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Artigo Banco do Brasil: funcionários paralisam agência em protesto contra gestão A música de Eduardo Dusek denuncia de forma satírica, ácida e verdadeira o tratamento dado às empregadas e aos empregados domésticos no Brasil. Juntam- se a esses versos frases do tipo: “Ela é considerada da família”; “Veio do interior para morar conosco e agora tem teto e comida”; “Ela até estuda à noite”. Essa maneira de ver as pessoas que prestam seus serviços em casas de famí- lia, cuidando de crianças, fazendo limpeza, lavando e passando roupas, mantendo lindos jardins, cuidando de piscinas, é his- tórica. Já em 1933, Gilberto Freire, em seu livro Casa-Grande e Senzala, avalia a for- mação da sociedade brasileira a partir da organização das propriedades escravagis- tas. O patriarca da terra era dono de tudo, incluídos os escravos. E essa maneira de pensar e agir chega aos nossos tempos, expressando-se nas relações capitalistas da sociedade brasileira, especialmente nas estabelecidas entre patroas e empregadas domésticas. Não é coincidência que mais de 60% da força de trabalho doméstica seja formada por negros. A formalização do trabalho domésti- co, no Brasil, não chega a 30%. Apenas um milhão entre os sete milhões de em- pregados têm emprego formal, apontando que o modelo de trabalho doméstico é majoritariamente informal. Nenhum outro País no mundo possui tantos trabalha- dores domésticos quanto o Brasil que, segundo dados da Organização Inter- nacional do Trabalho, acumula algo em torno de 13% de todas as domésticas em um universo de 117 países. O quadro é bem pior, pois o trabalho infantil não está incluído nesses dados. Não desconhecemos que, ao ocorrer a “abolição da escravidão”, às negras e aos negros recém-libertos e aos seus descendentes não restaram muitas opções de trabalho. Com isso, foram novamente incorporados às casas-grandes, intensifi- cando a ideologia hierarquizada entre os seres humanos. E agora, séculos depois, uma Proposta de Emenda Constitucional conhecida como sendo a PEC das Empre- gadas Domésticas causa espanto aos em- pregadores que ainda consideram essas trabalhadoras e trabalhadores como uma categoria de “quase” cidadãos. A aprova- ção da PEC 66/2012 expõe a hipocrisia de uma sociedade que atua para tornar invisíveis os excluídos historicamente. Os patrões, apoiados pela maioria dos meios de comunicação, tratam a PEC das Empregadas Domésticas como uma afronta, reforçando a ideia de que no cam- po das relações trabalhistas o direito é um entrave à livre negociação entre as partes. Não podemos cair no discurso de comparar a aprovação da PEC ao fim da escravidão. Em verdade, nos tempos atu- ais, para esses trabalhadores e trabalhado- ras abrangidos, a Emenda Constitucional tem o significado de uma primeira abolição, onde, para essas cidadãs e cidadãos, pela primeira vez ocorre a tentativa de equalização de direitos entre os trabalha- dores. É preciso organizar as forças para regulamentar e implementar efetivamente os direitos apontados pela PEC. Tarefa que será assumida de forma firme e organizada pela Central Única dos Trabalhadores. Jacy Afonso – Secretário Nacional de Organização e Política Sindical da CUT A escravidão ainda não acabou No último dia 5/6, os funcionários da agência Benfica, do Banco do Brasil, vestiram preto e cruzaram os braços por uma hora para protestar contra o modelo de gestão adotado pelo banco. Demonstraram também indignação e solidariedade com o gerente geral da agência, transferido para uma agência de menor porte por conta de metas (pág. 3) • Sindicato abre inscrições para o Curso de Expressão Verbal destinado a bancários sindicalizados (pág. 2) • Bradesco: bancários obtêm criação de grupo de trabalho sobre programa de reabilitação e readaptação profissional (pág. 3) Ataques contra bancos/cidadãos batem recorde em maio no CE Matéria na pág. 2 • Bancários fecham Loja de Atendimento do Itaú na Avenida Monsenhor Tabosa, por tempo indeterminado (pág. 4) • Em audiência pública, vereadores e bancários de Fortaleza discutem Ação de Equiparação do BNB, dia 3/6 (pág. 5) Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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Artigo

Banco do Brasil: funcionários paralisam agência em protesto contra gestão

A música de Eduardo Dusek denuncia de forma satírica, ácida e verdadeira o tratamento dado às empregadas e aos empregados domésticos no Brasil. Juntam-se a esses versos frases do tipo: “Ela é considerada da família”; “Veio do interior para morar conosco e agora tem teto e comida”; “Ela até estuda à noite”.

Essa maneira de ver as pessoas que prestam seus serviços em casas de famí-lia, cuidando de crianças, fazendo limpeza, lavando e passando roupas, mantendo lindos jardins, cuidando de piscinas, é his-tórica. Já em 1933, Gilberto Freire, em seu livro Casa-Grande e Senzala, avalia a for-mação da sociedade brasileira a partir da organização das propriedades escravagis-tas. O patriarca da terra era dono de tudo, incluídos os escravos. E essa maneira de pensar e agir chega aos nossos tempos, expressando-se nas relações capitalistas da sociedade brasileira, especialmente nas estabelecidas entre patroas e empregadas domésticas. Não é coincidência que mais de 60% da força de trabalho doméstica seja formada por negros.

A formalização do trabalho domésti-co, no Brasil, não chega a 30%. Apenas um milhão entre os sete milhões de em-pregados têm emprego formal, apontando que o modelo de trabalho doméstico é majoritariamente informal. Nenhum outro País no mundo possui tantos trabalha-dores domésticos quanto o Brasil que, segundo dados da Organização Inter-nacional do Trabalho, acumula algo em torno de 13% de todas as domésticas em um universo de 117 países. O quadro é bem pior, pois o trabalho infantil não está incluído nesses dados.

Não desconhecemos que, ao ocorrer a “abolição da escravidão”, às negras e aos negros recém-libertos e aos seus descendentes não restaram muitas opções de trabalho. Com isso, foram novamente incorporados às casas-grandes, intensifi -cando a ideologia hierarquizada entre os seres humanos. E agora, séculos depois, uma Proposta de Emenda Constitucional conhecida como sendo a PEC das Empre-gadas Domésticas causa espanto aos em-pregadores que ainda consideram essas trabalhadoras e trabalhadores como uma categoria de “quase” cidadãos. A aprova-ção da PEC 66/2012 expõe a hipocrisia de uma sociedade que atua para tornar invisíveis os excluídos historicamente.

Os patrões, apoiados pela maioria dos meios de comunicação, tratam a PEC das Empregadas Domésticas como uma afronta, reforçando a ideia de que no cam-po das relações trabalhistas o direito é um entrave à livre negociação entre as partes.

Não podemos cair no discurso de comparar a aprovação da PEC ao fi m da escravidão. Em verdade, nos tempos atu-ais, para esses trabalhadores e trabalhado-ras abrangidos, a Emenda Constitucional tem o signifi cado de uma primeira abolição, onde, para essas cidadãs e cidadãos, pela primeira vez ocorre a tentativa de equalização de direitos entre os trabalha-dores. É preciso organizar as forças para regulamentar e implementar efetivamente os direitos apontados pela PEC. Tarefa que será assumida de forma fi rme e organizada pela Central Única dos Trabalhadores.

