis na gestação, e ainda demonstra a forma de

prevenção e tratamento à gestante e seu parceiro. O enfermeiro deve ser o

agente principal na educação em saúde junto a população com vistas à

prevenção e promoção da saúde. OBJETIVO: Identificar o perfil das

publicações nacionais acerca da assistência frente a ocorrência da sífilis

gestacional. METODOLOGIA: No período de julho a setembro de 2018 foi

realizada uma busca bibliográfica a partir de artigos científicos pesquisados na

Biblioteca virtual em saúde (BVS) utilizando os descritores Sífilis and gestação.

Teve como critérios de inclusão: artigos completos, em português, publicados

on line, entre os anos 2014 a 2018. Neste período foram encontrados 2.390

artigos, sendo 867 de textos completos, 233 em língua portuguesa e

selecionados 60 artigos na integra publicados no período de 05 anos, 39 foram

excluídos após leitura do título e em seguida 13 após a leitura do resumo ou

por estarem em duplicidade. A amostra final foi composta de cinco artigos, pois

03 ainda foram retirados após a leitura minuciosa do texto completo.

RESULTADOS: Dos estudos analisados, um foi do ano 2015, dois do ano de

2016, dois do ano de 2017 e dois do ano de 2018. Da leitura dos artigos que

compuseram esse estudo, surgiram ações de assistência e prevenção de sífilis,

realizadas pelos profissionais da saúde às gestantes. Observou-se que a

educação em saúde leva a resultados positivos para a prevenção da sífilis

congênita, demonstrando a importância da atuação também junto aos parceiros

das gestantes, evitando contato futuro com a doença mesmo após o

tratamento. A atuação do enfermeiro deve permitir a extensão na cobertura e

melhora da qualidade na atenção pré-natal, a atenção qualificada e

humanizada por meio da incorporação de condutas acolhedoras, sem realizar

intervenções desnecessárias, fácil acesso a serviços de saúde de qualidade

com ações constituem todos os níveis de atenção à gestante e RN (SHIMIZU,

LIMA, 2017). Para Molero e Natália (2014) as ações de diagnóstico e

prevenção precisam ser reforçadas especialmente no pré-natal e parto, ações

de prevenção deveriam ser realizadas no cotidiano e não após a gravidez. A

enfermagem é de grande importância para enfatizar a atenção do pré-natal. A

consulta serve para a identificação dos fatores de riscos gestacionais com o

intuído de diminuir as complicações na saúde das gestantes, em especial as

que possuem sífilis (SHIMIZU, LIMA, 2017). Para Domingues et.al (2017) o

enfermeiro enfatiza as ações de prevenções e diagnóstico mais precoce

possível no pré-natal, informam as gestantes do seu direito de realizar os

testes da sífilis quantas vezes for necessário durante a gestação e orienta que

o tratamento da gestante com Penicilina Benzatina seja concluído 30 dias

antes o parto, e o tratamento do parceiro seja preconizado (TRIDAPALLI, et.al,

2012). Segundo o Ministério da Saúde (2015) é considerado como atribuição

da Atenção Básica o tratamento das gestantes e de seus parceiros sexuais,

assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o tratamento

das gestantes não alérgicas com penicilina. A Penicilina G, via parenteral, é

considerada a única terapia eficaz para o tratamento de sífilis, redução dos

eventos adversos e prevenção para a transmissão vertical para o bebê

evitando a sífilis congênita. Gestantes alérgicas à Penicilina devem ser

encaminhadas a especialistas e dessensibilizadas em ambiente hospitalar e

posteriormente tratadas com Penicilina. Se o tratamento com a Penicilina for

impossível, as gestantes devem ser tratadas com Eritromicina (estearato) 500

mg, via oral, mas não será considerada tratada e por isso deve ser investigada

e o tratamento da criança deve ser imediato após o parto. (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2015). CONCLUSÃO: Evidencia-se que apesar do tratamento ter

baixo custo e grande eficácia, o índice da infecção ainda é grande e

preocupante. Nota-se que a existência da doença se dá devido as falhas no

seu tratamento o que vem a provocar uma persistência das IST’S na

população, e muitas vezes o grande obstáculo está no tratamento contínuo

tanto da gestante quanto do seu parceiro. Entende-se que a falta de

informação sobre a gravidade da infecção aumenta o número de casos de

sífilis congênita, por isso é de extrema importância o conhecimento da infecção

e da da relação interpesssoal dos profissionais com os pacientes, realizando o

acolhimento e direcionamento dos serviços de saúde corretamente, tornando-

se possível o desenvolvimento de novos programas assistenciais que venham

a emergir maiores resultados e uma redução do número de casos.

CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A literatura

evidencia que para o profissional de enfermagem existem situações

significativas no seu cuidar junto a gestante e RN, pois ele orienta todo o

cuidado durante o pré-natal e no puerpério. Está em contato com a mulher em

muitos momentos o que favorece a criação de vínculo e oportuniza em uma

necessidade de tratamento um maior engajamento por parte do paciente.

Estudos desta natureza permitem a reflexão sobre o real papel do enfermeiro

como agente de transformação para a melhoria da qualidade de vida da

população.

DESCRITORES: Sífilis Congênita; educação em saúde; cuidados de

enfermagem.

REFERÊNCIAS:

BECK, E. Q.; SOUZA, M. H. T. Práticas de enfermagem acerca do controle

da sífilis congênita. Acesso em: 01 de julho de 2018. Disponível em:

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LIMA, V. C.; MORORÓ, R.M; MARTINS, M. A.; RIBEIRO, S. M.; LINHARES, M.

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MACHADO I.; SILVA V. A. N.; PEREIRA R. M. S.; GUIDORENI C. G.; GOMES

M. P.; - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE SÍFILIS DURANTE A

GESTAÇÃO: DESAFIO PARA ENFERMEIRAS? - Saúde e Pesquisa, Maringá

(PR) (2018) - Acesso em 10 de Setembro de 2018 Disponível em:

http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/09/912400/6299-30301-1-pb.pdf

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em: 03 de julho de 2018. Disponível

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f

MINISTERIO DA SAUDE. Penicilina Benzatina para prevenção da Sífilis

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setembro de 2018. Disponível em:

http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2015/Relatorio_Penicilina_SifilisCongeni

ta_final.pdf

STREPTOCOCCUS AGALACTIAE NA GESTAÇÃO

Ana Karolina Lazzari1, Carolina de Fatima Riba Castro¹, Gabriela Machado

Correa¹, Mariana Fatima Zattera¹, Monica Teixeira Morais¹, Sthefany dos

Santos Rodrigues1, Giovanna Batista Leite Veloso2

INTRODUÇÃO: O Streptococcus é um gênero de bactérias gram-positivas e

são classificadas de acordo com a capacidade de causar a lise de eritrócitos.

Aquelas que causam hemólise completa (beta-hemolíticos), hemólise parcial

(alfa-hemolíticos) ou nenhuma hemólise (gama-hemolíticos) fazem parte do

grupo B, que inclui a espécie Streptococcus agalactiae (Nunes; Oliveira, 2015).

Os estreptococos beta hemolíticos do grupo B (EGB) são anaeróbicos

facultativos, não produtores de catalase, homo fermentadores, produtores de

hemolisinas e pertencentes à família estreptococcace (Nogueira et al., 2013). O

Streptococcus agalactiae teve grande importância na medicina veterinária, no

entanto, em 1938 ao ser relacionado a três casos de sepse puerperal passou a

ser reconhecido em doenças humanas, principalmente no período perinatal. De

acordo com Paiva et al. (2017), sabe-se que hoje é considerada uma grave

infecção causadora de meningite, sepse neonatal, aborto séptico, endometrite,

pielonefrite, sepse puerperal e ruptura prematura de membranas, além de

outras infecções perinatais. O trato gastrintestinal é o principal reservatório

desta bactéria, podendo colonizar também o trato geniturinário. Nas mulheres,

esse microrganismo coloniza a vagina e o reto, no entanto a colonização por

EGB em gestantes é assintomática, causando infecções urinárias em 3% a 4%

das mulheres durante a gestação. No Brasil a taxa encontrada em gestantes

pode variar de 5% a 25% e esta varia de acordo com as diferenças

socioculturais, geográficas e com as metodologias bacteriológicas empregadas.

