bacia hidrogrÁfica

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Conceito de Bacia Hidrográfica Entende-se por Bacias Hidrográficas, localidades da superfície terrestre separadas topograficamente entre si, cujas áreas funcionam como receptores naturais das águas da chuva. Devido a isso, todo o volume de água captado não infiltrado é automaticamente escoado por meio de uma rede de drenagem das áreas mais altas para as mais baixas, seguindo uma hierarquia fluvial, até concentrarem-se em um único ponto, formando um rio principal. Assim, o conceito de Bacia Hidrográfica pode ser entendido por meio de dois aspectos: Rede Hidrográfica e Relevo. 1. A Rede Hidrográfica Rede Hidrográfica significa um conjunto de cursos d‟água (rios) dispostos em hierarquias encontrados nas bacias hidrográficas. Os rios de primeira ordem correspondem às nascentes, onde o volume de água ainda é baixo. Os rios de segunda ordem correspondem à junção de dois rios de primeira ordem e os rios de terceira ordem, a junção de dois de segunda, assim sucessivamente, formando uma hierarquia. A conclusão dessa análise é de que, quanto maior for a ordem do rio principal, maior será a quantidade de rios existentes, e maior será também sua extensão. Em microbacias, os rios principais serão no máximo de 3° ordem, enquanto que em grandes bacias hidrográficas, como a do rio Tietê, por exemplo, pode-se chegar até a 10° ordem. Além disso, o escoamento das águas dentro de uma bacia segue um outro caminho, bem mais

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BACIA HIDROGRÁFICA 1 ANO E.M.

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Conceito de Bacia Hidrográfica Entende-se por Bacias Hidrográficas, localidades da superfície terrestre separadas topograficamente entre si, cujas áreas funcionam como receptores naturais das águas da chuva. Devido a isso, todo o volume de água captado não infiltrado é automaticamente escoado por meio de uma rede de drenagem das áreas mais altas para as mais baixas, seguindo uma hierarquia fluvial, até concentrarem-se em um único ponto, formando um rio principal. Assim, o conceito de Bacia Hidrográfica pode ser entendido por meio de dois aspectos: Rede Hidrográfica e Relevo.

1. A Rede Hidrográfica Rede Hidrográfica significa um conjunto de cursos d‟água (rios) dispostos em hierarquias encontrados nas bacias hidrográficas. Os rios de primeira ordem correspondem às nascentes, onde o volume de água ainda é baixo. Os rios de segunda ordem correspondem à junção de dois rios de primeira ordem e os rios de terceira ordem, a junção de dois de segunda, assim sucessivamente, formando uma hierarquia. A conclusão dessa análise é de que, quanto maior for a ordem do rio principal, maior será a quantidade de rios existentes, e maior será também sua extensão. Em microbacias, os rios principais serão no máximo de 3° ordem, enquanto que em grandes bacias hidrográficas, como a do rio Tietê, por exemplo, pode-se chegar até a 10° ordem. Além disso, o escoamento das águas dentro de uma bacia segue um outro caminho, bem mais

lento, através da infiltração no solo, em direção ao leito fluvial ou seguindo outros estratos geológicos subterrâneos que levam aos grandes aqüíferos. Uma outra característica importante no estudo sobre Bacias Hidrográficas é a questão escalar. Dependendo da escala adotada é possível verificar detalhes como relevo, solo, ocupação humana, encontrados em microbacias (escala local), até a abrangência de uma mesobacia (escala continental), resultado do agrupamento de inúmeras microbacias. 2. Relevo De modo geral, uma Bacia Hidrográfica pode ser melhor caracterizada, analisando-se seu perfil topográfico.

Dentro desta perspectiva de análise, é possível observar as seguintes partes de uma bacia: 2.1.Interflúvios São regiões mais elevadas de uma Bacia Hidrográfica, servindo de divisor entre uma bacia e outra. Também são chamados de divisores topográficos ou divisores de água, e também vulgarmente de espigões dependendo da análise. Nos interflúvios predominam os processos de erosão areolar (em círculos), realizadas pelo intemperismo físico e químico, que tendem a rebaixar o relevo. Os sedimentos resultantes desses processos tendem a se deslocar em direção ao leito fluvial (canal do rio), caracterizando assim uma região fornecedora de material. 2.2.Vertentes Por definição, é considerada uma vertente, qualquer superfície que possua uma inclinação superior a 2°, ângulo suficiente para haver escoamento da água. Entretanto, as vertentes são mais do que superfícies inclinadas; são consideradas as partes mais importantes de uma bacia, principalmente por estabelecerem uma conexão dinâmica entre os topos dos interflúvios e o fundo do vale, ou leito fluvial, e por comportarem geralmente, a maior parte da vegetação.

Além de servirem de região de transportes de sedimentos, a inclinação das vertentes é fundamental na densidade de drenagem em uma bacia. Em vertentes muito inclinadas e sem a presença de vegetação nas suas encostas, o resultado em geral é rápido e desastroso. A perda de solo causa voçorocas (grandes buracos) e os sedimentos são carreados em direção ao fundo do vale, ocasionando o assoreamento do rio, tornando-se mais raso. 2.3. O Leito Fluvial O leito fluvial é denominado como sendo o canal de escoamento de um rio.

2.4. Leito da Vazante Região mais baixa da bacia hidrográfica, onde o rio escoa em época de seca, isto é, com

sua menor vazão anual.

2.5. Leito Menor O leito menor é considerado como sendo o leito do rio propriamente dito, por ser bem

encaixado e delimitado, caracterizando-se também como a área de ocupação da água em

época de cheia.

2.6. Leito Maior Denominado também como planície de inundação, é nessa área que ocorrem as cheias

mais elevadas, denominadas enchentes.

2.7. Perfil Longitudinal de um Rio O perfil longitudinal de um rio está intimamente ligado ao relevo, pois corresponde à

diferença de altitude entre a nascente e a confluência com um outro rio. Por isso, ao

analisar o perfil longitudinal, é possível constatar sua declividade ou gradiente

altimétrico, pois se trata de uma relação visual entre a altitude e o comprimento de um

determinado curso d’água.

Através do perfil longitudinal é possível também classificar cada trecho do rio ao longo

do seu canal de escoamento:

2.8. A cidade de São Carlos São Carlos está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Monjolinho, e este por sua vez

situa-se na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, inserida na Bacia Hidrográfica do Paraná,

que por sua vez, está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio da Prata.

A cidade é cortada pelos rio Monjolinho, Gregório e Santa Maria do Leme, e pelos

córregos, Tijuco Preto, Simeão, Água Quente e Água Fria.

Clique na imagem

ou aqui para visualizar as sub-bacias da região urbana de São Carlos

Fonte: CDCC

http://www.ufscar.br/aprender/aprender/2010/06/bacias-hidrograficas/

Bacia hidrográfica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bacia hidrográfica do Rio Douro na Península Ibérica

Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água é o

conjunto de terras que fazem a drenagem da água dasprecipitações para esse

curso de água e seus afluentes.

A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que

orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.

Essa área é limitada por um divisor de águas que a separa das bacias

adjacentes e que pode ser determinado nas cartas topográficas. As águas

superficiais, originárias de qualquer ponto da área delimitada pelo divisor, saem

da bacia passando pela seção definida e a água que precipita fora da área da

bacia não contribui para o escoamento na seção considerada. Assim, o

conceito de bacia hidrográfica pode ser entendido através de dois

aspectos: Rede Hidrográfica e Relevo. Em qualquer mapa geográfico as terras

podem ser subdivididas nas bacias hidrográficas dos vários rios.

Catalogações de especialistas em geografia, de acordo com a maneira como

fluem as águas, classificam as bacias hidrográficas em:

Exorreica, quando as águas drenam direta ou indiretamente para o mar;

Endorreica, quando as águas caem em um lago ou mar fechado;

Arreica, quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos;

Criptorreica, quando o rio se infiltra no solo sem alimentar lençóis freáticos

ou evapora;

A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a

captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às

suas características geográficas e topográficas.

A história do homem sempre esteve muito ligada às bacias hidrográficas: a

bacia do rio Nilo foi o berço da civilização egípcia; os mesopotâmicos se

abrigaram no vale dos rios Tigre eEufrates; os hebreus, na bacia do rio Jordão;

os chineses se desenvolveram às margens dos rios Yangtzé e Huang Ho; os

hindus, na planície dos rios Indo e Ganges, apenas para citar os maiores

exemplos.

Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os

“divisores de água” (tergos), cristas das elevações que separam a drenagem

de uma e outra bacia, “fundos de vale” – áreas adjacentes a rios ou ribeiros e

que geralmente sofrem inundações, “sub-bacias” – bacias menores,

geralmente de alguma afluente do rio principal, “nascentes” – local onde a água

subterrânea brota para a superfície formando um corpo de água, “áreas de

descarga” – locais onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão,

“recarga” – local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático, e

“perfis hidrogeoquímicos” ou “hidroquímicos” – características da água

subterrânea no espaço litológico.

