avaliação na pré escola jussara hoffman

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  • 8/10/2019 Avaliao Na Pr Escola Jussara Hoffman

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    Compreendendo a criana, o professor redimensiona o seu fazer a partir do mundoinfantil descoberto e re-significado. E dessa significao decorre diretamente a qualidade desua interao com a criana. essa a complexidade prpria da avaliao em educaoinfantil.

    Formar educadores infantis muito mais do que lhes sugerir ou supervisionarum trabalho junto s crianas. oferecer-lhes espao de reflexo e troca de experincias esuscitar-lhes autonomia e iniciativa, principalmente no que se refere avaliao.

    O tema avaliao por demais complexos justamente, porque diretamentedepende da observao das crianas em sua explorao permanente do mundo e daaproximao dos educadores com a realidade scio-cultural dessas crianas, luz de suasprprias representaes e sentimentos. No se pode conceber a avaliao como um jogo deregras uniformes e definidas, luz de parmetros fixos, controladores, pois ela encerra adinmica da interao e a prpria dialtica do conhecimento, com suas continuidades edescontinuidades.

    CAP. III- AVALIAO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL A busca de significado pela avaliao requer o estudo das concepes de

    educao infantil, das teorias de desenvolvimento e das abordagens do processo educativoque elas se originam. O tema da avaliao insere-e gradativamente nessa discusso,buscando-se a contestao de prticas descontextualizadas da realidade da criana, deprticas assistencialistas ou compensatrias que se revelam nos processos avaliativos.

    Estudos e pesquisas invalidam as funes assistencialistas e compensatrio dacreche e pr-escola. A concepo construtivista-interacionalista de conhecimento provocaoutro olhar sobre o desenvolvimento infantil e conseqentemente sobre posturas

    pedaggicas e avaliativas. Segundo Piaget, a criana constri o conhecimento na suainterao com o objeto, (...) os fenmenos fsicos em geral. O que quer dizer que existe umsujeito ativo desde o nascimento, com estruturas orgnicas que impulsionam ao, mascujo desenvolvimento depende radicalmente dessa mesma ao.

    Como sria conseqncia de certos procedimentos avaliativos, chega-se as famliasem termos do alcance pela criana de maior nmero de itens assinalados, ao treinamento decrianas por pais e professores para o alcance de habilidades ao final dos semestres, reteno de alunos em certos nveis da pr-escola pelo no alcance de questionveisaspectos como procurei exemplificar.

    CAP. V- O ESPAO PEDAGGICO VERSUS AVALIAO MEDIADORA

    Para que a avaliao se efetive como mediao, com sentido significativo das aescotidianas e pensamentos das crianas. Um processo avaliativo mediador no entra emsintonia com um planejamento rgido de atividades por um professor, com rotinas flexveis,com temas previamente definidos para unidades de estudo, onde os conhecimentosconstrudos pelas crianas no so levados em conta.

    A ao avaliativa mediadora tambm no se efetiva num espao pedaggicoimprovisado. As atendentes de creche assistencialistas, onde se realizam os estgios, poucotem a nos dizer sobre as crianas alm de algumas atitudes ou hbitos de dormir, comer etc.Sem propor nenhum trabalho s crianas a cada momento.

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    Atrelados com a viso comportamentalista, objetivos enunciados pelosprofessores referem-se capacidade a serem atingidas pelas crianas nos domnios afetivo,cognitivo e psicomotor, aos quais me referi anteriormente. Na verdade o abandono deeducao infantil em termos de polticas de educao concorre para tornar catico essepanorama, onde se percebe a completa ausncia de fundamentos que norteiam aconstituio dos currculos.

    urgente repensar esse espao pedaggico bem como a definio dos objetivoseducacionais, uma vez que a finalidade da educao infantil o acompanhamento srio ereflexivo do desenvolvimento global de uma criana, estendendo-se dos cuidados que elanecessita natureza do seu ser racional, conhecido, desde recm nascido.

    CAP. V- RECORTES DO COTIDIANO. Ao se perceber tais fundamentos essenciais ao delineamento de uma proposta

    pedaggica, torna-se necessrio, assim, analisar os componentes curriculares que se

    articulam para compor o planejamento do cotidiano em educao infantil. Historicamente, o planejamento na pr- escola organiza-se em unidades temticas o

    que reproduz, de certa forma a organizao curricular em disciplinas do ensino regular. Oplanejamento desenvolvido atravs de projetos pedaggicos, em educao infantil, tem porfundamento uma aprendizagem significativa para as crianas

    A ao avaliativa mediadora implica em projetar o futuro a partir de recortes docotidiano, em delinear a continuidade da ao pedaggica, respeitando a criana em seudesenvolvimento, em sua espontaneidade na descoberta de mundo oferecendo-lhe umambiente de afeto e segurana para suas tentativas.

    CAP. VI UM OLHAR SENSVEL E REFLEXIVO SOBRE A CRIANA

    Como provocar o professor a um olhar sensvel e reflexivo sobre a criana que gereuma verdadeira aproximao entre ambos, que o leve a ser ainda mais curioso sobre asaes e os pensamentos dela?Percebe-se, no processo avaliativo, que difcil para oprofessor dar-se conta de suas prprias concepes de vida.

    O conhecimento de uma criana construdo lentamente, pela sua prpria ao epor suas prprias aes e por suas prprias idias que se desenvolvem numa direo: paramaior concorrncia, maior riqueza e maior preciso. preciso que o processo avaliativosupere o individualismo e gere a cooperao entre os elementos da ao educativa. Acooperao envolve o exerccio da descontrao, a coordenao da diversidade de pontosde vista para se ampliar o entendimento sobre a formao infantil.

    Na tentativa de realizar uma sntese organizada das consideraes feitas, aponto trsprincpios norteadores da avaliao mediadora que fundamentam a elaborao de registrosde avaliao: principio de investigao docente, princpios de provisoriedade dos juzosestabelecidos e princpios de complementaridade.

    CAP.VII PARECERES DESCRITIVOS: UMA ANLISE CRTICA. A falta de preparao dos professores para enunciar e redigir pareceres sobre o

    desenvolvimento infantil, a ausncia de uma proposta pedaggica das instituies e queacaba por se retratar nessa forma de registro, ou a falta de acompanhamento consistentedas crianas pelos professores que acabam por incorrer em certos absurdos registradossobre elas. Hoffmann menciona alguns equvocos na elaborao dos registros avaliativos.

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    A complexidade que envolve a avaliao do desenvolvimento infantil exige registrosdescritivos e reflexivos que ultrapassem em muito uma prtica de avaliao por cruzinhasou preenchimento de formulrios padronizados. E essa uma considerao que se aplica atodos as instancias da educao. O que se deve garantir em educao o respeito sdiferenas de cada um. E esse respeito s diferenas exige uma permanente observao ereflexo do processo individual de construo do conhecimento.

    CAP. VIII- DELINEANDO RELATRIOS DE AVALIAO O registro da histria da criana, no processo avaliativo, no pode significar apenas

    memria como funo bancria, ou seja, h que se pensar no significado desse registro paraalm da coleta de dados e informaes. Por outro lado em avaliao como nos basearmosapenas na memria, porque ela muitas vezes falha.

    CAP. VIIII- RELATRIOS DIARIOS E RELATRIOS GERAIS: UM EXERCCIO DE REFLE

    SOBRE A AO

    A avaliao, enquanto mediao insere-se no processo educativo como uminstrumento de reflexo, que auxilie o professor a tomar conscincia de mudanas a operarem sua ao, a comprovar e/ ou refutar hipteses sobre processos vividos pelas crianas.Percebe-se no dia a dia do professor de educao infantil, o risco das rotinas, das aesimprovisadas e/ ou no refletidas em termos do seu significado educativo para as crianas.

    Os relatrios dirios tem sido uma pratica das estagiarias do Curso depedagogia, os relatrios evidenciam, em sua seqncia e evoluo, que est em jogo umprocesso de mudana conceitual das estagiarias, para o qual o suporte terico e a relaodessa prtica como essencial.

    Os relatrios gerais, por sua vez, consistem em relatos globalizantes dotrabalho pedaggico desenvolvido pelo professor, numa turma de crianas, ao longo de umsemestre letivo.

    Minhas consideraes sobre o livro. A avaliao necessita ser uma prtica multidimensional, e os educadores devem

    perceber que o ato de avaliar envolve aspectos importantes, dentre eles vlido destacarque saber valorizar as pessoas e compreend-las, torna-se uma necessidade desse modo, importante construir um envolvimento bem como o reconhecimento de que primordialconhecer a criana e suas especificidades, para que a educao seja transformadora.

    Considerei importante quando a autora destacou os pressupostos da avaliao,dizendo que a mesma deve servir para investigao, e jamais para estabelecer sentenas. Arealidade que muitos educadores no sabem avaliar, utilizam de testes e medidas apenaspara aferir um escore aos alunos, desse modo, acontecem equvocos e o processo avaliativoacaba estando cada dia mais perto de nmeros, no apresentando uma preciso nosresultados, entretanto, a avaliao deve ser um processo que proporcione um dilogo entreeducador e educando.

    Foi importante a analogia proposta pela autora quando faz meno da importnciada prtica pedaggica, esta que deve existir na educao infantil, pois sempre serviro debase de sustentao para a avaliao, assim, os educadores podero recorrer a Tericos quese estudaram o desenvolvimento humano, como por exemplo, Jean Piaget, Lev, S. Vigotski.

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    Se tratando dos registros, muitas instituies impem tais prticas simplesmenteporque ao final de cada etapa devero prestar conta as famlias das crianas, enquanto estesdeveriam valorizar o desempenho e o desenvolvimento de cada criana, de modo que apartir deles os educadores vislumbrassem possibilidades de reflexo no intuito de mudar taisprticas.

    Desse modo, partindo do pressuposto que o livro traz reflexes importantes prticaeducativa, neste sentido vivel recomend-lo educadores, no somente aos que atuam naeducao infantil, e tambm a estudantes e pesquisadores que lutam por uma melhoria naqualidade da educao, sabendo que para isso a avaliao um aspecto primordial.

    RESUMO DO LIVRO AVALIAO NA PR ESCOLA JUSSARA HOFFMAN O LIVRO FALA DE TOA ROTINA NA PRE ESCOLA E SEUS DESAFIOS COMO FEITA AS DIVERSAS AVALIA

    1- Avaliao mediadora.

    A ao mediadora do educador resulta, igualmente,num trabalho pedaggico que valoriza asexperincias de vida de cada criana, suas vivncias culturais, raciais, religiosas, etc., como elementosconstitutivos do espao institucional ao mesmo tempo em que percebe a criana sofrendo asinfluncias desse meio e constituindo-se como sujeito a partir dessa interao.O cotidiano planejado pelo professor a partir do conhecimento que ele adquire sobre suas crianasarticulado sua a sua proposta educativa. Entretanto,esse planejamento se reconstri com base nosinteresses, necessidades e reaes das crianas a cada momento observadas pelo professor,o tempoe o espao do cotidiano esto sempre atrelados ao possvel e ao necessrio de cada grupo de

    crianas, reestruturando-se, a partir do acompanhamento de sua ao pelo professor.

    2- Pressupostos bsicos da avaliao.

    *Uma proposta pedaggica que vise levar em conta a diversidade de interesses e possibilidades deexplorao do mundo pela criana, respeitando sua prpria identidade sociocultural, eproporcionando-lhe um ambiente interativo, rico em matrias e situaes a serem experienciadas;*Um professor curioso e investigador do mundo da criana, agindo como mediador de suasconquistas, no sentido de apoi-la,acompanh-la e lhe novos desafios;*Um processo avaliativo permanente de observao, registro e reflexo acerca da ao e dopensamento das crianas, de suas diferenas culturais e de desenvolvimento, embasador dorepensar do educador sobre o seu fazer pedaggico.

    3- Espao pedaggico e avaliao mediadora.

    O espao pedaggico que respeita e valoriza a criana no prprio tempo ante de mais nada,umambiente espontneo, seguro e desafiador. Espontneo no sentido de favorecer a

    explorao livre dos objetos da vivencia de situaes adequadas as tempo da criana, no qual possaescolher brinquedos ou parceiros, num ritmo prprio, mesmo que diferente entre elas, sem pressesou expectativas dos adultos a serem cumpridas. Um ambiente acolhedor, porque ser compreendidae acompanhada pelo adulto, pronto a ampar-la a conversar com ela a dar lhe todo afeto eorientao necessria. E, ao mesmo tempo, desafiador, porque planejado e organizado pelo

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    professor com base nas conquistas da prpria criana e sempre na direo de novas conquistas.Processo avaliativo mediador s se desenvolve num espao pedaggico entendido nessa perspectivade desenvolvimento.

    4- Olhar sensvel sobre a criana segundo Hoffman.

    Para compreender cada criana necessrio recorrer s condies concretas de sua existncia, umavez que as interaes de cada uma com o seu meio abrangem significados de carter biofisiolgico,afetivo, cognitivo e social. Ao longo de sua vida, na qual seinsere a escola, ela confrontada commltiplas e diferentes vivencias. Existem as vivencias com objetos materiais, variados ou no,dependendo das possibilidades do meio. Diversas tambm so suas vivenciais com objetos culturais,religio, a dana, o folclore, os valores de cada sociedade. Multiplicam-se as possibilidades de trocasde cada criana com as outras pessoas, variando as relaes lingusticas e afetivas nessa relao. Oolhar do professor precisa acompanhar a trajetria da ao e do pensamento da criana, fazendo-

    lhes sucessivas e gradativas provocaes, para poder complementar as hipteses sobre o seudesenvolvimento.

    5- Viso de Hoffman sobre os relatrios individuais e gerais.

    Segundo Hoffman os relatrios individuais devem se constituir em um conjunto de dados quepropiciem aos educadores um conhecimento do processo do desenvolvimento de cada criana. Oacompanhamento da criana no cotidiano extremamente importante, porque permite analisarqualitativamente o processo que a criana utiliza para chegar a alcanar certas respostas oudesenvolver certas atitudes. tambm necessrio que sepreste ateno ao que consegue realizar independentemente, em grupo, ou com auxlio do

    adulto e de outras crianas, o que a criana realiza hoje com ajuda de outras crianas ou doprofessor, estar realizando sozinha amanh. Essa natureza espontnea do trabalho educativo emeducao infantil transparece nos relatrios de avaliao medida que o contextoda observao eda ao educativa torna vivo e concreto o relatrio do acompanhamento da criana, referindo-se aconquistas ou dificuldades das crianas relacionadas a atividades ou assuntos trabalhados.Por meio do relatrio geral, o professor reconstri o processo vivido com o grupo de crianas, numprocesso de reflexo/avaliao que encontra significados na possibilidade de compartilhar com suasfamlias e com seus prximos professores, experincias vividas por elas e o sentido destas em termosde aprendizagem e desenvolvimento. Para hoffman os relatrios gerais so extremamentesignificativos medida que contextualizam os relatrios individuais, enriquecendo ecomplementando a anlise individual do aluno, permitindo aos pais e futuros educadores uma visocompleta e integrada do trabalho realizado com cada grupo de crianas.

    6-Construa um instrumento de avaliao para a educao infantil na perspectiva mediadora.

    Com antecedncia o professor pedir aos alunos um tipo de fruta para ser realizado um piqueniqueliterrio na escola. Uma historia ou msica sobre os ndios, ser lida ou cantada pelo professor ,aofinal da leitura os alunos vo interagir dando suas opinies e propor um novo final ou uma novahistria, com base com a que foi lida ou cantada, trabalhar a importncia das frutas para os ndios ecomo ela nutritiva e gostosa, finalizar com uma produo de texto,com desenhos em uma folha depapel oficio, respeitando segundo o entendimento de cada aluno.