Jacy Afonso – Secretário Nacional de Organização e Política Sindical da CUT

A escravidão ainda não acabou

No último dia 5/6, os funcionários da agência Benfi ca, do Banco do

Brasil, vestiram preto e cruzaram os braços por uma hora para protestar contra o modelo de gestão adotado pelo banco. Demonstraram também indignação e solidariedade com o

gerente geral da agência, transferido para uma agência de menor porte

por conta de metas (pág. 3)

• Sindicato abre inscrições para o Curso de Expressão Verbal destinado a bancários sindicalizados (pág. 2)

• Bradesco: bancários obtêm criação de grupo de trabalho sobre programa de reabilitação e readaptação profi ssional (pág. 3)

Ataques contra bancos/cidadãos batem recorde em maio no CE

Matéria na pág. 2

• Bancários fecham Loja de Atendimento do Itaú na Avenida Monsenhor Tabosa, por tempo indeterminado (pág. 4)

• Em audiência pública, vereadores e bancários de Fortaleza discutem Ação de Equiparação do BNB, dia 3/6 (pág. 5)

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

QUALIFICAÇÃO

O mês de maio foi o recor-dista de ações contra bancos em 2013 contabilizando 16 ataques a unidades bancárias e quatro saidinhas/chegadinhas, num total de 20 ações. Em maio do ano passado foram oito ações, totalizando 65 ataques nos cin-co primeiros meses de 2012, enquanto que este ano já foram 66 ataques – um a mais – numa média de 13,4 ações por mês. Os números de maio superaram os ataques registrados em abril (17), março (11), fevereiro (09) e janeiro (também 09).

Somente até maio deste ano foram 39 ataques a bancos ou postos bancários e 27 saidinhas/chegadinhas. Dos ataques a uni-dades nesses cinco meses, foram contabilizados 16 arrombamen-tos (que incluem aí as explosões de caixas eletrônicos), oito ten-tativas de arrombamentos, oito assaltos, quatro tentativas de assalto e três ataques a carros fortes. Somente em maio foram oito arrombamentos, quatro ten-tativas, quatro assaltos e quatro saidinhas.

BB é alvo preferido – O Banco do Brasil continua sendo o alvo principal de assaltantes no Estado. Somente este ano foram 26 ataques ao BB, sendo 10 apenas em maio. O segundo alvo preferido das quadrilhas é o Bradesco, com 21 ataques, seguido da Caixa Econômica com quatro, Itaú e Santander com três cada e outros/ou não divulgados, sete.

Confira o resumo dos ataques registrados em maio/2013:

1º/5 – A mobilização da Polícia Militar impediu que mais uma agência bancária tivesse seus caixas eletrônicos violados. O fato ocorreu durante a ma-drugada no BB de Barroquinha (413Km de Fortaleza). Populares viram a movimentação estranha no interior da agência e ligaram para a delegacia local.

6/5 – Uma agência do Bra-desco na Av. Santos Dumont, em Fortaleza, teve um dos seus caixas eletrônicos arrombados com um maçarico durante a madrugada. Também no mesmo dia, dois homens numa moto abordaram o funcionário de um mercadinho em frente a CEF de Quixeramobim, quando ele chegava numa moto-taxi para efetuar o depósito.

7/5 – Policiais militares prenderam um homem suspeito de participar de uma tentativa de saidinha bancária, em Messejana. Um homem havia sacado cerca de R$ 60 mil da agência da CEF e foi seguido pelos criminosos que, durante a ação, chegaram a atirar. Porém, como o veículo da

Maio bate recorde de ações contra bancos/cidadãos em 2013

vítima era blindado, os dois não conseguiram roubar o dinheiro.

11/5 – Um caixa eletrônico do BB da Av. Pontes Vieira, em Fortaleza, foi violado durante a madrugada com o uso de um maçarico.

13/5 – Dois homens invadi-ram uma agência do Santander, na Avenida Desembargador Moreira, em Fortaleza, durante a madrugada e violaram os caixas eletrônicos instalados na seção de autoatendimento. Os bandi-dos usaram brocas.

14/5 – A agência do BB de Monsenhor Tabosa (319Km de Fortaleza) foi assaltada por volta de 13h30. O gerente da agência foi feito refém. Também no mesmo dia, quatro homens arrombaram um caixa eletrônico do BB localizado dentro de um supermercado em Fortaleza. O grupo teria levado uma quantia de R$ 400 mil.

15/5 – Uma ação criminosa ousada deixou atônitos os mora-dores de Tejuçuoca (144 km de Fortaleza), por volta das 22h30. Cerca de 22 homens armados invadiram a cidade e explodiram as duas agências bancárias do local, levando mais de R$ 10 mil em um dos bancos. As explosões aconteceram simultaneamente e os alvos foram a agência do BB e do Bradesco. Os bandidos usa-ram dinamite e as unidades fica-ram completamente destruídas.

20/5 – Quatro bandidos ata-caram um comerciante quando ele chegava à agência do BB, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza. Os ladrões roubaram R$ 20 mil.

21/5 – Quatro homens tentaram arrombar um caixa ele-trônico do Bradesco de Aratuba (95 km de Fortaleza), durante a madrugada. A Polícia percebeu a ação e conseguiu evitar o furto. Um policial ficou ferido. No mes-mo dia, um grupo de assaltantes arrombou uma farmácia e, por meio de paredes comuns, inva-diu os estabelecimentos vizinhos:

uma agência do BB e uma casa lotérica. O crime aconteceu du-rante a madrugada no município de Itaitinga (27 km de Fortaleza).

22/5 – Nova tentativa de furto foi registrada na agência do BB de Itaitinga por volta de 22h. Os acusados tentaram ex-plodir os caixas eletrônicos, mas a quantidade de explosivos não foi suficiente e o grupo fugiu sem levar nada.

24/5 – Em Pacujá (309,3 km de Fortaleza), um posto avan-çado do Bradesco foi assaltado. Segundo a Polícia, dois homens renderam e amarraram o gerente do banco, levando em seguida o dinheiro dos caixas.

26/5 – Dois homens foram presos após arrombamento e roubo de R$ 13 mil da agência BB na Av. Francisco Sá, bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, por volta das 6h30min.

27/5 – A agência do BB de Coreaú (299,3 quilômetros de Fortaleza) foi assaltada no fim da manhã por seis homens armados que renderam funcionários e clientes. Os assaltantes chegaram a atirar para o alto, mas ninguém ficou ferido.

30/5 – A agência do Brades-co de Palmácia (73 quilômetros de Fortaleza) foi atacada por assaltantes durante a madrugada. Dois caixas eletrônicos foram explodidos por um bando for-mado por sete homens. Todo o espaço, porém, acabou afetado.

31/5 – Cerca de quatro homens armados assaltaram uma agência do Bradesco, em Parambu (400 km de Fortaleza). Os criminosos levaram clientes e policiais como reféns. Ainda no mesmo dia, a polícia de Fortaleza prendeu, um homem acusado de uma saidinha bancária. O homem e um comparsa que conseguiu fugir roubaram uma quantia de R$ 6 mil de um motoboy que fez o saque em uma agência do Itaú, na Avenida Santos Dumont, no bairro Aldeota, e foi seguido pelos ladrões.

Guarami-ranga, cidade s e r r a n a d o Ceará, a 110 quilômetros de Fortaleza, cer-cada pela típica vegetação da Mata Atlântica e com tempe-raturas que va-riam entre 18 a 25 graus, vai ser palco, nos dias 26 e 28 de julho, de um evento que reú-ne temas como moda, turismo, música e em-preendedoris-mo, sob o viés da sustentabilidade: é o Festival Viva Guará.

Seguindo o foco da diversidade e pluralidade, o festival incentiva a difusão de atividades culturais e a valorização dos talentos da Serra, além de apoiar experiências voltadas para a disseminação da responsabilidade ambiental. Com o lema “Sustentabilidade: renovar! Reciclar! Repensar!”, da programa-ção constam temas como “Reapro-veitamento alimentar”, “Cosmetolo-gia orgânica”, “Agricultura natural”, “Horta caseira e vida saudável”, “Novos materiais e soluções de Construções sustentáveis”, “Edu-cação ambiental” e “Certifi cação de produtos orgânicos”.

Integram, ainda, a programação ofi cial do Viva Guará 2013, capaci-tação sobre a confecção de Biojoias e de moda com ofícios artesanais e além de ofi cinas de brinquedos criati-vos. Paralelamente, será realizado o I Fórum Regional de Turismo Susten-tável. Dentre as atrações culturais, estão confi rmadas as participações de Jô Alencar e Tiago Almeida (voz e piano), Orquestra Cidade da Arte, Jazzera Trio e Flaudiana Ruiz, o gru-po “Rio de Cordas” e apresentações de teatro infantil.

Festival Viva Guará mostra os sons e sabores da Serra

Com tantas atrações, o Viva Guará 2013 representa, desde já, uma oportunidade para que os restaurantes, pousadas e hotéis da cidade, conhecidos pela gastrono-mia variada e que mistura culinária internacional e ingredientes da re-gião, possam mostrar desenvolver novos pratos, agregando um valor a mais ao evento.

A região, que envolve os muni-cípios de Baturité, Guaramiranga, Pacoti e Mulungu, possui mais de 102 equipamentos formais no seg-mento de hotelaria e restaurantes, o que representa uma média de 1.500 leitos, sem falar nas mais de 50 casas que hoje funcionam como pousadas domiciliares.

O festival está sendo construí-do com base nos empreendedores locais da música, da gastronomia, do artesanato, da hotelaria e da sustentabilidade. A perspectiva é fortalecer o desenvolvimento local a partir da apropriação do proces-so turístico, valorizando os atores locais da pequena Guaramiranga.

SERVIÇO:Festival Viva GuaráDe 26 a 28 de julhoLocal: Guaramiranga/CE

Entre os próximos dias 24 e 28/6, o Sindicato dos Bancários do Ceará irá promover, através da Secretaria de Formação, o curso de Expressão Ver-bal “Fale em Público com Efi cácia”. Estão ofertadas 20 vagas somente para bancários sindicalizados, sem nenhum custo para os participantes. As aulas acontecerão das 19h às 22h, na sede do Sindicato.

Para se inscrever, o bancário deve entrar em contato com a Se-cretaria de Formação da entidade através do telefone (85) 3252-4266, de segunda à sexta-feira, das 9h às 15h (falar com Erismar). “Essa é mais uma iniciativa da Secretaria de Formação e faz parte do Plano de Ação de Política e Qualifi cação para o ano de 2013”, afi rma a diretora Iêda Marques, titular da secretaria.

A metodologia utilizada no curso pretende estimular o desenvolvimen-to da autoconfi ança dos participantes.

Sindicato oferece curso de Expressão Verbal para bancários sindicalizados

Serão adotadas técnicas com vistas ao relaxamento, descontração e à criação de objetivos claros e na su-peração da ansiedade ou medo de falar em público. Todos os alunos são fi lmados em sua apresentação fi nal e analisados didaticamente.

O curso será ministrado pelo professor Rogério Morais (Sebrae), graduado em Economia pela Uni-versidade Federal do Ceará (UFC), com especialização em Formação e Desenvolvimento de Empreende-dores e Mestrado em Administração de Empresas.

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CONVÊNIO

NEGOCIAÇÃO

No último dia 5/6, os funcionários da agência Benfi ca, do Banco do Brasil, vestiram preto e cruzaram os braços por uma hora para protestar contra o modelo sanguinário de ges-tão adotado pelo banco na cobrança de metas. Essa foi também uma forma de demonstrar a indignação e a solidariedade com o gerente geral da agência, transferido para uma agência de menor porte por não atingir as expectativas da direção na unidade Benfi ca.

“Esse vem sendo um costume do banco ultimamente: rebaixar níveis de comissão para quem não cumpre o que a direção determina. Já aconteceu em várias agências, sem falar nos gerentes que estão constantemente ameaçados de so-frerem a mesma punição. Estamos paralisando essa agência hoje por uma hora para mostrar à direção do BB a indignação dos bancários e, a partir de agora, se descomissionar ou rebaixar gerente, o Sindicato vai estar lá paralisando aquela unidade e cobrando responsabilidade da direção do BB”, avisa o diretor do Sindicato, Bosco Mota. Ele completa: “agora precisamos, como aqui está acontecendo, do apoio de todos os bancários, inclusive dos comissio-nados, porque até os valores das comissões hoje não condizem mais com o trabalho realizado e sem luta, sem mobilização não há conquistas”, fi naliza.

O delegado sindical da agência, Ailton Lopes, justifi cou o protesto: “esse não é um ato de uma pessoa, mas do conjunto de nós que fazemos essa agência, que fazemos o Banco do Brasil. Sabemos que esse retarda-mento de uma hora no atendimento tem um impacto na vida das pessoas, mas nós não podíamos deixar passar em branco nossa indignação e nossa recusa a um modelo de gestão que não atende às necessidades das pessoas. Não adianta um banco dizer que é bom pra todos, que respeita a sociedade e que quer o melhor para seus clientes se ele exige metas absurdas e tenta sugar ao máximo os seus trabalhadores. A nossa luta é pela defesa do BB como um verda-deiro banco público”, disse.

“Vestidos de preto, os funcio-nários demonstraram o seu luto e o seu desejo pela morte desse modelo que eles não querem para o Banco do Brasil. O BB atualmente foge do que se espera de um banco público assumindo uma postura fascista onde

Funcionários paralisam agência em protesto contra

modelo de gestão do BB

o que manda é o interesse de curto prazo para atingir metas. Um modelo que tem perseguido funcionários, que tem menosprezado carreiras construídas com esforço no decorrer de décadas, que pune colegas que se dedicaram ao banco a vida inteira, mas que em um só semestre não conseguiu atingir sua meta, então ele não serve mais e toda a sua carreira é desconsiderada. Portanto, se esse banco não tem diferença de um banco privado, nós temos que fazer valer a política que nós defendemos, de um banco público forte e a serviço do Brasil”, analisa o diretor do Sindicato, Gustavo Tabatinga.

O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, considera que essa disposição dos colegas da agência Benfi ca é uma resposta muito impor-tante a essa postura da direção do BB. “Esse movimento representa o sentimento de indignação e de solida-riedade existentes em todas as agên-cias do banco. O gerente geral dessa

agência está sendo rebaixado e está sendo impedido na sua progressão de carreira, está sendo transportado para outra agência como retaliação a uma responsabilidade que não é dele. Os funcionários resistem a isso por-que querem atender pessoas e não um objeto a ser explorado. Esse é o confl ito: enquanto os trabalhadores querem atender as pessoas, o BB quer que o bancário explore as pes-soas. Essa é a política de metas do BB hoje: o cliente representa apenas um frango a ser depenado. Que banco bom pra todos é esse? Bom pra ele né?”, avalia o presidente.

“Nós queremos negociar, temos uma pauta na mesa de negociação, mas o banco tem se recusado a sen-tar com os trabalhadores. E se essa postura se manter, nós não vamos fi car sem lutar. Se o BB não quiser negociar, nós não vamos fi car só nessa paralisação. Vamos partir para uma greve nacional para garantirmos nossos direitos”, fi naliza.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram na quinta-feira (6/6), com o Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco (SP), e discutiram reabilitação profi ssional, um dos três itens que integram o calendário prévio defi nido na negociação ocorrida no último dia 28 de maio. Próximas reuniões com banco ocorrem nos dias 14 e 19/6.

Durante a reunião, foi decidida a criação de um grupo de trabalho para a elaboração de um programa de reabilitação e readaptação pro-fi ssional, com base na cláusula 43ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). As reuniões ocorrerão entre os dias 19 de junho e 7 de agosto.

Bancários obtêm criação de grupo de trabalho sobre reabilitação no Bradesco

"A inserção do movimento sin-dical é importante na elaboração, implantação e acompanhamento do programa", afirma a diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis.

Os próximos encontros com o banco estão previstos para os dias 14 e 19, quando estarão em debate o parcelamento do adiantamento de férias e o vale-cultura, respecti-vamente. Trata-se dos outros dois itens que forma o calendário prévio. “Vamos aprofundar a discussão com o banco sobre essas demandas que estão na pauta específi ca de reivin-dicações da Campanha Nacional

de Valorização dos Funcionários”, destaca a coordenadora da COE/Bradesco.

O Plano de Cargos e Salários (PCS) e o auxílio educação foram novamente destacados pelos dirigentes sindicais, mas o banco ainda resiste em debater essas importantes reivindicações.

Enquanto isso, a mobilização continua. “A campanha está nas ruas com muita garra e energia. A ideia é intensifi car as atividades e assim conquistarmos o atendimen-to das demandas dos funcionários”, enfatiza a dirigente sindical. “Ban-cário não é lata. É gente como você, gente de verdade”, diz o slogan da campanha.

A Contraf-CUT enviou ofício à presidenta Dilma Roussef para denunciar que a direção da Caixa Econômica Federal está violando a lei 12.353, que regulamenta a eleição de representantes dos trabalhadores aos conselhos de administração das empresas estatais e de economia mista, e solicitar a suspensão do calendário imposto unilateralmente pela empresa, cujo processo eleitoral a Confederação não reconhece. A Contraf-CUT encaminhou documen-tos com o mesmo teor ao secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e ao presidente da Caixa, Jorge Hereda.

“Consideramos equivocada e intempestiva a convocação da eleição feita pela Caixa no dia 29 de maio último, estabelecendo como período de três a sete de junho para inscrição de candidaturas e o de 24 a 28 do mesmo mês para votação em primeiro turno. Trata-se de medida unilateral, que ignora por completo as manifestações das entidades sindicais e associativas a respeito do assunto”, afi rma a Contraf-CUT no ofício, assinado pelo presidente Carlos Cordeiro.

A Confederação lembra na carta que desde março de 2011, quando a lei 12.353 foi regulamentada, as entidades sindicais vêm cobrando a adequação do estatuto da Caixa para a viabilização do processo de escolha do conselheiro representante – o que a empresa só fez recentemente, mas mantendo as mesmas regras da le-gislação anterior, de forma a restringir drasticamente a participação dos empregados.

“As exigências mantidas pela

Contraf-CUT denuncia a Dilma farsa em eleição de representante ao

Conselho de AdministraçãoCaixa para ocupação de cargo no Conselho retiram de mais de 80% dos empregados o direito de participação no processo eleitoral como candida-tos. São permitidas, basicamente, inscrições de gestores da empresa”, denuncia a Contraf-CUT.

“Caixa traiu o espírito da lei sancionada por Lula” – “Enten-demos que, assim, a Caixa traiu o espírito da lei sancionada pelo ex-presidente Lula e posteriormente re-gulamentada por Vossa Excelência”, acrescenta o ofício da Confederação, lembrando que o processo eleitoral na instituição fi nanceira federal difere de todos os já concluídos ou ainda em curso em outras empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive na Petrobrás e no Banco do Brasil, sem discriminação a qualquer funcionário.

“A Contraf-CUT, cujos sindicatos fi liados representam mais de 90% dos empregados da Caixa, e que se faz representar na mesa de negocia-ções permanentes com a empresa por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), não reconhece o processo eleitoral de-fl agrado neste 29 de maio”, avisa a Contraf-CUT no ofício.

E conclui: “Solicitamos a sus-pensão do calendário estabelecido unilateralmente pela Caixa, para que as regras e procedimentos da eleição para conselheiro dos empregados sejam, de fato, resultado de enten-dimento com as representações dos trabalhadores, de forma a eliminar as restrições que estão sendo impostas ao direito de todo e qualquer bancário se candidatar ao cargo”.

Duas faculdades conveniadas ao Sindicato dos Bancários do Ceará estão com inscrições abertas para Vestibular 2013.2. Por conta da parceria, bancários sindicalizados e dependentes possuem descontos especiais. Confi ra:

Faculdade Maurício de Nassau – Além de isenção da taxa de inscri-ção, a faculdade oferece desconto de 10% nas mensalidades dos cursos de Graduação Tecnológica e 20% nas mensalidades dos cursos de Gra-duação Tradicional, Especialização e Pós-Graduação.

O processo seletivo é para os cur-sos de Administração, Biomedicina, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Jornalismo, Psicologia e Publicidade e Propa-ganda, Serviço Social e Sistema de Informação. Na Pós-Graduação são ofertados cursos nas áreas de Negócios, Comunicação, Saúde e Finanças.

Os interessados devem agendar a prova ou podem solicitar um vestibu-lar in company, onde a faculdade vai até a sua empresa realizar o processo seletivo. A nota do ENEM pode ser utilizada para ingressar na instituição sem a realização do Vestibular.

Entre em contato e faça sua inscrição gratuita:

Neyara Feitosa Benevides (85) 9997 0802 Institucional

(Vivo) / (85) 9605 1000 / (TIM) (85) 8918 9550 (Oi)

e-mail: [email protected]

Faculdades parceiras do Sindicato estão com inscrições abertas para

Vestibular 2013.2

[email protected] mais informações:Av. Aguanambi, 251 – Fátima(85) 3201-2400www.mauriciodenassau.edu.br

Faculdade Farias Brito – Ban-cários sindicalizados e dependentes possuem desconto de 30% nos cursos de Administração, Ciência da Computação e Marketing e 15% no curso de Direito.

Os benefi ciários do convênio devem acessar o site da FFB, onde poderão fazer a inscrição para o ves-tibular com isenção de taxa e garantir os descontos conforme o convênio.

Para isso é necessário colocar o código 8T03QbUJ que identifi cará o conveniado, no caso o Sindicato, e agilizará o processo de localização e matrícula da pessoa caso seja apro-vada no processo seletivo.

Para mais informações:Rua Castro Monte, 1364 Varjota(85) 3486 9101 / (85) 9648 3181 www.ffb.edu.br

Sobre os convênios do Sindicato, ligue para (85) 3252 4266 e fale com Girlane Guabiraba.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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MOBILIZAÇÃO

PED

FORMAÇÃO

Bancários paralisam nova “loja” de atendimento do Itaú

“Sabíamos que era uma ideia audaciosa e enfrentamos a difi culdade de compreensão do movimento sindical e a baixa do Euro”, lembrou o secretário adjunto de Formação da CUT, Admirson Ferro Júnior, o Greg, um dos idea-lizadores da Escola Móvel, durante seminário que a Escola Nordeste promoveu nos dias 30 e 31/5, em Recife (PE).

Há três anos, a iniciativa da Central em parceria com o Insti-tuto Sindical de Cooperación al Desarrollo (ISCOD), da Espanha, e com o Instituto Sindicale per La Cooperazione allo Svilppo (ISCOS), da Itália, foi imaginada no formato de um grande ônibus que viajaria o interior do Nordeste para levar formação a dirigentes sindicais, apresentações culturais e promover debates sobre temas do mundo sindical.

O conteúdo foi mantido, mas a crise econômica que atingia o mundo há três anos trouxe dificul-dade aos parceiros. Ainda assim, o micro-ônibus visitou 68 cidades nordestinas e viajou exatos 21.885

O Itaú mais uma vez desres-peitou seus funcionários e clien-tes ao transformar uma agência de Fortaleza em Loja de Atendi-mento. E, pior, retirou os caixas da unidade e todas as medidas de segurança, como porta giratória e vigilância armada, deixando apenas três funcionários para vender produtos. Este é o cenário da unidade do banco na Avenida Monsenhor Tabosa, nesta Capi-tal. Em defesa dos direitos e da segurança dos trabalhadores e clientes, os bancários paralisa-ram a “loja do Itaú” na quinta e sexta-feira, dias 6 e 7/6.

Durante o ato de protesto contra esse modelo criado pelo banco, de forma unilateral, os bancários mostraram sua indig-nação. O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Ribamar Pacheco, denunciou essa prática do Itaú como criminosa, “pois precariza as condições de tra-balho”. Disse ainda que, “com a retirada dos caixas e da vigilância armada, o banco colocou seus funcionários e clientes expostos à insegurança, coloca em risco as suas vidas. Os bancários dessa unidade ficam à mercê da sorte”.

Para o diretor do Sindicato, Aléx Citó, "com esse modelo de loja, ao invés de agência, o Itaú está brincando com a vida de seus funcionários e clientes. Os banqueiros só visam lucro e mais lucro. Sendo assim, não tem outro jeito, vamos fechar a loja por tempo indeterminado, até que o bom senso prevaleça e a vigilância armada volte”.

A paralisação fez parte da Campanha de Valorização dos Funcionários do Itaú em res-posta às péssimas condições de trabalho e ao descaso da direção

do banco em resolver os pro-blemas dos trabalhadores. Essas péssimas condições de trabalho têm levado os bancários ao adoecimento e, em nível nacional, esse problema é alarmante. A cam-panha em defesa dos direitos dos bancários do Itaú é nacional, sob a coordenação da Contraf-CUT, com participação efetiva das federações e dos sindicatos nos Estados.

“Esse Cara Sou Eu” – A Campanha de Valorização dos Funcionários tem como mote “Esse Cara Sou Eu”, inspirado

no sucesso de Roberto Carlos, fazendo uma paródia sobre as condições de trabalho no banco. “O cara que só pensa no pro-grama AGIR toda hora, sempre com medo de perder o emprego. Que deixa de lado estudos e a família, que aceita o horário estendido, que sofre para bater as metas, que encara perigos como assaltos e doenças. Esse cara que, mesmo sendo caixa, é cobrado com metas diárias, mas que não recebe nenhum centavo do programa”, diz um dos trechosda música.

Escola Móvel da CUT planta a semente da transformação social no Nordeste

quilômetros, de novembro de 2010 até maio deste ano.

Discussão democrática – A bordo dele, além do motorista, so-mente o educador Antônio Danilson Pinto, responsável por cuidar do processo pedagógico e político do programa, que inclui articular com os sindicatos das cidades a divulgação e os espaços que serão visitados pelos formadores. Danilson comenta que, principalmente nas zonas rurais, a recepção é semelhante à chegada de um grande evento, cercado de muita expectativa.

Além de cumprir de forma ampla a formação de dirigentes, o programa fortalece a rede sindical de educa-dores, o desenvolvimento territorial e permite discutir nas cidades a concepção cutista sobre economia solidária, forma de produção e co-mercialização alternativa ao grande capital, centrada na inclusão social e no respeito ao meio ambiente.

Nesses anos, a Escola Móvel promoveu cinema em praça públi-ca, encontros com quilombolas, debates sobre a luta da classe

trabalhadora em rádios e TVs comunitárias, discussões em escolas sobre sexualidade. E ainda divulgou as bandeiras da CUT para além da pauta sindical. Ao mesmo tempo, o educador explica que a caravana identifica demandas nas regiões, como a dificuldade em dialogar com a juventude e a necessidade de fortalecer a preparação de diri-gentes, especialmente sobre o tema da economia solidária. Os próximos passos, destacou, são garantir o financiamento para a continuidade das ações e envolver ainda mais os secretários cutistas.

Para as estaduais, uma gran-de aliada – A presidenta da CUT-CE, Joana D´Arc, mais uma que acolheu a escola, comenta que as pessoas cobram o retorno à região e isso é um dos gargalos. “As pessoas dizem que a Escola Móvel fala a língua deles e, por isso, tem esse destaque. Por onde ela não passou, as pessoas fi cam sabendo e cobram. Já nos locais onde foi, as pessoas querem que retorne, que o projeto continue”.

Fotos: Drawlio Joca

A taxa de desemprego passou de 11% em março para 11,3% em abril, nas sete regiões analisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Depar-tamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo dados da Pesquisa de Em-prego e Desemprego (PED), o total de desempregados nessas regiões foi estimado em 2,491 milhões de pessoas, 52 mil a mais do que no mês anterior.

O nível de ocupação nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador, São Paulo e do Distrito Federal registrou retração de 0,4% devido à eliminação de 80 mil postos de trabalho, número maior do que o de pessoas que se retiraram do mer-cado (29 mil). O nível de ocupados nessas sete regiões foi calculado em 19,557 milhões e a população econo-micamente ativa em 22,047 milhões.

Por setores o nível de ocupação caiu na indústria de transformação (-98 mil postos de trabalho o que equivale a -3,4%), e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-47 mil empregos ou -1,2%). A quantidade de ocupados

Taxa de desemprego sofre elevação em sete regiões do País

manteve-se estável em Serviços (34 mil ou 0,3%) e na Construção (4 mil ou 0,3%).

De acordo com a PED, o número de assalariados registrou retração de 0,5%. A quantidade de empregados com carteira assinada caiu 0,7% e sem registro em carteira caiu 1,3%. Houve redução também de emprega-dos domésticos (-1,4%) e aumento o número de autônomos (0,6%).

O rendimento médio dos ocupa-dos registrou decréscimo de 0,4% em março e o dos assalariados teve queda de 0,3%, chegando aos valo-res de R$ 1.583,00 e R$ 1.622,00, respectivamente.

De acordo com a técnica do Dieese, Ana Maria Belavenuto, apesar de a taxa de ocupação ser negativa é promissora, pois é mais elevada do que a registrada em março (-1,1%). Ela ressaltou o desempenho da indústria, que foi um dos responsáveis pela queda no número de empregos.

“Temos visto por um bom tempo o setor da indústria caindo e o setor de serviços e comércio sustentando os empregos. Há indicativos da retoma-da da indústria ainda para este ano, mas não sei em que patamar”, disse.

A Contraf-CUT convoca Dia Nacional de Luta no dia 11/6, con-tra a aprovação do substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA) ao PL 4330, que a pretexto de regular a terceirização amplia a precarização ao abrir espaço para o trabalho tercei-rizado até mesmo nas atividades-fi m. A votação está prevista para ocorrer às 14h30, no Anexo II, Plenário 1 da Câmara.

A Confederação orienta todas as entidades fi liadas a enviarem delegações a Brasília na terça-feira. Está prevista concentração na sede da CUT Nacional, na capital federal, a partir das 13h, para na sequência a delegação da CUT se dirigir para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

“Além de consagrar a precariza-ção do trabalho no Brasil, a proposta atende desejo dos banqueiros e legaliza de forma absurda a fi gura do correspondente bancário, mesmo com a defi nição do PL de empresa especializada para terceirização", denuncia Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. "Estão cumprindo direitinho a determinação da CNI e da Fenaban, mesmo que para isso arrebentem com os direitos dos tra-balhadores”.

O diretor da Contraf-CUT lembra que, durante a sessão de terça-feira, ao não ter aprovado o requerimento, os deputados Laér-

Contraf-CUT chama Dia Nacional de Luta contra PL da terceirização no dia 11

cio Oliveira (PR-SE) e Artur Maia se pronunciaram, afirmando que não esmorecerão até a concluir a votação do PL 4330 e seu substi-tutivo. “Esperamos que o governo federal cumpra seu papel de Estado e intervenha nessa tentativa de pre-judicar os trabalhadores, fazendo cumprir o disposto da Constituição Federal, que são basicamente a valorização do trabalho e a defesa da dignidade humana do trabalha-dor”, conclui Miguel.

Reforma política necessária – “Apesar de parecerem temas dis-tintos, é urgente uma reforma política para que a composição do Congresso Nacional possa de fato representar os interesses da sociedade como um todo, hoje majoritariamente formada por empresários e grandes capitalis-tas", propõe Miguel.

A mobilização é fundamental – “A mobilização em Brasília, na terça-feira, será fundamental para impedirmos essa barbárie, que está sendo consumada contra a classe trabalhadora brasileira, pois, se apro-vada, essa proposta do deputado, muito brevemente os trabalhadores terão os seus contratos de trabalho substituídos por aqueles eventuais e temporários como prestadores de serviços terceirizados, com direitos reduzidos e diferenciados e aumen-tando, e muito, o lucro das empresas”, convoca Miguel.

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REESTRUTURAÇÃO

ESPORTE

Na última segunda-feira, dia 3/6, o Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) esteve presente à audiência pública na Câmara Municipal de Fortaleza para discutir os encaminhamentos da Ação de Equiparação das funções comissionadas dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil às do Banco do Brasil. A audiên-cia foi solicitada e presidida pelo vereador Evaldo Lima (PCdoB).

Compuseram a mesa do deba-te: Tomaz de Aquino (diretor do SEEB/CE), Carlos Chagas (chefe do Departamento Jurídico do SEEB/CE), Sousa Júnior (assessor técnico do SEEB/CE), Miguel Nóbrega (representante da Associação dos Aposentados do BNB), vereador Márcio Cruz (PR) e vereador De-odato Ramalho (PT).

Há 26 anos, os funcionários do BNB conquistaram o direito de equiparar suas comissões com os valores praticados no BB, mas o Banco do Nordeste nunca cumpriu o acordo. A Ação de Equiparação tramita na 3ª Vara do Trabalho há 22 anos e foi julgada procedente pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) há quase 10 anos. Desde então, o BNB faz uso de mano-bras judiciais para não pagar o direito dos funcionários.

O vereador Evaldo Lima introduziu o debate destacan-do que a audiência “tem como motivo a falta de razoabilidade e sensibilidade dos gestores do BNB que, através dos anos, têm olvidado o direito da categoria dos bancários” e que a intenção é encaminhar toda a discussão para a Direção do BNB.

“Nesse momento, o que se busca é um dos fundamentos essenciais do estado democrático de direito: a segurança jurídica, que diz respeito a cada um dos trabalhadores que tiveram sua ação julgada procedente. E, ao mesmo tempo, cobramos um posicionamento mais firme e mais efetivo do BNB”, afirmou Evaldo. “[A demora do processo] não é somente um desrespeito a uma ação transitada em julgado, é um desrespeito à própria Constitui-ção. Na verdade, é por respeito a cada um de vocês que a gente cobra uma providência urgente da direção do BNB”, completou.

O diretor do Sindicato, To-maz de Aquino, destacou que a audiência marca uma nova etapa da luta e que a entidade tem procurado, incessante-mente, fazer um acordo com o Banco. “Nós buscamos uma saída por entender que é uma ação extremamente complexa, que envolve mais de 1600 beneficiários – uma boa parte já aposentada, com mais de 70 anos – muitos dos quais já faleceram sem receber o direito. Tudo isso seria motivo suficiente para sensibilizar qual-quer direção do Banco a tratar seriamente essa questão, mas

Audiência pública na Câmara dos Vereadores de Fortaleza discute Ação de Equiparação

infelizmente nenhuma direção tem tido essa sensibilização”, disse o diretor.

Tomaz informou ainda que o BNB sequer provisiona, em seus balanços anuais, quantias minimamente suficientes para a realização de um acordo e fez um alerta: “é uma gestão temerária porque uma ação sem acordo um dia vai chegar ao final e esse final pode ser extremamente danoso financeiramente para o próprio banco – uma coisa que nenhum de nós deseja”.

O Sindicato já solicitou uma audiência de conciliação com o Banco e a juíza responsável acatou o pedido. “Não vamos esmorecer e também não vamos trocar nosso direito por qualquer migalha. Nós queremos um acor-do que seja decente, que seja digno, que resgate o direito dos

trabalhadores e que contemple os anseios, senão de todos, mas da maioria dos beneficiários”, finalizou, destacando que os valores calculados pelo Sindicato são totalmente razoáveis e, por-tanto, não abalariam as finanças do Banco.

Em sua explanação, o ad-vogado Carlos Chagas, fez uma retrospectiva processual do caso e reafirmou os esforços do Sindicato para a realização de um acordo. “Aqui estamos a exercer o nosso direito à indignação. Estamos aqui para tornar pública essa odiosa realidade que um processo judi-cial possa perdurar por 22 anos e sendo ainda incerto quando terá seu fim. O Departamento Jurídico do Sindicato está à disposição de todos os beneficiários desse processo para quaisquer escla-recimentos”, afirmou.

Entenda – Em 1987, os funcionários do BNB entraram em greve e conseguiram a equiparação salarial das funções comissionadas às comis-sões do BB. O dissídio coletivo daquele ano determinou que a equiparação se daria no ano seguinte, 1988, através da implantação de um novo plano de funções. Porém, o BNB descumpriu o dissídio, nunca equiparou os valores da remuneração e criou um gigantesco passivo trabalhista – que em outubro deste ano completa exatos 25 anos.

O Sindicato dos Bancários ingressou com ação na Justiça do Trabalho em 1991 para o cumprimento de dissídio. A ação judicial, que possui 1.638 benefi ciários, está na 3ª Vara do Trabalho de Fortaleza há 22 anos e foi julgada procedente pelo Tribunal Superior do Trabalho há quase 10 anos. Durante todos esses anos, o BNB vem postergando seu cumprimento com manobras judiciais; e os trabalhadores, lutando pelos seus direitos.

Vários colegas que trabalham ou trabalharam em área criada pelo BNB para ser espelho de uma admi-nistração participativa e transparente denunciam ao Sindicato dos Bancá-rios do Ceará a prática abusiva de assédio moral pelo gestor principal da Unidade.

As universidades e escolas são tratadas legalmente como espaços de livre manifestação de pensamentos, onde outros segmentos da sociedade vão sorver exemplos de cidadania.

Colegas denunciam assédio moral em área que deve ser exemplo no BNB

Não é o que está ocorrendo na área do BNB que mais deveria se identifi car com esses preceitos.

As denúncias abarcam desde o constrangimento pelo questio-namento público da competência de trabalhadores, passando por tratamento ríspido e agressivo com os colaboradores. A consequência disso, segundo os denunciantes, é uma total desmotivação dos que tra-balham na área, levando à perda de talentos e esvaziamento de Unidade.

Ao procurarem suas respectivas chefi as e até escalões superiores, como superintendentes, para obte-rem explicações sobre o processo de reestruturação e como fi carão suas situações funcionais, colegas do BNB recebem a orientação para procurar Diretor fora da área Administrativa e de Desenvolvimento Humano se quiserem resolver a pendência criada pela reestruturação.

O Sindicato dos Bancários do Ceará questiona a omissão ou co-nivência do restante da Diretoria do BNB. E a Diretoria Administrativa, a quem compete conduzir o processo, o que diz de tal situação? E a Pre-sidência do Banco como fi ca diante

Gestão colegiada do BNB corre sérios riscos

de tal intromissão? É hoje o Banco comandado por um único Diretor?

A Diretoria do BNB, ante tal quadro, passa a ter sua legitimidade contestada. Os funcionários passam para o Sindicato a sensação de que não acreditam mais no colegiado que dirige a Instituição. A gestão do BNB, ao que tudo indica, passou a ser de responsabilidade de um único dirigente, que, respaldado por um pequeno grupo ávido por poder dentro do Banco, a cada dia mostra mais domínio sobre todas as áreas da Instituição, passando ao largo, inclusive, de denúncias que, uma vez publicadas, porão em risco todos os demais diretores e o próprio BNB.

Está chegando ao fi m o XXXI Campeonato de Futsal dos Bancá-rios. No próximo sábado, dia 15/6, serão defi nidos os grandes fi nalistas da disputa, no Clube da Caixa. Con-fi ra os jogos da semifi nal:

9h: AABB x Apcef10h30: Santander x BradescoA fi nal do campeonato está

marcada para o próximo dia 22/6 (o local ainda será defi nido).

Master – Na última quinta-feira, dia 6/6, aconteceu a oitava e última rodada do 1º turno do II Campeonato Master de Futsoçaite dos Bancários. Veja os resultados:

BB Metropolitano 1 x 1 CCCP Combativos

BNB Calouros/06 0 x 3 Bra-desco Polo

Futsal dos bancários está na reta fi nal. Confi ra os jogos

A semifi nal acontece na quarta-feira, 12/6, no Clube da Caixa:

20h: AABB (1º lugar) x CCCP Combativos (4º lugar)

21h30: Apcef (2º lugar) x BB Metropolitano (3º lugar)

A artilharia da disputa está com dois atletas da Apcef: Marcio e Jan-der, com seis gols cada. A fi nal do primeiro turno será na quinta-feira, dia 20/6, também no Clube da Caixa.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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SantanderSindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Foto: Caetano Ribas – Contraf-CUT

Emprego, saúde e con-dições de trabalho e remu-neração. Essas foram as três grandes prioridades apontadas pelos mais de 130 participantes do Encon-tro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, pro-movido pela Contraf-CUT e encerrado na quarta-feira, dia 5/6, em São Paulo. Os ban-cários aprovaram uma pauta específi ca de reivindicações, que também inclui demandas de previdência complementar e saúde suplementar, a ser entregue para a direção do banco espanhol.

“Queremos retomar o processo de negociações com o banco, buscando discutir seriamente as propostas dos trabalhadores, que visam garantir respeito, dignidade e valorização profi ssional”, afi rma o funcionário do Santander e o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Além disso, vamos intensifi car as mobilizações para que as negocia-ções avancem, pois estamos cansa-dos das enrolações do banco e das práticas antissindicais”, completa.

Emprego – Os funcionários se manifestaram contra as demissões, a política de rotatividade, a terceiri-zação, os correspondentes bancários e a discriminação nas contratações. “A maior preocupação dos mais de 130 dirigentes sindicais presentes no Encontro foi a falta de funcionários nas agências, que causa sobrecarga de serviços e adoecimentos. Face a essa situação, a principal reivindi-cação do Encontro é a contratação imediata de funcionários para melho-rar as condições de trabalho”, disse Eugênio Silva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Saúde e condições de traba-lho – Os trabalhadores apontaram a pressão das metas, o assédio moral, o estresse e o adoecimento como graves problemas, piorados pela carência de pessoal e sobrecarga de trabalho na rede de agências do banco.

Bancários apontam prioridades para negociações

com o banco espanhol

Remuneração – Os dirigentes sindicais chamaram a atenção para as diferenças salariais na mesma função, a ausência de um plano de cargos e salários (PCS) e a falta de transparência nos programas próprios de remuneração variá-vel. Enquanto os funcionários são desvalorizados, os 46 diretores do Santander recebem salários e bônus milionários.

Previdência complementar – Os bancários enfatizaram a falta de democracia e transparência no SantanderPrevi, a redução das con-tribuições do Santander na migração dos participantes do ex-Holandaprevi até 31 de maio de 2009, o não aporte do serviço passado pelo banco no plano II do Banesprev e a ausência de contribuições da patrocinadora em planos do Sanprev.

Saúde suplementar – Foi desta-cada a necessidade de manutenção do plano de saúde na aposentado-ria com as mesmas condições de cobertura que o bancário gozava quando da vigência do contrato de trabalho, mediante pagamento de mensalidade correspondente ao valor que era descontado de seu holerite (contracheque).

Outras propostas aprovadas

– Uma série de outras propostas foi aprovada no Encontro Nacional, como a de cobrar do banco a reti-rada imediata das ações judiciais movidas contra entidades sindicais e a Afubesp após protestos contra demissões, falta de funcionários e desrespeito com os aposentados. Também foi defi nida a orientação aos sindicatos para não homologar rescisões feitas por prepostos ter-ceirizados pelo Santander. Trata-se de uma função administrativa e uma atividade-fi m da empresa e, por isso, deve ser realizada por um funcionário designado pelo banco, como vinha sendo efetuado anteriormente. Várias entidades já suspenderam as homologações por terceirizados.

Combate à terceirização – O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, alertou os funcionários do Santander para a importância de barrar o projeto de lei nº 4330/2004, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que escancara a ter-ceirização e tramita rapidamente no Congresso Nacional. Esse projeto, agravado pelo substitutivo do depu-tado Arthur Maia (PMDB-BA), está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara no dia 11/6.

Os aposentados que voltarem a trabalhar e continuarem contribuindo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem pedir o recálculo do valor do benefício da aposentadoria, sem ter de devolver à Previdência o montante recebido até então. Essa foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processos julgados recentemente.

O Sindicato Nacional dos Apo-sentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) estima que cerca de 40% dos aposentados ainda trabalhem e tenham o benefício passível de recálculo. Essa possibilidade chama-se desaposentadoria. Ela leva em consideração os valores pagos pelo benefi ciário posteriormente ao momento da aposentadoria. Com a inclusão desses novos pagamentos, o valor total a ser recebido pode aumentar.

De acordo com a advogada Sindnapi, Andrea Gato, a desaposen-tadoria só é válida a segurados que ainda contribuem ao INSS. O cálculo varia caso a caso: depende da média do valor da contribuição à Previdência antes e depois da aposentadoria – por tempo de serviço ou de contribui-ção. A regra atual estabelece que a aposentadoria dos contribuintes do INSS seja feita, em geral, de acordo a aplicação do fator previdenciário, segundo a combinação de dois cri-térios: idade mínima (65 anos para homens e 60 anos para mulheres) e tempo de contribuição (35 anos para homens, 30 anos para mulheres).

Antes das recentes determina-ções do STJ, houve divergências nas decisões de juízes de instâncias inferiores quanto aos valores a serem restituídos à Previdência, caso os benefi ciários passassem a ter direito a uma aposentadoria mais alta. A matéria ainda pode ser contestada no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2ª instância, tanto em casos indi-viduais quanto coletivos – por meio de associações ou sindicatos.

O Sindicato Nacional dos Apo-sentados e advogados previdenciá-rios acreditam que, com o respaldo do STJ, a tese da não restituição dos valores recebidos ganhe força para a análise do Supremo. De acordo com o STF, estima-se que mais de 1,7 mil

processos em instâncias inferiores aguardem o posicionamento da Corte sobre o assunto.

Esses casos de desaposenta-doria acabam chegando nas instân-cias superiores da Justiça porque o INSS entende que, depois de aposentados, os segurados não têm o direito de corrigir os proventos, pois, a rigor, essa possibilidade não está prevista em lei. O Ministério da Previdência informou que irá aguar-dar a decisão fi nal do Judiciário sobre o tema e que, neste tempo, vem cumprindo as determinações da Justiça. Pela legislação atual, a Previdência Social não reconhece a renúncia de aposentadoria aos seus beneficiários e mantém a contribuição ao instituto sem qual-quer contrapartida. A partir daí, os aposentados entram na Justiça para contestar esse posicionamento.

A lógica por trás disso é a de que o INSS tem um fundo contributivo, em que a pessoa paga um montante durante determinado período para que receba um valor no futuro, não necessariamente correspondente ao total que pagou - diferentemente de fundos acumulativos, com planos de previdência complementar ou mesmo poupanças.

O segurado pode tanto contribuir ao longo da vida e receber, após a sua aposentadoria, valor inferior à soma das parcelas que pagou; quanto receber um total superior, como em casos de invalidez, morte, acidente, entre outros casos.

Concomitantemente à decisão do STJ, tramita no Congresso um projeto de lei (PL) sobre desaposen-tadoria. O texto do PL já passou pelo Senado e a proposta poderia seguir direto à Câmara, sem ter de passar pelo plenário da Casa. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, informou, no entanto, que um recurso poderá fazer com que a matéria seja deliberada no pleno, mas ainda não há previsão para que isso ocorra.

Segundo o Sindnapi, 40% dos aposentados associados ao sindi-cato continuam trabalhando, mesmo depois de ofi cialmente inativos. Não há regra em relação a quem poderá ser benefi ciado ou não pela desapo-sentadoria.

DESAPOSENTADORIA

Até 40% dos aposentados que trabalham podem pedir recálculo

dos benefícios

Produtos perigososUm documento do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG), considera que as mulheres grávidas e em fase de amamentação que quiserem

evitar riscos desnecessários devem reduzir ao mínimo possível o uso de cosméticos, protetores solares,

hidratantes ou sabonetes líquidos. Elas também devem se manter longe de produtos de limpeza, carros novos

e tinta fresca, além de evitar consumir alimentos enlatados, acondicionados em embalagens plásticas

ou preparados em panelas antiaderentes. Segundo os especialistas, é provável que a maioria dos produtos

listados seja inofensiva, mas defendem que, em função da falta de estudos sobre o tema, é impossível avaliar

o risco envolvido em seu uso com exatidão.

“Na nossa avaliação, o cenário

econômico para os

empresários neste ano é

muito parecido com o do ano passado, não

há motivos para que

os salários não recebam ajustes reais”Vagner Freitas, presidente

da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Estabilidade para gestantesA Constituição estabelece que funcionária não pode ser demitida sem justa

causa da gravidez até cinco meses após o parto. A presidenta Dilma Rousseff sancionou lei que garante estabilidade no emprego a gestantes que cumprem

aviso prévio. A norma foi publicada dia 17/5 no Diário Ofi cial da União. De acordo com o texto, a estabilidade será garantida também em casos de

aviso prévio indenizado, quando a funcionária recebe o salário referente ao período, mas não é obrigada a comparecer ao serviço.

Demissão e dano moralTrabalhador será indenizado pela empresa que o descartou depois de 30

anos de serviços prestados. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou por dano moral a empresa mato-grossense Provar por haver demitido sem

justa causa um empregado a apenas cinco anos de se aposentar. No TST, a relatora do caso, ministra Maria de Assis Calsing, disse: “como qualquer outro direito, a possibilidade de o empregador despedir injustamente o empregado

igualmente encontra limites, pois não se reconhece direito ilimitado”, conforme os artigos 421 e 422 do Código Civil.

Câncer de MamaEm sua essência, o câncer é uma célula entre milhões de outras que começa a funcionar mal. Em um estudo publicado na revista especializada “Stem Cell Reports”,

os pesquisadores explicam como descobriram que todas as mulheres – propensas ou não a desenvolver

câncer de mama – têm uma classe particular de células-mãe com telômeros (estruturas que formam

as extremidades do cromossomo) extremamente curtos. Os cientistas se deram conta de que estes

cromossomos, com as extremidades tão pequenas, fazem com que as células fi quem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer.