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BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A. - BANRISUL
Relatório Analítico Trimestral: SET/11
Rating
AA-
O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente.
São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,
boa situação financeira atual e histórica. O
ambiente empresarial e setorial pode variar sem,
porém, afetar as condições de funcionamento do banco.
O risco é irrisório.
Data: 05/jan/2012
Validade: 31/jan/2013
Perspectiva: Estável
Observação: -
Histórico:
Set/11: Elevação: AA - (estável)
Elevação: A-1 (CP)
Mar/11: Afirmação: A + (positiva)
Afirmação: A-2 (CP)
Mar/10: Afirmação: A + (positiva)
Afirmação: A-2 (CP)
Jun/09: Afirmação: A + (estável)
Afirmação: A-2 (CP)
Dez/08: Afirmação: A + (estável)
Afirmação: A-2 (CP)
Dez/07: Elevação: A + (estável)
Atribuição: A-2 (CP)
Dez/06: Afirmação: A (estável)
Dez/02: Elevação: A (estável)
Dez/01: Atribuição: BBB+
(estável)
Analistas: Bruno Hofheinz Giacomoni Tel.: 55 11 3377 0724 [email protected] Luis Miguel Santacreu Tel.: 55 11 3377 0703 [email protected] Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 – conj. 73
São Paulo – SP CEP 04542-000 Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www.austin.com.br
FUNDAMENTOS DO RATING
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 05 de
janeiro de 2012, elevou os ratings de longo prazo de A+ (“A mais”) para AA- (“duplo A
menos”) e de curto prazo de A-2 para A-1 do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
(Banrisul). A perspectiva dos ratings é estável.
O Banrisul é um banco público estadual, de finalidade específica, fundado em 1928, com o
objetivo de ser um banco comercial, de desenvolvimento e social. Em função da origem e do
propósito de sua criação, é beneficiado pela proximidade ao setor público, com forte
penetração no sul do Brasil, especificamente no estado que é oriundo. É um banco de
grande porte, sendo a 10ª maior instituição financeira do país, de acordo com o Banco
Central, segundo o critério de ativos totais, que somaram R$ 36,5 bilhões enquanto o
patrimônio líquido atingiu R$ 4,3 bilhões (base: setembro de 2011). Está presente em quase
todo o estado do Rio Grande do Sul por meio de seus 1.272 pontos de atendimento. Tem
como forte característica a capilaridade entre a população gaúcha, reforçando a identidade
com seus 2,9 milhões de clientes.
A classificação se fundamenta em seu amadurecimento como instituição de varejo, refletido
em suas diversificadas fontes de captação, qualidade de seus ativos de crédito e adequados
indicadores de capitalização, reportados pela instituição durante o período de monitoramento
realizado pela Austin. Reflete também os adequados controles empregados, com vistas à
mitigação dos riscos de mercado e operacionais, contribuindo para a solvência da instituição.
O Banrisul mantém posição de destaque no estado do Rio Grande do Sul, com grande
penetração através de uma ampla rede, o que permite a pulverização em sua estrutura de
captação e de concessão de crédito.
A perspectiva estável reflete o entendimento da Austin Rating de que o banco atingiu e tem
se mantido em um patamar elevado de qualidade de ativos além de uma estrutura de
captação estável e de custos satisfatórios. Ao mesmo tempo em que tem apresentado
crescimento, a carteira de crédito tem mantido a qualidade elevada que apresenta em seu
histórico, com indicador de inadimplência que gira em torno de 1,3% e 2,5%, patamar
considerado satisfatório para uma carteira diversificada como a do Banrisul. Ao mesmo
tempo, o banco vem mantendo uma base patrimonial robusta e um índice de Basiléia
confortável, de 15,9% em set/11. A retenção de parte dos lucros tem contribuído para o
fortalecimento de seu PL e é visto como positivo na medida em que seu controlador não
demanda a distribuição agressiva dos resultados. Da mesma forma, contribuiu para a
elevação da classificação, a estrutura estável e pulverizada de captação, com forte presença
de depósitos de ticket médio baixo, que contribui para sua estabilidade mesmo em cenários
de stress. Em que pese o vínculo com o setor público estadual e municipal gaúchos, que tem
favorecido a sua estrutura de captação, na medida em que o banco é o depositário das
contas do governo contribuindo para sua aproximação com potenciais clientes de operações
de crédito, a “portabilidade salarial” em vigor a partir de janeiro de 2012 para os servidores
públicos federais, estaduais e municipais, representa fator de risco a ser observado pelo
banco.
Por outro lado, como fatores limitantes a esta análise, ponderou-se que o Banrisul tem a
atuação muito concentrada no estado do qual é oriundo, estando seu desempenho ligado à
dinâmica da economia gaúcha. Reconhecem-se os esforços para diversificação da área de
atuação, com a abertura de agências no estado de Santa Catarina, e aquisição
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de 49,90% da Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços, entretanto, no curto prazo, a concentração de suas
atividades aumenta sua exposição às características da economia do estado do Rio Grande do Sul. Da mesma
forma, a capacidade de suporte de seu controlador, o governo estadual é vista como limitada no caso de
necessidade, dado seu recente histórico orçamentário. Além disso, embora disponha de uma base de depósitos
estável, esta tem elevada participação no curto prazo, fator que eleva seu risco em caso de crise sistêmica com forte
elevação de saques.
A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e
longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e
servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias que atuam no Brasil e, eventualmente, com
atividades no exterior. A escala da Austin não leva em conta e tampouco se limita ao rating soberano do país, este
empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos
fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos
quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação,
Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração,
Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise.
Qualidade dos Ativos
A carteira de crédito em setembro de 2011 atingiu o montante de R$ 19,7 bilhões, dos quais 75,8% são referentes a
sua carteira comercial, 8,2% à carteira imobiliária, 8,1% à rural e 7,9% à outros créditos. Os R$ 14,9 bilhões
referentes à sua carteira comercial são divididos em créditos para pessoa física (55,9%), preponderantemente crédito
consignado (R$ 6,1 bilhões, dos quais 39% são adquiridos de outros bancos) e pessoa jurídica (44,1%)
predominantemente capital de giro (73,5%).
O banco mantém uma carteira robusta de títulos e valores mobiliários, de R$ 9.148,2 milhões em setembro de 2011,
com incremento de 7,9% na comparação com setembro de 2010, estando preponderantemente classificada como
títulos mantidos até o vencimento (44,1% do total). A carteira era composta principalmente por LFTs, e com menor
representatividade, cotas de FIDC, Fundo de Compensação das Variações Salariais, entre outros.
A carteira de crédito mantém elevada qualidade ao longo dos anos com o indicador de inadimplência (parcelas acima
de 60 dias) oscilando entre 1,3% e 2,5%. Em setembro de 2011 apresentava R$ 329,9 milhões de parcelas vencidas
acima de 15 dias, se materializando em índice de atraso de 1,7%. Ressalta-se como importante indicador do
comprometimento de seus gestores, o nível de provisionamento constituído, suficiente para a cobertura dos créditos
em atraso, além de provisão adicional àquela indicada pela Resolução 2682, no total de R$ 1.284,6 que, em
setembro de 2011, representando 3,9 vezes os créditos em atraso ou 6,54% da carteira total. Nos três primeiros
trimestres do ano, o banco incorreu em perdas líquidas (write-offs subtraindo-se a recuperação de créditos) de R$
190,6 milhões, volume baixo quando comparado a magnitude da carteira de crédito ou a cobertura da provisão
constituída. Em suas notas explicativas, o Banrisul não apresenta abertura sobre o volume de créditos renegociados.
Os dez maiores clientes de crédito representavam 14,7% em setembro de 2011, em linha com as baixas
concentrações apresentadas nos trimestres anteriores.
Capitalização
Ao longo dos últimos anos, tem mantido o crescimento consistente de sua base patrimonial, com oferta pública em
2007, quando captou R$ 800 milhões, além do importante crescimento orgânico proporcionado pela estratégia de
retenção de parte dos lucros. Embora seja controlado pelo Estado do Rio Grande do Sul, com 99,59% das ações
ordinárias em seu poder, mantém elevado percentual das ações preferenciais nas mãos de acionistas não ligados,
43,0% do total, bastante acima no patamar mínimo exigido.
O patrimônio líquido montou R$ 4.298,1 milhões em setembro de 2011, refletindo o incremento de 14,73% sobre o
mesmo período do ano anterior. O índice de Basiléia no terceiro trimestre de 2011, de 15,9%, permite o crescimento
de suas operações ativas sem necessidade de nova capitalização no curto prazo. A alavancagem em crédito
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(carteira total / patrimônio líquido) elevou-se nas ultimas posições analisadas, passando de 3,8 vezes em dez/08 para
4,3 vezes em set/10 e 4,6 vezes em set/11 sendo ligado à estratégia mais ativa na expansão do crédito, porém de
acordo com o observado nos grandes bancos de varejo.
Após várias décadas de desequilíbrio fiscal, que fica evidenciado nos sucessivos déficits orçamentários, o Estado do
Rio Grande do Sul apresenta desde 2007 superávits orçamentários e primários, obtidos com o ajuste das contas
públicas. Embora esteja acima do limite de 200% previsto para a relação entre Dívida Consolidada Líquida e Receita
Corrente Líquida, a mesma tem sido reduzida ao longo dos anos, sendo que em agosto de 2011 representava 209%.
