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AVALIAÇÕES EXTERNAS: UMA PROPOSTA PARA DIAGNOSTICAR AS

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA DE ALUNOS DO 9.º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor: Abimael Fernando Moreira1

Orientadora: Tania Teresinha Bruns Zimer2

RESUMO

Neste artigo descreve-se uma proposta metodológica de formação continuada elaborada a partir dos resultados das avaliações externas do SAEP e SAEB aplicadas no Colégio Estadual Dom Áttico Eusébio da Rocha. O problema da pesquisa visa identificar quais informações os resultados das avaliações externas, principalmente, o SAEP e o SAEB, podem fornecer sobre as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental na disciplina de Matemática? Como tais informações podem contribuir no processo de formação continuada de professores dessa disciplina? O tema central, avaliações externas, articula-se com: à formulação de políticas públicas em Educação, à formação continuada de professores e à dificuldade de aprendizagem dos alunos. Para responder à questão, respalda-se em uma fundamentação teórica na qual pretende-se, por meio da realização de leituras, análises, reflexões e discussões ampliar o conhecimento e embasar os colaboradores a promover ações no espaço escolar. Como estratégia metodológica adota-se a pesquisa de campo, apontando-se as principais características do local da pesquisa, os critérios de seleção do público alvo e a descrição dos instrumentos para a coleta dos dados e informações. No trabalho de campo descrevem-se as cinco etapas da pesquisa contendo, detalhadamente, as ações praticadas durante o estudo, as discussões e o debate sobre as avaliações externas; apresentam-se os tutoriais destinados a análise numérica e pedagógica dos resultados; realiza-se a proposição de encaminhamentos teórico-metodológicos e observa-se a aplicação de testes simulados com questões das avaliações externas. Com os resultados pretende-se tecer conclusões que apontem para a promoção da formação continuada de professores, refletindo-se na aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Avaliação Externa. SAEP. SAEB. Formação Continuada de

Professores.

1 Professor de Matemática da Rede Estadual de Ensino do Paraná.

2 Professora Doutora do Departamento de Teoria e Prática de Ensino da Universidade Federal do

Paraná.

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INTRODUÇÃO

Durante o período de dois anos cursando o PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, procurou-se explorar ao máximo as oportunidades

para ampliar os conhecimentos acerca das concepções sobre a Matemática e as

práticas avaliativas e aperfeiçoar a prática docente, intencionando-se contribuir para

o enfrentamento dos problemas presenciados no Colégio Estadual Dom Áttico

Eusébio da Rocha e para a melhoria da aprendizagem dos alunos. O objetivo

principal da pesquisa destinou-se a responder a seguinte questão: Quais

informações os resultados das avaliações externas, principalmente, o SAEP e o

SAEB, podem fornecer sobre as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 9.º

ano do Ensino Fundamental na disciplina de Matemática? Como tais informações

podem contribuir no processo de formação continuada de professores dessa

disciplina?

Inicialmente, no primeiro semestre do PDE, período de janeiro a junho de

2016, elaborou-se o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola. Para sua

concretização demandou-se: da participação em seminários; da articulação com as

ações da escola; de uma intensa pesquisa bibliográfica, recheada de leituras

envolvendo renomados pesquisadores nos temas que circundam a educação; da

coleta de dados e análise de informações sobre as avaliações externas,

especialmente o SAEP – Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná e o

SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica; do estreitamento das relações

com os profissionais das IES – Instituições de Ensino Superior e com a identificação

do problema da Pesquisa, incluindo-se as possibilidades e hipóteses para respondê-

lo.

No segundo semestre, entre os meses de julho a dezembro de 2016,

elaborou-se a Produção Didático-pedagógica na Escola. Assim, construiu-se um

Caderno Pedagógico composto de 125 páginas, destinado a colaborar no processo

de transposição entre a teoria e a prática e orientar metodologicamente o professor

PDE durante a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola.

Nesse processo, deu-se continuidade à pesquisa bibliográfica e ao levantamento de

dados e informações sobre as avaliações externas, intensificou-se a participação em

seminários, cursos, eventos, entre outros e produziu-se materiais para sua

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efetivação, tais como: instrumentos de pesquisas, folhas de registros, simulado de

avaliação e tutoriais para interpretação numérica e pedagógica dos resultados do

SAEP e SAEB. Ao seu final a Produção Didático-pedagógica na Escola dividiu-se

em cinco etapas que favoreceram sobremaneira a implementação do Projeto de

Intervenção Pedagógica na Escola, podendo ser explorada pelos demais

profissionais da rede.

O terceiro semestre, compreendido entre fevereiro a junho de 2017,

caracterizou-se pela Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola e pela tutoria no GTR – Grupo de Trabalho em Rede. Durante esse

semestre, instigou-se os profissionais da escola (gestores, pedagogos, professores,

entre outros) e os alunos a participarem das atividades presentes nas cinco etapas

da Produção Didático-pedagógica na Escola. Desta maneira, possibilitou-se o

aperfeiçoamento, a interação e a troca de experiências entre os profissionais da

escola. Por outro lado, buscou-se identificar elementos que viessem a colaborar para

a aprendizagem dos alunos. Simultaneamente à implementação, disponibilizou-se

aos participantes do GTR o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola e a

Produção Didático-pedagógica na Escola para que pudessem explorar a temática

em questão e tecer contribuições, inclusive aplicando a Produção nas suas escolas

de lotação e indicando os aspectos positivos e negativos identificados.

Nos meses de julho e agosto de 2017, pertencentes ao quarto semestre do

Programa, buscou-se organizar os dados, os relatos, as informações e as

contribuições registradas tanto no momento de socialização na escola como no

momento da formação continuada do GTR. Os registros das etapas de

implementação foram transcritos em formulários específicos e os registros do GRT

foram introduzidos no software Atlas.ti 8.0 para uma análise textual discursiva do

conteúdo que pudesse expressar com precisão o ponto de vista dos cursistas.

A descrição dos resultados alcançados da fase de Implementação do Projeto

de Intervenção Pedagógica na Escola, das etapas do GTR, as considerações finais

e os aspectos da fundamentação teórica encontram-se na sequência.

2. ASPECTOS FUNDAMENTAIS ACERCA DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS

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Realizando-se uma reflexão sobre o atual cenário da educação brasileira e da

realidade das escolas públicas em suas estruturas físicas e intelectuais, verifica-se a

existência de uma profunda crise, sendo possível a identificação de inúmeros

problemas que causam a aflição de toda uma sociedade composta, em parte, por

pesquisadores, gestores, professores, pais, alunos, entre outros.

Como exemplo dos problemas identificados pode-se citar a obsolescência de

organização das escolas para atender a atual demanda das juventudes que a

frequentam, tanto em relação a aspectos que envolvem a cultura, o lazer e a

tecnologia, quanto a aspectos pedagógicos, direcionados à gestão, à repetência e

evasão, à conexão entre os níveis de ensino, ao currículo, entre outros.

Paralelamente à situação crítica de organização, encontram-se cenários que

apontam para deficiências nos processos de formação continuada dos professores e

imprecisão no emprego de determinadas metodologias de ensino frente à

heterogeneidade de características e necessidades demandadas pelos alunos. Não

menos importante, presencia-se a implantação de politicas públicas educacionais

que não atendem, em termos de qualidade, as necessidades exigidas pelos

sistemas de ensino e por fim, menciona-se aquele que pode ser considerado como o

principal percalço da educação, o baixo rendimento em relação à aprendizagem dos

alunos.

Partindo-se da premissa que os jovens, enquanto seres humanos, também

possuem a capacidade singular de se comunicar e a necessidade de conviver em

grupos, ou seja, socializar-se, torna-se natural que eles procurem interagir e

compartilhar com seus pares suas experiências e descobertas utilizando-se de

ambientes sociais. Um desses ambientes, que dispõem de regras e formas de

organização próprias, diz respeito à escola. De acordo com a concepção de Martin-

Baró (1992 apud ELALI, 2003, p. 309), compreende-se a escola “como um dos

principais agentes socializadores [ou seja,] a escola é responsável não apenas pela

difusão de conhecimentos, mas pela transmissão dos valores de uma cultura entre

gerações”. Nela promovem-se as interações, a construção de conhecimentos e o

desenvolvimento da aprendizagem, seja de forma coletiva e/ou individual.

Para mensurar a aprendizagem dos alunos que frequentam a escola utiliza-

se, habitualmente, de uma avaliação, um processo amplo, flexível e adaptável a

realidade, no qual se permite a realização de análises, o desenvolvimento de ações

e a tomada de decisões. Para Both (2012, p. 28), a avaliação “[...] envolve muitas

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conotações e concepções diferentes, o que o torna um componente do dia a dia

necessário a ser debatido, pesquisado e analisado de forma ampla e profunda”.

Segundo Mateus (2014, p. 143), a avaliação trata-se de “[...] um instrumento pelo

qual o professor detecta os níveis de aprendizado atingidos pelos alunos e trabalha

para que consiga a qualidade necessária para um ensino eficaz”. De acordo com

Luckesi apud Mateus.

A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Os resultados dessa prática devem ser encarados como manifestações das situações didáticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em atingir os objetivos de ensino. A análise da qualidade desses dados, feita por meio de provas, exercícios, tarefas, respostas dos alunos, etc., permite uma tomada de decisão para o que deve ser feito em seguida. (LUCKESI, 2005 apud MATEUS, 2014, p. 143, 144).

Na literatura especializada encontram-se diversas classificações para as

avaliações, elas geralmente recebem adjetivos ou denominações de acordo com os

objetivos e finalidades a que se propõem ou de acordo com o contexto ao qual são

empregadas. Em se tratando da aprendizagem dos alunos e da implantação de

políticas públicas educacionais pode-se destacar a relação com dois grupos de

avaliações: as internas e as externas.

A avaliação interna é de inteira responsabilidade do professor e destina-se a

aferir o desempenho do aluno em sala de aula frente ao processo de ensino e

aprendizagem, considerando elementos como os critérios e instrumentos da

avaliação, as metodologias de ensino empregadas pelo professor, às características

dos alunos, a organização curricular, entre outros. Conforme destaca Celestino, a

avaliação interna.

Permite diagnosticar pontos fortes e fracos, no que diz respeito a avaliar as competências e habilidades desenvolvidas ou não nos alunos e, portanto permite que se trace um perfil do educando. Acima de tudo, viabiliza que se levantem as dificuldades e assim fomentar a discussão a respeito de meios para superá-las. (CELESTINO, 2012, p. 46).

A avaliação externa caracteriza-se por ser uma avaliação que ultrapassa o

espaço escolar, responsabiliza-se pelo tratamento de dados e pelo fornecimento de

informações quantitativas e qualitativas a respeito dos sistemas educacionais e por

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vezes tem a função de subsidiar a implantação das políticas públicas voltadas para a

educação. Na concepção de Wiebusch, a avaliação externa.

É um instrumento significativo que oferece subsídios para a formulação, a reformulação e o monitoramento de políticas públicas, e também para a gestão da educação em âmbito de sistemas estadual e municipal em suas respectivas escolas. (WIEBUSCH, 2012, p. 3).

Para Machado (2012, p. 71), avaliação externa “[...] é todo processo avaliativo

do desempenho das escolas desencadeado e operacionalizado por sujeitos alheios

ao cotidiano escolar”. De acordo com a Universidade Federal de Juiz de Fora (2017,

on-line), a avaliação externa trata-se de “um dos principais instrumentos para a

elaboração de políticas públicas dos sistemas de ensino e redirecionamento das

metas das unidades escolares”.

Na expectativa de fomentar discussões no interior das escolas e, na prática,

incentivar a própria escola, por meio da iniciativa de seus profissionais, a apresentar

possibilidades para a mudança de paradigma e superação dos problemas já

mencionados, especialmente aqueles relativos às dificuldades de aprendizagem dos

alunos e ao fortalecimento do trabalho docente, opta-se por explorar os aspectos

positivos e negativos associados às avaliações externas. Conforme relatam

Alavarse; Blasis e Falsarella.

As avaliações externas podem fornecer pistas importantes para que se reflita sobre o desenvolvimento do trabalho educativo no interior das escolas, especialmente quando esses resultados se referem a aspectos ou componentes que têm peso para o conjunto das atividades escolares, como é o caso da leitura e da resolução de problemas. (ALAVARSE; BLASIS; FALSARELLA, 2013, p. 12).

Reforçando esse ponto de vista, Almeida (2009, on-line), destaca que “O

primeiro efeito que as avaliações externas provocam é a rejeição”. Porém,

atualmente.

Em vez de somente negar a importância das avaliações externas, pensamos nelas como parceiras. União, estados e municípios já se debruçam sobre o conhecimento trazido pelos testes que podem influenciar no planejamento da escola, nas práticas de sala de aula e na formação dos educadores - muitas redes, inclusive, já fazem provas locais. (ALMEIDA, 2009, ON-LINE).

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Em síntese, compreende-se que a avaliação externa apresenta um relevante

pressuposto, o de fornecer um diagnóstico específico em relação à aprendizagem

dos alunos em termos de proficiência, considerando o período escolar em que se

encontram. No Relatório Final do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais, da

Universidade Federal de Minas Gerais, Dalben (2011, p. 87), ressalta que esse

instrumento tem como principal objetivo “fornecer feedback aos professores de sala

de aula e ajudar na busca de soluções para superar as dificuldades de

aprendizagem dos alunos”.

Em determinadas conjunturas, as avaliações externas constituem-se como

ferramentas que repercutem na política de formação continuada de professores.

Considerando que no processo de formação ocorre a combinação de diversos

fatores, Tozetto e Wengzynski afirmam que a formação continuada de professores,

[...] está ligada ao desenvolvimento da escola, do ensino, do currículo e da profissão docente. Para além da aprendizagem da matéria a ser dada em sala de aula, a formação de professores traz consigo aspectos relevantes que constituem o ser professor. (TOZETTO E WENGZYNSKI, 2012, p. 1).

Para Ferreira, os resultados das avaliações externas e a política educacional

em vigência, adotadas pelas Secretarias de Educação, formam um caminho

bilateral, pois.

A política de avaliação tem determinado o que se deve trabalhar na formação dos professores em especial a formação continuada, a formação em serviço, esta última considerada pelos gestores da política educacional brasileira como a que tem mais impacto direto nos resultados estatísticos educacionais. (FERREIRA, 2012, p.14, 15).

Outros parâmetros que podem impulsionar a formação continuada de

professores referem-se: à troca de experiências profissionais; ao desenvolvimento

do trabalho coletivo; ao comprometimento com as ações pedagógicas da escola; ao

planejamento, à execução, à análise e à reflexão acerca de sua prática pedagógica.

Nesse sentido, Celestino (2012, p. 38), destaca que avaliação externa se configura

em um “[...] importante instrumento, o qual, se analisado cuidadosamente, viabiliza

que se estabeleçam parâmetros para um trabalho de acompanhamento do processo

de ensino-aprendizagem e de formação continuada”.

Como aspectos negativos, pode-se destacar o posicionamento contrário de

pesquisadores, especialistas em avaliações externas, quanto à utilização dos seus

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resultados como parâmetro para embasar a política de formação continuada de

professores, sob o risco de provocar prejuízos pedagógicos e formativos.

Esses prejuízos referem-se: ao esvaziamento do processo de formação

continuada, à descaracterização da profissão de professor e da função da escola, à

implantação da meritocracia baseada em gratificações ou punições aos professores,

à ridicularização da Instituição Escolar devido à divulgação dos resultados, ao

empobrecimento e fragmentação do currículo escolar em razão da seleção de

conteúdos a serem ministrados e ao dano pedagógico relacionado à aprendizagem

dos alunos quando se utiliza da formação continuada para instruir os docentes a

treinarem os alunos visando à melhoria dos índices e resultados.

Dessa forma, Santana e Rothen, alertam que um modelo de formação

continuada baseado nessas premissas,

[...] cria uma situação perversa, reforçando o individualismo, a desigualdade entre as escolas e a competitividade, e fazendo com que os professores passem a culpar uns aos outros pelo mau desempenho dos alunos nas avaliações externas, uma vez que também são avaliados por ela. A própria formação, sobretudo a continuada, passa a ser influenciada pelo processo de regulação do trabalho, de treinamento de algumas habilidades para que o desempenho nas avaliações externas melhore e, assim, os índices fiquem mais altos. (SANTANA; ROTHEN, 2015, p. 107).

Simultaneamente ao panorama mencionado, encontram-se nos documentos

orientadores das avaliações externas, prescrições quanto à aprendizagem dos

alunos e à qualidade do ensino. Ponderando sobre a aprendizagem, Morandi (2008,

p. 109), destaca que “As “aprendizagens escolares” situam-se no cruzamento do

pensamento do aluno com o “espírito da escola””. O mesmo autor considera que a

aprendizagem se mostra uma aptidão natural do ser humano, manifestada por meio

de suas ações e de seus pensamentos, almejando-se a adaptação, a modificação e

o ajuste comportamental mediante as exigências. (MORANDI, 2008).

Com maior complexidade, DeAquino, conceitua aprendizagem como:

[...] à aquisição cognitiva, física e emocional e ao processamento de habilidades e conhecimento em diversas profundidades, ou seja, o quanto uma pessoa é capaz de compreender, manipular, aplicar e/ou comunicar esse conhecimento e essas habilidades. (DEAQUINO, 2007, p. 6).

Realizando-se aproximações com a disciplina de Matemática, que

caracteriza-se pela perspectiva de provocar no aluno: o despertar da curiosidade, a

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superação de novos desafios, o enfrentamento de barreiras motivacionais e a

capacidade de resolver problemas, Brotherhood (2014, p. 22), descreve a

aprendizagem como uma conduta ou um comportamento “novo e relativamente

estável, que aparece em decorrência da experiência ou de treino; uso de

conhecimento na resolução de problemas, construção de novos significados, de

novas estruturas cognitivas, aquisição de informação etc.”.

Entretanto, despertar no aluno a necessidade de aprender Matemática, de

desenvolver suas habilidades físico-psicológicas, múltiplas competências, novos

conhecimentos, e outros predicados, constitui-se como tarefa complexa, exigindo-se

do professor de Matemática o domínio de diferentes Tendências Metodológicas

consolidadas no campo da Educação Matemática, das quais, destacam-se, segundo

as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática, Paraná (2008), a

Resolução de Problemas, Etnomatemática, Modelagem Matemática, Mídias

Tecnológicas, História da Matemática, Investigações Matemáticas. Conforme

Flemming; Luz e Mello (2005), existem, também, outras Tendências Metodológicas,

são elas: Educação Matemática Crítica, Escrita na Matemática, Literatura e

Matemática, Compreensão de Textos, Jogos e Recreações.

Segundo Burgo (2016), quando o professor se utiliza de diversas

metodologias, realiza a transposição didática entre o conhecimento científico e o

conhecimento escolar, atuando na mediação de um saber que se caracteriza por um

conhecimento contextualizado, que se modela conforme a realidade social e cultural.

Burgo (2016, p. 22), também considera essencial o professor “ter conhecimentos

metodológicos” para atender ao perfil dos alunos no que se refere a valorização em

termos de iniciativas, resolução de atividades, assimilação de conhecimentos,

interação em grupo, entre outros.

Fundamentando-se nesses conceitos, visualiza-se a possibilidade de

mensurar a aprendizagem por meio das avaliações e, consequentemente, interpretar

os índices fornecidos pelas avaliações externas com um olhar pedagógico. Segundo

Morandi (2008, p. 111), é possível avaliar a aprendizagem dos alunos “por seus

objetos (por exemplo, ler e escrever), pelas modalidades específicas dos exercícios

dos saberes em sala de aula e pelas modalidades cognitivas particulares que

desenvolvem”. Para Araújo et al. (2012a, p. 68), interpretar os índices com olhar

pedagógico representa “Enxergar o resultado da avaliação externa não apenas

como um índice, mas sim como uma contribuição para o sucesso da aprendizagem”.

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Sobretudo, atender ao perfil dos alunos mostra-se uma atitude desafiadora,

que em certos momentos, supera o aspecto metodológico e nesse sentido as

avaliações externas, por meio da interpretação pedagógica dos resultados pode

contribuir para melhor suprir a esse desafio. Para colaborar com esse propósito,

Araújo et al., destaca que.

A partir da interpretação dos [...] [resultados] [...], os professores, em parceria com a equipe pedagógica, podem diagnosticar os conhecimentos já desenvolvidos pelos alunos, bem como aqueles que ainda precisam ser trabalhados em sala de aula, em cada etapa de escolaridade avaliada. Com isso, os educadores podem atuar com maior precisão na detecção das dificuldades dos alunos, possibilitando o planejamento e a execução de novas ações para o processo de ensino-aprendizagem. (ARAÚJO et al., 2012, p. 21).

Cabe ressaltar que para um diagnóstico preciso em relação a interpretação

pedagógica dos resultados das avaliações externas exige-se dos colaboradores da

escola, especialmente, gestores, equipe pedagógica, professores e alunos, um

conhecimento adequado do instrumento que está sendo manipulado, o

entendimento de suas características e seu embasamento legal.

No Estado do Paraná, a partir do ano de 2010, o tratamento pedagógico que

se direciona as avaliações externas engloba o SAEP – Sistema de Avaliação da

Educação Básica do Paraná e o SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica.

O SAEP, regulamentado pela SEED – Secretaria da Educação do Paraná,

caracteriza-se, segundo a Revista do Sistema SAEP, como:

[...] um sistema próprio de avaliação do Estado do Paraná e tem como objetivo disponibilizar informações relevantes quanto ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, descrevendo os conhecimentos desenvolvidos em Língua Portuguesa e Matemática, além de se deter nos fatores associados a esse desempenho, com resultados e análises produzidos desde o nível do estudante até o do Estado. (PARANÁ, 2017, ON-LINE).

O amparo legal para as avaliações do SAEP respalda-se na Legislação

Nacional e na Legislação Estadual, citando-se, como as principais:

Lei n.º 9.394, de 1996, que cria a nova LDB – Lei das Diretrizes e Bases da

Educação Nacional; (HORTA NETO, 2007).

Deliberação do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná n.º

007, de 1999, que dispõem sobre a avaliação e os processos de ensino de forma

geral; (PARANÁ, 1999).

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Lei n.º 18.492, de 2015, que dispõem sobre o Plano Estadual de Educação.

(PARANÁ, 2015).

Em seu artigo 11.º, o Plano Estadual de Educação do Paraná determina que.

O Estado organizará o Sistema Estadual de Avaliação da Educação Básica (Saep), que, em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União, e em colaboração com os municípios, constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da Educação Básica e para a orientação das políticas públicas desse nível de ensino. (PARANÁ, 2015, ON-LINE).

O SAEB, trata-se, de acordo com o INEP – Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, como o principal sistema de avaliação em

larga escala aplicado no Ensino Fundamental nas escolas Brasileiras, encontrando-

se subdividido em três avaliações, são elas: a ANEB – Avaliação Nacional da

Educação Básica, conhecida como ANEB/SAEB, a ANRESC – Avaliação Nacional

do Rendimento Escolar, conhecida como ANRESC/Prova Brasil e a ANA – Avaliação

Nacional da Alfabetização. (INEP, 2017).

Horta Neto (2007), descreve que o embasamento legal que ampara a

aplicação das avaliações do SAEB originou-se em meados de 1925, devido a coleta

de dados e informações estatísticas a respeito do Sistema Educacional Brasileiro.

Deste ano em diante, a legislação, que se constitui de Leis, Decretos, Portarias,

Deliberações, Resoluções, entre outros, evoluiu, podendo-se destacar como

principais:

Decreto n.º 580, de 1938, que cria o INEP; (HORTA NETO, 2007).

Lei n.º 4.024 de 1961, que cria a LDB; (HORTA NETO, 2007).

Portaria n.º 1.795, de 1994, que formaliza o SAEB como o processo de

avaliação oficial no Brasil; (HORTA NETO, 2007).

Lei n.º 9.394, de 1996, que cria a nova LDB; (HORTA NETO, 2007).

Portaria MEC n.º 438, de 1998, que cria o ENEM – Exame Nacional do

Ensino Médio; (HORTA NETO, 2007).

Portaria MEC n.º 931, de 2005, cria a ANEB e a ANRESC; (HORTA NETO,

2007).

Portaria INEP n.º 69, de 2005, organiza a ANRESC; (HORTA NETO, 2007).

Portaria INEP n.º 89, de 2005, organiza a ANEB; (HORTA NETO, 2007).

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Decreto n.º 6.094, de 2007, que cria o IDEB – Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica; (HORTA NETO, 2007).

Lei n.º 13.005, de 2014, que cria o PNE – Plano Nacional de Educação,

tendo como atribuição, em seus artigos, dar sustentação legal ao SAEB. (BRASIL,

2014).

As avaliações externas do SAEP e SAEB apresentam características

semelhantes, formadas estruturalmente por: matriz de referência, domínios,

descritores, itens, padrões de desempenho, escalas de proficiência, entre outros.

Os conteúdos disciplinares exigidos nas avaliações externas são extraídos da

matriz de referência que se configura como:

[...] um recorte do currículo escolar de uma dada disciplina, assim, ela

apresenta somente os conhecimentos passíveis de serem medidos em uma avaliação de larga escala. Por isso, torna-se importante ressaltar que a Matriz de Referência não abarca todo o currículo e as expectativas de aprendizagem, nesse sentido, ela não deve ser confundida e nem utilizada como ferramenta para a definição do conteúdo a ser ensinado em sala de aula. Os conhecimentos selecionados para a composição dos testes são escolhidos por serem considerados essenciais para o período de escolaridade avaliado. (PARANÁ, 2017b, ON-LINE).

Para estabelecer a relação entre o conteúdo disciplinar e os conhecimentos

dominados pelos alunos utilizam-se de descritores, conceituado pelo INEP como:

[...] uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelos alunos que traduzem certas competências e habilidades. Os descritores, portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens de testes das diferentes disciplinas. Cada descritor dá origem a diferentes itens e, a partir das respostas dadas a eles, verifica-se quais habilidades os alunos efetivamente desenvolveram. (INEP, 2017, ON-LINE).

Após processados, os resultados expressados por cada um dos itens, formam

o conjunto dos resultados das avaliações externas do SAEP e SAEB, cuja

interpretação pedagógica se dá por intermédio da leitura das escalas de proficiência.

Segundo a Revista do Sistema SAEP, a escala de proficiência,

[...] orienta, por exemplo, o trabalho do professor com relação aos conhecimentos que seus alunos desenvolveram, apresentando os resultados em uma espécie de régua onde os valores obtidos são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento dos conhecimentos para os alunos que alcançaram determinado nível de desempenho. (PARANÁ, 2017a, ON-LINE).

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Conforme esclarece o INEP.

Cada nível da escala apresenta as habilidades que os alunos desenvolveram, com base na média de desempenho e distribuição dos alunos de cada rede ou escola nesta escala e sua interpretação pedagógica, a rede ou a escola pode se comparar seus resultados com seus próprios objetivos, observando, por exemplo, até que ponto as habilidades que foram planejadas para serem trabalhadas com seus alunos foram alcançados. (INEP, 2017, ON-LINE).

No SAEP, os resultados direcionam-se para quatro padrões de desempenho:

abaixo do básico, básico, adequado e avançado. De acordo com Melo et al. (2013,

p. 13), eles “indicam o grau de cumprimento dos objetivos educacionais

considerados essenciais e expressos na MATRIZ DE REFERÊNCIA para avaliação,

bem como as metas de desempenho a serem alcançadas”.

Elaborando-se um comparativo com as principais características das

avaliações externas do SAEP e SAEB, apresenta-se no Quadro 1, um agrupamento

de semelhanças e diferenças entre ambas.

QUADRO 1 – Principais semelhanças e diferenças entre o SAEP e o SAEB

(Continua)

Avaliação SAEP SAEB

Abrangência Territorial

• Paraná • Brasil

Período de Aplicação

• A cada biênio • A cada biênio

Modelo de Aplicação

• Censitária • Censitária

Abrangência Disciplinar

• Língua Portuguesa e Matemática • Língua Portuguesa e Matemática

Metodologias Disciplinares

• Leitura e Resolução de Problemas

• Leitura e Resolução de Problemas

Sistemas de Ensino

• Escolas públicas estaduais • Escolas públicas federais, estaduais, municipais e privadas

Anos/Séries Avaliadas

• 6.º e 9.º ano do EF, 1.ª e 3.ª série do EM e último ano dos cursos do Ensino Médio Técnico e de Formação de Docentes

• 3.º, 5.º e 9.º ano do EF e 3.ª série do EM

Instrumentos Respondidos

• Questionário sóciocontextual • Questionário sócio econômico e cultural

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(Continuação)

Metodologia Estatística

• TRI – Teoria da Resposta ao Item • TRI – Teoria da Resposta ao Item

Resultados e Desempenho

• Estado, NRE – Núcleos Regionais de Educação, Municípios, Escolas, Turmas e Alunos

• Escolas, Municípios, Estados, Regiões e Brasil

Indicador Relacionado

• Não possui • IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Fonte: BRASIL, 2014; HORTA NETO, 2007; INEP, 2016 (adaptado)

Por fim, percebe-se que as avaliações externas se articulam com uma

infinidade de elementos presentes na educação e tem por essência diagnosticar

falhas e/ou imperfeições nos sistemas educacionais em sua totalidade. Além disso, a

interpretação de seus resultados deve apontar para a implementação de medidas

corretivas para os problemas vivenciados: pela escola, nas políticas públicas, nos

sistemas de ensino, na formação continuada de professores e principalmente na

aprendizagem dos alunos na disciplina de Matemática.

METODOLOGIA DE PESQUISA

Nesse estudo, utilizou-se como metodologia principal a pesquisa de campo.

Seu desenvolvimento norteou-se pelos encaminhamentos descritos no Projeto de

Intervenção Pedagógica na Escola e na Produção Didático-pedagógica, documentos

produzidos pelo Professor PDE para auxiliar no processo de Implementação do

Projeto. Em síntese, esses documentos subsidiaram a transposição entre a teoria e

a prática. Na composição do corpo do texto desses documentos priorizou-se a

descrição de uma fundamentação teórica aprofundada para sustentar teoricamente

as discussões acerca das avaliações externas e por uma organização subdivida em

cinco etapas para conduzir o trabalho dentro de uma perspectiva uniforme, facilitar

correções pontuais e possibilitar a utilização/replicação por demais profissionais.

Para selecionar o local de realização da pesquisa orientou-se pela legislação

do PDE, que especifica o Colégio de lotação do Professor PDE como espaço de

intervenção. Dessa forma, o campo de pesquisa constituiu-se das dependências

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internas do Colégio Estadual Dom Áttico Eusébio da Rocha – Ensino Fundamental e

EJA – Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio. Pesquisando as principais

características do Colégio Dom Áttico Eusébio da Rocha, observou-se que o Colégio

se localiza na região Sul de Curitiba, em um bairro de classe média baixa, com

predominância étnica branca, devido aos muitos descendentes de Poloneses e

Ucranianos que residem no bairro. Ao seu entorno encontra-se um comércio

diversificado, composto por shoppings, bares, panificadoras, mercearias, locadoras,

postos de gasolina, farmácias, açougues, supermercados, entre outros. Seu espaço

físico ocupa cerca de 900 m² e nele trabalham, nos turnos matutino, vespertino e

noturno, aproximadamente 60 profissionais, atendendo a cerca de 750 alunos

matriculados nas modalidades de ensino ofertadas.

Em relação ao público alvo da pesquisa, optou-se por trabalhar com um

universo composto por colaboradores que representassem a direção, a equipe

pedagógica, os professores, e/ou demais interessados. Entretanto, priorizou-se a

participação de professores que lecionam as disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática nas turmas do 9.º ano do Ensino Fundamental e que possuíam

participação direta nos processos de aplicação das avaliações do SAEP e SAEB. A

adesão dos colaboradores pertencentes ao quadro de profissionais da escola

ocorreu por meio de um convite pessoal para participação voluntária. Estipulou-se

que a participação dos alunos abrangeria aqueles que estivessem matriculados no

último ano letivo do Ensino Fundamental ao qual são aplicadas as avaliações

externas do SAEP e do SAEB, neste caso, o 9.º ano.

O critério para escolha do público alvo considerou: a possibilidade de formar

opiniões entre os profissionais da escola e fomentar as discussões acerca das

avaliações externas e temas correlatos envolvendo, também, a formação continuada

de professores, as políticas públicas em educação e a interpretação pedagógica dos

resultados das avaliações externas; à necessidade de fazer a identificação e o

tratamento de dados e informações que expressassem a realidade do contexto

escolar para contribuir na aprendizagem dos alunos; à perspectiva de fortalecer a

discussão sobre as avaliações externas e promover uma formação teórica junto ao

corpo docente contando com a troca de experiências entre os colaboradores que

exercem funções distintas e ocupam diferentes posições no organograma da escola.

Quanto aos instrumentos utilizados para o levantamento dos dados do

trabalho, aplicou-se durante o processo de implementação do Projeto, um

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questionário para averiguar a percepção que os professores, a equipe pedagógica e

os demais profissionais possuíam acerca das avaliações externas no início da

primeira etapa, um questionário para conduzir os estudos e os debates realizados

pelos colaboradores participantes da primeira etapa, um tutorial para realizar a

análise numérica dos resultados envolvendo as avaliações externas ocorridas na

Escola, um tutorial para realizar a análise pedagógica dos resultados envolvendo as

avaliações externas ocorridas na Escola, um quadro auxiliar para colaborar na

seleção de habilidades/conteúdos que se encontram em diferentes Níveis da Escala

de Proficiência do SAEB e estabelecer relações com os conteúdos disciplinares

elencados nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná – Matemática,

um questionário para identificar a percepção que os professores, a equipe

pedagógica e os demais profissionais elaboraram acerca das avaliações externas

após a realização da terceira etapa de implementação do Projeto, um teste simulado

composto por seis questões do SAEP e do SAEB para aferir o percentual de acertos

por descritores nas turmas do 9.º ano, uma folha de registros para registrar e

compilar possíveis críticas, contribuições, sugestões, recomendações, técnicas de

aperfeiçoamento e demais variáveis presentes em todas as etapas do trabalho.

Os procedimentos de maior relevância para a obtenção dos dados do trabalho

de campo, o relato detalhado das cinco etapas do projeto e as observações

pertinentes à pesquisa encontram-se explanados na sequência.

O TRABALHO DE CAMPO

Praticamente, a coleta dos principais dados e informações, a transcrição de

relatos, as atividades de observação, entre outros, ocorreram durante o período de

implementação do Projeto. Dessa forma, considerou-se este processo como o

trabalho de campo propriamente dito e organizou-se o Quadro 2, contendo o resumo

das cinco etapas deste trabalho.

QUADRO 2 – Resumo das cinco etapas do trabalho de campo

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Etapas Objetivos Instrumentos Colaboradores

Primeira Etapa – Pesquisa Bibliográfica e Referencial Teórico

Diagnosticar, por meio de questionários, a percepção que os profissionais do Colégio possuem acerca das avaliações externas

Promover debates acerca das avaliações externas

Questionários

Folha de Registro

Professores

Equipe Pedagógica

Demais interessados

Segunda Etapa – Análise dos Resultados das Avaliações Externas do SAEP e SAEB

Identificar os descritores do SAEB (2013) e SAEP (2012, 2013), que se apresentam com o menor percentual de acertos nas avaliações realizadas no Colégio

Disponibilizar um tutorial para analisar numericamente os resultados do SAEB (2013) e do SAEP (2012, 2013)

Tutorial

Folha de Registro

Professores

Equipe Pedagógica

Demais interessados

Terceira Etapa – Abordagem Teórico-Metodológica

Disponibilizar um tutorial para analisar pedagogicamente os resultados do SAEP (2012, 2013) e do SAEB (2013).

Tutorial

Questionário

Quadro auxiliar

Folha de Registro

Professores

Equipe Pedagógica

Demais interessados

Quarta Etapa – Intervenção e Formação Continuada

Explorar recursos, metodologias e estratégias de ensino

Ministrar aulas previamente selecionadas

Sugestões de Aulas

Folha de Registro Professores

Quinta Etapa – Simulação das Avaliações

Aplicar um teste simulado

Analisar o desempenho dos alunos

Teste Simulado

Folha de Registro Alunos

Fonte: dados de campo

Na tentativa de explorar detalhadamente o conteúdo exposto no Quadro 2 e

ampliar sua compreensão, elaborou-se a descrição individual de cada etapa,

mantendo-se a ordem cronológica das ações.

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PRIMEIRA ETAPA – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E REFERENCIAL TEÓRICO

A primeira etapa iniciou-se com um convite, para a participação voluntária, do

público alvo (gestores, equipe pedagógica, professores, entre outros). O segundo

momento destinou-se a coletar as percepções que os treze participantes que

aceitaram o convite possuíam acerca das avaliações externas. Para esta finalidade

aplicou-se um questionário composto por onze questões, sendo duas discursivas e

nove objetivas. As questões indagavam sobre dados pessoais, nível de

escolaridade, dados profissionais, nível de conhecimento sobre as avaliações

externas, nível de interesse em pesquisar e discutir sobre as avaliações externas,

grau de conhecimento sobre as estruturas das avaliações externas e sobre os

principais temas que se relacionam com as avaliações externas. Ao final do segundo

momento percebeu-se a desistência de cinco participantes, restando-se apenas oito.

No terceiro momento procurou-se socializar, com os oito participantes, o

Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola e a Produção Didático-pedagógica na

Escola. Além disso, foram indicados seis artigos relacionando as avaliações

externas com a formação continuada de professores e com a aprendizagem dos

alunos para subsidiar as discussões teóricas. Dentre esses materiais de estudo, os

participantes poderiam optar por realizar a leitura de pelo menos três deles. A

relação de artigos encontra-se no Quadro 3.

QUADRO 3 – Relação de artigos disponibilizados aos participantes

(Continua)

TÍTULO AUTOR

Avaliação em larga escala: uma possibilidade para a melhoria da aprendizagem

Eloisa Maria Wiebusch

A avaliação externa das escolas e a formação continuada de professores: o caso paulista

Andréia da Cunha Malheiros Santana José Carlos Rothen

Avaliações externas e formação de professores no Brasil: relações e aproximações

Diana Lemes Ferreira

Avaliação externa como fator relevante de ação para a formação continuada

Marcos Roberto Celestino

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(Continuação)

Avaliação externa e gestão escolar: reflexões sobre usos dos resultados

Cristiane Machado

Um olhar retrospectivo sobre a avaliação externa no Brasil: das primeiras medições em educação até o SAEB de 2005

João Luiz Horta Neto

Fonte: autor

No momento final, organizou-se um debate no qual cada um dos oito

participantes pode discutir, trocar ideias, manifestar-se verbalmente e deixar

registrado em uma folha de registros suas impressões acerca do estudo realizado.

Na folha de registros, as questões indagavam sobre dados pessoais, etapas da

implementação, impressões sobre as ações desenvolvidas, observações técnicas e

pessoais e espaço para opiniões gerais. O debate direcionou-se por meio de

questões norteadoras que instigavam os participantes a opinar sobre os problemas

do ambiente escolar, a aprendizagem dos alunos, os aspectos positivos e negativos

provocados pelas avaliações externas, à relação entre formação continuada de

professores e avaliação externa e a análise numérica e pedagógica dos resultados

das avaliações do SAEP e do SAEB na escola.

Os encontros presenciais dessa etapa aconteceram nas dependências do

Colégio Dom Áttico Eusébio da Rocha, nas horas-atividades, e foram dedicados, em

média, doze a dezesseis horas no total. Todos os materiais foram disponibilizados

de forma impressa ou por meio de links para que as leituras pudessem ser

realizadas, também, fora do ambiente escolar.

SEGUNDA ETAPA – ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES

EXTERNAS DO SAEP E SAEB

Esta etapa dividiu-se em dois momentos. No primeiro momento constatou-se

a desistência de dois participantes, restando um total de seis. Para esses seis

participantes disponibilizou-se um tutorial (passo-a-passo) contendo procedimentos

relacionados ao acesso, à comparação e à análise de dados numéricos do SAEP e

do SAEB.

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Com o tutorial, possibilitou-se aos seis participantes, acessar aos links dos

sites do SAEP e SAEB e realizar o download dos resultados dessas avaliações dos

anos de 2012, 2013 (SAEP) e 2013 (SAEB). A cada um dos participantes, explicou-

se como preceder diante dos dados do (SAEP) 2012, 2013 envolvendo: Proficiência

Média, Participação (número de estudantes), Evolução do Percentual de Estudantes

por Padrão de Desempenho para o Paraná, NRE, Município e Escola, Percentual de

Acertos por Descritor e por Turmas, entre outros. No (SAEB) 2013 explorou-se: Nível

Socioeconômico, Formação Docente, Taxa de Participação da Escola, Escolas

Similares, Distribuição Percentual dos Alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental por

Nível de Proficiência em Matemática, Total Município, Total Estado, Total Brasil.

Para tratar os dados, aplicou-se conhecimentos da Matemática e da

Estatística, como, por exemplo, porcentagem, equação da diferença percentual,

amostragem, frequência discreta, frequência absoluta, entre outros. Dessa forma,

realizou-se a comparação entre os resultados do Colégio Dom Áttico Eusébio da

Rocha com escolas de características similares, observou-se questões relacionadas

à formação docente, identificou-se os descritores do SAEP e SAEB, que se

apresentavam com o menor percentual de acertos para os alunos do 9.º ano na

disciplina de Matemática e verificou-se o Padrão de Desempenho dos alunos no

Paraná, NRE, Município e Escola.

Os descritores identificados com o menor percentual de acertos foram: D2 –

Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e

tridimensionais, relacionando-as com suas planificações (29%); D3 – Identificar

propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos (4%);

D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação

homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se

modificam ou não se alteram (7%); D8 – Resolver problema utilizando a propriedade

dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da

medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares) (0%) e D11 – Reconhecer

círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações (4%).

Para o segundo momento utilizou-se da folha de registro para que cada um

dos seis participantes pudesse expor suas impressões gerais, tecer críticas, sugerir

meios de aperfeiçoamento do tutorial, comentar sobre as observações técnicas e

apresentar recomendações destinadas a contribuir para o sucesso da análise

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numérica dos resultados envolvendo as avaliações externas do SAEP e SAEB nas

turmas do 9.º ano do Ensino Fundamental.

Os encontros dessa etapa ocorreram presencialmente nas dependências do

Colégio Dom Áttico Eusébio da Rocha durante as horas-atividades, e foram

dedicadas, em média, oito a doze horas no total. Todos os materiais foram

disponibilizados na forma de arquivos digitais ou por meio de links para que as

consultas pudessem ser realizadas, também, fora do ambiente escolar.

TERCEIRA ETAPA – ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

A terceira etapa iniciou-se com a continuidade da pesquisa envolvendo os

seis participantes que concluíram a segunda etapa. Em um primeiro momento,

disponibilizou-se a eles, um tutorial contendo procedimentos relacionados ao

acesso, à apropriação, à análise e à interpretação pedagógica dos resultados do

SAEP e do SAEB ocorridos no Colégio.

Com o tutorial, possibilitou-se aos seis participantes, acessar aos links dos

sites do SAEP e fazer o download da Revista Pedagógica de Matemática 9.º ano

Ensino Fundamental e da Escala de Proficiência em Matemática 9.º ano para

verificar quais conhecimentos deveriam ser dominados pelos alunos em relação aos

quatro Padrões de Desempenho Estudantil e posteriormente fazer uma análise

específica quanto à correspondência entre intervalos numéricos, gradação de cores

e conhecimentos matemáticos, prevendo o nível de domínio de conhecimento dos

alunos em relação a alguns descritores. Em seguida, instruiu-se como os resultados

poderiam ser visualizados sobre diferentes perspectivas, explorando-se a

Proficiência Média da Escola, do Estado do Paraná, do NRE e do Município.

Na sequência, orientou-se os seis participantes a realizar o download dos

Cadernos Pedagógicos da Prova Brasil contendo a Matriz de Referência e a Escala

de Proficiência de Matemática do 9.º ano, da Nota Explicativa da Prova Brasil 2013,

da Nota Técnica do Indicador de Nível Socioeconômico – INSE, da Nota Técnica do

Indicador de Formação Docente e da Nota Técnica sobre o Perfil de Escolas

Similares. Com esses documentos permitiu-se que fossem analisados os resultados

das edições anteriores, os níveis socioeconômicos dos alunos, as características da

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formação dos docentes em relação à disciplina que lecionam, o desempenho do

Colégio nas edições anteriores à 2013 da Prova Brasil, o desempenho de Escolas

Similares ao Colégio, entre outros.

Em um segundo momento, utilizou-se com os seis participantes, um Quadro

Auxiliar e as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática como

alternativa complementar para analisar os resultados da Prova Brasil 2013,

identificando as habilidades, conteúdos e descritores que se encontram em

diferentes Níveis da Escala de Proficiência do SAEB e aproximando os conteúdos

disciplinares elencados nesses documentos pedagógicos. A metodologia utilizada no

Quadro Auxiliar fundamentou-se em conhecimentos da Estatística, tais como a

distribuição de frequência discreta e a frequência absoluta.

O terceiro momento destinou-se a coletar as percepções que os seis

participantes (re)construíram/(re)elaboraram acerca das avaliações externas. Para

esta finalidade aplicou-se um questionário composto por onze questões, sendo duas

discursivas e nove objetivas. As questões indagavam sobre dados pessoais, nível de

escolaridade, dados profissionais, nível de conhecimento adquirido sobre as

avaliações externas, nível de interesse em pesquisar e discutir sobre as avaliações

externas, grau de conhecimento sobre as estruturas das avaliações externas e sobre

os principais temas que se relacionam com as avaliações externas.

No momento final, utilizou-se da folha de registro para que cada um dos seis

participantes pudesse expor suas impressões gerais, tecer críticas, sugerir meios de

aperfeiçoamento do tutorial, comentar sobre as observações técnicas e apresentar

recomendações destinadas a contribuir para o sucesso da análise pedagógica dos

resultados envolvendo as avaliações externas do SAEP e SAEB nas turmas do 9.º

ano do Ensino Fundamental.

Os encontros dessa etapa ocorreram presencialmente nas dependências do

Colégio Dom Áttico Eusébio da Rocha durante as horas-atividades, e foram

dedicadas, em média, quatorze a dezoito horas no total. Todos os materiais foram

disponibilizados na forma de arquivos digitais ou por meio de links para que as

consultas pudessem ser realizadas, também, fora do ambiente escolar.

Nessa etapa os seis participantes encerraram sua participação na pesquisa

cumprindo a proposta de debater sobre as avaliações externas e discutir os

resultados do SAEP e SAEB no Colégio. Ao seu final, considerando, também, à

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análise numérica da segunda etapa, elencou-se os descritores com o menor

percentual de acertos para continuidade da pesquisa: D2; D3; D7; D8 e D11.

QUARTA ETAPA – INTERVENÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA

A quarta etapa destinou-se ao prosseguimento da participação da professora

regente da disciplina de Matemática nas etapas da pesquisa e estendeu-se aos

alunos das turmas do 9.º ano do Ensino Fundamental, denominadas de 9.º A e 9.º B,

pois intencionou-se pesquisar como as metodologias, estratégias de ensino e outros

recursos utilizados pelo professor poderiam influenciar o desempenho dos alunos

em um teste simulado contendo questões do SAEP e SAEB.

Em um primeiro momento, em conjunto com a professora regente, foram

observados os descritores elencados ao final da terceira etapa. Em seguida,

selecionou-se atividades, sequências didáticas, sugestões de aulas, materiais e

outros recursos contendo metodologias e estratégias de ensino a serem utilizados

nas aulas de Matemática nas turmas do 9.º A e 9.º B. As sugestões de aulas

selecionadas em conjunto com a professora regente e ministradas aos alunos do 9.º

A e 9.º B encontram-se no Quadro 4.

QUADRO 4 – Relação das sugestões de aulas selecionadas

(Continua)

TÍTULO AUTOR LINK DESCRIÇÃO DO TEMA

Oficina com triângulos e quadriláteros

Flavia Aparecida Britto

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=887>

Sugestão de aula cujo objetivo destina-se a realizar a identificação dos triângulos através da medida dos lados, utiliza-se de material manipulável.

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(Continuação)

Explorando triângulos semelhantes

Raquel Fernandes Gonçalves Machado; et al.

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13378>

Esta aula caracteriza-se pela atividade investigativa relacionada a construção de triângulos semelhantes quanto a medida de lados e ângulos. Utiliza-se de material manipulável de fácil elaboração.

Medindo o comprimento de uma circunferência

Carlos Alberto Jesus De Oliveira

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=669>

Nesta aula relacionam-se os elementos da circunferência para o cálculo do seu comprimento utilizando-se da reflexão sobre o conhecimento dos alunos e do laboratório de informática.

Fonte: autor

Em um segundo momento, observou-se as aulas ministradas pela professora

regente e registrou-se, na folha de registro, as possíveis críticas, sugestões,

recomendações, técnicas de aperfeiçoamento e demais contribuições acerca das

aulas regulares ministradas pela professora regente nas turmas do 9.º A e 9.º B.

No terceiro momento, inverteu-se o processo de observação e a professora

regente observou o professor PDE ministrando as aulas selecionadas nas turmas do

9.º A e 9.º B. Seguindo o mesmo procedimento, registrou-se, na folha de registro, as

possíveis críticas, sugestões, recomendações, técnicas de aperfeiçoamento e

demais contribuições acerca das aulas regulares ministradas pelo professor PDE

nas turmas do 9.º A e 9.º B.

Ao final desta etapa, realizou-se a troca de experiências e a confrontação

entre as metodologias empregadas por ambos os professores. Os encontros dessa

etapa ocorreram presencialmente nas dependências do Colégio Dom Áttico Eusébio

da Rocha durante as horas-atividades e nas aulas regulares, sendo dedicadas, em

média, um total de vinte horas-aula.

QUINTA ETAPA – SIMULAÇÃO DAS AVALIAÇÕES

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No primeiro momento desta etapa organizou-se um teste simulado de

Matemática contendo seis itens objetivos, de múltipla escolha, formados por quatro

alternativas compostas de um gabarito (alternativa correta) e três distratores

(alternativas incorretas e plausíveis). A escolha dos itens ocorreu em comum acordo

com a professora regente das turmas do 9.º ano do Ensino Fundamental e orientou-

se pelo currículo escolar, matriz de referência das avaliações externas, conteúdo das

aulas ministradas na Quarta Etapa – Intervenção e Formação Continuada e pelos

descritores que identificaram as dificuldades de aprendizagem dos alunos dessas

turmas na segunda e terceira etapas. O simulado embasou-se nos cinco descritores

com o menor percentual de acertos no SAEP e SAEB indicados para o 9.º ano do

Ensino Fundamental: D2; D3; D7; D8 e D11.

No segundo momento desta etapa aplicou-se o teste simulado nas duas

turmas do 9.º ano do Ensino Fundamental. Para efeito de organização, as turmas

foram denominadas de 9.º A e 9.º B, tendo, respectivamente, a participação de 22 e

23 alunos. Os encontros dessa etapa aconteceram nas dependências da escola, nas

horas-atividades e nos horários regulares de aula e foram dedicados, em média,

quatro a seis horas. Para os registros e manipulação dos resultados dos simulados e

dos encaminhamentos desta etapa, utilizou-se de uma folha de registros e

formulários em nuvem de uma empresa de softwares.

RESULTADOS

Inicialmente, percebeu-se que os profissionais convidados a participar das

atividades da pesquisa de campo mostravam-se motivados e engajados com a

possibilidade de discutir e debater sobre as avaliações externas, sendo que

aproximadamente 30% dos profissionais do período da manhã aderiu ao convite,

totalizando um número de treze participantes.

Por meio da aplicação do questionário para coletar as percepções que os

treze participantes possuíam acerca das avaliações externas, constatou-se que

dentre os treze, 100% possuíam um nível de escolaridade correspondente a

especialização (Lato Sensu). No entanto, percebeu-se em suas respostas, que

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grande parte deles possuíam: pequeno conhecimento sobre o tema avaliações

externas, pequeno conhecimento acerca da estrutura de funcionamento de uma

avaliação externa, pequeno conhecimento sobre a composição de uma avaliação

externa (matriz de referência, domínios, descritores, itens, padrões de desempenho,

escalas de proficiência, entre outros) e pequeno conhecimento sobre como

interpretar resultados e utilizá-los de maneira pedagógica.

Verificou-se que as avaliações externas mais vezes citadas pelos

participantes são: Prova Brasil, SAEP, SAEB, ENEM e vestibulares. Contudo,

poucos deles demonstraram perceber essas avaliações como instrumento de

aferição/monitoramento das políticas públicas em Educação, tão pouco

apresentaram conhecimentos sobre o seu histórico de implementação e sobre a

legislação que as ampara. Observou-se que quase a totalidade dos participantes

acredita ser importante estudar e discutir sobre as avaliações externas, porém, em

questão similar, apenas sete deles responderam possuir uma predisposição ou

algum grau de interesse em pesquisar sobre as avaliações externas. Disponibilizou-

se as respostas do questionário aplicado na Primeira Etapa no Apêndice A.

Durante o debate percebeu-se o amadurecimento dos oito participantes

restantes (ocorreram cinco desistências) no que tange a apropriação de

fundamentos teóricos que lhes permitiram identificar que as avaliações externas

podem exercer importante papel na aprendizagem dos alunos, na troca de

experiência entre os profissionais da educação, nos programas de formação

continuada e no aprimoramento das práticas metodológicas disciplinares. No

entanto, verificou-se que os participantes apontam as avaliações externas, também,

como: meios perversos de ranqueamento das escolas, práticas meritocratas e

formas de mascarar os investimentos do poder público na Educação. Constatou-se

que o tempo destinado ao debate não foi o suficiente diante do volume de material

disponibilizado e da profundidade da leitura exigida.

A partir dos registros efetuados pelos seis participantes (ocorreram duas

desistências) na segunda etapa identificou-se que: os materiais de apoio como as

revistas pedagógicas possuem papel preponderante para interferir na realidade

escolar e contribuir para a identificação das dificuldades de aprendizagem dos

alunos, os descritores servem de alicerce para o planejamento de retomada de

conteúdos por parte dos professores, as ações que envolvem a aplicaçao das

avaliações externas necessitam de acompanhamento periódico da equipe

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pedagógica e da equipe diretiva do Colégio, os professores demonstram

constantemente preocupação com a melhoria da aprendizagem dos alunos e com os

resultados do seu trabalho.

Na terceira etapa, compreendeu-se que o tutorial estimulou os participantes a

ampliarem seus conhecimentos e descreverem alternativas para melhorar a

aprendizagem dos alunos. Nessa etapa, em seus registros, identificou-se como

alternativas pedagógicas propostas as seguintes ações: padronização das

avaliações internas, melhoria na linguagem dos enunciados e dos objetivos das

questões que compõem as avaliações externas, realização (por parte do professor)

do replanejamento e da organização das aulas por meio do Plano de Trabalho

Docente, oferta de aulas de reforço em contra turno, realização de trabalhos

envolvendo projetos significativos à comunidade, realização de autoavaliação

periodicamente, exigência de maiores investimentos no Colégio e participação em

formações continuadas, diversificação dos critérios e instrumentos empregados nas

avaliações internas, entre outros.

Em relação a segunda e terceira etapa, notou-se que os seis participantes se

dedicaram nas atividades e compreenderam a utilidade dos tutoriais em todo o seu

processo, desde a obtenção dos resultados das avaliações externas até as

interpretações numéricas e pedagógicas, tendo como principal dificuldade o

manuseio das ferramentas tecnológicas. Além disso, percebeu-se que os

equipamentos disponibilizados no ambiente escolar se encontram defasados.

Ao final da terceira etapa aplicou-se um segundo questionário, no qual

averiguou-se poucas mudanças em relação ao primeiro. A principal, apontou para a

ampliação do número de participantes que respondeu saber como interpretar

resultados e utilizá-los de maneira pedagógica, o que indica que os tutoriais

cumpriram seus principais objetivos. Disponibilizou-se as respostas do questionário

aplicado ao final da terceira etapa no Apêndice B.

Com os registros da quarta etapa detectou-se que aulas de características

tradicionais, fundamentada na metodologia da Resolução de Problemas pode ser

articulada com a metodologia da História da Matemática e da Investigação

Matemática utilizando-se, em ambos os casos, do mesmo Plano de Trabalho

Docente. Constatou-se que as principais diferenças entre as regências das aulas se

concentraram no papel do professor, nos recursos utilizados, no processo de

participação dos alunos e nos instrumentos de avaliação interna.

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A partir da análise dos testes simulados realizados nas turmas do 9.º A e 9.º

B, identificou-se que em comparação aos resultados do SAEP (2012) o Colégio

continuaria com um Padrão de Desempenho predominantemente básico. Em termos

de percentual de acertos por descritores do SAEP (2013), verificou-se que o Colégio

continuaria com um percentual de acertos por descritor muito próximo do identificado

na pesquisa, não alterando em 10% para cima ou para baixo em cada um dos

descritores avaliados. Em termos de comparação com os resultados do SAEB/Prova

Brasil (2013, 2015), constatou-se que a maior parte dos alunos permaneceria nos

Níveis de Proficiência (Desempenho) 3, 4 e 5, não havendo alterações significativas

em termos de resultados. Disponibilizou-se os resultados numéricos dos testes

simulados das turmas do 9.º A e 9.º B no Quadro 5.

QUADRO 5 – Resultados numéricos dos testes simulados

Q1 – D8 Q2 – D7 Q3 – D3 Q4 – D3 Q5 – D2 Q6 – D11 TOTAL

ACERTOS

Tu

rma 9

.º A

41% 27% 63% 59% 68% 50% 52%

Tu

rma 9

.º B

48% 0% 56% 52% 78% 48% 46%

Fonte: autor

Para a retomada de conteúdos e organização de ações que visam a melhoria

da aprendizagem dos alunos, identificou-se que os erros apontados nos distratores

de cada questão servem como subsídios para o professor realizar as abordagens

pedagógicas. Disponibilizou-se os resultados numéricos de cada questão dos testes

simulados aplicados nas turmas do 9.º A e 9.º B no Apêndice C e D,

respectivamente.

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Descreveu-se as demais percepções acerca dos resultados do trabalho de

campo nas considerações finais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse artigo, procurou-se descrever e socializar, resumidamente, toda a

trajetória vivenciada durante o período de dois anos cursando o Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE.

Com essa jornada de estudos, pesquisas, elaboração de hipóteses,

experimentação, investigação, aplicação prática e análise de resultados, possibilitou-

se identificar elementos para apresentar possibilidades de utilização dos resultados

das avaliações externas do SAEP e do SAEB no diagnóstico das dificuldades de

aprendizagem dos alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental na disciplina de

Matemática, de modo a contribuir simultaneamente para o processo de formação

continuada de professores dessa disciplina.

A fundamentação teórica, que se baseou em diversos artigos escritos por

autores considerados referência em suas áreas de pesquisa, mostrou-se essencial

para elucidar o pensamento e a perspectiva implícita nas políticas educacionais de

avaliação externa do SAEP e do SAEB. Evidenciou-se que essas políticas portam

proposições de controle, monitoramento e reorganização das propostas para a

Educação, permeados por metas que visam ao mesmo tempo, resultados baseados

no mérito, direcionamento para o processo de formação continuada e propósitos

voltados para a melhoria da aprendizagem dos alunos.

Simultaneamente, por meio da fundamentação teórica, permitiu-se ao

Professor PDE e ao público alvo da pesquisa a ampliação do conhecimento, à

medida que as leituras, as sínteses e as interpretações eram sistematizadas,

compartilhadas e discutidas considerando um panorama crítico e reflexivo. Além de

embasar teoricamente as discussões, a fundamentação teórica teve papel

preponderante no sentido de estabelecer possíveis soluções para o problema em

questão e sustentar o enfoque presente no trabalho de campo e na apresentação

dos resultados.

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Quanto à solução do problema da pesquisa, verificou-se que as possíveis

respostas, embora subjetivas e pertinentes à realidade escolar pesquisada,

associam-se à necessidade de os sujeitos da Educação discutirem e desenvolverem

em seus locais de trabalho projetos e ações que visem a apropriação do

conhecimento e a formação continuada baseada na troca de experiências, nos

estudos entorno das metodologias de ensino das disciplinas e/ou áreas do

conhecimento, na produção de materiais a serem compartilhados com a rede, na

análise coletiva e minuciosa dos resultados das avaliações internas e externas

considerando os resultados numéricos, os descritores e as orientações pedagógicas

contidas nas revistas das avaliações externas.

A metodologia empregada caracterizou-se pelo trabalho de campo. A partir

dela possibilitou-se identificar o local de aplicação da pesquisa e apontar suas

principais características, apresentar aos leitores os critérios para a seleção do

público alvo e a descrição dos documentos utilizados como instrumentos para a

coleta dos dados e informações. Assim, verificou-se que o sucesso das ações

depende sobremaneira da organização detalhada de cada etapa prevista.

No trabalho de campo descreveu-se minuciosamente as cinco etapas

desenvolvidas na pesquisa. Constatou-se que foi preciso realizar ajustes durante o

decorrer da implementação de cada etapa e que elas cumpriram com os objetivos

propostos, contribuindo para identificar fragilidades como: escassez de tempo para

desenvolvimento das etapas, a defasagem tecnológica presente no ambiente

escolar, a dificuldade de manipulação da tecnologia por parte dos participantes, e

aspectos positivos como: o envolvimento do público alvo, o sucesso na análise

numérica e pedagógica dos resultados devido à utilização dos tutoriais, à proposição

de ações para melhorar a aplicação das avaliações externas no Colégio, entre

outros.

Com os resultados percebeu-se que as etapas estavam integradas e

apresentaram informações pontuais no que diz respeito a formação continuada dos

docentes, às metodologias da Matemática, à observação individual de dados

envolvendo as questões utilizadas no simulado, entre outros. Dessa forma

averiguou-se que os temas que circundam as avaliações externas encontram-se

articulados, por exemplo: a capacitação profissional permitirá a identificação de

vulnerabilidades individuais dos alunos e o emprego de metodologias adequadas

para a retomada de conteúdos e avanços na aprendizagem.

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Por fim, concluiu-se que a pesquisa apresentou possibilidades para a

exploração de demais temas associados às avaliações externas, à Matemática, às

políticas públicas e à formação continuada de professores em futuros artigos,

pesquisas, trabalhos e outras produções científicas voltadas para a área da

Educação.

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APÊNDICE A – RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NA PRIMEIRA ETAPA

Fonte: autor

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APÊNDICE B – RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO AO FINAL DA TERCEIRA

ETAPA

Fonte: autor

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APÊNDICE C – RESULTADOS NUMÉRICOS DE CADA QUESTÃO DO TESTE

SIMULADO APLICADO NA TURMA DO 9.º A

Fonte: autor

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APÊNDICE D – RESULTADOS NUMÉRICOS DE CADA QUESTÃO DO TESTE

SIMULADO APLICADO NA TURMA DO 9.º B

Fonte: autor