avaliação dos pavimentos flexíveis: condições de aderência...
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Avaliação dos Pavimentos Flexíveis:Condições de Aderência Pneu/Pavimento
Prof.: Raul Lobato
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS
Aula 04
• Avaliação das condições de aderência pneu/pavimento:• Segurança Viária;
• Aderência pneu-pavimento;
• Textura superficial do pavimento;
• Forças de Atrito;
• Tipos de Superfície;
• Interação Pneu-Pista Molhada;
• Medidas de textura;
• Drenabilidade;
• Medidas de atrito;
• International Friction Index - IFI
Segurança viária
Características físicas da rodovia que devem ser estudadas para se garantir medidas preventivas de segurança viária:
• BURACOS NA PISTA;• DESNÍVEL ENTRE FAIXA E ACOSTAMENTO;• FORMAÇÃO DE ESPELHOS D’ÁGUA;• PRESENÇA DE CASCALHO SOLTO NA PISTA;• RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM.
ADERÊNCIA PNEU/PAVIMENTO
Aderência pneu-pavimento
A aderência da superfície de um pavimento é determinada pela textura que esta possui. A melhor forma de obter a caracterização de uma superfície é avaliando sua textura. A textura é usualmente classificada em:
• Microtextura;
• Macrotextura;
• Megatextura.
O TERMO ADERÊNCIA REFERE-SE AO LIMITE DE ATRITO, DESENVOLVIDO ENTRE OS PNEUS DO VEÍCULO E A SUPERFÍCIE DA CAMADA DE ROLAMENTO DO
PAVIMENTO, QUE ASSEGURA A MOBILIDADE E DIRIGIBILIDADE DO VEÍCULO.
Textura Superficial do Pavimento
Essa faixa de textura do pavimento varia principalmente de acordo comas características mineralógicas e estruturais do agregado que foiutilizado para a mistura asfáltica. A microtextura é considerada aprincipal responsável na resistência a derrapagem em velocidadesbaixas.
MICROTEXTURA: GRAU DE RUGOSIDADE OU ASPEREZA DOS AGREGADOS UTILIZADOS NA MISTURA ASFÁLTICA (RUGOSIDADE IDENTIFICADA A NÍVEL
MICROSCÓPICO)
RUGOSA POLIDA
Textura Superficial do Pavimento
É a maior responsável pela aderência entre o pneu e o pavimento(inclusive em altas velocidades). Também é responsável por DRENAR aágua sobre o pavimento de modo que não se acumule sobre amicrotextura, permitindo a aderência entre o pneu e o pavimento. ÉMODIFICADA ao longo do tempo, geralmente sofrendo decréscimo desuas propriedades pelo DESGASTE do agregado, DENSIFICAÇÃO dorevestimento, DESAGREGAÇÃO e pela RECOMPACTAÇÃO em função daação do tráfego.
MACROTEXTURA: DEFINIDA PELA FORMA, TAMANHO E GRADUAÇÃO DOS AGREGADOS E DA MISTURA DO PAVIMENTO ASFÁLTICO (RUGOSIDADE VISÍVEL A
OLHO NU)
ABERTA FECHADA
Textura Superficial do Pavimento
Megatextura e Irregularidade interferem apenas nas condições derolagem do veículo, tais como contato com veículo com o pavimento ea estabilidade direcional do mesmo.
MEGATEXTURA: EM GRANDE PARTE DEFINIDA COMO PEQUENAS DESAGREGAÇÕES E DEFORMAÇÕES NA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO.
IRREGULARIDADE LONGITUDINAL: CONJUNTO DOS DESVIOS INDESEJÁVEIS DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO EM RELAÇÃO A UM PLANO DE REFERÊNCIA
Força de atritoForça tangencial resistente na interface entre dois corpos, sob a açãode uma força externa, um corpo move-se ou tende a mover-se emrelação ao outro
ADESÃO HISTERESE
RESULTA DA RESISTÊNCIA AOCISALHAMENTO QUE SE DÁ NA ÁREA DECONTATO ENTRE A SUPERFÍCIE DO PNEU EA DO PAVIMENTO. ESSA FORÇA ADESIVADIMINUI SE AS SUPERFÍCIES DE CONTATOFOREM SEPARADAS POR ALGUMCONTAMINANTE. SE RELACIONA COM AMICROTEXTURA DO PAVIMENTO
RESULTADO DA PERDA DE ENERGIA DEVIDOA DEFORMAÇÃO DO PNEU SOBRE ATEXTURA DO PAVIMENTO. A PERDA DEENERGIA QUE SE DÁ EM FORMA DE CALOR,DEIXA UMA FORÇA DE ATRITO QUE AJUDAA PARAR O MOVIMENTO. NÃO SOFREINFLUÊNCIA DE CONTAMINANTES. SERELACIONA COM A MACROTEXTURA.