A transmissão da bactéria para o recém-nascido pode ocorrer de vários modos,

1Acadêmicas 2º ano do curso de enfermagem, Universidade Positivo, Curitiba-PR. Email:[email protected]. Telefone: (41)99502-0248²Professora Adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Maringá e em Infecção Hospitalar pela Universidade Estadual de Londrina. Contato: [email protected].

sendo mais comum a transmissão vertical no trabalho de parto devido a ruptura

de membranas ou contato com secreções maternas (PAIVA et al., 2017). É

visto que o risco de neonatos apresentarem infecção precoce é de dez a

quinze vezes maior em recém-nascidos prematuros. Isso ocorre porque o

neonato apresenta uma quantidade menor de concentração de imunoglobulina

IgG e imaturidade anatômica e bioquímica, favorecendo, assim, a multiplicação

mais rápida do Streptococcus Agalactiae, causando maior evolução da doença

(OLIVEIRA; TELES; VIANA, 2013). Um dos protocolos que o Center for

Disease Control (CDC) validou em 2010 traz uma diretriz de prevenção

perinatal por GBS e reforça as recomendações de triagem universal no terceiro

trimestre de gestação, principalmente entre a 35º e a 38º semanas. Portanto

uma das principais medidas tomadas para ocorrer a prevenção da infecção da

GBS é identificar e tratar as gestantes, para evitar as ocorrências de problemas

puerperais, principalmente, a infecção neonatal precoce (KISS et al.; 2013).

Após análise desta teoria e conversas com nossos professores do curso,

emergiu a inquietação em estudar o streptococcus agalactiae na gestação. A

partir deste contexto a questão que norteou o nosso estudo foi: Qual o perfil

das publicações nacionais sobre o Streptococcus Agalactie durante a

gestação? JUSTIFICATIVA: Considerando os índices de prevalência de

colonização materna e a susceptibilidade dos recém-nascidos em

desenvolverem infecção, o trabalho é relevante para a compreensão da

patologia e para acautelar os profissionais da saúde, principalmente a

enfermagem, acerca da identificação precoce, prevenção e tratamento.

OBJETIVO: Identificar o perfil das publicações nacionais sobre a presença da

Streptococcus agalactie durante a gestação. METODOLOGIA: Trata-se de

uma revisão integrativa de literatura, objetivando reunir e sintetizar estudos

publicados sobre streptococcus agalactiae na gestação. Para o

desenvolvimento da pesquisa optou-se por seguir as etapas de uma Revisão

Integrativa: Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de

pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudo;

Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados;

Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Interpretação dos

resultados; Apresentação da revisão (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008).

Para o estudo foram utilizados artigos voltados à temática pesquisada,

publicados no Brasil. Foram definidos como critérios de inclusão: artigos na

íntegra, publicados no Brasil, em língua portuguesa, disponíveis on line, nos

anos de 2014 a 2018. Foram excluídos todos os que não atenderam aos

critérios de inclusão. A Biblioteca Virtual em Saúde foi utilizada para a seleção

dos artigos e a busca dos estudos ocorreu nos meses de agosto e setembro de

2018, com a associação dos descritores: Streptococcus agalactie and

gestação. No período foram encontrados 2481 artigos, destes 810 estavam

disponíveis em texto completo, 25 em língua portuguesa e somente 04

publicados entre os anos de 2014 a 2018, 01 dos artigos foi excluído por não

atender a temática do estudo, sendo a amostra final composta por 03 estudos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os estudos analisados, observou-se

que dois foram publicados em 2015, um em 2016 e um em 2017. Todos os

estudos apontam a importância da identificação precoce do Streptococcus

Agalactiae durante a gestação para o início rápido de tratamento e prevenção

de complicações neonatais. O estudo de Nunes e Schrader (2015) descreveu

que esta bactéria possui um potencial invasivo, principalmente no período

perinatal, que envolve recém-nascidos, gestante e pós-parto, e ainda que o

reconhecimento no trato anogenital das mulheres gestantes é de grande

importância tanto na saúde da mulher, quanto do feto. Outro fator identificado

nos estudos foi a alta prevalência da bactéria nas gestantes e os impactos que

ela leva ao recém-nascido, a pesquisa de Nunes e Schrader (2015) encontrou

um percentual de 40% das gestantes colonizadas por Streptococcus

agalactiae. Já Nunes, Cesconeto e Siqueira (2015) citam que a prevalência de

colonização materna nas diversas regiões do Brasil varia entre 14,6 e 21,6 e

em gestantes colonizadas, a transmissão vertical ocorre em 50% dos casos.

Enquanto Paiva et al. (2017) aponta que essa colonização ocorre de 10 a 35%

nas mulheres grávidas e, desse porcentual, 60% das mulheres colonizadas são

portadoras intermitentes. Nunes, Cesconeto e Siqueira (2015) descrevem ainda

que as complicações mais evidentes são sepse sem foco (27%), pneumonia

(54%) ou meningite (15%). Porém, além da infecção no RN, o EGB pode

causar infecção na gestante ocasionando complicações como: corioamnionite,

endometrite, infecção do trato urinário e sítio cirúrgico. CONCLUSÃO: O

presente estudo possibilitou avaliar o potencial que a bactéria Streptococcus

agalactiae possui para causar infecções humanas, tendo alta prevalência no

período perinatal, sendo considerada uma grande causadora de doenças que

habitua na região genital da mulher e que pode ser transmitida para o feto.

Também foi possível reconhecer que, baseado em estudos, o tratamento

precoce e a prevenção das possíveis complicações são de extrema

importância, o que impacta diretamente na redução da morbimortalidade

neonatal. Destaca-se o papel do enfermeiro na investigação de grupos

gestacionais, assim como na educação em saúde, apoiado em estudos sobre a

bactéria e a disseminação sobre informações como medidas de prevenção

durante o período pré-natal. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A

ENFERMAGEM: O estudo contribui para que o profissional de enfermagem

trabalhe não somente no tratamento como, também, na monitoramento da

presença bactéria Streptococcus agalactiae, e na prevenção da sepse

neonatal, pois atua por meio da educação em saúde, busca de gestantes para

realização de exames de controle e ainda na prestação do tratamento

adequado quando este for indicado. Ressalta-se que a discussão sobre a

temática pode levar os profissionais a reflexão sobre sua atuação e ainda

permite avanços na condução dos cuidados prestados pelo enfermeiro.

DESCRITORES: saúde da mulher, gestantes, Streptococcus agalactiae.

REFERÊNCIAS

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NEW DELHI METALOBETALACTAMASE (NDM-1):

UM NOVO ADVENTO DAS INFECÇÕES NOSOCOMIAIS

Joyce Oliveira¹, Mylena Cruz¹; Suelen Santos.1

Michel M. Dalmedico.2

INTRODUÇÃO. A New Delhi (nome dado em virtude de sua localidade

geográfica) Metalobetalactamase (NDM1) constitui-se em uma enzima

bacteriana responsável por causar resistência a antibióticos (carbapenens)

utilizados para o tratamento de bactérias multirresistentes. Conforme descreve

a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2011). A NDM1 foi isolada

em pacientes com infecções comunitárias ou hospitalares que viviam na Índia e

no Paquistão. A Metalobetalactmase é composta por enzimas antimicrobianas

com alta capacidade de inativar os carbapenens. (ANVISA, 2013). Os

carbapenens integram os grupos de antimicrobianos de amplo espectro,

indicados para tratamento de infecções sistêmicas. A resistência a

carbapenêmicos em enterobactérias é um problema de saúde pública mundial,

pela elevada mortalidade e reduzido número de opções terapêuticas. São

responsáveis por cerca de 80% dos casos de infecções nosocomiais, com

taxas de mortalidade em 30 dias de 40% a 50%, devido a produção de

carbapenemases. A ANVISA, com vistas a diminuir a incidência de infecções

hospitalares por enterobactérias elaborou um protocolo de medidas a serem

seguidas por todos os profissionais de saúde, com o objetivo de evitar e reduzir

ao máximo a proliferação e a disseminação da NDM1 (ANVISA, 2013).