Às vezes, as regiões hidrográficas são confundidas com “bacias hidrográficas”.

Porém, as bacias hidrográficas são menores – embora possam se subdividir

em sub-bacias (por exemplo: a bacia amazônica contém as sub-bacias

hidrográficas dos rios Tapajós, Madeira e Negro), e as regiões hidrográficas

podem abranger mais de uma bacia.

Bacia

Rede hidrográfica

BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS As principais bacias hidrográficas brasileiras são: Bacia Amazônica, Bacia do Araguaia/Tocantins, Bacia Platina, Bacia do São Francisco e Bacia do Atlântico Sul.

BACIA AMAZÔNICA Seus principais rios são:

1. Rio Amazonas 2. Rio Solimões 3.Rio Negro 4. Rio Xingu 5. Rio Tapajós 6. Rio Jurema 7. Rio Madeira 8. Rio Purus 9. Rio Branco 10. Rio Juruá 11. Rio Trombetas 12. Rio Uatumã 13. Rio Mamoré

É a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de 7.000.000 km2, dos quais aproximadamente 4.000.000 km2 estão situados em território brasileiro, e o restante distribuído por oito países sul-americanos: Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia. Tem a sua vertente delimitada pelos divisores de água da cordilheira dos Andes, pelo Planalto das Guianas e pelo Planalto Central. Seu principal rio nasce no Peru, com o nome de Vilcanota, e depois recebe as denominações de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Ao entrar no Brasil, passa a se chamar Solimões, até o encontro com o Rio Negro, passando a ser chamado a partir daí de Rio Amazonas. É o rio mais extenso do planeta, com 6.868 km de comprimento, e de maior volume de água, com drenagem superior a 5,8 milhões de km2. Sua largura média é de 5 km, chegando a mais de 50 km em alguns trechos. Possui cerca de 7 mil afluentes. Possui ainda, grande número de cursos de águas menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. A maioria de seus afluentes nasce nos escudos dos Planaltos das Guianas e Brasileiro na Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Possui o maior potencial hidrelétrico do país, mas a baixa declividade do seu terreno dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas. Na época das cheias, ocorre o fenômeno conhecido como "Pororoca", provocado pelo encontro de suas águas com o mar. Enormes ondas se formam, invadindo o continente. Localizada numa região de planície,a Bacia Amazônica possui cerca de 23 mil km de rios navegáveis, possibilitando o desenvolvimento do transporte hidroviário. O Rio Amazonas é totalmente navegável. A Bacia Amazônica abrange os estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso. O Rio Amazonas é atravessado pela linha do Equador, portanto possui afluentes nos dois hemisférios. Os principais afluentes da margem esquerda são o Japurá, o Negro e o Trombetas e da margem direita o Juruá, o Purus, o Madeira, o Xingu e o Tapajós.

Rio Negro

BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA

SEUS PRINCIPAIS RIOS SÃO: 1. Rio Araguaia 2. Rio Tocantins É a maior bacia localizada inteiramente em terri 10.0pt; font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Times New Roman; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-family: Times New Roman"> Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins-Araguaia, estão os rios do Sono, Palma e Melo Alves, todos situados na margem direita do rio Araguaia. Seu rio principal, o Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná, em Goiás, percorrendo 2.640 km até desembocar na foz do Amazonas. Durante o período de cheias, seu trecho navegável é de 1.900 km, entre as cidades de Belém (PA) e Peixe (GO). Em seu curso inferior situa-se a Hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país, que abastece os projetos de mineração da Serra do Carajás e da Albrás. O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no Mato Grosso, na fronteira com Goiás. Tem cerca de 2.600 km de extensão. Desemboca no rio Tocantins em São João do Araguaia, logo antes de Marabá. No extremo Nordeste de Mato Grosso, o rio divide-se em dois braços, pela margem esquerda o rio Araguaia e pela margem direita o rio Javaés, por aproximadamente 320 km, formando a ilha de Bananal, maior ilha fluvial do mundo. O rio é navegável por cerca de 1.100 km, entre São João do Araguaia e Beleza, porém, não possui nenhum centro urbano de destaque ao longo desse trecho. O regime hidrológico da bacia é bem definido. No Tocantins, a época de cheia estende-se de outubro a abril, com pico em fevereiro, no curso superior, e março, nos cursos médio e inferior. No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas em decorrência do extravasamento da planície do Bananal. Os dois rios secam entre maio e setembro, com picos de seca em setembro. A construção da hidrovia Araguaia-Tocantins tem sido questionado por ONGs que criticam os impactos ambientais que poderão ser causados. Por exemplo, a hidrovia cortaria 10 áreas de conservação ambiental e 35 áreas indígenas, afetando cerca de 10 mil índios.

Rio Araguaia

BACIA DO SÃO FRANCISCO Divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso – BA; Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.

Possui área de aproximadamente 645.000 km2 e é responsável pela drenagem de 7,5% do território nacional. É a terceira bacia hidrográfica do Brasil, ocupando 8% do território nacional. É a segunda maior bacia localizada inteiramente em território nacional. A bacia encontra-se no estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito Federal. Situa-se quase inteiramente em áreas de planalto. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano, o que possibilita a sobrevivência da população ribeirinha de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades e a criação de gado. Possui grande aproveitamento hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, como também parte da região Sudeste. Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, o São Francisco percorre 3.160 km. Seus principais afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande na margem esquerda e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande na margem direita. Embora atravesse um longo trecho em clima semi-árido, é um rio perene e navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora (MG) até a

cachoeira de Paulo Afonso. Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu potencial hidrelétrico aproveitado através das Usinas de Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, entre outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais populosas e de mais antigo povoamento: Sudeste e Nordeste.

BACIA PLATINA

É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Seus principais rios são: 1. Rio Uruguai 2. Rio Paraguai 3. Rio Iguaçu 4. Rio Paraná 5. Rio Tietê 6. Rio Paranapanema 7. Rio Grande 8. Rio Parnaíba 9. Rio Taquari 10. Rio Sepotuba É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com 1.397.905 km2. Se estende por Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das hidrelétricas em operação ou construção do Brasil. O rio da Prata se origina do encontro dos três principais rios desta bacia: Paraná, Paraguai e Uruguai. Eles se encontram na fronteira entre a Argentina e o Uruguai. A bacia do Paraná possui localização geográfica privilegiada, situada na parte central do Planalto Meridional brasileiro. O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o segundo em extensão na América. É formado pela junção dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina de Itaipu, entre outras. Os afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus afluentes vem sendo aumentada pela construção da hidrovia Tietê-Paraná. A hidrovia serve para o transporte de cargas, pessoas e veículos,

tornando-se uma importante ligação com os países do Mercosul. São 2.400 km de percurso navegável ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em função de suas diversas quedas, o rio Paraná possui navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo o centro-sul da América do Sul, desde as encostas dos Andes até a Serra do Mar. A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de 345.000 km2. Atravessa a Planície do Pantanal e é muito utilizada na navegação. O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao longo dos territórios brasileiro e paraguaio. Tem sua origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá (MT). Seus principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Antes de se juntar ao rio Paraná para formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha o Paraguai e a Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância, como o Pantanal mato-grossense. A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com potencial hidrelétrico, e outro de planície, entre São Borja e Uruguaiana (RS). O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), servindo de divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, entre Uruguai e Argentina. Possui uma extensão de aproximadamente 1.500 km e deságua no Estuário do Prata. Seu curso superior é planáltico e possui expressivo potencial hidrelétrico. Os cursos médio e inferior são de planície e oferecem condições favoráveis para a navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto. Fazem parte de sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini. O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco expressivo quer seja em termos de navegação, quer seja em termos de produção hidrelétrica.

BACIA DO ATLÂNTICO SUL

O Brasil possui ao longo de seu litoral três conjuntos de bacias secundárias denominadas bacias do Atlântico Sul, divididas em três trechos: Norte-Nordeste, Leste e Sudeste. Estes trechos não possuem ligação entre si, foram agrupados por possuírem rios que correm próximo ao litoral e deságuam no Oceano Atlântico. Seus principais rios são:

1. Oiapoque 2. Gurupi 3. Parnaíba 4. Jequitinhonha 5. Doce O trecho Norte-Nordeste é formado por rios perenes que correm ao norte da bacia Amazônica e entre as fozes dos rios Tocantins e São Francisco. Entre seus rios, destacam-se: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru; Mearim e Parnaíba. São cinco braços principais, cobrindo uma área de 2.700 km2. O principal rio é o Parnaíba, com 970 km de extensão. Sua foz, localizada entre Piauí e Maranhão, forma o único Delta Oceânico da América. O rio Parnaíba é também uma importante hidrovia utilizada no transporte dos produtos agrícolas da região. O trecho Leste é formado pelas bacias dos rios que correm entre a foz do São Francisco e a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Seus rios de maior destaque são: Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu. Seu rio mais importante é o Paraíba do Sul, localizado entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Possui, ao longo de seu curso, grande aproveitamento hidrelétrico, bem como indústrias importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional. O trecho Sudeste é formado pelas bacias dos rios que estão ao sul da divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Entre eles, destacam-se: Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape. Eles possuem importância regional pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento de água e geração de energia elétrica.

Fonte: www.geobrasil2001.hpg.ig.com.br

Hidrografia do Brasil

Conhecer a hidrografia de uma região significa estudar o ciclo da água que provém da atmosfera ou do subsolo. O vapor de água da atmosfera precipita-se ao se condensar. Ao entrar em contato com a superfície, a água pode seguir três caminhos: escorrer, infiltrar-se no solo ou evaporar. Na evaporação, ela retorna à atmosfera na forma de vapor. A água que se infiltra no solo e a que escorre, pela lei da gravidade, dirigem-se às depressões ou partes mais baixas do terreno, formando rios, lagos e mares. Os pontos mais altos do terreno cumprem o papel de divisores de águas entre dois rios. Entre os divisores, forma-se uma rede de captação na qual toda a água converge para o mesmo ponto, a chamada vertente. Nela se encontram as bacias hidrográficas com seus rios principais, seus afluentes e subafluentes. Se a drenagem dirige-se ao oceano, é denominada exorréica; se a água fica retida no interior do continente, por exemplo, num lago ou num deserto, a drenagem é endorréica (em grego exo significa „fora‟ e endo, „dentro‟). A densidade de rios de uma bacia relaciona-se ao clima da região. Na Amazônia, onde os índices pluviométricos são muito altos, existem muitos rios perenes e caudalosos, ou seja, que nunca secam e possuem um grande volume de água em seus leitos. Em áreas de clima árido ou semi-árido, os rios muitas vezes são temporários, secando no período em que não chove. Se um rio atravessa um deserto árido e é perene, isso significa que ele nasce em uma

área chuvosa e a captação da água ocorre fora do deserto. O rio Nilo, por exemplo, nasce no lago Vitória, na região equatorial africana, por isso consegue atravessar o deserto do Saara. As nascentes dos rios são os locais em que os níveis hidrostático ou lençol freático atinge a superfície. Em períodos de estiagem prolongada, elas chegam a secar, enquanto em épocas chuvosas o volume da água aumenta, o que demonstra que a água das nascentes é água da chuva que se infiltra no solo. Essa variação na quantidade de água no leito do rio ao longo do ano recebe o nome de regime. Se as cheias dependem exclusivamente da chuva, o regime é pluvial; se dependem do derretimento da neve, é nival; se dependem de geleiras é glacial. Muitos rios apresentam um regime misto ou complexo, como no Japão, onde os rios são alimentados pela chuva e pelo derretimento da neve das montanhas. Você já notou que os rios ou riachos que descem serras possuem um curso retilíneo? Isso acontece porque eles tem uma grande velocidade de escoamento, cujo limite máximo é encontrado nas cachoeiras. Em áreas de declive acentuado, os rios tendem a transpor ou erodir rapidamente os obstáculos. Já os rios de topografia plana, devido à baixa velocidade de escoamento são meândricos. Os meandros, portanto, são as curvas de rios que correm em áreas planas, desviando-se dos obstáculos que aparecem em seu curso. Os lagos são depressões do terreno preenchidas por água. Em regiões de estrutura geológica antiga, como no território brasileiro, elas já foram preenchidas por sedimentos e tornaram-se bacias sedimentares. As depressões podem ter origem no movimento das placas tectônicas, no vulcanismo ou no movimento das geleiras. Ao fim de um período de glaciação, as depressões cavadas pelas geleiras são preenchidas pelas águas da chuva e dos rios que a ela se dirigem, formando lagos, como no Canadá e na Escandinávia. A rede de drenagem, constituída por rios e lagos, sempre é muito importante para a prática da irrigação na agricultura. Os rios que apresentam desnível ao longo de seu curso possuem energia potencial que pode ser aproveitada para a produção de hidreletricidade, mas a navegação depende da construção de eclusas. Os lagos e os rios que correm em áreas planas são facilmente navegáveis, desde que não se formem bancos de areia em seu leito (fato comum em regiões onde o solo fica exposto à ação da erosão) e não ocorra grande diminuição do nível das águas, o que pode impedir a navegação de embarcações com maior calado (parte da embarcação que fica abaixo do nível da água).

Fonte: www.frigoletto.com.br

O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de seus rios destacam-se pela extensão, largura e profundidade. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia

elétrica. Quanto à navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto. De maneira geral, os rios têm origem em regiões não muito elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina. Em termos gerais, como mostra o mapa acima, pode-se dividir a rede hidrográfica brasileira em sete principais bacias, a saber: a bacia do rio Amazonas; a do Tocantins - Araguaia; a bacia do Atlântico Sul - trechos norte e nordeste; a do rio São Francisco; a do Atlântico Sul - trecho leste; a bacia Platina, composta pelas sub-bacias dos rios Paraná e Uruguai; e a do Atlântico Sul - trechos sudeste e sul.

BACIA DO RIO AMAZONAS Em 1541, o explorador espanhol Francisco de Orellana percorreu, desde as suas nascentes nos Andes peruanos, distante cerca de 160 km do Oceano Pacífico, até atingir o Oceano Atlântico, o rio que batizou de Amazonas, em função da visão, ou imaginação da existência, de mulheres guerreiras, as Amazonas da mitologia grega. Este rio, com uma extensão de aproximadamente 6.500 km, ou superior conforme recentes descobertas, disputa com o rio Nilo o título de mais extenso no planeta. Porém, em todas as possíveis outras avaliações é, disparado, o maior. Sua área de drenagem total, superior a 5,8 milhões de km2, dos quais 3,9 milhões no Brasil, representa a maior bacia hidrográfica mundial. O restante de sua área dividi-se entre o Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana e Venezuela. Tal área poderia abranger integralmente o continente europeu, a exceção da antiga União Soviética. O volume de água do rio Amazonas é extremamente elevado, descarregando no Oceano Atlântico aproximadamente 20% do total que chega aos oceanos em todo o planeta. Sua vazão é superior a soma das vazões dos seis próximos maiores rios, sendo mais de quatro vezes maior que o rio Congo, o segundo maior em volume, e dez vezes o rio Mississipi. Por exemplo, em Óbidos, distante 960 km da foz do rio Amazonas, tem-se uma vazão média anual da ordem de 180.000 m3/s. Tal volume d'água é o resultado do clima tropical úmido característico da bacia, que alimenta a maior floresta tropical do mundo. Na Amazônia os canais mais difusos e de maior penetrabilidade são utilizados tradicionalmente como hidrovias. Navios oceânicos de grande porte podem navegar até Manaus, capital do estado do Amazonas, enquanto embarcações menores, de até 6 metros de calado, podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru, distante 3.700 km da sua foz. O rio Amazonas se apresenta como um rio de planície, possuindo baixa declividade. Sua largura média é de 4 a 5 km, chegando em alguns trechos a mais de 50 km. Por ser atravessado pela linha do Equador, esse rio apresenta afluentes nos dois hemisférios do planeta. Entre seus principais afluentes, destacam-se os rios Iça, Japurá, Negro e Trombetas, na margem esquerda, e os rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu, na margem direita.

BACIA DO RIO TOCANTINS - ARAGUAIA A bacia do rio Tocantins - Araguaia com uma área superior a 800.000 km2, se constitui na maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. Seu principal rio formador é o Tocantins, cuja nascente localiza-se no estado de Goiás, ao norte da cidade de Brasília. Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins - Araguaia, destacam-se os rios do Sono, Palma e Melo Alves, todos localizados na margem direita do rio Araguaia. O rio Tocantins desemboca no delta amazônico e embora possua, ao longo do seu curso, vários rápidos e cascatas, também permite alguma navegação fluvial no seu trecho desde a cidade de Belém, capital do estado do Pará, até a localidade de Peine, em Goiás, por cerca de 1.900 km, em épocas de vazões altas. Todavia, considerando-se os perigosos obstáculos oriundos das corredeiras e bancos de areia durante as secas, só pode ser considerado utilizável, por todo o ano, de Miracema do Norte (Tocantins) para jusante. O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no estado de Mato Grosso, possui cerca de 2.600 km, e desemboca no rio Tocantins na localidade de São João do Araguaia, logo antes de Marabá. No extremo nordeste do estado de Mato Grosso, o rio dividi-se em dois braços, rio Araguaia, pela margem esquerda, e rio Javaés, pela margem direita, por aproximadamente 320 km, formando assim a ilha de Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. O rio Araguaia, é navegável cerca de 1.160 km, entre São João do Araguaia e Beleza, porém não possui neste trecho qualquer centro urbano de grande destaque.

BACIA DO ATLÂNTICO SUL - TRECHOS NORTE E NORDESTE Vários rios de grande porte e significado regional podem ser citados como componentes dessa bacia, a saber: rio Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. Em especial, o rio Parnaíba é o formador da fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, por seus 970 km de extensão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.

BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO A bacia do rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, e atravessa os estados da 88Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O rio São Francisco possui uma área de drenagem superior a 630.000 km2 e uma extensão de 3.160 km, tendo como principais afluentes os rios Paracatu, Carinhanha e Grande, pela margem esquerda, e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande, pela margem direita. De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso, em função da construção de hidrelétricas com grandes lagos e eclusas, como é o caso de Sobradinho e Itaparica.

BACIA DO ATLÂNTICO SUL - TRECHO LESTE Da mesma forma que no seu trecho norte e nordeste, a bacia do Atlântico Sul no seu trecho leste possui diversos cursos d'água de grande porte e

importância regional. Podem ser citados, entre outros, os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu. Por exemplo, o rio Paraíba do Sul está localizado entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os de maior significado econômico no país, possui ao longo do seu curso diversos aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte, como Campos, Volta Redonda e São José dos Campos, bem com industrias importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional.

BACIA PLATINA, OU DOS RIOS PARANÁ E URUGUAI A bacia platina, ou do rio da Prata, é constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão, sendo o segundo em comprimento da América do Sul. É formado pela junção dos rios Grande e Paranaíba. Possui como principais tributários os rios Paraguai, Tietê, Paranapanema e Iguaçu. Representa trecho da fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado o aproveitamento hidrelétrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW, maior usina hidrelétrica em operação do mundo. Posteriormente, faz fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Em função das suas diversas quedas, o rio Paraná somente possui navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio Paraguai, por sua vez, possui um comprimento total de 2.550 km, ao longo dos territórios brasileiro e paraguaio e tem como principais afluentes os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Nasce próximo à cidade de Diamantino, no estado de Mato Grosso, e drena áreas de importância como o Pantanal mato-grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de Assunción, capital do Paraguai, e forma a fronteira entre este país e a Argentina, até desembocar no rio Paraná, ao norte da cidade de Corrientes. O rio Uruguai, por fim, possui uma extensão da ordem de 1.600 km, drenando uma área em torno de 307.000 km2. Possui dois principais formadores, os rios Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico. Fazem parte da sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini. O rio Uruguai forma a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai, sendo navegável desde sua foz até a cidade de Salto, cerca de 305 km a montante.

BACIA DO ATLÂNTICO SUL - TRECHOS SUDESTE E SUL A bacia do Atlântico Sul, nos seus trechos sudeste e sul, é composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de energia elétrica.

Fonte: www.brcactaceae.org

Hidrografia do Brasil

A Hidrografia do Brasil envolve o conjunto de recursos hídricos do território brasileiro, as bacias hidrográficas, Oceano Atlântico, os rios, lagos,

lagoas,arquipélagos, golfos, baías, cataratas, usinas hidrelétricas, barragens, etc. O Brasil é um país de dimensões continentais que tem uma dos maiores complexos hidrográficos do mundo, com rios que apresentam grande extensão, grande largura e grande profundidade. Como curiosidade, destaque-se que a maior parte dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes. O fato dos rios de planalto predominarem, permite bom aproveitamento hidrelétrico. Entretanto, os rios de planície, que são em menor número, são bastante utilizados para a navegação..

Fonte: pt.wikipedia.org

Hidrografia do Brasil

Bacia Amazônica, Bacia do São Francisco, Bacia do Tocantins-Araguaia, Bacia do Prata, Bacia do Atlântico Sul O Brasil tem uma das maiores redes hidrográficas do mundo, com rios que apresentam grande extensão, largura e profundidade. A maior parte nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do Amazonas e de alguns afluentes, que têm origem na cordilheira dos Andes. O predomínio de rios de planalto permite bom aproveitamento hidrelétrico. Já os rios de planície, em menor número, são muito utilizados para a navegação. O transporte hidroviário passa a ser utilizado em maior escala no Brasil nos anos 90. Até então estava relegado a segundo plano, já que o rodoviário é mais flexível e mais rápido. Para que um rio se torne uma hidrovia são necessárias algumas obras de engenharia, que permitem ou ampliam sua navegabilidade, como a dragagem (retirada de terra do fundo), o balizamento (demarcação de canais de navegação) e a sinalização para as embarcações. Alguns dos projetos hidroviários, no entanto, causam impacto no meio ambiente quando necessitam de obras de drenagem e retificação de rios em áreas como parques, reservas, pantanais, mangues e florestas. Para gerenciar os recursos hídricos do país é instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos, pela Lei Federal 9.433, de 1997. A lei estabelece a cobrança de taxas das indústrias, empresas agropecuárias e mineradoras que usem diretamente a água proveniente dos rios. Os recursos devem ser gerenciados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas. As principais bacias hidrográficas brasileiras são a Amazônica, do São Francisco, Tocantins-Araguaia, do Prata e do Atlântico Sul. Bacia Amazônica – A maior bacia hidrográfica do mundo é a Amazônica, com 7.050.000 quilômetros quadrados, dos quais 3.904.392,8 estão em terras brasileiras. Seu rio principal nasce no Peru, no lago Lauricocha, com o nome de Vilcanota, e recebe posteriormente as denominações de Ucaiali, Urubamba e Marañón. Quando entra no Brasil passa a se chamar Solimões, até o encontro com o rio Negro, próximo de Manaus. Desse ponto até a foz recebe o nome de Amazonas. Atravessando os vales andinos e a floresta Amazônica até desembocar no oceano Atlântico, percorre 6.868 quilômetros, sendo o maior em extensão e também em vazão de água (100 mil metros cúbicos por segundo) do planeta. Sua largura média é de 5 quilômetros, alcançando 50 quilômetros em alguns trechos. Com cerca de 7 mil afluentes, conta ainda com

grande número de cursos d‟água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante – igarapés, paraná-mirins e furos. Localizada em uma região de planície, a bacia Amazônica tem cerca de 23 mil quilômetros de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é especialmente importante nos grandes afluentes do Amazonas, como o Madeira, o Xingu, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari, entre outros. Bacia do São Francisco – Possui uma área de 645.067,2 quilômetros quadrados de extensão e seu principal rio é o São Francisco. O Velho Chico, como é conhecido, nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra. Percorre Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa destes dois últimos estados, totalizando 3.160 quilômetros de percurso. É o maior rio totalmente brasileiro. Atravessa o semi-árido nordestino e torna-se fundamental na economia da região ao permitir a atividade agrícola em suas margens e oferecer condições para a irrigação artificial de áreas mais distantes. Tem afluentes permanentes, como os rios Cariranha, Pardo, Grande e Velhas, e afluentes temporários, como os rios das Rãs, Paramirim e Jacaré. Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), com extensão de 1.371 quilômetros. O potencial hidrelétrico do São Francisco é aproveitado, principalmente, pelas usinas de Xingó e Paulo Afonso. Bacia do Tocantins-Araguaia – É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 quilômetros quadrados. O rio Tocantins nasce em Goiás, no encontro dos rios Alma e Maranhão, e percorre 2.640 quilômetros até desembocar na foz do Amazonas. Seu trecho navegável, de 1,9 mil quilômetros, se encontra entre Belém (PA) e Peixe (GO), e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela Hidrelétrica de Tucuruí. O rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás, e une-se ao Tocantins no extremo norte desse estado. Bacia do Prata – O rio da Prata tem origem no encontro dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina e o Uruguai. Esses rios são os principais formadores dessa bacia, que possui 1.397.905,5 quilômetros quadrados – a segunda maior do país – e se estende por Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. O Paraná, com 2.940 quilômetros, nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divisa entre Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando, por exemplo, a Usina de Itaipu. Seus afluentes, como o Tietê e o Paranapanema, também têm grande potencial para geração de energia. Utilizado em larga escala para a navegação, o rio Paraguai tem origem na serra do Araporé, a 100 quilômetros de Cuiabá (MT), atravessa o pantanal mato-grossense, cruza o território paraguaio e deságua no rio Paraná, já na Argentina. Sua extensão é de 2.078 quilômetros, dos quais 1,4 mil estão no Brasil. O rio Uruguai, que nasce na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, na confluência dos rios Canoas e Pelotas, possui cerca de 1,5 mil quilômetros de extensão, dos quais 625 correspondem ao trecho navegável, entre São Borja e Uruguaiana (RS). Em outros trechos tem potencial hidrelétrico. Bacia do Atlântico Sul – É composta de várias pequenas e médias bacias costeiras formadas por rios que deságuam no oceano Atlântico. O trecho Norte–Nordeste engloba rios localizados ao norte da bacia Amazônica e

aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio São Francisco. Entre eles está o Parnaíba, que, ao desembocar na divisa do Piauí com o Maranhão, forma o único delta oceânico das Américas. Entre a foz do São Francisco e a divisa de Rio de Janeiro e São Paulo estão as bacias do trecho Leste, no qual se destaca o rio Paraíba do Sul. A partir dessa área começam as bacias do Sudeste-Sul. Seu rio mais importante é o Itajaí, no estado de Santa Catarina.

Fonte: paginas.terra.com.br