avaliação de serviços prestados pelo cape feedback ... · um plano de ação para abandonar a...

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Edição nº 41 – Março/Abril 2016 Avaliação de serviços prestados pelo CAPE – feedback institucional Entre as atribuições do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação – CAPE, a Resolução nº 005/2003 do Colégio de Procuradores do MPES prevê a realização de pesquisas, a fim de prestar assessoria e apoio técnico às atividades fim do Ministério Público, em relação ao Direito à Educação. Nesse sentido, no ano 2014 disponibilizamos um canal de consulta voluntária (clique aqui para acessar) aos membros e servidores que solicitam nossos serviços de pesquisa técnica, com intuito obter um diagnóstico do serviço prestado e melhorar a atuação do CAPE. Das respostas obtidas, verificamos que os solicitantes avaliam como satisfatório o prazo de resposta praticado (67% dos respondentes avaliam como muito satisfatório o prazo de resposta). Além disso, as pesquisas realizadas pelo CAPE têm auxiliado nas atividades realizadas (93%) e esclarecido as dúvidas existentes nas promotorias (91%). Entre os ganhos funcionais da utilização deste sistema de feedback, registramos que o espaço disponibilizado configurou-se como canal de troca de críticas e sugestões para a melhoria no atendimento. Neste espaço, colecionamos indicações de futuras ações a serem planejadas, informações de ações praticadas pelas promotorias e elogios sobre a atuação do Centro de Apoio. Dessa forma, queremos agradecer aos membros, servidores, comissionados, terceirizados e estagiários que, de forma anônima, colaboram com o preenchimento do formulário do CAPE e nos ajudam a melhorar nossa atuação. Obrigado! 91% 9% Dirimiu as dúvidas existentes? Sim Não Em partes 93% 7% Ajudou nas atividades desenvolvidas pela Promotoria? Sim Não Em partes

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Edição nº 41 – Março/Abril 2016

Avaliação de serviços prestados pelo CAPE – feedback institucional

Entre as atribuições do Centro de Apoio Operacional de Implementação das

Políticas de Educação – CAPE, a Resolução nº 005/2003 do Colégio de Procuradores

do MPES prevê a realização de pesquisas, a fim de prestar assessoria e apoio técnico

às atividades fim do Ministério Público, em relação ao Direito à Educação.

Nesse sentido, no ano 2014 disponibilizamos um canal de consulta voluntária (clique

aqui para acessar) aos membros e servidores que

solicitam nossos serviços de pesquisa técnica, com

intuito obter um diagnóstico do serviço prestado e

melhorar a atuação do CAPE.

Das respostas obtidas, verificamos que os

solicitantes avaliam como satisfatório o prazo de

resposta praticado (67% dos respondentes avaliam

como muito satisfatório o prazo de resposta). Além

disso, as pesquisas

realizadas pelo CAPE têm auxiliado nas atividades

realizadas (93%) e esclarecido as dúvidas existentes

nas promotorias (91%).

Entre os ganhos funcionais da utilização deste sistema

de feedback, registramos que o espaço

disponibilizado configurou-se como canal de troca de

críticas e sugestões para a melhoria no atendimento.

Neste espaço, colecionamos indicações de futuras ações a serem planejadas,

informações de ações praticadas pelas promotorias e elogios sobre a atuação do

Centro de Apoio.

Dessa forma, queremos agradecer aos membros, servidores, comissionados,

terceirizados e estagiários que, de forma anônima, colaboram com o

preenchimento do formulário do CAPE e nos ajudam a melhorar nossa atuação.

Obrigado!

91%

9%

Dirimiu as dúvidas existentes?

Sim

Não

Em partes

93%

7%

Ajudou nas atividades desenvolvidas pela

Promotoria?

Sim

Não

Em partes

Edição nº 41 – Março/Abril 2016

Resumo de respostas:

EQUIPE CAPE

Dirigente: Fabiula de Paula Secchin

Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira

Magalhães. Assessoria Técnica Pedagógica:

Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social):

Andreia Lima de Cristo

Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo

Gleisiane Rodrigues Leão

Telefone: (27) 3194-4733/4734/4735

Edição nº 41 – Março/Abril 2016

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ESCOLA DÁ PROVAS SEM NOTA E AULAS

INTERDISCIPLINARES EM VITÓRIA, ES.

Instituição pública de ensino fundamental adotou

novo modelo de educação. Modelo é permitido pelo

Ministério da Educação, que reconheceu o trabalho.

Provas sem nota, aulas interdisciplinares e alunos

mais velhos aprendendo com os mais novos. Desde

2012, essa é a realidade da escola Edna de Mattos

Siqueira Gaudio, no bairro Jesus de Nazareth,

em Vitória.

A instituição pública de ensino fundamental criou

um plano de ação para abandonar a avaliação por

notas, substituir as séries por ciclos e a organização

do conhecimento por matérias divididas por um

trabalho interdisciplinar.

A sala de aula é organizada em grupos e os alunos

aprendem, ao mesmo tempo, diferentes

matérias. Livros de história, ciências e geografia se

unem em uma mesma atividade nas aulas

interdisciplinares. O professor, então, passa a ser

um orientador.

“Mudou completamente, porque, antes, o professor

era só um transmissor de conhecimento. Agora, a

gente aprende com os alunos, porque a gente entra

em contato com outras disciplinas”, disse a

professora Mariana Ceolin. Leia mais...

ESTATUTO DA PRIMEIRA INFÂNCIA (LEI 13.257-2016)

No mês de março do corrente foi promulgada a Lei 13.257/2016, conhecida como Estatuto da Primeira

Infância. Entre os seus artigos, é possível destacar alguns que fomentam a discussão acerca da fixação de

critérios para matrículas em creche e pré-escola durante o período de expansão da rede.

