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1 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE USUARIOS DE ANTIMICROBIANOS EM UMA DROGARIA DE BRASILIA DF EVALUATION OD ANTIMICROBIAL USER PROFILE ON A DRUG BRASILIA - DF Aluno: Ataíde Donisete Martins 1 Orientador: Professor Mestre Edson Negreiros 2 Resumo: Antimicrobianos são medicamentos comumente prescritos quando há a necessidade de se tratar e combater uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Os antimicrobianos agem como bactericidas destruindo a parede celular bacteriana causando sua morte; ou bacteriostáticos, impedindo sua proliferação. Os riscos mais conhecidos relacionados ao uso de antimicrobianos são as reações adversas e a resistência bacteriana que se dá, principalmente, com o uso indiscriminado, sem prescrição e acompanhamento médico. O presente trabalho teve como objetivo geral verificar a percepção da população entrevistada a respeito das vantagens e desvantagens que possam surgir com a terapia antibacteriana, suas principais fontes de informação e ou orientação quanto ao uso desses medicamentos, assim como traçar o perfil sociodemográfico da população que consome antibacterianos em uma drogaria na cidade de Brasília, DF. Palavras-chave: Antibacterianos, terapia antibacteriana, resistência aos antibacterianos. Abstract: Antimicrobials are drugs commonly prescribed when there is the need to address and combat an infectious disease caused by a bacterium. Antimicrobials act as bactericides destroying the bacterial cell wall causing his death, or bacteriostatic, preventing their proliferation. The most well-known risks associated with antibiotic use are the adverse reactions and bacterial resistance that occurs mainly with the indiscriminate use without prescription and medical supervision. This study aimed to verify the perception of the people interviewed about the advantages and disadvantages that arise with antibacterial therapy, their main sources of information and guidance and the use of these drugs, as well as trace the demographic profile of the population antibacterial consumes in a drugstore in the city of Brasilia, DF. Keywords: Antibacterials, antimicrobial therapy, resistance to antibacterials. 1 INTRODUÇÃO 1 Aluno do Curso de Especialização em Farmácia Clinica e Atenção Farmacêutica pela Pontifícia Universidade Católica PUCGoiás & Instituto Pharmacológica .2013. ¹ E-mail: [email protected]. 2 Mestre. E-mail: Edson Negreiros dos Santos. [email protected]

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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE USUARIOS DE ANTIMICROBIANOS

EM UMA DROGARIA DE BRASILIA – DF

EVALUATION OD ANTIMICROBIAL USER PROFILE ON A DRUG

BRASILIA - DF

Aluno: Ataíde Donisete Martins1

Orientador: Professor Mestre Edson Negreiros2

Resumo: Antimicrobianos são medicamentos comumente prescritos quando há a necessidade

de se tratar e combater uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Os antimicrobianos

agem como bactericidas destruindo a parede celular bacteriana causando sua morte; ou

bacteriostáticos, impedindo sua proliferação. Os riscos mais conhecidos relacionados ao uso

de antimicrobianos são as reações adversas e a resistência bacteriana que se dá,

principalmente, com o uso indiscriminado, sem prescrição e acompanhamento médico. O

presente trabalho teve como objetivo geral verificar a percepção da população entrevistada a

respeito das vantagens e desvantagens que possam surgir com a terapia antibacteriana, suas

principais fontes de informação e ou orientação quanto ao uso desses medicamentos, assim

como traçar o perfil sociodemográfico da população que consome antibacterianos em uma

drogaria na cidade de Brasília, DF.

Palavras-chave: Antibacterianos, terapia antibacteriana, resistência aos antibacterianos.

Abstract: Antimicrobials are drugs commonly prescribed when there is the need to address

and combat an infectious disease caused by a bacterium. Antimicrobials act as bactericides

destroying the bacterial cell wall causing his death, or bacteriostatic, preventing their

proliferation. The most well-known risks associated with antibiotic use are the adverse

reactions and bacterial resistance that occurs mainly with the indiscriminate use without

prescription and medical supervision. This study aimed to verify the perception of the people

interviewed about the advantages and disadvantages that arise with antibacterial therapy, their

main sources of information and guidance and the use of these drugs, as well as trace the

demographic profile of the population antibacterial consumes in a drugstore in the city of

Brasilia, DF.

Keywords: Antibacterials, antimicrobial therapy, resistance to antibacterials.

1 INTRODUÇÃO

1 Aluno do Curso de Especialização em Farmácia Clinica e Atenção Farmacêutica pela Pontifícia Universidade Católica

PUC– Goiás & Instituto Pharmacológica .2013. ¹ E-mail: [email protected]. 2 Mestre. E-mail: Edson Negreiros dos Santos. [email protected]

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De certo que o uso irracional de medicamentos se da à medida que a população não

tem acesso fácil e gratuito ao sistema de saúde, com isso, se faz importante receber

prescrições adequadas às suas necessidades terapêuticas, o medicamento deve estar correto,

apropriado ao tempo de tratamento, na dose certa, garantindo adesão do paciente ao mesmo.

Não deve causar, dentro do possível, efeitos adversos, e de maneira nenhuma interações

indesejáveis; o médico, por meio da anamnese, deve verificar o histórico do paciente e

verificar se o mesmo faz uso de outros medicamentos, utilizando o que se denomina como

farmacovigilância (SOUZA; SANTOS; SILVEIRA, 2010).

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), as infecções causam

25% das mortes em todo mundo, e nos países menos desenvolvidos esse índice sobe para

45%. Calcula-se ainda que mais de 50% do orçamento dos países gastos com medicamentos

seja destinado à compra de antimicrobianos. Sabe-se também que dos usuários de

medicamentos, mais de 50% desses compram medicamentos para apenas um dia de

tratamento e 90% compram para períodos inferiores ou iguais a três dias e quando se fala em

prescrições médicas os dados são alarmantes, pois 50% se mostraram inapropriadas, e 2/3 dos

antibióticos são usados sem prescrição médica (NICOLINI; GRECO; MENEZES, 2008).

Algumas das premissas necessárias para a efetividade do controle para evitar o uso

indiscriminado de antibióticos são implementar procedimentos para tratamento profilático

com antimicrobianos na clínica medica e cirúrgica; efetivar rotinas de tratamento de

patologias infecciosas mais comuns. É importante que a comunidade científica contribua com

estudos, pesquisas e investigações no que se refere aos antimicrobianos e a resistência

microbiana, o que é relevante para auxiliar os órgãos reguladores a tomarem medidas que

previnam e orientem para o caso (ANVISA, 2001). E diante desses fatos, se previu a

necessidade de apresentar o estudo acerca do uso indiscriminado de antibióticos e as medidas

necessárias para se evitar os efeitos nocivos de sua utilização.

O presente trabalho teve como objetivo geral verificar a percepção da população

entrevistada, por meio de questionário, a respeito das vantagens e desvantagens que possam

surgir com a terapia antibacteriana, assim como as principais fontes de informação e ou

orientação quanto ao uso desses medicamentos. Já os objetivos específicos procuraram traçar

o perfil sociodemográfico da população que compra medicamentos antibacterianos em uma

drogaria na cidade de Ceilândia, DF, no período de 05 a 20 de fevereiro de 2013. Apresentar

os fármacos e as classes terapêuticas mais consumidas. Apresentar os conhecimentos da

população participante da pesquisa a respeito das indicações e contraindicações principais das

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drogas antibacterianas. Verificar qual ou quais as fontes de informação e ou orientação quanto

ao uso de medicamentos antibacterianos.

2 ANTIMICROBIANOS

Os antimicrobianos são substâncias capazes de destruir microorganismos ou de inibir

seu crescimento, são produzidos a partir de fungos, bactérias, e elementos sintéticos, podendo

agir como bactericidas, destruindo a parede celular bacteriana causando sua morte ou

bacteriostático, inibindo seu crescimento e impedindo sua multiplicação. São comumente

utilizados quando se faz necessário tratar ou curar uma doença infecciosa, causada por

microorganismos. A facilidade na aquisição, diagnóstico indeterminado, falta de acesso a

serviço médico, falta de controle sanitário, medicina baseada na aceitação e crenças

populares, dificuldades de diagnosticar corretamente processos infecciosos, além da falta de

fiscalização na dispensação, o emprego desses fármacos na medicina veterinária e na

conservação de alimentos são fatores que contribuem para o uso indiscriminado e

consequentemente causado o aumento da resistência bacteriana, carecendo urgentemente de

atenção por parte das autoridades para evitar o uso abusivo. (GOODMAN; GILMAN, 2007).

2.1 Histórico dos Antimicrobianos

Houve, no século XX, um grande marco na história da humanidade devido à

descoberta dos antimicrobianos oriundos de micro-organismos semissintéticos ou sintetizados

quimicamente com a finalidade de inibir ou destruir outros micro-organismos.

As sulfonamidas, ou derivados das para-aminobenzenossulfonamida, foram

descobertas em 1930 e só comercializadas em 1940. O prontosil foi patenteado em 1932 e, em

1928, o pesquisador Alexander Fleming estudava as variantes dos estafilococos, quando

observou o crescimento de fungos em uma das culturas matando as bactérias e, por se tratar

do gênero Penicillium, foi batizada como penicilina uma década depois como substância

terapêutica por via parenteral (RANG et al., 2004).

2.2 Classificações dos Antimicrobianos

Com sua função de combater agentes infecciosos, os antimicrobianos se dividem em

grupos com base em seu mecanismo de ação.

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2.2.1 Os inibidores da síntese proteica

Os mais conhecidos são:

RIFAMICINAS – atuam na inibição da RNA – polimerase de bactérias, evitando o

alongamento da molécula de RNA mensageiro. A resistência ocorre pela mutação no gene

bacteriano que codifica a RNA polimerase, é utilizada em tratamentos por infecções por

bactérias Gram-negativas e microbactérias, apresentando efeitos adversos como cefaleia,

sonolência, fadiga, alterações no sistema nervoso central e casos de hepatotoxicidade.

(HAUSER, 2009).

AMINOGLICOSÍDEOS – são obtidos a partir de várias espécies de Streptomyces.

Esta classe inclui: Estreptomicina – é um aminoglicosídeo mais antigo e agente no tratamento

da tuberculose, inibe a síntese proteica por se ligar à subunidade 30s ribossomal. Efeitos

colaterais relevantes são a ototoxicidade, reações de hipersensibilidade e a nefrotoxicidade,

essa ocorrendo em menor frequência. São a gentamicina, amicacina, tobramicina, neomicina

(SILVA; BERMUDEZ; ARRAIZ, 2007).

MACROLÍDEOS – apresentam estrutura química de um anel lactona de vários

membros que liga a um ou mais desoxi-açucares, o seu mecanismo de ação é a interferência

na produção de proteínas bacterianas por meio da forte ligação na subunidade ribossômica

50S das bactérias. São a eritromicina, azitromicina e claritromicina. São indicados nas

infecções por bactérias aeróbicas Gram-positivas, como infecções respiratórias e pneumonia

(RANG; DALE; RITTER, 1999).

CETOLÍDEOS - fármacos semissintéticos recentemente criados, derivados da

eritromicina. As principais reações são anorexia, náusea, vômito e diarreia; reações de

hepatoxicidade podem ocorrer como icterícia, comprometimento da função hepática e hepatite

colestática aguda. A eritromicina e a claritromicima são fármacos metabolizados pelo sistema

enzimático do citocromo P-450 e são capazes de depurar outros fármacos da mesma via

metabólica, aumentando a concentração sérica de carbamazepina, teofilina,

benzodiazepínicos, varfarina, entre outros (VASCONCELOS et al., 2006)

TETRACICLINAS – seu mecanismo de ação consiste no bloqueio da síntese proteica

pela interação química do fármaco com a subunidade 30S ribossonal bacteriana. Possuem um

bom espectro para várias classes de bactérias aeróbicas Gram-positivas, Gram-negativas e

anaeróbicas atua contra bactérias atípicas, alguns protozoários e micro bactérias. A

doxiciclina, aminociclina e tetraciclina são as mais utilizadas. Reações de fotossensibilidade,

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formação de exantema avermelhado, efeitos gastrointestinais, agravação da insuficiência

renal, hepatite, alteração na pigmentação cutânea e tromboflebite (SALDAÑA et al., 2004).

CLORAFENICOL - apresenta na estrutura química uma porção nitrobenzeno, que é

um derivado do ácido dicloroacético. Seu mecanismo de ação ocorre pela ligação irreversível

à subunidade ribossômica 50S, inibindo a síntese de polipeptídeos Altamente tóxico, este

antibiótico é utilizado no tratamento de infecções graves e/ou resistentes a outros. Apresenta

atividade contra micro-organismos Gram-positivos, Gram-negativos, anaeróbios e

espiroquetas. O principal efeito adverso se manifesta na medula óssea que poderá causar

anemia aplásica, trombocitopenia, reticulopenia, leucopenia (SALDAÑA et al., 20004).

CLINDAMICINA - possui razoável espectro de ação contra micro-organismos Gram-

positivos aeróbicos como algumas cepas sensíveis à meticilina/oxacilina e excelente atividade

contra anaeróbicos Gram-positivos e negativos, se liga às proteínas plasmáticas e altas

concentrações são encontradas nos tecidos, fluídos corporais e ossos, mas não atingem o

líquor. A destruição da microbiota intestinal está relacionada às diarreias (PIANA, 2010).

LINEZOLIDA – seu mecanismo de ação ocorre pela inibição da fase de iniciação no

local P da subunidade 50S ribossômica impedindo a síntese de proteínas, ação contra

bactérias Gram-positivas multirresistentes. As principais indicações são em infecções

hospitalares onde há resistência à penicilina e entre outras bactérias Gram-positivas aeróbias e

anaeróbias. Os efeitos adversos são diarreia, náuseas e cefaleia (SADER, 2002).

ESTREPTOGRAMINAS – A quinupristina/dalfopristina pertence à família das

estreptograminas no tratamento de infecções graves associadas à bacteremia causada por

Enterococcus faecium resistente à vancomicina. Seu alvo é a subunidade 50S do ribossomo

bacteriano, resultando a inibição da síntese proteica, os efeitos adversos são mialgias,

aumento da bilirrubina conjugada (CAIERÃO et al., 2004).

Os Inibidores da síntese da parede celular: constituído por estruturas de revestimentos

como a membrana plasmática, parede celular e membrana externa, as bactérias necessitam

desse envelope celular íntegro para se desenvolverem. Para quebrar essa unidade celular, os

antimicrobianos se dividem em: BETA-LACTÂMICOS - subdividem-se na classe de

penicilinas cujo composto consiste na ligação de um anel tiazoidínico a um anel beta-

lactâmico alterado por cadeia lateral variável “R”, resultando outras quatro classes de

penicilina (BERND, 2005):

PENICILINAS NATURAIS G E V - são ativas contra diversas bactérias Gram-

positivas, Gram-negativas, anaeróbicas e algumas espiroquetas por as bactérias possuírem

parede celular de peptideoglicana. São eficazes contra a maioria dos estafilococos produtores

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de penicilinase, mas apenas para cepas S. aureus (MRSA) e Staphylococcus epidermidis

(MRSE) não resistentes à meticilina, representadas pela oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina e

nafcilina. (HAUSER, 2009)

AMINOPENICILINAS - as mais importantes são a ampicilina e a amoxicilina,

administradas por via endovenosa e oral. Podem ser associados a inibidores beta-lactamases,

como o ácido clavulânico e o sulbactam (PAGE et al., 2004).

PENICILINAS DE ESPECTRO EXPANDIDO – carboxipenicilinas e

ureidopenicilinas – representadas pela carbenicilina e ticarcilina, piperacilina e azlocilina

representam uma maior atividade contra bacilos Gram-negativos aeróbicos. As

carboxipenicilinas, cuja ação terapêutica abrange a maioria das bactérias aeróbicas Gram-

positivas e negativas, exceto o Clostridium difficile. As reações associadas à penicilina vão

desde as mais perigosas como asfixia por edema na laringe até erupções cutâneas benignas

morbiliformes (ROSÁRIO; GRUMACH, 2006).

CEFALOSPORINAS – originaram-se do fungo Cephalosporiu acremonun. Esse

grupo se divide em quatro gerações:

Primeira geração – são ativas contra aeróbicos Gram-positivos, e apresentam atividade

reduzida contra bactérias anaeróbias e Gram-negativas. Nessa geração, incluem-se a

cefalotina, a cefazolina e a cefalexina (PETRI JUNIOR, 2007).

Segunda geração – apresentam atividade significativa contra Gram-negativos, porém,

menor do que as de terceira geração e com atividade moderada contra a maioria dos Gran-

positivos. Nesse grupo, encontram-se a cefuroxima, cefaclor e as cefamicinas (cefotetana e

cefoxitina) (HAUSER, 2009).

Terceira geração – classificam-se pela maior atividade contra Gram-negativos e são

combatidas pela ceftazidima e cefoperazona, ceftriaxona, ceftazidima e cefotaxima. Apresenta

ação contra bactérias Gram-positivas e anaeróbicas Gram-positivas, (HAUSER, 2009).

Quarta geração – possui espectro de ação ampliado em comparação à terceira geração,

é caracterizada pela sua poderosa ação contra micro-organismos Gram-positivos (semelhante

aos da primeira geração) cefepime, não possui boa ação anaeróbica. Sua toxidade consiste em

reações de hipersensibilidade, não imediatas, neutropenia reversível, trombocitose, hemólise

(PETRI JUNIOR, 2007).

CARBAPENEMAS – são beta-lactâmicos que apresentam anel beta-lactâmico

fundido e um anel de cinco elementos e apresentam átomo de carbono contendo uma

insaturação no anel. As classes de agentes parenterais são o imipenem e carbapenema. Sua

resistência se dá devido às diversas beta-lactamases produzidas por bacilos Gram-positivos e

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negativos, por penetrar com facilidade na membrana externa de bacilos Gram-negativos.

Como eventos adversos, há as convulsões, que aparecem mais em pacientes idosos ou com

função renal reduzida, náuseas e vômitos (PETRI JUNIOR, 2007; HAUSER, 2009).

MONOBACTÂMICOS – o aztreonam é o único monobactâmico ativo somente contra

bactérias Gram-negativa aeróbica e de uso parenteral. Seu anel beta-lactâmico é monocíclico

simples, resistente à maioria das beta-lactamases e tem excelente atividade contra Gram-

negativos (RANG et al., 2004).

VANCOMICINA E TEICOPLANINA – seu mecanismo de ação consiste na ligação à

extremidade terminal D – alaninina, da parede celular, evitando a inserção desse polímero na

cadeia de peptideoglicana, fragilizando-a, sendo a utilização exclusiva para micro-organismo

Gram-positivo. A vancomicina possui atividade bactericida para anaeróbicos e bactérias

Gram-positivas, patogênicos produtores de beta-lactamases e os resistentes à meticilina, e

possui alguns efeitos adversos como flebite, ototoxicidade e nefrotoxicidade. Existem relatos

de ototoxicidade com pouca frequência, sendo os mais comuns relacionados às reações

cutâneas e disfunções hepáticas transitórias (PRADO; RAMOS; VALE, 2001).

POLIMIXINAS – sua atuação se dá na membrana plasmática bacteriana, ocasionando

a despolarização celular pelo efluxo de potássio, com perda do potencial de membrana e

morte celular. Possui efeitos adversos como cefaleia, náuseas, vômito, diarreias,

nefrotoxicidade. Apresenta espectro de ação bactericida contra micro-organismos Gram-

negativos e todos os Gram-positivos apresentam resistência a este antibiótico, (KATZUNG,

2004).

2.2.2 Os fármacos que atuam no DNA

QUINOLONAS E FLUORQUINOLONAS – boa ação contra aeróbios Gram-

negativos sofrendo várias modificações em sua estrutura química, levando ao

desenvolvimento de potentes agentes bacterianos, dos quais derivam as quinolonas. O

mecanismo de ação consiste na inibição de topoisomerases: DNA-girase e topoisomerase IV

bacteriana, evitando a formação de novas fitas de DNA, o que causam a morte bacteriana,

possuem espectro de ação contra Gram-negativos, contra alguns Gram-positivos e alguns

micro-organismos atípicos. Apresentam baixo índice de toxicidade e os efeitos colaterais são

gastrointestinais, cefaleia, tontura, disritmias ventriculares e diarreias (BRUGUERAS;

GARCÍA; DÍAZ, 2005).

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METRONIDAZOL – possui mecanismo de ação na redução do grupamento nitro, que

produzirá metabólitos para impedir a síntese de DNA, ação contra micro-organismos

anaeróbicos, tem ação contra protozoários anaeróbios e contra uma bactéria Gram-negativa

microaerofílica (H. pylori). As reações adversas são diarreia, náusea, vômitos, desconforto

epigástrico, espasmos abdominais e gosto metálico na boca. (NICHOLS, 2004).

SULFONAMIDAS - os antifolatos – competem com o ácido p-aminobenzóico

(PABA) pela enzima dihidropteroato sintetase, sendo primordial para a síntese de ácido fólico

nas bactérias fazendo com que as sulfas impeçam o crescimento dessas. Possui atividade

contra micro-organismos Gram-positivos e negativos, alguns protozoários e contra bactérias

entéricas. As mais utilizadas são sulfadiazina, sulfadiazina de prata, sulfametoxazol e dapsona

(KATZUNG, 2004). A associação da trimetoprima com o sulfametaxozol resulta em

bactericida, apresenta espectro de ação contra bactérias aeróbicas Gram-positivas e negativas,

possuem indicações no tratamento de infecções bacterianas urinárias, intestinais,

penumocistoses e infecções fúngicas.

DAPSONA - é apenas indicada no tratamento da hanseníase. As reações são febre,

urticária, náusea, icterícia, perda de apetite (KATSUNG, 2004).

2.3 Resistência Bacteriana e Mecanismos de Resistência

A resistência bacteriana surge quando os microorganismos multiplicam-se na presença

de concentrações de antimicrobianos que seriam necessários para tratar uma infecção em

humanos. Existem dois tipos principais de resistência, a natural, que se caracteriza quando os

genes são capazes de codificar o mecanismo ou estruturas que impedem a ação do

antimicrobiano e já fazem parte do genoma (TAVARES, 2000). O segundo tipo de resistência

é entendida como adquirida e ocorre em uma bactéria que antes era sensível ao mesmo

antimicrobiano, contudo, sendo sua origem na base genética, que sofre alterações na estrutura

e funcionamento da célula bacteriana, acaba bloqueando a ação dos antimicrobianos. É esse

tipo de resistência que tem causado grande preocupação mundial (WANNMACHER, 2004).

O primeiro exemplo de resistência adquirida entre as bactérias é o Staphylococcus

aureus, antes sensível a penicilinas, contudo, por seu uso indiscriminado já se comprova por

meio de estudos que essa bactéria possui genes que conferem resistência a múltiplas drogas

antimicrobianas (TAVARES, 2005). Os principais mecanismos bioquímicos de resistência

aos antimicrobianos são três tipos:

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Alteração do sistema de permeabilidade celular – menor acessibilidade do

antimicrobiano ao alvo na célula bacteriana promovendo a diminuição da concentração

intracelular ou eliminação ativa do antimicrobiano para o exterior da bactéria por meio de

bombas de efluxo; ex: Pseudomonas aeruginosa. (GOODMAN; GILMAN, 2007).

Inativação enzimática do antimicrobiano – inativação hidrolítica do anel β-

lactâmico nas penicilinas e cefalosporinas, elaboração de β-lactamases nas bactérias

resistentes: ex: Escherichia coli. (GOODMAN; GILMAN, 2007).

Alteração ou substituição das moléculas alvo do antimicrobiano – resistência à

penicilina por mutação PBPs (proteínas ligadoras de penicilinas que tem menor afinidade),

ex: Enterococcus faecalis. (GOODMAN; GILMAN, 2007).

Tendo em vista o avanço da resistência bacteriana, a ANVISA (2004) tomou medidas

para evitar o uso indiscriminado de antimicrobianos com a implantação da RDC 44/ 2009 em

que determina que todos os medicamentos antimicrobianos só podem ser comercializados nas

drogarias mediante retenção do receituário médico de controle especial, em duas vias, sendo

que a primeira deverá ficar arquivada na drogaria contendo todos os dados do comprador. A

resolução também estabeleceu prazo de validade para as receitas, que é de 10 dias após a data

de emissão, devido à complexidade do medicamento. A comercialização dos antimicrobianos,

que se dá por intermédio de receitas e entradas no estabelecimento farmacêutico por meio de

notas fiscais, deverá ser registrada no sistema nacional de gerenciamento de produtos

controlados (SNGPC). A ANVISA tem como objetivo, por intermédio dessa medida, a

redução da resistência bacteriana (ANVISA, 2004).

3 METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo que utilizou técnica de

amostragem por meio da aplicação de questionário semiestruturado (Apêndice A) para uma

população de usuários de medicamentos antibacterianos que adquirem os mesmos em uma

drogaria localizada na cidade de Ceilândia DF. O questionário foi constituído de 12 questões

referentes ao perfil de consumo dos medicamentos e foi respondido por clientes de uma

drogaria que adquiriam medicamentos com ou sem prescrição para posterior interpretação e

tabulação dos dados. A população participante foi constituída de 50 usuários de

antibacterianos de ambos os sexos, sem limite de idade e que estivesse em uso ou adquirindo

medicamentos antibacterianos. A coleta dos dados foi realizada no período de 05 a 20 de

fevereiro de 2013 após os entrevistados concordarem e assinarem o Termo de Consentimento

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Livre e Esclarecido (Apêndice B), bem como o questionário para responder as questões. Os

dados obtidos foram tabulados com o auxilio do programa Microsoft Excel 2007 e foram

apresentados na forma de gráficos e tabelas dispostos na seção resultados e discussão.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população estudada foi composta por 34 mulheres e 16 homens, correspondente a

68% e 32%, respectivamente (Gráfico 1). Na pesquisa, os resultados mostram que as

mulheres foram as que mais procuraram a drogaria para aviar as receitas contendo prescrição

de antimicrobianos, esse dado apenas sugere que as mulheres são preocupadas com a saúde

própria e familiar mais do que os homens e se encontra em conformidade com a literatura

consultada (COSTA-JÚNIOR, 2009).

Gráfico 1 – Sexo dos participantes

Fonte: dados da pesquisa

O nível de escolaridade dos entrevistados revelou que o grau de escolaridade mais

prevalente foi o de ensino médio, cuja quantidade de participantes era de 29, correspondente a

(58%) do total de participantes, 12 pessoas possuíam formação em nível superior, o que

corresponde a (24%), a análise dos dados revelou ainda que 3 participantes (6%) concluíram o

ensino fundamental, 4 (8%) se encontravam com ensino superior incompleto e apenas 2 (4%)

eram pós-graduados (Gráfico 2). Este dado não influenciou nos resultados da pesquisa, visto

que ambos os grupos, com escolaridade de nível médio e de nível superior responderam que

aprovam outrora não aprovavam o fato dos antimicrobianos serem medicamentos controlados.

Gráfico 2 – Escolaridade dos participantes

11

Fonte: dados da pesquisa

Os dados referentes à faixa etária da população participante da pesquisa revelaram que

o grupo entre 19 e 40 anos era composto por 24 indivíduos (48%). As demais faixas foram

distribuídas com 12 indivíduos que possuíam 41 a 60 anos, (24%), 10 indivíduos (20%) de 00

a 18 anos e com idade acima dos 60 anos 4 indivíduos (4%) da população em conformidade

com o gráfico, os que estavam com idade abaixo dos 18 anos foram representados pelos seus

responsáveis (Gráfico 3). A população com idade entre 19 e 40 anos de idade foi a que mais

consumiu medicamentos antimicrobianos, esses dados sugerem certo cuidado na prescrição

de antimicrobianos para crianças e adolescentes de 0 a 18 anos de idade e para adultos acima

de 61 anos, esse dado nem sempre se encontra em conformidade com a literatura consultada,

em que a maioria dos usuários de antimicrobianos eram crianças e idosos (FURINI; LIMA;

ATIQUE, 2009; SÁ, 2005).

Gráfico 3 – Idade dos participantes

Fonte: dados da pesquisa

12

As questões referentes aos hábitos dos participantes nos quesitos utilização e

conhecimento acerca dos benefícios e malefícios dos medicamentos revelaram que (Gráfico

4):

Gráfico 4 – Conhecimento acerca do uso de antimicrobianos

Fonte: dados da pesquisa

A maioria dos participantes respondeu sim, quando perguntados se já sabiam que os

antibióticos são medicamentos controlados e necessitariam de prescrição médica para serem

adquiridos, esse dado reflete a facilidade em obter informações por meio dos veículos de

comunicação e pode favorecer o entendimento da necessidade da implantação da resolução

44/2009. Na questão que tratava sobre o conhecimento do controle de vendas de antibióticos

sob prescrição médica, 43 (86%) responderam sim e 7 (14%) não. (GONÇALVES, 2010).

Quando indagados se já faziam uso do medicamento, 17 entrevistados (34%)

afirmaram que já utilizaram, e 33 (66%) disseram que não. Já os que utilizaram sem

prescrição médica representou 22 entrevistados (44%) contra 28 (56%) que nunca utilizaram

o medicamento. Esse dado corrobora com a percepção da cultura de automedicação de

antibióticos no Brasil.

Os entrevistados foram perguntados se conheciam algum efeito colateral adverso ou

problemas advindos da má utilização do medicamento e nesse item, 19 (38%) responderam

sim ao passo que 31 (62%) responderam que não. 34% dos pesquisados admitem não ter

conhecimentos sobre efeitos adversos ou indesejáveis que podem ser acometidos quando

utilizam um medicamento prescrito, sugerindo um alto nível de desinformação por parte do

paciente e falta de orientação prestada pelo profissional médico ou mesmo do farmacêutico no

aviamento do receituário (AQUINO, 2008); (NICOLINI; GRECO; MENEZES, 2008);

(WANNMACHER, 2006); (MATINBIANCHO; SANTOS; JACOBY, 2007).

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Outra questão abordou o participante sob a forma de conhecimento referente ao

medicamento, nesse quesito 34 (68%) responderam que vieram a conhecer o medicamento

por indicação médica, 6 (12%) por intermédio do farmacêutico, ao passo que 10 (20%) por

meio de familiar, (0%) obtiveram informação com vizinhos ou outros (Gráfico 5): Importante

ressaltar que os entrevistados podem confundir as atribuições do atendente de farmácia e do

profissional farmacêutico, dessa forma, o dado pode estar superestimado, a falta de acesso ao

serviço médico contribui para que o nível de indicação por aqueles que trabalham em drogaria

e parentes dos pacientes sejam altos (SILVA; SCHENKEL; MENGUE, 2000).

Gráfico 5 – Indicação para uso de antibióticos

Fonte: dados da pesquisa

Os participantes da pesquisa foram entrevistados a respeito da RDC nº 44/09, medida

que regula a venda de medicamentos antibióticos somente para pacientes com prescrição para

uso e se o entrevistado acredita que esta seria ou é uma medida eficaz para controlar a venda

indiscriminada de antibióticos (Gráfico 6):

Gráfico.6 – Aceitação da RDC nº 44/09

Fonte: dados da pesquisa

14

Nesse caso, os dados revelaram que 33 (66%) aprovavam a medida e 17 (34%)

desaprovam a medida. Os entrevistados foram abordados a respeito da aprovação da resolução

supracitada e 33 entre os 50 aprovam e vêem como boa a medida tomada para controlar o uso

indiscriminado, em termos percentuais trata-se de uma maioria relativa, afinal, os demais

desaprovam ou não dimensionam a real importância de uma medida fundamental e de

consenso entre toda a comunidade científica (MENEZES, 2009).

Outro dado obtido na farmácia onde os participantes da pesquisa foram entrevistados é

um comparativo entre as vendas de medicamentos antibióticos no mês de fevereiro de 2013 e

no mesmo período de 2010, ressaltando-se que a resolução foi implantada em outubro de

2010 (Gráfico 7).

Gráfico 7 – Demanda de antimicrobianos

Fonte: dados da pesquisa

A resolução teve impacto na quantidade de medicamentos vendidos, e como era de se

esperar, houve uma queda na quantidade de medicamentos que saíram das drogarias e o

comparativo da demanda de antimicrobianos na drogaria em que foi feita a pesquisa, no

mesmo período de 2010 revelou uma redução geral de 40,84% na venda de antimicrobianos,

sugerindo uma redução no consumo irracional ou mesmo indevida.

O presente estudo mostrou que os antibacterianos mais dispensados pela drogaria no

ano de 2012 foram os Beta-lactâmicos, seguidos por Macrolídios e Fluorquinolonas

respectivamente, os menos dispensados foram a Sulfonamidas. No ano de 2013, dentre os

mais consumidos, verificou-se os Beta-lactâmicos, os Fluorquinolonas assumiram a segunda

posição em relação aos Macrolídeos e os menos dispensados foram as Tetraciclinas. A partir

da análise dos comparativos entre os anos de 2010 e 2013, verificou-se uma queda

15

significativa de menos 40.85% na venda total de antimicrobianos, o que é um fato importante,

visto que a RDC 44/2009 tem como objetivo a redução do uso indiscriminado (Gráfico 7)

(LIMA, et al., 2008).

O estudo revelou o perfil de consumo e a classificação dos antibacterianos com seus

respectivos fármacos. As doenças ou indicações clínicas mais prevalentes reveladas pelos

entrevistados foram infecções de gargantas, sinusites, infecções do trato respiratório,

infecções do trato urinário e associações antimicrobianas para tratar a infecção causada pela

bactéria Helicobacter pylori, dentre outras. Os antimicrobianosmais prescritos foram,

conforme quadro 2.

Quadro. 2 – Classes de antimicrobianos e fármacos prescritos

CLASSE DE ANTIMICROBIANOS FARMACOS

Tetraciclinas Tetraciclina, doxiciclina, minociclina

Aminoglicosídeos Neomicina, gentamicina, tobramicina

Beta-lactâmicos Cefalexina. cefadroxil, amoxicilina + ácido

clavulânico, penicilina, ampicilina,

penicilina v, penicilina g, amoxicilina.

Macrolídios Azitromicina, eritromicina, claritromicina

Fluorquinolonas Norfloxacino, ciprofloxacino, levofloxacino

Sulfonamidas Sulfametoxazol e trimetoprima

Diversos Clindamicina, metronidazol, clorafenicol

acido fusídico, associações de

antimicrobianos Fonte: dados da pesquisa

5 CONCLUSÃO

A maioria dos entrevistados aprova a medida e entende que essa é necessária para

reduzir a resistência bacteriana e o consumo indiscriminado, o que é importante, já que o

Brasil se encontra entre os países que mais consomem medicamentos antimicrobianos sem

prescrição médica. O elevado número de pacientes com o perfil de resistência bacteriana

tornou-se um problema de saúde pública, fazendo que governo e instituições de saúde como

ANVISA e MINISTÉRIO DA SAÚDE interviessem no assunto, por intermédio da citada

16

RDC 44/2009, a população bem informada e consciente da necessidade da medida é muito

importante para que a medida apresente resultados, cujos fatores são a redução no consumo

indevido de antimicrobianos e a redução da resistência bacteriana.

O papel do farmacêutico é de suma importância e exige alto grau de qualidade no

desempenho de sua função. Este profissional deve estar presente no estabelecimento para

dispensar as prescrições médicas, esclarecer e dar informações à população sobre

medicamentos, além de difundir a informação, a fim de promover o uso racional de

antimicrobianos e demais medicamentos.

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APÊNDICE – A

19

QUESTIONÁRIO

1) Faixa etária? 0 a 2 ( ) 3 a 12 ( ) 13 a 17( ) 18 a 40 ( ) 41 acima ( )

2) Sexo do usuário: Masculino ( ) feminino ( )

3) Grau de instrução: não alfabetizado ( ) ensino fundamental ( ) ensino médio ( )

superior ( ) superior incompleto ( ) outros ( )

4) Qual antibiótico (nome genérico) o Sr(a) esta adquirindo?_______________________

5) O Sr(a) entende para que serve o medicamento? ( ) sim ( ) não

6) O Sr(a)Já utilizava o medicamento para algum problema? ( ) sim ( ) não

7) Para qual doença o Sr(a) utilizava?_________________________________________

8) O Sr(a) Já utilizou o medicamento sem prescrição médica? ( ) sim ( ) não

9) O Sr(a) Conhece algum problema que pode surgir com o uso desse medicamento?

sim ( ) não. ( )

10) Como ficou sabendo do medicamento? Vizinho ( ) médico ( ) parente ( )

farmacêutico ( )

11) O Sr(a) sabe que antibioticos agora são medicamentos controlados? Sim( ) Não( )

12) O que o Sr (a) acha dessa medida? (Antibióticos controlados)____________________

APÊNDICE B

20

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa intitulada

Uso Indiscriminado de Antimicrobianos em uma drogaria da cidade de Brasilia - DF. O

propósito desta pesquisa é contribuir com sugestões significativas para o Programa de Uso

Irracional de Medicamentos Antimicrobianos do Ministério da Saúde Brasil, no sentido de

possibilitar o fornecimento de dados e causas que levam ao consumo indiscriminado de

medicamentos antimicrobianos. Os dados coletados por meio da aplicação de questionário

ajudarão a confirmar o fato de que o uso de medicamento sem a prescrição e orientação

médica ajuda ao surgimento e fortalecimento de cepas microbiológicas. Ao mesmo tempo

provocará a análise e a discussão sobre o referido tema. Dessa forma poderá ser elemento

gerador de melhora na qualidade de vida de homens, mulheres, crianças e idosos no que diz

respeito a tratamento com medicamentos que possam causar resistência microbiana. Aqueles

que fornecerem dados espontaneamente pós-esclarecimento terão suas identidades

preservadas mesmo após elaboração de relatório final deste estudo. Caso concorde em

participar do estudo, deve assinar esse termo em duas vias, externando que concorda em

participar voluntariamente da pesquisa mencionada e que poderá retirar seu consentimento a

qualquer momento, sem nenhum prejuízo.

____________________________________

Assinatura do sujeito de Pesquisa

____________________________________

Assinatura do Pesquisador Responsável

_____/_____/_____