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Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as demonstrações financeiras do Sistema BNDES relativos ao 1º semestre de 2011. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações, do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN). I. AMBIENTE MACROECONÔMICO Conjuntura Internacional A economia internacional continua cercada por fortes incertezas. A situação periclitante dos países da periferia da Zona do Euro coloca em perspectiva a possibilidade, cedo ou tarde, de uma reestruturação das dívidas soberanas dessas economias. Os pacotes de salvamento já aprovados e em andamento para a Grécia (€110 bilhões), Irlanda (€85 bilhões) e Portugal (€78 bilhões) não têm sido suficientes para reduzir as incertezas e desconfianças dos mercados com relação à situação fiscal de médio e longo prazo dessas economias. Na medida em que fica claro que seus problemas são de solvência, e não de liquidez, pacotes de salvamento não resolverão os problemas de divergências estruturais e de competitividade externa entre os países da Zona do Euro. Nos EUA, a implementação da segunda rodada de afrouxamento quantitativo (quantitative easing 2 - QE2) não tem sido suficiente para elevar o crescimento da economia no curto prazo. Parte do aumento da oferta monetária doméstica não tem se transformado em expansão creditícia, uma vez que os bancos têm elevado, proporcionalmente, seu volume de excesso de reservas remuneradas pelo Federal Reserve. Concomitan- temente, as famílias norte-americanas continuam em processo de desalavancagem, isto é, estão reduzindo suas dívidas. O mercado imobiliário permanece desaquecido, com os preços dos imóveis em patamares ainda baixos. O mercado de trabalho, de maneira semelhante, ainda recupera-se de maneira bastante lenta, com a taxa de desemprego ainda acima de 9,0%. Além desses elementos estruturais, em 2011, os dados do primeiro trimestre foram influenciados por choques adicionais advindos da alta dos preços dos alimentos e do petróleo no mercado internacional. Na China, a elevação da inflação, em especial dos itens ligados à alimentação básica, tem gerado uma forte reação por parte das autoridades no sentido de apertar as condições monetárias. Desde meados de 2010, as taxas básicas de juros já foram elevadas em 5 oportunidades, assim como as alíquotas de recolhimento compulsório dos bancos (em 10 oportunidades). Esse movimento de combate à alta dos preços domésticos certamente gerará algum impacto na trajetória de crescimento da economia. A grande questão é saber não apenas qual é a velocidade e o grau da desaceleração da economia chinesa, mas também como essa dinâmica impactará a evolução prospectiva da economia mundial, em particular os preços internacionais das commodities. Economia Brasileira Os dados das contas nacionais referentes ao 1T/2011 da economia brasileira mostram uma trajetória de crescimento da demanda agregada menos intensa do que em 2010. O Gráfico 1 mostra que, apesar de o crescimento no 1T/2011 ter sido superior aos do 3º e 4º trimestres de 2010, sua decomposição em Vendas finais (consumo total + FBKF + exportações líquidas) e Var. de Estoques, mostra que a demanda final teve uma desaceleração não desprezível. Gráfico 1 - Decomposição da Taxa de Crescimento do PIB em p.p.: Vendas Finais x Var. Estoques Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES E SUAS CONTROLADAS CNPJ Nº33.657.248/0001-89 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - SISTEMA BNDES 30 DE JUNHO DE 2011 Essa decomposição do PIB no 1T/2011 é fruto de um excesso de produção frente a uma demanda rela- tivamente arrefecida. O desempenho da produção industrial, ao longo do 1T/2011, foi superior ao das vendas no comércio varejista, isto é, houve um excesso de otimismo por parte dos empresários acerca do comportamento prospectivo da demanda. O seguimento das vendas no varejo que apresentou sua maior retração no 1T/2011 foi o de bens de consumo duráveis. Esse comportamento da demanda por bens duráveis é fruto dos efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo Banco Central Brasileiro em dez/10. Visando desestimular o consumo das famílias, houve não apenas um aumento das alíquotas de recolhimento compulsório, mas também do percentual de requerimento mínimo de capital para operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses. O crédito para aquisição de veículos foi particularmente impactado, tanto no que tange ao volume de novas concessões, quanto no aumento das taxas de juros cobradas ao tomador final. Os investimentos, por sua vez, continuam apresentando crescimento. Embora sua velocidade de expansão venha se reduzindo devido ao efeito estatístico de bases mais altas de comparação, ainda pode-se notar que a FBKF (Formação Bruta de Capital Fixo) cresce a uma taxa duas vezes superior a do PIB. Ao final do 1T/2011, a taxa de investimento da economia (FBKF/PIB) atingiu 18,5%. II. A EMPRESA O BNDES, fundado em 1952, é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O capital do BNDES pertence inteiramente ao Governo Federal. Desde sua criação, o BNDES vem atuando como o principal instrumento do Governo Federal para execução de políti- cas de investimento, sendo a principal fonte de financiamento de longo prazo na economia brasileira. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo a custos competitivos para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no Brasil, bem como para o incremento das exportações brasileiras. A atuação da BNDESPAR, sua subsidi- ária integral, contribui ainda para o fortalecimento da estrutura de capital de empresas privadas e para o desenvolvimento do mercado de capitais. Dentre as atividades compreendidas no objeto social do BNDES, conforme artigo 9º, inciso VI, do seu estatuto social, está a realização, como entidade integrante do sistema financeiro nacional, de quaisquer operações nos mercados financeiro e de capitais. O BNDES executa suas atividades diretamente ou por meio de duas de suas subsidiárias integrais. A BNDESPAR provê apoio financeiro para capitalização de empreendimentos controlados por grupos privados, enquanto a FINAME auxilia a expansão e modernização da indústria brasileira ao fornecer financiamento, usualmente por meio de agentes financeiros credenciados, para a aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. O BNDES oferece também, diretamente ou por meio da FINAME, financiamento às exportações de produtos e serviços, com foco especial em bens de capital e, eventualmente, bens de consumo com maior ciclo de comercialização. Adicionalmente, como parte da estratégia de ampliar o apoio à internacionalização das empresas brasileiras, o Banco inaugurou, em novembro de 2009, a sua subsidiária em Londres, a BNDES Limited, que se encontra em fase pré-operacional. Os produtos e serviços do BNDES atendem às necessidades de investimentos de amplo espectro de em- presas estabelecidas no Brasil, seja no que concerne ao porte - apoiando desde micro, pequenas e médias até grandes empresas - seja no que concerne ao setor de atividade. Os produtos e serviços do BNDES (i) são acessíveis a empresas de diversos setores, tais como infraestrutura, agronegócio, produção de bens finais diversos, produção de insumos básicos, produção de bens de capital; e (ii) estão disponíveis para investimentos de cunho social. A parceria com outras instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo Brasil, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES. A experiência do BNDES em alocar estes recursos, garantindo os maiores benefícios possíveis para o desenvolvimento nacional, tem contribuído para o crescimento da produção nacional de bens e serviços, expandido a oferta de postos de trabalho, promovido o desenvolvimento do mercado de capitais e incen- tivado a modernização econômica, os avanços tecnológicos e as melhores práticas de proteção ambiental e inclusão social. Publicado no Diário Oficial da União em 15/08/2011

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Page 1: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E … · que a FBKF (Formação Bruta de Capital Fixo) cresce a uma taxa duas vezes superior a do PIB. Ao final do 1T/2011, a taxa de

Senhor acionista e demais interessados:

Apresentamos o Relatório da Administração e as demonstrações financeiras do Sistema BNDES relativos ao 1º semestre de 2011. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações, do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN).

I. AMBIENTE MACROECONÔMICO

Conjuntura Internacional

A economia internacional continua cercada por fortes incertezas. A situação periclitante dos países da periferia da Zona do Euro coloca em perspectiva a possibilidade, cedo ou tarde, de uma reestruturação das dívidas soberanas dessas economias. Os pacotes de salvamento já aprovados e em andamento para a Grécia (€110 bilhões), Irlanda (€85 bilhões) e Portugal (€78 bilhões) não têm sido suficientes para reduzir as incertezas e desconfianças dos mercados com relação à situação fiscal de médio e longo prazo dessas economias. Na medida em que fica claro que seus problemas são de solvência, e não de liquidez, pacotes de salvamento não resolverão os problemas de divergências estruturais e de competitividade externa entre os países da Zona do Euro.

Nos EUA, a implementação da segunda rodada de afrouxamento quantitativo (quantitative easing 2 - QE2) não tem sido suficiente para elevar o crescimento da economia no curto prazo. Parte do aumento da oferta monetária doméstica não tem se transformado em expansão creditícia, uma vez que os bancos têm elevado, proporcionalmente, seu volume de excesso de reservas remuneradas pelo Federal Reserve. Concomitan-temente, as famílias norte-americanas continuam em processo de desalavancagem, isto é, estão reduzindo suas dívidas. O mercado imobiliário permanece desaquecido, com os preços dos imóveis em patamares ainda baixos. O mercado de trabalho, de maneira semelhante, ainda recupera-se de maneira bastante lenta, com a taxa de desemprego ainda acima de 9,0%. Além desses elementos estruturais, em 2011, os dados do primeiro trimestre foram influenciados por choques adicionais advindos da alta dos preços dos alimentos e do petróleo no mercado internacional.

Na China, a elevação da inflação, em especial dos itens ligados à alimentação básica, tem gerado uma forte reação por parte das autoridades no sentido de apertar as condições monetárias. Desde meados de 2010, as taxas básicas de juros já foram elevadas em 5 oportunidades, assim como as alíquotas de recolhimento compulsório dos bancos (em 10 oportunidades). Esse movimento de combate à alta dos preços domésticos certamente gerará algum impacto na trajetória de crescimento da economia. A grande questão é saber não apenas qual é a velocidade e o grau da desaceleração da economia chinesa, mas também como essa dinâmica impactará a evolução prospectiva da economia mundial, em particular os preços internacionais das commodities.

Economia Brasileira

Os dados das contas nacionais referentes ao 1T/2011 da economia brasileira mostram uma trajetória de crescimento da demanda agregada menos intensa do que em 2010. O Gráfico 1 mostra que, apesar de o crescimento no 1T/2011 ter sido superior aos do 3º e 4º trimestres de 2010, sua decomposição em Vendas finais (consumo total + FBKF + exportações líquidas) e Var. de Estoques, mostra que a demanda final teve uma desaceleração não desprezível.

Gráfico 1 - Decomposição da Taxa de Crescimento do PIB em p.p.:Vendas Finais x Var. Estoques

Fonte: Bloomberg. Elaboração APE/BNDES

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES E SUAS CONTROLADAS

CNPJ Nº33.657.248/0001-89

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - SISTEMA BNDES 30 DE JUNHO DE 2011

Essa decomposição do PIB no 1T/2011 é fruto de um excesso de produção frente a uma demanda rela-tivamente arrefecida. O desempenho da produção industrial, ao longo do 1T/2011, foi superior ao das vendas no comércio varejista, isto é, houve um excesso de otimismo por parte dos empresários acerca do comportamento prospectivo da demanda. O seguimento das vendas no varejo que apresentou sua maior retração no 1T/2011 foi o de bens de consumo duráveis.

Esse comportamento da demanda por bens duráveis é fruto dos efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo Banco Central Brasileiro em dez/10. Visando desestimular o consumo das famílias, houve não apenas um aumento das alíquotas de recolhimento compulsório, mas também do percentual de requerimento mínimo de capital para operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses. O crédito para aquisição de veículos foi particularmente impactado, tanto no que tange ao volume de novas concessões, quanto no aumento das taxas de juros cobradas ao tomador final.

Os investimentos, por sua vez, continuam apresentando crescimento. Embora sua velocidade de expansão venha se reduzindo devido ao efeito estatístico de bases mais altas de comparação, ainda pode-se notar que a FBKF (Formação Bruta de Capital Fixo) cresce a uma taxa duas vezes superior a do PIB. Ao final do 1T/2011, a taxa de investimento da economia (FBKF/PIB) atingiu 18,5%.

II. A EMPRESA

O BNDES, fundado em 1952, é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O capital do BNDES pertence inteiramente ao Governo Federal. Desde sua criação, o BNDES vem atuando como o principal instrumento do Governo Federal para execução de políti-cas de investimento, sendo a principal fonte de financiamento de longo prazo na economia brasileira. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo a custos competitivos para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no Brasil, bem como para o incremento das exportações brasileiras. A atuação da BNDESPAR, sua subsidi-ária integral, contribui ainda para o fortalecimento da estrutura de capital de empresas privadas e para o desenvolvimento do mercado de capitais.

Dentre as atividades compreendidas no objeto social do BNDES, conforme artigo 9º, inciso VI, do seu estatuto social, está a realização, como entidade integrante do sistema financeiro nacional, de quaisquer operações nos mercados financeiro e de capitais.

O BNDES executa suas atividades diretamente ou por meio de duas de suas subsidiárias integrais. A BNDESPAR provê apoio financeiro para capitalização de empreendimentos controlados por grupos privados, enquanto a FINAME auxilia a expansão e modernização da indústria brasileira ao fornecer financiamento, usualmente por meio de agentes financeiros credenciados, para a aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. O BNDES oferece também, diretamente ou por meio da FINAME, financiamento às exportações de produtos e serviços, com foco especial em bens de capital e, eventualmente, bens de consumo com maior ciclo de comercialização. Adicionalmente, como parte da estratégia de ampliar o apoio à internacionalização das empresas brasileiras, o Banco inaugurou, em novembro de 2009, a sua subsidiária em Londres, a BNDES Limited, que se encontra em fase pré-operacional.

Os produtos e serviços do BNDES atendem às necessidades de investimentos de amplo espectro de em-presas estabelecidas no Brasil, seja no que concerne ao porte - apoiando desde micro, pequenas e médias até grandes empresas - seja no que concerne ao setor de atividade. Os produtos e serviços do BNDES (i) são acessíveis a empresas de diversos setores, tais como infraestrutura, agronegócio, produção de bens finais diversos, produção de insumos básicos, produção de bens de capital; e (ii) estão disponíveis para investimentos de cunho social. A parceria com outras instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo Brasil, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.

A experiência do BNDES em alocar estes recursos, garantindo os maiores benefícios possíveis para o desenvolvimento nacional, tem contribuído para o crescimento da produção nacional de bens e serviços, expandido a oferta de postos de trabalho, promovido o desenvolvimento do mercado de capitais e incen-tivado a modernização econômica, os avanços tecnológicos e as melhores práticas de proteção ambiental e inclusão social.

Publicado no Diário Oficial da União em 15/08/2011

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(continuação)

PRINCIPAIS FATOS ADMINISTRATIVOS DO 1º SEMESTRE DE 2011

Rating do BNDESA Moody’s elevou o rating escala global em moeda estrangeira (emissão de longo prazo) do BNDES de Baa2 para Baa1, enquanto a Standard and Poor’s alterou a perspectiva do rating escala global em moeda estrangeira (emissão de longo prazo) de “estável” para “positiva”.

Criação dos Programas BNDES PER Rio de Janeiro e BNDES Refin Rio de JaneiroO Banco criou dois programas emergenciais, o BNDES Emergencial de Reconstrução - Rio de Janeiro (BNDES PER Rio de Janeiro) e o BNDES Especial de Refinanciamento a Empresas e Municípios do Estado do Rio de Janeiro (BNDES Refin Rio de Janeiro), para municípios atingidos pelas enchentes no Rio.

Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica e FinanceiraO Banco e o Instituto Camargo Correa (ICC) assinaram Acordo de Cooperação Técnica e Financeira para investir em projetos de qualificação profissional e estruturação de atividades produtivas em populações de baixa renda.

Assinatura de Acordo com Instituto Norueguês de Garantia para Créditos à Exportação (GIEK)O BNDES e o Instituto Norueguês de Garantia para Créditos à Exportação (GIEK) assinaram acordo para estreitar a cooperação entre as duas entidades e abrir caminho para a ampliação dos negócios entre as empresas do Brasil e da Noruega.

Prorrogação do BNDES PSI (Programa BNDES Sustentação do Investimento)O Programa BNDES Sustentação do Investimento (BNDES PSI) foi prorrogado até 31 de dezembro de 2011. O programa se encerraria no fim de março, mas será estendido, com ampliação de sua abrangência e alteração de taxas.

Acordo de Cooperação Técnica entre o BNDES e o Ministério da Ciência e TecnologiaAssinado Acordo de Cooperação Técnica entre o BNDES e o Ministério da Ciência e Tecnologia visando à execução do Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS). O objetivo é fomentar projetos que visem o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa proveniente da cana-de-açúcar.

Parceria entre o BNDES e o Ministério da Pesca e AgriculturaO BNDES e o Ministério da Pesca e Agricultura selaram parceria cujo objetivo é ampliar o papel do Brasil como produtor de pescados para os mercados doméstico e mundial. Foi assinado termo de cooperação técnica entre as duas instituições e lançada uma agenda institucional de desenvolvimento econômico e social da agricultura e pesca brasileira.

Patrocinador EsportivoInício da atuação do BNDES como patrocinador esportivo. A princípio, o apoio será concentrado na ca-noagem. Cabe ao BNDES a análise e o acompanhamento dos projetos apresentados, que devem ter sido previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.

Assinatura de acordo entre os bancos de desenvolvimento dos BRICSAssinado Acordo para Cooperação Financeiras pelos presidentes dos bancos de desenvolvimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O acordo terá prazo de vigência de cinco anos e prevê o fortalecimento da cooperação financeira entre as instituições signatárias e o desenvolvimento do relacionamento econômico e comercial entre os BRICS.

CUSTO DOS FINANCIAMENTOS

A taxa de juros final aos beneficiários dos empréstimos concedidos pelo BNDES varia conforme a forma de apoio, tipo de operação, natureza e região, sendo composta:

Operações Diretas: Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Risco de Crédito

Operações Indiretas:Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Intermediação

Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada

O custo financeiro reflete o custo de captação de recursos pelo BNDES e varia de acordo com as fontes destes recursos (FAT, Tesouro Nacional, Organismos Multilaterais, dentre outros). Os principais custos de captação do BNDES estão associados à TJLP, dólar e cesta de moedas. Em menor escala, ao IPCA e à Selic.

As linhas de apoio à exportação utilizam também a LIBOR acrescida da variação do dólar norte-americano ou a TJFPE - Taxa de juros fixa pré-embarque acrescida da variação do dólar norte-americano.

Para operações com empresas cujo controle seja exercido, direta ou indiretamente, por pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, destinadas a investimentos em setores de atividades econômicas não enumerados pelo Decreto Nº 2.233/97, o custo financeiro será a cesta de moedas.

A remuneração do BNDES varia conforme cada Produto, Linha de Financiamento, Programa ou Fundo. Tem por objetivo cobrir as despesas operacionais e garantir retorno sobre o patrimônio líquido consolidado do BNDES.

A taxa de risco de crédito pode chegar a 3,57% a.a.(1), de acordo com a classificação de risco de crédito do tomador do financiamento, e visa cobrir os riscos de perdas por inadimplência na carteira.

Nas operações indiretas a taxa de risco de crédito é substituída pela taxa de intermediação financeira, que reflete o risco sistêmico das Instituições Financeiras Credenciadas, limitada a 0,5% a.a.. De acordo com o tamanho da Companhia financiada e/ou com o programa de investimento ao qual o projeto está vinculado, a taxa de intermediação financeira é isentada.

A remuneração da instituição financeira credenciada é a taxa que reflete o risco de crédito assumido pelas Instituições Financeiras Credenciadas, e será negociada diretamente entre o beneficiário e a instituição repassadora dos recursos.

FONTES DE RECURSOS

Para dar suporte às suas atividades, o BNDES demanda recursos adequados. As particularidades da oferta doméstica de crédito no país, concentrada no curto prazo, conduziram o governo à busca de soluções alternativas de captação de recursos para apoiar projetos de investimento de longo prazo. A Constituição Federal de 1988 assegurou fonte estável de recursos para o BNDES, o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. Esta fonte resulta basicamente da unificação dos fundos constituídos com recursos do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP. De acordo com a Constituição Federal, 60% da arrecadação do FAT destinam-se a custear o seguro-desemprego e o abono salarial e 40% são aplicados pelo BNDES em programas de desenvolvimento econômico.

Desde 2008 as captações do Tesouro Nacional vem se tornando uma fonte siginificativa de recursos. Em 2009 o BNDES captou R$ 100 bilhões sob amparo da lei nº 11.948/09. De forma a garantir recursos suficientes para atender a demanda por desembolsos em 2010, a MP 472/09 alterou o limite de crédito previsto na lei nº 11.948/09 e garantiu ao BNDES linha de crédito adicional de R$ 80 bilhões, integralmente liberados no 2º trimestre de 2010. Ainda em 2010, foi publicada a MP 505/10 que autorizou a concessão de R$ 30 bilhões ao BNDES, dos quais, R$ 24,8 bilhões, captados sob a forma de LFT (Letras Financeiras do Tesouro), utilizados para integralização de ações de emissão da Petrobras.

No primeiro trimestre de 2011 foi publicada a MP 526/11, convertida na lei nº 12.453, de 21/7/11, que estabeleceu uma linha de crédito de R$ 55 bilhões para o BNDES, dos quais R$ 30 bilhões recebidos no 2º trimestre.

Adicionalmente, o BNDES conta com recursos provenientes de: retorno das suas operações, monetização de ativos de sua carteira, participações societárias, recursos captados no mercado internacional de capitais, seja através de organismos multilaterais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, seja com a emissão de bonds, recursos captados no mercado interno, através da emissão de debêntures pela BNDESPAR, recursos captados via Fundos Institucionais, como FMM (Fundo da Marinha Mercante), FGI (Fundo Garantidor de Investimentos), dentre outros.

SUBSIDIÁRIAS

Em 30/06/11, o BNDES possuía três subsidiárias integrais: BNDES Participações S/A - BNDESPAR, Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME e BNDES Limited. Através da BNDESPAR, o BNDES contribui para o fortalecimento da estrutura de capital de empresas privadas brasileiras e para o desenvolvimento do mercado de capitais, mediante participações acionárias e aquisição de debêntures conversíveis. Já a FINAME concede apoio, através de agentes financeiros credenciados, à expansão e mo-dernização da indústria brasileira, através de financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil e de financiamentos a exportações e importações.

A atuação da BNDESPAR é direcionada a apoiar o processo de capitalização e o desenvolvimento de empresas nacionais. A BNDESPAR atua principalmente através de participações societárias de caráter mi-noritário e transitório, buscando oferecer apoio financeiro às empresas brasileiras sob a forma de capital de risco e, simultaneamente, estimular o fortalecimento e a modernização do mercado de valores mobiliários.

A FINAME tem como missão a promoção do desenvolvimento, a consolidação e a modernização do parque brasileiro produtor de bens de capital, mediante financiamento à comercialização, no Brasil e no exterior, de máquinas e equipamentos fabricados no país. Para cumprir sua missão, a FINAME atua através de repasse de recursos a uma extensa rede de instituições financeiras credenciadas, aumentando, assim, a sua capilaridade, a sua simplicidade e a sua agilidade, atendendo a clientes de praticamente todos os segmentos produtivos.

A BNDES Limited foi constituída no primeiro trimestre de 2009, sob as leis do Reino Unido, como uma sociedade limitada, com capital autorizado de £ 100.000.000,00 (cem milhões de libras esterlinas), tendo sido integralizados £ 3.536.301,00 até 31/12/10. Em 04 de novembro de 2009, a BNDES Limited foi inaugurada em Londres e se encontra em fase pré-operacional.

(1) Aplicáveis às empresas e grupos econômicos não financeiros até 31/12/11.

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(continuação)

DESEMPENHO OPERACIONAL

Os desembolsos do Sistema BNDES somaram R$ 55.624 milhões no 1º semestre de 2011, apresentando redução de 6,2% em relação ao 1º semestre de 2010. Abaixo segue perfil dos desembolsos realizados no 1º semestre de 2011:

DESEMBOLSOS - 1º SEMESTRE DE 2011**(NÃO INCLUI DESEMBOLSOS AO MERCADO SECUNDÁRIO)

No 1º semestre de 2011 as liberações no âmbito do produto BNDES Finame representaram 61,0% do total das liberações na modalidade de operação indireta, tendo apresentado crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2010. O produto BNDES Finame é destinado ao financiamento da produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos.

Destaque para o Cartão BNDES que, no 1º semestre de 2011, somou liberações de R$ 3.045 milhões, valor 73,2% superior ao registrado no mesmo período de 2010. O Cartão BNDES é um crédito rotativo pré-aprovado, destinado à micro, pequenas e médias empresas e usado para aquisição de bens e insumos.

Contrariamente ao movimento verificado nas liberações do produto Cartão BNDES, as liberações no âmbito dos produtos BNDES Finame Leasing, BNDES Automático e BNDES Finem apresentaram redução de 50,5%, 40,2% e 31,5%, respectivamente, na comparação do 1º semestre de 2011 com o 1º semestre de 2010. O produto BNDES Finame Leasing financia a aquisição isolada de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, destinados a operações de arrendamento mercantil. O produto BNDES Automático destina-se ao financiamento de projetos de investimento cujos valores de financiamento sejam inferiores ou iguais a R$ 10 milhões, enquanto o produto BNDES Finem financia projetos de investimentos de valor superior a R$ 10 milhões.

Maiores informações sobre os produtos do BNDES podem ser obtidas no site http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos.

Por Porte

Observa-se no gráfico acima que os desembolsos no 1º semestre de 2011 se concentraram nas micro/pequenas empresas e nas empresas de grande porte. Os desembolsos a micro/pequenas empresas encerraram o semestre em R$ 12.951 milhões, valor 22,6% superior ao registrado no mesmo período de 2010, enquanto os desembolsos a empresas de grande porte ficaram em R$ 32.426 milhões, valor 14,3% inferior aos R$ 37.849 milhões registrados no mesmo período de 2010.

Por Região

A região Nordeste foi a única a apresentar crescimento, de 26,1%, no volume de desembolsos quando comparado o 1º semestre de 2011 com o 1º semestre de 2010. As regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Sul apresentaram reduções de 15,2%, 9,2%, 0,5% e 0,3%, respectivamente.

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Em 2009, como parte do processo de convergência às IFRS, a CVM emitiu diversos Pronunciamentos Técnicos e interpretações para aplicação mandatória nas demonstrações contábeis do exercício de 2010 pelas Companhias por ela reguladas. A BNDESPAR, subsidiária integral do BNDES, está sujeita às normas emitidas pela CVM e, como tal, aplicou estes Pronunciamentos Técnicos e interpretações nas demonstrações contábeis do exercício encerrado em 31/12/10.

A aplicação desses Pronunciamentos Técnicos e interpretações pela BNDESPAR trouxe dois efeitos rele-vantes para o BNDES, os quais decorrem de práticas contábeis aceitas pelo BACEN desde 2001/2002 que não eram adotadas pelo BNDES em virtude da CVM não permitir sua aplicação pela BNDESPAR. São eles:

(i) classificação das participações societárias em não coligadas na categoria “TVM - disponível para venda”, seguindo as orientações contidas na Circular nº 3.068/01 do CMN. Como resultado desta classificação, tais participações passaram a ser registradas pelo seu valor justo, em contrapartida a uma conta de patrimônio líquido denominada “Ajuste de Avaliação Patrimonial”; e

(ii) mensuração e registro dos instrumentos financeiros derivativos, embutidos ou isolados, contidos em operações de participações societárias ou debêntures com cláusula de opção/conversão, suportado pela Circular nº 3.082/02 do CMN. Por se tratar de derivativos, seu registro é feito em contrapartida ao resultado do exercício.

1) Indicadores Econômico-FinanceirosR$ milhões, exceto percentuais

Resultado 1º SEM/11 1º SEM/10 Evolução (%)2º TRIM/11 2º TRIM/10 Evolução (%)

Resultado com Operações Financeiras 2.753 3.040 (9,4) 1.375 1.341 2,5Resultado com Participações Societárias 4.562 2.252 102,6 2.886 1.360 112,2Provisão para Risco de Crédito 853 2.101 (59,4) 459 2.202 (79,2)Outras Receitas e Despesas, líquidas (935) (846) 10,5 (483) (529) (8,7)Tributação sobre o Lucro (1.954) (2.283) (14,4) (1.147) (1.515) (24,3)Lucro (prejuízo) Líquido (LL) 5.279 4.264 23,8 3.090 2.859 8,1

Balanço Patrimonial jun/11 jun/10 Evolução (%) jun/11 mar/11 Evolução (%)

Ativo Total (AT) 583.964 512.893 13,9 583.964 564.514 3,4Disponibilidades e Aplicações Financeiras 2.866 1.593 79,9 2.866 4.716 (39,2)Títulos e Valores Mobiliários 174.960 168.383 3,9 174.960 160.519 9,0Operações de Créditos e Repasses 376.020 316.983 18,6 376.020 367.935 2,2Outros Ativos 16.706 13.934 19,9 16.706 18.008 (7,2)Investimentos 13.268 11.889 11,6 13.268 13.197 0,5Imobilizado, Intangível e Diferido 144 110 30,9 144 139 3,6Empréstimos e Repasses 468.418 395.192 18,5 468.418 434.914 7,7Captações no Mercado – 10.039 (100,0) – – –Outras Obrigações 50.180 50.344 (0,3) 50.180 53.998 (7,1)Patrimônio Líquido (PL) 65.366 57.316 14,0 65.366 75.602 (13,5)Patrimônio Líquido/Ativo Total (PL / AT) 11,19% 11,18% 0,2 11,19% 13,39% (16,4)

Capitalização jun/11 jun/10 jun/11 mar/11

Requerimento de Capital 22,3% 17,1% 22,3% 21,9%Imobilização 0,3% 0,4% 0,3% 0,3%

Índices Financeiros (%) jun/11 jun/10 Evolução (%) jun/11 mar/11 Evolução (%)

Inadimplência / Carteira Total 1/ 0,12% 0,20% (0,08) 0,12% 0,03% 0,09PDD / Carteira Total 1/ 0,85% 1,54% (0,69) 0,85% 0,95% (0,10)PDD / Créditos Inadimplentes 1/ 6,98 7,58 (0,60) 6,98 32,61 (25,63)

1º SEM/11 2010 Evolução (%)2º TRIM/11 2º TRIM/10 Evolução (%)

Retorno s/ Ativos (LL / ATmédio) 2/ 0,93% 0,89% 0,04 0,54% 0,60% (0,06)Retorno s/ PL (LL / PLmédio) 3/ 8,04% 7,11% 0,93 4,38% 4,73% (0,34)Retorno s/ Participações Societárias 4/ 6,96% 6,43% 0,94 4,03% 3,89% 0,94

1/ Inclui Operações de Crédito e Repasses Interfinanceiros.2/ ATmédio = (AT inicial + AT final) / 2.3/ PLmédio = (PL inicial + PL final) / 2.4/ Retorno s/ Part Soc = Resultado Part Soc / Part Soc média (excluindo AVM de não coligadas)

2) Resultado

O Sistema BNDES encerrou o 1º semestre de 2011 com lucro líquido de R$ 5.279 milhões, resultado este R$ 1.015 milhões (23,8%) superior ao registrado no mesmo semestre de 2010. Esse crescimento é explicado basicamente pelo acréscimo de R$ 2.310 milhões (102,6%) no resultado com participações societárias, atenuado pela redução na receita com provisão para risco de crédito de R$ 2.101 milhões no 1º semestre de 2010 para R$ 853 milhões no mesmo semestre de 2011.

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(continuação)

A melhora do resultado de participações societárias entre os semestres em análise decorre de:

I. acréscimo de R$ 521 milhões (272,1%) no resultado com equivalência patrimonial, reflexo do desempenho das empresas que compõem a carteira;

II. acréscimo de R$ 865 milhões (120,7%) no resultado com alienações de participações societárias. Dentre os principais eventos destaca-se o ganho de R$ 357 milhões em operação de permuta de ações. No mesmo período de 2010 as principais alienações foram da TOTVS, IOCHPE e Rede Energia, que totalizaram R$ 114 milhões; e

III. acréscimo de R$ 915 milhões (79,3%) da receita com dividendos e JCP. As principais empresas que contribuíram para receita registrada no 1º semestre de 2011 foram Petrobras, Eletrobrás e Vale, com 75,2% do total. No 1º semestre de 2010 essas empresas corresponderam a 46,0% do total da receita. O aumento das participações da Petrobras e da Eletrobrás na composição da receita com dividendos e JCP resulta das recentes aquisições de ações dessas empresas.

A receita com reversão da provisão para risco de crédito registrada no 1º semestre de 2010 foi formada basicamente por recuperações de crédito num total de R$ 2.286 milhões. No 1º semestre de 2011 a receita de R$ 853 milhões decorre da melhora da qualidade da carteira de crédito como um todo.

3) Balanço Patrimonial

O crescimento do Ativo Total do Sistema BNDES nos últimos anos deve-se, principalmente, ao aumento do volume de operações de crédito e TVM, suportado por captação de recursos de longo prazo, notadamente do Tesouro Nacional. Em 30/6/11, o Ativo Total atingiu R$ 583.964 milhões, refletindo crescimento de R$ 34.944 milhões (6,4%) em relação 31/12/10, suportado substancialmente pela entrada de recursos do TN no total de R$ 30.000 milhões.

Em 30/6/11, a carteira de títulos e valores mobiliários somava R$ 174.960 milhões, dos quais R$ 91.119 milhões referentes a investimentos em sociedades não coligadas, R$ 58.182 milhões a títulos públicos federais e R$ 20.591 milhões à carteira de debêntures, líquida de provisão. Os R$ 5.068 milhões restantes compreendem Fundos exclusivos de aplicação financeira (R$ 2.297 milhões), cotas de fundos de investi-mento (R$ 1.965 milhões) e instrumentos financeiros derivativos (R$ 807 milhões).

O crescimento de R$ 29.030 milhões (19,9%) da carteira de títulos e valores mobiliários em relação à 31/12/10 reflete substancialmente a captação de R$ 30.000 milhões, sob a forma de títulos públicos, do TN.

A redução observada na carteira de participações societárias avaliadas a valor justo (não coligadas) reflete a desvalorização das ações que compõem esta carteira em R$ 12.415 milhões. A conversão de R$ 2.314 milhões de direitos a receber da Eletrobrás, cedidos pela União, em ações da própria empresa e o recebimento de ações da Petrobras, no valor de R$ 6.400 milhões, a título de integralização de capital do BNDES atenuaram a queda da carteira no semestre. Vale ressaltar que a redução do valor justo reflete o momento instável do mercado de capitais e, tendo em vista o caráter de longo prazo desta carteira, não representa uma perda efetiva. Em 30/6/11, a carteira de participações societárias a valor justo da BNDESPAR superava seu custo de aquisição em R$ 33.780 milhões (176,5%).

Em relação à intenção de alienação dos títulos e valores mobiliários por parte da Administração, do total da carteira líquida de R$ 174.960 milhões, 71,7% (R$ 125.440 milhões) encontravam-se classificados na categoria “Disponíveis para Venda”. Foram classificados R$ 41.971 milhões (24,0%) como “Manti-dos até o Vencimento”, uma vez que o BNDES tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los, e R$ 6.742 milhões (3,9%) em “Títulos para Negociação”. O restante, 0,5% (R$ 807 milhões), é representado por instrumentos financeiros derivativos.

A carteira de operações de crédito e repasses interfinanceiros, líquida da provisão para risco de crédito, é responsável por 64,4% do Ativo Total em 30/6/11, tendo apresentado aumento de R$ 14.445 milhões (4,0%) em relação a 31/12/10. Do total da carteira líquida, 49,0% estão representados por operações de crédito e 51,0%, por repasses interfinanceiros.

O crescimento da carteira de operações de crédito e repasses interfinanceiros, líquida de provisão para risco de crédito, no 1º semestre de 2011 se deu basicamente em função do aumento da carteira de repas-ses, principalmente em moeda nacional. O crescimento da carteira de operações no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que passou de aproximadamente R$ 72 bilhões em 31/12/10 para aproximadamente R$ 92 bilhões em 30/6/11, responde em grande parte pelo aumento da carteira.

Conforme Resolução CMN nº 2.682/99, a carteira de crédito do Sistema BNDES é segregada em níveis crescentes de risco, que vão de AA a H. Em 30/6/11, do total da carteira, 98,8% da carteira de opera-ções de crédito e repasses estava concentrada nos níveis de risco AA a C, considerados de baixo risco.

Os créditos inadimplentes somaram R$ 461 milhões, correspondendo a 0,12% da carteira bruta total, sendo que 31,0% desses créditos não representam riscos para o resultado do BNDES uma vez que já se encontram provisionados. É importante ressaltar que do total dos créditos inadimplentes, R$ 353 milhões resultou de diferença de câmbio e foi sanada em julho de 2011. O total da provisão para risco de crédito, de R$ 3.219 milhões, correspondeu a 6,9 vezes o total dos créditos inadimplentes.

QUALIDADE DA CARTEIRA DE CRÉDITO EM30 DE JUNHO DE 2011

Classificaçãode Risco

BNDESConsolidado SFN

InstituiçõesFinanceiras Privadas

InstituiçõesFinanceiras Públicas

AA - C 98,8% 92,2% 91,2% 93,7%D - G 1,0% 4,8% 5,5% 3,7%H 0,2% 3,0% 3,3% 2,6%TOTAL 100,0% 100,0 100,0 100,0

Em 30/6/11 a rubrica Investimentos é composta majoritariamente pelos investimentos em coligadas mantidos pela BNDESPAR. O crescimento de R$ 1.700 milhões (14,7%) em relação a 31/12/10 é explicado basicamente pelo resultado de equivalência patrimonial no semestre, de R$ 713 milhões, e pela aquisição de novos investimentos no valor de R$ 996 milhões.

Os empréstimos e repasses do Tesouro Nacional e do FAT são as principais fontes de recursos do BNDES, representando, respectivamente, 49,0% e 23,9% do passivo total.

A partir do 3º trimestre de 2009, o Tesouro Nacional passou a ser a principal fonte de recursos do BNDES, posição historicamente ocupada pelo FAT, devido ao volume de recursos captados em 2009 (R$ 105 bilhões), e em 2010 (R$ 107 bilhões). Sob o amparo da MP 526, de 04/3/11, convertida na lei Nº. 12.453 de 21/7/11, foram captados R$ 30 bilhões, na forma de títulos públicos, no 1º semestre de 2011.

Em relação ao FAT, verifica-se crescimento de R$ 7.175 milhões (5,4%) no semestre devido ao ingresso de R$ 7.964 milhões sob a rubrica FAT Constitucional.

Adicionalmente ao FAT e ao Tesouro Nacional, o BNDES possui outras importantes fontes de recursos na composição de seu funding, como:

a. Fundo da Marinha Mercante (FMM), Fundo PIS-PASEP, FGTS e seu fundo de investimento, o FI-FGTS;

b. captações no mercado externo, notadamente mediante a emissão de bonds; ec. emissão de debêntures pela BNDESPAR.

Em 30/6/11, essas fontes totalizaram R$ 42.968 milhões, o equivalente a 7,4% das fontes de recursos do BNDES.

O saldo das captações no mercado externo apresentou redução de R$ 1.417 milhões (7,2%) no 1º semestre de 2011 devido aos efeitos da variação cambial. Entre as principais instituições internacionais com as quais o BNDES mantém operações estão o Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), o China Development Bank (CDB), o Banco de Crédito Alemão para Reconstrução Econômica (KfW), o Banco Nórdico de Investimento (NIB), o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Inter-Americano de De-senvolvimento (BID).

O saldo de outras obrigações apresentou queda de R$ 2.520 milhões (4,8%) no 1º semestre de 2011 em virtude da redução do saldo de impostos e contribuições diferidos, que representa o efeito tributário sobre o ajuste a valor justo da carteira de participações societárias em não coligadas e dos instrumentos financeiros derivativos. Como no 1º semestre o ajuste a valor justo dos investimentos em não coligadas foi negativo, houve redução nos impostos e contribuições diferidos.

O Patrimônio Líquido não apresentou variação significativa em relação à 31/12/10. No entanto merecem destaque:

▪ pagamento de R$ 4.200 milhões a títulos de dividendos complementares sobre o lucro de 2010;▪ ajuste de avaliação patrimonial, no montante de R$ 8.012 milhões, decorrente do efeito reflexo dos

ajustes registrados pela BNDESPAR, líquido dos respectivos efeitos tributários, além da marcação a mercado de títulos públicos e debêntures da carteira do BNDES classificados como “disponíveis para venda”, conforme determinado pela Circular BACEN 3.068/01; e

▪ aumento de capital de R$ 6.400 milhões mediante a transferência pela União de 223.597.798 ações ON da Petrobras, previamente autorizado pelo Decreto 7.439/11.

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(continuação)

Em relação aos limites operacionais, o índice de Basiléia ficou em 22,3% (21,9% em 31/3/11), superior ao nível mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%. O BNDES encerrou o 1º semestre de 2011 enquadrado em todos os limites prudenciais.

III. GESTÃO DE RISCOS

Em conformidade com os normativos internos e externos e de acordo com os objetivos estabelecidos pela Alta Administração, a Área de Gestão de Risco do BNDES é responsável por:

a) Definir e propor ao Conselho de Administração as diretrizes gerais de gestão de riscos e controles internos para o BNDES e suas subsidiárias;

b) Monitorar os níveis de exposição a riscos;c) Analisar e monitorar os requerimentos de capital regulatório;d) Analisar a evolução das provisões para devedores duvidosos e os seus impactos no resultado do BNDES

e de suas subsidiárias;e) Avaliar a qualidade dos controles internos existentes no Sistema BNDES, a definição de responsabili-

dades, a segregação de funções, os riscos envolvidos e a conformidade dos processos aos normativos internos e externos, propondo medidas para o seu aprimoramento; e

f) Disseminar cultura de controles internos e de gestão de riscos no âmbito do Sistema BNDES.

O gerenciamento de risco no BNDES é um processo contínuo e evolutivo. Os trabalhos são desenvolvidos de modo a proporcionar unicidade às políticas, processos, critérios e metodologias de controle de riscos, que são apreciadas pelo Comitê de Gestão de Riscos, o qual é apoiado por sub-comitês específicos.

No 1º semestre de 2011 destacaram-se: a) início do projeto de implementação de monitoramento contínuo para avaliação de controles internos; b) novas ações para o desenvolvimento e implementação de um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios para o BNDES, incluindo o cumprimento de etapas do processo licitatório em curso, com expectativa de conclusão até julho de 2011; c) construção de um Plano de Gerenciamento de Incidente (PGI), em fase final de elaboração; d) início da operação em produção do software de gestão de risco de mercado; e e) continuidade na implementação do software de gestão do risco de crédito, cujo término é esperado para o 1º semestre de 2012.

• Controles Internos

Controles Internos são procedimentos presentes em todos os níveis da Instituição que visam proporcionar adequada segurança quanto ao alcance dos objetivos, contribuir para a exatidão das informações financeiras e proteger os ativos, sempre em conformidade às normas externas e internas.

O BNDES busca promover o contínuo aprimoramento dos controles internos com base nos fundamentos estabelecidos pela Resolução CMN nº 2554/98 e pela Política Corporativa de Controles Internos. Neste contexto, são realizadas atividades de verificação de conformidade aos normativos internos e externos, bem como a avaliação dos riscos e controles internos dos processos de trabalho.

A atividade permanente de disseminação da cultura de controles internos é baseada em um processo de comunicação, visando esclarecer o papel de cada profissional no Sistema de Controles Internos e reforçar a importância da ética e da transparência. Além da divulgação da Política Corporativa de Controles Internos e a disponibilização de informações relacionadas ao tema na intranet, são realizadas palestras para novos funcionários no processo corrente de renovação do quadro funcional.

• Risco Operacional

O Risco Operacional se refere à possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiências ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. O conceito inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. Diferentemente dos riscos de mercado e de crédito, sua gestão e mitigação envolve todas as Áreas da Instituição.

Cabe à unidade responsável pelo gerenciamento do risco operacional auxiliar as demais unidades na identi-ficação e avaliação desses riscos. Para tanto, são seguidos os preceitos constantes da Política Corporativa de Gestão de Risco Operacional do BNDES, bem como aqueles constantes da Política Corporativa de Gestão da Continuidade de Negócios do BNDES. Ambas estabelecem o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades relativos aos temas na instituição. A estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se divulgada em:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/

Visando disseminar a cultura de riscos operacionais na instituição, consta do programa de capacitação de novos funcionários, módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados. Também estão disponíveis informações sobre Riscos Operacionais para o público interno, na intranet.

• Risco de Mercado

O risco de mercado é o risco de ocorrência de perdas financeiras resultantes da alteração nos valores de mercado de posições ativas e passivas detidas pela Instituição, dentre as quais se incluem os riscos das operações sujeitas à variação da cotação de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities).

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado e a política corporativa de gestão de riscos de mercado e liquidez do BNDES e de suas subsidiárias definem o conjunto de metodologias, procedimentos, limites, instrumentos e responsabilidades aplicáveis no controle permanente dos processos internos da instituição, a fim de garantir o adequado gerenciamento dos riscos.

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do BNDES está composta pela Diretoria, pelo Comitê de Gestão de Riscos, pelo Sub Comitê de Gestão de Risco de Mercado, pelo Conselho de Administração e pela Área de Gestão de Riscos. A estrutura completa para gerenciamento do risco de mercado do BNDES está disponível para acesso público em:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/

• Risco de Crédito

O risco de crédito é o risco associado à possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes do não cumpri-mento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas nas renegociações e aos custos de recuperação. Desse modo, a gestão do risco de crédito no BNDES permeia todo o processo de concessão, monitoramento, cobrança e recuperação de créditos, englobando a atuação de diversas áreas.

A política corporativa de gestão de risco de crédito, aprovada durante o exercício de 2010, formalizou o processo de gestão do risco de crédito do BNDES e de suas subsidiárias, estabelecendo responsabilidades, princípios, diretrizes, processos e procedimentos necessários à identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação dos riscos aos quais o BNDES está exposto. A formalização da política, bem como a estrutura de gerenciamento do risco de crédito no BNDES, cumpre as diretrizes estabelecidas pela Resolução CMN nº 3.721/09.

O BNDES apura parcela de capital regulamentar para toda a carteira de créditos da instituição e para todos os demais ativos, tais como títulos e valores mobiliários, swaps e operações compromissadas e envia as informações ao Banco Central, mensalmente. Adicionalmente, o BNDES elabora estimativas próprias para os diferentes componentes do risco da carteira de créditos, com vistas a avaliar potenciais perdas financeiras. Por fim, o BNDES também realiza a apuração de outros limites regulamentares internos e externos, dentre eles, limites de exposição por cliente e ao setor público, limites setoriais, além de diversos indicadores relacionados à carteira do BNDES como inadimplência e créditos baixados como prejuízo, qualidade da carteira e provisionamento, concentração por grupo econômico e por setor de atividade, entre outros. Os indicadores produzidos são analisados e inseridos no Informe de Gestão de Risco de Crédito, enviado mensalmente ao Comitê de Gestão de Riscos.

Na Nota Explicativa nº 33 às demonstrações financeiras do BNDES estão descritas as principais atividades relacionadas a cada qualidade de risco acima apresentada desempenhadas no 1º semestre de 2011.

IV. GOVERNANÇA CORPORATIVA

No Sistema BNDES, a adoção das melhores práticas de governança corporativa tem por objetivo otimizar o desempenho da Instituição, protegendo seu acionista único, o Governo Federal, bem como as partes interessadas (stakeholders), tais como empregados, credores, trabalhadores (através do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador, como principal fonte de recursos do Sistema BNDES) e a sociedade em geral, além de facilitar o acesso aos investimentos e financiamentos de capital. A análise das práticas de gover-nança corporativa aplicadas ao Sistema BNDES deve oferecer, principalmente, transparência, equidade de tratamento dos interessados e prestação de contas.

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(continuação)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração do BNDES é composto por onze membros, entre eles o Presidente do Con-selho, sendo quatro indicados, respectivamente, pelos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Trabalho e Emprego, da Fazenda e das Relações Exteriores e os demais pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O Presidente do BNDES exerce a Vice-Presidência do Conselho.

Os membros do Conselho de Administração serão nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros de notórios conhecimentos e experiência, idoneidade moral e reputação ilibada, com mandato de três anos, contados a partir da data de publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.

O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, a cada trimestre do ano civil e, extraordinaria-mente, sempre que for convocado pelo Presidente, a seu critério, ou por solicitação de, pelo menos, dois de seus membros. O Conselho somente deliberará com a presença de, pelo menos, seis de seus membros.

O Conselho de Administração tem como algumas de suas atribuições: i) opinar, quando solicitado pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sobre questões relevantes perti-nentes ao desenvolvimento econômico e social do País e que mais diretamente se relacionem com a ação do BNDES; ii) aconselhar o Presidente do BNDES sobre as linhas gerais orientadoras da ação do Banco e promover, perante as principais instituições do setor econômico e social, a divulgação dos objetivos, programas e resultados da atuação do Banco; e iii) examinar e aprovar, por proposta do Presidente do BNDES, políticas gerais e programas de atuação a longo prazo, em harmonia com a política econômico--financeira do Governo Federal.

COMITÊ DE AUDITORIA

Conforme previsão estatutária e em linha com o preconizado pelo Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o Sistema BNDES conta com um Comitê de Auditoria que funciona como órgão auxiliar do Conselho de Administração, a quem deve se reportar. Pode ser composto por até seis membros (atualmente são três), designados pelo Conselho de Administração. O mandato é por prazo indeterminado, cessando-se, a qualquer tempo, por deliberação do Conselho de Administração.

Dentre as atribuições do Comitê de Auditoria, encontram-se: i) recomendar à administração do Banco a auditoria independente a ser contratada; ii) revisar, previamente à publicação, as demonstrações contábeis semestrais; iii) avaliar a efetividade das auditorias independente e interna; iv) recomendar à Diretoria do BNDES correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições; e v) elaborar relatório contendo informações sobre as suas atividades e a avaliação da efetividade dos sistemas de controles internos.

CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal do BNDES é composto por três membros e três suplentes, todos com mandato de dois anos, admitida a recondução por igual período. Dois membros efetivos e seus respectivos suplentes são indicados pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e um membro efetivo e seu respectivo suplente são indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, como representantes do Tesouro Nacional, nomeados pelo Presidente da República, em qualquer dos casos.

O Conselho Fiscal tem como atribuições examinar e emitir parecer sobre os balanços patrimoniais e demais demonstrações financeiras, bem como sobre as prestações de contas semestrais da Diretoria do BNDES, e exercer outras atribuições previstas na Lei das Sociedades por Ações.

Os órgãos de administração são obrigados a disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos membros em exercício do Conselho Fiscal, dentro de dez dias, cópia das atas de suas reuniões e, dentro de quinze dias de sua elaboração, cópias dos balancetes e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente, bem como dos relatórios de execução do orçamento.

OUVIDORIA

Criada em 2003, a Ouvidoria do BNDES atua no pós-atendimento e na mediação de conflitos entre o cidadão e a Instituição, prestando esclarecimentos e procurando estreitar os laços entre o BNDES, seus clientes e o público em geral. Para tanto, estimula iniciativas descentralizadas, voluntárias e efetivas de aprimoramento dos serviços prestados, tornando-se instrumento de inclusão social.

Agindo de forma autônoma, imparcial e sigilosa, a Ouvidoria interpreta os anseios do cidadão perante a empresa, contribuindo para o aperfeiçoamento do processo democrático.

Nesse esforço, a Ouvidoria do BNDES tem a atribuição de atuar como canal de comunicação entre a Instituição e os públicos externo e interno (funcionários e colaboradores) recebendo sugestões, denúncias e reclamações e demais manifestações não solucionadas através dos canais de atendimento Fale Conosco ou Atendimento da Área de Operações Indiretas.

O Ouvidor é designado pelo Presidente do BNDES e tem mandato por prazo indeterminado, cessando-se a qualquer tempo por decisão do Presidente.

GESTÃO DA ÉTICA

O BNDES tem convicção de ter conquistado reconhecimento e respeito junto à sociedade brasileira por valorizar o comportamento ético no exercício das atividades de seus empregados.

A gestão da ética no Sistema BNDES é conduzida pela Comissão de Ética do Sistema BNDES (CET/BNDES) e pela Secretaria Executiva da Comissão de Ética (SECET/GP), vinculada à Presidência do BNDES , nos termos do Código de Ética do Sistema BNDES e da legislação aplicável, em especial o Decreto nº 6.029/2007 e a Resolução nº 010/2008, da Comissão de Ética Pública (CEP). O atual Código de Ética do Sistema BNDES foi aprovado em 28/04/09, pela Resolução nº 1754/2009, da Diretoria do BNDES e é o regulamento que orienta o trabalho desenvolvido na gestão da ética através da promoção de ações de natureza educativa, da atualização e aperfeiçoamento de normas e na apuração e aplicação das providências cabíveis nos casos de infrações éticas.

Anualmente, conforme dispõe o decreto nº 6.029, de 01/02/07, a Comissão de Ética do Sistema BNDES, tem um terço de sua composição renovada, devido ao término de mandato de dois de seus membros. Os membros são designados para exercer um mandato de três anos, renováveis por igual período. No primeiro semestre de 2011, houve recondução de um membro e a indicação de um novo integrante. Nesse processo de renovação foi, também, indicado o novo Presidente da CET/BNDES, pela expiração do mandato do anterior.

O BNDES é membro do Fórum Nacional de Gestão da Ética nas Empresas Estatais desde a sua criação, em 21/05/07, participando das reuniões ordinárias, que ocorrem mensalmente, e na organização do Seminário Anual de Gestão da Ética nas Empresas Estatais. Atualmente vinte empresas compõem o referido Fórum, que se dedica a estudar e debater assuntos relacionados à ética, em seus aspectos conceituais, filosóficos, doutrinários, legais e administrativos, compartilhando experiências e fortalecendo a gestão da ética na esfera pública.

Neste 1º semestre foi realizado o VII Seminário Anual de Gestão da Ética nas Empresas Estatais, no qual foi assumido pelo BNDES, com o apoio do seu Presidente, o compromisso de coordenar e sediar a rea-lização do VIII Seminário de Gestão da Ética nas Empresas Estatais no ano de 2012. Nesse Seminário, a gestão da ética no BNDES foi apresentada como um dos casos para serem debatidos pelos participantes. Também no âmbito do Fórum, foi realizado um Seminário para tratar do tema Assédio Moral, com a par-ticipação prioritária de membros das Comissões de Ética e das Áreas de Recursos Humanos das empresas participantes, sob a condução de Professor da Universidade de Québec, Canadá.

A Comissão de Ética do Sistema BNDES participa, ainda, do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, coordenado pela Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, através da qual os membros da Comissão de Ética e da Secretaria Executiva estão em permanente capacitação e atualização.

No 1º semestre de 2011, a CET/BNDES procedeu a abertura de 33 (trinta e três) Procedimentos Preliminares (PP), abrangendo consultas, denúncias e aconselhamentos, dentre outros, que foram todos devidamente apreciados e arquivados. Atualmente há dois Processos de Apuração Ética (PAE) em andamento, decorrentes de Procedimentos Preliminares abertos em 2010. Os temas tratados nos Procedimentos Preliminares, no período, foram os seguintes:

Tema OcorrênciaAtividades Paralelas/Docência/Conflito de Interesses 13Desrespeito Profissional e Pessoal/Conflitos 10Valores Mobiliários 4Presentes e brindes 2Outros 4Total 33

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(continuação)

Foram realizadas 02 (duas) palestras objetivando a divulgação da gestão da ética no BNDES, com a dis-seminação do código de ética e seus valores, direcionadas aos novos empregados e 05 (cinco) palestras no Projeto Evoluir, consolidando os valores éticos do BNDES através de discussão de casos com o apoio da ARH/DEDES e da Fundação Dom Cabral. Estes dois eventos envolveram cerca de 330 empregados.

Foram realizadas 22 (vinte e duas) Reuniões Ordinárias e uma Reunião Extraordinária da Comissão de Ética do Sistema BNDES. Além do cumprimento das suas atribuições básicas, a CET/BNDES colabora com os Grupos de Trabalho sobre Assédio Moral, Pró-Equidade de Gênero, e sobre Responsabilidade Socioambiental - RSA.

Por fim, cumpre observar que a Ética é um dos valores do BNDES, que, ao lado da Excelência, Com-promisso com o Desenvolvimento e Espírito Público, foram consagrados em 2010, intitulado o Ano dos Valores do BNDES, tendo continuidade em 2011, como valor norteador para gestão, neste ano de 2001, intitulado o Ano da Excelência em Gestão.

V. RECURSOS HUMANOS

Em cumprimento à Constituição Federal, o BNDES contrata seus empregados por meio de Seleção Pública. A alteração do quantitativo de seu quadro funcional se dá por meio de Portarias do DEST, tendo a última Portaria nº 9 de abril de 2010, fixado o limite de quantitativo do Sistema BNDES em 2.840 empregados.

O BNDES encerrou o 1º semestre de 2011 com 2.714 empregados, representando um aumento de 3% em relação ao quantitativo de 31 de dezembro de 2010, composto por 2.635 empregados.

Em consonância com o momento de renovação do quadro funcional, o BNDES continua oferecendo aos empregados que irão se desligar até 2012 o Programa Novos Tempos. A iniciativa, que já atendeu cerca de 180 empregados, tem o objetivo de assegurar a transmissão de conhecimento entre novos e antigos empregados, além de proporcionar novas opções de vida além do trabalho.

Cabe destacar que as mulheres ocupam 37% das funções executivas. Este índice é resultado do esforço do Banco em reconhecer e indicar empregados para ocuparem funções de confiança, independente de seu gênero. O indicador sugere que o Programa Pró-Equidade de Gênero, coordenado pelo Gabinete da Presi-dência, cujo objetivo é a promoção de igualdade entre homens e mulheres, está produzindo bons resultados.

Em 2011, o BNDES iniciou o novo Evoluir, programa de capacitação que faz parte da estratégia de dis-seminação dos valores do BNDES. Também houve um aumento nos investimentos em treinamentos no exterior, relacionado com a estratégia de internacionalização do Banco. Com a grande entrada de novos empregados, a demanda por treinamentos continuou alta. No 1º semestre de 2011 foram investidos aproxi-madamente R$ 5 milhões em capacitação, incluindo turmas do Evoluir , treinamentos no exterior e cursos técnicos para as áreas, entre outras ações.

Como benefícios aos empregados, além de uma forte política de treinamento, o BNDES concede, vale--transporte, auxílio refeição e auxílio cesta alimentação e reembolsos de despesas efetuadas pelos empre-gados com a educação de seus dependentes por meio do Programa de Assistência Educacional. Também assegura complementação de aposentadoria, auxílio-doença, assistência médica, entre outros, através da Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES - FAPES, entidade fechada de previdência privada.

No âmbito da modernização da Gestão de Pessoas no BNDES, várias iniciativas estão em curso.

Foi estruturado, em 2010, o projeto Gestão Estratégica de Pessoas - GEP, que determinará as dire-trizes dos principais processos relacionados à gestão de pessoas no BNDES e tem como pilares quatro sub-projetos: mapeamento e avaliação das competências técnicas e comportamentais, gestão de carreira, educação corporativa e gestão de desempenho. Nos dois primeiros sub-projetos, foram concluídas as etapas de estruturação e modelagem, enquanto os dois últimos foram iniciados em meados de 2011.

Em 2011, foi concluído o mapeamento das competências técnicas, que teve como objetivo identificar as entregas técnicas estratégicas que competem a cada área e departamento do Banco, de modo a possibilitar a proposição futura de ações de educação corporativa estrategicamente alinhadas.

Ao explicitar e, futuramente, estimular a avaliação destas competências, o BNDES implanta um instrumento institucional que auxiliará o feedback entre o empregado e seu superior imediato, buscando identificar necessidades e oportunidades de desenvolvimento para todos.

Em relação ao sub-projeto gestão de carreira, foi desenvolvido um modelo conceitual com o objetivo de valorizar a carreira técnica. Estudos de viabilidade jurídica e econômico-financeira (atuarial e folha de pagamentos) estão em elaboração, com previsão de conclusão e aprovação no 2º semestre deste ano. Paralelamente está sendo desenvolvido o modelo conceitual de gestão de desempenho, que deve ser concluído no 4º trimestre de 2011.

A fim de preservar a excelência de seu corpo funcional e a transmissão de conhecimento e valores para os novos empregados, a ARH implementou, em 2010, o projeto Valores com o objetivo de declarar e disseminar os valores do BNDES: “Ética, Compromisso com o Desenvolvimento, Espírito Público e Excelência”. Ao longo do ano e no 1º semestre de 2011 foram realizados eventos sobre a Prática de Valores em cada uma das áreas do Banco. Esta reflexão gerou uma relação de sugestões de ações para o fortalecimento da prática dos valores.

Para monitorar o clima no ambiente de trabalho e a satisfação dos empregados com relação a diversos aspectos da organização, foi implementada a Gestão de Clima Organizacional. Na etapa de investigação foi realizada pesquisa de clima, com adesão de 70% dos empregados. Está em andamento a implementa-ção de projetos gerais para todo o Banco, que contribuem para a melhoria do clima organizacional. Em paralelo, estão sendo realizadas reflexões nas áreas sobre os resultados dos eventos da prática de valores e da pesquisa de clima organizacional, visando a priorização de ações que, simultaneamente, estimulem a prática dos valores nas áreas e aprimorem o clima organizacional.

VI. RATING

Segundo a Standard & Poor’s (S&P), o rating em escala global é BBB+ (moeda local) com perspectiva “estável” e BBB- (moeda estrangeira) com perspectiva “positiva”.

Segundo a Moody´s, o rating em escala global é A3 (moeda local) com perspectiva “estável” e Baa1 (moeda estrangeira) com perspectiva “positiva”.

VII. AUDITORIA INDEPENDENTE - INSTRUÇÃO CVM 381/03

Em conformidade à Instrução CVM nº 381/03, o Sistema BNDES vem declarar que não possui qualquer tipo de contrato de prestação de serviços de consultoria com seus auditores independentes, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, caracterizando, assim, a inexistência de conflito de interesses ou o comprometimento da objetividade desses auditores em relação ao serviço contratado.

VIII. CIRCULAR BACEN 3.068/01

O BNDES declara ter capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “Mantidos até o Vencimento”, no montante de R$ 41.993 milhões, representando 24,0% do total de títulos e valores mobiliários.

IX. AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos nossos colaboradores a dedicação e o talento, que nos permitem obter resultados con-sistentes e diferenciados, e ao mercado pelo indispensável apoio e confiança.

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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO(Em milhares de reais)

Nota Explicativa BNDES CONSOLIDADO2011 2010 - Ajustado 2011 2010 - Ajustado

ATIVO CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 66.347.199 84.007.430 87.700.881 113.050.851

DISPONIBILIDADES ................................................................................................................................................. 211.033 1.810 215.821 3.300

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ........................................................................................ 6 2.649.825 1.589.733 2.649.825 1.589.733Aplicações em carteira de câmbio ................................................................................................................................. 6.1 858 2.881 858 2.881Aplicações em operações compromissadas ................................................................................................................... 6.2 54.853 147.902 54.853 147.902Aplicações em depósitos interfinanceiros ...................................................................................................................... 6.3 2.594.114 1.438.950 2.594.114 1.438.950

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ................................................................................................................. 7 33.469.627 42.956.704 37.244.727 49.983.494Fundos do Banco do Brasil ............................................................................................................................................ 7.4 1.419.690 886.064 2.296.688 3.434.051Títulos públicos .............................................................................................................................................................. 30.670.893 41.697.336 30.670.893 41.697.336Ações e bônus de subscrição .......................................................................................................................................... 15.1 933.750 - 1.120.381 1.576.186Debêntures disponíveis para venda ................................................................................................................................ 8.1 421.103 354.274 422.095 380.542Debêntures mantidas até o vencimento .......................................................................................................................... 8.2 2.026 1.864 2.026 1.864Cotas de fundos mútuos de investimento e de participações ......................................................................................... 7.5 - - 1.965.153 1.890.094Instrumentos financeiros derivativos - câmbio e taxa de juros ...................................................................................... 27 22.165 17.166 22.165 17.166Instrumentos financeiros derivativos - renda variável ................................................................................................... – – 745.326 986.255

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................................................ 12.892.741 14.176.796 27.590.123 33.130.369Créditos vinculados ........................................................................................................................................................ 24 27 24 27Repasses interfinanceiros ............................................................................................................................................... 9 12.926.566 14.269.317 27.711.632 33.320.224 Recursos livres ............................................................................................................................................................. 10.437.564 14.158.377 25.222.630 33.209.284 Recursos PIS/PASEP.................................................................................................................................................... 2.489.002 110.940 2.489.002 110.940Provisão para risco de crédito ........................................................................................................................................ (33.849) (92.548) (121.533) (189.882)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO..................................................................................................................................... 9 14.388.784 23.495.763 15.503.550 24.851.433Operações de crédito ...................................................................................................................................................... 14.557.825 23.954.652 15.693.768 25.386.966 Recursos livres ............................................................................................................................................................. 13.873.723 21.979.964 15.009.666 23.412.278 Recursos PIS/PASEP.................................................................................................................................................... 469.595 979.368 469.595 979.368 Recursos Fundo da Marinha Mercante ........................................................................................................................ 214.507 995.320 214.507 995.320Provisão para risco de crédito ........................................................................................................................................ (169.041) (458.889) (190.218) (535.533)

OUTROS CRÉDITOS ................................................................................................................................................. 2.360.672 1.532.596 4.122.318 3.230.692Venda a prazo de títulos e valores mobiliários ............................................................................................................... 10 – 24 268.579 263.044Provisão para risco de crédito - venda a prazo de títulos e valores mobiliários ............................................................ 10 – (24) (31.284) (4.067)Direitos recebíveis ......................................................................................................................................................... 10 99.768 120.474 107.417 130.522Provisão para risco de crédito - Direitos recebíveis ....................................................................................................... 10 (193) (2.190) (4.261) (4.783)Créditos tributários ......................................................................................................................................................... 22.2 142.922 164.844 281.635 473.650Impostos e contribuições a recuperar e antecipações .................................................................................................... 22.1 209.125 6.732 483.116 268.952Dividendos e juros sobre o capital próprio a receber ..................................................................................................... 12 102.136 - 893.093 855.290Devedores por depósito em garantia .............................................................................................................................. 14 140.577 204.268 473.934 218.028Pagamentos a ressarcir ................................................................................................................................................... 14 44.896 38.209 16.243 18.524Direitos a receber - Eletrobrás ....................................................................................................................................... 13 1.523.322 912.873 1.523.322 912.873Diversos ......................................................................................................................................................................... 14 98.119 87.386 110.524 98.659

OUTROS VALORES E BENS .................................................................................................................................... 374.517 254.028 374.517 261.830Outros valores e bens ..................................................................................................................................................... 11.104 10.887 11.104 10.887Despesas antecipadas ..................................................................................................................................................... 363.413 243.141 363.413 250.943

ATIVO NÃO CIRCULANTE ..................................................................................................................................... 495.222.900 406.029.155 496.263.100 399.840.470

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................................................... 409.814.877 334.440.767 482.850.813 387.841.818

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ................................................................................................................. 7 44.129.249 48.225.740 137.715.477 118.399.246Ações e bônus de subscrição .......................................................................................................................................... 15.1 12.246.501 84.008 89.998.677 60.803.721Debêntures disponíveis para venda ................................................................................................................................ 8.1 1.414.215 1.994.181 14.957.473 10.932.050Debêntures mantidas até o vencimento .......................................................................................................................... 8.2 2.921.648 2.571.229 5.230.885 3.089.251Provisão para risco de crédito - Debêntures .................................................................................................................. 8.2.4 (3.414) (2.646) (21.857) (4.744)Títulos públicos .............................................................................................................................................................. 27.510.746 43.578.968 27.510.746 43.578.968Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................................................. 27 39.553 – 39.553 –

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................................................ 9 195.738.156 138.922.388 164.367.478 112.236.734Repasses interfinanceiros ............................................................................................................................................... 196.252.053 139.829.293 165.256.308 113.372.977 Recursos livres ............................................................................................................................................................. 170.305.293 113.378.072 139.309.548 86.921.756 Recursos PIS/PASEP.................................................................................................................................................... 25.946.760 26.451.221 25.946.760 26.451.221Provisão para risco de crédito ........................................................................................................................................ (513.897) (906.905) (888.830) (1.136.243)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO..................................................................................................................................... 163.311.570 140.310.447 168.558.902 146.764.120Operações de crédito ...................................................................................................................................................... 9 165.230.171 143.050.810 170.577.186 149.869.348 Recursos livres ............................................................................................................................................................. 156.688.997 135.976.584 162.036.012 142.795.122 Recursos PIS/PASEP.................................................................................................................................................... 1.926.753 2.666.628 1.926.753 2.666.628 Recursos Fundo Marinha Mercante ............................................................................................................................. 6.614.421 4.407.598 6.614.421 4.407.598Provisão para risco de crédito ........................................................................................................................................ (1.918.601) (2.740.363) (2.018.284) (3.105.228)

OUTROS CRÉDITOS ................................................................................................................................................. 6.635.902 6.982.192 12.208.956 10.441.718Créditos tributários ......................................................................................................................................................... 22.2 1.400.550 424.236 1.976.137 938.837Venda a prazo de títulos e valores mobiliários ............................................................................................................... 10 – – 1.231.517 882.399Provisão para risco de crédito - venda a prazo de títulos e valores mobiliários ............................................................ 10 – – (153.155) (7.323)Direitos recebíveis ......................................................................................................................................................... 10 970.209 934.947 999.702 938.651Provisão para risco de crédito - Direitos recebíveis ....................................................................................................... 10 (1.874) (16.998) (17.560) (17.952)Créditos perante o Tesouro Nacional ............................................................................................................................. 31 2.495.078 917.964 5.462.825 1.586.505Dividendos e juros sobre o capital próprio a receber ..................................................................................................... 12 – – 624.651 1.124.803Direitos a receber - Eletrobrás ....................................................................................................................................... 13 1.523.321 4.525.747 1.523.321 4.525.747Incentivos fiscais ............................................................................................................................................................ 248.618 196.296 561.518 470.051

INVESTIMENTOS ...................................................................................................................................................... 15 85.264.071 71.478.508 13.268.335 11.888.772Participações em controladas e coligadas ...................................................................................................................... 15.2 85.121.874 71.335.180 13.126.137 11.745.444Participações em outras empresas .................................................................................................................................. 15.2 100.000 100.000 100.000 100.000Outros investimentos ..................................................................................................................................................... 15.2 42.197 43.328 42.198 43.328

IMOBILIZADO DE USO ........................................................................................................................................... 105.326 90.850 105.326 90.850

INTANGÍVEL .............................................................................................................................................................. 38.626 19.030 38.626 19.030

TOTAL DO ATIVO ...................................................................................................................................................... 561.570.099 490.036.585 583.963.981 512.891.321

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO(Em milhares de reais)

Nota Explicativa BNDES CONSOLIDADO2011 2010 - Ajustado 2011 2010 - Ajustado

PASSIVO CIRCULANTE ........................................................................................................................................... 13.010.209 23.657.212 14.512.196 26.594.977

DEPÓSITOS ................................................................................................................................................................. 269 269 269 269

CAPTAÇÕES NO MERCADO .................................................................................................................................. – 10.039.370 – 10.039.370Obrigações por operações compromissadas .................................................................................................................. 17 – 10.039.370 – 10.039.370

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS .................................................................................................................... 366 428 366 428Recursos em trânsito de terceiros .................................................................................................................................. 366 428 366 428

OBRIGAÇÕES POR EMISSÃO DE DEBÊNTURES ............................................................................................. 20 581.686 434.508 660.454 706.572

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES ........................................................................................... 19 3.593.131 5.139.293 3.590.488 6.423.914Empréstimos no país ...................................................................................................................................................... 19.1 365.593 361.057 365.593 361.057Empréstimos no exterior ................................................................................................................................................ 19.1 587.891 67.808 587.891 67.808 Bônus ........................................................................................................................................................................... 587.891 67.808 587.891 67.808Repasses no país ............................................................................................................................................................ 1.799.441 3.851.375 1.796.798 5.135.996 Tesouro Nacional ......................................................................................................................................................... 19.1 1.576.117 1.799.330 1.576.117 4.115.823 Controladas .................................................................................................................................................................. 19.1 2.643 1.031.872 - - Fundo da Marinha Mercante ........................................................................................................................................ 19.1 215.135 1.016.093 215.135 1.016.093 Outros ........................................................................................................................................................................... 5.546 4.080 5.546 4.080Repasses no exterior - Instituições multilaterais ............................................................................................................ 19.1 840.206 859.053 840.206 859.053

OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................................... 5.100.414 4.715.171 6.526.276 6.096.251Fundos financeiros e de desenvolvimento ..................................................................................................................... 2.475.902 2.064.907 2.479.402 2.064.915 Fundo PIS/PASEP ........................................................................................................................................................ 16 1.875.387 1.509.147 1.875.387 1.509.147 Outros ........................................................................................................................................................................... 600.515 555.760 604.015 555.768Impostos e contribuições sobre o lucro .......................................................................................................................... 22.1 678.906 1.620.072 890.707 1.726.243Outros impostos e contribuições .................................................................................................................................... 51.876 71.325 78.655 74.305Credores vinculados a liquidação de operação .............................................................................................................. – – 149.924 311.223Provisões trabalhistas e cíveis ........................................................................................................................................ 23 547 421 6.584 6.039Contas a pagar - FAPES ................................................................................................................................................. 28 23.570 20.713 31.410 27.606Vinculadas ao Tesouro Nacional .................................................................................................................................... 31 7.064 4.419 122.975 102.878Provisão para programa de desligamento de funcionários ............................................................................................ 30 41.740 56.216 60.159 79.648Impostos e contribuições diferidos ................................................................................................................................ 22.2 70.783 31.748 182.601 208.915Passivo atuarial - FAMS ................................................................................................................................................ 28 12.235 14.391 18.369 21.607Instrumentos financeiros derivativos - câmbio e taxa de juros ...................................................................................... 27 76.219 40.291 76.219 639.176Instrumentos financeiros derivativos - renda variável ................................................................................................... – – 342.965 –Obrigações por depósitos a apropriar ............................................................................................................................ 994.349 462.795 994.349 462.795Diversas .......................................................................................................................................................................... 667.223 327.873 1.091.957 370.901

INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA ...................................................................................... 32 605.438 514.468 605.438 514.468Secretaria do Tesouro Nacional ..................................................................................................................................... 605.438 514.468 605.438 514.468

DÍVIDAS SUBORDINADAS ...................................................................................................................................... 3.128.905 2.813.705 3.128.905 2.813.705FAT constitucional ......................................................................................................................................................... 18.1 3.128.905 2.813.705 3.128.905 2.813.705 Outras dívidas subordinadas ........................................................................................................................................ 3.128.905 2.813.705 3.128.905 2.813.705

PASSIVO NÃO CIRCULANTE ................................................................................................................................. 483.193.858 409.063.107 504.085.753 428.980.078

OBRIGAÇÕES POR DEPÓSITOS ........................................................................................................................... 21.212.270 21.828.324 21.212.270 21.828.324Depósitos especiais - FAT .............................................................................................................................................. 18.2 21.212.270 21.828.324 21.212.270 21.828.324

OBRIGAÇÕES POR EMISSÃO DE DEBÊNTURES ............................................................................................. 20 5.922.592 6.424.205 11.365.855 9.953.569

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES ........................................................................................... 19 297.290.565 235.637.390 299.933.526 238.011.574Empréstimos no país ...................................................................................................................................................... 19.1 5.051.693 5.256.486 5.051.693 5.256.486Empréstimos no exterior ................................................................................................................................................ 19.1 6.383.325 5.944.950 6.383.325 5.944.950 Bônus ........................................................................................................................................................................... 6.383.325 5.944.950 6.383.325 5.944.950Repasses no país ............................................................................................................................................................ 275.305.470 213.451.659 277.948.431 215.825.843 Tesouro Nacional ......................................................................................................................................................... 19.1 268.278.485 208.567.003 271.005.909 211.022.626 Controladas .................................................................................................................................................................. 19.1 84.462 81.440 - - Fundo da Marinha Mercante ........................................................................................................................................ 19.1 6.913.294 4.770.652 6.913.294 4.770.652 Outros ........................................................................................................................................................................... 29.229 32.564 29.228 32.565Repasses no exterior - Instituições multilaterais ............................................................................................................ 19.1 10.550.077 10.984.295 10.550.077 10.984.295

OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................................... 30.847.307 30.234.227 43.652.978 44.247.650Fundos financeiros e de desenvolvimento ..................................................................................................................... 29.393.756 28.768.673 29.393.756 28.768.674 Fundo PIS/PASEP ........................................................................................................................................................ 16 29.393.756 28.768.673 29.393.756 28.768.674Contas a pagar - FAPES ................................................................................................................................................. 28 509.004 541.017 660.220 692.921Provisões trabalhistas e cíveis ........................................................................................................................................ 23 122.381 136.992 670.984 661.033Intrumentos financeiros derivativos ............................................................................................................................... 27 113.408 146.863 113.408 146.863Passivo atuarial - FAMS ................................................................................................................................................ 28 652.695 523.498 820.388 674.042Provisão para programa de desligamento de funcionários ............................................................................................ 30 20.622 27.059 30.738 41.938Impostos e contribuições diferidos ................................................................................................................................ 22.2 35.441 90.125 11.963.484 13.262.179

INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA ...................................................................................... 32 12.824.430 12.403.488 12.824.430 12.403.488Secretaria do Tesouro Nacional ..................................................................................................................................... 12.824.430 12.403.488 12.824.430 12.403.488 Outros instrumentos híbridos de capital e dívida ......................................................................................................... 6.640.046 4.520.635 6.637.196 4.513.965 Elegível a capital .......................................................................................................................................................... 6.184.384 7.882.853 6.187.234 7.889.523

DÍVIDAS SUBORDINADAS ...................................................................................................................................... 115.096.694 102.535.473 115.096.694 102.535.473FAT Constitucional ........................................................................................................................................................ 18.1 115.096.694 102.535.473 115.096.694 102.535.473 Outras dívidas subordinadas ........................................................................................................................................ 89.643.183 85.206.370 89.654.107 85.231.939 Elegível a capital .......................................................................................................................................................... 25.453.511 17.329.103 25.442.587 17.303.534

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................................................................................... 24 65.366.032 57.316.266 65.366.032 57.316.266Capital social .................................................................................................................................................................. 29.557.415 22.357.415 29.557.415 22.357.415Aumento de capital em curso ......................................................................................................................................... 6.400.000 2.700.000 6.400.000 2.700.000Reservas de lucros .......................................................................................................................................................... 2.845.298 1.546.688 2.845.298 1.546.688 Reserva legal ................................................................................................................................................................ 843.997 336.758 843.997 336.758 Reserva de incentivos fiscais ....................................................................................................................................... 61.215 41.030 61.215 41.030 Reserva para futuro aumento de capital ....................................................................................................................... 1.442.602 953.607 1.442.602 953.607 Reserva para margem operacional ............................................................................................................................... 497.484 215.293 497.484 215.293Ajustes de avaliação patrimonial ................................................................................................................................... 21.284.125 25.829.064 21.284.125 25.829.064 De ativos próprios ........................................................................................................................................................ (1.235.577) 68.719 (1.235.577) 68.719 De ativos de coligadas e controladas ........................................................................................................................... 22.519.702 25.760.345 22.519.702 25.760.345Lucros Acumulados ....................................................................................................................................................... 5.279.194 4.883.099 5.279.194 4.883.099

TOTAL DO PASSIVO ................................................................................................................................................. 561.570.099 490.036.585 583.963.981 512.891.321

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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(continuação)

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO(Em milhares de reais)

Nota Explicativa BNDES Consolidado2011 2010 - Ajustado 2011 2010 - Ajustado

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................................................................................. 12.282.663 16.251.973 13.852.712 17.601.430Operações de crédito e repasses interfinanceiros• Moeda nacional........................................................................................................................................................... 10.436.307 8.004.374 10.185.093 8.489.874• Moeda estrangeira....................................................................................................................................................... (1.802.084) 3.742.349 (1.749.158) 3.757.952Resultado com aplicações em títulos e valores mobiliários ........................................................................................... 2.530.574 3.758.661 3.047.091 4.327.202Rendas de operações vinculadas ao Tesouro Nacional .................................................................................................. 976.749 503.046 2.228.668 782.887Rendas com administração de fundos e programas ....................................................................................................... 141.117 243.543 141.018 243.515

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................................................................................. (8.962.958) (11.067.801) (10.246.282) (12.459.846)Captação no mercado - financiamentos e repasses• Moeda nacional........................................................................................................................................................... (11.337.547) (9.281.727) (12.724.155) (10.574.190)• Moeda estrangeira....................................................................................................................................................... 2.418.082 (3.720.329) 2.418.082 (3.720.660)Resultados com instrumentos financeiros derivativos - câmbio e taxa de juros ............................................................ (803.029) (274.642) (803.029) (274.642)Despesas com operações vinculadas ao Tesouro Nacional ............................................................................................ (634) (2.053) (634) (2.053)Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito ............................................................................................. 26 750.190 2.200.728 853.474 2.101.477Resultado da carteira de câmbio .................................................................................................................................... 9.980 10.222 9.980 10.222

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................... 3.319.705 5.184.172 3.606.430 5.141.584

OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS .......................................................................................... 3.031.996 910.339 3.627.047 1.406.264Resultado com equivalência patrimonial ....................................................................................................................... 15 3.258.132 1.595.296 713.056 191.629Atualização monetária líquida de ativos e passivos - SELIC ........................................................................................ 647 (74.238) 230.475 (19.102)Reversão (constituição) de provisão para ajuste de investimentos ................................................................................ (75.490) – (130.720) (104.420)Receita de dividendos .................................................................................................................................................... 398.691 403 620.856 518.795Receita de juros sobre o capital próprio ......................................................................................................................... – – 1.447.172 634.540Resultado com alienações de títulos de renda variável .................................................................................................. 10.729 – 1.581.309 716.423Outras rendas sobre participações societárias ................................................................................................................ – – (344) (2)Resultado com instrumentos financeiros derivativos - renda variável ........................................................................... – – 330.262 295.399Reversão (constituição) de provisões trabalhistas e cíveis ............................................................................................ (5.201) 5.611 (18.547) 21.310Despesas tributárias ....................................................................................................................................................... (162.524) (188.211) (307.855) (256.496)Despesas com pessoal .................................................................................................................................................... (275.198) (297.524) (431.451) (444.403)Despesas administrativas ............................................................................................................................................... (127.882) (75.119) (195.268) (108.021)Outras receitas operacionais .......................................................................................................................................... 277.997 166.625 78.239 207.123Outras despesas operacionais ......................................................................................................................................... (267.905) (222.504) (290.137) (246.511)

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ............................................................................. 6.351.701 6.094.511 7.233.477 6.547.848

Imposto de renda ............................................................................................................................................................ 22 (592.870) (1.158.461) (1.064.704) (1.385.528)Contribuição social ........................................................................................................................................................ 22 (360.060) (701.965) (543.926) (786.680)Impostos e contribuição social diferidos - constituição líquida de realização ............................................................... 22 (119.577) 30.359 (345.653) (111.196)

LUCRO LÍQUIDO DO 1º SEMESTRE .................................................................................................................... 5.279.194 4.264.444 5.279.194 4.264.444

LUCRO LÍQUIDO DO 1º SEMESTRE POR AÇÃO (R$ / AÇÃO) ....................................................................... 0,841479 0,679732

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2011(Em milhares de reais)

Reserva de lucros Ajustes de avaliação patrimonialCapitalSocial

Aumento decapital em curso

Reservalegal

Reserva deincentivos fiscais

Reserva para futuroaumento de capital

Reserva paramargem operacional

De ativospróprios

De ativos de coligadase controladas

Lucrosacumulados Total

Em 1º de janeiro de 2011 ....................................................... 29.557.415 – 843.997 61.215 1.442.602 4.697.484 93.189 29.203.363 – 65.899.265Aumento de capital (Nota 24) ................................................ – 6.400.000 – – – – – – – 6.400.000Reversão de Reserva de margem operacional (Nota 24) ....... – – – – – (4.200.000) – – 4.200.000 –Dividendos ............................................................................. – – – – – – – – (4.200.000) (4.200.000)Ajustes de avaliação patrimonial ........................................... – – – – – – (1.328.766) (6.683.661) – (8.012.427)Lucro líquido do semestre ...................................................... – – – – – – – – 5.279.194 5.279.194Em 30 de junho de 2011 ........................................................ 29.557.415 6.400.000 843.997 61.215 1.442.602 497.484 (1.235.577) 22.519.702 5.279.194 65.366.032Mutações no semestre ............................................................ – 6.400.000 – – – (4.200.000) (1.328.766) (6.683.661) 5.279.194 (533.233)

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2010(Em milhares de reais)

Reserva de capital Reservas de lucros Ajustes de avaliação patrimonialCapital Social

Aumento decapital em curso

Reserva deincentivos fiscais

Reserva legal

Reserva deincentivos fiscais

Reserva para futuroaumento de capital

Reserva paramargem operacional

De ativospróprios

De ativos de coligadase controladas

Lucrosacumulados Total

Em 1º de janeiro de 2010 ....................... 20.260.881 – 106.631 1.519.676 99.708 1.701.914 3.814.428 109.463 15.343 – 27.628.044Ajustes:Ajustes de exercícios anteriores ............. – – – – – – – – 34.326.476 618.655 34.945.131Saldo ajustado em 01 de janeiro de 2010 20.260.881 – 106.631 1.519.676 99.708 1.701.914 3.814.428 109.463 34.341.819 618.655 62.573.175Aumento de capital (Nota 24) ................ 2.096.534 2.700.000 (106.631) (1.182.918) (58.678) (748.307) – – – – 2.700.000Destinação de Reservas .......................... – – – – – – (3.599.135) – – 3.599.135 –Dividendos ............................................. – – – – – – – – – (3.599.135) (3.599.135)Ajustes de avaliação patrimonial ........... – – – – – – – (40.744) (8.581.474) – (8.622.218)Lucro líquido do semestre ...................... – – – – – – – – – 4.264.444 4.264.444Em 30 de junho de 2010 ........................ 22.357.415 2.700.000 – 336.758 41.030 953.607 215.293 68.719 25.760.345 4.883.099 57.316.266Mutações no semestre ............................ 2.096.534 2.700.000 (106.631) (1.182.918) (58.678) (748.307) (3.599.135) (40.744) (8.581.474) 4.264.444 (5.256.909)

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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(continuação)

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO(Em milhares de reais)

BNDES Consolidado2011 2010 - Ajustado 2011 2010 - Ajustado

Atividades operacionaisLucro líquido do semestre .............................................................................................................................................................................................. 5.279.194 4.264.444 5.279.194 4.264.444Ajustes que não afetam as disponibilidades ................................................................................................................................................................... (3.567.855) (3.608.153) (831.237) (1.939.046)

Constituição (reversão) da provisão para risco de crédito ........................................................................................................................................... (750.190) (2.200.728) (853.474) (2.101.477) Constituição (reversão) de provisões trabalhistas e cíveis ........................................................................................................................................... 5.201 (5.611) 18.547 (21.310) Constituição (reversão) de provisão para ajuste de investimentos .............................................................................................................................. 75.490 – 130.720 104.420 Resultado de participações em coligadas e controladas .............................................................................................................................................. (3.258.132) (1.595.296) (713.056) (191.629) Resultado na venda de investimento ............................................................................................................................................................................ – – – 42.144 Ajuste a valor justo na permuta de ações ..................................................................................................................................................................... – – (357.294) – Ajuste ao valor justo de títulos e valores mobiliários .................................................................................................................................................. – – – (353.205) Realização de ajuste de avaliação patrimonial ............................................................................................................................................................. – – (4.481) – Depreciação .................................................................................................................................................................................................................. 8.982 8.113 14.034 11.541 Realização (constituição) líquida de créditos tributários ............................................................................................................................................. 119.577 (30.359) 345.653 111.196Atualização monetária das obrigações por emissão de debêntures ............................................................................................................................... 231.217 215.728 588.114 459.274

Variação de ativos e obrigações .................................................................................................................................................................................. (17.168.750) (6.714.342) (15.991.544) (7.872.994)• Aumento líquido em créditos por financiamento ........................................................................................................................................................ (18.479.608) (31.279.524) (13.637.553) (31.433.443)• Aumento líquido em títulos e valores mobiliários ...................................................................................................................................................... (35.455.356) (51.655.743) (36.871.779) (53.171.769)• (Aumento) / Diminuição líquida nas demais contas do ativo ..................................................................................................................................... 1.611.610 (747.076) 1.003.629 (801.405)• Aumento líquido nas obrigações por empréstimos e repasses .................................................................................................................................... 33.208.908 83.317.528 31.804.067 85.318.178• Aumento líquido de instrumento híbrido de capital ................................................................................................................................................... 195.852 529.040 195.852 529.040• Diminuição líquida nas obrigações por operações compromissadas.......................................................................................................................... - (3.701.393) - (3.701.393)• Aumento / (Diminuição) líquida nas demais contas do passivo ................................................................................................................................. 2.023.868 (2.526.042) 2.282.109 (2.898.631)• IR e CSLL pagos ........................................................................................................................................................................................................ (274.024) (651.132) (767.869) (1.713.571)

Caixa líquido consumido nas atividades operacionais ............................................................................................................................................. (15.457.411) (6.058.051) (11.543.587) (5.547.596)

Atividades de investimentos• Adições ao imobilizado .............................................................................................................................................................................................. (15.937) (3.305) (15.937) (3.305)• Adições ao intangível.................................................................................................................................................................................................. (2.723) (8.588) (2.723) (8.588)• Compra de investimentos ........................................................................................................................................................................................... – (100.000) (637.593) (235.546)• Venda de investimentos .............................................................................................................................................................................................. – – 12.281 362.697• Recebimento de dividendos de coligadas ................................................................................................................................................................... 4.056.098 983.935 335.552 200.363Caixa líquido gerado (consumido) nas atividades de investimentos ....................................................................................................................... 4.037.438 872.042 (308.420) 315.621

Atividades de financiamentos• Aumento em obrigações por dívidas subordinadas .................................................................................................................................................... 7.536.291 5.823.122 7.536.291 5.823.122• Pagamento de dividendos ........................................................................................................................................................................................... (3.328.778) (1.614.889) (3.328.778) (1.614.889)• Amortização das obrigações por emissão de debêntures ............................................................................................................................................ (454.094) (317.037) (1.288.726) (358.403)Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamentos ........................................................................................................................................ 3.753.419 3.891.196 2.918.787 3.849.830

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa ..................................................................................................................................................... (7.666.554) (1.294.813) (8.933.220) (1.382.145)

Modificação na posição financeiraInício do semestre ......................................................................................................................................................................................................... 11.947.102 3.772.421 14.095.554 6.409.229Saldo de caixa e equivalentes de caixa (1) ..................................................................................................................................................................... 11.947.102 3.772.421 14.095.554 6.409.229

Final do semestre .......................................................................................................................................................................................................... 4.280.548 2.477.608 5.162.334 5.027.084Saldo de caixa e equivalentes de caixa (1) ..................................................................................................................................................................... 4.280.548 2.477.608 5.162.334 5.027.084

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa ..................................................................................................................................................... (7.666.554) (1.294.813) (8.933.220) (1.382.145)(1) Inclui Disponibilidades e Cotas de fundos de investimentos exclusivos.

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO(Em milhares de reais)

BNDES Consolidado2011 2010 - Ajustado 2011 2010 - Ajustado

RECEITAS ................................................................................................................................................................................... 13.322.226 18.545.088 16.695.652 20.626.451Intermediação financeira ................................................................................................................................................................ 12.282.663 16.251.973 13.852.712 17.601.430Outras receitas ................................................................................................................................................................................ 289.373 92.387 1.989.466 923.544Reversão (Provisão) para devedores duvidosos ............................................................................................................................. 750.190 2.200.728 853.474 2.101.477

DESPESAS ................................................................................................................................................................................... 9.985.731 13.484.269 11.177.965 14.509.074Intermediação financeira ................................................................................................................................................................ 9.713.148 13.268.529 11.099.756 14.265.924Outras despesas .............................................................................................................................................................................. 272.583 215.740 78.209 243.150

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ........................................................................................................................... 169.562 59.138 274.358 189.472Materiais, energia e outros ............................................................................................................................................................. 8.021 10.600 11.983 15.858Serviços de terceiros ...................................................................................................................................................................... 86.051 48.538 131.655 69.194Perda de valores ativos ................................................................................................................................................................... 75.490 – 130.720 104.420

VALOR ADICIONADO BRUTO ............................................................................................................................................... 3.166.933 5.001.681 5.243.329 5.927.905

RETENÇÕES ............................................................................................................................................................................... 9.505 8.113 14.034 11.540Depreciação 9.505 8.113 14.034 11.540

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE ................................................................................ 3.157.428 4.993.568 5.229.295 5.916.365

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA ............................................................................................. 3.656.823 1.595.699 2.781.084 1.344.964Resultado de equivalência patrimonial .......................................................................................................................................... 3.258.132 1.595.296 713.056 191.629Dividendos e juros sobre capital próprio ....................................................................................................................................... 398.691 403 2.068.028 1.153.335

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR .................................................................................................................................. 6.814.251 100,0% 6.589.267 100,0% 8.010.379 100,0% 7.261.329 100,0%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO ........................................................................................................................ 6.814.251 100,0% 6.589.267 100,0% 8.010.379 100,0% 7.261.329 100,0%Pessoal e encargos .......................................................................................................................................................................... 238.490 3,5% 263.791 11,3% 372.896 4,6% 393.173 5,4% - Remuneração direta ................................................................................................................................................................... 182.219 188.569 283.269 264.868 - Beneficios .................................................................................................................................................................................. 33.240 51.247 53.641 92.522 - FGTS ......................................................................................................................................................................................... 18.133 18.376 28.332 27.427 - Outros ........................................................................................................................................................................................ 4.898 5.599 7.654 8.356Impostos, taxas e contribuições ..................................................................................................................................................... 1.274.488 18,7% 2.054.603 88,4% 2.323.790 29,0% 2.594.116 35,7% - Federais ...................................................................................................................................................................................... 1.268.083 2.048.499 2.314.857 2.585.864 - Municipais ................................................................................................................................................................................. 6.405 6.104 8.933 8.252Aluguéis ......................................................................................................................................................................................... 22.079 0,3% 6.429 0,3% 34.499 0,4% 9.596 0,1%Lucros retidos ................................................................................................................................................................................. 5.279.194 77,5% 4.264.444 0,0% 5.279.194 66,0% 4.264.444 58,8%

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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(continuação)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

1.1) Histórico

O BNDES foi criado em 20 de junho de 1952, pela Lei nº 1.628, como Autarquia Federal. Posteriormente, com a Lei nº 5.662 e o Decreto nº 68.786, ambos de 21 de junho de 1971, foi transformado em empresa pública, dotada de personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio e sujeita às normas gerais orçamentárias e contábeis e à disciplina normativa do Conselho Monetário Nacional - CMN.

1.2) Objetivos e atuação

O Sistema BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para os financiamentos de longo prazo, com ênfase no estímulo à iniciativa privada nacional.

O BNDES apresenta uma estrutura voltada para promover o desenvolvimento nacional e a geração de empregos, priorizando:

• investimentos em infraestrutura;• investimentos em insumos básicos, para retomada do crescimento industrial;• exportações;• tecnologia nacional;• fomento a pequenas e médias empresas; e• integração continental para a América do Sul.

Além da atuação como banco de desenvolvimento, o BNDES tem um papel importante na formulação de políticas de desenvolvimento nacional e na identificação de soluções para problemas estruturais da economia brasileira.

O BNDES atua também através das subsidiárias integrais BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, que investe em empresas nacionais através da subscrição de ações e debêntures conversíveis, Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, que apoia a expansão e modernização da indústria brasileira através do financiamento à compra de máquinas e equipamentos e à exportação de bens de capital e serviço, e BNDES Limited, empresa sediada em Londres, Inglaterra, cujo objetivo é atuar como holding para investir em títulos e valores mobiliários em qualquer país contribuindo para a internacionalização de empresas brasileiras. A BNDES Limited está em fase pré-operacional.

2. BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINAN-CEIRAS - ADOÇÃO DAS LEIS Nº 11.638/07, Nº 11.941/09 E NORMATIVOS EMITIDOS PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações, normas técnicas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM e normas do Banco Central do Brasil - BACEN e estão sendo apresentadas em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.

Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07 e, em 27 de maio de 2009, a Lei nº 11.941/09, que alteram, revogam e introduzem novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976), notadamente em relação ao capítulo XV que trata de matéria contábil.

Embora o Banco Central do Brasil não tenha ainda se manifestado a respeito de todas as alterações intro-duzidas pela referida Lei e pelos Pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, até a adequação completa das normas no COSIF, a Administração decidiu adotar pela primeira vez a Lei nº 11.638/07 e a Lei nº 11.941/09, optando pela data de transição em 1º de janeiro de 2008, com base no § 1º do art. 186 da Lei nº 6.404/76 e subsidiariamente as normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, não conflitantes com as regulamentações do Banco Central.

As Demonstrações financeiras da BNDESPAR, subsidiária integral do BNDES, relativas ao período findo em 30 de junho de 2011, foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, complementadas pelos novos pronunciamentos, interpretações e orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovadas até 31 de dezembro de 2010 pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Os efeitos da ado-ção desses pronunciamentos no que diz respeito a ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros foram recepcionados nas demonstrações do BNDES com base nas circulares nºs. 3068/2001 e 3082/2002 do Banco Central do Brasil. As demonstrações financeiras estão complementadas pela adoção dos CPCs da controlada BNDESPAR.

As demonstrações financeiras do BNDES e Consolidado foram aprovadas pela Administração em 2 de agosto de 2011.

3. CRITÉRIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas incluem o BNDES e suas controladas integrais FINAME, BNDESPAR e BNDES Limited. O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultados corresponde à soma horizontal dos saldos das contas do ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a natureza de cada saldo, complementada com as seguintes eliminações:

(i) participações no capital, reservas e resultados acumulados mantidos entre as Instituições;(ii) saldos das operações entre o BNDES e suas subsidiárias e outros saldos, integrantes do ativo e/ou

passivo, mantidos entre as Instituições;(iii) saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, que não ocorreram no período,

decorrentes de negócios entre as Instituições;(iv) dos tributos sobre a parcela de lucro não realizado e apresentado como tributos diferidos nos balanços

patrimoniais consolidados.

4. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

4.1) Regime de apuração do resultado

As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas corres-pondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos, sendo apropriadas ao resultado do exercício a medida que incorram. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço.

As demais receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pro-rata” dia para as de natureza financeira.

4.2) Aplicações interfinanceiras de liquidez

São registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável.

4.3) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

De acordo com o estabelecido pela Circular nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, e pela Lei nº 11.638/07, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas, conforme a intenção da Administração, quais sejam:

a) títulos para negociação;b) títulos disponíveis para venda; ec) títulos mantidos até o vencimento.

Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço.

Os ajustes a valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em con-trapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.

Os ajustes a valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período, quando da efetiva realização, por meio da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários.

As aplicações em fundos de investimentos são valorizadas diariamente e, portanto, já estão ajustadas a valor de mercado, sendo as contrapartidas registradas no resultado.

Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações de swap e operações com mercado de futuros são contabilizados de acordo com os seguintes critérios:

- operações de swap - os valores referenciais são registrados em contas de compensação e o diferencial a receber ou a pagar, contabilizados em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriado como receita ou despesa “pro-rata” até a data do balanço;

- operações com mercado de futuros - os valores referenciais são registrados em contas de compensação e os valores a receber e/ou a pagar referentes aos ajustes diários, são registrados em contas patrimoniais, tendo como contrapartida as contas de resultado. Essas operações têm liquidação diária.

O Banco Central do Brasil, por meio da Circular nº 3.082/2002, estabeleceu critérios de avaliação e clas-sificação para os instrumentos financeiros derivativos.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2011 E 2010(Valores expressos em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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(continuação)

As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliados, na data do balanço, a valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização com instrumentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” ou como “hedge” de risco de mercado, em conta de receita ou despesa, no resultado do exercício.

4.4) Operações de crédito, repasses interfinanceiros, debêntures, venda a prazo de títulos e valores mobiliários, direitos recebíveis e provisão para risco de crédito

As operações de crédito, repasses interfinanceiros, debêntures, venda a prazo de títulos e valores mobiliários e direitos recebíveis são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo).

As rendas das operações (de crédito e repasses interfinanceiros) vencidas há mais de 60 dias, independen-temente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H”, se inadimplentes, permanecem nessa classificação por até seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por no mínimo cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial.

As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de créditos que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renego-ciação somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos.

A provisão para risco de crédito, considerada suficiente pela Administração, atende aos critérios estabele-cidos pelo Banco Central do Brasil - por meio da Resolução nº 2.682.

4.5) Investimentos

Os investimentos em empresas coligadas, consideradas aquelas em que o Banco possui influência signifi-cativa nos termos da Lei nº 11.941/09, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão demonstrados ao custo e, quando aplicável, ajustados para o seu valor de provável realização.

Para aplicação do Método de Equivalência Patrimonial o Sistema BNDES utiliza as demonstrações contábeis das coligadas com defasagem de até 60 (sessenta) dias conforme permitido pela legislação societária e pronunciamentos contábeis, em razão da impraticabilidade de uso de demonstrações contábeis de mesma data base. Isso decorre do fato de as coligadas serem independentes do Sistema BNDES, com contabili-dade não integrada e demandam tempo para a rotina de fechamento, o que impossibilita o fornecimento de informações tempestivas.

Os dividendos e os juros sobre o capital próprio, declarados de investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, são registrados reduzindo o valor das respectivas participações societárias. Os dividendos e os juros sobre o capital próprio dos investimentos avaliados ao custo de aquisição são credi-tados diretamente ao resultado do período.

Os ágios apurados na aquisição de investimentos, cujos fundamentos econômicos não são identificados, são amortizados integralmente. Os decorrentes de expectativa de resultados futuros são submetidos ao teste de recuperabilidade a que se refere à Deliberação nº 527 da Comissão de Valores Mobiliários - CVM - de 1º de novembro de 2007.

Os deságios decorrentes de aquisição de investimentos cujo fundamento econômico não é identificado (outras razões econômicas) serão baixados quando ocorrer a alienação dos investimentos.

4.6) Imobilizado

O ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil estimada dos bens.

4.7) Intangível

O ativo intangível está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas, calculadas pelo método linear.

4.8) Atualização monetária de direitos e obrigações

Os direitos e as obrigações, legal ou contratualmente sujeitos à variação cambial ou de índices, são atuali-zados até a data do balanço. As contrapartidas dessas atualizações são refletidas no resultado do período.

4.9) Benefícios a empregados

a) Plano de aposentadoria complementar

O BNDES e suas subsidiárias oferecem aos seus empregados um plano de aposentadoria complementar. O plano é financiado por pagamentos a um fundo fiduciário, determinados por cálculos atuariais periódicos. O plano é de benefício definido.

Os ativos atuariais, determinados pelos atuários consultores, não são reconhecidos como ativo do patroci-nador em função da impossibilidade de compensação de tais valores com contribuições futuras, conforme determinado no regulamento do fundo de pensão.

O passivo reconhecido no balanço patrimonial é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano, com os ajustes de ganhos ou perdas atuariais e de custos de serviços passados não reconhecidos. A obrigação de benefício definido é calculada anual-mente por atuários independentes, usando o Método de Crédito Unitário Projetado. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.

As dívidas contratadas entre o BNDES e o plano de pensão são consideradas na determinação de um passivo adicional referente a contribuições futuras que não serão recuperáveis.

Os ganhos e as perdas atuariais, decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais, que excederem 10% do valor dos ativos do plano ou 10% dos passivos do plano, são debitados ou creditados ao resultado no período esperado de serviço remanescente dos funcionários.

b) Plano de assistência médica

O BNDES e suas subsidiárias oferecem um benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. O direito a esses benefícios é, geralmente, condicionado à permanência do empregado no emprego até a idade de aposentadoria e à conclusão de um tempo mínimo de serviço. Os custos esperados desses benefícios são acumulados durante o período do emprego, dispondo da mesma metodologia contábil que usada para os planos de pensão de benefício definido.

Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e na mudança das premissas atuariais que excederem 10% do valor dos ativos do plano ou 10% dos passivos do plano, são debitados ou creditados ao resultado no período esperado de serviço remanescente dos funcionários. Essas obrigações são avaliadas, anualmente, por atuários independentes qualificados.

c) Benefícios de rescisão

O BNDES e suas subsidiárias reconhecem os benefícios de rescisão quando está, de forma demonstrável, comprometido com a rescisão dos atuais empregados de acordo com um plano formal detalhado, o qual não pode ser suspenso ou cancelado, ou o fornecimento de benefícios de rescisão como resultado de uma oferta feita para incentivar a demissão voluntária. Os benefícios que vencem em mais de 12 meses após a data do balanço são descontados a seu valor presente.

d) Participação nos lucros

O BNDES e suas subsidiárias reconhecem um passivo e uma despesa de participação nos resultados (apresentado no item “Participação dos Empregados no Lucro” na demonstração do resultado). O BNDES reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada.

4.10) Imposto de renda e contribuição social

A provisão para imposto de renda foi constituída com base no lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação fiscal pela alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, sobre bases tributáveis que excedam R$ 20 mil no mês (R$ 240 mil no exercício) de acordo com a legislação em vigor. A contribuição social, para o BNDES e FINAME, foi constituída à alíquota de 15% e 9% para a BNDESPAR.

O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Créditos tributários”.

4.11) Estimativas contábeis

A elaboração das Demonstrações Financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas regulamentares do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, requer que a Administração use julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos a estas estimativas e premissas incluem notadamente a provisão para risco de crédito, provisão para contingências, provisão para impostos e contribuições e realização de créditos tributários. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.

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(continuação)

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

R$ milEm 30 de junho

2011 2010 2011 2010BNDES Consolidado

Disponibilidades ...................................................... 211.033 1.810 215.821 3.300

Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 6) ..... 2.649.825 1.589.733 2.649.825 1.589.733

Títulos e valores mobiliários .................................... Cotas de fundos exclusivos (Nota 7.4) .................. 1.419.690 886.064 2.296.688 3.434.051

4.280.548 2.477.607 5.162.334 5.027.084

6. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ

6.1) Aplicações em carteira de câmbio

O saldo dessas operações de curto prazo, em 30 de junho de 2011, monta em 0,9 milhão (R$ 2,9 milhões em 30 de junho de 2010).

6.2) Aplicações em operações compromissadas

O BNDES realizou operações de compra de títulos com compromisso de revenda (mercado de balcão), de curto prazo, lastreadas em títulos públicos federais, com saldo de R$ 54,9 milhões em 30 de junho de 2011 (R$ 147,9 milhões em 30 de junho de 2010).

6.3) Aplicações em depósitos interfinanceiros

Em 2008, o BNDES começou a realizar aplicações de curto prazo registradas na CETIP. Em 30 de junho de 2011, o saldo de aplicações em depósitos interfinanceiros era de R$ 2.594,1 milhões (R$ 1.439,0 milhões em 30 de junho de 2010).

7. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

7.1) Composição por natureza e por emissor

R$ milEm 30 de junho

2011 2010 2011 2010BNDES Consolidado

LivresTítulos para negociação: Público: Cotas de fundos de investimento exclusivo 1.419.690 886.064 2.296.688 3.434.051 Letras Financeiras do Tesouro - LFT .......... 4.343.049 6.239.286 4.343.049 6.239.286 Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ......... 102.100 93.448 102.100 93.448

5.864.839 7.218.798 6.741.837 9.766.785Títulos disponíveis para venda: Público: Debêntures .................................................. 684.050 763.678 821.993 901.621 Ações, certificados de ações e bônus de subscrição .................................................. 13.141.421 – 54.236.744 25.166.174 Letras Financeiras do Tesouro - Série A ..... 949.299 13.391.278 949.299 13.391.278 Letras do Tesouro Nacional - LTN .............. 3.759.327 33.595.215 3.759.327 33.595.215 Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ......... 11.366.434 2.381.014 11.366.434 2.381.014 Notas do Tesouro Nacional - NTN-F .......... 900.957 8.947.507 900.957 8.947.507 Privado: Debêntures .................................................. 1.151.268 1.584.777 14.557.575 10.410.971 Cotas de fundos mútuos de investimento e de participações ......................................... – – 1.965.153 1.890.094 Ações, certificados de ações e bônus de subscrição .................................................. 38.830 84.008 36.882.314 37.213.733

31.991.586 60.747.477 125.439.796 133.897.607Títulos mantidos até o vencimento: Público: Debêntures .................................................. 2.172.683 1.825.221 2.752.242 2.343.243 Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ......... 9.217.528 5.100.280 9.217.528 5.100.280 Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F 5.409.704 5.308.439 5.409.704 5.308.439 Letras do Tesouro Nacional - LTN .............. 21.910.097 – 21.910.097 – Privado: Debêntures .................................................. 750.991 747.872 2.480.669 747.872

39.461.003 12.981.812 41.770.240 13.499.834 Provisão para risco de crédito - Debêntures Setor privado .............................................. (369) (1.136) (17.640) (1.136) Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor público ............................................... (3.045) (1.510) (4.217) (3.608)Total Provisão para risco de crédito - Debêntures .................................................... (3.414) (2.646) (21.857) (4.744)

R$ milEm 30 de junho

2011 2010 2011 2010BNDES Consolidado

Vinculados a compromissos de recompra:

Títulos disponíveis para venda (Públicos):Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F – 6.519.007 – 6.519.007Letras do Tesouro Nacional - LTN .................. – 1.743.190 – 1.743.190

Títulos mantidos até o vencimento (Públicos):Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F – 1.889.004 – 1.889.004

Instrumentos financeiros derivativos (Nota 27) 61.718 17.166 807.044 1.003.421

Vinculados à Prestação de Garantias:Títulos mantidos até o vencimento (Públicos):Letras Financeiras do Tesouro - Série A ......... 56.069 68.636 56.069 68.636

Vinculados à cessão fiduciária (Público):Títulos mantidos até o vencimento:Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ............. 167.075 – 167.075 –Total 77.598.876 91.182.444 174.960.204 168.382.740

Curto prazo ...................................................... 33.469.627 42.956.704 37.244.727 49.983.494Longo prazo .................................................... 44.129.249 48.225.740 137.715.477 118.399.246Total ................................................................ 77.598.876 91.182.444 174.960.204 168.382.740

R$ milEm 30 de junho

Resumo por emissor (líquido de provisão): 2011 2010 2011 2010BNDES Consolidado

Público ............................................................ 75.596.438 88.749.757 118.285.089 117.117.785Privado ............................................................ 2.002.438 2.432.687 56.675.115 51.264.955Total ................................................................ 77.598.876 91.182.444 174.960.204 168.382.740

7.2) Valor de mercado dos títulos mantidos até o vencimento

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

Custo Mercado Custo MercadoLivres: Público: Debêntures ..................................................... 2.172.683 2.172.682 2.752.242 2.752.242 Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ............ 9.217.528 9.370.210 9.217.528 9.370.210 Notas do Tesouro Nacional - NTN-F ............. 5.409.704 5.461.545 5.409.704 5.461.545 Letras do Tesouro Nacional - LTN ................. 21.910.097 21.909.043 21.910.097 21.909.043

Privado: Debêntures ..................................................... 750.991 750.991 2.480.669 2.480.669

Vinculados à Prestação de Garantias (Pú-blico): Letras Financeiras do Tesouro - Série A .......... 56.069 56.069 56.069 56.069

Vinculados à cessão fiduciária (Público):Notas do Tesouro Nacional - NTN-B ................ 167.075 172.535 167.075 172.535

Total ................................................................... 39.684.146 39.893.075 41.993.384 42.202.313

As debêntures representam uma modalidade de apoio financeiro e não de aplicação financeira, conforme descrito na Nota 8.2. Por esta razão seu valor de mercado é igual ao seu custo corrigido.

Para cálculo do valor de mercado das Notas do Tesouro Nacional foram utilizados os preços divulgados pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro - ANDIMA.

