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BARROCO PROFª FLÁVIA ANDRADE

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Page 1: BARROCO - CURSINHO UFMS

BARROCO PROFª FLÁVIA ANDRADE

Page 2: BARROCO - CURSINHO UFMS
Page 3: BARROCO - CURSINHO UFMS

CONTEXTO HISTÓRICO • Século XVII;

• Fim do ciclo das grandes navegações;

• Mudanças políticas e socioeconômicas;

• Reforma Protestante, 1517;

• Contrarreforma, 1563.

*Barroco: pedra preciosa irregular; ou Seiscentismo.

Massacre de São Bartolomeu, de François Dubois (1572)

Page 4: BARROCO - CURSINHO UFMS

CONTEXTO NO BRASIL • Bahia – primeira capital;

• Ciclo da cana-de-açúcar;

Page 5: BARROCO - CURSINHO UFMS

CONTRASTES Espiritualismo x Materialismo

Fé x Razão

Religiosidade x Paganismo

Pecado x Perdão

Terreno x Celestial

Sagrado x Profano

Flagelação de cristo, Caravaggio.

Page 6: BARROCO - CURSINHO UFMS

LITERATURA BARROCA

• Conflitos: corpo x alma; erotismo x pecado; profano e perdão

• Passagem do tempo – fugacidade da vida

• Forma tumultuosa (antíteses, paradoxos, hipérboles, inversões)

• Mundo instável, dúbio e frágil

• Objetivo de despertar sentidos e emoções

• Preocupação com a morte

Page 7: BARROCO - CURSINHO UFMS

TENDÊNCIAS BARROCAS CULTISMO E CONCEPTISMO

Page 8: BARROCO - CURSINHO UFMS

CULTISMO/GONGORISMO

• Jogo de palavras

• Valorização da forma

• Rebuscamento linguístico

• Estruturação sintática elaborada

• Presente, sobretudo, na poesia

Page 9: BARROCO - CURSINHO UFMS

“ O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo.

Gregório de Matos

Exemplo de cultismo: jogo de palavras e estruturação sintática da poesia.

Page 10: BARROCO - CURSINHO UFMS

CONCEPTISMO/ QUEVEDISMO

• Jogo de ideias e conceitos

• Raciocínios religiosos e filosóficos

• Presente, sobretudo, na prosa

Page 11: BARROCO - CURSINHO UFMS

“ Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há necessidade de luz, há necessidade de espelho e há necessidade de olhos.

Pe. Antônio Vieira

Exemplo de conceptismo: desenvolvimento de raciocínio filosófico com a retomada de argumentos.

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PRINCIPAIS AUTORES PADRE ANTÔNIO VIEIRA E GREGÓRIO DE MATOS

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PADRE ANTONIO VIEIRA Sermões e retórica;

Temas sociais e políticos;

Contra a escravidão indígena;

Temas mundanos: amor e paixão;

Metalinguagem, a arte de pregar;

Disseminação e recolha: elementos argumentativos retomados e explicados.

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GREGÓRIO DE MATOS Poesia lírica/amorosa:

visão paradoxal do amor e da mulher

metáforas, hipérboles, sinestesias e paradoxos

Poesia religiosa:

consciência do pecado

insignificância do ser humano

busca do perdão divino

conflito entre o material e o espiritual

Poesia satírica:

apelidado de “Boca do Inferno”

críticas e ironias a todos os setores da sociedade de sua época.

baixo calão

Page 15: BARROCO - CURSINHO UFMS

“ Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara: Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama fluorescente; E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? [...] Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Gregório de Matos

O poeta lírico

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“ Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido Vos tem a perdoar mais empenhado.

Gregório de Matos

O poeta religioso

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“ Sal, cal e alho Caiam no teu maldito caralho. Amém. O fogo de Sodoma e de Gomorra Em cinza te reduzam essa porra. Amém. Tudo em fogo arda, Tu, e teus filhos, e o Capitão da Guarda

Gregório de Matos

O poeta satírico.

Poema ao então governador da Bahia, Câmara Coutinho.

Page 18: BARROCO - CURSINHO UFMS

“ A INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância.

Gregório de Matos