"Art. 14. As políticas e programas governamentais de apoio às famílias, incluindo as visitas domiciliares e os

programas de promoção da paternidade e maternidade responsáveis, buscarão a articulação das áreas de

saúde, nutrição, educação, assistência social, cultura, trabalho, habitação, meio ambiente e direitos humanos,

entre outras, com vistas ao desenvolvimento integral da criança.

§ 1o Os programas que se destinam ao fortalecimento da família no exercício de sua função de

cuidado e educação de seus filhos na primeira infância promoverão atividades centradas na criança, focadas

na família e baseadas na comunidade.

§ 2o As famílias identificadas nas redes de saúde, educação e assistência social e nos órgãos do

Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente que se encontrem em situação de

vulnerabilidade e de risco ou com direitos violados para exercer seu papel protetivo de cuidado e educação

da criança na primeira infância, bem como as que têm crianças com indicadores de risco ou deficiência, terão

prioridade nas políticas sociais públicas."

Note que as crianças em situação de vulnerabilidade, com deficiência ou em situação de risco, devem ter prioridade nas políticas sociais públicas, incluindo a educação.

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E mais:

"Art. 16. A expansão da educação infantil deverá ser feita de maneira a

assegurar a qualidade da oferta, com instalações e equipamentos que

obedeçam a padrões de infraestrutura estabelecidos pelo Ministério da

Educação, com profissionais qualificados conforme dispõe a Lei no 9.394,

de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional), e com currículo e materiais pedagógicos adequados à

proposta pedagógica.

Parágrafo único. A expansão da educação infantil das crianças de 0 (zero)

a 3 (três) anos de idade, no cumprimento da meta do Plano Nacional de

Educação, atenderá aos critérios definidos no território nacional pelo

competente sistema de ensino, em articulação com as demais políticas

sociais."

Nesse caso, s.m.j., parece que ficou definida a possibilidade de os

sistemas de ensino definirem critérios para a expansão da educação

infantil.

Essas duas questões nunca haviam sido enfrentadas pelo legislador,

portanto, deixam abertas algumas janelas para definições de critérios que priorizem as crianças vulneráveis no caso de déficit de vagas.

PROJETO OBRIGA OFERTA DE INTERNET EM TODAS AS ESCOLAS.

Para que não haja mais uma lei disciplinando a educação, o senador preferiu introduzir as alterações

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) e não criar uma nova específica. Para isso,

sugeriu a aprovação do texto na forma de substitutivo. Leia mais...

ESCOLA DE VILA VELHA FOI REFORMADA A PARTIR DE PENAS ALTERNATIVAS

Graças a essa iniciativa foi possível reformar a quadra da UMEF Gil Bernardes, em Alvorada. Além

desta escola, mais sete serão contempladas em Vila Velha. A medida foi tomada a partir de uma

parceria do Poder Judiciário com a Prefeitura de Vila Velha. Leia mais...

ESCOLA DEVERÁ FORNECER EDUCAÇÃO INCLUSIVA SEM CUSTO ADICIONAL

Uma sentença proferida pela Comarca de Lagoa Santa para uma criança deficiente ter acesso à

educação inclusiva em uma escola particular foi confirmada, em 2ª instância, pela 13ª Câmara Cível

do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A decisão estabelece que os pais não precisarão

pagar nenhum valor adicional para isso. Leia mais...

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A JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES ESCOLARES NA REDE PÚBLICA DE

ENSINO: DA NECESSIDADE DE NOVA DELIMITAÇÃO DA

RESPONSABILIDADE CIVIL NO ÂMBITO ESCOLAR

Com a crescente judicialização das relações escolares surge a necessidade de novo

entendimento sobre os limites de responsabilização civil no âmbito escolar. O

presente estudo tem o propósito de promover uma análise e novo entendimento

sobre os limites de responsabilização civil das escolas da rede pública diante da

judicialização das relações escolares, além de diferenciar situações de mera

indisciplina de situações passíveis de responsabilização, bem como sugerir atitudes

de promoção de mediação e resolução de conflitos no ambiente escolar buscando

evitar a busca do Judiciário. Leia mais...

PORTARIA SEDU Nº 043-R, DE 31 DE MARÇO DE 2016

Estabelece valor referência do quilômetro rodado para o Programa de Transporte

Escolar – PETE/ES (anexo). Acesse aqui

PUBLICADA PORTARIA QUE ESTABELECE VALORES PARA A MANUTENÇÃO

DE ESTABELECIMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Portaria 166/2016, publicada nesta sexta-feira (1) no DOU, trata dos valores de

apoio financeiro à manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação

infantil para o ano de 2016 e determina o valor de referência para cálculo do repasse

aos Municípios que solicitaram no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e

Controle (Simec) novos estabelecimentos públicos da educação infantil com início

de funcionamento para este ano. Leia mais...

NENHUMA DAS METAS DO PNE QUE VENCE ATÉ 2016 SERÁ CUMPRIDA

PLENAMENTE

Confira a lista com os principais objetivos e em que estágio estão. Clique aqui

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS PEDE QUE SEDU REALIZE INCLUSÃO DE

ALUNOS SURDOS

Apesar de ser uma necessidade do sistema educacional regular ser inclusivo, o

Estado não tem cargos efetivos de magistério nas funções de interprete, instrutor e

tradutor de língua brasileira de sinais (libras). Leia mais...

