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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Bianca Mayara Ferreira Cardoso Fernanda Rodrigues João Paulo Araujo de Sousa Veríssimo Marcos Antonio Rodrigues Esteves BALANCED SCORECARD JBS S/A Divisão Higiene e Limpeza Lins SP LINS SP 2012

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Bianca Mayara Ferreira Cardoso

Fernanda Rodrigues

João Paulo Araujo de Sousa Veríssimo

Marcos Antonio Rodrigues Esteves

BALANCED SCORECARD

JBS S/A – Divisão Higiene e Limpeza

Lins – SP

LINS – SP

2012

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BIANCA MAYARA FERREIRA CARDOSO

FERNANDA RODRIGUES

JOÃO PAULO ARAUJO DE SOUSA VERÍSSIMO

MARCOS ANTONIO RODRIGUES ESTEVES

BALANCED SCORECARD

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, sob a orientação do Prof. Me. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2012

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Cardoso, Bianca Mayara Ferreira; Rodrigues, Fernanda; Veríssimo, João Paulo Araujo de Sousa; Esteves, Marcos Antonio Rodrigues

Balanced Scorecard: JBS S/A Divisão de Higiene e Limpeza/ Bianca Mayara Ferreira Cardoso; Fernanda Rodrigues, João Paulo Araujo de Sousa Veríssimo; Marcos Antonio Rodrigues Esteves – – Lins, 2012.

66p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2012.

Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva

1. Balanced Scorecard. 2. Planejamento Estratégico. 3. Gestão de negócio. I Título.

CDU 657

C26b

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BIANCA MAYARA FERREIRA CARDOSO

FERNANDA RODRIGUES

JOÃO PAULO ARAUJO DE SOUSA VERÍSSIMO

MARCOS ANTONIO RODRIGUES ESTEVES

BALANCED SCORECARD

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Me. Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de

São Carlos/ SP.

Assinatura: _____________________________________

1º Prof(a): ______________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________

2º Prof(a): ______________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________

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DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS

Os sonhos não determinam o lugar onde vamos chegar, mas produzem a força

necessária para nos tirar do lugar em que estamos. O destino não é frequentemente

inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolhas, escreve sua própria

história e constrói seus próprios caminhos.

Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além,

aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da

lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só

consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se

doar. Uma pessoa inteligente aprende com os seus próprios erros, uma pessoa sábia

vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.

Clarice Lispector enfatiza a seguinte mensagem:

“Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida

e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que deseja.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam.

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.”

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Buscando valorizar as pessoas que estão presentes em nossas vidas e

reconhecer palavras e atitudes de incentivo, queremos agradecer e dedicar esse

trabalho de pesquisa. Primeiramente a DEUS, que nos concedeu o dom da vida; aos

familiares e amigos que nos ajudaram e deram força no momento de elaboração dessa

conquista; a empresa JBS que nos proporcionou as informações necessárias para o

desenvolvimento da pesquisa; e aos professores, em especial ao orientador Ricardo

Horita e à professora Heloisa Helena, pois eles foram mais que conselheiros nesse

período, tornaram-se amigos, queridas pessoas que estarão marcadas para sempre em

nossas vidas.

Bianca, Fernanda, Marcos e João Paulo.

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RESUMO

A principal característica do mercado empresarial é a competitividade, onde as organizações necessitam atentar-se a fatores, como: evolução, qualidade, produtividade, satisfação e economia para o crescimento e desenvolvimento dos processos. As empresas vêm utilizando diversas iniciativas de melhorias; uma delas é o método do balanced scorecard (BSC), uma ferramenta organizacional que proporciona uma visão em longo prazo da gestão financeira e não financeira da empresa. É um instrumento que analisa os pontos chaves da entidade estabelecendo metas a serem atingidas e investindo no que realmente trará um retorno compensador. O balanced é executado em quatro etapas, sendo elas: tradução da visão, comunicação e comprometimento, planejamento de negócios e feedback e aprendizado. Aplicando a estrutura necessária para a composição do BSC na empresa JBS S/A divisão de higiene e limpeza, o presente trabalho foi elaborado apresentando as razões que tornam essa ferramenta importante para o gerenciamento da organização. O estudo realizado na empresa teve início com a análise da missão, visão, valores, clientes, fornecedores e concorrentes, com o entendimento do modelo do negócio, do ciclo dos processos, do posicionamento de mercado e de seus ambientes analisando as forças e fraquezas que a mesma apresenta e estudando as oportunidades e ameaças do mercado em que atua. Diante do exposto foi possível demonstrar que o sistema do balanced scorecard quando aplicado como ferramenta de gestão em uma entidade proporciona um importante subsídio e oferece um eficiente processo para a elaboração e controle do planejamento estratégico, além de apresentar uma visão futura através de indicadores concretos, aperfeiçoar o nível de capacitação do pessoal, a satisfação dos clientes e acionistas, o retorno sobre seu capital e o valor econômico agregado.

Palavras-chave: Balanced Scorecard. Planejamento Estratégico. Gestão de Negócio.

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ABSTRACT

The main feature of the competitive business market is where

organizations need to pay attention to factors such as: development, quality,

productivity, satisfaction and economy for growth and development processes.

Companies are using various improvement initiatives, one of which is the

method of the balanced scorecard (BSC), an organizational tool that provides

insight into long-term financial and non-financial company. It is a tool that

analyzes the key points of the entity establishing goals to be achieved by

investing in and really bring a return compensator. The balanced runs on four

stages, namely: translation of the vision, commitment and communication,

business planning and feedback and learning. Applying the necessary structure

for the composition of the BSC in the company JBS S / A division of hygiene

and cleanliness, the present work has been prepared showing the reasons that

make this important tool for managing the organization. The study conducted at

the company began with the analysis of mission, vision, values, customers,

suppliers and competitors, with the understanding of the business model, the

cycle of processes, market positioning and their environments by analyzing the

strengths and weaknesses that the same features and studying the

opportunities and threats in the market in which it operates. Before the exposed

was possible to demonstrate that the system's balanced scorecard when

applied as a management tool in an entity provides a significant subsidy and

provides an efficient process for the preparation and control of strategic

planning, and present a future vision through concrete indicators, to improve the

level of staff training, customer satisfaction and shareholders, the return on

capital and economic value added.

Keywords: Balanced Scorecard. Strategic Planning. Business Management.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Relação de causa e efeito da estratégia ............................................ 16

Figura 2: A perspectiva dos clientes – medidas essenciais .............................. 18

Figura 3: Matriz SWOT ..................................................................................... 24

Figura 4: Um sistema gerencial diferente para implementação da estratégia .. 25

Figura 5: Modelo do mapa estratégico .............................................................. 27

Figura 6: Organograma divisão higiene e limpeza ............................................ 31

Figura 7: Fluxograma ........................................................................................ 34

Figura 8: Descarregamento de matéria-prima .................................................. 35

Figura 9: Estocagem da matéria-prima ............................................................. 36

Figura 10: Processo de mistura da matéria-prima ............................................ 36

Figura 11: Massa base ..................................................................................... 37

Figura 12: Ensacamento da massa base .......................................................... 37

Figura 13: Armazenagem nos paletes .............................................................. 38

Figura 14: Armazenamento da massa base ..................................................... 38

Figura 15: Sala de pesagem – sabonetes ........................................................ 39

Figura 16: Linha de produção – sabonetes ....................................................... 39

Figura 17: Linha de produção – sabão ............................................................. 40

Figura 18: Linha de produção – líquidos ........................................................... 40

Figura 19: Modelo de mapa estratégico ............................................................ 52

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Indicadores de desempenho ............................................................ 29

Quadro 2: Percentual em relação ao faturamento total por segmento .............. 32

Quadro 3: Fornecedores de matéria-prima ....................................................... 33

Quadro 4: Fornecedores de embalagens ......................................................... 33

Quadro 5: Fornecedores de insumos ................................................................ 34

Quadro 6: Análise por item de quanto representa cada custo ao produto ........ 46

Quadro 7: Modelo de matriz SWOT .................................................................. 49

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BSC: balanced scorecard

ROCE: retorno sobre o capital empregado - return on capital employed

SWOT: forças, fraquezas, ameaças e oportunidades – strengths, weaknesses,

opportunities and threats

VEA: valor econômico agregado

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

CAPÍTULO I – BALANCED SCORECARD (BSC) ........................................... 14

1 BSC COM ÊNFASE NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL ............... 14

1.1 Balanced Scorecard (BSC) .................................................................... 14

1.1.1 Origem do BSC ...................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos do BSC ................................................................................... 15

1.1.3 Perspectivas do BSC ............................................................................. 16

1.1.3.1 Perspectiva Financeira ....................................................................... 16

1.1.3.2 Perspectiva dos Clientes .................................................................... 17

1.1.3.3 Perspectiva dos Processos Internos .................................................. 19

1.1.3.4 Perspectiva de Aprendizado e Crescimento ...................................... 19

1.2 Planejamento Estratégico....................................................................... 20

1.2.1 Visão de Futuro ...................................................................................... 21

1.2.2 Objetivos Organizacionais ...................................................................... 21

1.2.3 Objetivos Estratégicos ............................................................................ 22

1.2.4 Estratégias Organizacionais ................................................................... 22

1.2.5 Análise do Ambiente .............................................................................. 23

1.3 BSC como sistema de alinhamento ao planejamento estratégico .......... 24

1.3.1 Integração das medidas do BSC à estratégia ........................................ 26

1.3.2 Mapa Estratégico ................................................................................... 27

1.3.3 Mensuração do Desempenho ................................................................ 28

CAPÍTULO II – JBS S/A ................................................................................... 30

2 EMPRESA JBS S/A DIVISÃO HIGINE E LIMPEZA ................................ 30

2.1 A empresa JBS S/A ................................................................................ 30

2.1.1 Missão .................................................................................................... 30

2.1.2 Visão ...................................................................................................... 30

2.1.3 Valores ................................................................................................... 31

2.2 Estrutura Organizacional: Divisão de Higiene e Limpeza ....................... 31

2.2.1 Clientes .................................................................................................. 31

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2.2.2 Concorrentes .......................................................................................... 32

