avaliação de segurança radiológica de um centro de imagiologia margarida malta, lubélia machado...
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Avaliação de
Segurança Radiológica
de um Centro de Imagiologia
Margarida Malta, Lubélia Machado
IST – 19 Abril 2005
IntroduçãoIntrodução
Identificação de RiscosIdentificação de Riscos
Limites de DoseLimites de Dose
Meios de ProtecçãoMeios de Protecção
Objectivo:
Adquirir o licenciamento da instalação
Metodologia a seguir:
Identificar os riscos
Verificar as conformidades das condições do
equipamento
Calcular as barreiras de protecção radiológica
Avaliar a sinalização e o sistema de segurança da
instalação
Identificação do risco
Em condições normais de funcionamento do Centro de Imagiologia, o
risco que ocorre está associado à exposição a radiações ionizantes. A exposição dá-se através da emissão de fotões, provenientes da
ampola de raios X, que se propagam sob a forma de radiação primária,
difundida e de fuga. Pode ocorrer acidente no caso de haver uma exposição permanente
a radiações (fotões).
Limites de dose
0,4 mSv/Semana, para áreas ocupadas por trabalhadores expostos. 0,02 mSv/Semana, para áreas ocupadas por membros do público.
Artigo 36º do Decreto-lei nº. 180/2002
Meios de protecção
Tipo de pessoasTipo de pessoas Meios de protecçãoMeios de protecção
Trabalhadores Trabalhadores ExpostosExpostos
Barreiras de protecçãoBarreiras de protecção Sistemas de segurança e sinalizaçãoSistemas de segurança e sinalização TreinosTreinos Manuais de procedimentosManuais de procedimentos Manutenção de equipamentosManutenção de equipamentos
PacientesPacientes Sistemas de segurançaSistemas de segurança Especificações técnicas dos Especificações técnicas dos equipamentos e sua manutenção equipamentos e sua manutenção
PúblicoPúblico Barreiras de protecçãoBarreiras de protecção SinalizaçãoSinalização
Características do Características do EquipamentoEquipamento
Características do equipamento
Tomografia Tomografia Axial Axial
ComputorizadaComputorizada
Radiografia Radiografia convencionalconvencional
Ortopan-Ortopan-tomografiatomografia
Densitometria Densitometria ÓsseaÓssea
MarcaMarcaGeneral Electric General Electric
CompanyCompany Shimadzu Shimadzu Trophy Trophy
General General Electric Electric
Company Company
ModeloModeloB7950PAB7950PA UD150L-F/RIIUD150L-F/RII OrthoSlide OrthoSlide
1000 1000 Prodigy Ad. Prodigy Ad.
Spec SheetSpec Sheet Tensão (kV)Tensão (kV)
120120 150150 9090 7676
Intensidade Intensidade (mA)(mA) 160160 630630 1212 6060
Filtração Filtração total (mmAl)total (mmAl) 1,21,2 0,780,78 2,82,8 --------
Caracterização das Caracterização das InstalaçõesInstalações
Descrição da InstalaçãoDescrição da Instalação
Zonas de RiscoZonas de Risco
Descrição da Instalação
Zonas de RiscoZonas de Risco
Zonas
Vigiadas
Zonas
controladas
Pessoal ExpostoPessoal ExpostoClassificaçãoClassificação
DosimetriaDosimetria
Vigilância MédicaVigilância Médica
As instalações devem dispor do seguinte pessoal: Médico especialista em Imagiologia, que assume as funções de
director clínico e responsável Especialista em física médica Técnicos de diagnóstico, devidamente habilitado Pessoal de atendimento, secretariado e arquivoArtigo 19º e 20º do Decreto-lei n.º 180/2002
Nome Habilitações Funções Classificação
Nelson de Oliveira Médico radiologista Responsável Categoria B
José Miranda Técnico de raio X Operador Categoria A
Sofia Gonçalves Técnico de raio X Operador Categoria A
Joaquim Oliveira Técnico de raio X Operador Categoria A
Sandra Araújo 12º ano Administrativa Categoria B
Manuel Silva Físico Física médica Categoria B
ClassificaçãoClassificação
As As zonas controladaszonas controladas é obrigatória a é obrigatória a dosimetria individual e nas dosimetria individual e nas zonas vigiadaszonas vigiadas a utilização de monitores de radiação de a utilização de monitores de radiação de área.área.
A avaliação das doses individuais deverá A avaliação das doses individuais deverá ser feita sistematicamente para os ser feita sistematicamente para os trabalhadores expostos de categoria A.trabalhadores expostos de categoria A.
DosimetriaDosimetria
Artigo 16º do Decreto - regulamentar n.º 9/90
A vigilancia e controlo médicos no domínio A vigilancia e controlo médicos no domínio da protecção e segurança contra RI serão da protecção e segurança contra RI serão assegurados por médicos diplomados em assegurados por médicos diplomados em Medecina do Trabalho.Medecina do Trabalho.
Para trabalhadores de categoria A, os Para trabalhadores de categoria A, os médicos devem possuir formação médicos devem possuir formação especifica, reconhecida pela DG Cuidados especifica, reconhecida pela DG Cuidados de Saúde Primáriosde Saúde Primários
Vigilância MédicaVigilância Médica
Artigo 20º do Decreto - regulamentar n.º 9/90
Avaliação de Segurança Avaliação de Segurança RadiológicaRadiológica
Barreiras de ProtecçãoBarreiras de Protecção
Sistemas de ProtecçãoSistemas de Protecção
SinalizaçãoSinalização
Barreiras de Protecção Radiológica
Tipo de exame
Tensão e Intensidade de
corrente máxima(kVp) (mA)
Nº de exames/semana
Exposição por exame
mA.min
Carga semanal de
trabalho (mA.min/sem)
TAC120 160 25 280 7000
Raio X150 630 80 105 8400
Ortopanto-mografia
90 12 60 4,2 250
Densito-metria
76 60 50 30 1500
Condições máximas de operação
B
A
C
D
Barreiras de protecção para a sala do TACBarreiras de protecção para a sala do TAC
Parede
Classificação da
Área a proteger
Factor de
Ocupação(T) Dose
semanalmSv/sem
Espessura da
Barreira Existente
Espessura da
Barreira necessária
Reforço
A Área controlada 1/16 0,32 11,36 cm eq Betão
7,3 cm eq betão
Não é necessário
Vestiários Área vigiada 1/16 0,32 2 mm eq Chumbo
0,9 mm eq Chumbo
Não é necessário
B Área vigiada 1/16 0,32 11,36 cm eq Betão 8,34 eq betão Não é
Necessário
C Área vigiada 1/16 0,32 11,36 cm eq Betão 6,23 eq betão Não é
necessário
Porta C Área vigiada 1/16 0,32 2 mm eq Chumbo
0,9 mm eq Chumbo
Não é necessário
D Área controlada 1 0,40 11,36 cm eq Betão 6,19 eq betão Não é
necessário
Mesa de comando Área controlada 1 0,40 2 mm eq
Chumbo0,89 mm eq
ChumboNão é
necessário
Porta D Área controlada 1 0,40 2 mm eq Chumbo
0,89 mm eq Chumbo
Não é necessário
Tecto Área vigiada 1 0,02 20 cm betão 12,85 eq betão Não é necessário
Barreiras de protecção para a sala de Barreiras de protecção para a sala de Radiografia ConvencionalRadiografia Convencional
BC
DA
Parede
Classificação da
área a proteger
Factor de ocupação
(T)
Dose semanalmSv/sem
Espessura da
Barreira existente
Espessura da
Barreira necessária
Reforço
A Área controlada 1/16 0,32 11,36 cm eq Betão
11,22 cm eq Betão
Não é necessário
Porta B Área vigiada 1/16 0,32 2 mm eq Chumbo
2,60 mm eq Chumbo
0,6 mm eq Chumbo
B Área vigiada 1/16 0,32 11,36 cm eq Betão
25,88 cm eq Betão
14,52 cm eq betão
C Área vigiada 1/16 0,32 41,1 cm eq Betão 9,34 eq betão
Não é necessário
D Área controlada 1 0,40 11,36 cm eq Betão
7,90 cm eq Betão
Não é necessário
Mesa de comando Área controlada 1 0,40 2 mm eq
Chumbo0,8 mm eq
ChumboNão é
necessário
Porta D Área controlada 1 0,40 2 mm eq Chumbo
0,8 mm eq Chumbo
Não é necessário
Tecto Área vigiada 1 0,02 20 cm betão 15,73 cm betão
Não é necessário
Barreiras de protecção para a sala do Barreiras de protecção para a sala do OrtopantomografoOrtopantomografo
DB
CA
ParedeClassificação
da área a proteger
Factor de Ocupação (T)
Dose semanalmSv/sem
Espessura da
Barreira existente
Espessura da
Barreira Necessária
Reforço
A Área controlada 1/16 0,32 11,36 cm eq betão
6,93 cm eq betão
Não é necessário
Porta B Área controlada 1/16 0,32 2 mm eq chumbo
0,70 mm eq chumbo
Não é necessário
B Área controlada 1 0,40 11,36 cm eq betão
6,44 cm eq betão
Não é necessário
C Área vigiada 1/16 0,32 11,36 cm eq betão 5,45 eq betão
Não é necessário
D Área vigiada 1/16 0,32 41,1 cm eq betão
7,41 cm eq betão
Não é necessário
Tecto Área vigiada 1 0,02 20 cm betão 18,32 cm betão
Não é necessário
Sistemas de SegurançaSistemas de Segurança
No interior da sala do TAC deve existir um No interior da sala do TAC deve existir um sistema de interrupção de emissão de radiação sistema de interrupção de emissão de radiação no caso de funcionamento acidental com no caso de funcionamento acidental com permanência de pessoas para além do eventual permanência de pessoas para além do eventual paciente.paciente.
SinalizaçãoSinalização
ConclusõesConclusões
ConclusõesConclusões
Na generalidade verificou-se que as condições de segurança radiológica do Na generalidade verificou-se que as condições de segurança radiológica do Centro de Imagiologia são boas. Contudo, é necessário observar os Centro de Imagiologia são boas. Contudo, é necessário observar os seguintes aspectos:seguintes aspectos:
O requerente deve O requerente deve iniciar um processo de licenciamentoiniciar um processo de licenciamento idêntico ao da idêntico ao da entrada em funcionamento entrada em funcionamento sempre que haja alterações das instalaçõessempre que haja alterações das instalações ou ou dos equipamentos, ou qualquer outra alteração que afecte dos equipamentos, ou qualquer outra alteração que afecte substancialmente o projecto ou as condições de funcionamento inicialmente substancialmente o projecto ou as condições de funcionamento inicialmente declaradas, de acordo com o artigo 34º do Decreto-lei n.º 180/2002.declaradas, de acordo com o artigo 34º do Decreto-lei n.º 180/2002.
O requerente deve elaborar e submeter à apreciação da Direcção Geral O requerente deve elaborar e submeter à apreciação da Direcção Geral dos Cuidados de Saúde Primários o programa de dos Cuidados de Saúde Primários o programa de Protecção e Segurança Protecção e Segurança contra Radiações Ionizantescontra Radiações Ionizantes que será aplicado nas suas instalações, que será aplicado nas suas instalações, segundo o artigo 7º do Decreto regulamentar n.º 9/90.segundo o artigo 7º do Decreto regulamentar n.º 9/90.
ConclusõesConclusões
O titular deve submeter à Direcção Geral da Saúde O titular deve submeter à Direcção Geral da Saúde um plano de um plano de acçãoacção para fazer face a para fazer face a exposiçõesexposições causadas por acidentes ou causadas por acidentes ou devidas a situações de emergência e todas as situações de onde devidas a situações de emergência e todas as situações de onde resultem ou possam vir a resultar doses superiores aos limites resultem ou possam vir a resultar doses superiores aos limites estabelecidos de acordo com o artigo 25º do Decreto-lei n.º estabelecidos de acordo com o artigo 25º do Decreto-lei n.º 180/2002.180/2002.
A direcção clínica deve elaborar um A direcção clínica deve elaborar um manual de práticas da manual de práticas da instalaçãoinstalação de acordo com o artigo 26º do Decreto-lei n.º 180/2002. de acordo com o artigo 26º do Decreto-lei n.º 180/2002.
O requerente deve elaborar e submeter à aprovação um O requerente deve elaborar e submeter à aprovação um Plano Plano Emergência InternoEmergência Interno de modo a obter a autorização da prática de modo a obter a autorização da prática segundo o artigo 9º do Decreto-lei n.º 174/2000.segundo o artigo 9º do Decreto-lei n.º 174/2000.
ConclusõesConclusões
O titular da instalação deve ainda assegurar o estabelecimento de O titular da instalação deve ainda assegurar o estabelecimento de programas de garantia de qualidadeprogramas de garantia de qualidade para o padrão de para o padrão de
procedimento e execução, de acordo com o artigo 10º do Decreto-procedimento e execução, de acordo com o artigo 10º do Decreto-lei n.º 180/2002.lei n.º 180/2002.
Relativamente à barreira B da sala de radiografia, verificou-se ser Relativamente à barreira B da sala de radiografia, verificou-se ser necessário um necessário um reforçoreforço de 14,52 cm de betão (o que equivale a 1,5 de 14,52 cm de betão (o que equivale a 1,5
mm de chumbo) para a parede e de 0,6 mm de chumbo mm de chumbo) para a parede e de 0,6 mm de chumbo relativamente à porta.relativamente à porta.