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TJMG RECHAÇA ALEGAÇÃO DE QUE O CUMPRIMENTO DE NORMAS

PROGRAMÁTICAS DEPENDE DE DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA E

GARANTE VAGA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

REEXAME NECESSÁRIO - AÇÃO ORDINÁRIA - DIREITO À EDUCAÇÃO -

PRELIMINARES - COMPETÊNCIA DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE -

PRECEDENTE DO STJ - ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO -

SUBSTITUTO PROCESSUAL DO MENOR - ART. 201, V, DO ECA - GARANTIA

CONSTITUCIONAL - MATRÍCULA DE MENOR NA UMEI MAIS PRÓXIMA DE SUA

RESIDÊNCIA - ALEGAÇÃO DE RESERVA DO POSSÍVEL - DEVER DO MUNICÍPIO

- AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA SEPARAÇÃO

DOS PODERES - DIREITO FUNDAMENTAL DA CRIANÇA. Nos termos do art. 148,

inciso IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente c/c o art. 62 da Lei de

Organização e Divisão Judiciárias deste Estado, as Varas da Infância e da

Juventude são competentes para conhecer de ações cíveis fundadas em

interesses individuais afetos à criança e ao adolescente. Precedentes do STJ.

Incumbe ao Ministério Público promover ação judicial para a proteção dos

interesses individuais relativos à infância e à adolescência, por força do disposto

no art. 201, V, do Estatuto da Criança e do Adolescente. A educação básica dos

menores de seis anos de idade constitui direito indisponível de todos e dever do

Estado (art. 205 e 208 da CF, art. 54, IV do ECA e art. 30, I, da LDB), o qual deve

ser efetivado mediante matrícula do discente em instituição de ensino, não sendo

razoável condicionar o exercício do direito ao princípio da reserva do possível.

Não depende de autorização orçamentária, não fere o princípio da isonomia,

tampouco viola o princípio da separação de Poderes, a determinação pelo Poder

Judiciário, da implementação da garantia de acesso à educação assegurada à

criança pelo texto constitucional. (TJMG - Ap Cível/Reex Necessário

1.0024.14.271596-0/001, Relator(a): Des.(a) Yeda Athias , 6ª CÂMARA CÍVEL,

julgamento em 29/03/2016, publicação da súmula em 08/04/2016)

TJES ANALISA A ACUMULAÇÃO DE CARGOS DE PROFESSOR-

COORDENADOR E PROFESSOR-PEDAGOGO

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO ADMINISTRATIVO.

PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO POR OFENSA AO PRINCÍPIO DA

DIALETICIDADE. NÃO CABIMENTO. ACÚMULO DE CARGOS. COORDENADOR

E PEDAGOGO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. REMESSA

PREJUDICADA. 1.Conforme precedentes do STJ, a mera repetição de trechos da

petição inicial ou da contestação no recurso de apelação não é capaz de

configurar, por si só, deficiência que inviabilize o conhecimento da insurgência,

razão pela qual a preliminar de não conhecimento do recurso por ofensa ao

princípio da dialeticidade deve ser afastada. 2.As funções de direção,

coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério,

desde que exercidas, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de

carreira, excluídos os especialistas em educação. 3.No âmbito do município de

Vila Velha, os cargos de professor-pedagogo e professor-coordenador ostentam

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natureza técnico-científica, razão pela qual não podem ser acumulados (art. 37,

inc. XVI, da CR⁄88). 4.O profissional da educação que exerce funções meramente

administrativas, não docentes, não pode ser equiparado a professor, enquanto

regente de classe. 5.Recurso provido. Remessa necessária prejudicada. (TJES,

Classe: Apelação / Reexame Necessário , 35130029883, Relator : JORGE DO

NASCIMENTO VIANA, Órgão julgador: QUARTA CÂMARA CÍVEL , Data de

Julgamento: 22/02/2016, Data da Publicação no Diário: 26/02/2016)

REPREENSÃO E CENSURA VERBAL NA ESCOLA NÃO VIOLAM OS

DIREITOS DA PERSONALIDADE PARA TJRS

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS.

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37, § 6º DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO. REPREENSÃO

E CENSURA VERBAL DE SERVIDORA DE ESCOLA MUNICIPAL QUE FLAGROU

ALUNO PISOTEANDO CANTEIRO DO PÁTIO DO EDUCANDÁRIO. SITUAÇÃO

CONCRETA DE QUE NÃO SE INFERE CONSTRANGIMENTO INJUSTIFICADO E

CONDUTA ARBITRÁRIA OU EXCESSIVA DO ESTABELECIMENTO ESCOLAR.

AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO A DIREITOS DA PERSONALIDADE. INFERÊNCIA

SUBJETIVA DE QUE A ATITUDE DE REPREENSÃO ADMITIDA PELA

FUNCIONÁRIA DA ESCOLA OSTENTAVA CUNHO VEXATÓRIO OU PROPÓSITO

OFENSIVO. O EDUCADOR TEM O DEVER DE IMPOR LIMITES E MANIFESTAR

REPROVAÇÃO AOS ATOS INADEQUADOS DOS ALUNOS. SENSIBILIDADE

EXACERBADA DA GENITORA DO MENOR. SUPERVALORIZAÇÃO DO EPISÓDIO.

