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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Avaliação da Ação Antiinflamatória e Antidislipidêmica de Capsicum baccatum var. pendulum L. (Solanaceae) – pimenta dedo-de-moça Márcia Keller Alves Professor orientador Dr. Jarbas Rodrigues de Oliveira Dissertação de Mestrado Porto Alegre – RS – Brasil 2006

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E

MOLECULAR

Avaliação da Ação Antiinflamatória e Antidislipidêmica de Capsicum

baccatum var. pendulum L. (Solanaceae) – pimenta dedo-de-moça

Márcia Keller Alves

Professor orientador

Dr. Jarbas Rodrigues de Oliveira

Dissertação de Mestrado

Porto Alegre – RS – Brasil

2006

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DEDICATÓRIA

Dedico com carinho àqueles que

me ensinaram os valores da vida:

meus pais, Antônio e Izaura,

exemplos de superação

e fonte inesgotável

de inspiração e amor.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Antônio Heliton Alves e Izaura Keller Alves, minhas irmãs

Sandra, Raquel e Flávia pelo apoio, incentivo, suportes financeiro e emocional e por

estarem sempre presentes. Amo vocês.

A Luciano Tedesco Matozo por seu companheirismo. Aos seus pais, avós e

demais familiares pelo carinho.

Ao meu orientador Dr. Jarbas Rodrigues de Oliveira pelo exemplo de vida,

pesquisa e orientação e pela confiança em mim depositada.

Aos colegas e amigos do Laboratório de Biofísica Celular e Inflamação, com

quem compartilhei estes dois anos de estudo e trabalho.

Às pesquisadoras Luciana Mello de Oliveira e Carolina Maria Alves Bastos pelo

auxílio recebido e pela amizade. Conhecê-las foi uma entre tantas coisas boas que

aconteceram neste mestrado.

Ao auxiliar de laboratório Eduardo Caberlon pelo excelente suporte técnico.

Ao colega e pesquisador Adroaldo Lunardelli e aos estagiários Vasyl Custódio

Saciura e Carlos Eduardo Leite pela dedicação e empenho que tiveram neste

trabalho desde seu início. Também a Henrique Bregolin Dias, Gabriela Baisch

Peres, Alessandra Bileski Magrisso, Robson Henrich Amaral e Guilherme Cardenaz

de Souza que se tornaram membros desta equipe maravilhosa de trabalho.

Aos professores e colegas Melissa Guerra Simões Pires, Denisar Melo e

Márcio Vinícius Fagundes Donadio pela ajuda nas análises estatísticas, pela

consideração e pela amizade.

Ao pesquisador e amigo Alexandre Pimenta Charcansky pelas noites e finais de

semana trabalhados na condução dos experimentos.

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Aos pesquisadores da Universidade de São Paulo Sandra Fukada, Fernando

Spiller e Fernando de Queiroz Cunha pela orientação e suporte recebidos.

Aos bioteristas da Universidade Regional de Blumenau – em especial Leandro

Junkes – pela doação de animais de laboratório, sem os quais seria impossível a

realização deste trabalho.

A todos os técnicos e responsáveis que colocaram seus laboratórios a

disposição para execução deste trabalho: Maria Antonieta Lopes de Souza e Raquel

Mattos de Oliveira (Laboratório de Biologia Celular e Tecidual da PUCRS); Maria

Anadir Martins Rodrigues (Laboratório de Bioquímica do Hospital São Lucas da

PUCRS); Carlos Alexandre Sanches Ferreira e Ricardo Flores Cazanova

(Laboratório de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia da PUCRS).

Aos demais colegas e aos professores do curso pelo companheirismo e apoio

recebidos.

A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a conclusão

desta dissertação.

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INDICE

LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................6

RESUMO.....................................................................................................................8

REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................9

1. Introdução ...............................................................................................................9

1.1.Importância Nutricional e Ações Fisiológicas ..................................................10

2. Inflamação.............................................................................................................11

2.1. Inflamação Aguda ..........................................................................................11

2.1.1. Modelos Experimentais de Inflamação Aguda ............................................12

2.2. Inflamação na Sepse .....................................................................................12

2.3. Inflamação e as Doenças Cardiovasculares ..................................................14

3. Estresse Oxidativo ................................................................................................14

3.1. Radicais Livres e Inflamação .........................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................16

OBJETIVOS ..............................................................................................................22

Objetivo Geral .......................................................................................................22

Objetivos Específicos............................................................................................22

ORIGINAL ARTICLE I (11-2006): Anti-inflammatory effects of red pepper Capsicum

baccatum on carrageenan-induced inflammation.........Erro! Indicador não definido.

ORIGINAL ARTICLE II (11-2006): Protective effects of Capsicum baccatum extract

on experimental sepsis in rat........................................Erro! Indicador não definido.

ORIGINAL ARTICLE III (11-2006): Capsicum baccatum var. pendulum modifies total

cholesterol, tc/hdl-c ratio and lipid peroxidation but not the vascular inflammation in

collared rats..................................................................Erro! Indicador não definido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................23

APÊNDICE I: Identificação da planta ........................................................................24

APÊNDICE II: Análise bromatológica de Capsicum baccatum var. pendulum ..........26

APÊNDICE III: Análise do pH do extrato de Capsicum baccatum var. pendulum .....29

ANEXO I: Comprovantes de submissão dos artigos .................................................30

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADP - adenosine diphosphate

AINEs – antiinflamatórios não esteróides

CETP – cholesteryl ester transfer protein

CIVD – coagulação intravascular disseminada

CLP – cecal ligation and puncture

Co – cobalt

CO2 – carbon dioxide

COX – cyclooxygenase

COX-2 – cyclooxygenase-2

DMO – disfunção múltipla de órgãos

DTT – dithiothreitol

EDTA – ethylenediaminetetraacetic acid

HDL-c – HDL-cholesterol

H.E – hematoxylin and eosin staining

IgE – imunoglobulin E

IMA – ischemic-modified albumin

iNOS – inducible nitric oxide synthase

i.p. – intraperitoneal

i.pl. – intrapleural

i.v. – intravenous (a)

LDH – lactate dehydrogenase

LDL – low-density lipoprotein

LPS – lipopolysaccharide

LTs – leukotriens

MCHC – mean corpuscular hemoglobin concentration

MDA – malondialdehyde

mRNA - messenger ribonucleic acid

NaCl – sodium chloride

NF-kappaB – nuclear transcription factor kappa B

NO – nitric oxide

NSAIDs – non-steroidal anti-inflammatory drugs

OFRs – oxygen-derived free radicals

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Ox-LDL – oxidized low-density lipoprotein

PAF – platelet activating factor

PBS – phosphate buffer saline

PEP – platelet-equalized plasma

PGE2 – prostaglandins E2

PGs – prostaglandins

PMN – polymorphonuclear

PPARγ – peroxisome proliferator-activated receptor gamma

PPP – platelet-poor plasma

PRP – platelet-rich plasma

ROS – reactive oxygen species

s.c. – subcutaneous

SRIS – systemic inflammatory response syndrome

TBARS – thiobarbituric acid reactive substances

TC – total cholesterol

TNF-α – tumor necrosis factor α

VRs - vanilloid receptors

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RESUMO

A pimenta Capsicum baccatum var. pendulum, conhecida popularmente como

pimenta dedo-de-moça, é bastante utilizada na gastronomia brasileira, desde a

época do Descobrimento. As pimentas têm grande importância na economia do país,

estando o Estado do Rio Grande do Sul entre os cinco maiores produtores. Estudos

mostram que as pimentas do gênero Capsicum apresentam uma série de efeitos

fisiológicos benéficos, mostrando-se excelente alimento nutracêutico. Assim, o

presente trabalho objetiva avaliar o potencial antiinflamatório da espécie C.

baccatum var. pendulum, através de diferentes modelos experimentais de

inflamação (pleurisia, peritonite, sepse e lesão vascular por posicionamento de

colar), além de avaliar a sua ação antidislipidêmica e antioxidante em animais. Os

resultados mostram que a pimenta apresenta intensa ação hipocolesterolêmica,

antiinflamatória e antioxidante, e que estes efeitos parecem estar relacionados com

a presença de capsaicinóides, vitaminas e polifenóis,

Palavras-chave: inflamação, Capsicum baccatum, colesterol, antioxidante.