JUSTIFICATIVA. Com base nas estatísticas de propagação, infecção e

agravos ocasionados pela NDM1, busca-se realizar um estudo bibliográfico

acerca das técnicas e medidas de prevenção e controle de sua incidência,

pelas equipes de saúde. O estudo justifica-se, pois, é indispensável seu

conhecimento, para que se possa atender ao compromisso de evitar a

dissipação, incidência e prevalência de infecções hospitalares por NDM1, que

1 Acadêmicas da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]. Contato Telefônico: 41.9.8840.5662.2 Enfermeiro. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: [email protected]

incide nas suas áreas de risco. OBJETIVO. Identificar e descrever os cuidados

a serem ministrados de acordo, em especial, com as Notas Técnicas n°

01/2010 e 01/2013 da ANVISA, para conhecer e aplicar as medidas de

prevenção e controle de infecções por enterobactérias multirresistentes NDM1,

que ocorrem em ambiente hospitalar. METODOLOGIA. Estudo do tipo revisão

bibliográfica, realizado em março de 2018. com base nas vivências de campo

no Hospital Cruz Vermelha. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e

Pesquisa da Universidade Positivo, por se tratar de trabalho acadêmico que

não será publicado em sua íntegra. RESULTADOS. Segundo Mendes,

Castanheira e Pignatari (2006), apesar de ter sido detectada pela primeira vez

em enterobactérias, esta enzima também já foi encontrada em componentes

não fermentadores de glicose, como Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter

baumannii. Estes são as enzimas que representam risco maior para pacientes

hospitalizados em estado crítico e nas Unidades de Tratamento Intensivo, por

sua grande capacidade de provocar surtos (MENDES; CASTANHEIRA;

PIGNATARI, 2006). O controle de sua disseminação só pode ser alcançado

com amplo esforço multidisciplinar, que inclui, entre outras medidas, a detecção

precoce de pacientes colonizados, a implementação de cuidados e uso de

medidas de precaução de contato, além de realização do tratamento

adequado. Uma vez detectada a presença de um microrganismo

multirresistente, a comunicação deverá ser realizada imediatamente aos

responsáveis pela tomada de decisão no serviço de saúde da instituição; que

em geral é exercido pelo profissional assistente e à Comissão de Controle de

Infecção Hospitalar (CCIH). Ao tomar ciência, este deverá adotar as medidas

de prevenção e controle, comunicar às Coordenações de Controle de Infecção

Hospitalar do Estado (CECIH), além do Município (CMCIH), Distrito Federal e

também à Anvisa (ANVISA, 2013). Para a prevenção e controle da

disseminação e propagação do agente infeccioso encontrado, é recomendado:

enfatizar a importância e indispensável da higienização das mãos para todos

os profissionais de saúde, os visitantes, familiares e acompanhantes;

disponibilizar todos os insumos necessários para a correta higienização das

mãos (ANVISA, 2010). Também é indispensável disponibilizar continuamente

equipamento de proteção individual, com luvas e aventais e máscaras, para

que o manejo do paciente e das suas secreções seja adequado e seguro. Além

da correta paramentação para trabalhar no entorno do paciente colonizado ou

infectado, deve-se disponibilizar equipamentos e utensílios para o uso

individual do paciente, tais como estetoscópio, esfignomanômetro, termômetro,

talheres e copos, entre outros). (ANVISA, 2010). Também é imprescindível

atentar para as precauções de contato, precauções-padrão, reforçando a

informação no transporte intra-institucional e interinstitucional, caso haja o

translado. Deve-se identificar a área de isolamento ou coorte exclusiva para

pacientes colonizados/infectados pelo mesmo microrganismo multirresistente,

estabelecer a sua condição de isolamento, inclusive no prontuário e nas portas

de acesso; avaliar a necessidade de implementar medidas de coorte em

relação a profissionais de saúde e pacientes; avaliar a necessidade de

implantar coleta de culturas de vigilância, segundo o perfil epidemiológico da

instituição. São medidas de extrema importância a adoção de descolonização

para pacientes portadores de enterobactérias produtoras de carbapenemases e

enfatizar as medidas de prevenção de infecções hospitalares no manuseio de

dispositivos invasivos (MENDES; CASTANHEIRA; PIGNATARI, 2006). As

medidas sanitárias que conduzam à interrupção da assistência em serviços de

saúde devem ser avaliadas criteriosamente, juntamente com as autoridades

locais e os diversos níveis de gestão do sistema de saúde, para manter o

sistema de vigilância epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência

à Saúde (IRAS) sob controle, de tal forma que permita o monitoramento de

patógenos multirresistentes, em parceria com o laboratório de microbiologia.

Fortalecer a política institucional de uso racional de antimicrobianos (ANVISA,

2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS. O desenvolvimento do tema com base em

revisões bibliográficas distintas, e nas medidas técnicas e resoluções

recomendadas pelo Ministério da Saúde, nos permitiu enquanto acadêmicos,

articular muitos dos conhecimentos adquiridos durante o curso com a prática

no ambiente hospitalar e a identificar as medidas a serem seguidas para

prevenir e controlar a proliferação e a disseminação dessa cultura microbiótica

NDM1 por parte da equipe de saúde. Sendo notória a proliferação bacteriana

em ambiente hospitalar por falta de higienização adequada básica, o estudo é

de extrema importância pois contribui com a aquisição de melhor

conhecimento.

DESCRITORES: Infecções Nosocomiais; Controle de Infecções; Proteínas

Associadas à Resistência a Múltiplos Medicamentos.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Nota Técnica n. 01/2013. Medidas de prevenção e controle de

infecções por enterobactérias multiresistentes. 17 abr. 2013. Disponível em:

<http://www.saude.mt.gov.br/upload/controle-infeccoes/pasta3/nota-tecnica-01-

2013-medidas-e-prevencao.pdf> Acesso em: 30 ago 2018.

ANVISA. Alerta n.° 01/2011. Detecção de metalobetalacta-mases do tipo NDM

em dois isolados de Klebsiella pneumoniae na Guatemala. Disponível em:

<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/AlertaKPCNDM281111.pdf> Acesso

em 01 set. 2018.

ANVISA. Plano de contingência dos mecanismos de resistência nas

infecções relacionadas à assistência à saúde causadas por

enterobactérias. RS. 2013. Disponível em: <https://cevs.rs.gov.br/upload/

arquivos/201612/15131 232-placon-11-06-13-versao-final.pdf> Acesso em 05

set. 2018.

ANVISA. Resolução - RDC Nº 42, de 25 de outubro de 2010. Disponível em:

<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0042_25_10_2010.p

df> Acesso em 01 set. 2018.

MENDES, R. E.; CASTANHEIRA, M.; PIGNATARI, A. C. Metalo-ß-lactamases

Metallo-ß-lactamases. J. Bras. Patol. Med. Lab. v. 42, n. 2, p. 103-113, abr.

2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S

1676-24442006000200007> Acesso em 02 set. 2018.

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERANTE A

GRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Agny Gomes1;

Caroline de Souza Franqueto2;

Emanuelly Barreto Ferreira 3 ;

Gabrielly Temoteo de Oliveira4;

Milena Cunha Amorim5;

Renata Rayssa Mendes de Aguero6;

Adriana do Rocio Vendrametto Marçal7.

INTRODUÇÃO: A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento de

um ou mais embriões no interior do útero. Tem início com a fecundação onde

há a junção do óvulo com o espermatozoide, normalmente nas trompas de

falópio, e cai na cavidade uterina se implantando. Após a implantação o

embrião e a placenta começam a se desenvolver. A palavra gravidez ectópica é

derivada do grego “ektopos” que significa “fora do lugar” e significa que a

implantação do blastocisto foi fora do revestimento do endométrio uterino, ou

seja, óvulo fecundado se dá em locais inapropriados. Em 98,3% dos casos, há

envolvimento de uma das tubas uterinas. A implantação do blastocisto pode

ocorrer em qualquer região da tuba: ampola (79,6%), istmo (12,3%), fímbria

(6,2%) e corno (1,9%) (CORRÊA, ARGUIAR e CORRÊA JÚNIOR, 2004). De

acordo com o local de implantação assim se classifica a gravidez ectópica

(GE): Tubária (se for nas trompas de falópio), heterotópica (na porção final das

trompas). O feto produz enzimas que o permitem implantar em variados tipos

de tecidos, assim o embrião é implantado em outro lugar que não seja o útero,

podendo causar danos ao tecido ao tentar adquirir suprimentos suficientes de

1Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected] do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected] do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected]. Telefone: 9984162774Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected] do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected] do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected] no curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: [email protected]

sangue (FONTES, 2008). A maioria das vezes a gravidez ectópica pode não

ser percebida de início pois pode apresentar os mesmos sintomas de uma

gestação habitual, mas alguns sinais e sintomas como, dor pélvica e

sangramentos vaginais podem ser um alerta para a gestante. Uma vez

descoberta precocemente com a ultrassonografia, esta complicação

gestacional terá que dispor de métodos para acompanhamento e tratamento da

gravidez ectópica. Esse tratamento varia desde a utilização de medicamentos

para interromper a gestação como o metotrexate e caso não seja obtido os

resultados esperados, passa a ser indicado o procedimento cirúrgico de

histerectomia, tentando priorizar a vida da mãe. A paciente também pode sofrer

um aborto espontâneo sem saber que teve uma gravidez ectópica, pois as

trompas não podem desenvolver o embrião, e o mesmo não consegue ter

nutrientes suficientes então acaba morrendo e o próprio organismo o expulsa

(FERNANDES, 2004). Ainda segundo Fernandes (2004), dentre as causas e

fatores de risco para a gravidez ectópica durante a vida reprodutiva estão: o

uso de DIU e de citrato de clomifeno, cirurgia tubária anterior, doença

inflamatória pélvica, infertilidade, aborto induzido, aderências pélvicas, cirurgias

abdominais, malformações uterinas, miomas e contraceptivos de

progestágenos. Se essa complicação não for diagnosticada precocemente,

antes de oito semanas de gravidez, a vida da mãe corre sérios riscos. Pois na

evolução dessa gestação, a placenta pode se implantar nos tecidos e órgãos

vizinhos, além de romper vasos calibrosos e causar hemorragias intensas,

tendo que ser realizada histerectomia de urgência e podendo levar ao óbito

materno. Sendo assim, a falta de informação das gestantes e inicialização

tardia do pré-natal podem retardar o diagnóstico e a devida assistência,

podendo ocasionar sequelas ou morte da mãe e do filho. (FERNANDES e

LIMA, 2018). Devido a isso, o profissional de enfermagem tem um papel

importante, pois devem ter conhecimento sobre o assunto para ensinar as

gestantes que chegam ao serviço de saúde com o problema, explicando o que

é a gravidez ectópica e porque a patologia ocorre, retirar dúvidas que possam

existir, orientando sobre os cuidados que devem ser realizados, oferecendo

atendimento humanizado e apoio emocional adequado, abordando tanto os

aspectos físicos, como os psicológicos da mulher estabelecendo confiança e

respeito. Portanto, o enfermeiro deve ser capaz de orientar as gestantes acerca

da problemática, perceber os sentimentos destas mulheres e intervir na

tentativa de ajudá-las a alcançar um maior nível de adaptação, recuperar o

equilíbrio e permitir seu crescimento emocional. JUSTIFICATIVA: O enfermeiro

atua na atenção primária de saúde, prestando assistência ao pré-natal, sendo

capaz de identificar sinais e sintomas de complicações na gestação, então

encaminhado essas gestantes à consulta médica e instituições referenciadas.

E quando confirmada a gravidez ectópica, solidifica-se importância da

assistência de Enfermagem Humanizada com essas mulheres, prestando

cuidado ao bem-estar físico, mental e psicossocial, bem como informar e

relatar sobre essa complicação. OBJETIVOS: Explanar a importância da

assistência de enfermagem no processo da gravidez ectópica.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado sob a forma de revisão

bibliográfica buscando reunir e avaliar informações obtidas de trabalhos

publicados em diversos tipos de veiculação de pesquisa científica como, artigos

e monografias que fizessem referência ao tema “Gravidez Ectópica” e

“Assistência de Enfermagem na gravidez ectópica”. Selecionou-se assim, a

bibliografia que apresenta concepções, características e tendências sobre o

tema e também aquela que explicita a abordagem teórica e metodológica

utilizada. Para isso, foram inicialmente identificados os trabalhos sobre o tema

disponíveis de forma online; na base de dados gratuitos; no idioma português,

na literatura científica publicados entre os anos de 2004 a 2018, após a fase de

identificação os trabalhos foram revisados, por meio de leitura seletiva, a qual

representou etapa determinante para escolha do material. Na análise inicial

foram identificados 12 artigos nas bases de dados propostas sendo que destes

2 eram repetidos, portanto foram identificados 6 artigos diferentes, sendo que

destes, 1 foi excluído, por não atender aos critérios de inclusão, conforme o

exposto. A amostragem final foi de 6 trabalhos científicos, que foram

selecionados para leitura na integra. RESULTADOS: Ao abordar as questões

psicossociais, o enfermeiro deve ser capaz de ajudar orientando essa mulher

em alguns aspectos como: encaminhar a grupos e programas de apoio, se o

problema for financeiro, garantir assistência e acesso à medicamentos, garantir

também que os programas de instituições comunitárias sejam completados de

modo oportuno, e encaminhar para a assistente social em caso de

necessidades complexas. Também na assistência de enfermagem durante o

período operatório da histerectomia baseiam- se em: avaliação, anamnese,

verificar exames solicitados, sinais vitais, alergias, jejum, remoção de

pertences, puncionar acesso venoso, fornecer informações à paciente, controle

de ações para previnir infecções, contagem e preparo de materiais durante a

cirurgia, manutenção da temperatura corporal, cuidados com mudança de

decúbito no pós, e verificação do sangramento e dor, além de aspectos

psicossociais, dentre outras (GOMES e ROMANEK, 2013). CONCLUSÃO: As

complicações causadas pela gravidez ectópica podem ter como consequências

abalos psicológicos e emocionais, além de ser risco de morte paras as

gestantes. Por isso, ressalta-se o papel fundamental do enfermeiro durante o

processo de descoberta do problema, também no decorrer na hospitalização,

bem como no decurso da recuperação dessa mulher, na tentativa de que

ocorra de forma mais rápida e com menos sequelas, auxiliando a superar

possíveis traumas físicos e psíquicos com maior facilidade, promovendo melhor

qualidade de vida. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: Por tudo isso, a

relevância deste estudo repousa na importância da detecção e diagnóstico

precoce da gravidez ectópica, condição que necessita de acolhimento precoce

dessa mulher no pré-natal, proporcionando cuidado adequado e tratamento

específico, com acompanhamento minucioso do caso, assim como assistência

adequada e segura, prevenindo complicações e morte materna.

DESCRITORES: Gravidez ectópica, apoio e assistência de enfermagem.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, K. V. M. L. e LIMA, C. B.. Gravidez Ectópica: Reflexões

Acerca Da Assistência De Enfermagem. Disponível em:

http://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/04/18107.pdf. Acesso

em: 25/08/2018

GOMES, I. M. e ROMANEK, F. A. R. M.. Enfermagem Perioperatória:

Cuidados À Mulher Submetida À Histerectomia. Revista Recien. vol.3, nº8,

p.18-24. São Paulo 2013. Disponível em:

http://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/53/151. Acesso em:

22/08/2018

CORRÊA MD, Melo VH, AGUIAR RALP, CORRÊA JÚNIOR MD. Noções

Práticas De Obstetrícia. 13ª ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2004. Disponível

em: rmmg.org/exportar-pdf/1309/v18n3s4a15.pdf. Acesso em: 25/08/2018

FONTES, H. A. F.. Gravidez ectópica e tubária. 2008. Disponível em:

http://www.copacabanarunners.net/gravidez-ectopica.html Acesso em:

26/08/2018.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERMINALIDADE DE VIDA

Higor da Silva 1, Maria Fernanda dos santos2, Mirelle Gomes Pereira3, Nátalli

Cachoroski da Silveira4, Rayana Martins5 Michel Marcos Dalmedico6

Introdução: Ao longo da evolução humana, a visão da morte se modificou e

tomou uma proporção diferenciada na vida das pessoas. Para os nossos

ancestrais esta era percebida como uma fase natural da vida. O processo de

morrer era assistido pelos familiares, possibilitando o conforto e a presença dos

entes queridos no final. Cicely Saunders relata que a origem do Cuidado

Paliativo moderno inclui o primeiro estudo sistemático de 1.100 pacientes com

câncer avançado cuidados no St. Joseph’s Hospice entre 1958 e 1965, logo,

em 1982 o Comitê de Câncer da Organização Mundial de Saúde - criou um

grupo de trabalho para definir políticas para o alívio da dor e cuidados do para

pacientes com câncer, e que fossem recomendados em todos os países.

(MATSUMO ,2012). A OMS divulgou sua primeira definição de Cuidados

Paliativos em 1990: “Cuidado ativo e total para pacientes cuja doença não é

responsiva a tratamento de cura” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,

2012). Quando se fala desses cuidados no Brasil, muitas barreiras e desafios

ainda precisam ser quebradas, devido a elementos externos como: extensão

territorial, falta de estrutura em espaços físicos, como hospitais para atender a

grande parte da população, além da formação pedagógica para os profissionais

de saúde que apenas na última década se voltou a desenvolver na grade

curricular questões direcionadas ao paciente sem possibilidade de cura

(ARAUJO, 2013). JUSTIFICATIVA: Os cuidados da enfermagem vão além do

cuidado técnico, dessa maneira, deve-se inteirar das vivências não só do

paciente, mas também do cuidador, e compreender os problemas enfrentados

por ele, de modo que possa elaborar intervenções nessa circunstância,

valorizando todas as iminências, tanto físicas como emocionais, sociais,

¹ Acadêmicos da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]. . Contato Telefônico:(41)99631-79602 Enfermeiro. Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:[email protected].

