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Revista Técnico-Científica do CREA-PR - ISSN 2358-5420 - 26ª edição Julho de 2021 - página 1 de 19 AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA E DA DEFORMABILIDADE DE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO INDUSTRIALIZADAS Bruno Leandro Nenevê (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected]; http://lattes.cnpq.br/8954847197980757 Juan Pedro Luvizotti Orellana (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected]; http://lattes.cnpq.br/8245779259912217 Bruno Endo Ribeiro (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected]; http://lattes.cnpq.br/4603691886693999 João Marcos Lyrio Ramos (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected]; http://lattes.cnpq.br/3935492831261404 Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa (Prof. Drª. Engª. Civil, UFPR); [email protected]; http://lattes.cnpq.br/5229531991560634 Resumo: Revestimentos de argamassa estão frequentemente presentes nos elementos de vedação vertical das edificações brasileiras. Dentre as manifestações patológicas mais recorrentes, estão as deficiências de desempenho, relacionas à resistência de aderência e à deformabilidade das argamassas. Todavia, nota-se uma escassez de avaliações conjuntas destes conceitos no desempenho de argamassas de revestimento. Dentro deste contexto, esta pesquisa objetivou avaliar argamassas de revestimento industrializadas quanto à deformabilidade e aderência, correlacionando-as entre si e com demais propriedades. Para tal, foram analisadas três argamassas de revestimento industrializadas de mercado, submetidas aos ensaios de absorção de água, índice de vazios, densidade de massa, resistência à tração na flexão e à compressão axial, módulo de elasticidade dinâmico, módulo de elasticidade estático e resistência potencial de aderência à tração. Os resultados demonstraram existir correlação entre deformabilidade e aderência para as argamassas de revestimento estudadas. Evidencia-se, portanto, necessidade de aprofundamento de pesquisas neste tema.. Palavras-chave: Argamassa de revestimento, deformabilidade, módulo de elasticidade, aderência.

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Revista Técnico-Científica do CREA-PR - ISSN 2358-5420 - 26ª edição – Julho de 2021 - página 1 de 19

AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA E DA DEFORMABILIDADE DE

ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO INDUSTRIALIZADAS

Bruno Leandro Nenevê (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected];

http://lattes.cnpq.br/8954847197980757

Juan Pedro Luvizotti Orellana (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected];

http://lattes.cnpq.br/8245779259912217

Bruno Endo Ribeiro (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected];

http://lattes.cnpq.br/4603691886693999

João Marcos Lyrio Ramos (MSc. Eng. Civil, UFPR); [email protected];

http://lattes.cnpq.br/3935492831261404

Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa (Prof. Drª. Engª. Civil, UFPR);

[email protected]; http://lattes.cnpq.br/5229531991560634

Resumo: Revestimentos de argamassa estão frequentemente presentes nos elementos de

vedação vertical das edificações brasileiras. Dentre as manifestações patológicas mais

recorrentes, estão as deficiências de desempenho, relacionas à resistência de aderência e à

deformabilidade das argamassas. Todavia, nota-se uma escassez de avaliações conjuntas

destes conceitos no desempenho de argamassas de revestimento. Dentro deste contexto,

esta pesquisa objetivou avaliar argamassas de revestimento industrializadas quanto à

deformabilidade e aderência, correlacionando-as entre si e com demais propriedades. Para

tal, foram analisadas três argamassas de revestimento industrializadas de mercado,

submetidas aos ensaios de absorção de água, índice de vazios, densidade de massa,

resistência à tração na flexão e à compressão axial, módulo de elasticidade dinâmico,

módulo de elasticidade estático e resistência potencial de aderência à tração. Os resultados

demonstraram existir correlação entre deformabilidade e aderência para as argamassas de

revestimento estudadas. Evidencia-se, portanto, necessidade de aprofundamento de

pesquisas neste tema..

Palavras-chave: Argamassa de revestimento, deformabilidade, módulo de elasticidade,

aderência.

Revista Técnico-Científica do CREA-PR - ISSN 2358-5420 - 26ª edição – Julho de 2021 - página 2 de 19

ADHESION AND DEFORMABILITY OF INDUSTRIAL RENDERING

MORTARS ANALYSIS

Abstract: Rendering mortars are frequently employed in the vertical sealing elements of

Brazilian buildings. Adhesion resistance and the deformability of mortars are among the most

recurrent pathological manifestations issues. However, there is a scarcity of researches

about this performance concepts correlation. Therefore, three industrialized rendering

mortars were studied, based on properties in the fresh and hardened states, aiming to

investigate the interrelationship between the potential adhesion resistance and the elasticity

modulus. Thus, water absorption, bulk density, tensile bond strength, compressive strength,

static and dynamic modulus of elasticity and potential adhesive bond strength. The results

showed a correlation between deformability and adhesion for the studied mortars. Therefore,

research effort on this subject is required..

Keywords: Rendering mortar. deformability, modulus of elasticity, adhesion.

1. INTRODUÇÃO

Na esfera nacional brasileira, os revestimentos argamassados estão presentes em grande

parte das edificações, o que pode ser explicado pela cultura construtiva do país. Por outro

lado, apesar do difundido emprego de tal solução, recorrentes também são as

manifestações patológicas apresentadas pelos sistemas construtivos argamassados. Assim,

sintomas como eflorescências, fissuras decorrentes de retração e, até mesmo,

descolamento do material são facilmente encontrados. Dentre os fatores que regem o

desempenho de uma argamassa de revestimento aplicada em uma edificação ao longo de

sua vida útil, a deformabilidade e a aderência são dois conceitos que requerem atenção

quanto ao estado endurecido.

O primeiro conceito – deformabilidade – pode ser definido como a capacidade de

deformação apresentada pela argamassa sem que ocorra ruptura (CINCOTTO et al., 1995).

Infere-se, por conseguinte, que a deformabilidade está correlacionada com o Módulo de

Deformação (E), que é a propriedade que mede a capacidade de deformação do material,

correlacionando a tensão aplicada com a deformação decorrente. Ressalta-se que, devido

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ao fato de as argamassas se comportarem elasticamente somente em baixas tensões, o

mecanismo de deformação destas, para tensões mais elevadas, envolve a ocorrência de

microfissuras, tal que o termo “Módulo de Deformação” é considerado mais coerente do que

“Módulo de Elasticidade”, que remete ao trecho de comportamento perfeitamente elástico

(SABBATINI et al., 1989).

Dentre as características do material que afetam o seu módulo de deformação e, portanto,

sua deformabilidade, destacam-se: relação a/c; consumo de cimento; aditivos; adições;

granulometria; porosidade; e espessura do revestimento (BASTOS, 2001). Outrossim, a

literatura reconhece a importância desta propriedade na durabilidade das argamassas

empregadas para fins de revestimento (CARASEK, 2007; SILVA; CAMPITELI, 2008a,

2008b; MARQUES et al., 2019). Tal fato decorre, também, de a argamassa aplicada em

revestimento possuir uma relação superfície/volume elevada, de modo que sofre mais

intensamente com a ação de degradação imposta pelo meio (BASTOS, 2001). Por

conseguinte, para manter o nível de desempenho desejado ao longo da vida útil, é

necessário que o sistema solicitado – revestimento argamassado neste caso – seja capaz

de suportar os esforços transmitidos pelos agentes de degradação do meio, tal qual as

deformações impostas. Conforme salienta Carasek (2007), estas deformações podem ser

de grande ou pequena magnitude, sendo que as argamassas de revestimento devem ser

capazes de absorver, ao menos, parte destes esforços, sobretudo aqueles decorrentes da

variação de umidade e temperatura. Segundo Maranhão et al., (2011) estas deformações

são causadas principalmente por agentes ambientais como chuva, sol, vento e outros no

sistema como um todo, e dessa forma o sistema reage em sua totalidade. Em fachadas de

edifícios de grande altura, este fator é ainda mais relevante devido às maiores dimensões

dos revestimentos, aos índices de esbeltez praticados nas estruturas, aos fenômenos de

fadiga, à inadequação das atividades de manutenção preventiva e a falta de normas

técnicas regulatórias. Desta forma, a argamassa de revestimento deve apresentar boa

durabilidade mecânica e química, para resistir à exposição prolongada às intempéries. Além

disso, a argamassa será danificada a menos que apresente elasticidade e flexibilidade

suficientes para suportar qualquer deformação de seu substrato, bem como deformações

induzidas por temperatura e umidade (ARAGÓN et al., 2019; MARQUES et al., 2020)

Por outro lado, o segundo conceito – aderência – é definido como a propriedade no estado

endurecido da argamassa resistir a tensões normais e tangenciais na superfície de interface

com o substrato (CB-02, 1995). Azevedo et al. (2018) descrevem a resistência de aderência

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entre o substrato e a argamassa como um fenômeno mecânico, resultante não só da

rugosidade da base de aplicação, mas também de fatores como penetração de água e

ligante nos poros da base. A aderência é o estado no qual duas fases permanecem unidas

por contato interfacial, de forma que forças mecânicas ou trabalho possam ser transferidos

através da interface. O contato interfacial é regido pelas forças de Van der Waals, ligações

químicas ou atração eletrostática. A resistência mecânica do sistema é determinada pelas

forças interfaciais e propriedades mecânicas da interface e das duas fases. Ademais, esta

propriedade é considerada um dos principais indicadores de qualidade do desempenho de

sistemas multifásicos, tal qual argamassas de revestimento. (WU, 1982; ANTUNES, 2005;

COSTA; JOHN, 2011).

A aderência entre substrato e matriz cimentícia é de natureza essencialmente química pela

atuação das forças de Van der Waals e ligações primárias. Não obstante, reconhece-se

também uma parcela de ordem mecânica, especialmente nos casos em que o substrato

apresenta porosidade aberta ou rugosidade, permitindo a ancoragem da matriz. A sucção do

substrato possui efeitos benéficos na formação da aderência. Todavia, se a sucção for

excessiva, consequentemente, pode faltar água ao sistema para hidratação. Destarte, para

obter uma aderência considerada boa, a matriz deve recobrir toda a superfície do substrato,

sendo necessário, para tal, apresentar adequadas características reológicas,

empacotamento e distribuição das partículas da matriz, condizentes às características

superficiais do substrato ANTUNES, 2005; COSTA; JOHN, 2011; VAZ; CARASEK, 2019).

Portanto, tanto as características da própria argamassa (tais como: retenção de água;

consistência; coesão; e comportamento reológico) quanto as do substrato (absorção de

água e rugosidade, por exemplo) e, até mesmo, a forma de aplicação podem afetar a

aderência resultante. Dessa forma, as normas vigentes buscam controlar a maior

quantidade de parâmetros possíveis, com o intuito de reduzir, ou até mesmo evitar,

interferências nos resultados obtidos. Um exemplo disso é o emprego do substrato padrão

de concreto, tal como consta na NBR 15258 (ABNT, 2005). Ademais, o estudo desta

propriedade encontra-se consolidado na literatura (COSTA; JOHN, 2011; VAZ; CARASEK,

2019).

No entanto fatores externos também influenciam na aderência da argamassa ao substrato,

onde é possível ressaltar a não uniformidade da força de aplicação da argamassa durante a

execução do revestimento, ou mesmo as condições de cura às quais o revestimento está

exposto (AZEVEDO et al., 2018).

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Isto posto, correlacionado os dois conceitos explanados (deformabilidade e aderência),

considerando o fato de que as argamassas estão sujeitas a restrições de movimento,

decorrentes da aderência destas com a base que se encontram aplicadas, caso sua

capacidade de deformação não seja compatível com o nível de solicitação decorrente desta

restrição, a argamassa poderá fissurar-se ou descolar da base, comprometendo seu

desempenho e funcionalidade. Nota-se, portanto, que a deformabilidade e a aderência estão

correlacionadas e são relevantes para o desempenho. Contudo, verifica-se, ao recorrer à

literatura, escassez de conteúdo no que tange a correlação simultânea da aderência com a

deformabilidade quando da avaliação do desempenho de argamassas de revestimento. Em

realidade, observa-se que existem diversos estudos sobre ambos os conceitos, porém,

discutidos de forma isolada, sem explanar diretamente a respeito da correlação de ambas

na qualidade do revestimento aplicado.

Portanto, o objetivo desta pesquisa é avaliar argamassas de revestimento industrializadas

quanto à deformabilidade e aderência, analisando-as de forma simultânea, para verificar a

correlação entre ambas e demais propriedades dos estados fresco e endurecido..

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Formulações de estudo

Foram ensaiadas, para fins de desenvolvimento desta pesquisa, três formulações de

mercado de argamassas de revestimento industrializadas do tipo “massa pronta”. As

argamassas foram denominadas A, B e C e as respectivas proporções de água utilizadas

nas misturas (indicadas pelos fabricantes) estão apresentadas na Tabela 1. Determinou-se

ainda a massa específica dos materiais anidros, de acordo com as diretrizes da NBR 16605

(ABNT, 2017). A mistura das argamassas com a água foi realizada em argamassadeira

planetária, de acordo com a NBR 16541 (ABNT, 2016).

Tabela 1 – Identificação das argamassas e as proporções de água utilizada nas misturas.

Argamassa Relação a/ms Massa específica anidra (g/cm³)

A 0,14 2,70

B 0,16 2,78

C 0,14 2,72

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2.2 Caracterização preliminar no estado fresco

Foram realizados, para caracterização do estado fresco, os ensaios de densidade de massa

e teor de incorporado, conforme NBR 13278 (ABNT, 2005); e índice de consistência (flow

table), conforme NBR 7215 (ABNT, 1996). Para tal, foram empregadas 3 amostras

(repetições) por ensaio.

2.3 Caracterização preliminar no estado fresco

Para a determinação das propriedades das argamassas no estado endurecido, foram

realizados os ensaios elencados na Tabela 2, com a respectiva instrução normativa

empregada e o número de corpos de prova (CP’s) moldados.

Tabela 2 – Caracterização das argamassas no estado endurecido.

Ensaio Norma de referência CP’s

Absorção de água, índice de vazios e massa específica NBR 9778 (ABNT, 2009) 3

Densidade de massa aparente no estado endurecido NBR 13280 (ABNT, 2005) 3

Resistência à tração na flexão NBR 13279 (ABNT, 2005) 3

Resistência à compressão axial NBR 13279 (ABNT, 2005) 6

Módulo de elasticidade estático NBR 8522 (ABNT, 2017) 3

Módulo de elasticidade dinâmico NBR 15630 (ABNT, 2009) 3

Resistência potencial de aderência à tração NBR 15258 (ABNT, 2005) 10

As moldagens dos corpos de prova prismáticos (dimensões de 4x4x16 cm) foram realizadas

em mesa de adensamento automático, configurada para 30 golpes. Para os ensaios de

módulo de elasticidade estático à compressão, foram moldados corpos de prova cilíndricos

(dimensões de 5x10 cm) conforme a NBR 7215 (ABNT, 1996).

Para avaliar as características de deformabilidade das argamassas, foram empregados os

ensaios das normas NBR 8522 (ABNT, 2017) e NBR 15630 (ABNT, 2009), módulo de

elasticidade estático e módulo de elasticidade dinâmico, respectivamente.

Destaca-se que para fins de determinação do Módulo de elasticidade dinâmico, fez-se uso

do equipamento Proceq Pundit Lab+, realizando-se três leituras para cada corpo de prova,

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tomando, ao final, a média das menores leituras de cada, conforme prescreve a norma

referente.

O ensaio para a determinação da resistência potencial de aderência à tração foi realizado

conforme NBR 15258 (ABNT, 2005), prevendo uma adaptação, de modo que, além de

coletar a carga máxima de ruptura de cada corpo de prova, registrou-se paralelamente o

deslocamento das amostras ao longo do carregamento, permitindo-se avaliar com isso a

deformação simultânea do corpo de prova durante o ensaio de arrancamento. O esquema

da adaptação do ensaio está ilustrado na Figura 1.

Figura 1 – Configuração do ensaio de resistência potencial de aderência à tração adaptado para a

aferição simultânea da tensão e da deformação.

Posteriormente, em posse dos resultados de resistência à tração na flexão e módulo de

elasticidade, com auxílio das prescrições contidas nos documentos NBR 16.648 (ABNT,

2018) e CSBT (1982) – os quais encontram-se elencados na Tabela 3 –, foi possível avaliar

também a suscetibilidade de fissuração das argamassas.

Tabela 3 – Critérios para avaliação do potencial de fissuração de argamassas (adaptado de ABNT, 2018).

Critérios

Classificação da suscetibilidade à fissuração

Fraca Média Forte

Módulo de elasticidade dinâmico [GPa] (Ed)

≤ 7,0 7,0 a 12,0 > 12

Módulo de elasticidade dinâmico [GPa] ≤ 2,5 2,5 a 3,5 > 3,5

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/ Resistência à tração na flexão [MPa] (Ed/τ)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Caracterização preliminar no estado fresco

A caracterização preliminar do estado fresco está apresentada na Tabela 4. Nota-se, de

antemão, que – embora sejam comercializadas para mesma aplicação em obra – as

argamassas industrializadas estudadas possuem desempenhos distintos quanto à

trabalhabilidade ao serem aplicadas, com aberturas na mesa de consistência variando de

203 a 225 mm (cerca de 10,8% de variação) e retenção de água desde 67% até 91%

(aproximadamente 35,8% de alteração).

Tabela 4 – Caracterização preliminar das argamassas no estado fresco.

Argamassa Densidade de massa (kg/m³) Teor de ar incorporado (%) Abertura (mm)

A 1372 37 225

B 1499 33 211

C 1337 40 203

Sob outra ótica, contudo, embora a caracterização das formulações demonstre propriedades

com valores distintos, é possível notar que a densidade de massa foi afetada pelo teor de ar

incorporado, de forma que o aumento de ar resultou realmente em argamassa menos

densa, conforme esperado.

3.2 Propriedades físicas no estado endurecido

Na Tabela 5 estão apresentados os resultados de massa específica, absorção de água e

índice de vazios das três argamassas.

Tabela 5 – Caracterização física das argamassas no estado endurecido.

Argamassa Massa específica

(g/cm³) Absorção de

água (%) Índice de vazios (%)

Densidade de massa (kg/m³)

A 2,60 39,38 50,61 1256

B 2,67 37,43 49,96 1307

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C 2,63 44,68 54,05 1192

Tal qual é possível observar, a argamassa B resultou em uma maior massa específica no

estado endurecido, e obteve um menor valor de absorção de água e índice de vazios. A

discussão em relação à densidade de massa aparente no estado endurecido é análoga.

Tais valores corroboram com a caracterização no estado fresco, onde a argamassa B

demonstrou menor teor de ar incorporado e, igualmente, maior densidade de massa. A

argamassa C, por sua vez, foi a que apresentou os valores mais elevados de absorção de

água e índice de vazios dentre as três, também corroborando com o maior teor de ar

incorporado em estado fresco.

3.3 Resistências mecânicas

Na Figuras 2 estão apresentados os valores médios obtidos para as resistências à tração na

flexão e à compressão das argamassas industrializadas. Analisando-se os resultados

observa-se que os valores foram coerentes entre si, para ambas as resistências, haja vista

que a ordem de resultados foi a mesma, tal que são crescentes na sequência: B – A – C, ou

seja, a argamassa C foi a que apresentou o melhor desempenho em ambas as resistências.

Figura 2 – Resistências à tração na flexão e à compressão axial médias das argamassas estudadas.

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3.4 Módulos de elasticidade

Foram estudados, para fins de avaliação da deformabilidade, os módulos de elasticidade

estático e dinâmico. Vide anteriormente discutido, o primeiro é executado indiretamente por

meio de emissão de pulso de onda na amostra consiste, enquanto o segundo consiste em

carregar o material e aferir a deformação resultante. Ou seja, o módulo de elasticidade

estático é uma determinação direta e o dinâmico, por outro lado, é uma aferição indireta.

Alguns estudos na literatura mostram que, apesar de determinados de distintas formas, há

uma correlação proporcional entre ambos os métodos de ensaio (LYNDON; BALENDRAN,

1986). Deste modo, espera-se corroborar neste sentido e, além disso, obter mais

embasamento para as discussões correlatas à resistência de aderência.

Isto posto, primeiramente, para determinação do módulo de elasticidade estático, pelo

método adaptado da NBR 8522 (ABNT, 2017), apresenta-se o diagrama de tensão versus

deformação específica das argamassas industrializadas, vide apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Gráfico tensão versus deformação específica das argamassas estudadas.

Observa-se, inicialmente, que a argamassa “A” possui comportamento mais frágil, sendo,

portanto, mais rígida e menos deformável em relação às demais argamassas, em virtude de

possuir a curva com aclive mais acentuado. Por outro lado, as Argamassas B e C

apresentaram comportamento similar, muito embora a Argamassa B seja ligeiramente mais

frágil.

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Explica-se que a NBR 8522 (2017) prescreve mais de uma metodologia de ensaio, tal que é

possível determinar algumas variantes do módulo de elasticidade estático secante ou

tangente, conforme cada procedimento. Dessarte, para este estudo, em posse dos dados

apresentados, em conformidade com o que prescreve a referida norma e em consonância

com o que definem Helene (1998) e Melo Neto e Helene (2002), determinou-se o módulo de

elasticidade tangente inicial ou, em outras palavras, o módulo de elasticidade secante a 0,3

fc. O resultado está contido na Figura 4.

Destaca-se que, na prática, argamassas aplicadas são solicitadas pelas deformações

impostas sobre elas, seja pela própria edificação ou em decorrência de variação climática.

Assim, comportamentos mais deformáveis são mais apropriados, vez que a capacidade de

deformação será maior e, portanto, a sua resposta perante a solicitação será mais

adequada e, por fim, apresentará um melhor desempenho. Portanto, sob esta ótica, há

indícios que a argamassa C, em termos de deformabilidade exclusivamente, apresenta o

comportamento mais favorável, seguida pela argamassa B e A, respectivamente.

Outrossim, na Figura 4, também estão apresentados os resultados do módulo de

elasticidade dinâmico das argamassas industrializadas no estado endurecido.

Figura 4 – Módulo de elasticidade dinâmico e módulo de deformação secante (0,3fc).

Observa-se, inicialmente, que o módulo de elasticidade dinâmico refletiu o mesmo

comportamento elucidado pelo módulo de elasticidade estático, tal que a argamassa A

possui o maior valor, seguido da argamassa B e, finalmente, da argamassa C. Portanto,

reiteram-se as considerações previamente explanadas.

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Tal como inicialmente explanado, o módulo de elasticidade está correlacionado com a

deformabilidade do material. Deste modo, é possível avaliar, vide recomendação contida

nos documentos NBR 16.648 (ABNT, 2018) e CSBT (1982), a tendência de fissuração das

argamassas de revestimento por meio do seu módulo de elasticidade e da resistência à

tração na flexão, tal qual apresentado na Tabela 6.

Tabela 5 – Classificação de suscetibilidade à fissuração das argamassas de estudo.

Argamassa Ed/τ Suscetibilidade à fissuração

A 3,12 Média

B 3,22 Média

C 1,14 Fraca

A avaliação quanto ao potencial de fissuração demonstra, por meio do critério “Ed/τ”

(módulo de elasticidade dinâmico dividido pela resistência à tração na flexão), que a

argamassa C possui a menor tendência a fissurar em comparação com as demais

formulações estudadas, possuindo baixa suscetibilidade à fissuração. Todavia, as

argamassas A e B apresentaram, sob esta avaliação, um potencial médio.

Ademais, comparando os módulos de elasticidade estático e dinâmicos obtidos, apresenta-

se a Figura 5, na qual é possível observar uma relação entre ambos, sendo o primeiro

equivalente a cerca de 84% do segundo, aplicando uma regressão linear de reta passante

pela origem. Ademais, tal correlação corrobora com a obtida por Lyndon e Balendran (1986),

que determinaram que o Módulo de elasticidade estático corresponde 83% do Módulo de

elasticidade estático.

Figura 5 – Módulo de elasticidade estático versus Módulo de elasticidade dinâmico.

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3.5 Resistência potencial de aderência à tração

A determinação da resistência potencial de aderência à tração foi realizada pelo método

adaptado da NBR 15258 (ABNT, 2005), conforme descrito anteriormente. Para tal,

apresenta-se em Figura 6, a correlação destes resultados com os módulos de elasticidade

estático e dinâmico. Isto posto, é possível notar, de antemão, que – por meio da avaliação

da média dos resultados obtidos dos 10 corpos de prova de cada formulação – a argamassa

A apresentou a menor resistência de aderência. Posteriormente, a argamassa B demonstrou

nível de resistência intermediário, e a argamassa C a maior resistência de aderência e

também os menores módulos.

Retomando a discussão iniciada em relação ao potencial de fissuração, tal qual esperado, a

argamassa C de fato apresentou o melhor resultado quanto à resistência de aderência,

reforçando a correlação entre deformabilidade e resistência de aderência.

Não obstante, em comparação direta das resistências de aderência com os módulos de

elasticidade, nota-se – para as argamassas de estudo – uma correlação inversa, ou seja,

quanto maior o módulo de elasticidade, menor a resistência de aderência. Tal fenômeno

pode ser parcialmente explicado pela discussão incialmente proposta no presente artigo,

tendo em vista que as argamassas estão sujeitas a restrições de movimento, decorrentes da

aderência destas com a base que se encontram aplicadas, caso sua capacidade de

deformação não seja compatível com o nível de tensão imposto por esta restrição, a

argamassa poderá fissurar-se ou descolar da base, comprometendo seu desempenho e

funcionalidade.

Figura 6 – Correlação entre Resistência potencial de aderência à tração e Módulos de elasticidade

(estático e dinâmico).

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Nota-se, pela Figura 6, uma correlação entre resistência potencial de aderência e os

módulos de elasticidade estático (R²=95,35%) e dinâmico (R²=99,26%). Explica-se que, tal

qual anteriormente discutido, os módulos de elasticidade deste estudo (estático e dinâmico)

apresentaram correlação direta. Portanto, as ponderações traçadas de maneira relativa, em

comparação a outras propriedades valem para ambos, vez que são diretamente

proporcionais com uma correlação bem definida.

Ademais, tal qual esperado, nota-se a interferência do índice de vazios e da densidade das

argamassas avaliadas sobre a deformabilidade. Assim, traçam-se possíveis justificas para o

fato de uma formulação com maior resistência mecânica (tração na flexão e compressão

axial) não ter apresentado o maior módulo de elasticidade e tampouco maior resistência de

aderência.

Por conseguinte, há indícios de que, para formulações com matrizes cimentícias mais

complexas, exista uma correlação mais significativa entre a deformabilidade da argamassa e

sua resistência de aderência. Tal como anteriormente explanado, tendo em vista que as

argamassas estão sujeitas a restrições de movimento, decorrentes da aderência destas com

a base que se encontram aplicadas, caso sua capacidade de deformação não seja

compatível com o nível de tensão imposto por esta restrição, a argamassa poderá ter seu

desempenho e funcionalidade comprometidos. Outrossim, fomentando tal suposição,

mediante adaptação da referida norma técnica, anteriormente explanada, foi possível – além

das resistências de ruptura – obter curvas de carga aplicada versus o deslocamento da

barra central da máquina universal de ensaios, as quais encontram-se apresentadas na

Figura 7.

Figura 7 - Gráfico de carga aplicada versus deformação ao longo do ensaio de arrancamento.

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Observa-se que a Figura 7 corrobora com a discussão levantada, tal que quanto mais rígida

a argamassa, menor sua resistência de aderência. Assim, o referido gráfico é compatível

com o resultado obtido para os módulos de elasticidade, tal que a ordem crescente de

rigidez das argamassas segue: A – C – B tanto para a Figura 5 (módulos de elasticidade)

quanto para a Figura 7 (curva de deformação ao longo do ensaio de arrancamento).

Destarte, a viabilização da adaptação proposta é corroborada.

Indo mais adiante, entende-se que, embora não esteja especificado no ensaio para a

determinação da resistência potencial de aderência à tração prescrito na NBR 15258

(ABNT, 2005), a avaliação da deformação associada à carga de arrancamento pode

proporcionar uma avaliação mais completa do comportamento do material estudado. Assim,

é possível verificar o comportamento de deformabilidade quando da solicitação da

resistência de aderência à tração. Ademais, a execução deste procedimento em nada afeta

o procedimento original, vez que o equipamento empregado para tal (prensa universal, no

caso) permite aferir o deslocamento associado à carga aplicada.

4. CONCLUSÕES

Considera-se, finalmente, atingido o objetivo inicialmente proposto, pelo qual avaliaram-se

distintas formulações de argamassas de revestimento industrializadas, com enfoque em

deformabilidade e aderência. Destarte, foi possível concluir que:

• As argamassas industrializadas, embora comercializadas com mesma aplicação,

apresentaram desempenho e comportamento distintos, tanto no estado fresco

quanto no estado endurecido;

• As resistências mecânicas não apresentaram correlação direta com os módulos de

elasticidade (estático e dinâmico) e tampouco com a resistência de aderência,

possivelmente em decorrência da complexa matriz desconhecida das formulações de

estudo;

• O índice de vazios e a densidade das argamassas embasaram os resultados de

módulo de elasticidade obtidos. Não obstante, o mesmo não se observa para com as

resistências mecânicas, elucidando a distinção de avaliação do desempenho entre

concretos e argamassas;

• O módulo de elasticidade dinâmico e estático apresentaram forte correlação direta

entre si, corroborando com a equação determinada Lyndon e Balendran (1986),

elucidando a possibilidade de aplicar a mesma para argamassas industrializadas;

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• A avaliação da suscetibilidade à fissuração convergiu com os resultados de

resistência mecânica e potencial, módulos de elasticidade e resistência potencial de

aderência à tração, explicitando a estreita relação dos conceitos de deformabilidade

e resistência de aderência investigados no presente estudo;

• Ambos os módulos de elasticidade (estático e dinâmico) empregados para avaliar a

deformabilidade, apresentaram forte correlação com a resistência de aderência, tal

que quanto menor o módulo de elasticidade (argamassa menos rígida, ou seja, mais

deformável) maior a resistência de aderência, fomentando a discussão inicialmente

explanada, demonstrando indícios da relação entre deformabilidade e aderência das

argamassas de revestimento;

• O comportamento de deformabilidade aferido pelo ensaio de arrancamento

(resistência potencial de aderência à tração) demostrou correlação direta com os

módulos de elasticidade estático e dinâmico empregados, indicando – deste modo –

viabilização da adaptação proposta;

• O estudo da relação entre deformabilidade e a aderência deve ser aprofundado,

investigando ambos os conceitos de forma associada sob condições práticas de

aplicação;

• As classificações de argamassas, vide NBR 13281 (ABNT, 2005), não compreendem

a relação deformabilidade x resistência de aderência. A associação de ambas, tal

qual diversas vezes discutido, pode embasar conclusões sobre o desempenho em

uso de argamassas de revestimento. Assim, sugere-se a inserção de tal classificação

em futuras normalizações acerca do tema..

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