Acrescente-se que, conforme Resolução 41 do Senado Federal, o Estado do Rio Grande do Sul tem até o ano de
2016 para atingir o percentual de 200%. Embora a Austin Rating pondere a evolução na situação fiscal do
controlador, considera como limitada a capacidade de suporte do controlador no caso de necessidade do Banrisul.
Ressalta-se em contrapartida, que o Banco tem acesso importante no mercado de capitais, estreitado após a oferta
pública realizada em 2007, fator que beneficia o seu relacionamento com os demais acionistas do Banco.
Captação / Liquidez
Embora a estabilidade de sua captação lhe permita manter posição líquida pouco expressiva diante de seus ativos, o
banco mantém um caixa (disponibilidades + aplicações interfinanceiras de liquidez) relativamente confortável, em R$
3.538,1 milhões em setembro de 2011. Apesar de menor do que o patamar de caixa apresentado em setembro de
2010, a Austin considera que, dadas as características de seus passivos, com elevada pulverização e estabilidade, o
seu caixa é suficiente para suas obrigações de curtíssimo prazo.
A classificação incorpora as características de sua captação, que é favorecida por sua rede pulverizada junto à
região sul do país, especialmente o estado do Rio Grande do Sul. Em crédito, o banco manteve a busca por uma
carteira mais pulverizada, procurando operar junto às pequenas e médias empresas, reduzindo a exposição a
grandes clientes.
O montante de recursos captados e administrados somou R$ 20.910,1 milhões em setembro de 2011, o que
representa incremento 16,5% sobre setembro de 2010 (R$ 17.954,1 milhões). A estrutura de captação é composta
principalmente por depósitos a prazo no valor de R$ 13.269,4 milhões, mantendo a relevância de sua participação
entre os recursos captados (set/10: 53,1% e set/11: 63,5%). Também dispõe de importante base de depósitos à
vista, no valor de R$ 2.555,9 milhões, e de poupança, que somavam R$ 5.072,4 milhões em setembro de 2011.
Ressalta-se que houve elevação do volume de depósitos à vista em detrimento dos depósitos de poupança pela
desativação do mecanismo de transferência automática de créditos para poupança. O risco de liquidez é
considerado baixo, em função da estrutura de ativos e passivos ser bastante pulverizada, com a maior parcela dos
depósitos sendo captada diretamente na rede e menor participação de aplicadores institucionais.
Historicamente, o Banrisul mantém convênio com o Governo Estadual para formalização da manutenção da folha de
pagamento dos servidores e prestação de outros serviços, além de acordo com municípios para centralização das
finanças e manutenção da folha de servidores. Tais fatos têm contribuído para a estabilidade dos depósitos, mesmo
os de curto prazo, o que favorece sua estrutura de custos, principalmente os de captação no mercado, além de
beneficiar a gestão do seu risco de liquidez. De qualquer forma, aponta-se como fator de risco a chamada
“portabilidade salarial” para os servidores públicos, cujo início se deu em 1º de janeiro de 2012. A portabilidade
consiste no direito de o servidor escolher o banco de sua preferência para recebimento de proventos. A medida foi
instituída pelas resoluções 3402 e 3424, ambas de 2006, e já estava em vigor para o setor privado desde abril de
2007.
Considerando a estrutura de vencimento dos ativos e passivos, em setembro de 2011 apresentava descasamento no
prazo até 90 dias, com cobertura de ativos sobre passivos de 0,75 vezes. No prazo de 3 meses a 1 ano e acima de
um ano, as coberturas eram de 1,08 e 2,24 vezes, respectivamente. Ainda que a estrutura de ativos e passivos
denote liquidez corrente abaixo da mediana dos seus pares, a Austin Rating julga ser baixa a probabilidade de que
os títulos públicos classificados como mantidos até o vencimento sejam necessários para cobertura de eventuais
gaps de prazo, uma vez que sua estrutura de depósitos tem como característica forte a pulverização e a estabilidade.
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Risco de Mercado
A carteira de títulos e valores mobiliários estava composta, em setembro de 2011, principalmente por títulos mantidos
até o vencimento (56%), que não sofrem impacto da marcação a mercado. O restante da carteira de TVM, disponível
para venda e para negociação, estava posicionado preponderantemente em LFTs. A Austin Rating acredita que o
banco possui porte e estrutura de capital que lhe permitem a manutenção destes títulos até o vencimento. O banco
não opera com instrumentos de derivativos visando realizar hedge de moedas e indexadores na sua estrutura de
captação e alocação de recursos, uma vez que nessa estrutura, há uma confortável margem de spread que mitiga
possíveis oscilações de mercado além de o banco objetivar o hedge natural.