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(continuação)

7.3) Composição por prazo de vencimento:R$ mil

Em 30 de junho de 2011BNDES

Sem Vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos TotalLivres:Títulos para negociação: Público: Cotas de fundos exclusivos ................................................... 1.419.690 – – – – – – 1.419.690 Letras Financeiras do Tesouro - LFT .................................... – 4.343.049 – – – – – 4.343.049 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 102.100 – – – – – 102.100

1.419.690 4.445.149 – – – – – 5.864.839Títulos disponíveis para venda: Público: Debêntures disponíveis para venda ....................................... – – 309.714 32.119 342.217 – – 684.050 Letras Financeiras do Tesouro .............................................. – – – – 949.299 – – 949.299 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 1.950.563 1.808.764 – – – – 3.759.327 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 94.491 52.437 482 1.252.311 6.662.926 3.303.787 11.366.434 Notas do Tesouro Nacional / NTN-F .................................... – 43.040 – 857.917 – – – 900.957 Ações ..................................................................................... 13.141.421 – – – – – – 13.141.421 Privado: Debêntures disponíveis para venda ....................................... – – 111.389 432.433 302.414 305.032 – 1.151.268 Ações ..................................................................................... 38.830 – – – – – – 38.830

13.180.251 2.088.094 2.282.304 1.322.951 2.846.241 6.967.958 3.303.787 31.991.586Títulos mantidos até o vencimento: Público: Debêntures ............................................................................ – – – 24.023 789.913 1.358.747 – 2.172.683 Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B .................... – – 67.485 – – – 9.150.043 9.217.528 Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN-F ....................... – 277.236 – – – 5.132.468 – 5.409.704 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 20.100.749 1.809.348 – – – – 21.910.097 Privado: Debêntures ............................................................................ – – 2.026 106.407 – 642.558 – 750.991

– 20.377.985 1.878.859 130.430 789.913 7.133.773 9.150.043 39.461.003Vinculados à Prestação de Garantias (Público) Títulos mantidos até o vencimento: Letras Financeiras do Tesouro - Série A ................................. – 5.097 15.291 35.681 – – – 56.069

Vinculados à Cessão Fiduciária (Público) Títulos mantidos até o vencimento: Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B ...................... – – 1.243 – – – 165.832 167.075

Instrumentos financeiros derivativos – 3.418 18.747 – – 39.553 – 61.718

TOTAL ..................................................................................... 14.599.941 26.919.743 4.196.444 1.489.062 3.636.154 14.141.284 12.619.662 77.602.290

Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Privado .... (369)Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Público .... (3.045)

(3.414)

TOTAL ..................................................................................... 77.598.876

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES

Sem Vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos TotalLivres:Títulos para negociação: Público: Cotas de fundos exclusivos ................................................... 886.064 – – – – – – 886.064 Letras Financeiras do Tesouro - LFT .................................... – 6.239.286 – – – – – 6.239.286 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 93.448 – – – – – 93.448

886.064 6.332.734 – – – – – 7.218.798Títulos disponíveis para venda: Público: Debêntures disponíveis para venda ....................................... – – – 414.206 349.472 – – 763.678 Letras Financeiras do Tesouro .............................................. – – – 2.779.701 3.561.440 7.050.137 – 13.391.278 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 13.738.534 19.856.681 – – – – 33.595.215 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 10 23.527 451 1.212.375 – 1.144.651 2.381.014 Notas do Tesouro Nacional / NTN-F .................................... – 429.047 – 7.616.413 902.047 – – 8.947.507 Privado: Debêntures disponíveis para venda ....................................... – – 354.274 614.792 423.827 191.884 – 1.584.777 Ações, certificados de ações e bônus de subscrição .............. 84.008 – – – – – – 84.008

84.008 14.167.591 20.234.482 11.425.563 6.449.161 7.242.021 1.144.651 60.747.477Títulos mantidos até o vencimento: Público: Debêntures ............................................................................ – – – 40.038 1.007.381 777.802 – 1.825.221 Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B .................... – 473.666 221.078 – – – 4.405.536 5.100.280 Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F ..................... – 277.218 – – – 5.031.221 – 5.308.439 Privado: Debêntures ............................................................................ – 1.864 – 147.360 37.323 561.325 – 747.872

– 752.748 221.078 187.398 1.044.704 6.370.348 4.405.536 12.981.812Vinculados a compromissos de recompra:

Títulos disponíveis para venda (Público):Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F ......................... – 312.445 – 5.878.431 328.131 – – 6.519.007Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN - B ......................Letras do Tesouro Nacional - LTN ............................................ – – – 1.743.190 – – – 1.743.190

Títulos mantidos até o vencimento (Público):Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN - B ...................... – – 14.093 – – – 1.874.911 1.889.004

– 312.445 14.093 7.621.621 328.131 – 1.874.911 10.151.201Vinculados à Prestação de Garantias (Público): Títulos mantidos até o vencimento: Letras Financeiras do Tesouro - Série A ................................. – 4.576 13.727 36.606 13.727 – – 68.636

Instrumentos financeiros derivativos .................................... – 17.166 – – – – – 17.166

TOTAL ..................................................................................... 886.064 21.587.260 20.483.380 19.271.188 7.835.723 13.612.369 7.425.098 91.185.060

Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Privado (1.136)Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Público (1.510)

(2.646)

Total .......................................................................................... 91.182.444

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(continuação)

R$ milEm 30 de junho

2011Consolidado

Sem Vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos TotalLivres:Títulos para negociação: Público: Cotas de fundos exclusivos ................................................... 2.296.688 – – – – – – 2.296.688 Letras Financeiras do Tesouro - LFT .................................... – 4.343.049 – – – – – 4.343.049 Notas do Tesouro Nacional - série B - NTN-B ..................... – 102.100 – – – – – 102.100

2.296.688 4.445.149 – – – – – 6.741.837Títulos disponíveis para venda: Público: Debêntures ............................................................................ – – 309.714 170.062 342.217 – – 821.993 Ações ..................................................................................... 54.236.744 – – – – – – 54.236.744 Letras Financeiras do Tesouro - Série A ............................... – – – – 949.299 – – 949.299 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 1.950.563 1.808.764 – – – – 3.759.327 Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B .................... – 94.491 52.437 482 1.252.311 6.662.926 3.303.787 11.366.434 Notas do Tesouro Nacional - Série F - NTN-F ..................... – 43.040 – 857.917 – – – 900.957 Privado: Debêntures ............................................................................ – 268 112.113 2.321.041 3.924.046 3.449.031 4.751.076 14.557.575 Cotas de fundos mútuos de investimentos e de participações 1.965.153 – – – – – – 1.965.153 Ações ..................................................................................... 36.882.314 – – – – – – 36.882.314

93.084.211 2.088.362 2.283.028 3.349.502 6.467.873 10.111.957 8.054.863 125.439.796Títulos mantidos até o vencimento: Público: Debêntures ............................................................................ – – – 32.057 819.230 1.900.955 – 2.752.242 Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B .................... – – 67.485 – – – 9.150.043 9.217.528 Notas do Tesouro Nacional - Série F - NTN-F ..................... – 277.236 – – – 5.132.468 – 5.409.704 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 20.100.749 1.809.348 – – – – 21.910.097 Privado: Debêntures ............................................................................ – – 2.026 106.407 344.905 2.027.331 – 2.480.669

– 20.377.985 1.878.859 138.464 1.164.135 9.060.754 9.150.043 41.770.240Vinculados à Prestação de Garantias (Público) Títulos mantidos até o vencimento: Letras Financeiras do Tesouro - Série A ................................. – 5.097 15.291 35.681 – – – 56.069

Vinculados à Cessão Fiduciária (Público) Títulos mantidos até o vencimento: Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B ...................... – – 1.243 – – – 165.832 167.075

Instrumentos financeiros derivativos .................................... 745.326 3.418 18.747 – – 39.553 – 807.044

96.126.225 26.920.011 4.197.168 3.523.647 7.632.008 19.212.264 17.370.738 174.982.061

Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Privado .... (17.640)Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Público .... (4.217)

(21.857)

Total .......................................................................................... 174.960.204

R$ milEm 30 de junho

2010Consolidado

Sem Vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos TotalLivres:Títulos para negociação: Público: Cotas de fundos exclusivos ................................................... 3.434.051 – – – – – – 3.434.051 Letras Financeiras do Tesouro - LFT .................................... – 6.239.286 – – – – – 6.239.286 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 93.448 – – – – – 93.448

3.434.051 6.332.734 – – – – – 9.766.785Títulos disponíveis para venda: Público: Ações de companhias abertas e bônus de subscrição ............ 25.166.174 – – – – – – 25.166.174 Debêntures ............................................................................ – – – 552.149 349.472 – – 901.621 Letras Financeiras do Tesouro .............................................. – – – 2.779.701 3.561.440 7.050.137 – 13.391.278 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................................ – 13.738.534 19.856.681 – – – – 33.595.215 Notas do Tesouro Nacional / NTN-B .................................... – 10 23.527 451 1.212.375 – 1.144.651 2.381.014 Notas do Tesouro Nacional / NTN-F .................................... – 429.047 – 7.616.413 902.047 – – 8.947.507 Privado: Debêntures ............................................................................ 26.022 246 354.274 2.152.095 576.894 2.632.539 4.668.901 10.410.971 Ações de companhias abertas e bônus de subscrição ............ 37.213.733 – – – – – – 37.213.733 Cotas de fundos mútuos de investimentos e de participações 1.890.094 – – – – – – 1.890.094

64.296.023 14.167.837 20.234.482 13.100.809 6.602.228 9.682.676 5.813.552 133.897.607Títulos mantidos até o vencimento: Público: Debêntures ............................................................................ – – – – 94.081 1.471.360 777.802 2.343.243 Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN-B .................... – 473.666 221.078 – – – 4.405.536 5.100.280 Notas do Tesouro Nacional Série F - NTN - F ..................... – 277.218 – – – 5.031.221 – 5.308.439 Privado: Debêntures ............................................................................ – – 1.864 – 147.360 37.323 561.325 747.872

– 750.884 222.942 – 241.441 6.539.904 5.744.663 13.499.834Vinculados a compromissos de recompra:

Títulos disponíveis para venda (Público): Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN - F ..................... – 312.445 – 5.878.431 328.131 – – 6.519.007 Letras do Tesouro Nacional - LTN .......................................... – – – 1.743.190 – – – 1.743.190

Títulos mantidos até o vencimento (Público): Notas do Tesouro Nacional - Série B - NTN - B .................... – – 14.093 – – – 1.874.911 1.889.004

– 312.445 14.093 7.621.621 328.131 – 1.874.911 10.151.201

Instrumentos financeiros derivativos .................................... 986.255 17.166 – – – – – 1.003.421

Vinculados à Prestação de Garantias (Público):Títulos mantidos até o vencimento: Letras Financeiras do Tesouro - Série A ................................. – 4.576 13.727 36.606 13.727 – – 68.636

68.716.329 21.585.642 20.485.244 20.759.036 7.185.527 16.222.580 13.433.126 168.387.484

Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Privado .... (1.136)Provisão para risco de crédito - Debêntures - Setor Público .... (3.608)

(4.744)

Total .......................................................................................... 168.382.740

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(continuação)

Composição dos títulos integrantes do ativo dos Fundos por prazo de vencimento:

R$ milEm 30 de junho de 2011

BNDESQuantidade Sem vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos Total

Fundo BB Extramercado

Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 174.342 – 825.147 – – – – – 825.147Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 10.415 – – – 43.193 6.242 – – 49.435

– 825.147 – 43.193 6.242 – – 874.582Fundo BB GAIA FI RF

Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 2.239 – 1.979 – – – – – 1.979Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 17.291 – – – 31.839 44.616 5.617 – 82.072

– 1.979 – 31.839 44.616 5.617 – 84.051Fundo FI Caixa Progresso Curto Prazo

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 221.346 – 459.082 – – – – – 459.082

– 459.082 – – – – – 459.082Total ........................................................................... – 1.286.208 – 75.032 50.858 5.617 – 1.417.715

R$ milEm 30 de junho de 2010

BNDESQuantidade Sem vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos Total

Fundo BB Extramercado

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 786 – 800 – – – – – 800 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................... 409.235 – 398.079 – – – – – 398.079Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 32.813 – – – 67.579 38.461 34.187 – 140.227

– 398.879 – 67.579 38.461 34.187 – 539.106Fundo BB GAIA FI RF

Operações compromissadas Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................... 26.678 – 25.790 – – – – – 25.790Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 2.745 – – – 577 6.880 4.274 – 11.731

– 25.790 – 577 6.880 4.274 – 37.521Fundo FI Caixa Progresso Curto Prazo

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 157.608 – 304.502 – – – – – 304.502

– 304.502 – – – – – 304.502Total ........................................................................... – 729.171 – 68.156 45.341 38.461 – 881.129

7.4) Fundos de investimentos exclusivos

O BNDES, em 30 de junho de 2011, possui investimentos em fundos exclusivos administrados pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e estão classificados, de acordo com a Circular nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, como títulos para negociação.

A carteira dos Fundos são compostas basicamente por títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional e custodiados no Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC

Apresenta-se a seguir a composição da carteira de títulos dos Fundos:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Fundo BB Extramercado (*)

ATIVODisponibilidades ................................................ 2.018 4.412 5.013 15.028Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ............... 825.147 1.272.145 800 885.818 Letras do Tesouro Nacional - LTN ................... – – 398.079 590.038Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ............... 49.435 477.069 140.227 1.601.421Outros ................................................................. 1 3 1 4

876.601 1.753.629 544.120 3.092.309PASSIVOValores a pagar ................................................... (40) (70) (73) (275)Outros ................................................................. (40) (70) (73) (275)

Sub total ............................................................ 876.561 1.753.559 544.047 3.092.034

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Fundo BB GAIA FI RF

ATIVODisponibilidades ................................................ 3 3 3 3Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ............... 1.979 1.979 25.790 25.790Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ............... 82.072 82.072 11.731 11.731Outros ................................................................. 1 1 – –

84.055 84.055 37.524 37.524PASSIVOValores a pagar ................................................... (3) (3) (7) (7)

(3) (3) (7) (7)

Sub total ............................................................ 84.052 84.052 37.517 37.517

Fundo FI Caixa Progresso Curto Prazo

ATIVODisponibilidades ................................................ 2 2 1 1Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .................. 459.082 459.082 304.502 304.502

459.084 459.084 304.503 304.503PASSIVOValores a pagar ................................................... (7) (7) (3) (3)

(7) (7) (3) (3)

Subtotal ............................................................. 459.077 459.077 304.500 304.500

TOTAL .............................................................. 1.419.690 2.296.288 886.064 3.434.051

(*) Inclui os fundos BB Urano 2 (Finame), BB Extramercado Exclusivo 23 FI RF (Bndespar) e BB Milênio 28 FI Renda Fixa (BNDES), com políticas de investimento semelhantes.

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(continuação)

R$ milEm 30 de junho de 2011

ConsolidadoQuantidade Sem vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos Total

Fundo BB Extramercado

Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 680.011 – 1.272.145 – – – – – 1.272.145 Letras do Tesouro Nacional - LTNTítulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 100.509 – 18.208 12.237 312.792 112.895 20.937 – 477.069

– 1.290.353 12.237 312.792 112.895 20.937 – 1.749.214Fundo BB GAIA FI RF

Operações compromissadas Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 2.239 – 1.979 – – – – – 1.979Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 17.291 – – – 31.839 44.616 5.617 – 82.072

– 1.979 – 31.839 44.616 5.617 – 84.051Fundo FI Caixa Progresso Curto Prazo

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 221.346 – 459.082 – – – – – 459.082

– 459.082 – – – – – 459.082

Total ........................................................................... – 1.751.414 12.237 344.631 157.511 26.554 – 2.292.347

R$ milEm 30 de junho de 2010

ConsolidadoQuantidade Sem vencimento Até 3 meses 3 a 12 meses 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos Acima de 15 anos Total

Fundo BB Extramercado

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 890.894 – 885.818 – – – – – 885.818 Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................... 652.427 – 590.038 – – – – – 590.038Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 374.733 – – – 275.391 867.057 458.973 – 1.601.421

– 1.475.856 – 275.391 867.057 458.973 – 3.077.277Fundo BB GAIA FI RF

Operações compromissadas Letras do Tesouro Nacional - LTN ........................... 26.678 – 25.790 – – – – – 25.790Títulos e valores mobiliários Letras Financeiras do Tesouro - LFT ....................... 2.745 – – – 577 6.880 4.274 – 11.731

– 25.790 – 577 6.880 4.274 – 37.521Fundo FI Caixa Progresso Curto Prazo

Operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional - NTN .......................... 157.608 – 304.502 – – – – – 304.502

– 304.502 – – – – – 304.502

Total ........................................................................... – 1.806.148 – 275.968 873.937 463.247 – 3.419.300

De acordo com a circular do BACEN nº 3.068, os títulos para negociação são classificados no ativo circulante independentemente dos seus vencimentos.

7.5) Cotas de fundos mútuos de investimento e de participações

Estas aplicações são administradas por instituições financeiras privadas. As cotas destes fundos são avaliadas pelos valores das cotas divulgadas pelo respectivo administrador na data base do balanço.

R$ milFundo Administrador 30/06/2011 30/06/2010

- PROT - Fundo de Investimento em Participações ............................................................................ Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos Mobiliários S.A. 503.053 714.415- Brasil Energia - Fundo de Investimentos em Participações ............................................................. Banco Bradesco S.A. 309.625 307.383- Fundo de Investimento em Direitos Creditórios ............................................................................... Credit Suisse Brasil 298.516 297.614- InfraBrasil - Fundo de Investimentos em Participações ................................................................... Banco ABN Amro Real S.A. 195.756 112.623- AG Angra Infra-Estrutura - Fundo de Investimento em Participações ............................................. Banco Bradesco S.A. 103.417 76.244- Fundo de Investimentos Cia. Paulista Trens Metropolitanos ........................................................... Banco Bradesco S.A. 48.564 61.857- Logística Brasil - Fundo de Investimento em Participações ............................................................ Banco Bradesco S.A. 56.643 50.321- Fundo de Invest. Em Partic. Governança e Gestão - FIPGG ........................................................... Governança & Gestão Investimentos 33.653 34.960- Fundo de Investimento em Participações Caixa Modal Óleo e Gás ................................................. Caixa Econômica Federal 17.985 19.011- FIP Terra Viva - Fundo de Investimento em Participações .............................................................. DGF Gestão de Fundos Ltda 30.059 17.774- Fundo Brascan de Petróleo e Gás ..................................................................................................... Banco Brascan S.A. 14.997 16.921- Brasil Mezanino Infra-estr fdo. Inv. em Participações ..................................................................... Darby Stratus Administração de Investimentos Ltda 24.938 16.883- Fundo Mútuo Invest em Empresas Emergentes CRIATEC .............................................................. BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. 28.330 16.715- Fundo de Investimento em Participações Caixa Ambiental ............................................................. Caixa Econômica Federal 39.723 14.451- BR Educacional Fundo de Investimento em Participações .............................................................. BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 35.701 13.834- CRP VI Venture Fundo Mútuo de Invest. Empr. Emergentes .......................................................... CRP Companhia de Participações S.A. 12.383 12.115- RB Cinema I - Fundo Financiamento Ind. Cinematográfica Nacional ............................................. Rio Bravo Investimentos S.A. 11.129 11.687-Fundo Brasil Agronegócio - Fundo de Investimento em Participações ............................................ Banco Bradesco S.A. 7.177 7.754- Fire - Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes ...................................................... BrasilPrivate Consultoria e Participações Ltda. – 5.012- Opportunity Equity Partners - FIA ................................................................................................... Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos Mobiliários S.A. – 4.753- Brasil 21 - Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes.............................................. Dynamo Administradora de Recursos Ltda. 2.848 2.594- Outros ............................................................................................................................................... 190.656 75.173Total .................................................................................................................................................... 1.965.153 1.890.094

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(continuação)

Os fundos mútuos de investimento em empresas emergentes Fire - Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes e Brasil 21 - Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes - foram constituídos sob a forma de condomínios fechados, tendo somente aportes da BNDESPAR, com prazo de duração de oito anos. Esses fundos estão em fase de desinvestimentos.

As aplicações em fundos mútuos de investimento e de participações estão valorizadas pela cota de cada fundo, informada pelos respectivos administradores, designados ao resultado como atualização do inves-timento. Não há diferença entre o valor atualizado e o valor de mercado.

8. DEBÊNTURES

8.1) Debêntures disponíveis para venda

Tradicionalmente, o BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, exerce a função de fomentar o desenvolvimento do mercado de ações. Faltava ao BNDES uma ação direcionada a apoiar o desenvolvi-mento do mercado brasileiro de dívida corporativa. Para tanto, em agosto de 2006, foram estabelecidas as normas aplicáveis à subscrição de debêntures simples, pelo BNDES, em ofertas públicas, e à negociação desses valores mobiliários no mercado secundário com o objetivo de apoiar tanto novas emissões, quanto girar os ativos adquiridos de forma a ajudar ao aumento da liquidez do mercado local.

A subscrição de debêntures de colocação pública está limitada a operações de baixo risco de crédito e devem ter as seguintes características:

• Participação limitada a 15% da oferta; • Setores apoiados pelo BNDES;• Recursos captados destinados a financiar:

- investimentos fixos;- capital de giro;- gastos em P&D ou em outros ativos intangíveis;- fusões e aquisições (nos casos em que os ganhos de escala são importantes para impulsionar a expansão

das atividades da empresa);- reestruturação financeira, se for considerada passo necessário para viabilizar investimentos ou parcerias

subsequentes.• Adoção de práticas de distribuição e negociação que privilegiem a dispersão dos títulos no mercado, a

liquidez, inclusive com participação do formador de mercado, a padronização das cláusulas e as boas práticas de governança corporativa.

A atuação no mercado secundário deverá seguir os princípios de competitividade e de transparência na formação do preço, com preferência a que as operações sejam efetuadas através de plataformas eletrôni-cas ou, sendo operações efetuadas fora de plataforma eletrônica, que as mesmas sejam referendadas por cotações disponíveis em plataformas eletrônicas.

As debêntures que possuem derivativos embutidos, registradas na BNDESPAR foram reconhecidas no Sistema BNDES com base na circular nº 3082/2002 que requer a separação dos derivativos do instrumento principal.

O instrumento principal foi designado como disponível para venda e o derivativo é avaliado a valor justo com o efeito reconhecido no resultado.

R$ milEm 30 de junho

2011 2010Saldos do BNDES .................................................................. 1.835.318 2.348.455Saldos da BNDESPAR ........................................................... 13.544.250 9.950.892

15.379.568 12.299.347

8.2) Debêntures mantidas até o vencimento

Essas debêntures representam uma modalidade de apoio financeiro e não de aplicação financeira, sendo contratadas diretamente com os emissores e realizadas no vencimento ou convertidas/transformadas em participações societárias de acordo com cláusulas contratuais. Em função das características destes títulos, estes são avaliados de acordo com as normas definidas pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil - BACEN, conforme demonstrado na Nota 8.2.4.

8.2.1) Composição das debêntures mantidas até o vencimento:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Valor bruto ........................................ 2.923.674 5.232.911 2.573.093 3.091.115Provisão para risco de crédito ........... (3.414) (21.857) (2.646) (4.744)Valor líquido ...................................... 2.920.260 5.211.054 2.570.447 3.086.371

Curto prazo ........................................ 2.026 2.026 1.864 1.864Longo prazo ...................................... 2.918.234 5.209.028 2.568.583 3.084.507Total .................................................. 2.920.260 5.211.054 2.570.447 3.086.371

8.2.2) Distribuição da carteira bruta por setor de atividade:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Setor público ..................................... 2.172.682 2.752.241 1.857.316 2.340.123

Setor privado Indústria .......................................... 60.152 60.152 107.796 60.152 Outros serviços ................................ 690.840 2.420.518 607.981 690.840

750.992 2.480.670 715.777 750.992Total .................................................. 2.923.674 5.232.911 2.573.093 3.091.115

8.2.3) Distribuição da carteira bruta por vencimento:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

A vencer:2011 .................................................................................. 2.026 2.0262012.................................................................................. 70.278 70.2782013.................................................................................. 60.152 68.1862014.................................................................................. 156.876 1.071.6632015.................................................................................. 633.036 2.019.452Após 2015 ........................................................................ 2.001.306 2.001.306Total ................................................................................. 2.923.674 5.232.911

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES Consolidado

A vencer:2010.................................................................................. 1.864 1.8642011 .................................................................................. – –2012.................................................................................. 116.927 116.9272013.................................................................................. 107.796 107.7962014.................................................................................. 208.134 219.302Após 2014 ........................................................................ 2.138.372 2.645.226Total ................................................................................. 2.573.093 3.091.115

8.2.4) Composição da carteira bruta e da provisão para risco de crédito por nível de risco:

R$ milEm 30 de junho

2011Debêntures % Provisão

Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 2.329.706 2.674.947 0,00 – –A Adimplente 505.088 2.124.180 0,50 2.525 10.621B Adimplente 88.880 88.880 1,00 889 889C Adimplente – 344.904 3,00 – 10.347

Total ...................... 2.923.674 5.232.911 3.414 21.857

Curto prazo ............ 2.026 2.026 – –Longo prazo .......... 2.921.648 5.230.885 3.414 21.857Total ...................... 2.923.674 5.232.911 3.414 21.857

R$ milEm 30 de junho

2010Debêntures % Provisão

Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 2.098.825 2.197.198 0,00 – –A Adimplente 419.285 838.934 0,50 2.096 4.194B Adimplente 54.983 54.983 1,00 550 550

Total ...................... 2.573.093 3.091.115 2.646 4.744

Curto prazo ............ 1.864 1.864 – –Longo prazo .......... 2.571.229 3.089.251 2.646 4.744Total ...................... 2.573.093 3.091.115 2.646 4.744

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(continuação)

8.2.5) Movimentação da provisão sobre debêntures:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do semestre .............. 2.670 3.331 81.451 265.924Constituição (reversão) líquida ......... 744 18.526 (78.805) (261.180)Saldo no final do semestre ................ 3.414 21.857 2.646 4.744

O efeito no resultado está apresentado na Nota 26.

9. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E REPASSES INTERFINANCEIROS

9.1) Composição das operações:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Operações de crédito ................... 179.787.996 186.270.954 167.005.462 175.256.314Provisão para risco de crédito ..... (2.087.642) (2.208.502) (3.199.252) (3.640.761)

177.700.354 184.062.452 163.806.210 171.615.553

Repasses interfinanceiros ............ 209.178.619 192.967.940 154.098.610 146.693.201Provisão para risco de crédito ..... (547.746) (1.010.363) (999.453) (1.326.125)

208.630.873 191.957.577 153.099.157 145.367.076

Total ............................................ 386.331.227 376.020.029 316.905.367 316.982.629

Curto prazo .................................. 27.281.501 43.093.649 37.672.532 57.981.775Longo prazo ................................ 359.049.726 332.926.380 279.232.835 259.000.854Total ............................................ 386.331.227 376.020.029 316.905.367 316.982.629

9.2) Distribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses interfinanceiros por moedas:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

Moeda nacional

Moeda estrangeira Total Moeda

nacionalMoeda

estrangeira Total

Controladas ........... 109.810.043 6.741.278 116.551.321 – – –Outras .................... 221.417.908 50.997.386 272.415.294 318.957.036 60.281.858 379.238.894Total ...................... 331.227.951 57.738.664 388.966.615 318.957.036 60.281.858 379.238.894

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES Consolidado

Moeda nacional

Moeda estrangeira Total Moeda

nacionalMoeda

estrangeira Total

Controladas ........... 73.029.066 8.136.214 81.165.280 – – –Outras .................... 185.019.748 54.919.044 239.938.792 254.862.174 67.087.341 321.949.515Total ...................... 258.048.814 63.055.258 321.104.072 254.862.174 67.087.341 321.949.515

9.3) Distribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses interfinanceiros por setor de atividade:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Setor público ............................... 197.443.214 98.731.130 154.187.153 85.839.620

Setor privado Rural .......................................... 3.245.055 3.245.055 3.044.019 3.044.019 Indústria .................................... 78.324.964 78.324.964 67.766.729 67.766.729 Comércio ................................... 2.890.358 2.890.358 2.164.083 2.164.083 Intermediação financeira ........... 52.567.834 135.069.239 39.524.417 100.466.542 Outros serviços .......................... 54.495.190 60.978.148 54.417.671 62.668.522

191.523.401 280.507.764 166.916.919 236.109.895

Total ............................................ 388.966.615 379.238.894 321.104.072 321.949.515

9.4) Distribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses interfinanceiros por vencimento:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

Vencido ............................................................................ 149.610 461.369

A vencer:2011 .................................................................................. 20.656.215 33.244.7652012.................................................................................. 34.351.568 55.077.9142013.................................................................................. 26.873.749 41.153.4102014.................................................................................. 35.777.666 30.203.3342015.................................................................................. 33.923.942 23.852.554Após 2015 ........................................................................ 237.233.865 195.245.548Total ................................................................................. 388.966.615 379.238.894

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES Consolidado

Vencido ............................................................................ 200.492 609.109

A vencer:2010.................................................................................. 16.288.803 26.657.5972011 .................................................................................. 33.173.303 51.997.8182012.................................................................................. 25.778.106 41.548.9422013.................................................................................. 19.460.509 29.883.5522014.................................................................................. 28.947.291 23.108.095Após 2014 ........................................................................ 197.255.568 148.144.402Total ................................................................................. 321.104.072 321.949.515

9.5) Concentração da carteira bruta de operações de crédito e repasses interfinanceiros:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

10 maiores clientes ........................................................... 202.213.908 149.116.95350 seguintes maiores clientes ........................................... 87.751.800 115.379.930100 seguintes maiores clientes ......................................... 51.339.153 58.787.095Demais clientes ................................................................ 47.661.754 55.954.916Total ................................................................................. 388.966.615 379.238.894

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES Consolidado

10 maiores clientes ........................................................... 153.754.715 116.552.85150 seguintes maiores clientes ........................................... 80.150.512 103.499.867100 seguintes maiores clientes ......................................... 44.864.798 51.827.562Demais clientes ................................................................ 42.334.047 50.069.235Total ................................................................................. 321.104.072 321.949.515

9.6) Composição da carteira e da provisão para risco de crédito por nível de risco

O Conselho Monetário Nacional, através da Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, publicada pelo Banco Central do Brasil, estabeleceu a sistemática para a constituição da provisão para risco de crédito . A regra, estipulando classes de risco para créditos em situação de adimplência e de inadimplência e respectivos percentuais, entrou em vigor a partir de março de 2000.

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(continuação)

Assim, as provisões para créditos adimplentes e inadimplentes relativas a operações de crédito e repasses interfinanceiros, foram as seguintes:

a) Operações de crédito

R$ milEm 30 de junho

2011Operações de crédito % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 73.899.479 75.335.089 0,00 – –

A Adimplente 75.031.592 75.095.846 0,50 375.158 375.479

B Adimplente 22.282.190 23.739.754 1,00 222.822 237.398

C Adimplente 4.181.222 7.394.261 3,00 125.436 221.827Inadimplente – 311.759 3,00 – 9.353

4.181.222 7.706.020 125.436 231.180

D Adimplente 2.375.187 2.375.187 10,00 237.519 237.519Inadimplente 522 522 10,00 52 52

2.375.709 2.375.709 237.571 237.571

E Adimplente 968.951 969.683 30,00 290.685 290.904968.951 969.683 290.685 290.904

F Adimplente 211.471 211.471 50,00 105.735 105.735Inadimplente 31.534 31.534 50,00 15.767 15.767

243.005 243.005 121.502 121.502

G Adimplente 304.264 304.264 70,00 212.986 212.986Inadimplente 341 341 70,00 239 239

304.605 304.605 213.225 213.225

H Adimplente 384.061 384.061 100,00 384.061 384.061Inadimplente 117.182 117.182 100,00 117.182 117.182

501.243 501.243 501.243 501.243

Total ................. 179.787.996 186.270.954 2.087.642 2.208.502

Curto prazo ....... 14.557.825 15.693.768 169.041 190.218Longo prazo ..... 165.230.171 170.577.186 1.918.601 2.018.284Total ................. 179.787.996 186.270.954 2.087.642 2.208.502

R$ milEm 30 de junho

2010Operações de crédito % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 69.008.880 71.861.996 0,00 – –

A Adimplente 65.568.535 65.819.126 0,50 327.843 329.095

B Adimplente 20.901.289 21.205.762 1,00 209.013 212.058

C Adimplente 5.880.124 10.287.077 3,00 176.404 308.613Inadimplente 25.990 25.990 3,00 780 780

5.906.114 10.313.067 177.184 309.393

D Adimplente 2.090.008 2.090.008 10,00 209.001 209.001

E Adimplente 1.074.991 1.074.991 30,00 322.497 322.497Inadimplente 7.461 7.461 30,00 2.238 2.238

1.082.452 1.082.452 324.735 324.735

F Adimplente 818.276 818.276 50,00 409.138 409.138Inadimplente 3.060 3.060 50,00 1.530 1.530

821.336 821.336 410.668 410.668

G Adimplente 263.880 263.880 70,00 184.716 184.716Inadimplente 22.921 458.640 70,00 16.045 321.048

286.801 722.520 200.761 505.764

H Adimplente 1.186.347 1.186.347 100,00 1.186.347 1.186.347Inadimplente 153.700 153.700 100,00 153.700 153.700

1.340.047 1.340.047 1.340.047 1.340.047

Total ................. 167.005.462 175.256.314 3.199.252 3.640.761

Curto prazo 23.954.652 25.386.966 458.889 535.533Longo prazo 143.050.810 149.869.348 2.740.363 3.105.228Total 167.005.462 175.256.314 3.199.252 3.640.761

b) Repasses interfinanceiros

R$ milEm 30 de junho

2011Repasses Interfinanceiros % Provisão

Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 154.039.817 61.585.461 0,00 – –

A Adimplente 50.165.584 110.779.795 0,50 250.828 553.899

B Adimplente 4.614.175 20.094.847 1,00 46.142 200.949

C Adimplente 111.607 259.816 3,00 3.348 7.794

E Adimplente 11 11 30,00 3 3

F Adimplente – 585 50,00 – 293

H Adimplente (*) 247.425 247.425 100,00 247.425 247.425

Total ................. 209.178.619 192.967.940 547.746 1.010.363

Curto prazo ....... 12.926.566 27.711.632 33.849 121.533Longo prazo ..... 196.252.053 165.256.308 513.897 888.830Total ................. 209.178.619 192.967.940 547.746 1.010.363

(*) Vide Nota 9.8

R$ milEm 30 de junho

2010Repasses Interfinanceiros % Provisão

Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 109.777.922 47.407.908 0,00 – –

A Adimplente 39.841.241 89.465.545 0,50 199.207 447.329

B Adimplente 3.658.117 8.780.330 1,00 36.581 87.803

C Adimplente 59.448 238.052 3,00 1.783 7.141

E Adimplente – 25.020 30,00 – 7.506

H Adimplente (*) 755.756 770.220 100,00 755.756 770.220Inadimplente 6.126 6.126 100,00 6.126 6.126

761.882 776.346 761.882 776.346

Total ................. 154.098.610 146.693.201 999.453 1.326.125

Curto prazo ....... 14.269.317 33.320.224 92.548 189.882Longo prazo ..... 139.829.293 113.372.977 906.905 1.136.243Total ................. 154.098.610 146.693.201 999.453 1.326.125

(*) Vide Nota 9.8

9.7) Movimentação da provisão para risco de crédito sobre operações de crédito e re-passes interfinanceiros

a) Sobre operações de crédito

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do exercício .................... 2.629.389 3.131.101 3.240.648 3.414.975Constituição (reversão) líquida ............... (471.297) (488.812) (9.529) 257.676Baixas contra provisão ............................ (70.450) (433.787) (31.867) (31.890)Saldo no final do exercício ...................... 2.087.642 2.208.502 3.199.252 3.640.761

b) Sobre repasses interfinanceiros

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do exercício .................... 702.841 1.083.836 967.460 1.236.046Constituição (reversão) líquida ............... (155.095) (73.473) 31.993 90.078Saldo no final do exercício ...................... 547.746 1.010.363 999.453 1.326.124

O efeito no resultado está apresentado na Nota 26.

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(continuação)

9.8) Provisão para operações de repasse no âmbito do PRONAF

Em 31 de dezembro de 2007, as operações de repasse realizadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF - foram classificadas no nível de risco H da Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional - CMN. Essa reclassificação foi feita de acordo com o art. 2º da referida Resolução porque tais operações são constantemente renegociadas, por determinação do Governo Federal, com a prorrogação dos prazos de vencimento, perdão de multas e encargos de mora, redução das taxas de juros, concessão de bônus de adimplência e devolução de parcelas amortizadas. No terceiro trimestre de 2009, houve mudanças nas classificações de risco de parte da carteira do PRONAF, retornando a classificação para o risco dos respectivos agentes financeiros. O saldo de provisão, atualizado para 30 de junho de 2011, monta em R$ 208,9 milhões.

10. OUTROS CRÉDITOS - VENDA A PRAZO DE TÍTULOS E VALORES MOBI-LIÁRIOS E DIREITOS RECEBÍVEIS

10.1) Composição:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Venda a prazo de TVM ........................... – 1.500.096 24 1.145.443Provisão................................................... – (184.439) (24) (11.390)

– 1.315.657 – 1.134.053

Direitos Recebíveis ................................. 1.069.977 1.107.119 1.055.421 1.069.173Provisão................................................... (2.067) (21.821) (19.188) (22.735)

1.067.910 1.085.298 1.036.233 1.046.438

Total ........................................................ 1.067.910 2.400.955 1.036.233 2.180.491

Curto prazo .............................................. 99.575 340.451 118.284 384.716Longo prazo ............................................ 968.335 2.060.504 917.949 1.795.775Total ........................................................ 1.067.910 2.400.955 1.036.233 2.180.491

10.2) Distribuição da carteira bruta por setor de atividade:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Setor público ........................................... 1.002.934 1.002.934 922.683 922.682

Setor privado: Indústria ................................................ – 1.308.535 – 1.129.270 Outros serviços ...................................... 67.043 295.746 132.762 162.664

67.043 1.604.281 132.762 1.291.934

Total ........................................................ 1.069.977 2.607.215 1.055.445 2.214.616

10.3) Distribuição da carteira bruta por vencimento

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

A vencer:2011 ................................................................................................ 82.156 346.2792012................................................................................................ 77.011 286.2382013................................................................................................ 65.839 276.6272014................................................................................................ 70.240 404.7742015................................................................................................ 74.899 145.884Após 2015 ...................................................................................... 699.832 1.147.413Total ............................................................................................... 1.069.977 2.607.215

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

A vencer:2010................................................................................................ 54.866 322.6902011 ................................................................................................ 134.189 330.7452012................................................................................................ 69.845 260.5102013................................................................................................ 57.879 250.3732014................................................................................................ 61.739 372.743Após 2014 ...................................................................................... 676.927 677.555Total ............................................................................................... 1.055.445 2.214.616

10.4) Composição da carteira bruta por nível de risco e provisão para risco de crédito

R$ milEm 30 de junho

2011Venda a prazo de TVM % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente – 125.301 0,00 – –

A Adimplente – 1.196.338 0,50 – 5.982

H Adimplente – 178.457 100,00 – 178.457

Total ................. – 1.500.096 – 184.439

Curto prazo ....... – 268.579 – 31.284Longo prazo ..... – 1.231.517 – 153.155Total ................. – 1.500.096 – 184.439

R$ milEm 30 de junho

2010Venda a prazo de TVM % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

A Adimplente – 17.596 0,50 – 88

B Adimplente – 1.127.823 1,00 – 11.278

H Inadimplente 24 24 100,00 24 24

Total ................. 24 1.145.443 24 11.390

Curto prazo ....... 24 263.044 24 4.067Longo prazo ..... – 882.399 – 7.323Total ................. 24 1.145.443 24 11.390

R$ milEm 30 de junho

2011Direitos Recebíveis % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 985.772 985.771 0,00 – –

A Adimplente 66.881 70.961 0,50 334 354

D Adimplente 17.324 17.324 10,00 1.733 1.732

F Adimplente – 26.659 50,00 – 13.331

H Adimplente – 6.404 100,00 – 6.404

Total ................. 1.069.977 1.107.119 2.067 21.821

Curto prazo ....... 99.768 107.417 193 4.261Longo prazo ..... 970.209 999.702 1.874 17.560Total ................. 1.069.977 1.107.119 2.067 21.821

R$ milEm 30 de junho

2010Direitos Recebíveis % Provisão

Nível de Risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado

AA Adimplente 904.159 904.159 0,00 – –

A Adimplente 132.738 142.993 0,50 664 716

H Adimplente 18.524 19.971 100,00 18.524 19.970Inadimplente – 2.049 100,00 – 2.049

18.524 22.020 18.524 22.019Total ................. 1.055.421 1.069.173 19.188 22.735

Curto prazo ....... 120.474 130.522 2.190 4.783Longo prazo ..... 934.947 938.651 16.998 17.952Total ................. 1.055.421 1.069.173 19.188 22.735

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(continuação)

10.5) Movimentação da provisão sobre operações de venda a prazo de títulos e valores mobiliários

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do exercício .................... – 10.257 155 30.829Constituição (reversão) líquida ............... – 176.234 (131) (19.426)Baixas contra provisão ............................ – (2.052) – (13)Saldo no final do exercício ...................... – 184.439 24 11.390

O efeito no resultado está apresentado na Nota 26.

10.6) Movimentação da provisão sobre operações de direitos recebíveis

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do exercício .................... 2.294 38.785 20.011 26.517Constituição (reversão) líquida ............... (227) (16.964) (823) (3.782)Saldo no final do exercício ...................... 2.067 21.821 19.188 22.735

O efeito no resultado está apresentado na Nota 26.

11. CRÉDITOS TRANSFERIDOS PARA O RESULTADO E RENEGOCIADOS

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Créditos transferidos para prejuízo ......... 70.450 435.839 31.867 31.901Créditos recuperados (*) ......................... 124.315 468.985 2.143.433 2.164.843Créditos renegociados ............................. 690.915 690.915 2.818.394 2.818.394

(*) O efeito no resultado está apresentado na Nota 26.

12. OUTROS CRÉDITOS - DIVIDENDOS E JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO A RECEBER

Do saldo de R$ 1.517,7 milhões (R$ 893,1 milhões no curto prazo e R$ 624,7 milhões no longo prazo) do balanço consolidado, R$ 1.249,3 milhões (R$ 624,7 milhões no curto prazo e R$ 624,7 milhões no longo prazo), líquidos de efeitos tributários e atualizados a taxa SELIC, referem-se aos dividendos a receber da Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobrás pela BNDESPAR. Conforme Fato Relevante divulgado em 22 de janeiro de 2010, a Eletrobrás informou ao mercado que o Conselho de Administração aprovou a quitação do saldo da reserva especial relativa a dividendos obrigatórios não distribuídos, provenientes de lucros apurados no período compreendido entre 1979 e 1998. Em fevereiro de 2010, a Eletrobrás pagou antecipadamente a primeira das quatro parcelas, que venceria em junho de 2010. Os pagamentos restantes serão efetuados em três parcelas anuais a partir de junho de 2011.

13. OUTROS CRÉDITOS - DIREITOS A RECEBER - ELETROBRÁS

Em 30 de junho de 2011, os créditos que a União detinha contra a Eletrobrás, cedidos ao BNDES, totalizam R$ 3.046,6 milhões. Estes créditos referem-se a parte dos dividendos registrados em Reserva Especial (R$ 1.523,3 milhões no curto prazo e R$ 1.523,3 milhões no longo prazo).

14. OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Pagamentos a ressarcir ............................ 44.896 16.243 38.209 18.524Devedores por depósitos em garantia ..... 140.577 473.934 204.268 218.028Outros ...................................................... 98.119 110.524 87.386 98.659Total ........................................................ 283.592 600.701 329.863 335.211

Curto prazo .............................................. 283.592 600.701 329.863 335.211Longo prazo ............................................ – – – –Total ........................................................ 283.592 600.701 329.863 335.211

15. PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

A carteira de participações societárias do Sistema BNDES é composta por empresas coligadas, sobre as quais a BNDESPAR exerce influência significativa, e por outras empresas em que não existe influência (cujas ações são detidas pela BNDESPAR e/ou pelo BNDES).

Até a adoção integral dos Pronunciamentos Técnicos CPC, a carteira da BNDESPAR era apresentada no Balanço Patrimonial no subgrupo de Investimentos do Ativo Não Circulante, com exceção daqueles investimentos com manifestada intenção de realização no curto prazo, apresentados no Ativo Circulante. Com a aplicação dos CPC pela BNDESPAR, os Investimentos naquela companhia se restringiram à carteira de coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. As outras participações societárias, que passaram a ser avaliadas pelo método do valor justo, estão sendo apresentadas no Balanço Patrimonial no subgrupo de Títulos e Valores Mobiliários, na rubrica “Ações e bônus de subscrição”, na categoria definida pelo CPC 38 como “Disponível para Venda”. Para fins de reconhecimento nas demonstrações consolidadas do BNDES, esse procedimento também encontra amparo na Circular nº 3.068/2001 do Banco Central do Brasil.

Em 16 de fevereiro de 2011 foi editado o Decreto nº 7.439, que excluiu as participações societárias do BNDES do Programa Nacional de Desestatização - PND (Decreto nº 1.068/94). Em razão disso, a carteira de ações do BNDES passou a ser gerida como “Títulos e Valores Mobiliários”, apresentada na rubrica “Ações e bônus de subscrição”, classificados como “Disponível para Venda” e mensuradas ao valor justo.

Os componentes da carteira de participações societárias da BNDESPAR - coligadas e instrumentos finan-ceiros disponíveis para venda - são decorrentes de operações de apoio financeiro do Sistema BNDES, cujo foco em geral corresponde à perspectiva de longo prazo.

A fim de demonstrar esses ativos sob a mesma ótica com que são administrados, apresentamos a seguir a composição desses investimentos como uma carteira de participações societárias, segregadas em “Instru-mentos Financeiros: Ações Disponíveis para Venda” e “Investimentos Permanentes”. Nessa última categoria estão incluídas as participações detidas pelo BNDES no Fundo Garantidor para Investimentos - FGI.

Em 30 de junho de 2011 as participações detidas pelo BNDES foram reclassificadas do grupo de “Investi-mentos Permanentes” para “Títulos e Valores Mobiliários”, em função do Decreto 1.068/94 mencionado anteriormente. As informações comparativas de 30 de junho de 2010 estão apresentadas nesta mesma base.

15.1) Instrumentos Financeiros: Ações Disponíveis para Venda

Quando inicialmente reconhecidas, as empresas do Sistema BNDES mensuram as ações classificadas como “Disponível para Venda” pelo valor justo na data da negociação, acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do instrumento. Após o reconhecimento inicial, esses investimentos são mensurados pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de tran-sação em que possa incorrer na venda ou em outra alienação. As mudanças no valor justo das ações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido das empresas do Sistema BNDES, na conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial. Essas mudanças no valor justo correspondem a ganhos ou perdas econômicos ainda não realizados, registrados sob a concepção de resultado abrangente.

Ao determinar e divulgar o valor dos investimentos em participações societárias classificadas como “Disponível para Venda”, as empresas do Sistema BNDES utilizam a hierarquia a seguir:

• Nível 1: aplicado para empresas cujas ações são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado no preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação do título, no mês de referência, ajustado por baixa liquidez, se for o caso;

• Nível 2: aplicado para empresas de participações (holding) cujas ações não são listadas em bolsa, mas o principal ativo é representado por ações de empresas listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado no preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação das ações integrantes do ativo da empresa, ajustado pelos demais ativos, passivos e por baixa liquidez, se for o caso;

• Nível 3: aplicado para empresas cujas ações não são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é determinado, na data de referência, a partir de modelos de precificação baseados em múltiplos ou em fluxo de caixa descontado;

• Valor de custo: aplicado para empresas cujas ações não são listadas em bolsa e que apresentam um intervalo amplo de valores justos possíveis de serem aceitos para a data de referência no âmbito do esforço de avaliação estabelecido no Nível 3, sem que se possa determinar a probabilidade associada às estimativas que compõem tal intervalo, para as quais é atribuído o custo de aquisição.

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(continuação)

R$ milValor ContábilEm 30 de junho

Quantidade (mil) de ações Possuídas % de participação BNDES ConsolidadoEmpresas investidas Ordinárias Preferenciais no capital 2011 2010 2011 2010

NÍVEL 1 - Empresas Listadas

AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A. - ALL ...................................... 83.940 – 12,18 – – 1.100.451 1.392.900BANCO DO BRASIL S.A. .................................................................... 235 – 0,01 – – 6.548 1.581.464BRADESCO ........................................................................................... – 9.523 0,25 – – 301.397 243.472BRASIL FOODS .................................................................................... 22.242 – 2,55 – – 586.748 532.255BRASKEM S.A. .................................................................................... – 44.317 5,53 – – 992.711 559.729CEG......................................................................................................... 17.944.799 – 34,56 – – 717.792 789.571CEMIG .................................................................................................... 485 11.147 1,70 – – 364.608 301.728CESP ....................................................................................................... – 9.348 5,55 – – 283.725 470.413CETIP ...................................................................................................... 407 – 0,16 9.864 – 9.864 –CIA SIDERÚRGICA NACIONAL ........................................................ 31.774 – 2,14 – – 608.463 853.437CPFL ....................................................................................................... 40.527 – 8,42 – – 896.451 1.615.801ELETROBRÁS (a) ................................................................................. 261.272 36.954 22,05 2.025.479 – 6.266.100 5.180.005EMBRAER ............................................................................................. 39.762 – 5,37 – – 470.788 375.756GERDAU ................................................................................................ 37.917 21.218 3,44 – – 880.519 965.787IOCHPE .................................................................................................. 6.419 – 6,77 – – 136.474 140.460ITAÚ UNIBANCO HOLDING .............................................................. – 11.259 0,25 – – 409.379 371.549KLABIN ................................................................................................. – 88.205 9,61 – – 508.942 944.168LIGHT ..................................................................................................... 30.632 – 15,02 – – 896.286 999.213LLX ......................................................................................................... – – – – – – 158.125MARFRIG .............................................................................................. 48.201 – 13,89 – – 724.940 809.292PARANAPANEMA ................................................................................ 54.986 – 17,23 – – 267.783 287.587PDG REALTY ........................................................................................ 24.718 – 2,20 – – 216.780 189.466PETROBRAS (b) .................................................................................... 599.298 1.341.349 14,87 11.115.942 – 47.297.523 18.685.128REDE ENERGIA .................................................................................... – 67.643 15,86 – – 290.188 401.645TELE NORTE LESTE ............................................................................ 775 5.627 1,34 – – 155.759 206.320TOTVS .................................................................................................... 8.288 – 5,26 – – 234.706 181.490TRACTEBEL .......................................................................................... 6.225 – 0,95 – – 170.133 130.790USIMINAS ............................................................................................. – 18.549 1,83 – – 254.310 460.773VALE ...................................................................................................... 218.386 68.276 5,34 – – 13.823.300 12.307.519Subtotal Nível 1 ..................................................................................... 13.151.285 – 78.872.668 51.135.843Outras empresas - Nível 1 ....................................................................... 1 – 2.056.500 1.938.628Total Nível 1 ........................................................................................... 13.151.286 – 80.929.168 53.074.471

NÍVEL 2 - Empresas holdings não listadas ......................................... 26.674 8.547 9.848.115 8.888.510

NÍVEL 3 - Empresas não listadas (Valor Justo) ................................. 1.195 73.581 339.178 413.018

Empresas não listadas (Valor de Custo) .............................................. 1.096 1.880 2.597 3.908

TOTAL ................................................................................................... 13.180.251 84.008 91.119.058 62.379.907

Classificadas no Ativo Circulante ........................................................... 933.750 – 1.120.381 1.576.186Classificadas no Ativo Não Circulante ................................................... 12.246.501 84.008 89.998.677 60.803.721

(a) Do total da participação de 22,05%, 7,30% são detidas diretamente pelo BNDES (com 80.514 mil ações ordinárias e 18.263 mil preferenciais) e 14,75% através de sua subsidiária BNDESPAR (com 180.758 mil ações ordinárias e 18.691 mil preferenciais).

(b) Do total da participação de 14,87%, 3,26% são detidas diretamente pelo BNDES (com 425.898 mil ações ordinárias) e 11,61% através de sua subsidiária BNDESPAR (com 173.400 mil ações ordinárias e 1.341.349 mil preferenciais).

15.2) Investimentos Permanentes

15.2.1) Composição dos saldos

R$ milEm 30 de junho

BNDES Consolidado2011 2010 2011 2010

Em controladas - Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial ..................................................................................................... 85.121.874 71.335.180 – -

Em coligadas - Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial ..................................................................................................... – – 13.126.137 11.745.444

85.121.874 71.335.180 13.126.137 11.745.444

Outras participações societárias ......................................................................................................................................... 100.000 100.000 100.000 100.000Outros investimentos ......................................................................................................................................................... 42.197 43.328 42.198 43.328

142.197 143.328 142.198 143.328

Total ................................................................................................................................................................................... 85.264.071 71.478.508 13.268.335 11.888.772

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(continuação)

15.2.2) Controladas - BNDES

R$ mil

Lucro/prejuízoResultado de equivalência

patrimonialReflexos dos

ajustes no Valor contábil do investimentoPatrimônio líquido do Em 30 de junho patrimônio líquido Em 30 de junho

Controladas Data-base líquido período 2011 2010 das controladas (a) 2011 2010• Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME .......... 30/06/2011 6.976.487 437.889 437.889 (284.901) 15 6.976.487 6.204.954

• BNDES Participações S.A. - BNDESPAR ........................................................................... (b) 30/06/2011 78.140.619 2.823.356 2.823.356 1.880.456 22.519.686 78.140.619 65.128.851

• BNDES Limited ..................................................................... (c) 30/06/2011 4.768 (3.113) (3.113) (259) – 4.768 1.375

Total ................................................................................................. 3.258.132 1.595.296 22.519.701 85.121.874 71.335.180

O percentual de participação no capital das sociedades controladas é de 100%.

(a) Saldo de Ajuste de Avaliação Patrimonial em 30 de junho de 2011.(b) O patrimônio líquido e o resultado da BNDESPAR foram ajustados às práticas contábeis adotadas pelo BACEN.(c) Subsidiária constituída sob as leis do Reino Unido como uma sociedade limitada, com capital autorizado de £100 milhões (cem milhões de libras esterlinas), parcialmente integralizado. Em 30 de junho de 2011,

a sociedade encontra-se em fase pré-operacional.

15.2.3) Coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial - consolidado

As coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial integram a carteira de participações societárias da BNDESPAR. Essa carteira é composta por empresas dos diversos setores de indústria, todas sujeitas a aplicação dos Pronunciamentos Técnicos CPC, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo Conselho Federal de Contabilidade e outros órgãos reguladores. Não existem instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN) na carteira de coligadas.

Em razão disso, as demonstrações contábeis utilizadas para avaliação desses investimentos pelo método da equivalência patrimonial foram preparadas numa base contábil fundada nos Pronunciamentos Técnicos CPC, que pode diferir das práticas contábeis referendadas pelo Banco Central do Brasil. As demonstrações contábeis das coligadas foram ajustadas às práticas contábeis do BACEN até o ponto em que as diferenças puderam ser identificadas. Em 2010 e 2011, essas diferenças se resumiram à manutenção do deságio como componente do investimento e sua realização por alienação (para fins de CPC, o deságio é tratado como “ganho por compra vantajosa” e reconhecido no resultado quando da aquisição do investimento).

Os quadros a seguir descrevem os investimentos em coligadas.

Investimentos em Coligadas - consolidado

R$ milQuantidade (mil) de ações

possuídas %Resultado de equivalência

patrimonial Valor Ágio a Valor contábil

Empresas investidas Data base Capital Social Ordinárias Preferenciaisparticipação no capital 30/06/2011 30/06/2010

patrimonial investimento

Prov. PerdasDeságio

bc 30/06/2011 30/06/2010

Brasiliana ......................................... 30.04.2011 2.960.708 300.000 50.000 53,85 198.124 220.088 2.011.757 (231.948) c 1.779.809 1.555.105COPEL ............................................. 30.04.2011 6.910.000 38.299 27.282 23,96 158.263 82.413 2.753.134 (313.525) c 2.439.609 842.515Fibria ................................................ 30.04.2011 8.379.397 142.360 – 30,45 221.393 32.828 4.846.967 (1.755.244) c 3.091.723 3.900.718JBS ................................................... 30.04.2011 18.046.067 437.102 – 17,60 139.789 47.177 3.083.772 848.219 a 3.931.991 4.181.955Rio Polímeros................................... – (204.682) – – – 61.106Telemar Participações ...................... – (28.020) – – – 173.451

Subtotal 717.569 149.804 12.695.630 (1.452.498) 11.243.132 10.714.850

Outras empresas (4.513) 41.825 1.784.976 98.029 1.883.005 1.030.594200.852 a

(102.823) b Total 713.056 191.629 14.480.606 (1.354.469) 13.126.137 11.745.444

• A data-base indica a data do patrimônio líquido da investida que serviu de base para o cálculo da última equivalência efetuada. Foram reconhecidos os efeitos decorrentes de eventos relevantes subsequentes à data-base, bem como os efeitos da aplicação da Lei nº 11.638/07 e dos Pronunciamentos Técnicos CPC nas demonstrações financeiras das coligadas. As informações sobre as coligadas descritas no item seguinte já contemplam esses efeitos.

• Os efeitos de mudança relativa de participação nas coligadas foram reconhecidos no resultado.• Em 30 de junho de 2010, os investimentos foram avaliados com base no balanço das coligadas de 30 de abril de 2010 e até aquela data as empresas concessionárias de serviços públicos não haviam adotado inte-

gralmente os CPC, especialmente a Interpretação Técnica ICPC 01 - Contratos de Concessão, bem como não haviam retratado possíveis efeitos da aplicação da OCPC 05 - Contratos de Concessão, aprovada pela Deliberação CVM nº 657/10, de 28 de dezembro de 2010. Para 30 de junho de 2011, as referidas empresas adotaram integralmente os Pronunciamentos Técnicos.

• Embora detenha diretamente somente 17,60% do capital votante da JBS, a BNDESPAR exerce influência significativa na empresa em razão de participação indireta através do Fundo Prot Fip (3,6%). Além disso, a BNDESPAR é signatária de acordo de acionistas e de acordo de investimento, o que permite sua representação no Conselho de Administração da JBS.

• Os investimentos em coligadas foram objeto de teste de recuperabilidade em conformidade com o CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, tendo sido constituída no semestre findo em 30 de junho de 2011 R$ 31,8 milhões de provisão para redução ao valor recuperável de investimento em coligadas e revertida R$ 17,8 milhões no mesmo período. No semestre findo em 30 de junho de 2010 não houve constituição nem reversão. O valor recuperável é o maior entre o valor de mercado e o valor em uso.

• Conforme determinado CPC 18, no semestre findo em 30 de junho de 2011 a BNDESPAR deixou de reconhecer perdas decorrentes de investimento em coligadas que apresentavam passivo a descoberto, no valor de R$ 2,8 milhões (R$ 5,4 milhões no semestre findo em 30 de junho de 2010). As perdas acumuladas não reconhecidas totalizam R$ 99,8 milhões em 30 de junho 2011 (R$ 97,1 milhões em 30 de junho 2010). Nenhuma provisão foi constituída dado que a BNDESPAR não possui obrigação legal ou constitutiva de honrar possíveis passivos das coligadas.

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(continuação)

Informações adicionais das coligadas

Valor Contábil - R$ mil - Data base: 30/06/2011 (1)

Valor Justo da Participação em Coligadas com Ações Listadas

Empresas Investidas Ativos PassivosPatrimônio

Líquido Receitas Resultado 30/06/2011Brasiliana (2) ............ 4.943.054 1.206.934 3.736.120 434.817 322.876 –COPEL ..................... 13.053.975 1.565.702 11.488.273 1.767.432 725.363 2.592.095Fibria ........................ 27.457.560 11.537.395 15.920.165 2.578.173 735.940 2.990.737JBS ........................... 34.501.727 16.977.108 17.524.619 6.698.878 (248.991) 2.329.755Subtotal ................... 79.956.316 31.287.139 48.669.177 11.479.300 1.535.188 7.912.587Outras empresas ....... 8.721.011 3.682.161 5.038.850 2.848.012 149.980 588.342Total ......................... 88.677.327 34.969.300 53.708.027 14.327.312 1.685.168 8.500.929

(1) Valores contábeis ajustados para o cálculo da equivalência patrimonial.(2) Empresa com ações não listadas.

15.2.4) Outras participações societárias

R$ milValor Contábil (1)

Quantidade (mil) de ações % de Em 30 de junhoPossuídas participação BNDES Consolidado

Empresas investidas Ordinárias Preferenciais no capital 2011 2010 2011 2010FGI (1) ....................... 84.344 – 12,39 100.000 100.000 100.000 100.000

Total ........................... 100.000 100.000 100.000 100.000

(1) Investimento em cotas classe A, subscritas em 01/02/2010.

15.2.5) Outros investimentos

R$ milValor contábil (*)Em 30 de junho

BNDES Consolidado2011 2010 2011 2010

Aplicações em incentivos fiscais ........................................ – 1.131 – 1.131Títulos patrimoniais ............................................................ 295 295 296 295Obras de arte ....................................................................... 296 296 296 296Participação Empreendimentos - VALE: Projeto 118 ......... 41.606 41.606 41.606 41.606Total .................................................................................... 42.197 43.328 42.198 43.328

(*) Valor contábil líquido de provisões no valor de R$ 3,5 milhões.

16. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO PIS-PASEP

A partir de 1974, parcela da arrecadação das contribuições sociais para os Programas PIS e PASEP, for-madora do Fundo PIS-PASEP, passou a ser transferida para o BNDES. Conforme a legislação pertinente, os recursos destinar-se-iam a aplicações em programas de desenvolvimento econômico, inclusive, no mercado de capitais. Foram transferidos, em média, 38% da arrecadação, correspondentes a cerca de R$ 700,0 milhões anuais, durante o período entre 1974 e 1988.

O risco das operações contratadas até 31 de dezembro de 1982 é do Fundo PIS-PASEP. Sobre esta parcela da carteira, da ordem, de 1,57% do total, em 30 de junho de 2011, o BNDES recebe comissão de adminis-tração de 0,5% ao ano, paga pelo Fundo. Nas operações contratadas após aquela data (98,43% da carteira), o risco é do Banco, que está autorizado a cobrar do mutuário, embutidas na taxa de juros, comissão de administração de até 0,5% ao ano e comissão de risco de até 1,5% ao ano.

Em 30 de junho, os saldos dos recursos do Fundo PIS-PASEP, administrados pelo BNDES, eram de:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010

PIS-PASEP ............................................................................. 30.855.987 30.237.735FPS ......................................................................................... 413.156 40.085Total ....................................................................................... 31.269.143 30.277.820

Curto prazo ............................................................................. 1.875.387 1.509.147Longo prazo ........................................................................... 29.393.756 28.768.673Total ....................................................................................... 31.269.143 30.277.820

O saldo das operações de crédito do Fundo PIS-PASEP contratadas até 31 de dezembro de 1982, que cons-tituem risco do Fundo, foram reclassificados ao final do 1º semestre de 2002 para o Passivo do BNDES, retificando o valor da respectiva obrigação com o Fundo, conforme orientação do Banco Central do Brasil.

R$ milEm 30 de junho

2011Risco BNDES Risco PIS-PASEP Total

Saldo no início do semestre 30.435.222 641.945 31.077.167Resultado 1.140.765 (151.643) 989.122Devoluções (720.000) – (720.000)Saldo no final do semestre 30.855.987 490.302 31.346.289

R$ milEm 30 de junho

2010Risco BNDES Risco PIS-PASEP Total

Saldo no início do semestre 30.021.028 629.490 30.650.518Resultado 924.107 20.472 944.579Transferências do FPS 12.600 – 12.600Devoluções (720.000) – (720.000)Saldo no final do semestre 30.237.735 649.962 30.887.697

17. OBRIGAÇÕES POR OPERAÇÕES COMPROMISSADAS

Em 30 de junho de 2011 o BNDES não apresentou saldo de obrigações por operações compromissadas. Em 30 de junho de 2010 realizou operações de venda de títulos com compromisso de recompra lastreadas por títulos públicos federais com saldo de R$ 10.039,4 milhões.

R$ milTítulos Vencimentos Em 30 de junho

2011 2010

Notas do Tesouro Nacional F - NTN-F .................... 06/04/2010 – 4.424.945Notas do Tesouro Nacional F - NTN-F .................... 16/04/2010 – 2.019.536Subtotal .................................................................... – 6.444.481

Notas do Tesouro Nacional B - NTN-B ................... 06/04/2010 – 1.823.246Notas do Tesouro Nacional B - NTN-B ................... 16/04/2010 – –Subtotal .................................................................... – 1.823.246

Letra do Tesouro Nacional - LTN ............................ 06/04/2010 – 1.730.852

Encargos ................................................................... – 40.791

Total ......................................................................... – 10.039.370

Curto Prazo .............................................................. – 10.039.370Longo Prazo ............................................................. – –

– 10.039.370

18. FAT - DÍVIDA SUBORDINADA E DEPÓSITOS ESPECIAIS

Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, constituído basicamente pelo produto da arreca-dação da contribuição PIS/PASEP e pelas receitas decorrentes de suas aplicações, destinam-se a custear o seguro desemprego e o abono salarial, bem como os programas de desenvolvimento econômico através do BNDES, em parcela de, no mínimo, 40% daquela arrecadação.

Assim, o FAT sucedeu ao Fundo de Participação PIS-PASEP, alterando significativamente o propósito da referida contribuição social. Enquanto o Fundo de Participação PIS-PASEP tinha como objetivo formar o patrimônio individual dos trabalhadores, que eram seus quotistas, o FAT atua como instrumento de combate ao desemprego em duas frentes. A primeira, de caráter emergencial, amparando o desempregado com uma remuneração provisória e com programa de treinamento e recolocação. A segunda, de característica pre-ventiva, fomentando a criação de novos empregos por meio de programas de desenvolvimento econômico.

Os recursos do FAT transferidos ao BNDES são classificados em duas categorias:

18.1) FAT Constitucional

O FAT Constitucional compreende as transferências de recursos no âmbito do limite de 40% da arrecadação da contribuição PIS/PASEP, sendo remunerado pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP (FAT - TJLP) e por taxas de juros do mercado internacional. Para esta parcela de recursos, que integrará o programa FAT - Cambial, os saldos devedores dos financiamentos concedidos, seu contravalor em reais poderá ser

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(continuação)

determinado com base em duas moedas: i) dólar norte-americano, sendo remunerado pela Taxa de Juros para Empréstimos e Financiamentos no Mercado Interbancário de Londres - LIBOR - ou pela taxa de juros dos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos da América - “Treasury Bonds”; ii) euro, sendo remunerado pela taxa de juros de oferta para empréstimo na moeda euro ou pela taxa representativa da remuneração média de títulos de governos de países da zona econômica do euro - “euro area yield curve”.

Semestralmente, nos meses de janeiro e julho, o BNDES transfere ao FAT o valor correspondente à remune-ração dos recursos indexados à TJLP e à remuneração integral do FAT-Cambial, sendo a variação da TJLP limitada a 6% ao ano. A diferença entre TJLP e o limite de 6% ao ano é capitalizada junto ao saldo devedor.

Para os recursos do FAT Constitucional, somente haverá amortizações se ocorrer insuficiência de recursos para custear o seguro-desemprego e o abono salarial, em montantes e situações previstas em lei.

O saldo devedor do FAT Constitucional encontra-se registrado na rubrica “Dívidas Subordinadas” e tem a seguinte composição:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010FAT - Constitucional FAT - TJLP - Principal ......................................................... 106.215.992 93.372.079 FAT - Cambial -US$ (1) ......................................................... 8.880.702 9.163.394

115.096.694 102.535.473Juros provisionados ................................................................ 3.128.905 2.813.705Total ....................................................................................... 118.225.599 105.349.178

Curto prazo ............................................................................. 3.128.905 2.813.705Longo prazo ........................................................................... 115.096.694 102.535.473Total ....................................................................................... 118.225.599 105.349.178

(1) até 50% das transferências ordinárias; destinado ao financiamento da produção/comercialização de produtos de reconhecida demanda internacional.

A Resolução BACEN nº 3.444, de 28 de fevereiro de 2007, que revogou a Resolução BACEN nº 2.837, de 30 de maio de 2001, mantém o enquadramento dos Recursos repassados pelo FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador como Dívida Subordinada. Este enquadramento é possível porque a dívida do BNDES relativa a estes recursos não possui prazos de amortização definidos contratualmente, uma vez que sua exigibilidade só virá a ocorrer caso o Ministério do Trabalho não possua recursos suficientes para o pagamento do seguro-desemprego. Nesse caso, seriam amortizados em torno de 20% do saldo devedor nos primeiros dois anos, 10% nos três anos seguintes e 5% a partir do sexto ano, quando necessário, para cobrir o seguro desemprego.

Adicionalmente, com base no item III do artigo 14º da Resolução BACEN nº 3.444, fica considerado que o valor relativo à Dívida Subordinada - Elegível a Capital será limitado a 50% do valor do Capital Nível I do Patrimônio de Referência equivalente a R$ 25.453,5 milhões e R$ 25.442,6 milhões em 30 de junho de 2011 (R$ 17.329,1 milhões e R$ 17.303,5 milhões em 30 de junho de 2010) no BNDES individual e no Consolidado, respectivamente.

18.2) FAT - Depósitos Especiais

O FAT - Depósitos Especiais, representa transferências adicionais ao FAT Constitucional. Os depósitos especiais são aplicados em programas específicos e sob condições especiais, apresentando regras diferen-ciadas de remuneração, amortização e pagamento de juros ao FAT.

Os Depósitos Especiais do FAT são remunerados pela TJLP a partir da liberação dos empréstimos aos be-neficiários finais. Os recursos ainda não utilizados, e portanto disponíveis, são remunerados pelos mesmos critérios aplicados às disponibilidades de caixa do Tesouro Nacional, atualmente a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, do Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bem como ao registro e à liquidação de operações com os referidos títulos).

O saldo devedor do FAT - Depósitos especiais encontra-se registrado na rubrica “Depósitos especiais - FAT”, como segue:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010FAT - Depósitos especiais Pró-emprego ......................................................................... 188.681 238.737 FAT Exportar/Fomentar ....................................................... 5.826.783 5.609.298 Pronaf ................................................................................... 867.555 693.921 Infraestrutura ........................................................................ 14.026.147 14.936.995 Giro Rural ............................................................................ 303.104 349.373

21.212.270 21.828.324 Juros provisionados .............................................................. – –Total ....................................................................................... 21.212.270 21.828.324

Curto prazo ............................................................................. – –Longo prazo ........................................................................... 21.212.270 21.828.324Total ....................................................................................... 21.212.270 21.828.324

A movimentação do saldo do FAT Constitucional e do FAT - Depósitos especiais durante o período findo em 30 de junho de 2011 foi a seguinte:

R$ milConstitucional

TJLP CambialDepósitosEspeciais Total

Saldo em 31/12/2010 ................................... 101.398.844 9.290.464 21.573.637 132.262.945 • Ingresso de Recursos .............................. 7.963.887 – 735.000 8.698.887 • Variação Cambial .................................... – (571.028) – (571.028) • Provisão de Juros .................................... 3.016.334 112.571 – 3.128.905 • Juros s/ Depósitos Especiais ................... – – 626.091 626.091 • Amortizações de Depósitos Especiais .... – – (1.084.364) (1.084.364) • Pagamento de Juros ................................ (2.850.312) (135.161) (638.094) (3.623.567) • Transferência p/ Cambial ........................ (1.991.135) 1.991.135 – – • Retorno do Cambial ................................ 1.694.707 (1.694.707) – –Saldo em 30/06/2010 ................................... 109.232.325 8.993.274 21.212.270 139.437.869

19. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES

19.1) Composição

a) Empréstimos no país - Obrigações por aquisição de títulos federais

O BNDES, para pagamento durante o ano de 2008 de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes aos exercícios de 2006 e 2007, adquiriu títulos públicos federais junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS - mediante financiamento. Esse empréstimo, no valor, atualizado para 30 de junho de 2011 de R$ 5.417,3 milhões - R$ 365,6 milhões no curto prazo e R$ 5.051,7 milhões no longo prazo - (R$ 5.617,5 milhões - R$ 361,1 milhões no curto prazo e R$ 5.256,5 milhões no longo prazo em 30 de junho de 2010) foi realizado nas seguintes condições: atualização monetária com base na Taxa Referencial de Juros (TR) e taxa de juros de 4,8628% ao ano, com prazo de amortização de 18 anos, realizadas men-salmente de 1º de janeiro de 2009 a 1º de dezembro de 2026.

b) Empréstimos no exterior - Bônus

R$ mil Em 30 de junho

Valor da emissão Vencimento Taxas de captação Agente pagador 2011 2010USD 1 bilhão............ 16/06/2018 (1) 6,369% Bank of New York 1.561.100 1.801.500USD 1 bilhão............ 10/06/2019 6,500% Bank of New York 1.561.100 1.801.500USD 1 bilhão............ 12/07/2020 5,500% Bank of New York 1.561.100 1.801.500USD 300 milhões ..... 12/12/2011 9,625% Bank of New York 468.330 540.450EUR 750 milhões ..... 15/09/2017 4,125% Bank of New York 1.700.025 –

Juros provisionados .. 119.561 67.808Total ......................... 6.971.216 6.012.758

Curto prazo ............... 587.891 67.808Longo prazo ............. 6.383.325 5.944.950Total ......................... 6.971.216 6.012.758

(1) Em junho de 2008, foi concluído o processo de repactuação dos títulos externos emitidos em 1998, cujo vencimento se daria naquele mês. A repactuação foi realizada pelo valor original da emissão (US$ 1 bilhão), a valor de face, com taxa de juros de 6,369% a.a. e novo vencimento em 16 de junho de 2018.

c) Repasses no país - Tesouro Nacional

Em 2009, foi celebrado, sob amparo da Lei nº 11.948/2009, contrato de financiamento entre o BNDES e a União, no valor de R$ 100.000,0 milhões. Em 2010, foram celebrados, sob amparo das Leis nº 12.249/2010 e nº 12.397/2011, contratos de financiamento entre o BNDES e a União, nos valores de R$ 80.000,0 milhões e R$ 24.700,0 milhões, respectivamente. Em 2011, foram firmados, sob amparo das Leis nº 12.397/2011 e nº 12.453/2011, novos contratos de financiamento entre o BNDES e a União, nos valores de R$ 5.300,0 milhões e R$ 30.000,0 milhões, respectivamente. Para cobertura dos créditos, a União emitiu títulos públicos federais, sob a forma de colocação direta em favor do BNDES.

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(continuação)

R$ milBNDES

Em 30 de junho

MoedaVencimento

médio 2011 2010TR + 6% a.a. ........................................................... 15,73 1.371.701 1.445.273IPCA + 6% a.a. ........................................................ 6,52 2.164.659 1.925.376IGP-DI ...................................................................... 4,49 1.490.227 1.365.151US$ + Juros de 4,83 a 6,00% ................................... 18,37 9.771.705 12.490.685US$ + 6,77% a.a. (*) ................................................ 17,97 13.403.307 15.467.336US$ + 5,98% a.a.(**) ............................................... 17,97 7.156.962 8.259.091US$ + 0,55% ............................................................ 27,99 2.029.430 1.441.200TJLP (**) ................................................................. 32,33 197.397.552 133.431.116TJLP + 2,5% (**) ..................................................... 28,16 7.456.041 7.281.885TJLP + 1,0% (**) ..................................................... 28,16 26.492.594 26.241.579Reais ......................................................................... 1.642 1.642Juros provisionados .................................................. 1.118.782 1.015.999

Total ......................................................................... 269.854.602 210.366.333

Curto prazo ............................................................... 1.576.117 1.799.330Longo prazo ............................................................. 268.278.485 208.567.003Total ......................................................................... 269.854.602 210.366.333

R$ milConsolidado

Em 30 de junho

MoedaVencimento

médio 2011 2010TR + 6% a.a. ........................................................... 15,73 1.371.701 1.445.273SELIC (*) ................................................................. 6,52 2.727.424 2.455.623IPCA + 6% a.a. ........................................................ 6,52 2.164.659 1.925.376IGP-M + 10% a.a. ................................................... – – 2.244.634IGP-DI ...................................................................... 4,49 1.490.227 1.365.151US$ + Juros de 4,83 a 6,00% ................................... 18,37 9.771.705 12.490.685US$ + 6,77% a.a. (*) ................................................ 17,97 13.403.307 15.467.336US$ + 5,98% a.a.(**) ............................................... 17,97 7.156.962 8.259.091US$ + 0,55% ............................................................ 27,99 2.029.430 1.441.200TJLP (**) ................................................................. 32,33 197.397.552 133.431.116TJLP + 2,5% (**) ..................................................... 28,16 7.456.041 7.281.885TJLP + 1,0% (**) ..................................................... 28,16 26.492.594 26.241.579Reais ......................................................................... 1.642 1.642Juros provisionados .................................................. 1.118.782 1.087.858

Total ......................................................................... 272.582.026 215.138.449

Curto prazo ............................................................... 1.576.117 4.115.823Longo prazo ............................................................. 271.005.909 211.022.626Total ......................................................................... 272.582.026 215.138.449

(1) Mediante autorização da Lei nº 11.948/2009, foi concedido crédito ao BNDES, no montante de até R$ 100.000,0 milhões, por meio da emissão pela União, sob a forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES. Em março de 2009, foi celebrado o primeiro contrato de financiamento, no valor de R$ 39.000,0 milhões. Em julho de 2009, foram celebrados o segundo e terceiro contratos de financiamento, nos valores de R$ 8.702,4 milhões, R$ 16.297,6 milhões, respectivamente. Em agosto de 2009, foi celebrado o quarto contrato de financiamento, no valor de R$ 36.000,0 milhões.

(2) Mediante autorização da Lei nº 12.249/2010, que alterou a Lei nº 11.948/2009, o crédito concedido foi ampliado em R$ 80.000,0 milhões. Em abril de 2010, foi celebrado contrato de financiamento, no valor de R$ 80.000,0 milhões, por meio da emissão pela União, sob a forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES.

(3) Mediante autorização da Lei nº 12.397/2011, foram celebrados contratos de financiamento, no valor de R$ 24.753,5 milhões em setembro de 2010 e de R$ 5.246,5 milhões em março de 2011, por meio da emissão pela União sob a forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES.

(4) Mediante autorização da Medida Provisória nº 526/2011, foi celebrado contrato de financiamento, no valor de R$ 30.000,0 milhões em junho de 2011, por meio da emissão pela União sob a forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES.

d) Repasses no Exterior - Instituições Multilaterais

R$ milEm 30 de junho

BNDES e Consolidado

Instituição MoedaVencimento

médio 2011 2010

JBIC ............................................ YEN/US$ 7,23 1.616.836 2.112.970

BID .............................................. Várias 15,26 8.083.571 7.933.800

NIB .............................................. US$ 8,38 279.883 243.203

KfW ............................................. Várias 10,30 244.372 144.880

CDB ............................................ US$ 11,64 1.122.041 1.351.125

Juros provisionados ..................... 43.581 57.370Total ............................................ 11.390.283 11.843.348

Curto prazo .................................. 840.206 859.053Longo prazo ................................ 10.550.077 10.984.295Total ............................................ 11.390.283 11.843.348

Sobre os contratos de repasses no exterior incidem taxas que variam entre 0,88 e 10,35 % a.a. em 30 de junho de 2011 (0,82% e 10,35 % a.a em 30 de junho de 2010). A concentração por faixa de taxa de captação está demonstrada a seguir:

R$ milEm 30 de junho

BNDES e Consolidado2011 2010

Taxas de captação:Até 3% ................................................................................... 9.116.806 9.090.850De 3,1 a 5% ............................................................................ 243.306 142.806De 5,1 a 7% ............................................................................ 1.986.590 2.552.322

11.346.702 11.785.978

Juros provisionados ................................................................ 43.581 57.370

Total ....................................................................................... 11.390.283 11.843.348

As fontes externas de recursos do BNDES são constituídas tanto por captações efetuadas através dos tradicionais instrumentos de mercado - empréstimos bancários e emissão de eurobônus - como por aquelas realizadas junto às instituições multilaterais de crédito e agências governamentais. Enquanto os instrumentos de mercado não demandaram garantia do Governo Federal, os empréstimos tomados junto aos organismos multilaterais - Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID e Nordic Investment Bank - NIB contaram com a prestação de garantia formal da União, seja por força de seus Atos Constitutivos, seja em razão de outros atos normativos internos da instituição multilateral. Empréstimos tomados junto a instituições governamentais, como Japan Bank for International Cooperation - JBIC (braço internacional do Japan Finance Corporation - JFC), Kreditanstalt für Wiederaufbau - KfW e China Development Bank - CDB, usualmente não demandam garantia formal da União.

e) Fundo da Marinha Mercante - FMM

A partir de janeiro de 1984, o BNDES passou a exercer a função de agente financeiro do Fundo da Marinha Mercante - FMM, com o objetivo de apoiar financeiramente as atividades de fomento à renovação, ampliação e recuperação da frota de Marinha Mercante Nacional. Em 30 de junho de 2011, as aplicações do FMM alcançaram R$ 7.757,2 milhões (R$ 6.387,0 milhões em 30 de junho de 2010), sendo R$ 7.128,4 milhões (R$ 5.786,8 milhões em 30 de junho de 2010) com risco BNDES. Desde junho de 2002, por orientação do Banco Central do Brasil, as operações com risco BNDES, que retificavam as respectivas origens dos recursos, foram reclassificadas para o ativo do Banco.

f) Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND

Em 3 de outubro de 1988, com o Decreto nº 96.905, o BNDES assumiu as atribuições da Secretaria Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND, prestando apoio técnico, administrativo e de pessoal. Conforme o artigo 19 da Medida Provisória nº 517 de 31 de dezembro de 2010 o FND ficou extinto naquela data.

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(continuação)

19.2) As obrigações por empréstimos e repasses, por ano de vencimento, estão discriminados a seguir:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

No país No exterior Total No país No exterior TotalA vencer:2011 .......................... 1.354.520 991.691 2.346.211 1.353.143 991.691 2.344.8342012.......................... 2.512.471 872.276 3.384.747 2.510.524 872.276 3.382.8002013.......................... 2.716.349 892.412 3.608.761 3.220.183 892.412 4.112.5952014.......................... 3.787.383 913.084 4.700.467 4.290.685 913.084 5.203.7692015.......................... 8.006.772 950.611 8.957.383 8.552.257 950.611 9.502.868Após 2015 ................ 264.144.702 13.741.425 277.886.127 265.235.723 13.741.425 278.977.148Total ......................... 282.522.197 18.361.499 300.883.696 285.162.515 18.361.499 303.524.014

R$ milEm 30 de junho

2010BNDES Consolidado

No país No exterior Total No país No exterior TotalA vencer:2º semestre de 2010.. 2.290.085 497.871 2.787.956 2.055.915 497.871 2.553.7862011 .......................... 3.158.531 1.380.754 4.539.285 2.429.021 1.380.754 3.809.7752012.......................... 2.338.862 987.269 3.326.131 2.336.964 987.269 3.324.2332013.......................... 2.518.675 1.001.474 3.520.149 2.933.919 1.001.474 3.935.3932014.......................... 3.739.292 1.016.198 4.755.490 4.230.417 1.016.198 5.246.615Após 2014 ................ 208.875.132 12.972.540 221.847.672 212.593.146 12.972.540 225.565.686Total ......................... 222.920.577 17.856.106 240.776.683 226.579.382 17.856.106 244.435.488

20. EMISSÕES DE DEBÊNTURES

O sistema BNDES realizou emissões de debêntures privadas, por meio do BNDES, e públicas, por meio da BNDESPAR:

R$ milEm 30 de junho

Emissões de debêntures: 2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Emissão Privada (BNDES) 6.504.278 6.504.278 6.858.713 6.858.713Emissão Pública (BNDESPAR) – 5.522.031 – 3.801.428Total 6.504.278 12.026.309 6.858.713 10.660.141

Curto prazo 581.686 660.454 434.508 706.572Longo prazo 5.922.592 11.365.855 6.424.205 9.953.569Total 6.504.278 12.026.309 6.858.713 10.660.141

20.1) Emissão privada - BNDES

O BNDES emitiu 700.000 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, todas nominativas, em cinco séries, sem garantia real ou flutuante e sem preferência, com garantia fidejussória.

O valor nominal unitário das debêntures é de R$ 10 mil reais, na data da emissão, 23 de dezembro de 2008. A colocação foi privada, mediante subscrição exclusiva pelo Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS, representado por sua administradora, a Caixa Econômica Federal - CEF.

As debêntures serão atualizadas mensalmente no dia 15 de cada mês pela Taxa Referencial - TR - e pagarão remuneração de 6% a.a. mensalmente. A data de vencimento é 15 de outubro de 2029, com parcelas de amortização mensais de 15 de janeiro de 2009 até 15 de outubro de 2029.

O montante atualizado da obrigação pela emissão de debêntures está demonstrado a seguir:

R$ milEm 30 de junho

2011 20101ª série Principal corrigido (TR) ....................................................... 1.390.298 1.466.059 Juros provisionados (6% a.a.) .............................................. 3.476 3.6652ª série Principal corrigido (TR) ....................................................... 1.390.298 1.466.059 Juros provisionados (6% a.a.) .............................................. 3.476 3.6653ª série Principal corrigido (TR) ....................................................... 1.390.298 1.466.059 Juros provisionados (6% a.a.) .............................................. 3.476 3.6654ª série Principal corrigido (TR) ....................................................... 1.390.298 1.466.059 Juros provisionados (6% a.a.) .............................................. 3.476 3.6655ª série Principal corrigido (TR) ....................................................... 926.865 981.374 Juros provisionados (6% a.a.) .............................................. 2.317 2.443

Total ....................................................................................... 6.504.278 6.858.713

Curto prazo ............................................................................. 581.686 434.508Longo prazo ........................................................................... 5.922.592 6.424.205Total ....................................................................................... 6.504.278 6.858.713

20.2) Emissão pública - BNDESPAR

Em dezembro de 2006, a BNDESPAR emitiu 600.000 debêntures simples, da forma nominativa, escritural, não conversíveis em ações, em série única, da espécie sem garantia e sem preferência (quirografária), com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data da emissão, perfazendo o montante de R$ 600,0 milhões.

Esta distribuição pública foi realizada no âmbito do Primeiro Programa de Distribuição Pública de De-bêntures da Emissora, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários, em 19 de dezembro de 2006, sob o número CVM/SRE/PRO/2006/0011.

As debêntures foram subscritas e integralizadas ao preço de R$ 898,33, cada uma, correspondente ao valor nominal unitário de R$ 1.000,00 ajustado por deságio de 10,167%, apurado em processo de coleta de intenções de investimento.

As debêntures terão o seu valor nominal unitário atualizado a partir da data de subscrição e integralização, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, apurado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, sendo o produto da atualização incorporado a este automaticamente, de acordo com as fórmulas previstas na escritura de emissão e pagam juros de 6% a.a., incidentes sobre o valor nominal unitário atualizado da debênture, devidos ao final de cada período de capitalização. Foram realizados pagamentos de juros em 15 de janeiro de 2009, 2010 e 17 de janeiro de 2011, e o último ocorrerá em 15 de janeiro de 2012, conforme detalhado na escritura de emissão. A amortização será em uma única parcela, na data do vencimento, 15 de janeiro de 2012.

Na segunda distribuição do Primeiro Programa, ocorrida em julho de 2007, a BNDESPAR realizou a emissão de 1.350.000 debêntures simples, da forma nominativa, escritural, não conversíveis em ações, em duas séries, sendo 550.000 debêntures da Primeira Série e 800.000 debêntures da Segunda Série, da espécie sem garantia e sem preferência (quirografária), com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data de emissão, perfazendo o montante de R$ 1.350,0 milhões. As debêntures foram subscritas e integralizadas pelo valor nominal unitário.

Em dezembro de 2009, já no âmbito do Segundo Programa de Distribuição, arquivado na CVM em 29 de julho de 2008 sob o nº CVM/SER/PRO/2008/007, foi concluída a quarta oferta pública de debêntures simples de emissão da BNDESPAR. Foram emitidas 1.250.000 debêntures simples, da mesma forma e espécie das emissões anteriores, em duas séries, sendo 640.000 debêntures da Primeira Série e 610.000 debêntures da Segunda Série, com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data de emissão, perfazendo o montante de R$ 1.250,0 milhões. As debêntures também foram subscritas e integralizadas pelo valor nominal unitário.

O valor nominal unitário das debêntures da Primeira Série das distribuições realizadas em 2007 e 2009 não é atualizado e incidem apenas juros prefixados, que são pagos juntamente com a amortização do principal nas datas de vencimento, conforme indicado na tabela a seguir. A remuneração das debêntures da Primeira Série da emissão de 2007, assim como a amortização, foi paga integralmente em 03 de janeiro de 2011.

O valor nominal unitário das debêntures da Segunda Série das emissões de 2007 e 2009 é atualizado pela variação do IPCA, divulgado pelo IBGE, sendo o produto da atualização incorporado a esta automatica-mente, de acordo com a fórmula prevista no Suplemento Definitivo.

Sobre o valor nominal unitário das debêntures da Segunda Série das emissões de 2007 e 2009, atualiza-do monetariamente, incidem juros prefixados, desde a data de subscrição e integralização ou a data do pagamento anterior dos Juros da Segunda Série, conforme o caso, até a data de seu efetivo pagamento. Os juros da Segunda Série de ambas as emissões serão calculados de acordo com a fórmula prevista na Escritura de Emissão.

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(continuação)

O primeiro e o segundo pagamentos de juros da Segunda Série da emissão de 2007 ocorreram em 17 de agosto de 2009 e 16 de agosto de 2010, respectivamente e os demais serão realizados em 15 de agosto de 2011, 15 de agosto de 2012 e na data de vencimento, 15 de agosto de 2013, quando será amortizada em parcela única. Os pagamentos de juros da Segunda Série da emissão de 2009 ocorrerão anualmente a partir de 15 de janeiro de 2012 até 15 de janeiro de 2015, quando será amortizada em parcela única.

Em dezembro de 2010, foi realizada a quinta oferta pública de debêntures da BNDESPAR, sendo a primeira no âmbito do Terceiro Programa de Distribuição. Foram emitidas três séries, uma prefixada (Primeira Série), uma com taxa flutuante trimestral (Segunda Série) e outra indexada ao IPCA (Terceira Série). A primeira, segunda e terceira séries foram aprovadas e registradas na CVM em 10 de dezembro de 2010 sob os nos CVM/SRE/DEB/2010/033, CVM/SRE/DEB/2010/034, e CVM/SRE/DEB/2010/035, respectivamente.

A oferta foi encerrada em 17 de dezembro de 2010, tendo sido distribuídas 2.025.000 debêntures simples, da forma nominativa e escritural, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com valor nominal total de R$ 2.025,0 milhões. Foram colocadas 500.000 debêntures da Primeira Série, 1.000.000 debêntures da Segunda Série e 525.000 debêntures da Terceira Série.

O valor nominal unitário das debêntures da Primeira e da Segunda Séries não são atualizados e incidem apenas juros prefixados (Primeira Série) e flutuantes trimestralmente (Segunda Série). A remuneração de ambas as séries, assim como a amortização, será paga integralmente nas respectivas datas de vencimento. As taxas de juros e as datas de vencimento estão indicadas na tabela a seguir.

A Segunda Série terá remuneração flutuante, com uma taxa fixa de três meses redefinida trimestralmente com base na sobretaxa de 0,30% ao ano a ser adicionada à taxa de juros dos contratos futuros de DI (negociados na BM&FBOVESPA) aplicáveis a cada período de capitalização trimestral. Os períodos de capitalização e a fórmula de cálculo dos juros da Terceira Série estão previstos na Escritura de Emissão.

O valor nominal unitário das debêntures da Terceira Série dessa última emissão será atualizado pela variação do IPCA, sendo o produto da atualização incorporado a esta automaticamente, de acordo com a fórmula prevista na Escritura de Emissão. Sobre esse valor nominal unitário atualizado monetariamente, incidem juros prefixados, desde a data de subscrição e integralização ou a data do pagamento anterior dos juros da Terceira Série, conforme o caso, até a data de seu efetivo pagamento. Os juros da Terceira Série serão calculados de acordo com a fórmula prevista na Escritura de Emissão.

Os pagamentos de juros da Terceira Série da emissão de 2010 ocorrerão anualmente a partir de 15 de janeiro de 2013 até 15 de janeiro de 2017, quando a série será amortizada em parcela única.

O montante atualizado da obrigação pela emissão de debêntures, as datas de vencimento e os juros cor-respondentes a cada série estão demonstrados a seguir:

R$ milEm 30 de junho

Vencimento 2011 2010

1º distribuição - Primeiro Programa................................. 15.01.2012 Principal corrigido (IPCA) ............................................. 765.278 718.151 Juros provisionados (6% a.a) ......................................... 20.259 19.012 Deságio .......................................................................... (61.002) (61.002) Amortização acumulada do deságio (1) ........................... 54.115 42.308

778.650 718.4692º distribuição - Primeiro Programa 1ª série ............................................................................ 01.01.2011 Principal ....................................................................... – 550.000 Juros provisionados (11,2% a.a) .................................. – 198.663 2ª série 15.08.2013 Principal corrigido (IPCA) ........................................... 994.389 933.152 Juros provisionados (6,8% a.a) .................................... 58.509 54.390

1.052.898 1.736.2051º distribuição - Segundo Programa 1ª série ............................................................................ 01.01.2013 Principal ....................................................................... 640.000 640.000 Juros provisionados (12,74% a.a) ................................ 128.311 41.489 2ª série 15.01.2015 Principal corrigido (IPCA) ........................................... 684.163 642.031 Juros provisionados (7,078% a.a) ................................ 74.937 23.235

1.527.411 1.346.7551º distribuição - Terceiro Programa 1ª série ............................................................................ 01.01.2014 Principal ....................................................................... 500.000 – Juros provisionados (12,51% a.a) ................................ 33.339 – 2ª série ............................................................................ 01.01.2014 Principal ....................................................................... 1.000.000 – Juros provisionados (DI Futuro 3 meses + 0,30% a.a) 62.177 – 3ª série ............................................................................ 15.01.2017 Principal corrigido (IPCA) ........................................... 549.151 – Juros provisionados (6,2991% a.a) .............................. 18.405 –

2.163.072 –

Total ................................................................................. 5.522.031 3.801.429

Curto prazo ....................................................................... 78.768 272.064Longo prazo ..................................................................... 5.443.263 3.529.365Total ................................................................................. 5.522.031 3.801.429

(1) A amortização do deságio é calculada linearmente pelo prazo compreendido entre dezembro de 2007 e janeiro de 2012.

21. DESESTATIZAÇÃO DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE

Conforme a Lei nº 9.491/97, regulamentada pelo Decreto nº 2.201/97 e pelo Contrato de Transferência de Ações, Assunção de Dívidas e Pactos Adicionais, foram transferidas ao BNDES ações da CVRD - Companhia Vale do Rio Doce, de propriedade da União (94.953.982 ações ordinárias nominativas e 4.372.154 ações preferenciais nominativas). Parte destas ações foi alienada no âmbito do processo de desestatização da CVRD, nos leilões realizados em maio de 1997, tendo sido os recursos decorrentes da venda repassados ao BNDES.

Em contrapartida dos recursos recebidos, o BNDES obrigou-se a, alternativa ou conjuntamente, a critério do Ministério da Fazenda:

a) Assumir dívidas, caracterizadas e novadas, da União relativas ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS); e

b) Transferir à União debêntures da BNDESPAR, de sua propriedade, com o mesmo perfil (datas de pa-gamento e condições financeiras) das dívidas da União junto ao FCVS.

Em 29 de dezembro de 2000, foi formalizada a assunção da dívida, no montante de R$ 2.593,5 milhões (valor originalmente recebido, atualizado pela variação da TR acrescida de 6,17% ao ano) correspondente a 1.608.084 títulos CVSA970101, a serem pagos nas seguintes condições:

Carência para pagamento de juros: 4 anos e 1 mês a contar de 01.12.2000, com primeiro paga-mento em 01.01.2005

Carência para pagamento de principal: 8 anos e 1 mês a contar de 01.12.2000, com primeiro paga-mento em 01.01.2009

Prazo remanescente: 27 anos a contar de 01.12.2000, com último pagamento de principal e encargos em 01.01.2027

Taxa de juros: Taxa Referencial (TR) + 6,17 % a.a.

Em março de 2002, por meio de oferta pública, o BNDES alienou no mercado interno e externo 39.389.193 ações ordinárias de emissão da Cia Vale do Rio Doce - CVRD, pelo valor de R$ 2.218,3 milhões, sendo a liquidação financeira concluída em abril de 2002. O referido montante, também foi objeto de assunção de dívida junto a União, relativas ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), atualizadas pela variação da TR e juros de 6,17% ao ano. Em dezembro de 2005, foi alienado, em leilão conjunto com participações minoritárias, o restante das ações transferidas pela União, pelo valor de R$ 1,5 milhão, cuja liquidação financeira foi concluída em janeiro de 2006.

Em agosto de 2006, o BNDES e a União celebraram Instrumento de Novação e Confissão de Dívida, no valor de R$ 5.293,5 milhões, correspondente à parcela dos contratos acima mencionados, com a finalidade de alterar o perfil do endividamento do BNDES e elevar seu Patrimônio de Referência (PR), alterando suas condições para adequá-las às características de um instrumento híbrido de capital e dívida, conforme estabelecido na Resolução nº 2.837, de 30 de maio de 2001, do Conselho Monetário Nacional - CMN, nos termos da Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006.

Em 30 de junho de 2011, esses contratos apresentavam os seguintes saldos:

• Instrumento Híbrido de Capital e Dívida: R$ 6.882,3 milhões;• Contrato de Assunção de Dívidas: R$ 1.397,9 milhões, registrados na rubrica de Repasses no País -

Tesouro Nacional.

22. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

22.1) Corrente

O BNDES adota o regime de cálculo do imposto de renda e da contribuição social na modalidade de lucro real anual, estando sujeito a pagamentos mensais sobre uma base estimada, caso não se aplique a suspensão/redução dos recolhimentos, como facultam os artigos 27 a 35 da Lei nº 8.981/95 e demais legislações pertinentes.

Em 30 de junho de 2011 e de 2010, o Banco constituiu provisões para pagamento de contribuição social à alíquota de 15% e de imposto de renda à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10%.

No consolidado, apenas a BNDESPAR teve a provisão da CSLL constituída à alíquota de 9%.

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(continuação)

A demonstração do cálculo do encargo com imposto de renda e contribuição social está evidenciada a seguir:

R$ milBNDES

Em 30 de junho2011 2010

Imposto de Renda

Contribuição Social

Imposto de Renda

Contribuição Social

Resultado antes da tributação 6.351.701 6.351.701 6.094.511 6.094.511Encargo (crédito) total de imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e de 15% 1.587.925 952.755 1.523.627 914.177

Efeito das adições (exclusões) no cálculo dos tributos:• Créditos baixados como prejuízo ...................... (18.149) (10.889) 30.606 18.363• Provisão para risco de crédito (Res. BACEN nº 2.682/99) ............................... (174.081) (104.449) (22.291) (13.375)• Equivalência patrimonial ................................... (814.533) (488.720) (398.824) (239.295)• Provisão para desvalorização de títulos ............. 18.872 11.323 – –• Provisões trabalhistas e cíveis ........................... 693 416 (1.993) (1.196)• Participação dos empregados no lucro .............. (26.684) (16.010) – –• Passivo Atuarial - FAMS ................................... 12.457 7.474 7.969 4.781• Programa de desligamento planejado de funcionários ....................................................... (944) (566) (2.888) (1.733)• Ajuste de TVM a valor de mercado ................... (2.592) (1.555) (4.142) (2.485)• Ajuste de Swap a valor de mercado ................... (4.151) (2.491) 18.298 10.979• Subvenções - Incentivos Fiscais ........................ (13.505) (8.103) (5.046) (3.028)• FAPES Reservas Técnicas ................................. – – 11.933 7.160• Outras adições e exclusões líquidas .................. 27.562 20.875 1.212 7.617Imposto de renda e contribuição social ................. 592.870 360.060 1.158.461 701.965

R$ milConsolidado

Em 30 de junho2011 2010

Imposto de Renda

Contribuição Social

Imposto de Renda

Contribuição Social

Resultado antes da tributação ................................ 7.233.477 7.233.477 6.547.848 6.547.848Encargo (crédito) total de imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15% .. 1.808.369 1.085.022 1.636.962 982.178

Efeito das adições (exclusões) no cálculo dos tributos:• Créditos baixados como prejuízo ...................... 66.381 36.751 30.553 18.297• Provisão para risco de crédito (Res. BACEN nº 2.682/99) ............................... (205.082) (133.564) 49.297 31.913• Equivalência patrimonial ................................... (177.486) (63.708) (47.843) (20.411)• Permuta com títulos e valores mobiliários ........ (27.386) (9.859) (11.001) (3.960)• Dividendos de investimentos ............................. (141.558) (50.961) (129.602) (46.607)• Provisão para desvalorização de investimentos (38.339) (9.241) 15.227 5.482• Provisões trabalhistas e cíveis ........................... 4.000 1.605 (6.457) (2.936)• Participação dos empregados no lucro .............. (39.827) (21.124) – –• Passivo Atuarial - FAMS ................................... 15.235 8.603 9.341 5.396• FAPES Reservas Técnicas ................................. – – 12.105 7.263• Ajuste de TVM a valor de mercado ................... (2.592) (1.555) (4.142) (2.485)• Ajuste de Swap a valor de mercado ................... (4.151) (2.491) 18.298 10.979• Programa de desligamento planejado de funcionários ....................................................... (1.062) (512) (3.903) (2.151)• Juros sobre o capital próprio de coligadas e controladas ........................................................ 10.971 3.950 – –• Amortização de ágio líquida da realização ........ – – (58) (21)• Subvenções - Incentivos Fiscais ........................ (22.098) (11.196) (14.479) (6.424)• Efeitos ajustes CPC’s (RTT) .............................. (165.473) (49.798) (160.318) (96.191)• Diferimento de tributação sobre venda do Ativo Permanente .............................................. (40.586) (14.611) – –• Realização da amortização do deságio .............. 3.697 1.331 – –• Resultado de controladas à alíquota de 9% ....... – (225.620) – (97.074)• Outras adições e exclusões líquidas .................. 18.918 20.837 (8.443) 4.694Encargos antes das compensações ........................ 1.061.931 563.859 1.385.537 787.942 Compensação de prejuízos fiscais ....................... (6.677) (4.557) (4.297) (2.512)Imposto de Renda e Contribuição Social do período .............................................................. 1.055.254 559.302 1.381.240 785.430Ajuste da provisão para IRPJ e CSLL - exercício anterior ................................................................ 9.450 (15.376) 4.288 1.250Imposto de renda e contribuição social ................. 1.064.704 543.926 1.385.528 786.680

Os saldos do imposto de renda e de contribuição social estão assim demonstrados:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Impostos e contribuições sobre o lucro: Provisão: Imposto de renda ...................................... 592.870 1.055.254 1.158.461 1.381.240 Contribuição social .................................. 360.060 559.302 701.965 785.430

952.930 1.614.556 1.860.426 2.166.670

Antecipações: Imposto de renda ...................................... (181.716) (508.082) (161.717) (296.886) Contribuição social .................................. (92.308) (215.767) (78.637) (143.541)

(274.024) (723.849) (240.354) (440.427)

Imposto e contribuição a recolher ................ 678.906 890.707 1.620.072 1.726.243

Os impostos e contribuições a recuperar e antecipações são os seguintes:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

IR pago a maior em anos anteriores ............. – – – 44.684IRRF sobre renda fixa .................................. – 24.446 – 35.795IRRF sobre renda variável ........................... – 107 – 765IRRF - Juros sobre o capital próprio ............ 46.656 176.748 4.046 181.471Antecipações - Audiovisual ......................... 75 425 2.686 4.965PASEP/COFINS recolhidos a maior ............ – 796 – –Imposto de renda e Contribuição Social ...... 162.394 279.322 – –Outros ........................................................... – 1.272 – 1.272Total ............................................................. 209.125 483.116 6.732 268.952

Curto prazo ................................................... 209.125 483.116 6.732 268.952Longo prazo ................................................. – – – –Total ............................................................. 209.125 483.116 6.732 268.952

22.2) Créditos tributários

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

. Composição do crédito diferido (posição ativa): Créditos baixados como prejuízo ............. 315.415 467.184 413.401 444.634 Provisões trabalhistas e cíveis .................. 48.885 237.068 52.827 232.135 Provisão para desvalorização de investimentos ......................................... 30.009 220.383 29.455 223.764 Ajuste de swap a valor de mercado .......... 15.792 15.792 2.130 2.130 Programa de desligamento planejado de funcionários ............................................ 24.945 35.299 33.310 46.943 Amortização de ágios, líquida de realização ............................................... – 45.279 – 76.545 Opções ...................................................... – 116.608 – – Permuta de títulos e valores mobiliários .. – – – 218.477 Provisão para desvalorização de bens ...... 2.608 2.608 2.417 2.417 Provisão para despesas médicas - FAMS . 25.709 37.442 20.849 31.430 Prejuízo fiscal ........................................... – – – 61.725 Base negativa de CSLL ............................ – – – 37.596 Sub-total .................................................. 463.363 1.177.663 554.389 1.377.796

Créditos diferidos sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda IRPJ e CSLL ............................................ 967.623 967.623 31.078 31.078 PIS e COFINS .......................................... 112.486 112.486 3.613 3.613 Sub-total .................................................. 1.080.109 1.080.109 34.691 34.691

Total ............................................................. 1.543.472 2.257.772 589.080 1.412.487

Curto prazo ................................................... 142.922 281.635 164.844 473.650Longo prazo ................................................. 1.400.550 1.976.137 424.236 938.837Total ............................................................. 1.543.472 2.257.772 589.080 1.412.487

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(continuação)

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

• Composição das obrigações diferidas (posição passiva): Amortização de deságio ........................... – (7.621) – (8.054) Ajuste de TVM a valor de mercado ......... (45.919) (45.919) (31.748) (31.748) Ajuste de SWAP a valor de mercado ........ (301) (301) – – Ganho de capital sobre venda do Ativo Permanente ............................................. – (126.139) – – Ajuste a valor de mercado de debêntures - Instrumentos Financeiros ..................... – (290.995) – – Opções ...................................................... – (129.370) – – Subtotal ................................................... (46.220) (600.345) (31.748) (39.802) Obrigações tributárias sobre títulos disponíveis para venda IRPJ e CSLL ............................................ (53.755) (11.539.489) (80.739) (13.421.906) PIS e COFINS .......................................... (6.249) (6.251) (9.386) (9.386) Subtotal ................................................... (60.004) (11.545.740) (90.125) (13.431.292)

Total ............................................................. (106.224) (12.146.085) (121.873) (13.471.094)

Curto prazo ................................................... (70.783) (182.601) (31.748) (208.915)Longo prazo ................................................. (35.441) (11.963.484) (90.125) (13.262.179)Total ............................................................. (106.224) (12.146.085) (121.873) (13.471.094)

De acordo com a Resolução BACEN nº 3.059/02 e conforme alíquotas vigentes mencionadas na Nota 22.1, foram constituídos ativos e passivos fiscais diferidos sobre as adições e exclusões temporárias que serão futuramente dedutíveis e tributáveis nas bases de cálculo de imposto de renda e contribuição social e, sobre prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social que serão compensados com lucros tributáveis futuros. Em 30 de junho, a contrapartida das provisões de imposto de renda e contribuição social diferidos está demonstrada a seguir:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Imposto de renda (74.736) (236.300) 18.974 (84.469)Contribuição social (44.841) (109.353) 11.385 (26.727)Total (119.577) (345.653) 30.359 (111.196)

Basicamente, os créditos tributários diferidos, decorrentes de diferenças temporárias, têm as seguintes origens:

a) Créditos baixados como prejuízo: relacionados com perdas em operações de crédito ou repasses inter-financeiros as quais estão inadimplentes há mais de 360 dias ou que tiveram seus contratos declarados vencidos antecipadamente por falta de atendimento às cláusulas contratuais. Tais créditos podem estar em cobrança amigável pela área de recuperação de créditos ou, em caso de insucesso, em cobrança judicial;

b) Provisões trabalhistas e cíveis: referem-se às ações trabalhistas (Nota 23.a) e cíveis (Nota 23.b);

c) Provisão para a desvalorização de investimentos: sobre participações acionárias avaliadas pelo custo de aquisição ou pelo método de equivalência patrimonial e outros investimentos;

d) Ajuste a valor de mercado de TVM e de swap: são os ganhos e perdas líquidos apurados com a marcação a mercado dos TVM e nas operações de swap, que constituem em instrumento de proteção de posições passivas;

e) Permuta de títulos e valores mobiliários: refere-se ao crédito tributário constituído para compensar o efeito do imposto de renda e contribuição social corrente pago sobre o diferencial entre o valor de mercado e o valor contábil proveniente da operação de permuta de títulos e valores mobiliários. A realização destes créditos está vinculada à alienação dos respectivos títulos;

f) Programa de desligamento planejado de funcionários: estimativa de custos com plano para incentivar a aposentadoria de funcionários ativos que atendam as condições para aposentadoria por tempo de serviço (Nota 30);

g) Derivativos - Opções: refere-se ao valor justo de opções atreladas à ações pertencentes à carteira de investimentos;

h) Provisão para despesas médicas - FAMS: refere-se à provisão para despesas com assistência médica, contabilizada conforme Deliberação CVM Nº 600/09;

i) Amortização de ágios - ágio decorrente da subscrição de ações em dinheiro, conversão de debêntures ou permuta de ações ou créditos.

Em relação às obrigações tributárias diferidas, decorrentes de diferenças temporárias, que ocorrem prin-cipalmente na controlada BNDESPAR, têm origem, basicamente, de:

a) Ajuste a valor de mercado - Instrumentos Financeiros: refere-se à marcação a mercado de debêntures e de títulos classificados como disponíveis para venda e de outros investimentos em coligadas cuja influência foi perdida;

b) Ganho por compra vantajosa: receita reconhecida na aquisição de coligadas em função dos valores justos proporcionais dos ativos líquidos dessas coligadas serem superiores às contraprestações transferidas em troca das ações dessas sociedades investidas;

c) Baixa do deságio - CPC: deságios apurados antes de 2009 e baixados em decorrência da adoção inicial dos CPCs.

Os créditos e obrigações tributárias sobre adições e exclusões temporárias são realizados quando do pagamento, utilização ou reversão das provisões relacionadas. Os créditos decorrentes da apuração de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, são compensáveis com o lucro tributável futuro, limitado a 30% em cada período. A demonstração dos valores constituídos e baixados no exercício está evidenciada a seguir:

R$ mil

BNDES

31/12/2010 Constituição Realização 30/06/2011

• Créditos tributários:

Créditos baixados como prejuízo ............. 371.598 147.687 (203.870) 315.415

Provisões trabalhistas e cíveis .................. 47.900 1.108 (123) 48.885

Provisão para desvalorização de

investimentos ......................................... 29.455 30.197 (29.643) 30.009

Ajuste de swap a valor de mercado .......... 35.022 18.337 (37.567) 15.792

Programa de desligamento planejado

de funcionários ....................................... 26.455 – (1.510) 24.945

Provisão para participação dos

empregados no lucro .............................. 42.694 – (42.694) –

Provisão para despesas médicas - FAMS . 22.952 2.757 – 25.709

Provisão para desvalorização de bens ...... 2.417 191 – 2.608

Sub-total .............................................. 578.493 200.277 (315.407) 463.363

Créditos diferidos sobre marcação

a mercado de títulos disponíveis

para venda:

IRPJ e CSLL ............................................ 80.299 887.324 – 967.623

PIS e COFINS .......................................... 9.335 103.151 – 112.486

Sub-total .............................................. 89.634 990.475 – 10.080.109

Total de créditos tributários diferidos .......... 668.127 1.190.752 (315.407) 1.543.472

• Obrigações tributárias:

Ajuste de swap a valor de mercado .......... – (301) – (301)

Ajuste de TVM a valor de mercado ......... (41.771) (4.148) – (45.919)

Sub-total .............................................. (41.771) (4.449) – (46.220)

Obrigações diferidas sobre marcação

a mercado de títulos disponíveis

para venda:

IRPJ e CSLL ............................................ (147.645) – 93.890 (53.755)

PIS e COFINS .......................................... (17.164) – 10.915 (6.249)

Sub-total .............................................. (164.809) – 104.805 (60.004)

Total de obrigações tributárias diferidas . (206.580) (4.449) 104.805 (106.224)

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(continuação)

R$ milConsolidado

31/12/2010 Constituição Realização 30/06/2011• Créditos tributários: Créditos baixados como prejuízo ................... 414.207 286.591 (233.614) 467.184 Provisões trabalhistas e cíveis ........................ 231.612 5.613 (157) 237.068 Provisão para desvalorização de investimentos 231.278 115.332 (126.227) 220.383 Ajuste de swap a valor de mercado ................ 35.022 18.337 (37.567) 15.792 Participação dos empregados no lucro ........... 60.951 – (60.951) – Programa de desligamento planejado de funcionários .................................................. 36.872 643 (2.216) 35.299 Provisão para despesas médicas - FAMS ....... 33.491 3.951 – 37.442 Amortização de ágio, líquida de realização ... 58.044 – (12.765) 45.279 Provisão para desvalorização de bens ............ 2.417 191 – 2.608 Opções ............................................................ 164.413 – (47.805) 116.608 Prejuízo fiscal ................................................. 2.345 – (2.345) – Base negativa da CSLL .................................. 1.958 – (1.958) – Subtotal ......................................................... 1.272.610 430.658 (525.605) 1.177.663

Créditos diferidos sobre marcação a merca-do de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL .................................................. 80.299 887.324 – 967.623 PIS e COFINS ................................................ 9.335 103.151 – 112.486 Subtotal ......................................................... 89.634 990.475 – 1.080.109

Total ................................................................... 1.362.244 1.421.133 (525.605) 2.257.772

• Obrigações Tributárias: Amortização de deságio ................................. (8.054) – 433 (7.621) Ajuste de TVM a valor de mercado ............... (41.771) (4.148) – (45.919) Ajuste de SWAP a valor de mercado .............. – (301) – (301) Ganho de capital sobre venda do Ativo Permanente ................................................... (52.164) (73.975) – (126.139) Ajuste a Valor de Mercado - Instrumentos Financeiros ................................................... (155.426) (259.167) 123.598 (290.995) Opções ............................................................ (92.224) (37.146) – (129.370) Subtotal ......................................................... (349.639) (374.737) 124.031 (600.345)

Obrigações tributárias sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL .................................................. (15.300.460) – 3.760.971 (11.539.489) PIS e COFINS ................................................ (17.164) – 10.913 (6.251) Subtotal ......................................................... (15.317.624) – 3.771.884 (11.545.740)

Total ................................................................... (15.667.263) (374.737) 3.895.915 (12.146.085)

R$ milBNDES

31/12/2009 Constituição Realização 30/06/2010• Créditos tributários: Créditos baixados como prejuízo ................... 369.381 165.772 (121.752) 413.401 Provisões trabalhistas e cíveis ........................ 55.141 1.277 (3.591) 52.827 Provisão para desvalorização de investimentos 29.455 – – 29.455 Ajuste de swap a valor de mercado ................ – 2.130 – 2.130 Programa de desligamento planejado de funcionários .................................................. 37.932 – (4.622) 33.310 Provisão para participação dos empregados no lucro ........................................................ 26.235 – (26.235) – Provisão para despesas médicas - FAPES...... – 20.849 – 20.849 Provisão para desvalorização de bens ............ 152 2.265 – 2.417 Sub-total ......................................................... 518.296 192.293 (156.200) 554.389Créditos diferidos sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL .................................................. 17.809 13.269 – 31.078 PIS e COFINS ................................................ 2.070 1.543 – 3.613 Sub-total ........................................................ 19.879 14.812 – 34.691

Total de créditos tributários diferidos 538.175 207.105 (156.200) 589.080

• Obrigações tributárias (posição passiva): Ajuste de swap a valor de mercado ................ (892) – 892 – Ajuste de TVM a valor de mercado ............... (25.121) (6.627) – (31.748) Sub-total ......................................................... (26.013) (6.627) 892 (31.748)Obrigações diferidas sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL .................................................. (96.915) – 16.176 (80.739) PIS e COFINS ................................................ (11.266) – 1.880 (9.386) Sub-total ........................................................ (108.181) – 18.056 (90.125)

Total de obrigações tributárias diferidas ....... (134.194) (6.627) 18.948 (121.873)

R$ milConsolidado

31/12/2009 Constituição Realização 30/06/2010• Créditos tributários: Créditos baixados como prejuízo ........ 414.872 166.477 (136.713) 444.634 Provisões trabalhistas e cíveis ............. 239.970 1.796 (9.632) 232.135 Provisão para desvalorização de investimentos .................................... 256.203 40.211 (72.650) 223.764 Ajuste de swap a valor de mercado ..... – 2.130 – 2.130 Participação dos empregados no lucro ............................................. 33.484 – (33.484) – Programa de desligamento planejado de funcionários .................................. 52.998 – (6.056) 46.943 Provisão para despesas médicas - FAMS .............................................. – 31.430 – 31.430 Amortização de ágio, líquida de realização .......................................... 76.545 – – 76.545 Permuta de títulos e valores mobiliários ........................................ 302.903 – (84.426) 218.477 Provisão para desvalorização de bens .............................................. 152 2.265 – 2.417 Prejuízo fiscal ...................................... 66.022 – (4.297) 61.725 Base negativa da CSLL ....................... 40.108 – (2.512) 37.596 Sub-total ............................................. 1.483.257 242.179 (349.770) 1.377.796

Créditos diferidos sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ....................................... 17.809 13.269 – 31.078 PIS e COFINS ..................................... 2.070 1.543 – 3.613 Sub-total ............................................. 19.879 14.812 – 34.691

Total ........................................................ 1.503.136 256.991 (349.770) 1.412.487

• Obrigações Tributárias (posição passiva): Amortização de deságio ...................... (8.054) – – (8.054) Ajuste de swap a valor de mercado ..... (892) – 892 – Ajuste de TVM a valor de mercado .... (25.121) (6.627) – (31.748) Sub-total ............................................. (34.067) (6.627) 892 (39.802)

Obrigações tributárias sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ....................................... (17.960.831) (148.637) – (13.421.906) PIS e COFINS ..................................... (11.266) – 1.880 (9.386) Sub-total ............................................. (17.972.097) (148.637) 1.880 (13.431.292)

Total ........................................................ (18.006.164) (155.264) 2.772 (13.471.094)

O montante de créditos tributários não registrados, em 30 de junho 2011, no BNDES totalizou R$ 1.585,3 milhões (R$ 2.138,0 milhões em 30 de junho de 2010) e no Consolidado R$ 1.969,7 milhões (R$ 3.361,8 milhões em 30 de junho de 2010). Esses valores referem-se, basicamente, à provisão para risco de crédito (Resolução BACEN nº 2.682/99), parte das provisões cíveis e trabalhistas, provisão sobre a desvalori-zação de investimentos, oriundos de incentivos fiscais - FINOR - (somente no caso de CSLL) e outros e à provisão para despesas médicas - FAMS. Após a Resolução BACEN nº 3.059/02, somente podem ser constituídos créditos tributários sobre a parcela realizável em até 5 anos, intervalo que foi alterado para 10 anos pela Resolução BACEN nº 3.355/06. Entretanto, até esta data, a Sociedade tem orçamentos e expectativas de geração de lucros tributáveis apenas para o futuro previsível, não existindo previsibilidade de compensação de ativos após 5 anos.

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(continuação)

A seguir apresenta-se a expectativa de realização dos créditos tributários:

R$ milBNDES

2011 2012 2013 2014 2015 Após 2015 Total• Créditos tributários: Créditos baixados como prejuízo ...................................................................................... 126.199 38.221 26.346 71.907 52.742 – 315.415 Provisões trabalhistas e cíveis ........................................................................................... 219 6.196 39.584 1.645 1.241 – 48.885 Provisão para desv. de investimentos ................................................................................ 553 – – – – 29.456 30.009 Ajuste de SWAP a valor de mercado ................................................................................ 2 – – – 15.790 – 15.792 Programa de desligamento planejado de funcionários ...................................................... 8.447 16.498 – – – – 24.945 Provisão para despesas médicas - FAMS .......................................................................... 4.894 5.026 5.153 5.265 5.371 – 25.709 Provisão para desvalorização de bens ............................................................................... 2.608 – – – – – 2.608 Participação dos empregados no lucro .............................................................................. – – – – – – -Subtotal ................................................................................................................................ 142.922 65.941 71.083 78.817 75.144 29.456 463.363

Créditos diferidos sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ..................................................................................................................... – 967.623 – – – – 967.623 PIS e COFINS ................................................................................................................... – 112.486 – – – – 112.486Subtotal ................................................................................................................................ – 1.080.109 – – – – 1.080.109

Total dos créditos tributários ............................................................................................. 142.922 1.146.050 71.083 78.817 75.144 29.456 1.543.472

• Obrigações tributárias:

Ajuste de SWAP a valor de mercado ................................................................................ – – – (48) – (253) (301) Ajuste de TVM a valor de mercado .................................................................................. (45.919) – – – – – (45.919)Subtotal ................................................................................................................................ (45.919) – – (48) – (253) (46.220)

Obrigações diferidas sobre marcação a mercado de título disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ..................................................................................................................... (22.275) (31.480) – – – – (53.755) PIS e COFINS ................................................................................................................... (2.589) (3.660) – – – – (6.249)Subtotal ................................................................................................................................ (24.864) (35.140) – – – – (60.004)

Total das obrigações diferidas ............................................................................................ (70.783) (35.140) – (48) – (253) (106.224)

R$ milConsolidado

2011 2012 2013 2014 2015 Após 2015 Total• Créditos tributários: Créditos baixados como prejuízo ...................................................................................... 163.074 35.983 27.240 69.731 49.647 121.509 467.184 Provisões trabalhistas e cíveis ........................................................................................... 2.272 7.287 40.220 1.865 185.424 – 237.068 Provisão para desv. de investimentos ................................................................................ 68.655 37.071 66.618 5.831 2.786 39.422 220.383 Programa de desligamento planejado de funcionários ...................................................... 11.555 23.744 – – – – 35.299 Provisão para despesas médicas - FAMS .......................................................................... 7.066 7.292 7.523 7.682 7.879 – 37.442 Ajuste de SWAP a valor de mercado ................................................................................ 2 – – – 15.790 – 15.792 Provisão para desvalorização de bens ............................................................................... 2.608 – – – – – 2.608 Amortização de ágio ......................................................................................................... 26.401 7.350 310 342 1.844 9.032 45.279 Derivativos - Opções ......................................................................................................... – – – 116.608 – – 116.608Sub-total ............................................................................................................................... 281.633 118.727 141.911 202.059 263.370 169.963 1.177.663

Créditos diferidos sobre marcação a mercado de títulos disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ..................................................................................................................... – 967.623 – – – – 967.623 PIS e COFINS ................................................................................................................... – 112.486 – – – – 112.486Sub-total ............................................................................................................................... – 1.080.109 – – – – 1.080.109

Total dos créditos tributários ............................................................................................. 281.633 1.198.836 141.911 202.059 263.370 169.963 2.257.772

• Obrigações Tributárias: Amortização de deságios ................................................................................................... – – – – – (7.621) (7.621) Ajuste de SWAP a valor de mercado ................................................................................ – – – (48) – (253) (301) Ajuste de TVM a valor de mercado .................................................................................. (45.919) – – – – – (45.919) Ganho de capital sobre venda do Ativo Permanente ........................................................ – – – – – (126.139) (126.139) Ajuste a valor de mercado de debêntures - Instrumentos Financeiros .............................. – – – – – (290.995) (290.995) Opções ............................................................................................................................... – – – – – (129.370) (129.370)Sub-total ............................................................................................................................... (45.919) – – (48) – (554.378) (600.345)

Obrigações diferidas sobre marcação a mercado de título disponíveis para venda: IRPJ e CSLL ..................................................................................................................... (85.730) (31.478) – – – (11.422.281) (11.539.489) PIS e COFINS ................................................................................................................... (2.589) (3.662) – – – – (6.251)Sub-total ............................................................................................................................... (88.319) (35.140) – – – (11.422.281) (11.545.740)

Total das obrigações diferidas ............................................................................................ (134.238) (35.140) – (48) – (11.976.659) (12.146.085)

O valor presente dos créditos tributários contabilizados, calculados considerando a taxa média de captação, totaliza R$ 394,8 milhões (R$ 974,8 milhões no Consolidado).

O Art. 5º da Resolução nº 3.059/02 obriga a baixa do ativo correspondente à parcela dos créditos tributários quando os valores efetivamente realizados em dois períodos consecutivos forem inferiores a 50% dos valores previstos para igual período no estudo técnico preparado pela instituição. O disposto neste artigo não se aplica aos créditos tributários constituídos anteriormente à data da entrada em vigor desta Resolução. Em 30 de junho de 2011, não foram realizadas baixas desta natureza. O montante de créditos tributários constituídos após a vigência desta resolução totalizou R$ 406,8 milhões (R$ 1.048,7 milhões no Consolidado).

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(continuação)

23. PROVISÕES TRABALHISTAS E CÍVEIS

O BNDES é parte em processos judiciais de naturezas trabalhistas e cíveis decorrentes do curso normal de suas atividades.

O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas são efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução CMN nº 3.823/09 e na Deliberação CVM nº 594/09, as quais aprovaram o Pronunciamento Contábil nº 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.

Basicamente, o Pronunciamento Contábil nº 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, estabelece que:

• Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a realização do ganho é praticamente certa, deixando o ativo de ser contingente, requerendo-se assim o seu reconhecimento.

• Passivos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, devendo ser divulgada, para cada classe de passivo contingente, uma breve descrição de sua natureza e, quando aplicável: (i) a estimativa do seu efeito financeiro, (ii) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de saída de recursos, e (iii) a possibilidade de qualquer desembolso. Os passivos contingentes para os quais a possibilidade de uma saída de recursos para liquidá-los seja remota não são divulgados.

• Provisão: São obrigações presentes, reconhecidas como passivo, desde que possa ser feita uma estima-tiva confiável e seja provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação.

Considerando a natureza das ações, sua similaridade com processos anteriores, sua complexidade, juris-prudência aplicável e fase processual, os processos são classificados em três categorias de risco: máximo, médio e mínimo, levando-se em conta a possibilidade de ocorrência de perda, tendo como base a opinião de assessores jurídicos internos e externos.

Conforme a expectativa de perda, são adotadas as seguintes políticas para a classificação das ações:

Risco Mínimo - são classificadas nesta categoria todas as ações em primeira instância e também, de acordo com a matéria impugnada no recurso, todas as que possuem decisão favorável em primeira ou em segunda instância.

Risco Médio - são classificadas nesta categoria as ações que possuem decisão desfavorável em primeira ou em segunda instância, mas, de acordo com a matéria impugnada no recurso, existe a possibilidade de reversão do resultado.

Risco Máximo - são classificadas nesta categoria as ações que possuem decisão desfavorável, em primei-ra ou em segunda instância, e outras que, de acordo com a matéria impugnada no recurso, dificilmente poderão ter sua decisão revertida.

Com a finalidade de alinhamento da política adotada pelo Banco com as normas descritas anteriormente, tem-se:

Critérios Jurídicos Possibilidade de Perda Consequência Contábilrisco mínimo remota N/Arisco médio possível divulgar

risco máximo provável provisionar 100%

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis do Banco, sendo divulgados apenas quando a Administração possui garantias de sua realização ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos ou a probabilidade da entrada de benefícios econômicos é alta.

A provisão constituída foi avaliada pela Administração como suficiente para fazer face às eventuais perdas.

As provisões constituídas, segregadas por natureza, estão apresentadas no quadro abaixo:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Processos trabalhistas .............................. 34.552 46.167 49.899 62.003Processos cíveis ...................................... 88.376 631.401 87.514 605.069Total ........................................................ 122.928 677.568 137.413 667.072

Curto prazo .............................................. 547 6.584 421 6.039Longo prazo ............................................ 122.381 670.984 136.992 661.033Total ........................................................ 122.928 677.568 137.413 667.072

a) Processos trabalhistas

As provisões trabalhistas refletem a classificação de risco de perda provável sobre 129 processos judiciais em andamento (153 no consolidado), que se referem, principalmente, a horas extras pré-contratadas, par-ticipação nos lucros, responsabilidade subsidiária e complementação de aposentadoria.

A seguir demonstra-se a movimentação da provisão trabalhista no período:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do semestre .................... 32.240 43.471 57.954 70.760Constituição (reversão) líquida ............... 4.742 5.243 (5.693) (4.239)Pagamentos ............................................. (2.430) (2.547) (2.362) (4.518)Saldo no final do semestre ...................... 34.552 46.167 49.899 62.003

Em 30 de junho de 2011, existem 185 (192 no Consolidado) processos judiciais em andamento, classifi-cados na categoria de risco possível com montante estimado de R$ 139,8 milhões (R$ 254,4 milhões no Consolidado).

b) Processos cíveis

As provisões cíveis refletem a classificação de risco de perda provável sobre 11 (14 no Consolidado) processos, sendo que os principais pleitos versam sobre indenizações referentes a privatizações efetuadas pelo Governo Federal e implementadas pelo BNDES enquanto gestor do PND - Programa Nacional de Desestatização, além daqueles acerca de questões contratuais. No Consolidado, os pleitos são similares, sendo o principal uma ação ajuizada em 1995, referente a um leilão de privatização ocorrido em 1989, onde a sentença de 1º grau em favor da BNDESPAR foi reformada, estando pendente o julgamento dos recursos interpostos.

A seguir demonstra-se a movimentação das provisões cíveis no período:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do semestre .................... 87.917 618.097 87.431 622.140Constituição (reversão) líquida ............... 459 13.304 83 (17.071)Saldo no final do semestre ...................... 88.376 631.401 87.514 605.069

Em 30 de junho de 2011, existem 75 (84 no Consolidado) processos judiciais em andamento, classifica-dos na categoria de risco possível com montante estimado de R$ 797,9 milhões (R$ 1.436,4 milhões no Consolidado).

24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

Em 30 de junho de 2011 e 2010 o capital social subscrito do BNDES está representado por 6.273.711.452 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade da União Federal.

Está em curso um aumento de capital no valor de R$ 6.400,0 milhões proveniente da transferência de 223.597.798 ações ordinárias da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS, excedentes a manutenção do controle acionário da União, conforme Decreto nº 7.439 de 16 de fevereiro de 2011.

Reserva de incentivos fiscais

Os incentivos fiscais, com a edição da Lei nº 11.638/07, passaram a transitar pelo resultado e a serem destinados como reserva de lucros.

Ajustes de avaliação patrimonial

São contabilizadas as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, líquidas de efeitos tributários, em decorrência de sua avaliação a valor justo. A composição dos ajustes encontra-se a seguir:

R$ mil30/06/2011 30/06/2010

Ajuste - acumulado de conversão - reflexo de coligada ...................... (372.528) (137.509)Ajuste - outros resultados abrangentes - reflexo de coligada ............... 587.052 -Mensuração a valor justo de títulos e valores mobiliários classifica-dos como títulos disponíveis para venda ............................................. 21.069.601 25.966.573 De títulos próprios .............................................................................. (1.235.577) 68.719 De ativos de empresa controlada (BNDESPAR) (1) ........................... 22.305.178 25.897.854

Total ..................................................................................................... 21.284.125 25.829.064

(1) Ajuste ao valor de mercado da carteira de participações acionárias classificadas como disponível para venda conforme pronunciamento contábil nº 38, emitido pelo CPC e recepcionado pelos normativos do Banco Central do Brasil através das Circulares nº 3.068/2001 e 3.082/2002.

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(continuação)

Pagamento de dividendos

Em 2011 o BNDES pagou dividendos complementares referente ao exercício de 2010 mediante a reversão parcial da reserva para margem operacional no valor de R$ 4.200,0 milhões.

EventoValor declarado

- R$ milValor pago

(*)Data do

pagamentoMeio de

pagamentoDividendos Complementares - Exercício 2010 ......................... 1.000.000 1.026.011 30/03/2011

Títulos Públicos Federais

Dividendos Complementares - Exercício 2010 ......................... 1.500.000 1.552.558 29/04/2011 EspécieDividendos Complementares - Exercício 2010 ......................... 1.700.000 1.776.219 30/05/2011 EspécieTotal de pagamentos................... 4.200.000 4.354.788

(*) Inclui atualização pela taxa SELIC da data a que se referem os lucros até a data do efetivo pagamento.

25. PARTES RELACIONADAS

O BNDES e suas subsidiárias têm relacionamento e realizam transações com entidades consideradas partes relacionadas, conforme Pronunciamento Técnico nº 05, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovado pela Resolução nº 3.750/09 do Banco Central do Brasil - BACEN.

25.1) Transações com subsidiárias

As operações entre as empresas incluídas na consolidação foram eliminadas nas demonstrações consoli-dadas e foram as seguintes:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010Finame Bndespar Total Finame Bndespar Total

Ativo Operações de repasses Moeda nacional ......... 95.301.478 14.508.564 109.810.042 67.047.743 5.981.323 73.029.066 Moeda estrangeira ..... 6.693.338 47.940 6.741.278 8.068.125 68.089 8.136.214

101.994.816 14.556.504 116.551.320 75.115.868 6.049.412 81.165.280Passivo Obrigações por repasses Moeda nacional ......... 3.178 83.927 87.105 767.600 345.712 1.113.312

Receitas: Operações de repasses Moeda nacional ......... 1.967.344 526.504 2.493.848 1.111.684 281.501 1.393.185 Moeda estrangeira ..... (290.436) (1.491) (291.927) 507.370 4.513 511.883

1.676.908 525.013 2.201.921 1.619.054 286.014 1.905.068Despesas: Operações de repasses Moeda nacional ......... (81.867) (3.256) (85.123) (171.830) (34.264) (206.094)

25.2) Transações com o Tesouro Nacional - acionista único do BNDES

As operações envolvendo o Tesouro Nacional estão resumidas a seguir e as condições conforme referência às notas explicativas em cada grupo de contas:

R$ milBNDES

Em 30 de junho2011 2010

Ativo Títulos públicos federais (Nota 7) ....................................... 58.181.639 85.276.304 Outros créditos com o Tesouro Nacional (Nota 31) ............ 2.495.078 917.964

Passivo Operações de repasses .......................................................... 269.854.602 (210.366.333) Instrumento híbrido de capital e dívida ............................... 13.429.868 (12.917.956) Outras obrigações com STN ................................................ 7.064 (4.419)

Resultado: Resultado com títulos públicos federais .............................. 9.416.272 3.615.719 Receitas com outros créditos - equalização ......................... 248.803 111.288 Despesas com operações de repasses e instrumento híbrido de capital e dívida .............................................................. 2.708.969 (6.874.405) Despesas com outras obrigações - equalização ................... (138) (2.053)

R$ milConsolidado

Em 30 de junho2011 2010

Ativo Títulos públicos federais (Nota 7) ........................................ 58.181.639 85.276.304 Outros créditos com o Tesouro Nacional (Nota 31) ............ 5.462.825 1.586.507

Passivo Operações de repasses .......................................................... 272.582.026 215.138.448 Instrumento híbrido de capital e dívida ............................... 13.429.868 12.917.956 Outras obrigações com STN ................................................ 122.975 102.879

Resultado: Resultado com títulos públicos federais .............................. 5.211.018 4.094.455 Receitas com outros créditos - equalização ......................... 1.149.413 377.523 Despesas com operações de repasses e instrumento híbrido de capital e dívida .............................................................. (6.154.818) (7.205.919) Despesas com outras obrigações - equalização ................... (6.716) (40.636)

25.3) Transações com outras Entidades Governamentais

Além das operações com o seu acionista único, o BNDES mantém transações com outras entidades go-vernamentais, portanto sob controle comum, no curso de suas operações, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Petrobras, Eletrobrás, Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, Fundo de Participação PIS/PASEP, Fundo da Marinha Mercante - FMM e o Fundo de Garantia para Pro-moção da Competitividade - FGPC.

Os saldos das transações significativas com estas entidades estão resumidos a seguir:

R$ milEm 30 de junho

BNDES Consolidado2011 2010 2011 2010

AtivosFundos, debêntures, operações de crédito e repasses, dividendos e JSCP e outros créditos a receber ....................................... 72.212.729 16.879.036 95.594.656 28.779.116Provisão para risco de crédito ...................... (33.818) (89.768) (35.000) (90.404)

PassivosDepósitos e Repasses ................................... 189.706.303 51.910.236 189.706.303 51.910.236

25.4) Transações com a Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES - FAPES

As transações com o Plano de aposentadoria e pensões e com o Fundo de Assistência Médica e Social, administrado pela FAPES, resumidas a seguir, encontram-se detalhadas na nota 28:

R$ milBNDES

Em 30 de junho2011 2010

Passivo Contas a pagar - FAPES - Previdência................................. 532.574 561.730 Passivo atuarial - FAMS - Assistência ................................. 664.930 537.889

R$ milConsolidado

Em 30 de junho2011 2010

Passivo Contas a pagar - FAPES - Previdência................................. 691.630 720.527 Passivo atuarial - FAMS - Assistência ................................. 838.757 717.764

R$ milBNDES

Em 30 de junho2011 2010

Despesas Plano de Previdência ............................................................ (18.640) (17.912) Plano de Assistência ............................................................. (49.827) (31.877)

R$ milConsolidado

Em 30 de junho2011 2010

Despesas Plano de Previdência ............................................................ (24.252) (27.908) Plano de Assistência ............................................................. (60.939) (37.366)

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(continuação)

25.5) Transações com coligadas

O BNDES por meio de sua subsidiária BNDESPAR possui investimentos em empresas coligadas, conforme detalhado na nota 15.2.3. Além dos aportes de capital nas investidas e o recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio, o BNDES e suas subsidiárias têm outras operações de concessão de crédito com essas empresas, no montante de R$ 2.006,0 milhões e provisão para risco de crédito de R$ 21,2 milhões, em 30 de junho de 2011 (R$ 4.858,7 milhões e provisão para risco de crédito de R$ 40,1 milhões, em 30 de junho de 2010). Essas operações com essas investidas têm as mesmas condições daquelas operações realizadas com outras entidades, não produzindo efeitos diferentes, em relação às demais, nos resultados e na posição financeira da Sociedade.

25.6) Remuneração de empregados e dirigentes

O BNDES e suas subsidiárias não concedem empréstimos ao pessoal-chave da gestão - diretores, membros dos Conselhos de Administração, do Comitê de Auditoria e Conselhos Fiscais. Essa prática é proibida a todas as instituições financeiras sob regulamentação do Banco Central do Brasil.

O Sistema BNDES também não possui remuneração baseada em ações e outros benefícios de longo prazo e não oferece benefícios para seu pessoal-chave da Administração. Os benefícios pós-emprego estão restritos aos funcionários do quadro das empresas do sistema BNDES.

Os custos com remunerações e outros benefícios atribuídos ao pessoal-chave da gestão do Sistema BNDES são apresentados como segue:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Benefícios de curto prazo: Salários (*) e encargos 3.559,98 3.980,53 3.277,84 3.760,57

(*) remuneração

Estão destacadas abaixo as remunerações pagas a administradores e empregados:

R$ mil30/06/2011 30/06/2010

BNDES Consolidado BNDES ConsolidadoAdmi-

nistraçãoEm-

pregadosAdmi-

nistraçãoEm-

pregadosAdmi-

nistraçãoEm-

pregadosAdmi-

nistraçãoEm-

pregadosMaior Salário (*) ... 49,45 41,21 49,45 41,21 46,00 45,08 46,00 45,08Menor Salário (*) .. 5,51 1,64 4,95 1,64 5,12 1,53 4,60 1,53Salário (*) Médio .. 25,60 13,57 15,90 14,11 21,48 12,87 13,98 13,43

(*) remuneração contratual

26. RESULTADO DE PROVISÃO PARA RISCO DE CRÉDITO

Composição da receita com provisão para risco de crédito:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Reversão (constituição) líquida sobre: Operações de crédito ............................. 471.297 488.812 9.529 (257.676) Operações de repasses interfinanceiros . 155.095 73.473 (31.993) (90.078) Debêntures ............................................ (744) (18.526) 78.805 261.180 Venda a prazo de títulos e valores mobiliários .......................................... – (176.234) 131 19.426 Direitos recebíveis ................................ 227 16.964 823 3.782Recuperação de créditos baixados do ativo .................................................. 124.315 468.985 2.143.433 2.164.843Receita (despesa) líquida apropriada ...... 750.190 853.474 2.200.728 2.101.477

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

27.1) Derivativos cambiais e de taxa de juros

Os derivativos cambiais e de taxas de juros são utilizados para adequar a composição de ativos e passivos financeiros do BNDES. Em particular, os ajustes no passivo externo têm por objetivo tornar o produto de crédito “cesta de moedas”, que é representativo da composição da exposição cambial externa do Banco, mais atrativo aos tomadores de recursos. Simultaneamente, tais derivativos contribuem para o gerencia-mento dos ativos e passivos em moedas fortes, visando reduzir eventual descasamento entre estas moedas.

Por orientação de sua política financeira, o BNDES busca transferir a seus tomadores de recursos os riscos de natureza cambial e de taxa de juros, inclusive aqueles decorrentes de operações de derivativos, com o Banco assumindo, em última instância, o risco de crédito eventualmente derivado do efeito das volatilidades cambial e de taxa de juros sobre os seus clientes.

Por meio das operações de derivativos cambiais e de taxa de juros, busca-se aumentar o peso do dólar na cesta de moedas e minimizar o impacto desfavorável que a volatilidade das outras moedas fortes possa causar aos tomadores de recursos na unidade monetária vinculada à “cesta de moedas” do BNDES, bem como reduzir o risco associado a um eventual descasamento de moedas no balanço do BNDES.

Nas operações de balcão de taxas de juros e câmbio, o BNDES recebe integralmente o montante a ser pago no ativo-objeto protegido. Assim, o grau de proteção é próximo a 100%.

Em virtude do perfil das operações passivas do BNDES, as operações de proteção financeira têm sido realizadas no mercado de balcão, e registradas na CETIP. A fim de mitigar o risco de crédito envolvido em tais operações, a aceitabilidade das contrapartes é determinada com base na análise de crédito realizada pelo BNDES, podendo haver, inclusive, a exigência de garantias formais para a sua aceitação.

Os quadros seguintes descrevem as operações ativas de proteção cambial em 30 de junho de 2011. Todas as operações abaixo foram contabilizadas de acordo com a Circular BACEN nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e foram contratadas no mercado local com registro na CETIP.

27.1.1) Resumo das operações de swaps contratadas em mercado de balcão em andamento:

Valor Nocional Moedas de referência Vencimento Contrapartes

EURO 750 milhões 1 Euro - US$ set/2017Deutsche Bank, HSBC, Santander e Bank of America Merrill Lynch de Investimentos

USD 300 milhões US$ - R$entre jul/2011 e

set/2011Citibank, Votorantim e HSBC

R$ 495,6 milhões R$ - US$entre dez/2014 e

jul/2019Merril Lynch, Santander e Deutsche Bank

USD 708,6 milhõesUS$ (taxa de juros

fixa - flutuante)entre mar/2015 e

ago/2021Citibank, Bank of América Merrill Lynch de Investimentos e HSBC

1 Operações contratadas com mecanismo de mitigação de risco de crédito bilateral mediante a cessão fiduciária de títulos públicos e Depósitos Interfinanceiros a título de margem. Nos termos dos contratos firmados entre as partes, há aporte bilateral de margens iniciais na contratação da operação e, até a liqui-dação, haverá verificações periódicas para eventual reforço de garantias.

Em 30 de junho de 2011, os valores dos títulos públicos dados e recebidos em garantia a essas operações eram de R$ 169,2 milhões e R$ 175,6 milhões, respectivamente. Os montantes foram apurados com base nos preços unitários da Resolução nº 550 divulgados pelo Banco Central do Brasil na data base.

27.1.2) Carteira Administrada

Adicionalmente, de forma a gerenciar descasamentos cambiais e de taxas de juros de curto prazo, o BNDES realiza, através da Carteira Administrada, operações envolvendo derivativos na BM&F. As aplicações e resgates são orientados pelo BNDES, com execução pela BB DTVM, e os valores resultantes dos resgates de aplicações em títulos são depositados na conta do BNDES no Banco do Brasil, para serem reaplicados.

27.2) Opções e derivativos embutidos

Em razão da execução do objetivo social da BNDESPAR, são estruturadas operações de investimentos em participações societárias que resultam na geração de derivativos embutidos nos contratos de debêntures. Esses derivativos não têm finalidade de proteção patrimonial (hedge) e nem são instrumentos financeiros derivativos especulativos. Estes derivativos são opções de conversão ou permuta dessas debêntures em ações. Portanto esses derivativos não oferecem nenhum risco de perda a BNDESPAR. A mensuração e o registro desses derivativos são feitos pelo valor justo.

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(continuação)

27.3) Composição dos instrumentos financeiros derivativos

R$ mil

BNDES

30/06/2011

Conta de compensação Conta patrimonial

Valor Referencial Valor Referencial Valor a receber Valor de

Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) mercado

Contratos swap

Cambiais:

Euro x USD ............................................................. Setembro/2017 CETIP 1.727.473 1.688.275 39.198 39.198

USD x R$ ................................................................ Julho/2011 a Setembro/2011 CETIP 470.910 485.357 (14.447) (14.447)

R$ x USD ................................................................ Dezembro/2014 a Julho/2019 CETIP 504.227 482.203 22.024 22.024

Taxas de juros em US$:

Fixa x Flutuante ........................................................ Março/2015 a Agosto/2021 CETIP 1.112.744 1.226.151 (113.407) (113.407)

3.815.354 3.881.986 (66.632) (66.632)

Contratos futuro

Valores nocionais

R$ (posição vendida) ................................................ Janeiro/2014 BM&F 525.281 496 496

USD (posição comprada) .......................................... Maio/2011 a Julho/2011 BM&F 7.241.943 (61.773) (61.773)

(61.277) (61.277)

Total .......................................................................... (127.909) (127.909)

R$ mil

BNDES

30/06/2010

Conta de compensação Conta patrimonial

Valor Referencial Valor Referencial Valor a receber Valor de

Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) mercado

Contratos swap

Cambiais:

USD x R$ ................................................................ Julho/2010 CETIP 991.272 981.935 9.337 9.337

USD x R$ ................................................................ Julho/2010 a Agosto/2010 CETIP 360.914 367.598 (6.684) (6.684)

Taxas de juros em US$:

Fixa x Flutuante ...................................................... Março/2015 a Agosto/2021 CETIP 1.347.479 1.494.342 (146.863) (146.863)

2.699.665 2.843.875 (144.210) (144.210)

Contratos futuro (posição vendida)

Valores nocionais

R$ .............................................................................. Janeiro/2012 BM&F 7.568.483 7.829 7.829

USD........................................................................... Agosto/2010 BM&F 5.296.410 (33.607) (33.607)

(25.778) (25.778)

Total .......................................................................... (169.988) (169.988)

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(continuação)

R$ milConsolidado30/06/2011

Conta de compensação Conta patrimonialValor Referencial Valor Referencial Valor a receber Valor de

Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) mercado

Contratos swapCambiais: Euro x R$ ................................................................ Setembro/2017 CETIP 1.727.473 1.688.275 39.198 39.198 USD x R$ ................................................................ Julho/2011 a Setembro/2011 CETIP 470.910 485.357 (14.447) (14.447) R$ x USD ................................................................ Dezembro/2014 a Abril/2017 CETIP 504.227 482.203 22.024 22.024

Taxas de juros em US$: Fixa x Flutuante ...................................................... Março/2015 a Agosto/2021 CETIP 1.112.744 1.226.151 (113.407) (113.407)

3.815.354 3.881.986 (66.632) (66.632)

Contratos futuroValores nocionais

R$ (posição vendida) ................................................ Janeiro/2014 BM&F 525.281 496 496USD (posição comprada) .......................................... Maio/2011 a Julho/2011 BM&F 7.241.943 (61.773) (61.773)

(61.277) (61.277)(127.909) (127.909)

OpçõesTipo Metodologia de precificação

Compra (passivo) ...................................................... Americana Black-Scholes/ Merton (342.965) (342.965)Venda (ativo) ............................................................. Européia Black-Scholes/ Merton 326.406 326.406Venda (ativo) ............................................................. Européia Black-Scholes/ Merton 54.093 54.093

Derivativos embutidos ............................................ 364.827 364.827

Total .......................................................................... 274.452 274.452

R$ milConsolidado30/06/2010

Conta de compensação Conta patrimonialValor Referencial Valor Referencial Valor a receber Valor de

Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) mercado

Contratos swapCambiais: USD x R$ ................................................................ Julho/2010 CETIP 991.272 981.935 9.337 9.337 USD x R$ ................................................................ Julho/2010 a Agosto/2010 CETIP 360.914 367.598 (6.684) (6.684)

Taxas de juros em US$:Fixa x Flutuante ........................................................ Março/2015 a Agosto/2021 CETIP 1.347.479 1.494.342 (146.863) (146.863)

2.699.665 2.843.875 (144.210) (144.210)

Contratos futuro (posição vendida)Valores nocionais

R$ .............................................................................. Janeiro/2012 BM&F 7.568.483 7.829 7.829USD........................................................................... Agosto/2010 BM&F 5.296.410 (33.607) (33.607)

(25.778) (25.778)

OpçõesTipo Metodologia de precificação

Compra (passivo) ...................................................... Americana Black-Scholes/ Merton (598.885) (598.885)Venda (ativo) ............................................................. Americana Black-Scholes/ Merton 269.675 269.675Venda (ativo) ............................................................. Americana Black-Scholes/ Merton 123.954 123.954

Derivativos embutidos ............................................ 771.826 771.826

Total .......................................................................... 396.582 396.582

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(continuação)

Resumo instrumentos financeiros derivativosR$ mil

BNDESValores a receber (a pagar)

Em 30 de junho

ConsolidadoValores a receber (a pagar)

Em 30 de junho2011 2010 2011 2010

Posição ativa ............................... 61.718 17.166 807.044 1.182.621Posição passiva ........................... (189.627) (187.154) (532.592) (726.096)Total ............................................ (127.909) (169.988) 274.452 396.582

Resultado com derivativos R$ milBNDES

Em 30 de junhoConsolidado

Em 30 de junho Receitas (despesas)2011 2010 2011 2010

Contratos de swaps ..................... 61.097 (132.540) 61.097 (132.540)Contratos de futuro ..................... (864.126) (142.102) (864.126) (142.102)Contratos de opções .................... – – 249.855 –Derivativos embutidos ................ – – 80.407 295.399Total ............................................ (803.029) (274.642) (472.767) 20.757

28. OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS DE APOSENTADORIA

As obrigações registradas nos balanços patrimoniais referentes aos planos de aposentadoria complementar e de assistência médica estão representadas a seguir:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Contas a pagar - FAPES .............. 532.574 691.630 561.730 720.527Passivo atuarial - FAMS ............. 664.930 838.757 537.889 695.649Total ............................................ 1.197.504 1.530.387 1.099.619 1.416.176

Curto prazoContas a pagar - FAPES .............. 23.570 31.410 20.713 27.606Passivo atuarial - FAMS ............. 12.235 18.369 14.391 21.607

35.805 49.779 35.104 49.213

Longo prazoContas a pagar - FAPES .............. 509.004 660.220 541.017 692.921Passivo atuarial - FAMS ............. 652.695 820.388 523.498 674.042

1.161.699 1.480.608 1.064.515 1.366.963

28.1) Plano de aposentadoria e pensões:

A FAPES (Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES) é uma entidade fechada de previdência privada. Seu principal objetivo é complementar os benefícios previdenciários, concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, para os funcionários de seus patrocinadores: BNDES, FINAME, BNDESPAR e a própria FAPES.

A FAPES tem plano de benefícios definidos e no dimensionamento de suas provisões foi admitido o regime financeiro de capitalização.

Os patrocinadores devem assegurar à FAPES, quando necessário, recursos destinados à cobertura de eventuais insuficiências técnicas reveladas pela reavaliação atuarial, conforme estabelecido no estatuto da Fundação, consoante legislação vigente.

O compromisso atuarial foi avaliado por atuário independente, pelo método de Crédito Unitário Projetado - PUC. Para a atualização dos valores para as datas específicas foram usados juros atuariais equivalentes a Notas do Tesouro Nacional - série B (NTN-B).

A seguir, os resultados da avaliação atuarial do plano de aposentadoria complementar:

R$ milEm 30 de junho

2011BNDES Consolidado

Valor presente da obrigação atuarial ................................................... 5.839.363 7.456.223Valor justo dos ativos do plano ............................................................ (5.432.889) (6.937.200)Valor presente das obrigações não cobertas pelos ativos / (excesso de cobertura) ........................................................................ 406.474 519.023Ganhos atuariais não reconhecidos ...................................................... (770.781) (885.109)Passivo (ativo) atuarial ......................................................................... (364.307) (366.086)Limite dos ativos .................................................................................. 364.307 366.086Passivo atuarial antes da Interpretação A (*) ....................................... – –Passivo adicional - Interpretação A (*) ................................................ 532.574 691.630Passivo líquido ..................................................................................... 532.574 691.630

(*) A Interpretação A (Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Fundamento Mínimo e sua Interação), que corresponde ao IFRIC 14 do IASB, é parte integrante do Pronunciamento CPC 33 (Deli-beração 600/2009).

Passivo adicional

O passivo adicional refere-se a contratos de confissão de dívida celebrados com os patrocinadores, com prazo fixo de amortização, através de pagamentos mensais, totalizando treze parcelas a cada ano, calculadas pelo Sistema Price e com incidência de juros anuais correspondentes à taxa atuarial de 6% mais a taxa de custeio administrativo e atualização monetária, que ocorre nas mesmas épocas e proporções em que é concedido o reajuste ou modificação geral dos salários dos empregados dos patrocinadores. Portanto, a dívida contratada é reconhecida como um passivo adicional na apuração do passivo líquido.

O saldo dessas dívidas está assim representado:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010 BNDES Consolidado BNDES ConsolidadoContratos de 2002 (a) .................. 422.862 540.424 401.088 512.598Contratos de 2004 (b) .................. 109.712 151.206 112.909 155.613Provisão para mudança no plano de cargos e salários – PECS ...... – – 47.733 52.316Total ............................................ 532.574 691.630 561.730 720.527

Curto prazo .................................. 23.570 31.410 20.713 27.606Longo prazo ................................ 509.004 660.220 541.017 692.921Total ............................................ 532.574 691.630 561.730 720.527

(a) Refere-se ao acordo entre as empresas do sistema BNDES e seus empregados, envolvendo o reconhe-cimento da alteração da jornada de trabalho, em face da Lei nº 10.556, de 13 de novembro de 2002, que resultou em um acréscimo de 16,67% nos salários de participação dos participantes, e impactou diretamente nas provisões matemáticas do plano de benefícios. Para cobertura parcial do acréscimo provocado naquelas provisões, no exercício de 2002, foram firmados contratos que prevêem a amor-tização da dívida em 390 parcelas. O pagamento teve início em janeiro de 2003.

(b) Refere-se à conversão dos valores das provisões matemáticas a constituir (em atendimento à reco-mendação do Banco Central do Brasil - BACEN), que vinham sendo amortizadas mensalmente desde novembro de 1998, através de contribuições extraordinárias, em dívida reconhecida pelos patrocinadores, a vencer em novembro de 2018. O pagamento da primeira parcela foi efetuado em dezembro de 2004.

As mudanças no valor presente da obrigação de benefício definido são as seguintes:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Valor presente no início do semestre ... 5.601.412 7.160.601 4.620.691 5.933.161Custo do serviço corrente ..................... 68.191 75.519 48.537 55.223Custo de juros ...................................... 282.779 361.560 248.053 318.582Perdas (ganhos) atuariais não reconhecidos ...................................... 33.995 43.821 86.636 111.892Benefícios pagos .................................. (147.014) (185.278) (128.931) (162.872)Valor presente no fim do semestre (2) ... 5.839.363 7.456.223 4.874.986 6.255.986

As mudanças no valor justo dos ativos do plano são as seguintes:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Valor justo no início do semestre ......... 5.124.899 6.551.449 4.737.228 6.082.799Retorno esperado dos ativos do plano . 254.748 325.946 253.625 325.641Ganhos (perdas) atuariais não reconhecidos ...................................... 128.572 158.293 (136.820) (178.047)Contribuições recebidas do empregador 53.972 67.093 43.819 54.646Contribuições recebidas dos participantes 17.712 19.697 15.162 17.165Benefícios pagos .................................. (147.014) (185.278) (128.931) (162.872)Valor justo no fim do semestre ............. 5.432.889 6.937.200 4.784.083 6.139.332

O BNDES espera contribuir com o plano de pensão de aposentadoria complementar, para o próximo ano, em aproximadamente R$ 115,0 milhões (R$ 141,9 milhões para o consolidado).

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(continuação)

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são assim demonstrados:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010Despesa líquida no semestre BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Custo do serviço corrente ........................ 68.191 75.519 48.536 55.223Custo dos juros ........................................ 282.779 361.560 248.053 318.582Retorno esperado dos ativos do plano .... (254.748) (325.946) (253.625) (325.640)Perda atuarial líquida não reconhecida ... 7.826 7.826 – –Total ........................................................ 104.048 118.959 42.964 48.165

O rendimento esperado do ativo do plano foi determinado com base nas mesmas expectativas de atualiza-ção do passivo, utilizando juros atuariais equivalentes a Notas do Tesouro Nacional, série B (NTN-B). As principais categorias de ativos do plano, como porcentagem do total de ativos do plano, são as seguintes:

Em (%) Em 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Fundos multimercados ................ 78,1 78,1 80,4 80,4Ações ........................................... 5,5 5,5 5,1 5,1Investimentos imobiliários .......... 8,3 8,3 6,1 6,1Empréstimos e financiamentos ... 4,1 4,1 4,4 4,4Outros .......................................... 4,0 4,0 4,0 4,0Total ............................................ 100 100 100 100

A resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC - nº 28/2009, que dispõe sobre os procedimentos contábeis das entidades fechadas de previdência complementar, aprovou anexos que tratam da planificação contábil padrão, modelos e instruções de preenchimento das demonstrações contábeis. Tais modificações afetaram a forma de apresentação dos ativos do plano, e por essa razão, as principais categorias de ativos do plano foram apresentadas dessa forma. A resolução CGPC nº 28/2009 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010.

O retorno real sobre os ativos do plano acumulado em 30 de junho de 2011 foi de R$ 126,2 milhões e R$ 167,7 milhões no BNDES e Consolidado, respectivamente (R$ 116,8 milhões e R$ 147,6 milhões em 30 de junho de 2010, no BNDES e Consolidado, respectivamente).

A tabela a seguir mostra os benefícios estimados a pagar em 30 de junho de 2011 para os próximos três anos:

R$ milBNDES Consolidado

30/06/2012 ............................................................................. 378.187 476.21430/06/2013 ............................................................................. 395.205 497.64430/06/2014 ............................................................................. 412.989 520.038

28.2) Plano de assistência médica

O BNDES e suas subsidiárias patrocinam o FAMS (Fundo de Assistência Médica e Social), criado com a finalidade precípua de oferecer aos seus participantes e dependentes benefícios complementares ou similares aos do INSS. Tais benefícios, que incluem assistência médico-hospitalar e odontológica nos sistemas de escolha dirigida ou livre escolha, são assegurados aos empregados desde 1976 e amparados pela Resolução nº 933/98 da Diretoria do BNDES, extensiva às suas subsidiárias.

Os participantes beneficiários do FAMS são empregados ativos e aposentados do BNDES e de suas sub-sidiárias, e seus respectivos dependentes; tendo ainda, o dependente, após o falecimento do participante, direito ao benefício por um período de até 24 meses.

O FAMS recebe dotação de recursos do BNDES e de suas controladas para a consecução dos seus objetivos. Estes recursos são administrados pela FAPES - Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES, que também é responsável pela elaboração do orçamento anual e detalhamento dos custos operacionais necessários ao FAMS.

O FAMS não está coberto por ativos garantidores. A antecipação do pagamento dos benefícios é efetuada pelo BNDES com base nos orçamentos apresentados pela FAPES que presta contas dos custos incorridos mensalmente, através de Demonstrativo de Prestação de Contas.

Em 30 de junho, com base na atualização da avaliação atuarial efetuada por atuário independente em 30 de setembro de 2010, foi contabilizado o valor da obrigação atuarial com participantes assistidos, bem como dos participantes ativos pelo prazo médio de tempo laborativo futuro.

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Valor presente das obrigações não fundeadas 900.293 1.141.312 738.553 932.066Perdas atuariais não reconhecidas ................ (235.363) (302.555) (200.664) (236.417)Passivo atuarial líquido ................................ 664.930 838.757 537.889 695.649

A movimentação na obrigação de benefício definido durante o exercício é demonstrada a seguir:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010 BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Saldo no início do semestre ......................... 824.164 1.040.531 682.586 858.729Custo do serviço corrente ............................. 19.400 20.777 12.760 13.898Custo de juros .............................................. 41.788 52.739 36.823 46.297Perdas (ganhos) atuariais não reconhecidos 29.414 46.292 18.725 29.753Benefícios pagos .......................................... (14.473) (19.027) (12.341) (16.611)Saldo no final do semestre ........................... 900.293 1.141.312 738.553 932.066

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010Despesa líquida no semestre: BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Custo do serviço corrente ............................. 19.400 20.777 12.759 13.898Custo dos juros ............................................. 41.788 52.739 36.823 46.296Ganhos (Perdas) atuariais líquidas não reconhecidas ............................................... 3.112 6.450 1.890 3.137Total ............................................................. 64.300 79.966 51.472 63.331

O BNDES espera contribuir com o plano de assistência médica, para os próximos doze meses, em aproxi-madamente R$ 30,8 milhões e R$ 40,2 milhões, BNDES e Consolidado, respectivamente.

A mudança de um ponto percentual nas taxas de custo de assistência médica teria os seguintes efeitos:

R$ milAumento de um Redução de umponto percentual ponto percentual

Efeito sobre o agregado do custo do serviço corrente e do custo de juros ....................................................... 15.193 (11.297)Efeito sobre a obrigação de benefício definido ............. 170.251 (133.384)

28.3) Hipóteses atuariais e econômicas

Todos os cálculos atuariais envolvem projeções futuras acerca de alguns parâmetros, tais como: salários, juros, inflação, comportamento dos benefícios do INSS, mortalidade, invalidez, entre outros. Nenhum resultado atuarial pode ser analisado sem o conhecimento prévio do cenário de hipóteses utilizado na avaliação. Nas avaliações foram adotadas as seguintes hipóteses econômicas:

30/06/2011 30/06/2010

Benefícios consideradosTodos os benefícios

regulamentaresTodos os benefícios

regulamentaresMétodo de avaliação atuarial Crédito Unitário Projetado Crédito Unitário ProjetadoTábua de mortalidade de válidos AT 2000 AT 2000Tábua de mortalidade de inválidos AT 49 agravada em 100% AT 49 agravada em 100%Invalidez Álvaro Vindas Álvaro VindasÍndice de aumento real esperado para os salários dos ativos

Grupo técnico (2,9546%a.a.) e Grupo de apoio (2,4426%a.a.)

Grupo técnico (2,9546%a.a.) e Grupo de apoio (2,4426%a.a.)

Taxa de desconto nominal 10,561% a.a. 11,0935% a.a.Taxa de inflação 4,5% a.a. 4,5% a.a.Retorno esperado sobre os ativos do plano de aposentadoria complementar 10,561% a.a. 11,0935% a.a.Taxa real de tendência dos custos médicos 5% a.a. 5% a.a.

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(continuação)

29. OUTROS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS AOS EMPREGADOS

O BNDES e suas controladas concedem aos seus empregados ativos os seguintes benefícios:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010BNDES Consolidado BNDES Consolidado

Vale-transporte ............................ 60 94 114 132Vale-refeição ............................... 10.657 16.652 9.598 10.480Assistência Educacional .............. 2.761 4.314 3.256 3.548Total ............................................ 13.478 21.060 12.968 14.160

30. PROGRAMA DE DESLIGAMENTO PLANEJADO DE FUNCIONÁRIOS

Após a decisão do STF, que determinou que a aposentadoria espontânea do empregado não extingue automaticamente o contrato de trabalho, verificou-se que um grande contingente de empregados perma-neceu no Banco mesmo em percepção do benefício de aposentadoria, comprometendo, assim, a esperada renovação do quadro funcional.

Objetivando esta renovação do quadro de pessoal, sem prejuízo da transmissão de suas experiências para os demais, foi aprovado no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho, o Programa de Desligamento Plane-jado que incentiva a saída dos empregados que atendem as condições para a aposentadoria por tempo de serviço, integral ou antecipada.

Segundo estimativa da FAPES, até dezembro de 2012, 230 empregados estarão aptos a aderir ao Programa, o que corresponde, aproximadamente, a 7,8% do efetivo de pessoal próprio do Sistema BNDES, atual.

O desembolso estimado restante, em 30 de junho de 2011, como consequência da implementação do programa é de R$ 90,9 milhões, sendo R$ 62,4 milhões no BNDES, R$ 17,7 milhões na BNDESPAR e R$ 10,9 milhões na FINAME. Para os próximos 12 meses estima-se um desembolso de R$ 60,2 milhões, sendo R$ 41,7 milhões no BNDES, R$ 10,6 milhões na BNDESPAR e R$ 7,8 milhões na FINAME.

31. OPERAÇÕES VINCULADAS AO TESOURO NACIONAL

31.1. Operações Ativas

São valores a receber do Tesouro Nacional a título de equalização da remuneração de programas incen-tivados pelo Governo Federal (Pronaf, Revitaliza e Agrícolas) com taxa fixa menor que a TJLP, para TJLP + 1%. Em 30 de junho de 2011, apresentava saldos de R$ 2.495,1 milhões (R$ 918,0 milhões em 30 de junho de 2010) e R$ 5.462,8 milhões (R$ 1.586,5 milhões em 30 de junho de 2010), no BNDES e Consolidado, respectivamente.

31.2. Operações Passivas

São valores a pagar ao Tesouro Nacional a título de equalização da remuneração de programas incentivados pelo Governo Federal (Modermaq e Moderfrota) com taxa fixa superior à TJLP, para TJLP. Isto é, progra-mas cuja taxa fixa seja superior a TJLP, deverá ter o excesso à TJLP devolvido ao Tesouro Nacional. Em 30 de junho de 2011, apresentava saldos de R$ 7,1 milhões (R$ 4,4 milhões em 30 de junho de 2010) e R$ 123,0 milhões (R$ 102,9 milhões em 30 de junho de 2010), no BNDES e Consolidado, respectivamente.

32. INSTRUMENTO HÍBRIDO DE CAPITAL E DÍVIDA

Em 2009, foi celebrado, sob amparo da Lei nº 11.948/2009, contrato de financiamento entre o BNDES e a União. No mesmo ano, através do Ofício nº 2408/PGFN/CAF, a União e o BNDES resolveram des-membrar da dívida o valor de R$ 6.000,0 milhões visando seu enquadramento como instrumento híbrido de capital e dívida.

Em novembro de 2009, o Banco central considerou a captação elegível como Capital de Nível I, até o limite regulamentar, e o restante no Capital nível II, na categoria de instrumento híbrido de capital e dívida. O montante dos instrumentos híbridos de capital e dívida, em 30 de junho de 2011, tem a seguinte composição:

R$ milBNDES e Consolidado

Em 30 de junhoMoeda2011 2010

IPCA .............................................................................. 7.098.138 6.660.313SELIC ........................................................................... 6.331.730 6.257.643Total .............................................................................. 13.429.868 12.917.956

Para fins de Patrimônio de Referência, os valores efetivos são de R$ 6.637,2 milhões referentes ao Capital de Nível I e R$ 6.187,2 milhões referentes ao Capital de Nível II, totalizando em R$ 12.824,4 milhões. A diferença, entre os valores que são considerados para fins de Patrimônio de Referência e os valores dos evidenciados no passivo (valores do quadro acima), é referente à atualização da dívida. O montante de tal atualização é de R$ 605,4 milhões em 30 de junho de 2011 (R$ 514,5 milhões em 30 de junho de 2010).

33. LIMITES OPERACIONAIS (ACORDO DA BASILÉIA)

De acordo com a Resolução nº 2.283, de 5 de junho de 1996, do Banco Central do Brasil, os limites míni-mos de capital do Banco e do Consolidado são calculados com base nos ativos dos mesmos, ponderados por fatores de risco. A seguir são apresentados os principais indicadores, em 30 de junho de 2011, obtidos conforme regulamentação em vigor:

R$ mil, exceto percentuaisBNDES Consolidado

Patrimônio de Referência - PR - (1) ............................. 101.087.764 101.044.068Nível I ......................................................................... 50.907.021 50.885.173Nível II ........................................................................ 50.907.021 50.885.173Deduções do PR (2) ...................................................... (726.278) (726.278)Patrimônio de Referência Exigido - PRE - (3) ............ 46.742.767 49.848.532Índice de Basiléia ........................................................ 23,79% 22,30%Limite de Imobilização .............................................. 50.543.882 50.522.034Imobilização (4) ............................................................ 295.574 295.756Margem (excesso) de Imobilização ............................ 50.248.308 50.226.277Índice de Imobilização ............................................... 0,29% 0,29%

(1) A Resolução nº 3.444/07, do BACEN, define o Patrimônio de Referência -PR, para fins de apuração dos limites operacionais, como o somatório de níveis, cada qual composto por itens integrantes do Patrimônio Líquido, além de dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida.

(2) Ações emitidas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

(3) Mínimo valor exigido para o PR – 11%.(4) A Resolução nº 3.105/03, do BACEN, que dispõe sobre a concessão de prazo ao BNDES para enqua-

dramento no limite de aplicação de recursos no ativo permanente, alterada pela Resolução nº 3.761/09, permite a exclusão de ações adquiridas de forma direta ou indireta em decorrência de: medidas ou programas instituídos por Lei federal, execução de garantias de operações de crédito posteriores à entrada em vigor dessa resolução e os investimentos compatíveis com o objeto social da instituição.

34. OUTRAS INFORMAÇÕES

34.1. Responsabilidade subsidiária da União

Em conformidade com o Parecer nº 1.124/96 do Ministério do Planejamento e Orçamento, o BNDES, por sua condição de empresa integralmente controlada pelo Governo Federal, não está sujeito à decretação de falência, cabendo à União a responsabilidade subsidiária pelas obrigações contraídas pelo BNDES.

34.2. Contra garantias prestadas

O BNDES concedeu em contra garantia ao Tesouro Nacional por conta de aval e empréstimos captados no exterior, no montante equivalente a US$ 600 milhões, com caução de 7.744.038 ações preferenciais nominativas de emissão da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS (posteriormente desdobradas em 61.952.304 ações preferenciais), e 28.083.251.230 ações ordinárias nominativas de emissão da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS (posteriormente grupadas em 56.166.502 ações ordinárias) de propriedade de sua controlada integral BNDES Participações S.A. - BNDESPAR. Do montante dessas ações, 61.952.304 ações preferenciais de emissão da Petrobras e 1.510.070 ações ordinárias de emissão da Eletrobrás continuam bloqueadas nas entidades de custódia.

34.3. Gestão de programas

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia, criado pela Resolução BNDES nº 1.640, de 3 de setembro de 2008, tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico, nos termos do Decreto nº 6.527, de 1º de agosto de 2008.

Em 30 de junho, os saldos dos recursos oriundos de doações ao Fundo Amazônia, administrados pelo BNDES, eram de:

R$ milEm 30 de junho

2011 2010Doações recebidas (*) ............................................................ 85.443 36.448Aplicação em operações não reembolsáveis .......................... 12.255 –Ressarcimento de despesas administrativas ........................... 1.390 11

(*) inclui os rendimentos auferidos pela aplicação dos saldos disponíveis

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(continuação)

Fundo de Garantia à Exportação - FGE

Através da Lei nº 9.818/99, foi criado o Fundo de Garantia à Exportação - FGE, de natureza contábil, vinculado ao Ministério da Fazenda e administrado pelo BNDES, destinado a dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de seguro de crédito à exportação. Em 30 de junho de 2011, os valores das garantias prestadas totalizavam R$ 13.195,1 milhões.

Fundo de Garantia para a Promoção de Competitividade - FGPC

O Fundo de Garantia para a Promoção de Competitividade - FGPC, instituído pela Lei nº 9.531/97, regulamentado pelo Decreto nº 3.113/99, é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e gerido pelo BNDES. Tem por finalidade prover recursos para garantir o risco das operações de financiamento realizadas pelo BNDES e pela FINAME, diretamente ou por intermédio de instituições repassadoras, a microempresas, empresas de pequeno porte e médias empresas exportadoras ou fabricantes de insumos que integrem o processo produtivo, ou de montagem e de embalagem de mercadorias destinadas à exportação. Em 30 de junho de 2011, os valores das garantias prestadas totalizavam R$ 429,7 milhões.

Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização - FRD

O Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização - FRD, criado em 17 de dezembro de 1997 através da Resolução – BNDES nº 918, é um fundo de natureza contábil destinado a prestar colaboração financeira, em projetos de desenvolvimento regional e social, a municípios situados nas áreas geográficas de influência da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD. O patrimônio inicial foi de R$ 85,9 milhões, oriundo de doação realizada nos termos da Resolução CND nº 02/97 (Conselho Nacional de Desestatização). Em 2011, foram realizadas liberações que totalizaram R$ 4.9 milhões.

Fundo de Terras e da Reforma Agrária – Fundo da Terra

O Fundo de Terras e da Reforma Agrária – Banco da Terra, instituído pela Lei Complementar nº 93/98, regulamentado pelo Decreto nº 3.475/2000, é um fundo de natureza contábil, cujo objetivo é financiar programas de reordenação fundiária e de assentamento rural, tendo o BNDES como gestor financeiro.

34.4) Gerenciamento de Riscos e Controles Internos

Em conformidade com os normativos internos e externos e de acordo com os objetivos estabelecidos pela Alta Administração, a Área de Gestão de Risco do BNDES é responsável por:

a) Definir e propor ao Conselho de Administração as diretrizes gerais de gestão de riscos e controles internos para o BNDES e suas subsidiárias;

b) Monitorar os níveis de exposição a riscos;

c) Analisar e monitorar os requerimentos de capital regulatório;

d) Analisar a evolução das provisões para devedores duvidosos e os seus impactos no resultado do BNDES e de suas subsidiárias;

e) Avaliar a qualidade dos controles internos existentes no Sistema BNDES, a definição de responsabili-dades, a segregação de funções, os riscos envolvidos e a conformidade dos processos aos normativos internos e externos, propondo medidas para o seu aprimoramento; e

f) Disseminar cultura de controles internos e de gestão de riscos no âmbito do Sistema BNDES.

O gerenciamento de risco no BNDES é um processo contínuo e evolutivo. Os trabalhos são desenvolvidos de modo a proporcionar unicidade às políticas, processos, critérios e metodologias de controle de riscos, que são apreciadas pelo Comitê de Gestão de Riscos, o qual é apoiado por sub-comitês específicos.

• Controles Internos

Controles Internos são procedimentos presentes em todos os níveis da Instituição que visam proporcionar adequada segurança quanto ao alcance dos objetivos, contribuir para a exatidão das informações financeiras e proteger os ativos, sempre em conformidade às normas externas e internas.

O BNDES busca promover o contínuo aprimoramento dos controles internos com base nos fundamentos estabelecidos pela Resolução CMN nº 2554/98 e pela Política Corporativa de Controles Internos. Neste contexto, são realizadas atividades de verificação de conformidade aos normativos internos e externos, bem como a avaliação dos riscos e controles internos dos processos de trabalho.

Os relatórios contendo as conclusões das avaliações realizadas são submetidos ao Subcomitê de Gestão de Risco Operacional e Controles Internos, ao Comitê de Gestão de Riscos e à Alta Administração. O cumprimento das recomendações apresentadas às unidades envolvidas é continuamente acompanhado.

A atividade permanente de disseminação da cultura de controles internos é baseada em um processo de comunicação, visando esclarecer o papel de cada profissional no Sistema de Controles Internos e reforçar a importância da ética e da transparência. Além da divulgação da Política Corporativa de Controles Internos e a disponibilização de informações relacionadas ao tema na intranet, são realizadas palestras para novos funcionários no processo corrente de renovação do quadro funcional.

Durante o primeiro semestre de 2011, podem ser destacados:

- Os trabalhos de verificação de conformidade e avaliação dos controles internos nos processos, conforme previsto no planejamento anual da Unidade de Controles Internos;

- O início do projeto de implementação de monitoramento contínuo para avaliação de controles internos; e

- A aprovação, pelo Conselho de Administração, do Relatório de Controles Internos referente ao 2º semestre de 2010, conforme previsto na Resolução CMN nº 2554/98.

• Risco Operacional

O Risco Operacional se refere à possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiências ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. O conceito inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. Diferentemente dos riscos de mercado e de crédito, sua gestão e mitigação envolve todas as Áreas da Instituição.

Cabe à unidade responsável pelo gerenciamento do risco operacional auxiliar as demais unidades na identi-ficação e avaliação desses riscos. Para tanto, são seguidos os preceitos constantes da Política Corporativa de Gestão de Risco Operacional do BNDES, bem como aqueles constantes da Política Corporativa de Gestão da Continuidade de Negócios do BNDES. Ambas estabelecem o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades relativos aos temas na instituição. A estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se divulgada em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/

No que se refere ao capital regulamentar, o BNDES utiliza atualmente a Abordagem do Indicador Básico como a metodologia de cálculo da parcela do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente ao risco operacional (POPR). Essa parcela vem sendo apurada periodicamente e informada ao BACEN como parte integrante do Demonstrativo de Limites Operacionais (DLO).

Visando disseminar a cultura de riscos operacionais na instituição, consta do programa de capacitação de novos funcionários, módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados. Também estão disponíveis informações sobre Riscos Operacionais para o público interno, na intranet.

No primeiro semestre de 2011, no que se refere à avaliação contínua e ações de mitigação do risco operacional, dedicou-se especial atenção ao aprimoramento da metodologia de avaliação de riscos e do banco de dados de perdas operacionais. Adicionalmente, destacam-se as ações para o desenvolvimento e implementação de um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios para o BNDES. O tema em questão ensejou a realização de um processo licitatório que está em andamento desde o terceiro trimestre de 2010, com expectativa de conclusão até julho de 2011. Paralelamente, foi elaborado um Plano de Gerenciamento de Incidente (PGI), em fase final de construção.

• Risco de Mercado

O risco de mercado é o risco de ocorrência de perdas financeiras resultantes da alteração nos valores de mercado de posições ativas e passivas detidas pela Instituição, dentre as quais se incluem os riscos das operações sujeitas à variação da cotação de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities).

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado e a política corporativa de gestão de riscos de mercado e liquidez do BNDES e de suas subsidiárias definem o conjunto de metodologias, procedimentos, limites, instrumentos e responsabilidades aplicáveis no controle permanente dos processos internos da instituição, a fim de garantir o adequado gerenciamento dos riscos.A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do BNDES está composta pela Diretoria, pelo Comitê de Gestão de Riscos, pelo Sub Comitê de Gestão de Risco de Mercado, pelo Conselho de Administração e pela Área de Gestão de Riscos. A estrutura completa para gerenciamento do risco de mercado do BNDES está disponível para acesso público em:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/.

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(continuação)

A gestão de risco de mercado monitora a parcela de requerimento de capital resultante da carteira de ne-gociação e de não negociação, de modo a garantir a adequação dos riscos inerentes a essas operações em níveis consistentes com o padrão de risco desejável a ser assumido pela instituição.

A carteira de negociação consiste em todas as operações com instrumentos financeiros, inclusive deriva-tivos, detidas com a intenção de negociação ativa e frequente ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à (i) revenda; (ii) obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos ou esperados; ou (iii) realização de arbitragem. A carteira não designada para negociação corresponde, basicamente, às operações de crédito realizadas pela instituição, suas captações, títulos públicos e títulos privados. Essa carteira inclui riscos de taxa de juros, índice de preços e câmbio.

Devido a sua natureza de Banco de Desenvolvimento, o BNDES possui uma carteira de negociação rela-tivamente pequena quando comparada ao total dos ativos detidos pela Instituição. Assim, como parte da gestão do risco de mercado, o BNDES utiliza a metodologia regulamentar de VaR Paramétrico, para risco de taxas de juros pré fixadas, e de Maturity Ladder, para aferir os riscos de cupom cambial, cupons de índice de preços e de cupons de taxa de juros, conforme estabelecem os normativos do Banco Central. Já para mensurar o risco de juros da carteira bancária (Rban), utiliza-se metodologia própria, observando-se o impacto das oscilações das taxas de juros (indexadores) na receita líquida de juros (Net Interest Income) para o período de 1 ano. Os testes de estresse utilizados na Rban são os regulamentares.

O BNDES segue uma estratégia de exposição reduzida em moedas estrangeiras, sendo os limites moni-torados diariamente. Através da contratação de swaps e futuros, o Banco mantém sua exposição cambial abaixo de 5% do Patrimônio de Referência, resultando em parcela de capital regulamentar para risco de câmbio (PCAM) igual a zero(1). As parcelas de risco de commodities (PCOM) e de risco de ações (PACS) também são iguais a zero, devido ao fato de o Banco não possuir exposições diretas em commodities e da totalidade de sua carteira de ações estar classificada como “Disponível para a Venda”, uma vez que o foco da atuação do BNDES é o fomento ao mercado de capitais.

Dentre as atividades desenvolvidas pelo Departamento de Gestão de Risco de Mercado e Liquidez do BNDES no 2º trimestre de 2011, destaca-se o início da operação em produção do software de gestão de risco de mercado, contratado junto à empresa MAPS Soluções e Serviços, conforme contrato OCS 08/2010, firmado pela Diretoria do BNDES em 26/02/2010.

• Risco de Crédito

O risco de crédito é o risco associado à possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes do não cumpri-mento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas nas renegociações e aos custos de recuperação. Desse modo, a gestão do risco de crédito no BNDES permeia todo o processo de concessão, monitoramento, cobrança e recuperação de créditos, englobando a atuação de diversas áreas.

(1) A PCAM atual não considera instrumento conversível em BDR. Foi realizada consulta formal ao Banco Central para averiguar a necessidade de sua inclusão na exposição cambial.

A política corporativa de gestão de risco de crédito, aprovada durante o exercício de 2010, formalizou o processo de gestão do risco de crédito do BNDES e de suas subsidiárias, estabelecendo responsabilidades, princípios, diretrizes, processos e procedimentos necessários à identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação dos riscos aos quais o BNDES está exposto. A formalização da política, bem como a estrutura de gerenciamento do risco de crédito no BNDES, cumpre as diretrizes estabelecidas pela Resolução CMN nº 3.721/09.

Com relação à apuração do capital regulamentar, as exposições ponderadas por fator de ponderação de risco (PEPR) são mensalmente calculadas e incorporadas ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) conforme os procedimentos determinados pela Circular nº 3.360/07 do Banco Central do Brasil. Cabe destacar que, além da carteira de créditos da instituição, estão inseridos na parcela PEPR outros ativos como títulos e valores mobiliários, swaps e operações compromissadas. A apuração do Patrimônio de Referênci a Exigido é parte integrante do Documento de Limites Operacionais (DLO) enviado mensalmente ao Banco Central do Brasil.

Por outro lado, o BNDES também realiza a apuração de outros limites regulamentares internos e externos . Os limites de exposição por cliente e ao setor público, estabelecidos respectivamente por meio das Resolu-ções CMN nº 2.844/01 e nº 2.827/01, e suas alterações posteriores são monitorados e inseridos em informes periódicos de distribuição interna. De modo semelhante, são monitorados os limites setoriais definidos pela Diretoria do BNDES e apurados diversos indicadores relacionados à carteira do BNDES como inadimplência e créditos baixados como prejuízo, qualidade da carteira e provisionamento, concentração por grupo econômico e por setor de atividade, entre outros. Os indicadores produzidos são analisados e inseridos no Informe de Gestão de Risco de Crédito, enviado mensalmente ao Comitê de Gestão de Riscos. Adicionalmente, o BNDES elabora estimativas para os diferentes componentes do risco da carteira de créditos, com vistas a avaliar potenciais perdas financeiras. A probabilidade de inadimplência por faixa de risco é estimada com base na freqüência histórica, e as taxas de recuperação são calculadas a partir dos fluxos de recebimentos identificados para os contratos inadimplentes. Matrizes de migração de estados são estimadas para horizontes diversos e o valor em risco para a carteira de créditos é atualmente estimado com a utilização do modelo CreditRisk+.

Dentre as atividades desenvolvidas pelo Departamento de Gestão de Risco de Crédito durante o 2º tri-mestre de 2011, podem ser destacadas: a) a continuidade na implementação do software de gestão do risco de crédito, cujo término é esperado para o 1º semestre de 2012. Os atuais desafios são a construção de um novo Datamart para o cálculo da maturidade dos contratos da carteira; e a conclusão do estudo da rentabilidade dos contratos.

35. EVENTOS SUBSEQUENTES

A BNDESPAR participou do aumento de capital da JBS, utilizando créditos provenientes de Debêntures no valor de R$ 3.477,6 milhões conforme aprovado na assembleia geral extraordinária da JBS de 14/07/2011.

O BNDES concluiu captação de 200 milhões de francos suíços por meio da emissão de bônus com venci-mento no final de 2016. A operação resultou em um cupom pago ao investidor de 2,75% ao ano.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

FERNANDO DAMATA PIMENTEL - Presidente

LUCIANO GALVÃO COUTINHO -Vice-Presidente

ALESSANDRO GOLOMBIEWSKI TEIXEIRA

CARLOS ROBERTO LUPI

EDUARDO EUGENIO GOUVÊA VIEIRA

ARTUR HENRIQUE DA SILVA SANTOS

ROBERTO ATILA AMARAL VIEIRA

ORLANDO PESSUTI

MIRIAM APARECIDA BELCHIOR

CONSELHO FISCAL

CARLOS EDUARDO ESTEVES LIMA

CLAYTON CAMPANHOLA

EDUARDO COUTINHO GUERRA

RAUL LYCURGO LEITE - Suplente

COMITÊ DE AUDITORIAJOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO

ATTILIO GUASPARIPAULO ROBERTO VALES DE SOUZA

DIRETORIALUCIANO GALVÃO COUTINHO - Presidente

JOÃO CARLOS FERRAZ - Vice-Presidente ELVIO LIMA GASPAR

JULIO CESAR MACIEL RAMUNDOLUIZ EDUARDO MELIN DE CARVALHO E SILVA

LUIZ FERNANDO LINCK DORNELESMAURÍCIO BORGES LEMOS ROBERTO ZURLI MACHADO

SUPERINTENDÊNCIA DA ÁREA FINANCEIRASELMO ARONOVICH

CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADEVÂNIA MARIA DA COSTA BORGERTH - CRC-RJ 064.817/4

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(continuação)

Ao Acionista e Administradores do

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Rio de Janeiro - RJ

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas do Banco Nacional de Desenvol-

vimento Econômico e Social - BNDES (“Banco”), que compreendem o balanço patrimonial em 30 de

junho de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos

fluxos de caixa para o semestre findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis

e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras

A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações

financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas

a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como

necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, inde-

pendentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos Auditores Independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base

em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas

normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e

executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres

de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito

dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados

dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demons-

trações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor

considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações

financeiras do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias,

mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco. Uma auditoria in-

clui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas

contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras

tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas acima apresentam adequadamente, em todos

os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, do Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES em 30 de junho de 2011, o desempenho, individual e

consolidado, de suas operações e os seus fluxos de caixa, individuais e consolidados, para o semestre findo

naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas

a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Outros assuntos

Demonstração do valor adicionado

Examinamos também a demonstração do valor adicionado (DVA) para o semestre findo em 30 de junho

de 2011, individual e consolidada, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para

companhias abertas. Essa demonstração não é obrigatória para o Banco, sendo uma informação suplementar,

a qual foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião,

está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações

financeiras tomadas em conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes ao semestre anterior

Os valores correspondentes ao semestre findo em 30 de junho de 2010, apresentados para fins de compa-

ração, foram anteriormente por nós auditados de acordo com as normas de auditoria vigentes por ocasião

da emissão do relatório em 28 de julho de 2010, que não conteve nenhuma modificação. As normas de

auditoria anteriormente vigentes permitiam divisão de responsabilidade, portanto, as demonstrações fi-

nanceiras de sociedades coligadas em que a controlada BNDES Participações S.A. - BNDESPAR possuía

investimentos em 30 de junho de 2010 no valor de R$7.930.649 mil, que representava 1,55% do total

dos ativos consolidados e 13,84% do patrimônio líquido e cujo ganho líquido apurado pelo método de

equivalência patrimonial totalizava R$39.722 mil para o semestre findo em 30 de junho de 2010, foram

examinadas por outros auditores independentes, cujos pareceres não continham ressalva. Nossa opinião no

que se referia aos valores desses investimentos e dos correspondentes resultados de equivalência patrimonial

foi baseada nos pareceres daqueles outros auditores.

Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2011.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Marcelo Cavalcanti AlmeidaAuditores Independentes Contador

CRC 2SP 011.609/O-8 “F” RJ CRC 1RJ 036.206/O-5

O Conselho Fiscal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 22 do Estatuto do BNDES, c/c Art. 163, VI e VII da Lei Nº 6.404/76, examinou o Relatório de Administração, bem como as Demonstrações Contábeis referentes ao 1º semestre de 2011 e, com base em seu exame e no Parecer dos Auditores Externos DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDITORES INDEPENDENTES, é de opinião que os referidos documentos societários representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do BNDES em 30/06/11, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e o valor adicionado às operações, correspondentes ao semestre encerrado naquela data, e estão de acordo com as práticas contábeis previstas na legislação societária e com a Circular 2.990, de 28/06/2000, expedida pelo Banco Central do Brasil.

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2011.

CARLOS EDUARDO ESTEVES LIMA • CLAYTON CAMPANHOLA • EDUARDO COUTINHO GUERRA

PARECER Nº 07 / 2011 – CONSELHO FISCAL

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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(continuação)

RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA

1- INTRODUÇÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social, por meio do Decreto nº 5.212, de 22 de setembro de 2004, teve o seu Estatuto Social alterado para o fim de instituir o Comitê de Auditoria. Posteriormente, por meio do Decreto nº 6.322, de 21 de dezembro de 2007, alterou novamente seu Estatuto Social para adaptar a composição do Comitê de Auditoria ao que estabelece a Resolução nº 3.416, de 24 de outubro de 2006, do Conselho Monetário Nacional.

Conforme faculta o caput do artigo 11, da Resolução n° 3.198, do Banco Central do Brasil, de 27 de maio de 2004, foi adotado o formato de comitê único para as empresas que compõem o Sistema BNDES.

O Comitê reporta-se diretamente ao Conselho de Administração, tem independência no exercício de suas atribuições e sua atuação é permanente. Atualmente é composto por três membros, sendo que o seu coor-denador atualmente é membro do Conselho de Administração da BNDESPAR, já tendo exercido diversos mandatos em Conselhos de Administração das empresas do Sistema BNDES.

O Comitê reúne-se ordinariamente, uma vez por trimestre, e, extraordinariamente, sempre que necessário.

Para as avaliações que requerem maior grau de aprofundamento, bem como análise de documentação e de procedimentos, um de seus membros realiza esse trabalho de campo e depois reporta aos demais membros do Comitê.

2- ATIVIDADES

Durante o primeiro semestre do exercício de 2011, ocorreram reuniões do Comitê de Auditoria, ou um de seus membros, com executivos e dirigentes do Sistema BNDES, seja para tratar de aspectos gerais relacionados a controles internos, seja para tratar de questões específicas.

Entre as matérias tratadas destacam-se:• evolução e desenvolvimento das atividades relacionadas à Gestão de Risco, para as quais foi criada

uma unidade específica, denominada de Área de Gestão de Risco, bem como há um Comitê de Gestão de Riscos constituído por membros da Diretoria do Sistema BNDES;

• desenvolvimento de projeto de reformulação operacional conjunta com a da plataforma de Tecnologia de Informação, que objetiva obter uma maior integração entre processos e tecnologia; aumentar a flexibilidade, com segurança; e favorecer a eficiência e agilidade operacional. Esse projeto, de Gestão Integrada de Recursos, denominado de AGIR, é conduzido por uma secretaria executiva, e conta com o suporte de uma consultoria externa;

• atividades no âmbito da unidade de Tecnologia de Informação e Processo;• atividades da Ouvidoria, que passou por um processo de reformulação e aprimoramento;• procedimentos relacionados à aplicação das normas internacionais de elaboração de demonstrações

financeiras, International Financial Reporting Standards (IFRS);• avaliação e acompanhamento das medidas tomadas no âmbito do Sistema BNDES para aprimorar o

controle das operações de crédito agrícola, conduzidas por agentes financeiros, quando das alterações de suas condições contratuais (renegociações) por conta de decisões emanadas pelo Conselho Monetário Nacional;

• política do Sistema no apoio ao fortalecimento e internacionalização do setor frigorífico;• acompanhamento da evolução do Planejamento Estratégico;• estrutura da rentabilidade das operações do Sistema, tanto no que diz respeito às operações de emprés-

timos e financiamentos como nas operações no mercado de capitais; e• acompanhamento da evolução de processos judiciais relevantes.

O Comitê de Auditoria reuniu-se também com os representantes da auditoria independente, Delloite Touche Tohmatsu Auditores Independentes (Deloitte), para analisar e discutir os relatórios e pareceres emitidos pela empresa de auditoria sobre as demonstrações financeiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, suas subsidiárias a BNDES Participações S/A – BNDESPAR e a Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME e dos fundos administrados pelo BNDES.

As reuniões ocorreram tanto quando da análise das demonstrações do exercício de 2010, como quando da análise das demonstrações do primeiro trimestre e do primeiro semestre de 2011.

O parecer emitido pela Deloitte, referente ao primeiro semestre do exercício de 2011, atestou que as demonstrações financeiras do BNDES, de suas subsidiárias e dos fundos por ele administrados foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. O parecer foi emitido sem ressalvas e sem parágrafos de ênfase.

As demonstrações da BNDESPAR e do consolidado do Sistema BNDES são apresentadas, desde o exer-cício de 2010, segundo os critérios do International Financial Reporting Standards - IFRS, em atenção ao que dispõem as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, e de conformidade com as normas e procedimentos contábeis aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

Com relação às demonstrações do BNDES, suas normas são estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, que ainda não homologou todos os pronunciamentos contábeis, que regulamentam as altera-ções introduzidas pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, para as instituições financeiras. Não obstante,

a Administração do BNDES optou por já incorporar todos os aspectos desses pronunciamentos que não sejam conflitantes com as normas bancárias, de forma a reduzir as diferenças de práticas contábeis.

A adoção do IFRS, no âmbito do Sistema BNDES, teve como reflexo mais significativo a mudança do critério de contabilização do investimento em participações societárias, que não se caracterizem como investimentos em coligadas. Esses investimentos passaram a ser classificados como instrumentos finan-ceiros disponíveis para venda, registrados em conta de Títulos e Valores Mobiliários e sua contabilização passou a ser pelo método do valor justo.

O impacto bruto dessa alteração, em dezembro de 2010 foi um acréscimo de R$ 43,3 bilhões, no Ativo Total, que correspondeu a 82% do valor anterior da carteira. O impacto líquido no Patrimônio Líquido, descontada a provisão para o Imposto de Renda a ser pago quando da monetização desses ativos, foi de R$ 29,4 bilhões.

A partir de então, de acordo com os critérios do IFRS, a valoração da carteira, com seu reflexo no Patrimônio Líquido, está sujeita à volatilidade do mercado, refletindo uma posição patrimonial, teórica, que existiria caso esses ativos tivessem sido integralmente monetizados na data do balanço e caso o mercado tivesse porte para absorver naquela data a totalidade de nossa carteira.

Uma avaliação patrimonial mais consistente teria que considerar a qualidade da carteira e uma estima-tiva de valor médio de realização segundo as políticas do Sistema BNDES. Assim, apresentadas essas condições de contorno, registram-se os seguintes valores da carteira de investimentos de que se trata: R$ 51,5 bilhões em dezembro de 2010, antes da aplicação do IFRS (segundo os antigos critérios contábeis); R$ 96,1 bilhões em dezembro de 2010, após a aplicação dos critérios do IFRS; e R$ 91,2 bilhões em junho de 2011, segundo os critérios do IFRS.

Vale destacar que o Sistema BNDES pratica uma política de monetização moderada e gradual desses ati-vos, de acordo com as condições de mercado. Essas monetizações contribuem tanto para a formação do resultado do Sistema como para a geração de caixa destinada a novos investimentos. No primeiro semestre de 2011, a alienação desses ativos gerou um resultado contábil de R$ 1.581 milhões. Em igual período de 2010 o resultado foi de R$ 716 milhões, e no primeiro semestre de 2009, quando ainda eram fortes os efeitos da crise de 2008, R$ 72 milhões.

A carteira de empréstimos e financiamentos continua apresentando uma posição saudável, com 98,8% de seus créditos classificados entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco, contra uma média de 92,2%, segundo a posição de junho de 2011, do Sistema Financeiro Nacional.

No primeiro semestre de 2011 destacam-se os seguintes aspectos:a) o ingresso de recursos oriundos do Tesouro Nacional, sob a forma de empréstimo, no valor de R$ 30,0

bilhões, que vêm se somar aos R$ 204,7 bilhões, originários da mesma fonte, que ingressaram em 2009 e 2010; e

b) aporte de capital, por parte da União, no valor de R$ 6,4 bilhões, com ações da Petrobrás; ec) receita líquida de R$ 853 milhões na conta de Provisão para Risco de Crédito, decorrente tanto da

reversão por conta de reclassificação de risco de crédito (R$ 562 milhões), como da recuperação de crédi-tos em liquidação (R$ 469 milhões). A despesa com constituição de novas reservas foi de R$ 178 milhões.

Com relação aos índices operacionais prudenciais, estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, o Sistema BNDES encontra-se confortavelmente enquadrado, conforme o demonstrado a seguir: índice de Basiléia de 22,3 %, quando o mínimo é 11 %; Índice de Exposição Cambial de 0,4 %, quando o teto máximo é de 30%; índice de Exposição ao Setor Público de 14,8 % contra um limite superior de 45%; e, finalmente, Índice de Imobilização de 0,3 %, sendo que o limite máximo é 50 %.

Foi constatado que os exames das auditorias, tanto a interna como a independente, não registraram ocor-rências que pudessem caracterizar descumprimento dos dispositivos legais, regulamentares e normativos aplicáveis ao Sistema BNDES. A esse respeito, vale registrar que a Secretaria Federal de Controle Interno, da Controladoria-Geral da União, emitiu, em 18 de junho de 2008, Certificado de Auditoria considerando Regular, Sem Ressalvas, a gestão dos administradores do Sistema BNDES durante o exercício de 2007. Em 2008, o Tribunal de Contas da União, TCU, julgou as contas de todas as empresas do Sistema BNDES, e fundos administrados, relativas ao exercício de 2006. Todas as contas foram aprovadas como Regulares, sendo a maioria Sem Ressalvas. No exercício de 2009, o TCU julgou regulares com ressalvas as contas do Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade, FGPC, relativa ao exercício de 2007, e do BNDES, relativa ao exercício de 2005.

Em 2010, o TCU julgou regulares as contas do BNDES, FINAME e BNDESPAR referentes a 2007 e 2008. O julgamento relativo às contas de 2007 se deu em 24 de agosto; e o relativo às contas de 2008 se deu em 19 de outubro.

Com base nos esclarecimentos prestados durante as reuniões e na análise dos documentos recebidos, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração que se manifeste favoravelmente à aprovação das demonstrações financeiras relativas ao primeiro semestre do exercício de 2011.

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2011.

João Paulo dos Reis Velloso Attilio Guaspari Paulo Roberto Vales de Souza Coordenador Membro Membro