2.2.2.1 Terceiristas ......................................................................................... 32

2.2.2.2 Fabricantes de Massa ........................................................................ 33

2.2.3 Fornecedores ......................................................................................... 33

2.2.4 Processos Internos ................................................................................ 34

2.2.4.1 Matéria-prima ..................................................................................... 35

2.2.4.2 Massa Base ....................................................................................... 36

2.2.4.3 Sabonete ............................................................................................ 38

2.2.4.4 Sabão ................................................................................................. 40

2.2.4.5 Líquidos ............................................................................................. 40

2.2.5 Posicionamento de Mercado .................................................................. 41

CAPÍTULO III – BSC UMA FERRAMENTA DE GESTÃO ESTRATÉGICA .... 42

3 APLICAÇÃO DO BSC COMO FERRAMENTA DE GESTÃO .................. 42

3.1 Introdução .............................................................................................. 42

3.2 Modelo de Negócio ................................................................................ 43

3.2.1 Segmentos de clientes ........................................................................... 43

3.2.2 Relacionamento com clientes e canais de distribuição .......................... 43

3.2.3 Proposta de Valor ................................................................................... 44

3.2.4 Atividades-chave .................................................................................... 45

3.2.5 Principais Recursos ................................................................................ 45

3.2.6 Principais Alianças ................................................................................. 46

3.2.7 Estrutura de Custos ................................................................................ 46

3.2.8 Fontes de Receitas ................................................................................ 47

3.3 Análise do Ambiente .............................................................................. 47

3.3.1 Político Legal .......................................................................................... 47

3.3.2 Econômico .............................................................................................. 47

3.3.3 Sociocultural ........................................................................................... 47

3.3.4 Tecnológico ............................................................................................ 48

3.3.5 Ambiental ............................................................................................... 48

3.3.6 Matriz SWOT .......................................................................................... 49

3.4 Desdobramento do balanced scorecard ................................................. 49

3.4.1 Esclarecimento e tradução da visão e da estratégia .............................. 50

3.4.2 Comunicação e Vinculação .................................................................... 50

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3.4.3 Planejamento e estabelecimento de metas ............................................ 50

3.4.4 Feedback e aprendizado e crescimento ................................................. 51

3.4.5 Mapa Estratégico ................................................................................... 52

3.4.6 Análise das Perspectivas ....................................................................... 53

3.5 Discussão e parecer final sobre o caso .................................................. 54

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 56

CONCLUSÃO ................................................................................................... 58

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 60

APÊNDICES ..................................................................................................... 63

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INTRODUÇÃO

Em um mercado em constante evolução e cada vez mais exigente, é

preciso traçar estratégias para alcançar o sucesso empresarial. O novo

ambiente organizacional baseia-se em um conjunto de premissas como os

processos interfuncionais, ligação mais próxima com seus clientes e

fornecedores, escala global, inovação e trabalhadores de conhecimento.

De acordo com Kaplan e Norton (1997), as empresas vêm utilizando

como iniciativas de melhorias uma gestão de qualidade total, produção e

sistema de distribuição, competição baseada no tempo, organização focada no

cliente e uma gestão de custos baseada em atividades.

O balanced scorecard, por sua vez, é uma ferramenta que proporciona

informações mais claras e precisas auxiliando na tomada de decisão, foca o

desempenho da empresa, montando sua estrutura sob quatro perspectivas:

financeira, dos clientes, dos processos internos e de aprendizado e

crescimento.

De acordo com Prado (2002), a perspectiva financeira permite um

crescimento da receita e uma gestão estratégica de custos. Seus principais

indicadores são o retorno sobre o capital empregado - return on capital

employed (ROCE) e o valor econômico agregado (VEA). A perspectiva de

clientes mede a participação da organização perante o mercado e o

relacionamento com os clientes a serem incrementados, seus indicadores

buscam a lealdade dos clientes e a pontualidade nas entregas. A perspectiva

dos processos internos busca a excelência de desempenho dos processos-

chave e seus indicadores têm como objetivo a qualidade e os ciclos dos

processos. A perspectiva de aprendizado e crescimento busca por recursos,

clima e motivação. A meta para esse indicador é a capacidade e satisfação dos

funcionários.

Portanto, pode-se definir o balanced scorecard como uma ferramenta

diversificada, que além de medir os dados numéricos apresentados pela

empresa, preocupa-se em estudar outros fatores que influenciam diretamente

em seus resultados, como a imagem passada ao mercado e a seus clientes, a

qualidade e o comprometimento dos colaboradores.

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O presente trabalho busca através da pesquisa bibliográfica apresentar

as razões que tornam o balanced scorecard (BSC) uma importante ferramenta

para o gerenciamento de uma organização, aplicando os instrumentos

necessários para sua composição na empresa JBS S/A divisão de higiene e

limpeza.

A JBS S/A é uma companhia que atua nas áreas de alimentos, couros,

biodiesel, colágeno, latas, higiene e limpeza. A mesma está presente em todos

os continentes, com plataformas de produção e escritórios em diversos países.

Produzindo sabonete, massa base, sabão e glicerina para terceiros, a empresa

prima pela eficiência de produção, qualidade e tecnologia.

A escolha dessa organização para o desenvolvimento do trabalho foi

feita devido à mesma ser uma grande empresa reconhecida e com os fatores

necessários para a elaboração do BSC. Este estudo foi elaborado buscando

responder o seguinte questionamento: A aplicação do balanced scorecard em

uma unidade de negócios auxilia os gestores na elaboração e controle do

planejamento estratégico?

Inicialmente propõe-se o seguinte pressuposto teórico: O BSC quando

aplicado como ferramenta de gestão em uma entidade proporciona um

importante subsídio e oferece um eficiente recurso para a elaboração e

controle do planejamento estratégico da empresa.

A pesquisa foi realizada no período de fevereiro a outubro de 2012 e os

métodos e técnicas de pesquisa utilizados estão descritos no capítulo III.

A estrutura do trabalho tem a seguinte composição:

Capítulo I: Balanced scorecard (BSC), descreve a teoria do assunto

abordado com ênfase na estratégia organizacional.

Capítulo II: JBS S/A, analisa a divisão de higiene e limpeza, colhendo as

informações necessárias para a composição do balanced scorecard.

Capítulo III: BSC uma ferramenta de gestão estratégica. O terceiro

capítulo tem como objetivo aplicar a teoria estudada na gestão da empresa

JBS S/A, para isto foi necessário entender alguns fatores e direcionar os

questionamentos abordados na estrutura do instrumento.

Encerrando, apresentam-se a proposta de intervenção e a conclusão.

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CAPÍTULO I

BALANCED SCORECARD (BSC)

1 BSC COM ÊNFASE NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

1.1 Balanced Scorecard

Kaplan e Norton (1997) expõem o fato de o mercado empresarial passar

por diversas mudanças desde a era industrial. Em meio à era da informação,

sua principal característica é a competitividade, onde as entidades de negócios

necessitam de fatores, como: modernidade, qualidade e economia para o seu

desenvolvimento. As empresas vêm utilizando diversas iniciativas de

melhorias; uma delas é o método do balanced scorecard, uma ferramenta

organizacional que proporciona uma visão a longo prazo da gestão financeira e

não financeira da empresa. O BSC busca reconhecer algumas fraquezas e

incertezas da abordagem prévia da administração e habilitar as organizações a

clarear sua visão e estratégias transformando-as em ações. É um medidor de

resultados que analisa os pontos-chave da entidade estabelecendo metas a

serem atingidas e investindo no que realmente trará um retorno compensador.

De acordo com Padoveze (2010), o BSC é um sistema de informação

para gerenciamento da estratégia organizacional. Traduz a missão e os

objetivos da empresa em um conjunto abrangente de medidas de desempenho

que serve de base para um eficiente sistema de gestão. Seu processo de

elaboração é executado em quatro etapas, sendo elas: tradução da visão,

comunicação e comprometimento, planejamento de negócios e feedback e

aprendizado.

Nascimento e Reginato (2009) ressaltam que o BSC pode ser entendido

como um sistema de suporte à decisão, considerando que ele reúne os

elementos-chave para acompanhar o cumprimento da estratégia

organizacional. O BSC pressupõe alterações na composição e nas relações de

causa e efeito entre as ações, proporcionando, assim, um equilíbrio entre os

objetivos de curto e de longo prazo; entre medidas financeiras e não

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financeiras; entre indicadores de tendência e ocorrência e entre as análises

internas e externas do desempenho.

1.1.1 Origem do BSC

Segundo Prado (2002), o balanced scorecard surgiu no ano de 1990,

mediante um estudo do Instituto Nolan Norton, denominado como Measuring

performance in the organization of the future. O trabalho foi realizado por David

Norton, o principal executivo da Nolan e pelo consultor acadêmico Robert

Kaplan. No ano de 1992, o BSC foi apresentado ao mundo como um conceito

revolucionário que mudou a forma de gestão nas empresas. Em 1993 foi

publicado um segundo artigo Putting the balanced scorecard to work onde

Norton já tinha como um dos principais serviços a consultoria estratégica

baseada em balanced scorecard.

1.1.2 Objetivos do BSC

Conforme Galindo (2005), o BSC tem como objetivo mobilizar os

componentes dos diversos setores da empresa e identificar os fatores críticos

envolvidos em quatro perspectivas descritas adiante. Considerado como um

sistema de gerenciamento, ele pode ser denominado também como uma

efetiva ferramenta impulsionadora do processo de mudança organizacional.

Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006) expõem que o balanced

scorecard pode ser utilizado como um sistema de controle estratégico, que

possibilita às empresas o uso da estratégia organizacional para elaborar o seu

planejamento tático e operacional. É um sistema baseado em indicadores que

impulsionam o desempenho, proporcionando à organização uma visão atual e

futura do negócio, com foco abrangente e controle dos objetivos planejados.

O BSC deve ser assumido como um instrumento para mensuração de desempenho que indique a realidade da empresa, mostrando onde devemos competir, que clientes devemos conquistar, o que precisamos fazer para gerar valor aos clientes e acionistas e acima de tudo como podemos identificar e interagir para o crescimento e aprendizado das pessoas que compõem a organização (PRADO, 2002, p.20).

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1.1.3 Perspectivas do BSC

Conforme Scarpinelli, Romagnolli e Araujo (2007), o BSC é tratado como

um sistema de informação para gerenciamento da estratégia empresarial. Ele

engloba a empresa como um todo, verificando os aspectos financeiros e não

financeiros. Com isso, seus principais indicadores baseiam-se em torno de

quatro perspectivas equilibradas, sendo elas: financeira, dos clientes, dos

processos internos e de aprendizado e crescimento.

Figura 1: Relação de causa e efeito da estratégia

Fonte: Padoveze, 2010, p.605.

1.1.3.1 Perspectiva Financeira

Conforme Santos (2006), a perspectiva financeira permite medir e

avaliar resultados que o negócio proporciona e necessita para seu crescimento,

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desenvolvimento, e para satisfação dos seus acionistas. Os indicadores

utilizados nessa perspectiva é o retorno sobre o capital investido (ROCE), o

valor econômico agregado (VEA), a lucratividade, o aumento de receitas e a

redução de custos.

A teoria da estratégia empresarial citada por Kaplan e Norton (1997)

sugere várias estratégias diferentes que as empresas podem seguir. As

principais fases são: crescimento, fase em que as empresas encontram-se no

estado inicial do seu ciclo de vida; Sustentação, onde ainda conseguem atrair

investimentos e reinvestimentos e, Colheita, considerada a fase de maturidade

onde os empresários colhem os investimentos realizados nas duas fases

anteriores.

Nascimento e Reginato (2009) abordam as fases de crescimento,

sustentação e colheita da seguinte forma: crescimento, onde o principal foco é

direcionado a novos mercados, novos produtos e serviços, sistemas,

funcionários, novos canais de marketing, vendas e distribuição, buscando

manter um nível equilibrado de seus gastos com o desenvolvimento desses

produtos e processos; a fase de Sustentação direciona suas medidas

financeiras à lucratividade, onde a análise da receita é realizada por meio dos

indicadores como o lucro operacional e a margem bruta, podendo avaliar assim

o nível de capital, por meio do retorno sobre o capital investido e o valor

econômico agregado. Em se tratando da fase de Colheita, a empresa deve

fazer o uso do fluxo de caixa operacional e direcionar sua atenção para a

diminuição do capital de giro.

1.1.3.2 Perspectiva dos Clientes

De acordo com Santos (2006), essa perspectiva identifica quais os

fatores que são importantes na concepção dos clientes, que em geral situa-se

em torno de quatro categorias: tempo, que se tornou uma importante arma

competitiva, a capacidade de atender com rapidez e confiança às solicitações

dos clientes é um grande diferencial para as negociações; a qualidade e o

desempenho que deixaram de ser vantagens estratégicas tornando-se

necessidades competitivas, muitas empresas que não foram capazes de

oferecer de forma confiável produtos e serviços sem defeitos ofuscaram sua

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imagem perante o mercado. Por fim, o serviço que está diretamente ligado ao

preço. Se uma unidade de negócios estiver seguindo uma estratégia

diferenciada neste fator, sem dúvida, apresentará melhores resultados

futuramente.

Kaplan e Norton (1997) demonstram na figura 2 os principais indicadores

utilizados nessa perspectiva, sendo eles: a participação de mercado, a

captação, a retenção, a lucratividade e o nível de satisfação dos clientes.

Figura 2: A perspectiva dos clientes – medidas essenciais

Fonte: Kaplan e Norton, 1997, p.72.

Atualmente as organizações não podem mais concentrar suas

capacidades internas apenas em desempenho dos produtos e inovação

tecnológica. Segundo Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006), a perspectiva

dos clientes mede a participação da empresa perante o mercado e o

relacionamento com os clientes a serem incrementados. Seus indicadores

visam à lealdade dos clientes e à pontualidade nas entregas.

Prado (2002) expõe que a perspectiva dos clientes proporciona aos

executivos uma ideia clara de seus segmentos alvos, representando as metas

para as operações de logística, marketing e desempenho de produtos e

serviços da empresa.

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1.1.3.3 Perspectiva dos Processos Internos

Conforme Kaplan e Norton (1997), na perspectiva dos processos

internos, os executivos identificam os processos mais críticos da empresa, a

fim de realizar os objetivos dos clientes e acionistas. As organizações

costumam formular essa perspectiva após desenvolver a perspectiva financeira

e dos clientes, pois esta sequência permite à entidade mais foco para a

aplicação de seus processos.

Os sistemas convencionais de medição de desempenho focalizam apenas a monitoração e a melhoria dos indicadores de custo, qualidade e tempo dos processos de negócios existentes. O balanced scorecard, ao contrário, faz com que os requisitos de desempenho dos processos internos decorram das expectativas de participantes externos específicos (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 121).

A perspectiva dos processos internos, de acordo com Nascimento e

Reginato (2009), envolve três processos principais: inovação, operações e

serviço pós-venda, tendo como objetivo atender às necessidades dos clientes.

Essa cadeia tem início no processo de inovação, no qual é identificado o

mercado e visualizada a oferta dos produtos e serviços. O processo de

operações abrange a geração e a entrega dos produtos e serviços; e no

processo de pós-venda são realizados contatos com os clientes para avaliar o

nível de satisfação com os produtos ou com os serviços prestados.

1.1.3.4 Perspectiva do Aprendizado e Crescimento

Segundo Santos (2006), essa perspectiva oferece a base para a

obtenção dos objetivos das outras perspectivas. Com isso, identifica-se a

estrutura necessária para proporcionar o crescimento e melhorias em longo

prazo, a qual provém de três fontes principais: pessoas, sistemas e

procedimentos organizacionais.

Padoveze (2010) aborda sobre o enfoque dessa perspectiva, onde

relaciona o aprendizado e crescimento com os recursos do sistema. No BSC, a

ênfase dada na capacitação do funcionário é o capital humano e intelectual,

considerado o elemento mais importante do sistema da empresa.

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20

A perspectiva de aprendizado e crescimento, de acordo com Nascimento

e Reginato (2009), oferece à infraestrutura que os possibilita a execução de

objetivos ambiciosos nas outras perspectivas, ou seja, seus vetores de

resultados são excelentes indicadores para as demais. Considerando a

competência dos funcionários destacam-se: as habilidades estratégicas, os

níveis de treinamento e o crescimento das habilidades.

1.2 Planejamento Estratégico

Oliveira (1999) define planejamento estratégico como um método

gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa,

visando a um maior grau de interação e abrangência com o ambiente

organizacional.

Bethlem (2004) define o planejamento estratégico como o processo pelo

qual a empresa encontra a solução para os problemas atuais e futuros,

proporcionando melhor aproveitamento das oportunidades e buscando

minimizar os riscos da organização de possíveis ameaças. O passo inicial para

sua execução é estabelecer a missão, visão, estratégias e propósitos

organizacionais. Em seguida, elabora-se um plano estratégico onde a empresa

deve definir algumas questões, como: o que é, o que faz, onde e como está, e

planejar situações, como: o que quer fazer, como e onde quer estar em

determinado momento do futuro. Com isso, será possível avaliar a situação

interna: dos recursos, carências, forças e fraquezas da empresa e a situação

externa: analisando as características do ambiente de mercado, as

oportunidades e as ameaças.

De acordo com Barbosa e Brondani (2005), para entender o

planejamento estratégico é preciso examinar a estrutura organizacional da

empresa, geralmente dividida em três níveis: alta administração, unidades de

negócios da empresa e produto. Portanto, é responsabilidade da alta

administração elaborar e desenvolver o planejamento estratégico corporativo

para levar a empresa a um futuro promissor e rentável.

“O planejamento no mundo dos negócios representa o mesmo papel que

o plano de voo para o aviador ou o plano de navegação para o comandante de

uma embarcação.” (COBRA, 1991, p.19).

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21

1.2.1 Visão de Futuro

Conforme Barbosa e Brondani (2004), a visão da empresa é uma

espécie de declaração dos rumos, da direção que a mesma pretende tomar, de

suas aspirações, suas crenças, sua postura. O método mais comum para se

elaborar a visão de futuro de uma empresa busca comprometer todos os níveis

da organização, começando pelos mais baixos, de onde devem partir as ideias,

relatos e sugestões, sendo, então, aprimorados pelas gerências e pela alta

administração até que tome forma.

Nascimento e Reginato (2009) expõem que a visão de uma organização

é a análise de todas as partes que compõem suas necessidades, sejam elas

pertencentes ao ambiente externo ou ao interno, ou seja, para obter controle

dos ambientes organizacionais é preciso uma análise de todos os aspectos e

processos desenvolvidos e envolvidos pela empresa.

1.2.2 Objetivos Organizacionais

De acordo com Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006), um objetivo

organizacional é uma meta para a qual a organização direciona seus esforços.

Os objetivos fornecem o fundamento para o planejamento, a organização, a

motivação e o controle da entidade. Eles podem ser divididos em dois grupos:

objetivos de curto prazo que normalmente alcançam um período de um a dois

anos a serem executados e os objetivos de longo prazo, que são as metas

estendidas por um período entre três a cinco anos.

Conforme Nascimento e Reginato (2009), o objetivo de uma organização

é estruturar suas transações com o ambiente, como meio de proteção e

ampliação da capacidade de agregar valor aos clientes, acionistas,

empregados e à sociedade em que atua.

Barbosa e Brondani (2005) expõem que os objetivos de uma empresa

devem ser definidos de maneira agressiva e desafiadora, porém é preciso

considerar as limitações da organização. Eles podem ser qualitativos e

quantitativos e precisarão obedecer as metas e aos prazos previstos no

planejamento.

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22

1.2.3 Objetivos Estratégicos

Bethlem (2004) afirma que a estrutura do poder de uma empresa é

determinada por seus objetivos, suas estratégias e suas políticas, pelos

procedimentos, programas e pelas estruturas. Esses fatores resultam no

relacionamento da empresa com os demais sistemas e indivíduos que

constituem a mesma, e analisa os problemas comportamentais de participação,

motivação, persuasão, aceitação, mudança e comunicação.

De acordo com Baraldi (2005), os objetivos estratégicos englobam

visões de diferentes autores e empreendedores, usando como fonte de

recursos inúmeros objetos e variadas abordagens práticas. Os objetivos devem

ser flexíveis perante os diversos cenários, níveis de competências e os ganhos

de conhecimentos que os colaboradores vão agregando com o tempo.

“O alinhamento contínuo dos objetivos estratégicos, das metas de

desempenho e dos focos estratégicos individuais é fundamental para o

sucesso da empresa.” (BARALDI, 2005, p. 20).

1.2.4 Estratégias Organizacionais

As empresas, conforme Bethlem (2004), necessitam de capacidades

para constantes mudanças em seu dia a dia ou não estarão aptas às condições

do ambiente organizacional. As entidades de sucessos precisam ser

inovadoras, ou seja, capazes de criar maneiras, formas ou processos de mudar

as características dos mercados em que atuam, dos processos que utilizam,

dos produtos que disponibilizam para o mercado e do comportamento de seus

acionistas e colaboradores. Para isto, é preciso entender que estratégia é um

conceito que deve ser aprendido e bem executado, a fim de transformar as

ideias em ações. Com isso, as inovações ou modificações desenvolvidas irão

agregar valor à empresa e proporcionar vantagens sobre seus concorrentes.

Oliveira (1999) define estratégia organizacional como um caminho

estabelecido e adequado para alcançar resultados da empresa, representados

por seus objetivos, desafios e metas.

Conforme Cobra (1991), a capacidade estratégica de uma empresa

depende do talento de seus executivos e de sua potencialidade. Sem eficácia

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competitiva, os recursos disponíveis tornam-se improdutivos. Uma empresa de

sucesso é avaliada não só pela qualidade de seu desempenho financeiro,

como também pelas habilidades de manobrar perante as turbulências

ambientais, ou seja, deve-se analisar as qualidades dos recursos humanos e

as forças organizacionais, além dos processos financeiros e tecnológicos.

Através de sua eficácia estratégica, a empresa pode obter vantagens competitivas importantes. E com a ajuda de seus profissionais, ela pode tornar-se apta a neutralizar suas fraquezas e as ameaças, maximizando as oportunidades de mercado em busca de um contínuo desenvolvimento (COBRA, 1991, p. 39).

1.2.5 Análise do Ambiente

Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006) ressaltam que a análise do

ambiente pode ajudar a garantir o sucesso organizacional, porém para se

executar uma análise efetiva e eficiente, a empresa deve ter um amplo

conhecimento de como os ambientes estão estruturados. O ambiente de uma

entidade geralmente é dividido em três níveis: geral, operacional e interno. As

empresas devem entender quais fatores estes níveis englobam e como a

relação presente entre esses fatores afetam o desempenho apresentado pela

empresa.

Segundo Andreuzza (2012), a análise do ambiente está diretamente

ligada com a análise de cenários. Sua abordagem utiliza como principais

instrumentos os aspectos econômicos, políticos, legais, tecnológicos e

socioculturais. Todas as organizações possuem, no seu ambiente interno,

pontos fortes e pontos fracos, e também estão sujeitas em seu ambiente

externo a várias ameaças e inúmeras oportunidades, e essa é a base para a

matriz strengths, weaknesses, opportunities and threats (SWOT).

Conforme Medeiros et al. (2012), a matriz SWOT avalia a posição

competitiva de uma empresa no mercado analisando seus pontos fortes e

fracos, suas ameaças e oportunidades. É possível identificar, na figura 3, os

pontos fortes e as oportunidades como fatores positivos e os pontos fracos e as

ameaças no eixo dos fatores negativos. Após a montagem, a visualização do

cenário da empresa fica bastante simples, facilitando a sua análise e a procura

de sugestões para o processo decisório.

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24

Figura 3: Matriz SWOT

Fonte: Medeiros et al., 2012, p. 6.

Barbosa e Brondani (2005) expõem que o ambiente interno de uma

organização deve considerar os seguintes fatores para análise de seus pontos

fortes e fracos, sendo eles: a trajetória da empresa, seu modelo de gestão, sua

estrutura, o ambiente organizacional, seus resultados nas áreas comercial e

financeira, suas estratégias, assim como, o desempenho de sua qualificação

técnica e evolução dos processos produtivos. Ao analisar o ambiente externo, é

preciso considerar dados e fatores de fornecedores, concorrentes e clientes,

compreender os aspectos políticos, sociais, econômicos, entre outros que

possam causar algum efeito sobre a organização.

1.3 BSC como sistema de alinhamento ao planejamento estratégico

De acordo com Galindo (2005), as organizações empresariais se

entendidas como sistemas integrados ao ambiente, exigem dos gestores o

entendimento de que estão cercadas por um cenário repleto de incerteza,

complexidade e mudanças, com isso as mesmas necessitam de mais

flexibilidade e velocidade perante as exigências do mercado. Desta forma as

organizações devem proporcionar uma base a seus executivos por meio de

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informações adequadas que possibilitem o alinhamento e a sinergia entre os

processos operacionais e gerenciais como a visão e missão da empresa.

Kaplan e Norton (1997) demonstram de maneira simplificada como o

BSC auxilia no alimento do planejamento estratégico de uma empresa,

expondo os seguintes fatores na figura 4.

Figura 4: Um sistema gerencial diferente para implementação da estratégia

Fonte: Kaplan; Norton, 1997, p. 205.

a) Esclarecimento e tradução da visão e da estratégia: a estratégia é o

ponto de referência para todo o processo gerencial e a visão

compartilhada é a base para o aprendizado estratégico;

b) Comunicação e vinculação: o alinhamento das metas ocorre de cima

para baixo; a remuneração está vinculada à estratégia; a educação e

a comunicação aberta sobre a estratégia constituem a base para o

empowerment dos funcionários, ou seja, a delegação de poderes de

decisão, autonomia e participação dos colaboradores na

administração da empresa;

c) Planejamento e estabelecimento de metas: as metas de superação

são estabelecidas e aceitas; iniciativas estratégicas são claramente

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identificadas; investimentos são determinados pela estratégia e

orçamentos anuais são vinculados aos planos de longo prazo;

d) Feedback e aprendizado e crescimento: sistema de feedback, um

procedimento que consiste em informações de determinada pessoa

sobre seu desempenho, é utilizado para testar as hipóteses nas

quais a estratégia se baseia; solução de problemas em equipe; o

desenvolvimento da estratégia é um processo contínuo.

1.3.1 Integração das medidas do BSC à estratégia

Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006) expõem que a maior dificuldade

de uma empresa é conseguir que todo o time opere de forma alinhada com o

pensamento estratégico de seus executivos. Tornando-se cada vez mais

escassos os modelos adequados de gestão e de comunicação, o BSC se

destaca, pois é um instrumento de medida que inclui todos os fatores críticos

de sucesso e não apenas os indicadores financeiros.

Conforme Santos (2006), o BSC transformou-se em uma importante

ferramenta gerencial associada a um novo e diferenciado cenário

mercadológico, criando um segmento de entidades estruturadas sob as

exigências da estratégia, o mesmo preserva a ênfase nos resultados

financeiros e associa todas as demais medidas a seus objetivos.

Kaplan e Norton (1997) abordam três princípios que permitem a

integração do BSC à estratégia, sendo eles: as relações de causa de efeito que

definem a estratégia como um conjunto de hipóteses que, se aplicadas ao

scorecard adequadamente, torna explícita a sequência das relações entre as

medidas de resultados e os vetores de desempenho; os resultados e vetores

de desempenho que por sua vez refletem na singularidade da estratégia da

organização, como exemplo: os vetores financeiros de lucratividade, os

segmentos de mercado em que a empresa opta em competir, os processos

internos específicos e os objetivos de aprendizado e crescimento que

oferecerão propostas de valor a segmentos específicos. Por fim, as relações

com os fatores financeiros que devem enfatizar fortemente os resultados, como

o retorno sobre o capital empregado ou o valor econômico agregado, sempre

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27

considerando todos os fatores de resultado que influenciam diretamente os

clientes e geram alteração no resultado financeiro.

Scarpinelli, Romagnolli e Araujo (2007) expõem que os vetores de

desempenho demonstram como está a satisfação dos clientes com o produto

comprado ou com o serviço prestado; a retenção dos clientes; a habilidade dos

funcionários, verificando como os mesmos tratam seus clientes por meio de

entrevistas ou até mesmo do pós-vendas e, por fim, a lucratividade e a

participação da empresa no mercado em que atua. Com isso, é possível definir

vetores de desempenho como as tendências da organização, ou seja, a

estratégia de cada departamento da empresa e os resultados que cada um

representa.

1.3.2 Mapa Estratégico

O mapa estratégico de acordo com Nara, Storch e Storch (2004) aborda

o processo de transformação dos ativos intangíveis em resultados tangíveis

para os clientes. Essa ferramenta fornece aos executivos um referencial para a

descrição e gerenciamento da estratégia.

Figura 5: Modelo do mapa estratégico

Fonte: Vasques, 2012.

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Conforme Vasques (2012), é possível identificar o planejamento

estratégico orientado pelo mapa analisando o mesmo em dois passos:

a) Com base nas perspectivas dos clientes e financeira é possível

entender o cenário interno e externo que afeta a estratégia da

organização e então montar uma proposta de valor aos clientes, que

por sua vez, serão os responsáveis pelas receitas que a organização

conquista;

b) Em função do pretendido e planejado, a empresa trabalhará em

ações orientadas à melhoria e inovação de seus processos,

produtos, pessoas e tecnologia, fazendo com que sua cadeia

produtiva consiga fornecer os resultados ideais aos clientes. Neste

tópico avaliam-se as perspectivas dos processos internos e de

aprendizado e crescimento.

1.3.3 Mensuração do Desempenho

Cavalheiro, Marconatto e Amaral (2006) expõem que o BSC proporciona

uma gestão estratégica nos diversos setores de uma organização,

disponibilizando à entidade uma abordagem estratégica focada num sistema de

comunicação e medição do desempenho.

De acordo com Kallás e Ribeiro (2008), os indicadores-chave de

desempenho podem ser medidos e acompanhados através do sucesso de

cada objetivo. O BSC deve ser a combinação adequada dos indicadores de

ocorrências com os indicadores de tendências, ou seja, a combinação do

resultado com a análise do desempenho. Enquanto os indicadores de

ocorrência demonstram o desempenho das ações passadas, os indicadores de

tendência indicam os possíveis resultados futuros. Um indicador de longo prazo

quando utilizado na gestão estratégica deve estar:

a) ligado ao propósito da organização e com os objetivos estratégicos;

b) sujeito a ser mensurado durante certo espaço de tempo;

c) aceitável pelas pessoas da organização;

d) flexível para modificações que se mostrem necessárias;

e) motivador e simples.

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Quadro 1: Indicadores de desempenho

Perspectiva Objetivo Indicador

Aprendizado e Crescimento

Desenvolver Cultura de

Desempenho

Aprendizado e Crescimento

Desenvolver Proficiência

Tecnológica

Aprendizado e Crescimento

Desenvolver Pessoas

n = número de colab./ x = média avaliada do colab.

Aprendizado e Crescimento

Captar Talentos Humanos

Processos Internos

Aumentar Eficiência nos

Projetos

Processos Internos

Melhorar Canais de

Comunicação

Processos Internos

Consolidar Parceiros de

Negócio

Processos Internos

Ampliar Portfólio de

Serviços

Clientes

Satisfazer os Clientes

Clientes

Reter Clientes-Alvo

Clientes

Crescer Seletivamente

Financeira

Aumentar o Lucro

Financeira

Crescimento Sustentável

Financeira

Aumentar a Receita com o

Mix Equilibrado

Fonte: Gasparetto et al., 2007, p. 9.

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CAPÍTULO II

EMPRESA JBS S/A

2 EMPRESA JBS S/A DIVISÃO HIGIENE E LIMPEZA

2.1 A empresa JBS S/A

A JBS S/A é a maior empresa em processamento de proteína animal do

mundo, atuando nas áreas de alimentos, couros, biodiesel, colágeno, latas,

higiene e limpeza. A companhia está presente em todos os continentes, com

plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália,

EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países.

A empresa preocupa-se com o meio ambiente e acredita que seu

desenvolvimento e crescimento devem estar associados à sustentabilidade, por

isso investe constantemente na melhoria da cadeia produtiva com foco na

redução de possíveis impactos ambientais.

2.1.1 Missão

Ser o melhor naquilo que se propuser a fazer, com foco absoluto nas

atividades, garantindo os melhores produtos e serviços aos clientes, solidez

aos fornecedores, rentabilidade satisfatória aos acionistas e a certeza de um

futuro melhor a todos os colaboradores.

2.1.2 Visão

Ser uma empresa de excelência nos produtos e serviços, agregando

conhecimento, tecnologia e os valores essenciais para superar as expectativas

do mercado. Para alcançar seu objetivo busca trabalhar e obter a liderança em

todas as áreas de atuação, procurando aumentar o valor econômico agregado,

concedendo a liberdade empreendedora necessária e tornando-se um parceiro

confiável para assegurar o sucesso financeiro, minimizar tempo, melhorar a

qualidade e reduzir os custos em todos os segmentos em que atua ativamente.

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2.1.3 Valores

Os valores desenvolvidos pela empresa são: planejamento,

determinação, disciplina, disponibilidade, franqueza e simplicidade.

2.2 Estrutura organizacional: Divisão de Higiene e Limpeza

Na estrutura organizacional da divisão higiene e limpeza estão situados

em média seiscentos funcionários, onde são divididos por área conforme

mostra o organograma abaixo. Eles podem ser classificados da seguinte

maneira:

a) Diretos: industrial sabonete, industrial sabão e industrial massa base;

b) Indiretos: planejamento e controle de produção, qualidade

assegurada, planejamento e controle de manutenção e engenharia

de confiabilidade;

c) Administrativos: comercial, exportação e controladoria.

Figura 6: Organograma divisão higiene e limpeza

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.1 Clientes

A divisão de higiene e limpeza possui uma ampla carteira de clientes,

sendo que os principais estão relacionados no quadro a seguir.

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Quadro 2: Percentual em relação ao faturamento total por segmento

Segmento de massa % Segmento de sabonete %

Cliente massa A 25% Cliente sabonete A 56%

Cliente massa B 21% Cliente sabonete B 28%

Cliente massa C 18% Cliente sabonete C 10%

Cliente massa D 15% Cliente sabonete D 4%

Cliente massa E 13% Cliente sabonete E 2%

Cliente massa F 5%

-

Clientes pequenos 3% -

100%

100%

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.2 Concorrentes

2.2.2.1 Terceiristas

a) Concorrente A: possui saboaria própria e tem mão de obra

especializada. Esse concorrente trabalha com volumes pequenos e

atende clientes em comum com a JBS. Representa uma grande

ameaça, pelo fato de possuir saboaria própria, tecnologia e

capacidade de produção;

b) Concorrente B: grande capacidade fabril, muito competitivo para alto e

baixo volume, tem bons equipamentos e alta tecnologia, porém não

tem mão de obra especializada. Representa grande ameaça em

função da tecnologia, alta capacidade de produção e por acesso

direto aos fornecedores de sebo;

c) Concorrente C: não possui saboaria, mas tem mão de obra

especializada e trabalha com volumes pequenos;

d) Concorrente D: foca em volumes pequenos e atende clientes em

comum com a JBS;

Atualmente a empresa apresenta uma posição desconfortável em

relação a pequenos volumes e especialidades, porém para grandes volumes, o

contexto é favorável.

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2.2.2.2 Fabricantes de massa

a) Fabricante A: apresenta ameaças, pois sua tabela de preço de

matéria prima encontra-se entre 10% a 15% abaixo da JBS, tem boa

tecnologia e como está na cidade de São Paulo, tem mais vantagens

no departamento de logística;

b) Fabricante B: também produz matéria-prima;

c) Fabricante C: a qualidade de sua massa oscila muito e os mesmos

acabam fornecendo mais para clientes pequenos;

d) Fabricante D: não vende massa no mercado, mas tem produção

interna para abastecimento das próprias linhas.

2.2.3 Fornecedores

A divisão de higiene e limpeza possui uma grande carteira de

fornecedores, mas os principais são os de matéria-prima, de embalagens e

insumos, especificados nos quadros a seguir.

Quadro 3: Fornecedores de matéria-prima

Fornecedor A 80%

Fornecedor B 15%

Fornecedor C 5%

100%

Fonte: JBS S/A, 2012.

Quadro 4: Fornecedores de embalagens

Fornecedor A 27%

Fornecedor B 22%

Fornecedor C 20%

Fornecedor D 12%

Fornecedor E 7%

Fornecedor F 5%

Fornecedor G 4%

Fornecedor H 3%

100%

Fonte: JBS S/A, 2012.

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Quadro 5: Fornecedores de insumos

Fornecedor A 25%

Fornecedor B 19%

Fornecedor C 12%

Fornecedor D 12%

Fornecedor E 11%

Fornecedor F 9%

Fornecedor G 7%

Fornecedor H 5%

100%

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.4 Processos Internos

Os processos internos da higiene e limpeza baseiam-se nas produções

de massa, sabão, sabonete e glicerina. A fábrica tem capacidade para

produção de líquidos, mas como os mesmos geram pouca rentabilidade, a

empresa está estudando a melhor forma para retomar a produção que hoje

está desativada. É possível visualizar na figura 7 o fluxograma com os

processos da JBS.

Figura 7: Fluxograma

Fonte: JBS S/A, 2012.

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A seguir, um resumo de como funciona a fábrica da higiene e limpeza

desde a matéria-prima até o mercado.

Demonstrando por meio de algumas ilustrações, o processo de

produção das massas base, dos sabões, sabonetes, líquidos e glicerina, o

tópico busca explicar passo a passo como esse procedimento é executado.

2.2.4.1 Matéria-prima

A JBS S/A trading é responsável pelas negociações, conhecida também

como atravessadora do grupo, realiza diversos tipos de importações e

exportações de produtos até mesmo com empresas concorrentes. Ela fornece

80% da matéria-prima para higiene e limpeza, os 20% restantes são fornecidos

por terceiros, como curtumes e frigoríficos. As principais matérias-primas são

os sebos e óleos.

Conforme a figura abaixo, os produtos chegam até à empresa, passam

por um processo de análise laboratorial para conferência de possíveis

alterações e, assim que aprovado, é feito o descarregamento para os tanques

de armazenagem.

Figura 8: Descarregamento de matéria-prima

Fonte: JBS S/A, 2012.

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Figura 9: Estocagem da matéria-prima

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.4.2 Massa Base

Após o descarregamento e armazenamento da matéria-prima, os

materiais são enviados para máquinas específicas, passando por um processo

de mistura com produtos químicos e outros insumos. Esse procedimento dá

origem às massas homogêneas de produção, que podem ser utilizadas na

própria indústria de sabonetes e sabões, ou serem vendidas para clientes.

Figura 10: Processo de mistura da matéria-prima

Fonte: JBS S/A, 2012.

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Figura 11: Massa base

Fonte: JBS S/A, 2012.

Figura 12: Ensacamento da massa base

Fonte: JBS S/A, 2012.

Após a produção da massa base, há o processo de ensacamento. Neste

momento o produto encontra-se preparado para venda no mercado interno e

externo.

Assim que ensacados são colocados nos paletes pela equipe de

movimentação e armazenagem.

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Figura 13: Armazenagem nos paletes

Fonte: JBS S/A, 2012.

Figura 14: Armazenamento da massa base

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.4.3 Sabonete

Em uma sala específica, é realizada a pesagem dos ingredientes para

fabricação dos sabonetes. Os mesmos vão para a mexedeira, onde os

operadores os misturam junto à massa base. Após ser homogeneizada, essa

massa passa pela estrusora onde será compactada e transformada em barras

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para passar na cortadeira que, por sua vez, deixa as barras no tamanho ideal

para serem moldadas e embrulhadas com cartucho ou com envoltório.

Figura 15: Sala de pesagem – sabonetes

Fonte: JBS S/A, 2012.

Figura 16: Linha de produção – sabonetes

Fonte: JBS S/A, 2012.

Após alcançar o formato ideal, os sabonetes encontram-se no processo

final de sua produção, prontos para serem embalados e vendidos. A equipe de

movimentação e embalagem transporta os mesmos para os caminhões

fretadores ou para estocagem de produtos acabados.

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2.2.4.4 Sabão

A fábrica de sabão apresenta praticamente o mesmo processo do

sabonete, o que difere são os químicos, insumos e essências. Atualmente está

sendo fabricado um volume muito menor do que sua capacidade suporta

devido à queda nas vendas.

Figura 17: Linha de produção – sabão

Fonte: JBS S/A, 2012.

2.2.4.5 Líquidos

Figura 18: Linha de produção – líquidos

Fonte: JBS S/A, 2012.

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A fábrica de líquidos, no momento, não está produzindo, devido à baixa

rentabilidade que ela gera, porém a diretoria está estudando maneiras para

voltar a fabricar esses produtos. O planejamento está previsto para que até o

final de 2012 volte à capacidade normal de produção.

2.2.5 Posicionamento de Mercado

A divisão de higiene e limpeza produz sabões e sabonetes para o

mercado interno e externo, além de ser a líder nacional na produção de massa

base para pequenas, médias e grandes empresas do segmento.

Estima-se que 98% dos lares brasileiros consumam sabonetes, o que poderia representar saturação do mercado, sem chances reais para as empresas conquistarem novos consumidores, no entanto, sinaliza novas oportunidades, visto que estes consumidores estão mais exigentes e buscam permanentemente novidades. Portanto, sair à frente com inovações é uma importante estratégia para os fabricantes. (FREIRE, 2011, p. 20)

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CAPÍTULO III

BSC UMA FERRAMENTA DE GESTÃO ESTRATÉGICA

3 APLICAÇÃO DO BSC COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA

EMPRESA JBS S/A

3.1 Introdução

Nara, Storch e Storch (2004) expõem que constantes transformações

ocorrem no ambiente que circunda as empresas, gerando, assim, contínuas

mudanças em seus processos. Visando melhorar as condições de

competitividade, lucratividade e qualidade dos produtos e serviços, as

organizações necessitam de alternativas que viabilizem a avaliação de seu

desempenho, sendo que a estratégia da empresa deve ser traduzida em

resultados que, posteriormente, possam ser acompanhados através de um

sistema de gestão bem estruturado.

O novo ambiente de negócios, de acordo com Castro e Rocha (2007),

exige das organizações o desenvolvimento de novas capacidades para

alcançar objetivos econômicos superiores. Atualmente desenvolver ativos

intangíveis passou a ser mais importante do que investir em ativos físicos. Uma

abordagem mais ampla dos ativos intangíveis é capaz de: gerar lealdade dos

clientes, oferecendo produtos e serviços inovadores, de alta qualidade, baixo

custo e um adequado tempo de entrega; gerir os recursos humanos num

contexto que promova a melhora contínua dos processos de negócios.

Gasparetto et al. (2007) afirmam que a ideia central do BSC é analisar

todo o conjunto de fatores relevantes no ciclo operacional dos negócios, como

as relações com o mercado, respostas ao ambiente externo e sinergia dos

setores internos.

Diante do exposto, foi realizado um estudo de caso na empresa JBS

S/A, no período de fevereiro a outubro de 2012, analisando a aplicação do

balanced scorecard como ferramenta de gestão. As técnicas de pesquisas

utilizadas foram: entender o modelo de negócio e as principais informações que

proporcionam uma avaliação mais abrangente da situação atual e futura da

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organização e de seus ambientes. Utilizando como base os indicadores

financeiros e não financeiros, a visão e objetivos estratégicos, a matriz SWOT,

e os processos de aprendizado e crescimento que a empresa engloba.

3.2 Modelo de Negócio

A empresa produz sabonete, massa base, sabão e glicerina para

terceiros, com foco na eficiência de produção, qualidade e tecnologia,

atendendo, assim, às expectativas dos clientes a um custo competitivo.

3.2.1 Segmentos de Clientes

Os segmentos de clientes definem os diferentes grupos de pessoas ou

organizações que a empresa pretende atender e servir, com isso o estudo é

realizado por meio dos seguintes questionamentos: para quem os valores

estão sendo direcionados e quem são os clientes mais importantes.

Devido a concorrência crescente, os valores estão sendo direcionados

para a produção de sabonete de alto volume, ou seja, a fabricação de uma

grande quantidade. Isto porque a empresa é a primeira do mercado neste

segmento, porém falta investimento para as especialidades que produzem uma

quantidade menor. A qualidade da massa base também é um diferencial,

tornando-se outro fator que agrega valor a mesma.

Os clientes mais importantes concentram-se nos segmentos

farmacêutico e químico, porém eles apresentam um elevado volume de venda

para um único cliente, o que pode representar um risco para a empresa. Assim,

a JBS pretende buscar novos clientes para sua carteira.

3.2.2 Relacionamento com clientes e canais de distribuição

Descreve como a empresa comunica-se e atinge os clientes para

oferecer sua proposta de valor. Estão compreendidos os canais de

comunicação, distribuição e vendas. Para esse item avaliam-se através de

quais canais os segmentos dos clientes da empresa JBS querem ser

alcançados e como essa relação é atualmente.

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Análise do relacionamento, suporte, pós-venda e canais de distribuição

que a empresa apresenta:

a) Relacionamento Comercial: através de telefonemas e visitas, porém a

empresa pretende melhorar os atendimentos e fazer mais visitas;

b) Suporte Técnico: não oferece suporte técnico devido ao ramo de suas

atividades;

c) Pós-venda: devido o contato contínuo que os colaboradores do

relacionamento comercial tem com os clientes, o pós-venda é

executado paralelo ao mesmo. É realizada uma pesquisa sobre suas

mercadorias, atendimento, entrega, dentre os diversos fatores que

circundam o ciclo dos produtos até o consumidor final;

d) Canais de distribuição: a empresa possui dois tipos de canais, sendo

eles: a frota própria JBS e a frota de terceiros. A maior parte dos

canais concentram-se na frota tercerizada representando um

percentual de 95%, isso porque seu custo é mais baixo e o

atendimento mais eficiente.

3.2.3 Proposta de Valor

A proposta de valor abrange o conjunto de produtos e serviços que cria

valores a específicos segmentos de clientes. Para isto, questiona-se por quais

atributos a empresa quer ser reconhecida pelos clientes e se eles estão

satisfeitos.

Análise dos fatores que agregam valor aos produtos e processos:

a) Qualidade: a qualidade do produto final é excelente;

b) Atendimento: a empresa procura oferecer um atendimento

diferenciado, porém ainda apresenta falhas no processo;

c) Prazo: é de acordo com cada cliente e com o tempo de contrato, mas

em média os mesmos têm trinta dias para efetuar o pagamento;

d) Credibilidade, segurança e responsabilidade: a JBS responsabiliza-se

por todos os procedimentos até a entrega do produto;

e) Custo Industrial: é baixo devido à tecnologia empregada e a garantia

do preço fixo;

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f) Diferencial, desenvolvimento e inovação: o diferencial está na

qualidade do produto. A JBS preocupa-se com cada ponto negativo

que possa afetar o desenvolvimento e crescimento comercial.

3.2.4 Atividades-chave

As atividades-chave são os processos que uma empresa deve realizar

para fazer seu modelo de negócio funcionar. Para esse item, a pesquisa busca

responder quais atividades-chave são requeridas pela proposta de valor.

Análise das atividades-chave desenvolvidas:

a) negociação de compra;

b) controle de estoques;

c) relacionamento com clientes;

d) logística de recebimento que está ligada ao controle de estoques;

e) gestão do ciclo financeiro;

f) logística de entrega;

g) produção.

3.2.5 Principais Recursos

São os mais importantes ativos requeridos pela operação do modelo de

negócios – exemplo: ativos físicos, intelectuais, humanos e financeiros. Para

esse tópico questionam-se quais os principais recursos requeridos para a

proposta de valor, para a linha de produção, pelos canais de distribuição e

pelos modelos de relacionamento com clientes.

Relação dos principais recursos que a empresa possui:

a) fábrica;

b) equipamentos, tecnologia;

c) qualidade e a garantia de oferta da matéria-prima;

d) outros insumos;

e) mão de obra especializada;

f) marca JBS – força no grupo.

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3.2.6 Principais Alianças

Avalia-se neste tópico quais são as principais parcerias e os

fornecedores mais importantes que a empresa apresenta.

Devido os canais de distribuição utilizarem 95% de frota terceirizada, a

empresa necessita de uma aliança de confiança para a entrega de suas

mercadorias, com isso selecionou uma transportadora como parceira.

Os principais fornecedores são os de matéria-prima e embalagens, isto

porque a empresa necessita de um volume mais elevado destes materiais na

composição de seus produtos.

3.2.7 Estrutura de Custos

Questionam-se neste item, quais são os principais custos que o produto

representa para a garantia da proposta de valor e o atendimento aos clientes.

Abrangendo desde a matéria-prima, item de maior valor agregado até as

utilidades como a energia e o vapor.

Quadro 6: Análise por item de quanto representa cada custo ao produto

Produto %

Matéria-prima 48%

Embalagens/ Químicos 33%

Mão-de-obra 12%

Fretes 4%

Utilidades (Energia / Vapor) 3%

100%

Fonte: JBS, 2012.

a) Mesmo a JBS sendo gestora da matéria-prima, o custo não é

diferenciado;

b) O custo da mão de obra industrial é o mais baixo, porém se melhorar

a tecnologia possibilita ainda mais sua redução.

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3.2.8 Fontes de Receitas

As fontes de receitas são as mercadorias vendidas aos clientes. Neste

item questiona-se por quais valores os mesmos estão pagando atualmente.

a) Sabonete, sabão, líquido: o preço de venda é calculado por caixa

unitária;

b) Glicerina e sebo: são calculados conforme seu peso devido à unidade

de medida ser o quilo.

3.3 Análise do Ambiente

3.3.1 Político Legal

O ambiente político legal da empresa JBS apresenta uma repercussão

favorável para o desenvolvimento da mesma proporcionando, assim, inúmeras

oportunidades. Os fatores que impactam esse ambiente são:

a) legislação restritiva para derivados de petróleo;

b) fim da guerra fiscal (ICMS);

c) rastreabilidade do sebo (Amazônia Legal).

3.3.2 Econômico

O ambiente econômico atualmente não apresenta uma repercussão

positiva para os processos da empresa, devido aos seguintes fatores:

a) o aumento da concorrência;

b) o aumento do poder aquisitivo da classe C e o desenvolvimento

econômico de outras regiões que ameaçam os negócios de sabão e

sabonete em barra.

3.3.3 Sociocultural

No ambiente sociocultural a empresa também não está constituindo

muitas vantagens, isto porque os seguintes fatores estão influenciando:

a) mudança de costume e hábitos de consumo;

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b) com a economia de água, o uso dos sabões e sabonetes

consequentemente está sendo reduzido;

c) uso do sabão e sabonete líquido.

3.3.4 Tecnológico

O ambiente tecnológico é uma parte muito importante para o

desenvolvimento dos processos, porém a eficiência da empresa está dividida

entre seus fatores da seguinte forma:

a) Inovação de mercado – produtos e equipamentos: neste tópico o

impacto é negativo, pois a empresa não está acompanhando a

inovação do mercado, devido estar investindo em outras áreas;

b) Tecnologia – investimento em qualidade: neste tópico o impacto é

positivo, pois o investimento em qualidade tem sido priorizado. Com

isso, seus produtos estão apresentando um padrão diversificado.

3.3.5 Ambiental

A análise do ambiente sustentável divide-se entre pontos positivos e

negativos, devido aos seguintes fatores:

a) Produtos naturais: substituição do sebo por gordura vegetal,

considerada uma ameaça. Essa mudança pode acarretar problemas à

fabricação devido a alteração de sua matéria-prima;

b) Uso de material reciclável: ótimo fator. Apresenta oportunidades para

a empresa e reduz o custo de sua fabricação, pois é possível fazer a

reutilização de materiais;

c) Boas práticas de fabricação: um ponto positivo. A empresa investe e

valoriza produtos de qualidade;

d) Controle ambiental dos resíduos: impacto ambiental. Esse tópico é

muito complexo, e apresenta uma forte ameaça, isto porque a

repercussão que essa questão vem apresentando atualmente é cada

vez maior e, se não controlada da forma adequada, pode ser

prejudicial à imagem que a empresa passa ao mercado.

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3.3.6 Matriz SWOT

Quadro 7: Modelo de matriz SWOT

FORÇAS

Custo de produção baixo (custo fixo);

Alta tecnologia produtiva;

Capacidade de produção;

Baixo custo logístico (próximo a clientes e fornecedores);

Mão de obra especializada e treinada;

Gerenciamento da qualidade;

Garantia de fornecimento da matéria-prima principal e garantia por meio de terceiros de estabilidade no preço do sebo.

FRAQUEZAS

Nem sempre tem o melhor custo de matéria-prima;

Dificuldade de atendimento a pequenos volumes; Alto custo de estoque.

OPORTUNIDADES

Entrada de novos clientes no mercado; Grandes players buscando novos

terceiristas; Mercado de marcas próprias

crescendo; Mercado de cosméticos e sabonete

líquido crescendo.

AMEAÇAS

Concentração de clientes;

Programação de compra do principal cliente oscila muito;

Clientes estão demorando para aceitar a estabilidade do preço do sebo;

Mudança do sabonete em barra para sabonete líquido;

Concorrentes terceiristas em crescimento com saboaria, parque industrial moderno e capacidade ociosa;

Mercado passa a demandar pequenos volumes;

Fonte: Elaborada pelos autores, 2012.

3.4 Desdobramento do balanced scorecard

Após analisar as informações necessárias para a composição do BSC,

foi possível esclarecer a visão e a estratégia organizacional, proporcionar a

comunicação e vinculação dos processos, estabelecer metas através de um

planejamento, direcionar os processos de feedback e aprendizado e

crescimento e montar a estrutura de um mapa estratégico, relacionando assim

cada perspectiva aos dados colhidos na pesquisa.

O BSC, decididamente não é apenas um painel de indicadores, mas uma ferramenta gerencial de indiscutível utilidade para facilitar o trabalho dos líderes empresariais na construção de sistemas de gestão estratégica. (CHIAVENATO; CERQUEIRA, 2003, p.61).

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3.4.1 Esclarecimento e tradução da visão e da estratégia

A visão estratégica da JBS busca excelência em seus produtos e

serviços, almejando agregar conhecimento, tecnologia e os valores essenciais

em seus processos. Trabalhando para obter a liderança em todas as áreas de

atuação, a empresa procura aumentar o valor econômico agregado de seus

produtos e conceder a liberdade empreendedora necessária para tornar-se um

parceiro confiável a outras organizações, isto para assegurar o sucesso

financeiro, minimizando o tempo de produção, melhorando a qualidade e

reduzindo os custos em todos os segmentos que atua ativamente. A visão

compartilhada é a base para o aprendizado e crescimento da organização, e o

ponto de referencia para todo o processo gerencial, com isso, as estratégias

adotadas pela empresa devem girar em torno das metas descritas na visão do

negócio.

3.4.2 Comunicação e Vinculação

A comunicação e vinculação dos processos estão diretamente ligadas

ao alinhamento das metas, a remuneração e educação dos funcionários. Com

isso a JBS necessita:

a) melhorar setup das linhas por meio de treinamentos, para alcançar

mais flexibilidade no atendimento aos clientes, passando a atender

volumes pequenos;

b) buscar fazer com que as negociações do preço da matéria-prima

ocorram diretamente entre o cliente e a trading;

c) buscar parcerias para atuar nos mercados de cosméticos e sabonete

líquido.

3.4.3 Planejamento e estabelecimento de metas

Estabelecidas as metas para as perspectivas, financeira, dos clientes,

dos processos internos e de aprendizado e crescimento, os executivos podem

então avaliar se as iniciativas atuais permitirão atingir os objetivos previstos no

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planejamento, ou se serão necessárias novas iniciativas. Para o ano de 2012 a

JBS estabeleceu as seguintes estratégias:

a) ter mentalidade diferenciada, oferecendo cada vez mais serviços

competitivos como atendimento, versatilidade, desenvolvimento e

logística ao mercado, garantindo aumento da receita e produtividade;

b) buscar novos clientes;

c) buscar novos terceiristas, oferecendo redução de custos;

d) produzir para marcas que hoje têm produção própria;

e) desenvolver a linha de marcas próprias junto a varejistas e

atacadistas;

f) fornecer novas opções de massa base no mercado, como a massa

pré-formulada que atenda às necessidades específicas dos clientes.

Com isso será possível obter maior valor agregado, reduzindo os

custos de estoque e operações do cliente;

g) investir em pequenos negócios com maior valor agregado.

3.4.4 Feedback e aprendizado e crescimento

a) sistema de feedback: incentivar o desempenho dos colaboradores faz

com que o rendimento dos mesmos ofereça melhores resultados à

entidade. Com isso a JBS busca proporcionar aos funcionários

suportes de motivação e crescimento profissional buscando um

retorno positivo;

b) o trabalho em equipe é uma das iniciativas adotadas pela empresa, a

convivência e a troca de informações faz com que o serviço

executado pelo colaborador tenha mais consistência e qualidade;

c) o nível de capacitação, motivação e satisfação dos funcionários está

vinculado à remuneração, disponibilidade dos recursos, ao capital

humano e intelectual e às habilidades estratégicas.

A implementação de uma estratégia começa pela educação daqueles que têm de executá-la. Um programa de comunicação com base ampla compartilha com todos os empregados a estratégia e os objetivos críticos que eles têm que atingir se quiserem que a estratégia seja bem sucedida. (CAVALHEIRO; MARCONATTO; AMARAL, 2006, p.21).

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3.4.5 Mapa Estratégico

Figura 19: Modelo de mapa estratégico

Fonte: Elaborado pelos autores, adaptado de Nara, Storch e Storch (2004) e Vasques (2012).

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3.4.6 Análise das Perspectivas

a) Perspectiva financeira: a empresa JBS encontra-se na fase de

colheita, onde a mesma deve fazer o uso do fluxo de caixa

operacional e direcionar sua atenção para a diminuição do capital de

giro. Essa perspectiva tem como objetivo aumentar as vendas e o

mix de produtos, cumprir com os compromissos financeiros e reduzir

os custos, proporcionando, assim, o crescimento e desenvolvimento

almejado pela entidade e acionistas;

b) Perspectiva dos clientes: tempo, qualidade, desempenho e serviço

são fatores que se enquadram nessa perspectiva. A empresa JBS

oferece um bom suporte a seus clientes, com produtos diferenciados

e pontualidade nas entregas. Esse desempenho faz com que a

participação da empresa perante o mercado tenha resultados

compensadores;

c) Perspectiva dos processos internos: com base nos processos de

inovação, operações e tecnologia, essa perspectiva procura

identificar os processos mais críticos desenvolvidos pela entidade. A

empresa JBS apresenta resultados positivos neste item, pois tem

ferramentas que possibilitam a execução e o desenvolvimento

desses processos. Mesmo não tendo um ciclo de inovação frequente

para os instrumentos de produção, a entidade investe na qualidade,

fazendo com que o resultado final de suas operações seja

satisfatório;

d) Perspectiva de aprendizado e crescimento: esta perspectiva provém

de três fontes principais: pessoas, sistemas e procedimentos

organizacionais. Na empresa JBS esta questão é bem executada,

pois a mesma oferece treinamentos e incentiva o desenvolvimento e

aperfeiçoamento dos funcionários aumentando, assim, o nível de

capacitação, motivação e satisfação que eles representam.

Disponibiliza também os recursos essenciais para que o serviço seja

realizado com qualidade e eficácia.

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3.5 Discussão e parecer final sobre o caso

A proposta de pesquisa procura aplicar as ferramentas do balanced

scorecard como um instrumento para a gestão estratégica de uma

organização, utilizando como base um estudo de caso na empresa JBS S/A,

uma entidade de grande porte que industrializa produtos de higiene e limpeza

para mercado interno e externo.

O BSC, conforme Santos (2006), transformou-se em uma importante

ferramenta gerencial, associado a um novo e diferenciado cenário

mercadológico. É um medidor de resultados que proporciona a unidade de

negócios uma visão futura de sua situação. Por meio de indicadores financeiros

e não financeiros, avalia quais as reais necessidades que a empresa

apresenta, direcionando uma solução, com base em resultados concretos, ou

seja, por meio de um planejamento.

O estudo realizado na empresa JBS teve início com a análise da missão,

visão, valores, clientes, fornecedores e concorrentes, com o entendimento do

modelo do negócio, do ciclo dos processos e do posicionamento de mercado

que a empresa apresenta.

Após analisar as informações necessárias para a formulação do BSC,

foram identificados os fatores que compõem essa ferramenta, sendo eles: os

segmentos e o relacionamento com os clientes, os canais de distribuição, a

proposta de valor, as atividades-chave desenvolvidas, os principais recursos,

as principais alianças, a estrutura de custos, as fontes de receitas, a ligação

com o ambiente político legal, econômico, social, tecnológico e ambiental e a

matriz SWOT.

Com a análise destas informações, foi possível esclarecer a visão e a

estratégia organizacional, proporcionar a comunicação e vinculação dos

processos, estabelecer metas através de um planejamento, direcionar os

processos de feedback e aprendizado e crescimento e montar a estrutura de

um mapa estratégico, relacionando, assim, cada perspectiva aos dados

colhidos na pesquisa.

Nara, Storch e Storch (2004) expõem o mapa estratégico como o

processo de transformação dos ativos intangíveis em resultados tangíveis para

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os clientes. Essa ferramenta fornece aos executivos um referencial para a

descrição e gerenciamento da estratégia.

Trabalhando dentro das perspectivas descritas no modelo do BSC,

financeira, dos clientes, dos processos internos, de aprendizado e crescimento,

e ainda acrescentando uma quinta perspectiva, a de sustentabilidade, foi

elaborado o mapa estratégico. Esta ferramenta expõe todos os procedimentos

desenvolvidos durante certo período e proporciona a direção para decisões

futuras. É, sem dúvida, um instrumento diversificado que, além de aumentar a

rentabilidade, preocupa-se com o ambiente organizacional e as pessoas

envolvidas.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Diante do estudo realizado e o confronto da teoria com a prática, foi

possível identificar a relação dos dados colhidos na empresa com os

instrumentos compostos pelo BSC, propondo:

a) os clientes mais importantes concentram-se nos segmentos

farmacêutico e químico, porém eles apresentam um elevado volume

de venda para um único cliente, o que pode gerar um risco para a

empresa. Com isso recomenda-se a busca de novos clientes;

b) atualmente a empresa apresenta uma posição desconfortável em

relação a pequenos volumes e especialidades. Desta forma, sugere-

se buscar parcerias para a fabricação em quantidades menores e de

forma mais diversificada;

c) a organização oferece um bom suporte a seus clientes, com produtos

diferenciados e pontualidade nas entregas. Esse desempenho faz

com que a participação da empresa perante o mercado tenha

resultados positivos, todavia a JBS precisa melhorar o atendimento

investindo no setup das linhas por meio de treinamentos, para

alcançar mais flexibilidade e eficácia e fazer visitas aos clientes com

mais frequência para detectar suas necessidades;

d) considerando que o diferencial da JBS é a qualidade e o custo da

mão de obra industrial é baixo, seria interessante avaliar a viabilidade

de melhorar a tecnologia atualmente utilizada, possibilitando ainda

mais a redução dos custos e aumentando a eficiência dos processos;

e) atualmente está sendo fabricado um volume consideravelmente

menor que a capacidade da fábrica de sabão em barra suporta,

devido a queda nas vendas. Recomenda-se a realização de um

trabalho para aumentar a comercialização destes produtos,

possibilitando o aumento da produtividade e diminuindo sua

capacidade ociosa;

f) fornecer novas opções de massa base no mercado, como a massa

pré-formulada que atenda às necessidades específicas dos clientes.

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Com isso será possível obter maior valor agregado, reduzindo os

custos de estoque e operações do cliente;

g) o aumento do poder aquisitivo da classe C e o desenvolvimento

econômico de outras regiões abrangidas pela empresa conforme

constatado na pesquisa, ameaçam os negócios de sabão e sabonete

em barra. Com isso, sugere-se a reativação da fábrica de líquidos

ampliando sua estrutura para a produção de sabonetes líquidos;

h) Procurar utilizar o mapa estratégico sugerido na figura 22 como

forma de nortear o planejamento organizacional.

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CONCLUSÃO

Através da pesquisa desenvolvida foi possível perceber a importância do

balanced scorecard para o planejamento estratégico de uma organização. Por

meio de suas quatro perspectivas equilibradas proporciona à empresa uma

visão em longo prazo de sua real situação.

De acordo com Nascimento e Reginato (2009), as mudanças que vêm

ocorrendo no ambiente mercadológico exigem rápidas e contínuas adaptações

das entidades, visando não só seu crescimento, mas principalmente sua

sobrevivência no mercado. Dentre os sistemas de controle gerenciais

existentes, o BSC tem se destacado muito e proporcionado às empresas

resultados eficazes.

O tema desenvolvido é um método para o gerenciamento de entidades

que buscam crescimento organizacional com uma administração bem

estruturada. Para o profissional da área contábil, esta ferramenta proporciona

informações mais claras e precisas de procedimentos como a projeção dos

ativos intangíveis, investimento eficiente e eficaz para seu capital de giro,

decisões para o aumento da lucratividade através da redução dos custos de

produção e o estabelecimento de metas para aumento das vendas detectando

as alterações nos nichos do mercado, controle do fluxo de caixa, crescimento e

desenvolvimento de pessoal, entre outros diversos fatores que englobam os

processos de uma empresa.

O processo de elaboração do BSC de acordo com Padoveze (2010) é

executado em quatro etapas, sendo elas: tradução da visão, comunicação e

comprometimento, planejamento de negócios e feedback e aprendizado.

Diante do exposto foi realizado um levantamento de diversas

informações do ciclo operacional da empresa, como o estudo de seu modelo

de negócios, de seus ambientes analisando as forças e fraquezas que a

empresa apresenta e estudando as oportunidades e ameaças do mercado em

que atua, da sua visão e estratégias, dos processos de feedback e aprendizado

e crescimento e a estrutura do mapa estratégico.

Portanto, pode se concluir que o balanced, se alinhado ao planejamento

estratégico oferece a empresa vantagens competitivas e desenvolvimento

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organizacional, além de proporcionar ferramentas que auxiliam os executivos a

aumentar a lucratividade e o retorno sobre seu capital.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUÇÃO

Serão apresentados os objetivos do estudo de caso, os métodos e

técnicas utilizados na coleta de dados e o período do levantamento, assim

como as dificuldades e facilidades encontradas.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado:

a) Descrição dos procedimentos utilizados pela empresa na elaboração do

planejamento estratégico;

b) Política de gestão voltada para treinamento e desenvolvimento de

pessoal;

c) Análise dos fatores chaves para gerar mais valores aos clientes e

acionistas;

d) Depoimentos de profissionais da área.

1.2 Discussão

Através da pesquisa realizada, será feito um confronto entre a teoria

estudada e a prática realizada pela empresa.

1.3 Parecer Final

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou

modificações de procedimentos.

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APÊNDICE B – Roteiro de observação sistemática

I – IDENTIFICAÇÃO

Empresa: _______________________________________________________

Ramo de atividade: _______________________________________________

Localidade: _____________________________________________________

II – ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Indicadores financeiros e não financeiros;

2 Processos internos;

3 Desenvolvimento de pessoal;

4 Rentabilidade dos acionistas;

5 Necessidades dos clientes;

6 Planejamento estratégico;

7 Visão organizacional;

8 Análise do Ambiente;

9 Participação da empresa perante o mercado;

10 Mensuração do desempenho.

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APÊNDICE C – Roteiro de entrevista para o gerente administrativo e

profissionais da área

I – IDENTIFICAÇÃO

Formação: ______________________________________________________

Experiência: _____________________________________________________

Localidade: _____________________________________________________

II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Quais os benefícios que o BSC proporciona a uma empresa quando

aplicado como ferramenta de gestão empresarial?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2 É possível ter uma visão futura das estratégicas organizacionais

aplicando-as no BSC?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3 Quais as dificuldades na implantação do BSC na empresa?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4 O planejamento estratégico quando elaborado em sinergia com o

balanced scorecard pode oferecer melhores resultados à empresa?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5 É viável para a empresa JBS aplicar esta ferramenta?

______________________________________________________________

______________________________________________________________