CONOTAÇÃO DISTORCIDA DO FATO PELO MÃE DO ALUNO, QUE NÃO O

PRESENCIOU. PROCESSO DE VITIMIZAÇÃO. OMISSÃO ESPECÍFICA DA

ESCOLA PÚBLICA NÃO CONFIGURADA, POIS APROXIMOU OS ENVOLVIDOS

VISANDO PROPICIAR COMPREENSÃO E SUPERAÇÃO DO EVENTO, QUE NÃO

CAUSOU TRAUMA AO ALUNO. PERMANÊNCIA NO COLÉGIO EM SITUAÇÃO

CONFORTÁVEL. ILÍCITO INCOMPROVADO. DEVER DE INDENIZAR DO

MUNICÍPIO. INOCORRÊNCIA. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. O Estado

"lato sensu" obriga-se a reparar prejuízos materiais e morais decorrentes de

comportamentos comissivos ou omissivos que lhe são imputáveis, nos termos do

parágrafo 6º do artigo 37 da Constituição Federal. A responsabilidade dos entes

públicos independe da prova do elemento subjetivo (dolo ou culpa), sendo

suficiente a demonstração do dano e do nexo causal. Ao ente público compete

demonstrar a existência de uma das causas de exclusão da responsabilidade civil

objetiva, como a culpa exclusiva da vítima, o caso fortuito, a força maior ou a

ausência do nexo causal entre o dano e o evento. Situação concreta em que

servidora de escola pública repreendeu aluno que propositadamente pisoteava

canteiro cultivado pela comunidade escolar. Sentença reformada para julgar-se

improcedente a demanda. APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70065886426,

Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva,

Julgado em 16/03/2016)

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TJRJ MANTÉM SENTENÇA E GARANTE PROFESSOR DE APOIO PARA

ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN

APELAÇÃO CÍVEL. FAZENDA PÚBLICA. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.

PROFESSOR DE APOIO E ADEQUAÇÃO DOS CONTEÚDOS CURRICULARES DE

ENSINO PARA CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN. 1. A lei de

diretrizes e bases da educação nacional, Lei nº 9394/96, com nova redação dada

pela Lei nº 12796/2013, em seus artigos 58 e 59, disciplina a educação pública

especial, prevendo a existência de apoio especializado, bem como de currículos

específicos aos portadores de necessidades especiais. 2. A negativa injustificada

no oferecimento do serviço objeto da lide viola os artigos 205 e 208, III, da

CRFB/88. A questão orçamentária também não pode servir como empecilho para

o atendimento aos preceitos constitucionais, já que os entes públicos devem

dispor de verba adicional extraordinária para despesas urgentes, como na

hipótese em análise, não havendo qualquer violação do princípio da reserva do

possível. 3. Taxa judiciária devida pelos entes municipais. Súmula nº 76 do TJRJ.

4. Recurso a que se nega provimento. (TJRJ, Apelação 0029693-67.2013.8.19.0002,

Des. Jacqueline Lima Montenegro, Décima Quinta Câmara Cível, data do

julgamento: 19/04/2016, data de publicação: 25/04/2016)

TJGO GARANTE VAGA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AFIRMA A

POSSIBILIDADE DE BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS COMO MEIO

LEGÍTIMO PARA A OBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. MATRÍCULA EM

CMEI PRÓXIMO A RESIDÊNCIA DO INFANTE. LIMINAR DEFERIDA. PRESENÇA

DOS REQUISITOS (FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA). BLOQUEIO DE

VALORES REFERENTES ÀS MENSALI­DADES ESCOLARES. POSSIBILIDADE.

DECISÃO MANTIDA. 1 - A medida liminar é admitida no mandado de segurança

quando presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora (art. 7º, inciso III, da

Lei nº 12.016/2009). No caso, presentes tais requisitos, pois o direito pleiteado no

mandado de segurança - educação infantil - é assegurado pela Constituição

Federal (art. 208, IV), Constituição do Estado de Goiás (art. 157) e legislação

específica (art. 54, IV, do ECA, artigos 4º, II e X, e 11, V, ambos da Lei nº 9.394/96).

2 - O custeio de mensalidades em instituição privada de ensino e eventual

bloqueio de verbas públicas constituem meios legítimos de emprestar

efetividade à decisão judicial e garantir o cumprimento da obrigação

constitucional imposta ao Município. 3 - Inexistindo ilegalidade, nulidade, abuso

de poder ou teratologia a macular o decisum, deve ser mantido incólume.

AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO

20506-15.2016.8.09.0000, Rel. DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO, 5A CAMARA

CIVEL, julgado em 14/04/2016, DJe 2014 de 26/04/2016)

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TJSP GARANTE TRANSPORTE ESCOLAR PARA ALUNA COM DEFICIÊNCIA

OBRIGAÇÃO DE FAZER- MUNICÍPIO DE GUARULHOS – TRANSPORTE GRATUITO

ESPECIAL PARA MAIOR, INCAPAZ, PORTADORA DE DEFICIÊNCIA –

OBRIGATORIEDADE DO ENTE PÚBLICO DE FORNECER O TRANSPORTE

ADEQUADO ATÉ O ESTABELECIMENTO DE ENSINO, QUER MUNICIPAL, QUER

ESTADUAL – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 23, INCISO II DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL, QUE NÃO FAZ SEPARAÇÃO DOS PODERES, SENDO RELEVANTE A

REALIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS DO DEFICIENTE –

SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA – RECURSOS OFICIAL E VOLUNTÁRIO

DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS DESPROVIDOS.

(Relator(a): Ferraz de Arruda; Comarca: Guarulhos; Órgão julgador: 13ª Câmara

de Direito Público; Data do julgamento: 13/04/2016; Data de registro:

14/04/2016)

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PROGRAMA “EDUCAÇÃO EM VALORES, DESENVOLVIMENTO

HUMANO E CULTURA DE PAZ" AMPLIA VAGAS E PARCEIROS EM 2016

Foi assinado na terça-feira (12/04) um Termo de Cooperação Técnica com o

município da Serra para incluir, junto às escolas da rede estadual que são parceiras

do programa desde 2014, as escolas municipais. O programa vai formar mil

educadores em 2016, dos quais 300 serão da rede pública de Serra. Em 2015,

crianças da rede estadual da Grande Vitória foram impactadas pela formação dos

educadores na metodologia do programa e os resultados apontam para um aumento

de 20% na aprendizagem. As ações também têm contribuído para a melhora na

atenção, diminuição do estresse e a conscientização de qualidades como a

amorosidade e compaixão.

Conforme já noticiado em edições anteriores, investir em atividades e ações de

resgate dos valores humanos e desenvolvimento de cultura de paz na educação é o

principal objetivo do projeto "Educação em Valores, Desenvolvimento Humano e

Cultura da Paz" desenvolvido pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo

(MPES), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), a empresa

ArcelorMittal Tubarão e o Instituto Migliori.

Nesse ano de 2016, além da inclusão da rede pública de ensino de Serra, foram

agregados à formação todos os professores da rede estadual que atuam no sistema

socioeducativo do Espírito Santo.

ghgj

No dia 20 de abril, no Centro de Educação Ambiental da Arcelor Mital, foi realizado

o primeiro encontro presencial das turmas de 2016. O programa se estenderá até o

final do ano, quando serão apresentados os resultados.

MPES CONSEGUE REABERTURA DE ESCOLA NA ZONA RURAL EM AFONSO

CLÁUDIO

A partir de ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES),

por meio da Promotoria de Justiça de Afonso Cláudio, a Justiça determinou a

reabertura da Escola de Ensino Médio Mata Fria, na zona rural do município, no

período noturno, bem como a reabertura do período de matrículas na escola para o

ano letivo.

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ARACRUZ

A Promotoria de Justiça Cível de Aracruz instaurou Procedimentos Administrativos

para apurar a oferta de transporte escolar adequado para munícipe e a necessidade

de cuidador no atendimento escolar.

Foi também expedida Notificação Recomendatória ao Prefeito e ao Secretário

Municipal de Educação, objetivando o fornecimento de transporte escolar a aluno,

uma vez que a distância do ponto de embarque e desembarque do transporte dista

2,5 Km da residência do menor.

ghgj

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE LINHARES

A Promotoria de Justiça de Educação de Linhares instaurou Procedimentos

Preparatórios a fim de verificar omissão da Secretaria Municipal de Educação

para com o fornecimento de servidores para o Centro Linharense de Amigos

do Menor; irregularidades na contratação de professores e extensão de carga

horária para professores efetivos; irregularidade em processo seletivo de

professores bilíngues em designação temporária e ausência de oferta de

monitor/cuidador em tempo integral a aluno com deficiência.

Vale informar, ainda, que foi instaurado Inquérito Civil para apurar suposto

risco de desabamento na Escola de Ensino Fundamental João Neves Pereira,

localizada no município de Sooretama.

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DOMINGOS MARTINS

Com base em denúncia realizada no âmbito da Promotoria de Justiça de

Domingos Martins, foi instaurado Procedimento Preparatório para análise do

processo de prestação de contas do FUNDEB, como forma de assegurar o

direito dos professores municipais

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ANCHIETA

Foi instaurado Procedimento Preparatório pela Promotoria de Justiça de

Anchieta para apuração de possíveis irregularidades/ilegalidades referentes

à prestação de contas do ano de 2015 pela Secretaria Municipal de Educação,

tendo em vista recursos recebidos do Governo Federal. A denúncia foi

encaminhada pelo Conselho de Alimentação Escolar do município.

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CARIACICA

A Promotoria de Justiça de Educação de Cariacica propôs duas Ações Civis

Públicas no intuito de pleitear a reforma e manutenção das CMEIs Ivan

Roberto de Sousa e Geraldo Menegucci, além de regularização perante o

Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária. As ações também requerem que

no período da reforma seja disponibilizada outra estrutura física para

funcionamento dos centros municipais de educação infantil e, se necessário,

o devido transporte escolar.

ghgj

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO GABRIEL DA PALHA

A Promotoria de Justiça de São Gabriel da Palha expediu Notificação

Recomendatória ao Estado do Espírito Santo e aos municípios de São Gabriel

da Palha e Vila Valério, a fim de que adotem as seguintes medidas em várias

escolas públicas: instalação e manutenção de aparelhos de ar condicionado,

manutenção das redes elétricas e hidráulicas, instalação de bebedouros,

contratação de agentes de segurança e porteiros, dentre outras medidas

necessárias à adequação da instituição de ensino.

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE GUARAPARI

A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Guarapari, no bojo de Inquérito Civil,

oficiou à Secretaria Municipal de Educação para informar as providências

adotadas para a regularização do plano de carreira dos profissionais da

educação básica no prazo estabelecido na meta 18, do Plano Nacional de

Educação, Lei nº 13.005/2014.

ghgj

CAPE PARTICIPA DE SEMINÁRIO SOBRE META 1 DO PNE PROMOVIDO PELA

ALES

No dia 28 de abril, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do ES promoveu

seminário para discussão da Meta 1 do Plano Nacional de Educação, com a presença de

prefeitos, secretários de educação, membros de conselhos e fóruns de educação de todo o

estado.

O CAPE, por meio da dirigente Fabiula de Paula Secchin, abriu o seminário com a palestra

"Meta 1: Universalizar e Ampliar!", na qual abordou as estratégias previstas para o

cumprimento da meta, que estipula a universalização da pré-escola e a ampliação da oferta

de vagas em creches. A dirigente apresentou diagnóstico sobre a situação dos municípios do

Espírito Santo, que são monitorados pelo CAPE desde 2012, no âmbito do projeto "Mais

Educação Infantil", fazendo orientações e sugerindo ações aos gestores da educação. Uma

mesa de debates foi formada com representantes da Secretaria Estadual de Educação,

Undime, Conselho Estadual de Educação e representante dos Conselhos Municipais de

Educação, coordenada pela Presidente da Comissão de Educação da ALES, Dep. Luzia

Toledo.

CAPE DIVULGA NOTA TÉCNICA DO MEC – EDUCAÇÃO ESPECIAL

O Conselho Estadual de Educação, em dezembro de 2015, disponibilizou no seu site Consulta

Pública sobre minuta de Resolução dispondo sobre a oferta da Educação Especial no Sistema

de Ensino do Estado do Espírito Santo.

Referida minuta apresenta dispositivos inconstitucionais e incompatíveis com o movimento

de inclusão educacional, ao pretender opor entraves ao acesso e permanência dos

estudantes com deficiência, tais como: a exigência de laudo médico para matrícula no

Atendimento Educacional Especializado (arts. 20 e 38); negativa de matrícula com justificativa

de deficiência (arts. 21 e 22); avaliação de viabilidade de custo das adaptações no

Atendimento Educacional Especializado (art. 17); restrição do público alvo das salas de

recursos multifuncionais (art. 31).

Em face disso, e após discussão do tema no CEATE, este Centro de Apoio realizou reunião

com o Conselho para esclarecimentos acerca das incongruências encontradas no texto da

resolução no dia 09/03/2016, e encaminhou consulta à Secretaria de Diversidade e Inclusão

ghgj

do MEC. No mesmo dia 09, o Conselho suspendeu a consulta pública em decisão da plenária,

em virtude de ajustes necessários. Acesse aqui Nota Técnica

Nº23/2016/DPEE/SECADI/SECADI, do Ministério da Educação, emitida em razão da

solicitação deste Centro de Apoio.

IMPLEMENTAÇÃO DA FICAI NO MUNICÍPIO DE SERRA

No dia 18 de abril, o Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de

Educação, representado por sua Dirigente Fabiula de Paula Secchin, reuniu-se com a equipe

da Secretaria Municipal de Educação e o Poder Judiciário local, representado pela Dra. Janete

Pantaleão, para verificar a possibilidade de implementar o uso da FICAI (Ficha de

Comunicação do Aluno Infrequente). O município voluntariou-se em receber o projeto e

utilizar esta estratégia na prevenção e combate à evasão escolar, tal qual a proposta do

Projeto do Ministério Público, integrante do Planejamento Estratégico da instituição.

CAPE ENVIA MEMORANDO DE ALERTA PARA O ENCERRAMENTO DO

PRAZO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO FNDE

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio

Operacional de Implementação das Políticas de Educação (Cape), encaminhou memorando

aos promotores de Justiça com atribuição em Educação, alertando para o encerramento do

prazo, no dia 30 de abril, para as prestações de contas ao Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE) dos recursos repassados aos municípios em 2015 dos

programas Dinheiro Direto na Escola (PDDE), de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e

do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).

De acordo com o FNDE, caso os municípios não prestem contas dos recursos repassados pelo

PDDE e suas ações agregadas; não emitam o parecer sobre a prestação de contas do PNATE,

que deve ser elaborado pelos Conselhos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), e não atualizem

as informações no Siope, o município fica com pendências, sendo que os repasses ficam

suspensos até que a situação seja regularizada.

Além de encaminhar o memorando alertando a promotores de Justiça sobre o prazo, o Cape

também enviou informações cadastrais dos conselhos do Fundeb e a situação de entrega dos

relatórios solicitados pelo FNDE, bem como anexou modelos de notificação recomendatória

e ofícios requisitórios às prefeituras municipais, caso as Promotorias de Justiça entendam ser

a providência adequada para a situação.

CAPE REALIZA REUNIÃO COM SEDU SOBRE TRANSPORTE ESCOLAR

Conforme divulgado por email na primeira quinzena de abril, este Centro de Apoio, em razão

de convite extensível a todos membros interessados, participou de reunião realizada na

Subsecretaria de Estado de Suporte à Educação, para apresentação dos trabalhos

envolvendo a construção do novo Sistema de Transporte Escolar da Rede Estadual.

Na ocasião, nos foi oferecido, pelo prof. Nilson Tadeu Ramos Nunes, Ph.D., da UFMG, a

disponibilização de cursos apenas para o Ministério Público, sobre o sistema de custos no

transporte escolar. Nesse sentido, estaremos organizando cursos por região, de acordo com

o interesse dos colegas. Também foi ventilada a possibilidade de customização de um perfil

específico para o Ministério Público no sistema, para acesso às informações de nosso

interesse, o que será encaminhado junto à Administração, visto que envolve convênio com

UFMG.

ghgj

ESPÍRITO SANTO DESTACA-SE NO RANKING

DE ALUNOS MATRICULADOS NA PRÉ-

ESCOLA

O Espírito Santo está cumprindo o desafio de

universalizar o acesso à educação infantil para

crianças de 4 e 5 anos até 2016. Atualmente, 97% das

crianças capixabas nessa faixa etária estão estudando,

o que representa, para o Ministério da Educação

(MEC), a universalização total da meta proposta por lei

em 2014 no Plano Nacional de Educação. Esses

números colocam o Espírito Santo em 3º lugar no

ranking nacional, ficando atrás de São Paulo e Santa

Catarina.

Desde que a meta foi estabelecida, o Ministério

Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio

do Centro de Apoio a Políticas de Educação (Cape)

vem desenvolvendo um trabalho em parceria com os

municípios, órgãos públicos e profissionais das áreas

de Educação, Assistência Social e Saúde para informar

e auxiliar o cidadão na mudança, já que passou a ser

obrigatória a matrícula de crianças nessa faixa

etária. O MPES realizou ações como a distribuição de

materiais educativos para a população, em locais

públicos e terminais de ônibus com grande

circulação, com o intuito de informar a nova

obrigatoriedade escolar. Também foram emitidos

procedimentos preparatórios, notificações

recomendatórias, firmados Termos de Ajustamento de

Conduta e ajuizadas Ações Civis Públicas em face das

prefeituras municipais para assegurar o cumprimento

da meta.

Além disso, para acompanhar o alcance da meta

foi realizado o Diagnóstico da Educação Infantil do

Estado, baseado em dados de matrículas divulgadas

pelo Censo Escolar do Inep/MEC e dados de projeção

de população residente. Esses dados foram

organizados de modo a evidenciar a taxa de não

atendimento da educação infantil no município,

possibilitando as intervenções necessárias, bem como

seu planejamento.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

Conheça a história do educador físico João

Victor.

O estatuto prevê que a pessoa com deficiência deve

ter acesso ao trabalho de sua escolha, em igualdade

de oportunidades com os demais. É nesse contexto

que o educador físico João Victor Mancini Silvério,

que tem Síndrome de Down, destaca a importância

da lei. Ele trabalha há quatro anos como professor de

atividades aquáticas em uma escola particular de

Curitiba e afirma que ter uma profissão deve ser

direito de todos. “Estar inserido na sociedade é

fundamental para a vida de qualquer pessoa e ter um

emprego representa muita coisa para o meu

coração", relata João Victor, que lamenta o fato de seu

caso ser ainda uma exceção. Hoje ele também dá

suporte em aulas de pilates e chegou a dar aulas de

ginástica laboral em uma empresa, antes de

trabalhar no colégio.

Apesar de reconhecer suas conquistas, o educador

físico conta que encontrou muitas dificuldades ao

longo do caminho, desde a escola, passando pela

faculdade, e até hoje, nas relações de trabalho. Ele

diz que ainda sofre discriminação, preconceito,

alguns duvidam da sua capacidade e isso muitas

vezes não lhe permite mostrar seu potencial. “Tenho

sempre que demonstrar que meu tempo é, sim,

diferenciado, mas que isso não me impede de

aprender”, afirma. Além disso, João Victor enfatiza

que chegou aonde está principalmente pelo

incentivo e força de vontade de seus pais, que

sempre investiram e acreditaram em uma educação

regular para ele. Continue lendo..

ghgj

MEC ESTABELECE CRITÉRIOS PARA FUNCIONAMENTO DE INSTITUIÇÕES QUE PRESTAM

ATENDIMENTO A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO

DESENVOLVIMENTO E ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu os critérios para o funcionamento, a avaliação e a supervisão

de instituições públicas e privadas que prestam atendimento educacional a alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. As informações estão na Portaria

243, de 15 de abril de 2016. O documento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 18 de abril e

já está disponível a todos.

A portaria estabelece as atividades que essas instituições podem desenvolver, como elas devem funcionar e

quais o são os critérios para avaliação e supervisão. Junto a essa Portaria a Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/ MEC) divulgou também a Nota Técnica nº 35/

2016 na qual recomenda a adoção imediata dos critérios para tais instituições.

Clique aqui para acessar a Portaria nº 243/ 2016, publicada no Diário Oficial da União.

Clique aqui e confira a Nota Técnica 35/ 2016.

ESCOLAS DO PAÍS TERÃO BASE CURRICULAR COMUM

Os currículos das escolas de todo o país estarão em breve alinhados, em 60% de seu conteúdo, a uma base

nacional comum, que indicará os objetivos de aprendizagem em cada área de conhecimento. Em junho, o

Ministério da Educação vai enviar ao Conselho Nacional de Educação a Base Nacional Comum Curricular

(BNCC), que está sendo elaborada para atender a Meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE, Lei

13.005/2014).

Essa meta do PNE é a de fomentar a qualidade da educação básica. A lei que instituiu o Plano Nacional de

Educação deu o prazo de dois anos para a criação da Base Nacional Comum, a fim de que todos os currículos

escolares do país, da educação infantil ao ensino médio, em escolas públicas e particulares, contenham os

objetivos de aprendizagem essenciais a serem alcançados pelos alunos ano a ano. De acordo com o PNE,

essa base deve ser elaborada mediante pactuação interfederativa, ou seja, envolvendo todos os estados, o

DF e os municípios.

Embora o prazo para a criação da Base Nacional Comum Curricular tenha sido estabelecido pelo plano, a

ideia de uma base comum para os currículos não é recente. A Constituição de 1988 prevê, no artigo 210, que

o ensino fundamental deverá ter fixados os conteúdos mínimos para assegurar a formação básica comum. Na

década de 1990, dois grandes marcos para atender o artigo constitucional foram a edição da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/1996) e a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN) em 1997. Leia mais...

ghgj

72% DOS MUNICÍPIOS AINDA NÃO ENVIARAM INFORMAÇÕES SOBRE INVESTIMENTOS EM

EDUCAÇÃO

A poucos dias do fim do prazo para enviar as informações sobre investimentos feitos em educação no

ano passado, 72% dos municípios brasileiros ainda não encaminharam seus dados ao Fundo Nacional

de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Gestores municipais de todo o Brasil têm até 30 de abril para

enviar suas informações pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).

Até 14h desta terça-feira, dia 26, apenas 27,65% dos municípioshaviam encaminhado os dados pelo Siope,

ou seja, somente 1.540 de um universo de 5.568 prefeituras. Quem não cumprir o prazo ou não conseguir

comprovar que investiu 25% do orçamento em educação fica inadimplente no Serviço Auxiliar de

Informações para Transferências Voluntárias (Cauc) do governo federal. Com isso, deixa de receber

recursos de transferências voluntárias da União e fica impossibilitado de firmar novos convênios com

órgãos federais.

“É essencial que a população possa acompanhar os investimentos que são feitos na educação por todos

os entes federativos. E o Siope serve exatamente a esse propósito, de dar transparência aos gastos

educacionais”, afirma o presidente do FNDE, Gastão Vieira.

Para enviar as informações, basta baixar a versão 2015 do Siope, disponível no portal eletrônico do FNDE,

preencher os dados e encaminhá-los pela internet. Assim como os municípios, os estados e o Distrito

Federal também precisam enviar suas informações pelo Siope, mas, neste caso, o prazo vai até 31 de

maio.

O Siope coleta, processa e divulga informações referentes aos orçamentos de educação da União, dos

estados, do DF e dos municípios, com o objetivo de dar transparência aos investimentos em educação.

Se o estado ou município não investir no mínimo 25% do seu orçamento em manutenção e

desenvolvimento do ensino, o FNDE envia, automaticamente, um comunicado aos tribunais de contas

estaduais e ao Ministério Público informando o não cumprimento da norma.

Fonte: FNDE

VOCÊ SABIA?

Você pode colaborar com a seção

“Sugestão de Leitura” deste informativo,

enviando artigos de sua autoria ou que

considere interessante, desde que seja

com temática na área de educação.

Envie sua sugestão para o email:

[email protected]

Ela pode estar na próxima edição!

ghgj

INFORMAÇÃO TÉCNICO-JURÍDICA Nº 01/2016

Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação

Ementa: Educação Especial (AEE, professor auxiliar, cuidador e profissional de apoio

escolar).

No intuito de auxiliar na atuação das Promotorias de Justiça com atribuição em Educação, o Centro

de Apoio Operacional de Implementação das Políticas Públicas de Educação, órgão auxiliar do

Ministério Público do Estado do Espírito Santo, expede a presente Informação Técnico-Jurídica,

sem caráter vinculativo, com fulcro art. 5º, incisos III e VIII, da Resolução nº 005/04 do Colégio de

Procuradores de Justiça.

CONSIDERAÇÕES

I - LEGISLAÇÃO FEDERAL

O artigo 208, I da Constituição Federal estabelece, de forma clara, que a Educação Básica é

obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua

oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria, sendo tratado este

direito como direito humano indisponível.

Com base no princípio da igualdade, assegurado também no art. 206, I do texto constitucional, o

ensino será ministrado em igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

Para os alunos com deficiência, no inciso III do art. 208, a nossa Lei Maior estabelece a garantia

para que o Estado conceda ‘atendimento educacional especializado’ às pessoas com deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino.

Na esteira dos ditames constitucionais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº

9.394/96, fixa em seu art. 58, §1º:

“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a

modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de

ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento

e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola

regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial”.

(grifo nosso)

ghgj

Em complemento, o legislador determina no artigo seguinte as ferramentas garantidoras do

atendimento dessa modalidade, conforme colacionado a seguir:

“Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização

específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido

para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e

aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os

superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular

capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida

em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem

capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os

órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade

superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares

disponíveis para o respectivo nível do ensino regular”. (grifos nossos)

Vê-se que a LDB prevê a existência de dois tipos de apoio no que diz respeito à educação especial,

no inciso III do artigo supracitado. O primeiro constitui-se de ‘professores com especialização

adequada para atendimento especializado’, ou seja, para o AEE que deve ocorrer no contraturno

escolar em salas de recursos multifuncionais ou em instituições especializadas conveniadas. O

segundo refere-se aos ‘professores do ensino regular capacitados para a integração desses

educandos nas classes comuns’. Trata-se, aqui, dos professores regentes ou de disciplinas

específicas, que devem receber formação para integrar os educandos com deficiência nas classes

comuns, utilizando-se dos recursos de acessibilidade, tecnologia assistiva, adequação de técnicas

educativas em sala de aula e outros, tudo de modo a permitir o desenvolvimento dos alunos.

Ainda no âmbito da legislação federal, vale destacar que o artigo 25 do Decreto nº 3.298/99, que

regulamentou a Lei nº 7.853/89, estabeleceu que “os serviços de educação especial serão

ofertados nas instituições de ensino público ou privado do sistema de educação geral, de forma

transitória ou permanente, mediante programas de apoio para o aluno que está integrado no

sistema regular de ensino (...)”.

ghgj

Nesse sentido, o Decreto nº 6.949/2009, que promulgou a Convenção sobre os Direitos da Pessoa

com Deficiência, garantiu no artigo 24 a inclusão de alunos com deficiência no sistema regular de

ensino. Por sua vez, o Decreto nº 7.611/2011 dispõe sobre o Atendimento Educacional

Especializado (AEE), o qual abarca o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e

pedagógicos organizados previstos para os alunos com deficiência, assim como para os alunos

com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação.

O atual Plano Nacional de Educação, Lei nº 13.005/2014, reforça as disposições legais

mencionadas e prevê, na Meta 4:

“Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de

sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,

escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”.

Na estratégia n. 4.13 da referida meta, há a seguinte especificação:

“4.13) apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender

à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional

especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e

intérpretes de Líbras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Líbras,

prioritariamente surdos, e professores bilíngues”. (grifos nossos)

Aqui o texto do plano nacional menciona, além dos professores do Atendimento Educacional

Especializado, ‘profissionais de apoio ou auxiliares’, sem definir do que se tratam esses apoios e

que tipo de profissionais são esses.

Resta claro, não obstante, que os sistemas de ensino público devem estar preparados para

receber, matricular e fornecer educação de qualidade para os alunos com deficiência, de modo

que o direito à educação esteja garantido efetivamente.

Contudo, algumas observações e esclarecimentos devem ser feitos para que se compreenda o

que abrange o atendimento aos alunos com deficiência. Inicialmente, cabe delinear, como já

ensaiado alhures, que o atendimento educacional especializado (AEE) é realizado,

prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de

ensino regular, no turno inverso ao da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns,

podendo ser efetivado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede

pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,

conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou

dos Municípios (como Apaes, por exemplo). Continue lendo...