O risco de mercado é controlado por ferramentas estatísticas, como a metodologia Value at Risk (VaR) e Testes de
Sensibilidade. O banco monitora as taxas de oportunidade no mercado financeiro, determinando os patamares
superior e inferior pactuados nas operações de captação e aplicação de recursos, mensurando, por meio de
simulações, as possíveis perdas às quais o Banrisul está sujeito. Os impactos nos resultados, a partir das mudanças
nos indicadores econômico-financeiros estruturais, como taxa básica de juros, inflação, taxa de câmbio, etc., são
mapeados no final de cada dia.
Risco Operacional
A tecnologia tem sido uma das prioridades do banco, com o objetivo de ter uma base operacional eficiente e segura
para suportar o crescimento nos próximos anos. Os investimentos em TI realizados, englobando a criação de
diretoria especializada, contribuem para redução da exposição ao risco operacional, além de contribuírem para
aumento da eficiência dos sistemas utilizados, bem como aprimorarem os serviços disponibilizados aos clientes pelo
autoatendimento e Banricompras. O Banricompras é um cartão de bandeira própria que favorece a penetração junto
aos potenciais clientes no estado, tanto pessoas físicas, por meio de financiamento, como pessoas jurídicas, pela
antecipação de recebíveis.
O Banrisul adotou, inicialmente, a metodologia de Abordagem do Indicador Básico (BIA), com o objetivo de apurar a
parcela de capital para cobertura de Risco Operacional (Popr), conforme estabelecido pela Circular nº 3.383, de
30.04.2008, e Comunicado nº 16.913, de 20.05.2008, publicada pelo Banco Central do Brasil.
Em setembro de 2011, a parcela de risco operacional montava R$ 420,2 milhões. As instituições financeiras atuando
no país vêm elevando, a cada semestre, desde dezembro de 2008, o fator de ponderação (fator Z) que incide sobre a
base de cálculo da parcela de capital a ser alocada para o risco operacional para as linhas de negócio de varejo e
comercial. Esse fator se elevou de 0,20 em 2008 para 0,50 no primeiro semestre de 2009, indo para 0,80 no segundo
semestre de 2009 e 1,00 a partir do ano 2010. A parcela representava em setembro de 2011 a 9,79% do Patrimônio
de Referência registrado naquela data, patamar considerado alto pela Austin Rating, se comprado aos bancos de
varejo que pertencem ao seu segmento de atuação.
Gestão/Estratégia/Governança Corporativa
Assim como em 2010, no início de 2011 houve alteração na composição da diretoria, sendo a principal mudança, a
troca da presidência, saindo o Sr. Mateus Bandeira e assumindo o Sr. Túlio Luiz Zamin. A estratégia contempla a
manutenção da posição de liderança no Rio Grande do Sul e crescimento em outros estados, através da expansão
da carteira de crédito comercial com foco em pessoas físicas, principalmente na modalidade consignada em folha de
pagamento e no crédito às médias empresas com boas garantias, reduzindo o ticket médio por operação, sendo que
no caso de sua concretização favorecerá a qualidade dos ativos do banco. Em linha com esta estratégia, o Banrisul
anunciou a aquisição de 49,90% da Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços. Com 73 lojas espalhadas pelo
país, a Bem-Vindo atua no segmento de crédito consignado, oferecendo empréstimo pessoal com desconto na folha
de pagamento para aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos federais, estaduais e municipais. Sua
atuação é focada em regiões onde o Banrisul não possui agências, permitindo a expansão dos negócios do banco
para o restante do país. Nas outras carteiras, o objetivo é mantê-las no patamar para cumprimento das exigibilidades.
Pelo lado da captação, os depósitos a prazo são o foco do aumento do funding, o que é favorável ao banco, dado o
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seu perfil de atuação com grande capilaridade em sua região de atuação. Também está englobada nas metas da
instituição, a redução do custo de sua operação, através do aumento da eficiência das áreas de BackOffice, atingindo
um índice de eficiência inferior a 50%. Tem imprimido esforços para a modernização de processos operacionais e de
gestão, além de canais de comunicação com os clientes e distribuição de serviços.
Apesar de ser controlado pelo Governo Estadual, sua gestão mantém caráter independente. O banco tem ações
listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e aderiu, em 2007, ao Nível I de Governança Corporativa e ao Índice de
Ações com Governança Corporativa Diferenciada – IGC, o que favorece o perfil de risco da gestão da instituição. O
Banrisul mantém em sua gestão os seguintes órgãos que colaboram para o controle da propriedade sobre a gestão:
Conselho de Administração, Comitê de Auditoria, Auditoria Independente, Conselho Fiscal, além das Diretorias e
Comitês.
Desempenho
No terceiro trimestre de 2011, o Banrisul contava com ativos totais na ordem de R$ 36.554,1 milhões, representando
um incremento de 13% em relação ao mesmo período de 2010, vinculado a expansão do crédito, principalmente, a
carteira de pessoas físicas e jurídicas. O banco vem aumentando sua participação no mercado nos últimos anos,
estando, atualmente, na 11ª posição. Apesar de ter atuação concentrada na região sul, é reconhecido
nacionalmente, mantendo relacionamento com instituições financeiras de todo o país, inclusive com aquisição de
carteiras de outros bancos.
A carteira de crédito atingiu o montante de R$ 19.654,7 milhões em setembro de 2011, elevando-se 21% em
comparação com a carteira de fechamento de set/10 e 15,4% frente a dez/10. O crescimento se deu em maior
medida na carteira comercial, que passou de R$ 12.514,6 milhões em set/10 para R$ 14.906,9 milhões em set/11
(variação de 19,1% no período).
Em 2011, o desempenho se manteve favorável, com resultado acumulado nos 9 primeiros meses de R$ 677,7
milhões, 32,5% superior ao mesmo período de 2010. O Banrisul tem um histórico de recorrentes resultados positivos,
que vem sendo parcialmente distribuídos, fato que contribui para fortalecimento de sua base patrimonial. As receitas
ligadas às atividades operacionais do Banco favorecem a qualidade de seus resultados. O índice de rentabilidade
sobre o PL final foi de 18,2% em set/10 e de 21% em set/11 (rentabilidade anualizada), estando acima da
rentabilidade reportada por seus pares.
Embora as margens venham sendo pressionadas, o crescimento dos ativos rentáveis compensou a queda de taxas,
o que levou a um spread satisfatório no primeiro trimestre de 2011. As receitas da intermediação financeira tiveram
crescimento de 24,8% na comparação entre set/10 e set/11, atingindo R$ 4.405,3 milhões, composta, principalmente,
por receitas de operações de crédito (71,7%) e resultado de TVM (21,1%). Por outro lado, as despesas da
intermediação financeira cresceram 34,2% no mesmo período, montando R$ 2.408,0, levando a um resultado bruto
da intermediação financeira de R$ 1.997,2 milhões, 15% superior ao mesmo período de 2010.
O banco tem imprimido esforços no sentido de reduzir os custos operacionais ligados a sua operação, o que vem se
refletindo em melhora do indicador de eficiência (resultado bruto + receita de prestação de serviços / despesas de
pessoal e administrativas), que em setembro de 2011 era de 53%, inferior aos anos anteriores (set/10: 57,4% e
set/09: 59,5%). A Austin Rating considera como adequado o indicador entre 40% e 60%, sendo que o banco tem
como meta se manter abaixo de 50%.
Fatores Exógenos
A nova regulação do Acordo de Basileia 3 de capital mínimo poderá requerer dos bancos alocação de capital
adicional para adequar-se às novas regras. Os bancos brasileiros deverão fazer maior alocação de capital para
determinados tipos de riscos. As operações de compra de crédito e a utilização de créditos tributários são algumas
das práticas que poderão sofrer interferência relevante em razão das novas regras.
A redefinição e consolidação das regras de recolhimento compulsório sobre recursos a prazo, anunciada em
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dezembro de 2011 pela circular do Banco Central do Brasil, impacta diretamente o Banrisul, o que reduz o volume de
recursos livres para direcionamento à carteira de crédito. Não obstante, tal regra pode provocar o aumento do custo
de captação médio da indústria bancária o que, em condições competitivas acirradas na ponta da concessão de
crédito, pode ocasionar, em última análise, pressão nas margens do negócio da intermediação financeira.
Apesar de, em novembro de 2011, o Banco Central anunciar o afrouxamento das medidas macro prudenciais
anunciadas no dia 03 de dezembro de 2010, estas medidas, somadas ao aumento dos níveis de inadimplência no
Sistema Financeiro Nacional reforçam a preocupação de aperfeiçoar os instrumentos de regulação e controle do
risco de crédito das instituições financeiras. A retirada gradual dos incentivos introduzidos em 2009, com a redução
da cobertura de depósitos pelo FGC a partir de 2012, a ampliação do requerimento de capital para empréstimos de
longo prazo concedidos às pessoas físicas e possíveis mudanças nas regras contábeis que norteiam as cessões de
carteira de crédito (Resolução no 3533), também ensejam a preocupação em manter o controle sobre a oferta de
crédito, o casamento de ativos e passivos, a contabilização de receitas e sobre a alavancagem das instituições
financeiras.
A elevação do Fator de Ponderação de Risco, de 100% para 150% para certas operações de crédito a pessoas
físicas com prazo superior a 24 meses, tem aplicação sobre grande parte da carteira comercial, ligada aos
empréstimos consignados do Banrisul. No entanto, a sua folga no índice de Basileia lhe permite a continuidade da
concessão de créditos sem necessidade de capitalização no curto prazo.
PERSPECTIVA
A perspectiva estável reflete o entendimento da Austin Rating de que o banco atingiu e tem se mantido em um
patamar elevado de qualidade de ativos além de uma estrutura de captação estável e de custos satisfatórios. Ao
mesmo tempo em que tem apresentado crescimento, a carteira de crédito tem mantido a qualidade que apresenta
em seu histórico, com indicador de inadimplência que gira em torno de 1,3% e 2,5%, patamar considerado
satisfatório para uma carteira diversificada como a do Banrisul. O banco vem mantendo uma base patrimonial
robusta, com índice de Basiléia confortável. A retenção de parte dos lucros tem contribuído para o fortalecimento de
seu PL e é visto como positivo na medida em que seu controlador não demanda a distribuição agressiva dos
resultados. Da mesma forma, reforça a perspectiva positiva, a estrutura estável de captação, com forte presença de
depósitos de ticket médio baixo, que se mantiveram estáveis mesmo durante o agravamento da crise de liquidez
durante o ano de 2008.
O rating incorpora as dificuldades inerentes a um banco concentrado na região sul, particularmente o Estado do Rio
Grande do Sul, o que aumenta sua vinculação ao desempenho da economia gaúcha. Além disso, a “portabilidade
salarial” dos servidores públicos tende a afetar a antes fiel base de clientes servidores do estado e dos municípios
gaúchos. O enfraquecimento da estrutura de capital com o aumento da distribuição dos lucros, a deterioração da
qualidade de carteira de crédito, bem como a redução da autonomia de sua gestão podem se materializar em
rebaixamento da classificação.
INFORMAÇÕES UTILIZADAS
A classificação fundamenta-se na metodologia da Austin Rating para Instituições Financeiras, disponível no site
www.austin.com.br. A classificação se apoiou nas informações contábeis e gerenciais do Banrisul. O grau de
abertura das informações contábeis e relatórios disponibilizados no site de relações com investidores são
considerados muito bons. As demonstrações financeiras de setembro de 2011 contêm parecer dos auditores
independentes, sem ressalvas.
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EXTRATO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Base: Demonstrações Financeiras - Consolidado - para os exercícios findos dezembro de 2010 e de setembro de 2011, auditadas
pela Ernest & Young Terco Auditores Independentes, sem ressalvas)
Valores em R$ mil
dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
ATIVO CIRCULANTE 16.354.440 17.746.905 17.484.583 17.979.713 17.866.613 19.412.830
DISPONIBILIDADES 373.278 356.753 411.220 396.370 403.321 481.087
APLICAÇÕES INTERFINANC. LIQUIDEZ 4.687.078 5.762.302 5.356.542 3.822.569 2.359.329 3.056.998
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 3.010.816 3.217.431 3.198.936 3.467.794 4.030.936 3.325.966
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 1.341.804 1.438.803 1.380.802 2.114.289 2.470.329 2.767.257
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 43.936 50.410 35.070 50.429 80.994 56.247
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 5.770.975 5.800.557 6.084.542 6.967.177 7.334.317 8.512.485
OPERAÇÕES ARRENDAMENTO MERCANTIL 45.001 46.726 46.117 37.018 37.065 37.256
OUTROS CRÉDITOS 1.075.286 1.050.904 948.170 1.106.648 1.129.070 1.149.970
OUTROS VALORES E BENS 6.266 23.019 23.184 17.419 21.252 25.564
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.486.872 10.476.915 11.241.609 13.992.928 13.913.186 16.843.227
TITS.E VALORES MOBILIÁRIOS-LP 3.099.975 4.117.685 4.209.585 5.009.598 4.494.810 5.822.246
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS-LP 382.057 426.666 440.898 485.813 604.552 645.742
OPERAÇÕES DE CRÉDITO-LP 4.185.375 5.121.766 5.782.477 7.632.863 8.144.575 9.311.869
OPER ARRENDAMENTO MERCANTIL-LP 57.194 45.336 43.027 38.633 37.646 37.721
OUTROS CRÉDITOS-LP 744.828 753.407 742.949 816.912 622.983 1.014.962
OUTROS VALORES E BENS-LP 17.443 12.055 22.673 9.109 8.620 10.687
PERMANENTE 364.063 349.389 357.945 366.707 347.854 298.044
INVESTIMENTOS 8.241 7.995 7.758 7.759 7.660 7.660
IMOBILIZADO DE USO 151.351 155.899 170.058 171.349 168.923 163.170
INTANGÍVEL/DIFERIDO 204.471 185.495 180.129 187.599 171.271 127.214
ATIVO TOTAL 25.205.375 28.573.209 29.084.137 32.339.348 32.127.653 36.554.101
Bancos
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8
dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
PASSIVO CIRCULANTE 18.021.578 20.834.834 21.218.591 23.939.721 23.508.247 23.847.574
DEPÓSITOS 11.120.370 12.134.593 13.072.695 14.603.711 15.600.626 14.011.030
CAPTAÇÃO NO MERCADO ABERTO 2.234.251 2.414.101 2.006.497 2.285.898 1.311.160 1.634.047
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 11.779 236.786 10.739 264.506 9.798 295.036
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 113.070 170.152 149.932 210.541 169.862 242.608
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS 622.473 542.623 503.167 572.272 537.171 830.388
REPASSES PAIS-INST.OFICIAIS 329.949 368.098 369.832 281.944 309.842 302.631
REPASSES DO EXTERIOR 31.792 36.101 35.768 42.222 19.410 1.684
INSTRUMENTO FINANCEIRO DERIVATIVO 8.348 14.515
OUTRAS OBRIGAÇÕES 3.549.546 4.932.380 5.055.446 5.678.627 5.550.378 6.530.150
EXIGIVEL A LONGO PRAZO 4.101.355 4.436.994 4.455.429 4.651.484 4.762.488 8.406.800
DEPÓSITOS-LP 3.135.713 3.327.690 3.297.050 3.350.387 3.452.379 6.899.086
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS-LP 11.505
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS-LP 3.223 2.532 3.976
REPASSES PAÍS-INST.OFICIAIS-LP 385.771 501.385 572.913 709.678 747.661 832.862
REPASSES NO EXTERIOR-LP 2.540 5.823 32.042
INSTRUMENTO FINANCEIRO DERIVATIVO-LP 27.538 32.457
OUTRAS OBRIGAÇÕES-LP 552.333 607.919 553.009 585.656 554.093 627.329
PARTICIPACAO MINORITÁRIA 3.303 1.618 1.655 1.759 1.679 1.582
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.079.139 3.299.763 3.408.462 3.746.384 3.855.239 4.298.145
CAPITAL 2.300.000 2.600.000 2.600.000 2.900.000 2.900.000 3.200.000
RESERVAS 788.646 604.273 814.309 696.425 960.688 925.314
AJUSTE - TVM E DERIVATIVOS (9.507) (3.918) (5.847) (4.870) (5.449) (8.055)
LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS 99.408 154.829 180.886
PASSIVO TOTAL 25.205.375 28.573.209 29.084.137 32.339.348 32.127.653 36.554.101
Bancos
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9
dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
RECEITA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 3.862.115 3.185.917 4.262.620 3.530.323 4.840.488 4.405.258
Operações de Crédito 2.336.380 2.100.204 2.857.233 2.540.312 3.497.519 3.157.797
Operações de Arrendam. Mercantil 16.192 15.159 19.651 11.290 15.407 11.660
Títulos e Valores Mobiliários 998.988 854.023 1.113.347 792.876 1.081.955 930.461
Instrumentos Financeiros Derivativos (17.548) 23.144 24.018 (1.116) (1.339)
Aplicações Compulsórias 310.384 133.968 176.593 140.243 192.402 181.597
Resultado de Câmbio 217.719 59.419 71.778 46.718 54.544 123.743
DESPESA DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.139.765 1.638.146 2.142.893 1.794.110 2.444.146 2.408.038
Captação no Mercado 1.401.077 1.027.064 1.334.526 1.021.405 1.402.666 1.332.210
Empréstimos,Cessões e Repass 482.146 285.153 385.728 380.966 523.158 611.993
Provisões p/ Créd. Liq.Duvid 256.542 325.929 422.639 391.739 518.322 463.835
RESULTADO BRUTO INTERM. FINANCEIRA 1.722.350 1.547.771 2.119.727 1.736.213 2.396.342 1.997.220
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS (1.018.111) (995.065) (1.266.460) (950.209) (1.248.518) (950.385)
Receitas de Prestação Serviços 538.691 427.218 579.341 468.179 641.661 517.370
Despesas de Pessoal 835.369 670.776 901.002 687.531 966.492 798.522
Outras Despesas Administrativas 575.239 505.012 678.885 577.884 743.226 533.928
Despesas Tributárias 152.586 135.248 181.984 150.324 203.998 171.259
Outras Rec./Desp.Operacionais 6.392 (111.247) (83.930) (2.649) 23.537 35.954
RESULTADO OPERACIONAL 704.239 552.706 853.267 786.004 1.147.824 1.046.835
RESULTADO ANTES IR 704.239 552.706 853.267 786.004 1.147.824 1.046.835
Imposto de Renda 83.192 198.008 267.597 264.498 357.056 328.478
Ativo Fiscal Diferido (24.704) (23.504)
Participações 30.174 22.598 44.574 33.626 49.526 40.676
RESULTADO LÍQUIDO 590.873 356.804 541.096 511.384 741.242 677.681
Bancos
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10
Valores em R$ mil
dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
TOTAL DE CRÉDITO 11.453.582 12.528.539 13.414.211 16.237.080 17.033.161 19.654.679
Risco Nível AA 2.708.889 3.262.833 3.837.863 5.304.177 3.309.272 3.147.382
Risco Nível A 4.027.162 4.678.124 4.859.616 5.552.222 8.027.737 8.983.963
Risco Nível B 2.156.482 1.972.145 2.207.128 2.468.154 2.698.960 3.524.597
Risco Nível C 932.951 892.459 917.307 1.191.945 1.202.064 1.840.335
Risco Nível D 282.091 332.179 234.478 231.394 361.675 585.080
Risco Nível E 247.921 193.517 173.035 242.785 283.381 433.650
Risco Nível F 700.314 738.012 725.163 735.284 675.477 522.735
Risco Nível G 62.357 69.861 88.893 82.185 78.812 100.268
Risco Nível H 335.415 389.409 370.728 428.934 395.783 516.669
Total de crédito em atraso 256.681 341.808 292.358 306.864 239.918 329.870
Provisão Constituída 901.497 968.477 944.781 1.038.281 1.013.062 1.172.203
Provisão Adicional 69.194 70.826 71.973 84.422 88.861 112.396
Provisão Total 970.691 1.039.303 1.016.754 1.122.703 1.101.923 1.284.599
Créditos Renegociados
Recuperação de Créditos 68.665 42.837 87.576 86.648 135.439 89.985
Créditos baixados (write offs) 176.860 178.562 295.919 283.802 432.940 280.615
Provisão Total / Créditos em Atraso (x) 3,78 3,04 3,48 3,66 4,59 3,89
Provisão Total / Write Offs (x)* 5,49 4,37 3,44 2,97 2,55 3,43
Provisão Total / Perda líquida (x)* 8,97 5,74 4,88 4,27 3,70 5,05
Write-offs / Total de Crédito (%)* 1,54 1,90 2,21 2,33 2,54 1,90
Perda líquida / Total de Crédito (%)* 0,94 1,44 1,55 1,62 1,75 1,29
Recuperações / Write Offs (%) 38,82 23,99 29,59 30,53 31,28 32,07
*anualizado
Indicadores de Desempenho
ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%) dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Capitalização 14,0 13,1 13,4 13,2 13,7 13,4
Concentração em Crédito 46,2 44,5 46,8 50,9 53,7 54,3
Alavancagem em Crédito (x) 3,7 3,8 3,9 4,3 4,4 4,6
Índice da Basiléia 20,1 18,0 17,5 15,4 15,5 15,9
Imobilização 11,8 10,6 10,5 9,8 9,0 6,9
LIQUIDEZ (%) dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Encaixe 20,0 21,2 19,6 18,8 10,7 18,8
Liquidez Corrente 90,8 85,2 82,4 75,1 76,0 81,4
Liquidez Imediata 60,4 64,2 59,5 45,5 40,2 43,9
QUALIDADE DO ATIVO (%) dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Inadimplência (parcela > 60 dias) 2,0 2,5 2,0 1,7 1,3 1,5
Provisionamento 8,5 8,3 7,6 6,9 6,5 6,5
Comprometimento do PL (parcela vencida > 60 dias) 5,6 7,2 6,0 5,7 4,4 5,3
Bancos
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11
CUSTO (%) dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Intermediação 9,7 8,7 8,4 8,4 8,7 10,0
Eficiência 62,4 59,5 58,5 57,4 56,3 53,0
Custo Total 16,8 15,7 15,3 15,1 15,5 16,3
RENTABILIDADE (%) dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Margem Bruta 39,1 42,8 43,8 43,4 43,7 40,6
Rentabilidade sobre PL 19,2 14,4 15,9 18,2 19,2 21,0
Retorno sobre Ativo 2,3 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5
LIQUIDEZ – Caixa Livre e Equivalente Caixa dez-08 set-09 dez-09 set-10 dez-10 set-11
Disponibilidades 373.278 356.753 411.220 396.370 403.321 481.087
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 4.687.078 5.762.302 5.356.542 3.822.569 2.359.329 3.056.998
TVM Disp. Venda 1.580.083 2.971.328 2.956.118 3.687.706 3.785.266 4.026.635
Liquidez Total 6.640.439 9.090.383 8.723.880 7.906.645 6.547.916 7.564.720
Liquidez Total/ Depósitos 0,47 0,59 0,53 0,44 0,34 0,36
Bancos
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12
Classificação da Austin Rating Solidez Financeira
AAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições dotadas
de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo.
AA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,
boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório.
A O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa
situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo.
BBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de
cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial podem ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo
BB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas
vulneráveis às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.
B O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma
vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.
CCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade
muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto.
CC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade
muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto.
C O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão
limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo.
Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating.
Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada.
As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto, em recomendação de investimento para todos os efeitos.
Para conhecer nossas escalas de rating e metodologias, acesse: www.austin.com.br
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