culturais, espirituais e éticas. OBJETIVO: O objetivo deste artigo é descrever a

abordagem prática ao perfil do paciente em suas últimas horas ou dias de vida,

pois o mesmo necessita de um conjunto de cuidados específicos e adequado

às suas necessidades. Estes cuidados de conforto descrevem um conjunto de

intervenções que permitem o alívio imediato dos sintomas em um doente em

processo de morte. METODOLOGIA: A partir da definição do tema sedação

paliativa na Terminalidade de vida foi escolhido como procedimento

metodológico a revisão integrativa de literatura possibilitando uma ampliada

busca de pesquisas afim de chegar a uma conclusão abrangente matemática

abordada, as seguintes etapas foram adotadas para a realização do estudo:

Foi realizada uma pesquisa por meio de revisão bibliográfica, sobre pacientes

em sua terminalidade, o determinado estudo foi realizado através de dados

coletados em artigos científicos com a intenção de demonstrar o que são

cuidados paliativos, suas finalidades e a assistência prestada pelos

profissionais de saúde. RESULTADOS: Os cuidados do enfermeiro com o

paciente em fase terminal sofreram mudanças pelo longo dos anos, atualmente

o objetivo principal é promover a importância de vida dos pacientes,

principalmente aos que enfrentam uma fase avançada da doença e em que

não há previsão de reverter o quadro, priorizando sempre o melhor interesse

do paciente e repudiando futilidades, em sua concepção, organização e

funcionamento (MANZAN; GIUSTINA; 2018). A fase terminal da doença é tida

como a mais difícil e angustiante. Na última semana de vida, os principais

problemas dos pacientes, geralmente, são administrar à dor, a insuficiência

respiratória, a confusão, seguidos por ansiedade e por depressão. Desta forma,

o enfermeiro tem um papel muito importante nos aspectos práticos, sociais,

físicos e emocionais do paciente, bem como nas decisões a serem tomadas no

fim da vida (REZENDE VL,2018). A assistência ao paciente terminal exige do

enfermeiro e de sua equipe multidisciplinar conhecimentos técnicos para lhe

proporcionar conforto físico, mas também necessita de estudos para suprir as

necessidades psicoemocionais do paciente e de seus familiares; sem esses

conhecimentos não há o envolvimento emocional. (DIAMENTE, 2013).

Podemos exemplificar um dos cuidados paliativos mais realizados pela

enfermagem com pacientes terminais: aumentar a dosagem/quantidade de

medicações analgésicas, administrarem medicações para aliviar o sofrimento

(mesmo tendo conhecimento que elas podem antecipar a morte do paciente),

aconselhamento ou apoio, toque terapêutico e técnicas de relaxamento. Estes

cuidados são identificados como legais diante os principais códigos de ética de

enfermagem (SOUZA; MARQUES,2005). As famílias dos pacientes

necessitam também de cuidados e não devem ser vistas como um auxílio

“técnico” ao trabalho de Enfermagem, mas como indivíduos a serem cuidados

pela Enfermagem (NASCIMENTO; ERP,2008). O conceito de qualidade de vida

é algo extremamente importante para paciente e família, sendo o cuidado

paliativo identificado como uma abordagem que melhora esta qualidade e se

assemelha ao ideal, por meio de medidas e condutas que respeitem e

entendam o indivíduo como ser social, que porte valores, crenças e

necessidades individuais. A enfermagem pode atuar oferecendo suporte ao

doente e o grupo familiar, permitindo também minimizar os medos e

ansiedades e colaborando com a adequada participação de ambos no

processo. (SILVA EP, SUDIGURSKY D, 2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS: É

de suma importância para a família que ela reconheça e saiba como cuidar e

suprir as necessidades de um paciente em fase terminal da vida, pois o mesmo

precisa de mais atenção e objetividade em seus cuidados. A pessoa deve estar

nem fisicamente como emocionalmente para poder dar suporte ao paciente,

ajudando a minimizar o medo e a ansiedade.

DESCRITORES: Cuidados paliativos, Terminalidade, Processo de

enfermagem.

REFERENCIAS:

Matsumoto, D. Y. Manual de Cuidados Paliativos ANCP.2012. 25f.-Disponivel

em <http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Manual-de-

cuidados-paliativos- ANCP .pdf > Acesso em 2018.

Distanásia, eutanásia e ortotanásia: percepções dos enfermeiros de

unidades de terapia intensiva e implicações na assistência.2009-Disponivel

em-<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-

11692009000500003&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em 2

CALDEIRA, E.P. 2013.CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES TERMINAIS-

Disponivel em- http://www.ucv.edu.br/fotos/files/CUIDADOS%20PALIATIVOS

%20EM%20PACIENTES%20TERMINAIS.pdf>-Acesso em 2018

Giwliarda Fernandes Manzan- 2018-A evolução dos cuidados do enfermeiro

com o paciente em fase terminal em duas décadas no Brasil. Disponível

em - <http://revista.faciplac.edu.br/index.php/REFACI/article/view/576/211-

>Acesso em 2018.

Vasconcelos EV, Santana ME, Silva SED.2012.Desafios da enfermagem nos

cuidados paliativos: revisão integrativa. Disponível

em<http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/296/158>

Acesso em 2018.

MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO

Jéssica Vanessa Fernandes Jesus1Katlin Ukachinski1 Mariana Volpi Pospissil1

Gislene Ricci1 Jeanne Moretti1 Giulia Claudia de Souza Lima1 Denise Faucz

Kletemberg2

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a

saúde pública se depara com um sério problema em relação ao diabetes.

Estudos mostram que a previsão para o ano de 2025 é de mais de 350 milhões

de portadores de Diabete Mellitus (DM), e destes, pelo menos 25% terão algum

comprometimento em seus pés em decorrência da falta de prevenção,

orientação do cuidado e falta de controle glicêmico. Estima-se que ocorram

cerca de duas amputações por minuto em decorrência do pé diabético, sendo

que 85% são precedidas por úlceras, que são as causas mais comuns das

hospitalizações. No Brasil se estima uma população de 712 milhões com DM,

484.500 com úlceras, 169.600 admissões hospitalares e 80.900 amputações,

das quais 21.700 teriam como desfecho a morte. (GOLBERT A; ROCHA M. A.

et al. 2017) A diabetes é um distúrbio metabólico causado por defeito na

produção de insulina. O Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, o

Internacional Working Group on the Diabetic Foot (2015) conceitua pé diabético

como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associada a

alterações neurológicas e vários graus de Doença Arterial Periférica (DAP) nos

membros inferiores. Existem algumas causas que podem agravar na DM como:

Poli Neuropatia Diabética (PND), as deformidades, traumas, Doença Arterial

Periférica (DAP). Outras condições colocam os pacientes em alto risco como:

Doença Renal do Diabético (DRB), Retinopatia Diabética (RD), condições

sócias econômicas baixas, morar sozinho e inacessibilidade ao sistema de

saúde. (PEDROSA C. H.; 2018) JUSTIFICATIVA: Diante do tema apresentado

1Acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba –Brasil. Contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. Líder do Núcleo de Estudos Cuidado e Ensino em Saúde (NECES) [email protected] / 041-99104-2312

a avaliação primária é um dos fatores importantes para prevenir a lesão, com o

objetivo de orientar e proteger o indivíduo de desenvolver a patologia, tendo ela

importante impacto por evitar ou diminuir novos casos. OBJETIVO: Identificar

as medidas para a prevenção do pé diabético, descritas na literatura brasileira.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada no mês de agosto de 2018,

através da pesquisa via eletrônica, consultando-se sites de busca de dados

Google Acadêmico, sendo utilizados os descritores: Pé Diabético e Prevenção

de Doenças. Os critérios de inclusão foram publicações no período de 2013 a

2018, no idioma português, publicadas em periódicos indexados, sendo

excluídas publicações que descreviam ações para o tratamento e

conhecimento dos profissionais sobre o pé diabético. RESULTADOS: Os

achados da pesquisa demonstram que o treinamento da equipe multidisciplinar,

familiares, cuidadores e portadores de DM é fundamental para evitar as

hospitalizações, infecções, amputações. A prevenção efetiva significa atenção

à Saúde de modo integral e eficaz, dentre as ações elencadas se pode

destacar: 1) promover a educação para os indivíduos com DM, seus

cuidadores, equipes de hospitais e centros especializados (níveis terciários e

secundários), bem como atenção básica (nível primário). A nível primário

podemos trabalhar com oficinas, orientações em folders, palestras, fazer

avaliação durante a consulta de Enfermagem (SAE) e fazer os testes

específicos para verificar a sensibilidade. Nos níveis secundários e terciários

também iremos trabalhar com os cuidados das lesões sendo necessário a

orientação familiar e do paciente. Não esquecendo sempre que em todos os

níveis temos que capacitar as equipes multidisciplinares para que tenhamos

um acompanhamento eficaz fornecendo uma boa qualidade de vida ao

paciente; 2) identificar os ricos de ulceração com exames anuais, manter a taxa

glicêmica sobre controle, pois os pacientes só percebem que estão em estágio

avançado quando já estão com uma úlcera ou infecção; 3) intervir para redução

do risco das Úlceras do Pé Diabético (UPDs), como cuidados podiátricos,

cuidados necessários com os pés, como: não lixar os calos, manter os pés

secos e limpos, fazer a hidratação com ureia, corte adequado das unhas,

utilizar meias sem costuras ou do avesso e uso de calçados adequados. Os

calçados ideais para o cuidado são os macios, fechados, confortáveis, com

solados rígidos que ofereçam firmeza. As mulheres devem dar preferência a

saltos quadrados que tenham, no máximo, 3 cm de altura, evitando assim

sapatos apertados, duros, de plástico, couro sintético, saltos muito altos com

pontas finas e sandálias que deixem os pés desprotegidos; 4) tratamento

efetivo e imediato quando houver complicações; 5) auditoria de todos os

aspectos de serviços, assegurando que os cuidados locais sejam efetuados

segundo padrões das instituições; 6) estruturar os serviços com o objetivo de

atender a necessidade dos pacientes crônicos, ao invés de buscar apenas as

intervenções de problemas agudos (GOLBERT A; ROCHA M. A. et al. 2017); 7)

realizar sempre o autoexame, onde o mesmo deve ser feito em local bem

iluminado e caso não houver condições pedir ajuda de alguém, sempre verificar

a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas, alterações na cor da

pele e da unha e ausência de pelos e diminuição de sensibilidade

CONCLUSÃO: O desenvolvimento do presente estudo, possibilitou a análise,

de como a prevenção pode ser eficaz no diagnóstico do pé diabético. Além

disso, vimos a importância de se ter uma equipe multiprofissional bem treinada,

e preparada para fazer esse tipo de atendimento e orientações à pacientes

com DM, evitando assim inúmeras complicações e internações

desnecessárias. A prevenção é a base para diminuir internamentos,

amputações e gastos hospitalares. Precisamos investir em prevenção ao invés

de trabalharmos só com os tratamentos, agir na atenção primária monitorando

e rastreando os DM, as suas complicações, e fazer um trabalho realmente

efetivo com os multiprofissionais, familiares, cuidadores e com o próprio

diabético, sobre a prevenção do pé diabético. CONTRIBUIÇÕES/

IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: A conscientização dos profissionais e

pacientes da necessidade da prevenção do pé diabético promoverá melhoria

na qualidade de vida dos indivíduos portadores do diabetes e diminuição dos

gastos públicos, podendo ser revertido esse valor para a educação continuada

e prevenção.

Descritores: Pé Diabético, Prevenção de Doenças, Diabetes Mellitus.

REFERÊNCIAS:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes e Posicionamentos, SãoPaulo, 2017. Disponível em: <https://www.diabetes.org.br/profissionais/publicacoes/diretrizes-e-posicionamentos-1> Acesso em: 20/08/2018.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA. Pé Diabético, Disponível em: <https://www.endocrino.org.br/pe-diabetico/> Acesso em: 23/08/2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica n. º16, Brasília - DF, 2006.Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF> Acesso em: 20/08/2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Pé Diabético – Estratégias para o Cuidado daPessoa com Doenças Crônicas, Brasília-DF, 2016 Disponível em: <http://www.sgas.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/105/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf> Acesso em:20/08/2018.

SECRETÁRIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ. Linha Guia de DiabetesMellitus, Paraná, 2018 Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/linhaguiadiabetes2018.pdf>Acesso em: 23/08/2018.

SANTOS, Cristina Ramos Vieira SANTOS, Isabel, VIEIRA DE SOUZA, Wayner,

et al, Prevalência de pé diabético e fatores associados nas unidades de

saúde da família da cidade do Recife, n. º 10, Pernambuco, Brasil, em 2005,

Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/15.pdf > Acesso em:

30/08/2018.

NECESSIDADES DE SAÚDE DO IDOSO: ELEMENTOS PARA PRÁTICA DA

ENFERMAGEM

Carla Fabiane Rodrigues dos Santos1

Laise Chemin Iank2

Jocyara Geapper Franco de Godoy3

Wanessa Santos de Oliveira4

Marineide Fogaça de Souza5

Maria Elisa Brum do Nascimento6.

INTRODUÇÃO: A enfermagem tem como foco o cuidado nos diferentes ciclos

da vida, com graus de complexidade variável, promovendo a reabilitação física,

a prevenção e promoção de saúde da pessoa assistida (MARIANO;

CARREIRA, 2016.). A experiência em prestar cuidados de enfermagem ao

idoso doente é desafiadora, exige enfrentamento, pois a pessoa nessa

condição apresenta situações críticas como a existência de várias doenças

crônicas e os cuidados exige mais tempo (os idosos possuem algum grau de

dependência funcional) (SOUZA; RIBEIRO, 2013). A Politica nacional da

pessoa Idosa (PNI) tem como propósito central recuperar, manter e prover a

autonomia e a independência dos idosos, por meio do desenvolvimento de

ações individuais e coletivas em consonância com os princípios do Sistema

único de saúde SUS) (BRASIL, 2006). A assistência da enfermagem consiste

numa ação práxica, ocorre de acordo com a demanda da clientela, numa

dimensão não apenas biológica, pois a pessoa percebe suas necessidades

demandando um tipo de ação de saúde que provoca satisfação em suas

1Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected] 2Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected] 3Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected]êmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: [email protected] em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: [email protected]

expectativas (LIMA; TOCANTINS, 2009). A ação de enfermagem conforma um

processo interativo, que carrega significados para quem realiza (enfermagem)

e para aqueles que recebem (cliente). Assim dentre as ações não

técnicaestabelecidas pelo profissional, está o entendimento da necessidade do

vivido e sentido pela pessoa sob cuidados (OLIVEIRA, 2002). A concepção da

necessidade de saúde da pessoa assistida no contexto da enfermagem apoia-

se na compreensão do mundo biológico, psicológico e social geridos por um

tipo de relação em cada estímulo, o ser humano reage com uma resposta que

busca adaptação a nova condição (LIMA; TOCANTINS, 2009).

JUSTIFICATIVA: Acresce que, o envelhecimento populacional elevado

aumenta as demandas sociais, econômicas e produz uma mudança no perfil de

adoecimento, traz repercussões para atenção a saúde e politicas públicas que

passam a enfatizar a promoção à saúde, manutenção da autonomia e gerando

impacto nas formas deatendimento ao idoso (MARTINS et al, 2007). O cuidado

ao idoso dependente demanda a execução de atividades que envolvem esforço

físico, concentração e planejamento, e muitas vezes com o tempo esses

profissionais vivenciam o desgaste físico e emocional, pois convivem com o

sofrimento dos idosos e seus familiares, com a finitude da vida e situações que

geram impotência (KESSLER; KRUG, 2012). Esse estudo torna-se relevante,

uma vez que pode disponibilizar elementos aos profissionais de saúde, em

especial aos enfermeiros, pensar o cuidado e estratégias fundamentadas na

realidade dos idosos sob seus cuidados e suas necessidades. E ainda poderá

contribuir com a nova visão de atenção a saúde partir da assistência de

enfermagem, o processo de sistematização das práticas com a população

idosa. OBJETIVO: Identificar nas publicações cientifica os estudos que

abordam as necessidade de saúde da população idosa e suas implicações

para enfermagem. MÉTODO: Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o

cuidado a pessoa idosa e as necessidades de saúde, considerando artigos

científicos, teses dissertações, livros e capítulos de livros dos últimos cinco

anos, na base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana do Caribe em

Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Após a

leitura previa dos resumos dos trabalhos levantados, foram selecionados os

pertinentes ao objetivo desta investigação. RESULTADOS: Os estudos

indicam que atuação do enfermeiro como aliado dos cuidadores familiares

de idosos com Alzheimer, mostra-se essencial para engajar a família de

forma ativa no cuidado, e deverá buscar minimizar dificuldades e situações

de estresse causados pela doença de Alzheimer a partir da capacitação do

cuidador (MATOS; DECESARO, 2012). O acolhimento, acessibilidade à

informação e ao conhecimento, respeito, vínculo, identidade e

responsabilidade são apontados como traços principais na compreensão

das interações entre profissionais de saúde, pacientes e familiares e na

construção do cuidado (HAMMERSCHMIDT, LENARD, 2010). Esses são

elementos essenciais ao atendimento dos idoso e na construção do cuidado

empoderador, que propicia ao idoso ser protagonista do processo, estimulando

o cuidado de si, por terapêutica entre idoso, profissional e família. Os usuários

mostram satisfação com ao atendimento da enfermeira em virtude da escuta,

acolhimento e resolutividade de suas necessidades de saúde e a insatisfação

decorre da postura profissional (SANTOS et al, 2016). O resgate da ética numa

perspectiva de envelhecimento digno perpassa por diversas discussões na

sociedade que envelhece e, especificamente, entre os profissionais de saúde

que atuam nas instituições hospitalares. A atitude de cuidado requer respeito

ao direito do paciente na tomada de decisão sobre a sua doença e o seu corpo,

exercitando o respeito à dignidade humana como prática no cotidiano

hospitalar (CARRETTA; BETINELLI; ERDMANN, .2011). Partilhar as decisões

no cuidado ao idoso assinala o caminho do princípio ético da autonomia,

especificamente nessa população que tem sua capacidade tão discutida.

Assim, os profissionais devem estar capacitados para ofertar cuidado de

acordo com a demanda dos idosos e com o tipo de serviço proposto, seja na

consulta de enfermagem, na assistência, serviço domiciliar entre outros

(FERREIRA; BANSI; PASCHOAL, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse

estudo evidenciou que a orientação e assistência realizada pelo enfermeiro é

de extrema importância nos cuidados ao idoso, fundamental como elemento

facilitador, oferecendo suporte acolhedor na difícil trajetória desta fase da vida

as doenças, dificuldades no autocuidado, problemas e enfrentamento, da

senilidade. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O

estudo possibilitou refletir sobre o papel da Enfermagem no cuidado do idoso e

identificar a necessidade de valorizar ações que podem ser feitas para

melhorar o atendimento. Os profissionais de enfermagem através do cuidado

de enfermagem podem contribuir significativamente para a construção da

autonomia e participação das pessoas idosas na tomada de decisão sobre

suas necessidades de atenção ou cuidado à sua saúde.

DESCRITORES: Saúde do idoso. Cuidados de enfermagem. Necessidades de

saúde.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.528: Aprova a Política Nacional daPessoa Idosa. Diário Oficial República Federativa do Brasil. Out. v. 237(20)4,2006.

CARRETA, M.B.; BETINELLI, L.A.; ERDMANN, A.L. Reflexões sobre o cuidado

de enfermagem e a autonomia do ser humano na condição de idoso

hospitalizado. RevBrasEnferm, v.64, n.5, p.958-62, 2011.

FERREIRA, F.P.C.; BANSI, L.O.; PASCHOAL, S.M.P.Serviços de atenção ao

idoso e estratégias de cuidado domiciliares e institucionais. Rev. Bras. Geriatr.

Gerontol., v.17, n.4, p. 911-926, 2014.

HAMMERSCHMIDT, K.S.A.; LENARDT, M.H. Tecnologia educacional

inovadora para o empoderamento junto a idosos com diabetes mellitus. Texto

Contexto Enferm, v.19, n.2, p.358-65, 2010.

KESSLER, A.I.; KRUG, S.B.F. Do prazer ao sofrimento no trabalho da

enfermagem: o discurso dos trabalhadores. Rev Gaúcha Enferm, v.33, n.1,

p.49-55, 2012.

LIMA.C.A.; TOCANTINS, F.R. Necessidades de saúde do idoso: perspectivas

para a enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 62, n. 3, p.367-373,

2009.

MARIANO, P.P. Prazer e sofrimento no cuidado ao idoso em instituição de

longa permanência: percepção dos trabalhadores de enfermagem. Escola Anna

Nery, v. 20, n.4, 2016.

MARTINS, J.J. et al. Educação em saúde como suporte para a qualidade de

vida de grupos da terceira idade. Rev. Eletr. Enf., v.9, n.2, p.443-56, 2017.

MATOS, P.C.B.; DECESARO, M. das N. Características de idosos acometidos

pela doença de Alzheimer e seus familiares cuidadores principais.

Rev. Eletr. Enf. V.14, n.4, p.857-65, 2012.

OLIVEIRA DC. A categoria necessidades nas teorias de enfermagem:

recuperando um conceito. RevEnferm UERJ RevBrasEnferm, Brasília 2009

maio-jun; v.62, n.3, p.367-73. 373 in: Necessidades de saúde do idoso:

perspectivas para a enfermagem, v.10, n.1, p. 47-52, 2002.

SANTOS, F.P.A. et al. Práticas de cuidado da enfermeira na Estratégia Saúde

da Família. RevBrasEnferm, v.69, n.6, p.1124-31, 2016.

SOUZA, L.; RIBEIRO, A. P. Prestar cuidados de enfermagem a pessoas idosas:

experiências e impactos de Saúde. Saúde Soc,v.22, n.3, p.866-877, 2013.

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS CUIDADOS

PALIATIVOS, SOB A ÓTICA DA TEORIA DE WANDA A HORTA: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA

Allany Sampaio¹ Karla Danielly1; Luiz Sobrinho do Nascimento².

INTRODUÇÃO: o cuidado paliativo atualmente tem como princípio restabelecer

a integridade perdida e a concretização de “sofrimento”, sendo no âmbito

psicossocial, espiritual, emocional e física (esses conjuntos de rudimentos é

chamada de dor total), o cuidado paliativo procede quando não há mais

efetividade nos tratamentos, assim visando a melhorar a qualidade de vida do

paciente e familiar. Os cuidados ocorrem quando o paciente em alguns casos

se tornam dependente total e pode durar por período curto ou longo prazo,

essa ação ocorre quando pressupõem uma equipe de multiprofissionais, já que

os cuidados visam os aspectos do paciente. Os profissionais de saúde que

possuem mais contato com pacientes em fase terminal são os enfermeiros, que

utilizam conceito OMS de cuidados para definir as formas adequadas do

cuidado, porém sempre se baseando nos conhecimentos da fisiopatologia da

doença para estabelecer junto o conforto e as necessidades. A teoria Wanda a

Horta diz que se deve entender o ser humano como um todo, desde do seu

estado enfermo até psicológico, pois esses fatores interferem no seu

desenvolvimento, sendo assim é possível correlacionar a teria com os cuidados

paliativos, conhecida como “ A boa morte”, voltando às necessidades humanas

básicas, patológica e afetiva. JUSTIFICATIVA: Este estudo se justifica na

medida em que se faz necessário caracterizar as publicações brasileiras sobre

o tema, de modo a permitir um melhor conhecimento sobre a importância da

assistência de enfermagem nos cuidados paliativos. PERGUNTA

NORTEADORA: Como se configura a produção de artigos na literatura

1 Acadêmicas da 3° série do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. [email protected] Positivo. [email protected] Professor do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Positivo.

brasileira sobre a assistência de enfermagem nos cuidados paliativos entre os

anos de 2000 a 2017? OBJETIVO: Identificar o perfil de produção cientifica

online nacional, acerca da importância da assistência de enfermagem nos

cuidados paliativos e a relacionando com a Teoria de Wanda Horta.

METODOLOGIA: O presente estudo tem como metodologia a revisão

integrativa, a qual tem o propósito de reunir e fundir os resultados de pesquisas

sobre o tema escolhido de uma forma sistematizada e organizada, sendo então

um instrumento para que tenhamos mais conhecimento sobre o tema. Além de

apontar lacunas no conhecimento específico que permitirão novos ensaios

sobre a temática estudada. (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008). Foi

utilizada para a busca de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo

estabelecidos como critérios de inclusão artigos completos, publicados entre

2013 e 2017, disponíveis online, no idioma português. Os artigos que não se

enquadraram nestes critérios foram excluídos do estudo. Para a busca foi

utilizada a associação entre os descritores processo de enfermagem e

assistência de enfermagem aos cuidados paliativos. Foram encontrados sete

(7) artigos, destes 5 estavam disponíveis em texto completo, somente cinco (5)

no idioma português. Já com relação aos anos estabelecidos para o estudo

cinco (5) estavam disponíveis, destes somente três (3) artigos foram

selecionais para a leitura dos resumos e após esta análise a amostra final foi

estabelecida em dois (2) artigos. Ressalto que este trabalho não foi submetido

ao Comitê de Ética por se tratar de um trabalho acadêmico que não será

publicado na íntegra. RESULTADOS E DISCUSSÕES: as atividades

educativas dos profissionais de enfermagem vêm sendo abordada em vários

momentos pelas figuras representativas da área. Os dois artigos que fora

analisado demonstrou-se avanços da ciência e seus atributos contribuído para

as especializações que, em certos momentos foge dos preceitos fundamental

da assistência ao ser humano e as necessidades (que sempre é reforçado pela

Wanda), porém a “diversidade de abordagens e falta de estudo rigoroso, torna

difícil recomendar a melhor abordagem baseada em evidências para educar

Enfermeiros em cuidados paliativos” (Pesut et al., 2014) com os seus

pacientes, essa base aponta que o profissionais se sentem desconfortáveis

para ir além do cuidados patológico e saber analisar o paciente como um todo,

por não haver muitas bases científica aos cuidados paliativos aplicada no

conhecimentos nas teorias já conhecida como: lei do equilíbrio - homeostase

ou homeodinâmicatodo – “[...] o universo se mantém por processos de

equilíbrio dinâmico entre os seus seres” (HORTA, 1979, p 28); A lei da

adaptação – “[...] todos os seres do universo interagem com o seu meio externo

buscando sempre formas de ajustamento para se manterem em equilíbrio”

(HORTA, 1979, p. 28); A lei do holismo – “[...] universo como um todo, o ser

humano é um todo, a célula é um todo não é mera soma das partes

constituintes” (HORTA, 1979, p. 28), visando que as teorias são relacionadas

ao paciente, Wanda utiliza a classificação proposta por João Mohona, pois ele

aborda as necessidades psicobiológicas (oxigenação, hidratação, nutrição,

eliminação, sono e repouso), necessidades psicossociais segurança (amor,

liberdade, comunicação, criatividade, aprendizagem) auto realização,

autoestima, participação, autoimagem, atenção e por fim as necessidades

psicoespirituais, que são: religiosa, ética ou de filosofia de vida. Já no outro

artigo selecionado para AZEVEDO (2002, p.23) a “comunicação é uma parte do

cuidar adquirido pelos profissionais em forma de competência interpessoal”, e

não sendo necessário o desenvolvimento de ferramentas para avaliar a eficácia

das iniciativas de educação voltadas para o ensino de cuidados paliativos (Frey

et al., 2013). Portanto percebeu-se que quando à uma ótica de conhecimento à

humanização com base científica ao que está sendo aplicado ao paciente, se

torna um cuidado mais humanizado e deixando o profissional mais seguro das

suas ações e limitações, porém com apoio, pois o cuidar de quem cuida é

essencial, para que processo de morrer com os profissionais de saúde seja

efetiva de forma emocional, assim não criando uma barreira com os pacientes

e dando o melhor tratamento para uma morte sem sofrimento. É importante

assegurar que haja espaços e apoio psicológico para expor os medos,

angústias e frustrações dos profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: desvela-

se neste estudo que, os profissionais de enfermagem, que dão assistência ao

paciente terminal e seus familiares, buscam limitações por ser uma tarefa

difícil, por isso muitas das vezes acaba-se evitando à empatia, deixando de

aplicar a teoria Wanda e as práticas citadas na OMS, pois a morte acabasse se

tornado corriqueira no dia a dia da equipe, evitando os princípios determinado

por Wanda. Portanto, falta estudo rigorosos no cuidado paliativo humanizado.

IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: os artigos encontrados dão ênfase no

cuidado da patológico do paciente, não havendo muitas citações em relação

aos cuidados interpessoais que é extrema importância no cuidado paliativo, por

isso seria adequado as instituições hospitalares e os profissionais oferecer

apoio psicológico à equipe de enfermagem que trabalha com pacientes em

iminência de morte, pois somente aprendendo a lidar com seus próprios medos

e limitações relacionadas ao processo, o profissional poderá ter mais

comunicação e contato com paciente, de acordo com as expectativas do

mesmo e sua família, englobando não apenas seus males físicos, mas também

os aspectos interpessoais que permitem o cuidado humanizado e as

necessidades básicas.

DESCRITORES: processo de enfermagem, assistência de enfermagem e

cuidados paliativos.

REFERÊNCIAS

MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira;

GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a

incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto

Enferm, Florianópolis, v. 17 p. 4, p. 758-64, out.-dez., 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf>. Acesso em:31/08/2018.

HOME CARE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

Alicia Mariana Ribeiro de Souza¹, Amanda Verginia Silveira Farias¹, EmanueleAraujo¹, Greicy Hellen Oliveira dos Anjos¹, Vitória Carolina Lopes de Oliveira¹

Michel Marcos Dalmédico²

INTRODUÇÃO: A Assistência Domiciliar (AD) também conhecida por Home

Care é um conjunto de atividades prestadas em domicílio às pessoas

clinicamente estáveis que exigem estremo cuidado, mas que possam ser

mantidas em casa (Ministério da Saúde, 2012). Diante da crescente população

idosa no País o atendimento à saúde em domicílio surge como proposta de

cuidados para a promoção da Atenção à Saúde(WACHS; LOURIELE.2016)

referente a isso a (AD) veio a ser mais procurada já que é destinada a

pacientes idosos mais vulneráveis e também para pacientes com doenças

crônicas ou degenerativas, problemas respiratórios, danos neurológicos ou

com debilidade motora, além de oferecer suporte nutricional com o menor risco

possível. (MELLO,2016). OBJETIVOU-SE descrever as atribuições do

enfermeiro no âmbito da Assistência Domiciliar. METODOLOGIA Trata-se de

revisão integrativa de literatura. Para a construção desse estudo foram levadas

em consideração as seguintes etapas: definição do tema; elaboração da

questão norteadora; estabelecimentos de critérios de inclusão e exclusão de

dados; analise e interpretação dos resultados e elaboração de revisão,

questionando quais seriam as atribuições do enfermeiro nesta área. Adotaram-

se como critérios de inclusão: Estudos disponíveis na íntegra, redigidos em

língua portuguesa, publicados entre os anos de 2014 a 2018, que retrataram a

temática estudada, disponíveis na biblioteca Scientific Electonic Library Online

(ScIELO), considerando a combinação dos seguintes descritores: Assistência

Domiciliar; Cuidados de Enfermagem; Pacientes Domiciliares. Enquanto

critérios de exclusão foram descartados: artigos incompletos que não atendiam

o objetivo da pesquisa ou com os idiomas não correspondentes da escolha, e

que não atendiam aos demais critérios de inclusão. RESULTADOS: Nas

atividades assistenciais, pode-se identificar que os enfermeiros realizam uma

avaliação do paciente/usuário e da família, no local onde ele se encontra,

residência ou no hospital em que se encontra internado e avalia se o paciente

poderá ser incluído no programa de assistência domiciliar. Para a assistência

domiciliar, com acompanhamento 24 horas por dia, são necessários, no

mínimo, dois técnicos de enfermagem por turno, sendo que o responsável

dessa equipe é o enfermeiro-referência do paciente o qual avalia o paciente

como um todo e realiza procedimentos técnicos (Andrade AM, 2013). As

principais leis decretadas pelo Conselho Federal de Enfermagem, sobre as

atribuições em Assistência Domiciliar são: Avaliar as condições do ambiente do

paciente, de seu domicílio, durante todo o atendimento; Planejar o número de

visitas que atenderão as necessidades do paciente; Deixar claro para todos os

familiares e paciente sobre as condutas do atendimento; Manter o paciente e

familiar informados sobre o diagnóstico, respostas e evoluções; Planejar,

organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a prestação da assistência; Atuar

de forma contínua na capacitação da equipe; Executar cuidados de

enfermagem; Coletar dados (Histórico de Enfermagem); Fazer diagnósticos,

planejamentos, implementações e avaliações de enfermagem; Sua rotina

engloba visitas pré-agendadas ou quando existe alguma urgência para prestar

cuidados ao paciente.(MELLO, 2016). DISCUSSÃO: Os autores analisados

consideram que a Atenção Domiciliar, é um atendimento feito por profissionais

da área da saúde à domicilio, para que o paciente possa dar continuidade em

um tratamento hospitalar, sem necessidade da permanência em um hospital,

nesta área se trabalha principal com idosos mais vulneráveis e ou pacientes

com doenças crônicas, degenerativas, problemas respiratórios, danos

neurológicos ou com debilidade motora. A presença da Equipe de Enfermagem

é indispensável nas empresas de prestação de cuidados domiciliares tanto nas

empresas públicas como nas privadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Analisando as publicações encontradas evidenciou-se a relevância da inserção

do profissional enfermeiro no contexto do atendimento domiciliar, com ênfase

na prevenção e promoção à saúde.

DESCRITORES: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Conhecimento

REFERÊNCIAS:

Andrade AM, Brito MJM, Silva KL, Randow RMV, Montenegro LC.

Singularidades do trabalho na atenção domiciliar: imprimindo uma nova

lógica em saúde. Rev. Pesq. cuid. fundam. Online. 2013; 5(1): 3383-93.

MELLO, Amanda de Lemos et al. Protagonismo do enfermeiro de

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Ministério da Saúde (Br). Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de

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Sena R, Leite JCL, Seixas CT, Gonçalves AM. Domiciliar no Sistema Único de

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WACHS, Louriele Soares et al. Prevalência da assistência domiciliar

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