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ancária ancária B www.bancariosce.org.br Informativo do Sindicato dos Bancários do Ceará | Edição nº 1378 | 13 a 18 de abril de 2015 Reaja! Diga NÃO ao PL 4330! Para não terceirizar, o Brasil vai parar! Bancários e demais trabalhadores aderem a paralisação nacional dia 15/4 contra o projeto da terceirização (págs. 4 a 8) • BNB anuncia que pagará PLR somente dia 17/4. Sindicato repudia o atraso e cobra a volta da mesa permanente de negociações (pág. 12) • Bancários protestam no Bradescão por mais contratações e contra as péssimas condições de trabalho nas agências (pág. 9) • Em coletiva, governo federal anuncia que a Caixa Econômica deve permanecer 100% pública (pág. 11)

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ancáriaancáriaBwww.bancariosce.org.br

Informativo do Sindicato dos Bancários do Ceará | Edição nº 1378 | 13 a 18 de abril de 2015

Reaja! Diga NÃO ao PL 4330!Para não terceirizar, o Brasil vai parar!

Bancários e demais trabalhadores aderem a paralisação nacional dia 15/4 contra o projeto da terceirização (págs. 4 a 8)

• BNB anuncia que pagará PLR somente dia 17/4. Sindicato repudia o atraso e cobra a volta da mesa permanente de negociações (pág. 12)

• Bancários protestam no Bradescão por mais contratações e contra as péssimas condições de trabalho nas agências (pág. 9)

• Em coletiva, governo federal anuncia que a Caixa Econômica deve permanecer 100% pública (pág. 11)

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Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela - CE00580JPRepórter: Sandra Jacinto - CE01683JP – Projeto Gráfi co e Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG

Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

Expediente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 TribunaBancáriaEdição 1378 | 13 a 18 de abril de 2015

SEMANA SANTA

Passeio Cultural e Religioso reuniu bancários e familiares na Sexta-Feira Santa

O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na Sexta-Feira Santa, dia 3/4, a quarta edição do Passeio Cultural e Re-ligioso. Este ano o passeio contou com dois roteiros: o já tradicional de Guara-miranga/Pacatuba e Quixadá. Foram seis ônibus fretados com toda a estrutura de translado e almoço reunindo cerca de 300 bancários e seus acompanhantes.

Guaramiranga/Pacatuba encanta os bancários – Com uma paisagem verde exuberante, muitas fl ores e o clima frio chegando a 17ºC, a cidade de Guarami-ranga foi um dos destinos. Esse trecho, que inclui Pacatuba no retorno do Passeio, já é tradicional desde o início do projeto, em 2012. Este ano, a programação foi livre para os bancários e familiares, que aproveitaram para visitar os monumentos sacros, conhecer as trilhas e passear pela cidade, se deliciando da culinária, artesa-nato, bem como do frio da Serra.

Ao fi nal da tarde, o grupo assistiu ao espetáculo da Paixão de Cristo encenado há mais de quatro décadas, em Pacatuba. Aos participantes foram assegurados, além do transporte em três ônibus tu-rísticos, almoço e ingressos para assistir em camarotes a peça teatral.

Quixadá – Com o auxílio de um guia turístico, que contribuiu com informações históricas, os bancários e seus acompa-nhantes visitaram lugares como o San-tuário da Virgem Mãe Rainha do Sertão, o Açude Cedro, a Pedra da Galinha Choca, o Memorial Rachel de Queiroz, além de acompanharem a encenação da IV edição da Paixão de Cristo, na Praça da Cultura do município.

A aposentada do Banco do Brasil, Joana Guimarães, conta que é a segunda vez que participa do Passeio. “Muito boa a iniciativa do Sindicato. Estou muito emocionada, para nós é muito bom numa Sexta-Feira Santa poder sair de casa e vivenciar esse momento de fé no Santuário. Se houver

o Passeio em outros anos, eu pretendo participar”.

Já a aposentada do Banespa, Raimunda Maria, participa pela terceira vez. “Já fui a Guaramiranga, Canoa Quebrada e agora, Quixadá. Estou conhecendo o Ceará através do Sindicato. Espero que novos passeios sejam realizados futuramente porque eu pretendo continuar participando”.

“O Sindicato fi ca muito satisfeito em realizar o IV Passeio Cultural e Religioso

destinado à sua categoria. A cada ano esse passeio se torna mais participativo. Tínhamos a previsão de contar com cer-ca de 200 pessoas, em quatro ônibus, mas tivemos que contratar mais dois em face da grande demanda. Isso signifi ca que esse evento vem se fortalecendo. O Sindicato fi ca sempre muito honrado em recebê-los em nossos eventos”, afi rma o secretário de Cultura do Sindicato, Tomaz de Aquino.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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MANIFESTAÇÃO

No último dia 9/4, o Sindicato dos Bancários do Ceará participou de manifes-tação da Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza, na agência da Caixa Econômica Federal da Av. Mister Hull, no Antônio Bezerra, para cobrar avanços no Programa Minha Casa Minha Vida Entidades, com a construção de casas para famílias carentes de Fortaleza, bem como defender o for-talecimento da Caixa como banco social.

A parceria entre o Sindicato e a Federa-ção pede o início das obras dessas moradias programadas. Segundo os benefi ciários do Programa, o projeto já está fi nalizado e tramitando na Caixa, mas não avança. Os representantes de comunidades, o público alvo dessas moradias, querem pressionar o Governo Federal a consolidar o Programa Minha Casa e que dê início às obras efetivamente.

Este foi o terceiro ato da Federação, que está programando novas manifesta-ções na Parangaba e Siqueira com todas as associações de moradores desses bairros para pressionar pelo início das obras das moradias populares, previstas no Minha Casa Minha Vida Entidades.

Sindicato e movimentos sociais lutam por mais moradias populares

A edição de abril do Botequim dos Bancários, projeto cultural do Sindicato dos Bancários do Ceará, acontece no próximo dia 30 de abril, véspera do feriado de 1º de Maio – Dia do Trabalhador. A festa é realizada toda última sexta-feira de cada mês, a partir das 18h30, na sede do Sindicato, mas devido ao feriado, excepcionalmente este mês, acontece numa quinta-feira.

A atração principal dessa edição será o cantor Xexeu, ex-Timbalada, que fez sucesso em todo o País cantando músicas como Beija-Flor e Tonelada de Desejos.

Durante a programação, a bancária Leonilda de Lima, do BNB, lança o livro “Lindas His-tórias”. Como Talento Bancário, a Banda Conduta Positiva.

O projeto traz ainda os já tradicionais quadros “Conversa de Botequim” e “Talento da Terra”, com o cantor Carlinhos Patriolino, além de caça-talentos e o clone de bebidas (compre uma fi cha de cerveja, refrigerante, wisky ou água e ganhe outra).

Teremos ainda sorteios de prêmios especiais em homenagem ao Dia do Trabalhador. Fi-quem atentos, pois em breve divulgaremos mais novidades.

Cultura: Botequim de abril homenageia o Dia do Trabalhador

Fotos: Normando Ribeiro – SEEB/CE

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DIA 15, O BRASIL VAI PARAR!

Câmara rasga CLT e aprova texto-base do PL 4330. Trabalhadores vão às ruas!

Na próxima quarta-feira, 15/4, o Brasil vai parar! Trabalhadores de todo o País devem aderir à paralisação nacio-nal capitaneada pelas centrais sindicais para denunciar à sociedade os prejuízos que atingem a classe trabalhadora com a aprovação do PL 4330, que legaliza a terceirização irrestrita e impõe a maior perda de direitos dos trabalhadores de toda a história do Brasil. Rendendo-se à vontade do empresariado, a Câmara dos Deputados aprovou dia 8/4 o texto-base do PL 4330. Votaram a favor do projeto 324 deputados, enquanto 137 parlamentares foram contrários e dois se abstiveram. O projeto agora segue para o Senado.

Todos os deputados do PT, PCdoB, PSL, PTC e PSol votaram contra o PL 4330. Já os parlamentares do PMDB, PSDB, PSD, PRB, PR, DEM, PPS, PV, PHS, PSB, Pros, PDT e Solidariedade, com poucas exceções, vo-taram a favor do projeto da terceirização.

Além da paralisação no dia 15/4, os bancários cearenses, em conjunto com as centrais sindicais e movimentos sociais que atuam no Estado, participam de uma caminhada pelo Centro de Fortaleza, com concentração na Praça do Carmo, a par-tir das 8h. Em seguida, os trabalhadores seguem para a Praça do Ferreira.

Retrocesso histórico – Cabe salien-tar que o texto do projeto não melhora as condições dos cerca de 12,7 milhões de terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) e ainda amplia a possibili-dade de estender esse modelo para a atividade-fim, a principal da empresa, o que é proibido no Brasil. Fragmen-ta também a representação sindical e legaliza a diferença de tratamento e direitos entre contratados diretos e terceirizados. De acordo com o le-vantamento do Dieese, o trabalhador

terceirizado trabalha três horas a mais, em média, além de receber 25% a menos pelo mesmo serviço.

Não podemos permitir que nossos direitos, conquistados através de uma longa história de luta, sejam retirados por parlamentares aliados ao empresariado. Reaja! Vamos todos para as ruas dizer NÃO ao PL 4330!

“A hora agora é de ampliar a

mobilização contra esse projeto que representa

um retrocesso

trabalhista sem precedentes. Estamos diante do maior golpe nos direitos trabalhistas sociais desde a aprovação da CLT, em 1943, com gravíssimos impactos para toda a classe trabalhadora. Nós vamos às

ruas para exigir a retirada desse PL, que precariza as relações de trabalho

e rasga a nossa CLT”Carlos Eduardo Bezerra,

presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da

Fetrafi /NE

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O movimento sindical bancário defl a-grou a luta contra a terceirização, utilizada como forma de rebaixar salários, extinguir direitos e enfraquecer a organização autô-noma dos trabalhadores, desde o início da década de 1990, quando os bancos come-çaram a terceirizar serviços tipicamente bancários.

Esse processo, no âmbito das insti-tuições fi nanceiras, foi iniciado com a compensação de cheques. A área foi ter-ceirizada, embora a mão de obra tenha sido formada por ex-bancários. Depois a terceirização atingiu os segmentos de cobrança, análise de crédito, abertura de contas e numerário. Seja como for, o pro-cesso de terceirização no setor bancário resultou na precarização das condições de trabalho.

Durante esse período, no entanto, algumas vitórias foram conquistadas pela mobilização da categoria bancária. Isso levou a que muitos trabalhadores fossem reconhecidos como bancários e passas-sem a usufruir dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Outras vitórias vieram por meio da Justiça, em ações interpostas pelos trabalhadores terceirizados. Algumas dessas ações foram vitoriosas por causa da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proíbe a terceirização nas atividades-fi m das empresas, que o PL 4330 quer permitir.

Enquanto isso, o PL 4330 passou de 2004 – quando foi apresentado – a 2011, pratica-mente estagnado na Câmara dos Deputa-dos. A partir daquele ano, o Sindicato e as centrais sindicais passaram a intensifi car a luta contra o projeto devido a inserção do tema nos debates do legislativo. Após intensa luta e mobilização, a categoria chegou a arrancar da Fenaban, durante as negociações da campanha salarial, uma mesa temática sobre terceirização, porém sem avanços, porque a federação dos

Luta dos bancários contra a terceirização é antiga

bancos nun-ca aceitou os limites pro-postos pelos sindicalistas.

Em 2013, p r i n c i p a l -m e n t e , o s trabalhado-res foram às ruas em todo o País para lutar pela pauta única das Centrais S i n d i c a i s , que incluía a retirada imediata do PL 4330.

Momentos que antecederam a votação do PL foram de resistência e confl itos – Antes do início da votação do PL 4330, ainda na terça-feira, 7/4, repre-sentantes dos trabalhadores foram em peso a Brasília pressionar os deputados a rejeitar o projeto, numa luta contra a terceirização que o movimento sindical vem empreendendo há anos. Entretanto, foram recebidos com cassetete, gás de pimenta, armas de choque e até armas de fogo. Alguns chegaram a ser detidos e vários fi caram feridos durante confronto com a polícia.

A atuação truculenta de policiais a uma manifestação com cerca de cinco mil pes-soas diante do Congresso Nacional deixou clara a resposta que a atual presidência da Casa pretende dar a manifestações democráticas e que enfrentem interesses empresariais.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, lamentou a repressão policial e a postura retrógada de um Congresso cada vez mais conservador. “O lamentável aqui é o Congresso querer votar o PL 4330, onde o governo se coloca contra a base

aliada, querer votar um projeto contra os trabalhadores. Resta a resistência e o enfrentamento”, afi rmou.

No Ceará – O Sindicato dos Bancários do Ceará amanheceu o dia 7 de abril, dia inicialmente marcado para votação do projeto, na luta. Por volta de 5h da ma-nhã, dirigentes da entidade, juntamente com militantes das centrais CUT e CTB, marcaram presença no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, num corpo a corpo junto aos parlamentares federais cearen-ses. O objetivo foi pedir apoio contra o projeto de lei 4330 que torna sem limite as terceirizações no País.

Na parte da tarde, as centrais sindicais se reuniram na Praça da Bandeira, saindo em passeata pelas ruas do Centro até a Praça do Ferreira, em defesa da demo-cracia, dos direitos sociais e da Petrobras e pelas reformas política, agrária e da comunicação. O Não ao PL 4330 também fez parte da passeata que reuniu dezenas de trabalhadores de várias centrais sindi-cais e de movimentos da sociedade civil organizada.

Ato das Centrais em julho/2013

Foto: Arquivo – SEEB/CE

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PL DA TERCEIRIZAÇÃO

Mas, afi nal, o que é essEm trâmite no legislativo desde 2004,

o PL 4330, de autoria do deputado federal e empresário Sandro Mabel

(PMDB/GO), é uma grande ameaça aos direitos da classe trabalhadora. O proje-to vem sendo discutido desde 2011 por deputados e representantes das centrais sindicais e dos sindicatos patronais. Ele prevê a contratação de serviços terceiri-zados para qualquer atividade. As normas atingem empresas privadas, empresas públicas, sociedades de economia mista, produtores rurais e profi ssionais liberais.

A regulamentação da terceirização, nos moldes defendidos pelo empresaria-do brasileiro, é uma tragédia para toda a classe trabalhadora. Sua aprovação repre-senta o fi m de qualquer possibilidade de construirmos um país desenvolvido, com valorização do trabalho, distribuição de renda e cidadania.

Sim, e o que signifi ca terceirizar?

Na terceirização, uma empresa pres-tadora de serviços é contratada por outra empresa para realizar serviços deter-minados e específi cos. A prestadora de serviços emprega e remunera o trabalho realizado por seus funcionários. Não há vínculo empregatício entre a empresa contratante e os trabalhadores ou sócios das prestadoras de serviços.

Atualmente, a terceirização é regida pelo Enunciado 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que estabelece que a atividade fi m da empresa não pode ser feita por terceiros. O Brasil tem hoje 12 milhões de trabalhadores formais terceiri-zados, o equivalente a 25% da mão de obra do País. Hoje só é permitido terceirizar as atividades-meio, ou seja, pessoal da limpeza, recepção, telefonia, segurança e informática, por exemplo.

Entretanto, o PL 4330 não traz garantia para esse conjunto de trabalhadores. Os sindicatos relacionam a terceirização à precarização do trabalho. Segundo levan-tamento da CUT e do Dieese, ao comparar trabalhadores que realizavam a mesma função em 2010, os terceirizados rece-biam em média 27% a menos do que os contratados diretos, tinham uma jornada semanal 7% maior e permaneciam menos tempo no mesmo trabalho (em média 2,6 anos, ante 5,8 anos para os trabalhadores diretos). Estudo da Unicamp revelou que, dos 40 maiores resgates de trabalhadores em condições análogas à escravidão nos últimos quatro anos, 36 envolviam em-presas terceirizadas.

Por que os trabalhadores são

contra e os empresários são

a favor?Os sindicatos relacionam a tercei-

rização à precarização do trabalho. De acordo com o texto-base aprovado na Câmara, qualquer atividade agora pode-ria ser repassada para terceiros. E como a terceirização no Brasil é utilizada para reduzir custos de mão de obra, imaginem o que ocorreria com os trabalhadores contratados diretamente e por prazo indeterminado hoje. Gradativamente seriam substituídos por trabalhadores prestadores de serviços.

Atualmente, os bancos, por exemplo, não podem contratar pessoal que não seja bancário para trabalhar em sua rede de atendimento nas agências. Com a aprova-ção do projeto, a instituição fi nanceira po-derá substituir total ou parcialmente esses

bancários por prestadores de serviços, sem ter rela-ção nenhuma de trabalho com o banco.

Os empre-sários, por sua vez, afirmam que a tercei-rização é ne-cessária para dar seguran-ça jurídica aos contratos. As companhias r e c l a m a m que hoje fal-ta clareza na definição dos conceitos de a t i v i d a d e s -fim e meio, e a consequência são os cerca de 17 mil pro-cessos contra terceirizadas em andamen-to na Justiça do Trabalho. O u s e j a , o objetivo do empresaria-do é sempre economizar. Para a empresa que con-trata, de acordo com o texto-base, não existirão problemas de falta por adoecimento do trabalhador, atrasos e dificuldades para cumprimento do contrato. A relação dessa empresa é com outra empresa. É por isso que ge-ralmente as relações de trabalho para os terceirizados tendem a ser muito mais cruéis e impessoais.

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se Projeto de Lei 4330?

DEM 17 SIM 02 NÃO

PCdoB 01 SIM 12 NÃO

PDT 13 SIM 05 NÃO

PEN 02 SIM 00 NÃO

PHS 04 SIM 01 NÃO

PMDB 55 SIM 06 NÃO

PMN 02 SIM 00 NÃO

PP 34 SIM 03 NÃO

PPS 08 SIM 03 NÃO

PR 24 SIM 06 NÃO

PRB 13 SIM 04 NÃO

PROS 08 SIM 03 NÃO

PRP 03 SIM 00 NÃO

PSB 21 SIM 09 NÃO

PSC 08 SIM 02 NÃO

PSD 28 SIM 02 NÃO

PSDB 44 SIM 02 NÃO

PSDC 02 SIM 00 NÃO

PSL 00 SIM 01 NÃO

PSOL 00 SIM 05 NÃO

PT 00 SIM 61 NÃO

PTB 16 SIM 06 NÃO

PTC 00 SIM 02 NÃO

PTdoB 02 SIM 00 NÃO

PTN 02 SIM 02 NÃO

PV 06 SIM 02 NÃO

SOLIDARIEDADE 14 SIM 00 NÃO

Quem votou SIM, votou a favor do projeto e contra os trabalhadores.Quem votou NÃO, votou contra o pro-jeto e defendendo os trabalhadores.Fonte: Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação da Câmara dos Deputados.

E como fi cam os nossos

direitos? Conforme

o texto-base, a terceirização poderá atingir os trabalhado-res rurais e ur-banos, do setor privado e de em-presas públicas, sociedades de economia mis-ta, subsidiárias e coligadas. Des-ta forma, para essas empresas sob o contro-le do Estado, adeus concurso público. O BB, a Caixa, o Banco do Nordeste, o BNDES, o Banco da Amazônia e os bancos esta-duais poderão se tornar verda-deiros cabides de emprego e

unidades de lotação de militantes políticos e cabos eleitorais, através da realização de contratos de prestação de serviços.

Quanto à representatividade, somente quando a terceirização for entre empre-sas da mesma categoria econômica é que seria assegurada a mesma representação sindical. Mas raramente isso acontece. Na grande maioria dos casos, a empresa contratada para a prestação de serviços é de outro setor econômico. Mesmo as-

sim, nos casos em que fi car garantida a mesma representação sindical, o PL 4330 estabelece que os acordos e as convenções coletivas serão específi cos. Ou seja, nem nesses casos fi cam garantidos os mesmos salários, benefícios e direitos com os tra-balhadores terceirizados, que geralmente são bem menores.

O texto legaliza e amplia também a fi gura dos PJ´s, que são as empresas de uma pessoa só. Essa modalidade de relação será muitíssimo estimulada, porque os ônus fi carão apenas para esse trabalhador, que perderá essa condição e se tornará uma empresa, um PJ, que não terá direito a adoecer, tirar férias, faltar ao trabalho etc.

Os próximos passos do Projeto de Lei 4330Na terça-feira, dia 14/4, está prevista

a apreciação e votação dos destaques apresentados, que são os pontos mais polêmicos do PL 4330: impor limites à terceirização no Brasil, alterando o tex-to original que autoriza a terceirização sem nenhuma restrição, inclusive nas atividades-fi m das empresas; garantir direitos iguais entre trabalhadores tercei-rizados e contratados diretamente; defi nir a responsabilidade solidária, pela qual a empresa contratante deve ser responsável por todas as obrigações trabalhistas; e no caso específi co dos bancários, a deputada Érica Kokay (PT/DF) apresentou emenda excluindo do texto qualquer referência aos correspondentes bancários e postais.

Encerrada essa fase na Câmara, o pro-jeto de lei vai para tramitação no Senado, onde deverá passar por aprovação nas comissões antes de ser votado. E, caso haja alguma alteração na votação do texto, ele terá de voltar à Câmara, para nova apre-ciação. Depois disso, segue para sanção presidencial.

Confi ra a votação por partido e veja quem está

do lado dos trabalhadores

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PL DA TERCEIRIZAÇÃO

Veja os deputados cearenses que traíram os trabalhadores

Arnon BezerraPTB

[email protected]

André FigueiredoPDT

dep.andrefi [email protected]

Genecias NoronhaSD

[email protected]

Adail CarneiroPHS

[email protected]

Gorete PereiraPR

[email protected]

Danilo FortePMDB

[email protected]

Leônidas CristinoPROS

[email protected]

Domingos NetoPROS

[email protected]

Raimundo Gomes de MatosPSDB

[email protected]

Antônio BalhmannPROS

[email protected]

A lista ao lado mostra os deputados federais cearenses que votaram SIM, a favor do projeto de lei 4330, que libera a terceirização sem limites no Brasil. É importante que você conheça e reproduza esses nomes para que todos saibam quem está do lado da classe trabalhadora e quem está aliado ao empresariado.

É fundamental também que todos os bancários se jun-tem ao Sindicato. Mobilizem-se, participem das atividades para que possamos reverter o quadro no Senado Federal. Essa é a única forma de defendermos os direitos da classe trabalhadora conquistados após uma longa jornada de lutas.

Para conhecer a lista completa dos parlamentares que votaram contra o povo, acesse: http://goo.gl/ZFLRWm.

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TribunaBancária Edição 1378 | 13 a 18 de abril de 2015

BRADESCO Fotos: Drawlio Joca – SEEB/CE

SEEB/CE protesta contra precarização das condições de trabalho e do atendimento

O Bradesco que lucrou R$ 15,089 bilhões em 2014, é um dos campeões de demissões e isso tem refl etido no aumento da jornada de trabalho e das fi las, preju-dicando clientes e usuários.

Em visitas às unidades do Estado, o Sindicato dos Bancários do Ceará cons-tatou que o Bradesco está reduzindo, gradativamente, o número de guichês de atendimento (caixas) em suas agências bancárias. A consequência dessa medida é que os poucos bancários que fi cam nas agências têm sofrido com a sobrecarga de trabalho e com o estresse do público, indignado com a demora no atendimento. Para protestar contra essa situação de-sumana tanto para os bancários quanto para a população, o Sindicato realizou na quarta-feira, 8/4, uma grande mani-festação em frente ao Bradesco da Rua Senador Alencar (Bradescão), no Centro de Fortaleza.

“Esse ato é para denunciar à sociedade que, ao invés de contratar mais bancários para atender dignamente a população, o Bradesco demite, reduz a sua estrutura de atendimento nas agências e expulsa os usuários de dentro do banco, restrin-gindo o que o cliente pode ou não pode fazer”, explicou o diretor do Sindicato dos Bancários, Gabriel Motta. Segundo ele, a prática hoje nas agências do Bradesco é de encaminhar para os correspondentes bancários todos os usuários que deseja-rem efetuar pagamentos de boletos nas unidades do banco.

“Esse é um dos maiores bancos da América Latina, que cobra tarifas e juros

altos, e não dá condições adequadas de trabalho aos seus funcionários, nem presta um bom atendimento aos seus clientes e usuários. O banco tem ainda um elevado índice de afastamentos por depressão, por lesões por esforço repetitivo e outras doenças ocupacionais, tudo por força da precarização das condições de trabalho”, destacou o dirigente.

“Temos alertado aos órgãos compe-tentes e à sociedade da precariedade dos serviços prestados pelos bancos privados, em especial, pelo Bradesco. Ano passado, os bancos reduziram cinco mil empregos. A economia se expande, abrem-se mais agências, mas os bancos demitem em vez de contratar”, completou o diretor do Sindicato, Robério Ximenes.

Visitas constatam irregularida-des – O diretor do Sindicato, Telmo Nunes, informou que o Sindicato está constantemente visitando as agências e observando como estão as condições de trabalho e de atendimento. “Há al-gum tempo, a direção do Sindicato vem tentando dialogar com o Bradesco para resolver um problema muito grave: a quantidade insuficiente de funcionários para atender a grande demanda que temos no Ceará. A bancarização hoje é uma realidade e em contrapartida, os bancos têm reduzido a quantidade de funcionários, precarizando o atendi-mento e sobrecarregando os bancários que estão nas agências. Queremos que o banco reconheça que precisa fazer contratações, para poder prestar um

atendimento melhor e para gerar mais empregos”, disse.

Telmo ressalta que é importante tam-bém que a população passe a denunciar nos órgãos de defesa do consumidor e exigir nas gerências de suas agências mais contratações. “Vocês têm o direito de serem atendidos dentro do banco e de forma digna. Exijam seus direitos e façam com que esses bancos cumpram a sua parte”.

Denúncias – O presidente do Sindi-cato, Carlos Eduardo Bezerra, destacou que a entidade ofi cializou denúncia contra o Bradesco, ao Banco Central do Brasil, por discriminação e por irregularidade no atendimento à população. Segundo ele, o banco restringe o que se pode fazer nas agências, empurrando os clientes para os correspondentes bancários que não ofere-cem segurança adequada. Além disso, o Sindicato também denunciou o Bradesco na Procuradoria Regional do Trabalho por desrespeito à jornada dos funcionários, constantemente obrigados a fazer horas extras para suprir a demanda de serviço.

“Essa é a contramão do desenvolvimen-to do País. É um verdadeiro retrocesso que bancos passem a assumir descarada-mente a discriminação com a população. O Bradesco reduziu, inclusive, o número de caixas nas agências. A prioridade não é um atendimento decente, mas a redução de custos para lucrar mais. Mesmo que isso tenha como consequência a preca-rização das condições de trabalho e do atendimento”, concluiu.

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TribunaBancáriaEdição 1378 | 13 a 18 de abril de 2015

CONCURSADOS

Sindicato participa da posse de 24 novos funcionários do Banco do Brasil

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Na segunda-feira, 6/4, o Sindicato dos Bancários do Ceará participou da posse de 24 novos bancários do Banco do Brasil, todos lotados no Ceará. Além do Sindicato, participaram da cerimônia representantes da Superintendência do banco, da Gepes/BB e dos aposentados, que contaram suas experiências e saudaram os novos colegas.

Falando pelo Sindicato, o diretor Gustavo Tabatinga reforçou que essas novas convocações são fruto da luta dos bancários que conquistou, em acordo coletivo, a contratação de dois mil novos funcionários. Ele ressaltou ainda o papel e a importância da entidade na defesa dos trabalhadores. “O Sindicato é a representação de todos vocês, se um ar condicionado quebra, se a meta está abusiva, se o plano de saúde está defi citário, ou qualquer outra demanda, vocês podem contar com o Sindicato para defendê-los”, concluiu. Desde o início do mês de março já foram empossados 96 novos bancários nas unidades do BB.

No último dia 30/3, a Secretaria de Aposentados do Sindicato dos Bancários do Ceará, à frente o diretor Océlio Silveira, reuniu representantes das entidades ACEA, AABNB e AFABEC para fazer o planejamento do 2º Encontro Estadual dos Bancários Aposentados. O grupo defi niu que o evento será dia 23 de maio (sábado), na sede social do BNB Clube.

A programação tem início às 8h30, com um café da manhã, e logo em seguida haverá Roda de Conversa com um sexólogo sobre “Sexo na Terceira Idade”. Durante toda a manhã serão realizadas atividades esportivas, como jogos de xadrez, dama, baralho, tênis de mesa, sinuca e outros. O almoço marcado para as 13 horas terá música ao vivo.

Quem desejar pode enviar sua sugestão para a realização de atividades esportivas no local do even-to através dos e-mails: [email protected] ou [email protected]. Se preferir, pode também votar no site www.bancariosce.org.br.

2º Encontro Estadual dos Bancários Aposentados será em maio

No encerramento, haverá sorteio de brindes entre os pre-sentes. Os convites serão enviados aos bancários aposentados, com detalhamento para realização da inscrição.

Mais informações ou sugestões: (85) 9182 1057 (Marlucia) ou (85) 9155 8784 (Océlio).

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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VITÓRIA

Após pressão dos trabalhadores, governo anuncia que Caixa continua 100% pública

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, concederam entrevista coletiva na quarta-feira, 8/4, para anun-ciar que a empresa continuará 100% públi-ca. Durante a coletiva, Levy afi rmou que “a Caixa continuará sendo uma empresa 100% pública, mas a atividade de seguros que hoje já tem sócios privados nós vamos modifi car”. O ministro foi incisivo ao afi r-mar que não está sendo mais analisada a possibilidade de abrir o capital da Caixa Econômica Federal, que continuará sendo 100% do governo federal.

“A Caixa não se vende” – O anúncio foi comemorado pelas entidades represen-tativas dos empregados da Caixa, pois foi o resultado da mobilização do conjunto dos trabalhadores. Entretanto, os sin-dicalistas seguiram alertas, discutindo a importância da Caixa para o Brasil e defendendo sempre que patrimônio do povo não se vende.

Para o representante eleito dos empregados no Conselho de Adminis-tração da Caixa, Fernando Neiva, “a não abertura do capital da empresa é

uma importante vitória da sociedade brasileira, e principalmente dos ban-cários e bancárias da empresa. A Caixa é importante na condução das políticas públicas e no desenvolvimento das polí-ticas socioeconômica do Brasil”.

Força da mobilização – Durante a luta contra a abertura de capital da instituição fi nanceira pública, foi formado o Comitê Nacional em Defesa da Caixa 100% Pública, integrado pela Contraf-CUT, Fenae, CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas, para co-ordenar a mobilização nacional em defesa da empresa. Dezenas de manifestações fo-ram realizadas em todo o País, convocadas pelas entidades sindicais. Na esfera políti-ca, o Comitê Nacional protocolou ofícios nos quais reforçou o pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff e com o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para cobrar posição ofi cial do governo.

Nos documentos, as seis entidades lem-bram que a primeira solicitação foi feita no dia 23 de dezembro, logo que foram veiculadas as primeiras notícias de que o governo estaria estudando a abertura

Os empregados e ex-empregados da Caixa Econômica Federal que querem discutir pendências tra-balhistas têm a oportunidade de buscar acordos via Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), antes de levar o caso para a Justiça. Os bancários podem questionar de-mandas referentes à 7ª e 8ª hora, além do auxílio-alimentação para ex-empregados.

O objetivo é resolver com brevidade questões que poderiam ficar aguardan-do por muito tempo por um desfecho judicial. Entretanto, caso o empregado não aceite o acordo proposto pelo banco nas reuniões da CCV, tem até dois anos para ingressar com ação na Justiça, no caso dos aposentados, e até cinco anos para os demais trabalhadores.

Para acionar a CCV, basta o bancário ou ex-empregado da Caixa procurar o

Empregados da Caixa já podem agendar atendimento na CCV

Jurídico do Sindicato, de segunda a sexta, das 8h às 16h. Após dar entra-da no seu pedido, a CCV encaminha a solicitação ao banco que tem o prazo de até dez dias corridos, contados do recebimento do termo, para manifes-tar sua posição. A primeira sessão de conciliação deverá ser realizada em até 30 dias após o início do pedido.

Para outras informações, ligue: 85 3252 4266.

de capital da Caixa. Ofícios reiterando o pedido foram enviados em 9 de fevereiro. Já no dia 6 de março, o Comitê Nacional, após reunião realizada em Brasília, soli-citou audiência com a nova presidente do banco, Miriam Belchior.

“Esse recuo do governo representa uma importante vitória para os trabalhadores.

Os empregados da Caixa fi zeram uma grande mobilização nacional para defender

esse patrimônio da sociedade brasileira, que exerce papel fundamental para o

desenvolvimento econômico e social do nosso País”

Marcos Saraiva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e empregado da Caixa

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BNB credita PLR apenas em 17/4

sob protestos do Sindicato

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

O Sindicato dos Bancários do Ceará recebeu com protestos a notícia que somente no dia

17/4 será creditada a segunda parcela da PLR devida ao funcionalismo rela-tiva no exercício de 2014. A crítica do Sindicato em relação ao atraso refl ete a insatisfação dos funcionários do Ban-co, últimos a receber o direito que já foi pago aos demais trabalhadores do Sistema Financeiro.

O crédito estará disponível para saque apenas dia 20/4, junto com a folha salarial do mês. Para o Sindica-to, é inadmissível ser o BNB o último banco a quitar o compromisso, pois são os funcionários os responsáveis pelo elevado lucro alcançado pelo BNB no exercício 2014.

“Os colegas benebeanos tiveram que trabalhar duro para alavancar ne-gócios e recuperar créditos e, por isso, merecem tratamento mais respeitoso”, afi rma Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB).

Negociações – A Contraf-CUT e o Sindicato estão cobrando da direção do BNB a imediata reabertura de negocia-ções da mesa permanente para tratar de pendências da pauta específi ca de reivindicações. Questões como ponto eletrônico, revisão do PCR e solução para passivos trabalhistas estão requerendo posicionamento urgente da direção da Instituição.

BicicletarDentre as oito capitais brasileiras que dispõem do sistema

de bicicletas compartilhadas, Fortaleza é a que tem a maior taxa de utilização. A quantidade de viagens diárias na Capital cearense chega a 1.579, com uma média de

44 deslocamentos por estação. O número de viagens em Fortaleza supera os registrados no Rio de Janeiro, Brasília, Pernambuco, Salvador, Aracaju, São Paulo e Belo Horizonte.

Mínimo do DieeseEm março, o salário mínimo necessário calculado pelo

Dieeseseria de R$ 3.182,81. O valor equivale a 4,04 vezes o

piso vigente, que é R$ 788,00. O preço da cesta básica subiu em 13 das 18 cidades pesquisadas

pelo Dieese no mês de março. As maiores elevações ocorreram em

Manaus (4,92%), Fortaleza (4,23%), Aracaju (3,23%) e Vitória (2,47%).

As retrações mais fortes foram registradas em Salvador (2,79%), Brasília (1,06%), Goiânia (0,66%),

Florianópolis (0,45%) e Natal (0,15%). São Paulo teve a cesta

básica mais cara do País, no valor de R$ 379,35.

Blitzes dos extintores O Procon Fortaleza iniciou dia 7/4 blitze em lojas que

vendem extintores de incêndio ABC. A fi scalização quer coibir o superfaturamento e a abusividade de preços do equipamento de segurança, que passou a ser exigido em veículos automotores, de acordo com a Resolução

333/2009, do Contran. A medida vigorou a partir de janeiro deste ano, mas resoluções adiaram a troca do extintor que, agora, só será exigida a partir de 1º de julho. Consumidores relataram ao Procon que algumas lojas teriam aumentado

o valor do produto em até 400%, pois o item custava, anteriormente, em média, R$ 50, e, atualmente, estaria

sendo comercializado por até R$ 250.

Parece inacreditável, mas o Conselho de Administração do Banco do Brasil eliminou a vice-presidência de Gestão de Pessoas, que tem a função de cuidar da enorme legião de 112 mil funcionários. No seu lugar, o banco criou uma nova vice-presidência, a de Serviços, Infraes-trutura e Operações. A área de gestão de pessoas é rebaixada de status e será agregada ao pilar de varejo, aumentando o tamanho da nova Vice-presidência de Distribuição, Varejo e Gestão de Pessoas.

“Os funcionários não têm o que co-memorar. Extinguir a vice-presidência de pessoas mostra a falta de atenção e importância que a direção do banco dá a seus funcionários. Uma empresa com mais de 200 anos não pode relegar a re-lação com seus trabalhadores ao segundo plano”, afi rma o diretor do Sindicato, José Eduardo Marinho.

Esta reestruturação é consequência das mudanças equivocadas que a direção do banco vem fazendo. O que interessa é produzir sob pressão, vender produtos, bater metas e mais metas, entre outras características que a área de varejo do banco aprofundou ao longo do tempo.

Mudanças no BB reduzem importância da

gestão de pessoas

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