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REVISÃO DA LITERATURA

1. Introdução

Ao longo da história das civilizações, muitos alimentos foram incorporados ou

eliminados da dieta, com variação no cardápio de acordo com o ambiente e hábitos

da sociedade. Há muitos dados históricos referentes à descoberta das pimentas,

alguns datam do século XV, época das grandes navegações, que permitiram o

comércio das pimentas das Américas para o mundo [1].

Segundo relatos históricos os escravos trouxeram pimentas da África para

Brasil, porém, os nativos já as utilizavam como moedas, na troca por ferramentas.

Desse modo, sabe-se que já se fazia uso das pimentas antes mesmo da chegada

dos colonizadores [2]. As pimentas conquistaram o mundo e o comércio das

especiarias com o seu colorido, ardor e beleza. As variedades do gênero Capsicum

são presença obrigatória na culinária de quase todos os povos [1].

No Brasil, são produzidas algumas dezenas de variedades dessas pimentas.

Apesar do cultivo ainda ser feito de maneira rústica, é um mercado que movimenta

em torno de 80 milhões de reais por ano, incluindo o consumo interno e as

exportações. Apenas a comercialização de sementes é responsável por um mercado

de mais de 3 milhões de reais. As pimentas vermelhas respondem pelo terceiro lugar

em produção e consumo de hortaliças para tempero no Brasil, ficando atrás apenas

do alho e da cebola [2].

O cultivo da pimenta no Brasil é praticado por agricultores de base familiar, que

exploram pequenas áreas, até 2 hectares, com o uso intensivo de mão-de-obra. Este

sistema tem alcançado até 30 toneladas por hectare, com aceitável retorno

econômico. Estima-se que a produção mundial de pimenta Capsicum ultrapasse os

2 milhões de hectares no mundo [3].

O Rio Grande do Sul é um dos cinco Estados de maior produção, atrás de

Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Ceará. É no Rio Grande do Sul que se encontra a

Capital Nacional da Pimenta: o município de Turuçu. Nos últimos 10 anos, a oferta

da pimenta Capsicum baccatum var. pendulum produzida no município chegou a

atingir em torno de mil toneladas na forma in natura, advinda de 150 famílias que

tinham na pimenta a principal fonte de renda. Atualmente são apenas 50 produtores

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e a oferta está ao redor de 500 mil quilos, direcionadas, principalmente para o

mercado fora do Estado [3].

1.1. Importância Nutricional e Ações Fisiológicas

Alguns temperos possuem efeitos fisiológicos benéficos, tais como estimular a

digestão, diminuir o colesterol, ser antidiabético, antilitogênico, antioxidante,

antiinflamatório e antimutagênico ou anticancerígeno, mostrando-se excelentes

nutracêuticos [4].

A pimenta está descrita como um alimento funcional [5,6] devido às

propriedades antioxidante, antiinflamatória, antimutagênica e quimiopreventivo do

vanilóide pungente (capsaicina) presente nas pimentas vermelhas [7]. Esta

substância mostrou ser potente como inibidora da peroxidação lipídica por radicais

livres [4,8,9]. Alimentos funcionais são definidos como qualquer substância ou

componente de um alimento que proporciona benefícios para a saúde, inclusive a

prevenção e o tratamento de doenças [6].

Sabe-se que as pimentas, juntamente com os pimentões, têm altos valores

vitamínicos [1]. São fontes de antioxidantes naturais: a vitamina C, os carotenóides

(que têm atividade pró-vitamina A), a vitamina E e as vitaminas do complexo B, bem

como os compostos fenólicos [2,10].

Alguns benefícios associados ao uso continuado de pimentas picantes foram

verificados em grupos étnicos, tais como tailandeses e africanos, que apresentam

menor nível de fibrina no sangue (componente que participa da formação do trombo)

e baixa incidência de tromboembolismo [2].

A ação digestiva dá-se através da capsaicina, que estimula as enzimas

responsáveis pela digestão ou de secreção de bile. Deste modo, a ingestão de

capsaicina diminui significativamente o tempo de trânsito gastrintestinal dos

alimentos [11,12]. Estudos apontam que essa exibe propriedade antiinflamatória e

pode ser útil na melhora de doenças inflamatórias e como agente preventivo [13].

Ensaios com ratos alimentados com dieta hiperlipídica e, posteriormente,

adicionadas pequenas quantidades de pimenta Capsicum annuum ou capsaicina,

mostraram efeito hipocolesterolêmico e hipotrigliceridêmico [4]. Outros estudos

demonstram não causar alterações de peso total ou peso de órgãos isolados,

alterações histológicas ou efeitos tóxicos específicos [14-16].

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A pimenta Capsicum annuum sp. é largamente usada como um tempero e

exibe uma extensa gama de propriedades fisiológicas e farmacológicas. Em coelhos,

mostrou atenuar a atividade da CETP (cholesteryl ester transfer protein), modificar o

perfil de lipídios no plasma, diminuir o índice de aterosclerose e ainda aumentar a

excreção fecal de triglicerídios [14].

2. Inflamação

Inflamação é uma reposta localizada e protetora à invasão do organismo por

material estranho, particularmente microbial, a fim de destruir ou eliminar o agente

agressor, e recuperar o tecido lesado. Resposta a trauma mecânico, toxinas e

neoplasia também pode causar reações inflamatórias. O acúmulo e subseqüente

ativação de leucócitos são eventos centrais na patogênese de muitas formas de

inflamação [17].

O aumento do ácido araquidônico geralmente acompanha a inflamação e o

dano tecidual, e é convertido a prostaglandinas pela enzima ciclooxigenase (COX)

[18]. As drogas utilizadas como fármacos antiinflamatórios são os glicocorticóides e

os antiinflamatórios não esteróides (AINEs). Os glicocorticóides agem sobre os

vasos sanguíneos, as células inflamatórias e mediadores inflamatórios [19],

enquanto os AINEs possuem a capacidade de diminuir a formação de

prostaglandinas pela inibição das enzimas COX-1 e COX-2 [20].

A histamina é liberada em praticamente todos os tecidos do corpo quando eles

são lesados ou sofrem inflamação, sendo o aumento da permeabilidade vascular um

dos efeitos clássicos da histamina nos vasos de menor calibre e resulta na

passagem de líquido e proteínas do plasma para o espaço extracelular e

conseqüente formação de edema [21,22].

2.1. Inflamação Aguda

A inflamação é caracterizada numa forma aguda por um clássico sinal de dor,

calor, rubor, inchaço e perda de função, envolvendo uma série de eventos incluindo

vasodilatação, alterações no fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular, exsudação

de fluídos e migração de leucócitos para o foco inflamatório. Uma série de

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mediadores está envolvida no acúmulo de fluído e células na cavidade pleural em

várias doenças pulmonares inflamatórias, como citocinas e prostaglandinas [23,24].

2.1.1. Modelos Experimentais de Inflamação Aguda

Os modelos de inflamação aguda induzida por carragenina têm mostrado que

ocorre uma reação inflamatória aguda, caracterizada por acúmulo de exsudato

pleural, exsudação plasmática medida pela concentração de proteína e pela intensa

migração de leucócitos polimorfonucleares (PMN) para a cavidade pleural [25]. Estes

modelos permitem avaliar qualitativa e quantitativamente a migração celular e

exsudação [24], permitindo assim testar, explorar e validar propriedades

antiinflamatórias de plantas e extratos, que podem levar ao desenvolvimento de

novas drogas e terapias.

2.2. Inflamação na Sepse

A sepse é definida como uma resposta sistêmica à inflamação, uma vez que a

inflamação é a resposta orgânica normal a uma infecção. Na reunião de Consenso

Sobre Sepse realizada pelo American College of Chest Physicians/Society of Crtical

Care Medicine (ACCP/SCCM) em 1991, foram definidos os seguintes termos [26]:

Infecção: fenômeno caracterizado por uma resposta inflamatória reacional à

presença de microorganismos ou à invasão de tecidos normalmente estéreis

àqueles organismos;

Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue, evidenciada por

hemoculturas positivas;

Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) (do inglês “systemic

inflammatory response syndrome”) – Resposta do organismo a um insulto variado

(trauma, pancreatite, grande queimado, infecção sistêmica), com a presença de pelo

menos duas das seguintes condições: temperatura corporal maior que 38ºC ou

menor que 36ºC; freqüência cardíaca superior a 90 batimentos/min; freqüência

respiratória superior a 20movimentos/min ou PaCO2 inferior a 32 mmHg; leucocitose

(número de leucócitos superior a 12000 cels/mm3) ou leucopenia (inferior a 4000

cels/mm3);

Sepse – Quando a SIRS é decorrente de um processo infeccioso;

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Sepse grave – Quando a sepse está associada a manifestações de

hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica, caracterizada por acidose lática, oligúria

ou alteração do nível de consciência, ou hipotensão arterial com pressão sistólica

menor do que 90 mmHg. Porém, sem a necessidade de agentes vasopressores

Choque séptico – Quando a hipotensão ou hipoperfusão tecidual induzida pela

sepse é refratária à ressuscitação volêmica adequada, e com subseqüente

necessidade de administração de agentes vasopressores.

DMO – Alteração na função orgânica de forma que a homeostasia não possa

ser mantida sem intervenção terapêutica; é um processo continuo e dinâmico que

pode variar desde disfunção leve até falência total do órgão.

A resposta inicial é a liberação de mediadores pró-inflamatórios como o Fator

de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α), as Interleucinas 1 e 6 (IL-1, IL-6) e o Fator

Ativador Plaquetário (PAF). Esses mediadores apresentam múltiplos efeitos a fim de

reparar danos existentes e prevenir novas lesões teciduais. Para assegurar que os

efeitos dos mediadores pró-inflamatórios não se tornem destrutivos, o organismo

libera mediadores antiinflamatórios, como as Interleucinas 4 e 10 (IL-4, IL-10), que

normalmente promovem um processo de “downregulation” sobre a resposta pró-

inflamatória inicial. Na sepse, esse controle da resposta inicial à infecção é perdido,

ocorrendo então uma reação sistêmica exacerbada e extremamente danosa. O

excesso dos mediadores inflamatórios, TNF-α e IL-1, provoca uma resposta

fisiológica inadequada e interfere na função normal tecidual, levando ao dano,

ocasionando a Disfunção Múltipla de Órgãos (DMO) [27,28,29,30].

Junto à ativação do sistema inflamatório, o sistema de coagulação é recrutado.

Durante a sepse há um desequilíbrio entre a via pró-coagulante e os mecanismos

anticoagulantes e, isso faz parte dos principais fatores da disfunção orgânica na

sepse [29]. O sistema de coagulação e as plaquetas são ativados nos estágios

iniciais da sepse, podendo ocasionar coagulopatia e trombocitopenia [32,33,34].

Esse processo pode progredir, levando a coagulação intravascular disseminada

(CIVD), que pode apresentar-se como trombose na microcirculação e sangramentos.

Apesar das manifestações hemorrágicas receberem bastante atenção, a trombose

microvascular é considerada patologicamente mais importante e está fortemente

ligada ao desenvolvimento da DMO [35].

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2.3. Inflamação e as Doenças Cardiovasculares

Nos últimos anos têm-se acumulado evidências de que a inflamação exerce o

maior papel na patogênese das doenças cardiovasculares [36]. A inflamação exerce

uma função central em todas as fases do processo aterosclerótico, desde a lesão

inicial e progressão, até a ruptura da placa [37]. Estudos epidemiológicos e clínicos

têm mostrado relações fortes e consistentes entre marcadores de inflamação e risco

de eventos cardiovasculares [38-48]. Entre os fatores de risco que desencadeiam a

resposta inflamatória estão as lipoproteínas oxidadas, hipertensão, diabetes e

obesidade [49].

Após a ativação de células endoteliais pela inflamação, os monócitos exercem

um papel importante na aterosclerose, incluindo adesão ao endotélio vascular,

migração para a camada íntima, maturação para macrófago (diferenciação),

formação de células espumosas (marcadores autênticos de lesão arterial

aterosclerótica) e elaboração de mediadores inflamatórios [50,51]. Uma série de

biomarcadores que parecem estar ligados à inflamação e aterosclerose têm sido

identificados (ex. Proteína C reativa e Albumina Modificada pela Isquemia - IMA), e

outros estão sendo avaliados. Com estes estudos aumenta o interesse em usar os

marcadores inflamatórios para auxiliar no diagnóstico ou ainda a possibilidade de

usá-los como alvo da terapia.

A aterosclerose é uma doença vascular caracterizada por um processo

inflamatório [37,52]. Juntamente com a inflamação, o aumento do colesterol

plasmático é um fator de risco relacionado com doenças coronarianas [53]. A

redução no colesterol total tem como conseqüência a redução da relação colesterol

total/HDL, conhecido como índice aterogênico, considerado um importante marcador

prognóstico de doenças cardiovasculares [54] e que mostra uma correlação direta

entre relação colesterol total/HDL e risco cardiovascular.

3. Estresse Oxidativo

O termo “espécies reativas de oxigênio” (ROS) se refere a uma variedade de

metabólitos derivados de moléculas de oxigênio (O2). Na última década houve um

aumento no interesse das implicações médicas desses radicais livres, uma vez que

estas espécies reativas de oxigênio – como superoxido (O•), peróxido de hidrogênio

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(H2O2), radical hidroxila (OH•) e peróxidos de lipídios (LOOH), parecem estar

implicadas em doenças humanas.

A importância do estresse oxidativo vem sendo estudada por diversos autores

em diferentes processos patológicos [55-58]. O dano causado pelos Radicais Livres

(RL) ocorre quando a formação de espécies reativas do oxigênio (EROs) supera a

capacidade antioxidante do organismo [57].

Para provar esta hipótese, Halliwell et al [59] afirmam que três critérios

precisam ser encontrados: 1) a produção de radicais livres precisa ser mostrada

durante o processo patológico; 2) precisa ser documentada uma ação de proteção

por antioxidantes, removendo ou anulando estes radicais; 3) o processo de doença

precisa ser reproduzível pela aplicação de radicais livres no órgão de interesse. A

extrapolação de modelos animais para humanos é difícil e são necessários estudos

para elucidar o papel do estresse oxidativo na indução de doenças.

3.1. Radicais Livres e Inflamação

O óxido nítrico (NO) desenvolve um importante papel na inflamação [60]. O NO

é produzido pela óxido nítrico sintase (NOS), uma enzima existente em três

isoformas: a neuronal (nNOS ou tipo I), a induzível (iNOS ou tipo II) e a endotelial

(eNOS ou tipo III). A nNOS e a eNOS são constitutivas (dependentes de íons cálcio)

enquanto a iNOS é expressa em muitos tipos de células em resposta à estímulos de

mediadores inflamatórios, não sendo expressa em condições normais [60,61].

Embora a produção de RL seja essencial para auxiliar o combate ao processo

infeccioso, como na sepse, uma produção exacerbada pode contribuir diretamente

para a lesão tecidual, tanto pelo processo de lipoperoxidação, como também por

danos diretos ás células e ao DNA, causando DMO e, finalmente a morte do

organismo [62].

O dano oxidativo também contribui para o desenvolvimento de patologias

cardiovasculares [63]. A produção de ROS juntamente com fatores inflamatórios tem

mostrado estar aumentado em lesões ateroscleróticas [37,64]. De acordo com a

hipótese oxidativa, a lipoproteína de baixa densidade (LDL) acumula no espaço

endotelial das artérias e é oxidada para LDL-oxidada [65], a qual é altamente

aterogênica [66,67] e tóxica para as células [68]. A IMA, um biomarcador de

isquemia cardíaca, também está associada a produção de radicais livres [69,70,71].

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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receitas. São Paulo: Boccato editores, 2004.

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hortaliças, 2000.

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Desenvolvimento, número 19. EMBRAPA, nov. 2005. Disponível em:

http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/catalogo/titulo/Alfabeto_online/e_online.ph

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three decades of research. Food Res Intern, 38: 77-86, 2005.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Avaliar a ação antiinflamatória e antidislipidêmica de Capsicum baccatum var.

pendulum L. (Solanaceae) – pimenta dedo-de-moça

Objetivos Específicos

1. Avaliar os efeitos antiinflamatórios do extrato da pimenta vermelha

Capsicum baccatum em modelos de pleurisia e peritonite induzidos por carragenina

em ratos e camundongos.

2. Avaliar os efeitos protetores do extrato de Capsicum baccatum em

modelo experimental de sepse em ratos.

3. Avaliar o efeito antidislipidêmico e antiinflamatório do extrato de

Capsicum baccatum var. pendulum em modelo de inflamação vascular em ratos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo examinou o efeito de Capsicum baccatum var. pendulum em

diferentes modelos experimentais de inflamação, além de avaliar sua ação

antidislipidêmica e antioxidante. De acordo com os objetivos propostos e resultados

obtidos neste trabalho, podemos concluir que:

O extrato de Capsicum baccatum var. pendulum apresentou ação

antiinflamatória nos modelos experimentais de inflamação aguda (pleurisia e

peritonite), reduzindo de forma significativa os parâmetros inflamatórios tais como

exsudação, migração de leucócitos e linfócitos, proteínas e LDH no líquido pleural e

permeabilidade vascular;

O extrato de Capsicum baccatum var. pendulum apresentou ação

antiinflamatória no modelo experimental de sepse, alterando a resposta do

hospedeiro de maneira a melhorar parâmetros hematológicos (hemoglobina,

contagem de plaquetas), consumo de bicarbonato e agregação plaquetária. Além

disso, apresentou ação antioxidante, verificada através da manutenção da IMA;

O extrato de Capsicum baccatum var. pendulum apresentou ação

antidislipidêmica em ratos, reduzindo o colesterol total e conseqüentemente a

relação colesterol total/HDL – também conhecida como Índice Aterogênico.

Verificou-se que o extrato também foi capaz de reduzir os níveis de LDL-oxidada,

confirmando sua ação antioxidante. Não foi verificada ação antiinflamatória no

modelo de lesão vascular utilizado neste estudo.

Estes resultados sugerem que a ingestão de pimenta pode prevenir doenças

relacionadas com inflamação e estresse oxidativo (a exemplo da aterosclerose), bem

como ser usada como tratamento (como por exemplo, na redução do colesterol e

peroxidação lipídica).

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APÊNDICE I

IDENTIFICAÇÃO DA PLANTA

Neste estudo foram utilizados frutos da pimenta Capsicum baccatum vr.

pendulum, cujas plantas foram cultivadas na Casa de Vegetação da PUCRS. As

sementes foram fornecidas pela EMBRAPA e foram plantadas conforme orientação.

O gênero Capsicum pertence à família Solanaceae; divisão: Spermatophyta;

filo: Angiospermae; classe: Dicotiledônea; ramo: Malvales-Tubliflorae; ordem:

Solanales [1].

São plantas herbáceas, arbustivas ou arbóreas, com desenvolvimento de

floema intraxilemático no caule, de folhas alternas, inteiras ou partidas, sem

estípulas. Flores em geral pequenas, pentâmeras, diclamídeas, hermafroditas, de

simetria radial ou fracamente zigomorfa. Androceu formado por cinco estames,

alternos com lobos da corola, às vezes se abrindo por poros (Solanum). Ovário

bicarpelar, bilocular, súpero, com o septo inclinado em ralação ao eixo da flor.

Lóculos do ovário às vezes numerosos por divisão da placenta. Óvulos numerosos.

Fruto seco, capsular, loculicida ou baciforme [2].

As características morfológicas principais da C. baccatum vr. pendulum são:

flores em número de uma a duas; na antese, os pedicelos são geralmente eretos;

corola branca e sempre apresenta um par de manchas amareladas ou esverdeadas

na base de cada lobo das pétalas; anteras amarelas; os cálices dos frutos maduros

são evidentemente dentados e não possuem constrição anelar na junção do

pedicelo; os frutos são de várias cores e formas, geralmente pendentes,

persistentes, com polpa firme; as sementes são cor de palha [3].

Na natureza, seus frutos, alongados e intensamente vermelhos, medem entre

6,8 e 8 cm e têm de 1 a 1,5 cm de largura. Devido ao seu formato e coloração esta

pimenta é conhecida também pelos nomes chifre-de-veado e pimenta vermelha.

Quando seca e picada é conhecida como pimenta calabresa [4].

Com base no processo de domesticação, a espécie Capsicum baccatum é

classificada como domesticada. Isso quer dizer que o homem selecionou

determinadas características de tal modo que não são mais capazes de sobreviver

em condições naturais. São absolutamente dependentes do homem para sobreviver

[5].

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As plantas utilizadas neste estudo foram identificadas pelo Laboratório de

Botânica, no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, e a exsicata foi

incorporada à coleção do herbário sob o número MPUCRS 11363.

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APÊNDICE II

ANÁLISE BROMATOLÓGICA DE Capsicum baccatum VAR. pendulum

Introdução

O objetivo da análise de alimentos é a determinação de um componente

específico do alimento ou de vários componentes, como na determinação da

composição centesimal dos alimentos. A análise bromatológica é importante para

que se tenha conhecimento da composição química dos alimentos, e vem ganhando

merecido reconhecimento pela indústria e laboratórios prestadores de serviço, pelas

universidades (pesquisa, novas metodologias, novos produtos, controle de

qualidade), pelos institutos de pesquisa e órgãos governamentais.

Os alimentos podem ser analisados através de três métodos distintos: 1.

Métodos químicos: através de reações químicas (quantitativas ou qualitativas); 2.

Métodos físicos: através da medida de alguma propriedade física da matéria

(microscopia, massa especifica, poder ótico de rotação, índice de refração, etc.); 3.

Através de métodos físico-químicos;

As amostras a serem analisadas podem ser heterogêneas ou homogêneas e

devem ser adequadamente processadas antes de analisadas, através de

tratamentos como moagem, filtração, eliminação de gases, etc. Na maioria das

determinações em alimentos, as amostras são complexas, necessitando de uma

extração ou separação prévia do componente a ser analisado.

Alguns fatores são importantes na determinação da amostragem como

inspeção, natureza da amostra (quantidade, embalagem, etc.) e do material a ser

analisado (homogeneidade, etc.), procedimentos (tempo, etc.). Para o preparo da

amostra é importante observar alguns parâmetros, como reduzir e homogeneizar a

amostra bruta para adequá-la a análise.

Neste trabalho, realizou-se a análise bromatológica da pimenta Capsicum

baccatum var. pendulum, popularmente conhecida como pimenta dedo-de-moça.

Por ser uma amostra sólida foi necessário fazer o quartejamento, picar, moer ou

liquidificar, de acordo com a análise a ser realizada.

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Local de execução

Laboratório de Análise Bromatológica da Faculdade de Química da PUCRS.

Materiais e Métodos

Neste trabalho, foi usada a pimenta Capsicum baccatum var. pendulum. O

preparo da amostra deu-se por retirada do talo e das sementes, e por quarteamento

da mesma, alcançando pedaços pequenos. As variáveis analisadas foram:

umidade (UM), cinzas (CZ), proteína total (PTN), lipídio total (LIP), carboidrato (HC),

de acordo com os protocolos próprios do Laboratório.

Resultados

Os resultados obtidos na análise bromatológica de Capsicum baccatum var.

pendulum apresentam-se na tabela a seguir (em 100g de alimento):

Pimenta Kcal UM CZ PTN LIP HC

Dedo-de-moça 107,6 83,43 1,35 2,52 0,51 12,19

Malagueta* 38 - - 1,30 0,70 6,50

Pitanga* 31,10 - - 1,20 0,30 4,30

* Alimentos comparativos;

Conclusão

Verificando os resultados obtidos na análise bromatológica da pimenta dedo-

de-moça, verifica-se que este alimento pode ser uma boa fonte de energia,

alcançando 107,6 kcal/100g. Porém, é um alimento de consumo moderado devido à

sua picância – no Brasil, uma média em torno de 0,5g per capita/dia. Por este

motivo, esse valor não representaria mais que 0,02% da dieta diária (para uma dieta

de 2000kcal).

O presente estudo alcançou o seu objetivo que era conhecer a composição de

macronutrientes (proteína, lipídios e carboidrato), cinzas e umidade da pimenta

Capsicum baccatum var. pendulum.

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APÊNDICE III

ANÁLISE DO pH DO EXTRATO DE Capsicum baccatum var. pendulum

Foi determinado o potencial hidrogeniônico (pH) do extrato de Capsicum

baccatum var. pendulum, através do “peagâmetro” (Orion, 410A) a fim de determinar

sua acidez (pH abaixo de 7) ou alcalinidade (pH acima de 7).

O extrato foi preparado conforme previamente descrito anteriormente. Os frutos

foram limpos e as sementes retiradas. O peso da pimenta foi padronizado em 2g,

usando os frutos sem sementes. Após a maceração, o extrato obtido foi colocado no

peagâmetro e seu pH mensurado. O teste foi repetido durante 12 dias para se obter

uma média do pH. O valor encontrado foi de pH = 4,92 ± 0,20.

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ANEXO I

COMPROVANTES DE SUBMISSÃO DOS ARTIGOS

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