Tipos de Superfície
RUGOSA E ABERTA: APRESENTA UM ELEVADO ATRITO POR ADESÃO E HISTERESE, CARACTERIZANDO UM PAVIMENTO
QUE APRESENTA BOAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA MESMO NA PRESENÇA DE FLUIDOS CONTAMINANTES NA PISTA
Tipos de Superfície
RUGOSA E FECHADA: OFERECE NÍVEIS ADEQUADOS DE ADERÊNCIA EM PISTA SECA, ONDE O ATRITO POR ADESÃO É SUFICIENTE. PORÉM, EM PISTAS MOLHADAS, OS NÍVEIS DE
ATRITO ADEQUADOS PODEM NÃO SER ATINGIDOS SOB ALTAS VELOCIDADES
Tipos de Superfície
POLIDA E ABERTA: OFERECE UMA BOA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO, DEVIDO A SUA MACROTEXTURA, PORÉM BAIXOS
ÍNDICES DE ATRITO POR ADESÃO. NESSE TIPO DE TEXTURA A ADERÊNCIA É PRORCIONADA PELO ATRITO POR HISTERESE, O QUE
TAMBÉM INDICA UM BOM DESEMPENHO EM CONDIÇÕES DE PISTA MOLHADA
Tipos de Superfície
POLIDA E FECHADA: CARACTERIZA PAVIMENTO QUE JÁ ATINGIRAM SEU LIMITE FUNCIONAL E DEMANDAM ALGUMA INTERVENÇÃO. OS
NÍVEIS DE ATRITO TANTO POR ADESÃO QUANTO POR HISTERESE ENCONTRAM-SE ABAIXO DO IDEAL EM CONDIÇÕES DE PISTA SECA E
MOLHADA.
Interação Pneu-Pista molhada
GELO FUNDENTE NEVE FUNDENTEÁGUA
PISTA MOLHADA = PRESENÇA DE FLUIDO CONTAMINANTE
ATRITO PISTA SECA > ATRITO PISTA MOLHADA
QUANTO MAIOR A VELOCIDADE, MENOR O TEMPO E A SUPERFÍCIE DE CONTATO
HIDROPLANAGEM: PERDA DO CONTATO ENTRE AS SUPERFÍCIES DO PNEU E DO PAVIMENTO DEVIDO A PRESENÇA DE UM FLUIDO CONTAMINANTE
Medidas de Textura
• Mancha de areia;
• Mancha de graxa (Grease Patch)
• Perfilômetros Laser;
• Circular Track Meter – CT Meter;
• Mini Texture Meter;
• Drenabilidade (Outflow);
• Drenômetro LTP-EPUSP.
Método da Mancha de Areia
Consiste no espalhamento de um VOLUME PRÉ-DETERMINADO deareia ou esferas de vidro sobre o pavimento de modo a preencher osvazios da macrotextura. A profundidade é obtida pela razão do volumede areia pela área de espalhamento.
Normativas:• ASTM E-965 - 2006;
• Mode Opératoires du Laboratoire Central dês Ponts et Chaussés – Mesure de la Profondeur 40 au Sable – Mode Opératoire RG-2/Paris -1971;
• IAC 4302 – DAC – 2001.
Método da Mancha de Areia: procedimento
Materiais:
• Areia limpa e seca com granulometria passando na peneira #50 (60) esendo retida na #100 (80);
• Cilindro metálico com volume interno de 24.000 (25.000) mm³;
• Carimbo espalhador;
• Régua milimetrada.
O procedimento de ensaio, inicialmente, consiste em determinar aárea de teste, devendo esta estar homogênea e estar completamenteseca, e todas as impurezas removidas com o auxílio de escovas
Método da Mancha de Areia: procedimento
Após a limpeza da superfície a areia é despejada e em seguida é espalhadacom o carimbo de maneira uniforme e em formato circular, até que toda aareia preencha os vazios do pavimento. Em seguida são realizadas quatromedidas em milímetros (aproximadamente igualmente espaçadas) dodiâmetro do círculo formado.
Método da Mancha de Areia: procedimento
A média desses quatro valores será utilizada para o cálculo da área, sendoentão possível determinar a profundidade da macrotextura através daequação.
Sendo:
Hs: altura da mancha de areia (mm);
V: volume de areia (25.000 mm³);
D: diâmetro médio da mancha de areia (mm).
𝐻𝑠 =𝑉
𝐴=
4 × 𝑉
π × 𝐷²
Método da Mancha de Areia: procedimento
O próximo passo será o cálculo do valor final da profundidade média damacrotextura do pavimento para uma determinada UNIDADE AMOSTRAL.Este cálculo consiste em determinar a média aritmética dos valores de Hs.Pela equação:
Sendo:
Tx: valor final da macrotextura do pavimento (mm);
Hsi: valor parcial de macrotextura (mm).
𝑇𝑥 = 𝑖=1𝑛 𝐻𝑠𝑖
𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖çõ𝑒𝑠
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
Trata-se de uma variação do método da Mancha de Areia,sendo mais utilizado em pavimento de AEROPORTOS. Oprocedimento consiste em preencher os vazios da texturasuperficial do pavimento com um VOLUME CONHECIDO de16.000 mm³ de graxa de uso geral. Demarca-se a área deensaio com duas fitas adesivas paralelas, espaçadas em 10 cm,e como limite emprega-se uma terceira fica adesivaperpendicular fechando um dos extremos.
*A técnica foi desenvolvida na NASA Langley Research Center
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
A superfície é limpa com o auxílio de uma escova de mão macia e agraxa é espalhada sobre a superfície seca por meio de um pequenorodo, preenchendo os vazios da superfície e formando uma área finalde formato retangular.
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
Mede-se o comprimento do retângulo com aproximação visual de 5mm. Calcula-se a área coberta e obtém-se a profundidade média datextura.
Sendo:
Hg: altura da mancha de graxa (mm);
V: volume de areia (16.000 mm³);
A: área do retângulo da mancha de graxa (mm²).
𝐻𝑔 =𝑉
𝐴
Perfilômetro a Laser
O perfilômetro a Laser pode ser instalado em equipamentosestacionários sobre uma viga onde o laser é acionado por um motor ouempurrado a mão, ou ser montado em um veículo que se desloca avelocidades de até 72 km/h. De um modo geral, esses equipamentosatuam projetando um raio (laser) sobre um ponto do pavimento e umreceptor, situado na viga, mede a altura desse ponto sobre opavimento.
Normativa: ASTM E-1845
Circular Track Meter – CT Meter
É um EQUIPAMENTO A LASER, que mede o perfil do pavimento de umaÁREA CIRCULAR com 284 mm de diâmetro e 892 mm decircunferência. O equipamento é controlado por um computadorportátil. O CT Meter produz resultados comparáveis ao ensaio deMANCHA DE AREIA com forte correlação.
Normativa: ASTM E-2157
Mini Texture Meter
Este equipamento pode ser usadopara medir a textura da superfície derodovias, aeroportos e calçadas. ÉOPERADO MANUALMENTE, a umavelocidade entre 3 e 6 km/h(VELOCIDADE DE CAMINHADA) ouacoplado em um veículo. OEQUIPAMENTO A LASER projetauma luz sobre a superfície avaliada,que reflete e mede a distância até asuperfície. O equipamento forneceos resultados impressos.
Drenabilidade
A drenabilidade do pavimento pode ser definida como a CAPACIDADEDE EXPULSAR A ÁGUA que recebe pela superfície, por meio demicrocanais formados pela macrotextura. A capacidade drenante dopavimento pode ser obtida realizando-se o ENSAIO DEDRENABILIDADE, que afere o TEMPO que determinado VOLUME deágua leva para ser drenado pelo pavimento.
EM GERAL QUANTO MENOR A PROFUNDIDADE DE MACROTEXTURA, MAIOR O TEMPO DE DRENAGEM
Drenômetro (Outflow meter)
Método que avalia a capacidade drenante do pavimento eindiretamente a sua MACROTEXTURA. Utiliza-se um cilindrotransparente com um volume conhecido, acoplado ao fundo uma placacom um orifício circular, em contato com a superfície do pavimento. Ocilindro é preenchido com água e mede-se o tempo em segundo que aágua demora a escoar, passando por duas marcas existentes no tubo,demarcadas de forma a apresentar o volume conhecido (730 ml). Otempo é medido manualmente com um cronômetro (Outflow Time –OFT).
Normativa: ASTM E-2380 (2009)
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
• A área selecionada para ensaio deve ser HOMOGÊNEA, evitando-selocais que possuam pinturas, buracos, solavancos e rachaduras;
• A superfície da área onde o ensaio será realizado deverá ser LIMPApara a remoção de materiais soltos ou semi-aderidos, detritos ou atématerial de superfície deteriorada;
• A superfície deve ser molhada antes de ser ensaiada (ABSORÇÃO);
• O drenômetro deve ser colocado sobre a superfície, certificando aESTABILIDADE E UNIFORMIDADE da área de contato entre o anel deborracha e a superfície;
• Em seguida o drenômetro deve ser preenchido com água até umpouco ACIMA DA PRIMEIRA MARCAÇÃO;
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
• Posteriormente o tampão do fundo é liberado;
• No instante em que o nível de água passa pela primeira marcação do tubo aciona-se o CRONÔMETRO. O mesmo é parado quando o nível de água passar pela segunda marcação.
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
O ensaio deve ser realizado no MÍNIMO QUATRO VEZES, aleatoriamente, para sedeterminar o tempo de escoamento. Devem ser excluídos ensaios queapresentarem tempo de escoamento diferentes em mais de 10 SEGUNDOS dotempo médio de todos os testes realizados naquela superfície do pavimento.
Sendo:
MTD: produndidade volumétrica de textura (mm);
𝐾𝑜𝑓𝑚: constante;
𝜗: viscosidade absoluta (N.s/m²);
t: tempo de drenagem (s);
N’: número de asperezas por unidade de área (1/m²);
P: perímetro médio dos canais da macrotextura (m).
𝑀𝑇𝐷 = 𝐾𝑜𝑓𝑚𝜗
𝑡 𝑁′
1 4
𝑁′ 𝑃
Drenômetro do LTP e da ASTM
Sendo:
MTD: produndidade volumétrica de textura (mm);
OFT: tempo médio do ensaio de drenabilidade (s).
𝑀𝑇𝐷 =3,114
𝑂𝐹𝑇+ 0,636
DRENÔMETRO LTP ASTM
Diâmetro do orifício (mm) 58 ≥ 60
Volume de água conhecido (ml) 724 ≥650 e ≤700
Medidas de Atrito
• Pêndulo Britânico (Estático);
• Dynamic Friction Tester – DF Tester – DFT (Estático);
• μ-meter (Roda Oblíqua);
• Stradograph (Roda Oblíqua);
• Odoliograph (Roda Oblíqua);
• SCRIM (Roda Oblíqua);
• Equipamento de Roda Bloqueada;
• BV-11 (Roda Parcialmente Bloqueada);
• SFT – Surface Friction Tester (Roda Parcialmente Bloqueada);
• Grip Tester (Roda Parcialmente Bloqueada);
• Runway Friction Tester (Roda Parcialmente Bloqueada).
ESTÁTICO
RODA OBLÍQUA
RODA BLOQUEADA
RODA PARCIALMENTE BLOQUEADA
Pêndulo Britânico
O pêndulo britânico possibilita a medição do coeficiente de atritocinemático através da avaliação da energia que é absorvida pelo atritoda borracha da sapata do pêndulo com o pavimento. As característicasdeste ensaio simulam a passagem do pneu de um veículo com baixavelocidade sobre o pavimento molhado.
Normativa: ASTM E-303 (2013)
Os valores obtidos são expressos em
British Pendulum Number – BPN ou Valor
De Resistência à derrapagem - VRD
EQUIPAMENTO PORTÁTIL
Pêndulo Britânico: procedimento
• Nivelamento e ajuste do ponteiro;
• Ajuste a área de contato da sapata com o pavimento;
• A superfície onde a sapata emborrachada entrará em contato com o pavimento deve ser molhada;
• O pêndulo deve ser lançado 5 (CINCO) vezes em cada ponto, considerando apenas as últimas quatro medidas para determinar o valor médio de BPN para a superfície do pavimento no local ensaiado;
• Os valores individuais de BPN devem ser anotados, assim como as informações referentes à temperatura da superfície do teste, o tipo, a idade, a condição, a textura e o local dos teste também devem ser registrados.
A NORMA AMERICANA DETERMINA QUE A VARIAÇÃO MÁXIMA ENTRE AS MEDIDAS DE BPN SEJA DE 3 UNIDADES
Pêndulo Britânico: procedimento
As condições do ensaio foram definidas de tal forma que os valoresapresentados no mostrados do equipamento correspondem ao VRD deum pneumático padrão derrapando sobre o pavimento a 48 km/h.Sugere-se o VALOR MÍNIMO de 47 (BERNUCCI, DNIT sugere VRDmín =55) para garantir pelo menos uma microtextura medianamente rugosa.A MICROTEXTURA é uma característica muito importante para orompimento da película de água e promoção do contatopneu/pavimento para BAIXAS VELOCIDADES.
DF Tester
Permite a medida direta do atrito de vários tipos de superfíciespavimentadas. O DFT consiste em um DISCO que gira na horizontal, emvelocidade tangencial de 20 km/h (há modelos que atingem 60 km/h),composto de três corrediças de borracha, (do mesmo tipo das borrachasusadas em pneus dos equipamentos de ensaio de atrito) que contatam asuperfície, enquanto que a VELOCIDADE é reduzida em função do atritogerado na área de contato. O equipamento possui um reservatório quedespeja ÁGUA NA SUPERFÍCIE que está sendo ensaiada. O cálculo do atrito éfeito em função da velocidade. Apresenta forte correlação com o PÊNDULOBRITÂNICO.
Normativa: ASTM E-1911
EQUIPAMENTO PORTÁTIL
μ-meter (Mu-meter)
Este equipamento é muito usado no Brasil em AEROPORTOS (DIRENG eInfraero). Trata-se de um equipamento rebocado, constituído de trêsrodas, sendo duas destinadas a medir o COEFICIENTE DE ATRITO e aterceira para indicar as distâncias percorridas. As medidas podem serfeitas tanto para PAVIMENTO SECO como para condição de PISTAMOLHADA. Neste último caso, há um sistema espargidor que aplicauma película d’água de espessura média de 1mm à frente das rodassensoras. A velocidade do equipamento pode ser ajustável, sendo amais comum de 65 km/h.
Normativa: ASTM E-670 (2000)
MEDIÇÃO CONTÍNUA
μ-meter (Mu-meter)
OS VALORES DE ATRITO OBTIDOS COM O MUMETER SÃO USADOS COMODIRETRIZ PARA AVALIAR A DETERIORAÇÃO DO ATRITO DA SUPERFÍCIE DEPAVIMENTOS EM PISTAS, BEM COMO PARA IDENTIFICAR AÇÕES CORRETIVASADEQUADAS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES AÉREAS SEGURAS.
International Friction Index - IFI
Com o objetivo de harmozinar as medidas de atrito de pavimentosobtidas por diversos equipamentos e métodos, a PIARC – PermanentInternational Association of Road Congress (World Road Association),no ínicio dos anos 90, desenvolveu uma ESCALA DE REFERÊNCIAINTERNACIONAL, o IFI - International Friction Index.
O trabalho realizado para a concepção deste índice utilizou MAIS DEQUARENTA EQUIPAMENTOS de medição de atrito diferentes em MAISDE CINQUENTA LOCAIS, avaliando uma GRANDE VARIEDADE DE TIPOSDE PAVIMENTOS EM ESTRADAS E AERÓDROMOS.
International Friction Index – IFI: Cálculo
Para o cálculo do IFI primeiro deve-se obter a CONSTANTE DEVELOCIDADE (Sp), calculada por meio de uma regressão linear comuma MEDIDA DE TEXTURA (Tx).
𝑆𝑃 = 𝑎 + 𝑏 × 𝑇𝑥
DEVICE A B
MOBILE PROFILOMETER 17,3401 94,2599
SAND PATCH -11,5981 113,6324
ARAN -12,6729 119,7690
International Friction Index – IFI: Cálculo
O próximo passo é o cálculo do FATOR DE ATRITO AJUSTADO (FR60) para avelocidade de 60 km/h.
Sendo:
FRS: valores de atrito medidos a certa velocidade de deslizamento;
S: velocidade de deslizamento do equipamento (km/h);
Sp: constante de velocidade (calculada);
FR60: fator de atrito ajustado para a velocidade de 60 km/h.
𝐹𝑅60 = 𝐹𝑅𝑆 × 𝑒𝑆−60𝑆𝑃
International Friction Index – IFI: Cálculo
DEVICE S A B C
DF Tester at 60 km/h 60 -0,03365 0,77098 0
DF Tester at 20 km/h 20 0,08114 0,73158 0
British Pendulum 10 0,05626 0,00756 0
ESTÁTICO RODA OBLÍQUA RODA BLOQUEADA
RODA PARCIALMENTE BLOQUEADA
International Friction Index – IFI: Cálculo
No passo subsequente se obtêm o valor do Número de Atrito (F60)
Sendo:
A, B e C: constantes de regressão;
FR60: fator de atrito ajustado para a velocidade de 60 km/h;
TX: medida de textura (mm);
F60: número de atrito;
𝐹60 = 𝐴 + 𝐵 × 𝐹𝑅60 + 𝐶 × 𝑇𝑥
IFI F60 Sp
International Friction Index – IFI: Exemplo
Calcule o valor de IFI para uma unidade amostral do pavimento tipo Grooving da pista de pouso de um aeroporto hipotético sabendo que Tx= 1,55 mm (determinado pelo método da Mancha de areia) e BPN = 67,0.
Avaliação dos Pavimentos Flexíveis:Condições de Aderência Pneu/Pavimento
E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS