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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE PELÍCULAS APLICADAS À SINALIZAÇÃO VIÁRIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MATHEUS RODRIGUES MARTINS Santa Maria, RS, Brasil 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE

PELÍCULAS APLICADAS À SINALIZAÇÃO VIÁRIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MATHEUS RODRIGUES MARTINS

Santa Maria, RS, Brasil

2016

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Matheus Rodrigues Martins

AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE PELÍCULAS APLICADAS À

SINALIZAÇÃO VIÁRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Engenharia

Civil da Universidade Federal de Santa Maria

(UFSM, RS), como requisito parcial para

obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Dr. Deividi da Silva Pereira

Santa Maria, RS, Brasil

2016

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Matheus Rodrigues Martins

AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE PELÍCULAS APLICADAS À

SINALIZAÇÃO VERTICAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Engenharia

Civil da Universidade Federal de Santa Maria

(UFSM, RS), como requisito parcial para

obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Aprovado em 12 de julho de 2016:

_____________________________________

Deividi da Silva Pereira, Dr. (UFSM)

(Presidente/Orientador)

_____________________________________

Fábio Pereira Rossato, Prof. (URI/Santo Ângelo)

_____________________________________

Luciano Pivoto Specht, Dr. (UFSM)

Santa Maria, RS

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai Jânio, minha mãe Miriam, meu irmão Thiago, minha irmã

Tatiana e minha namorada Luíza pelo apoio irrestrito durante o tempo em que este trabalho

foi realizado, assim como pela paciência e pelos conselhos dados. Nada disso poderia ser

possível sem vocês.

Aos meus colegas Guilherme Ceretta, Daniel Teixeira e Eduardo Renz pela ajuda na

coleta dos dados utilizados e pelas dicas na escrita deste trabalho, assim como pela amizade e

por tudo que pude aprender através do nosso convívio.

Ao professor Deividi pelo apoio, pela confiança e pela paciência demonstrada durante

a realização deste trabalho.

À Construtora Cotrel, pelo fornecimento dos materiais utilizados na pesquisa realizada

na câmara úmida.

À Concessionária Ecosul, pela disponibilidade dos dados da pesquisa semelhante à

que é assunto do decorrer deste trabalho.

À todos que, de alguma forma, tiveram um papel fundamental para que este trabalho

fosse realizado.

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RESUMO

AVALIAÇÃO DA RETRORREFLETIVIDADE DE PELÍCULAS APLICADAS À

SINALIZAÇÃO VIÁRIA

AUTOR: Matheus Rodrigues Martins

ORIENTADOR: Prof. Dr. Deividi da Silva Pereira

A sinalização rodoviária apresenta uma grande importância na garantia de segurança

de motoristas e usuários de rodovias, já que é no período noturno, onde a sinalização se

mostra mais necessária, que ocorre a maior parte dos acidentes com fatalidade. O que confere

à sinalização a capacidade de refletir a luz dos faróis do veículo de volta ao motorista é a

retrorrefletividade, a capacidade que um material tem de refletir a luz emitida por uma fonte

de volta para a fonte emissora. Essa capacidade é conferida à sinalização principalmente

através de películas retrorrefletivas aplicadas sobre as placas. O foco deste trabalho é a

avaliação da perda do valor de retrorrefletividade de películas aplicadas em placas em trecho

experimental relacionando essa perda com o tráfego que passa por esse trecho e com o

volume de chuva precipitado, além da influência da manutenção destas placas durante o

tempo de pesquisa. Também foram utilizadas películas aplicadas em placas posicionadas em

ambiente controlado de umidade para relacionar a influência da umidade e da manutenção das

placas na variação do valor de retrorrefletividade, e os valores foram comparados aos valores

mínimos previstos na norma brasileira. Na primeira parte da pesquisa, as placas com

manutenção apresentaram desempenho até 24% melhor nos valores de retrorrefletividade

monitorados periodicamente, além de um aumento de até 35,4% nos valores de

retrorrefletividade medidos 24 horas após o fim da chuva em relação aos valores medidos

antes da chuva. Na segunda parte da pesquisa, as placas expostas ao ambiente da câmara

úmida que não sofreram manutenção apresentam uma grande queda em seus valores de

retrorrefletividade, causada principalmente por fatores externos compartilhados na câmara

úmida.

Palavras-chave: sinalização vertical, películas, retrorrefletividade, segurança viária

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Comparação entre fatalidades ocorridas em acidentes noturnos e diurnos ............. 23

Figura 2 - Exemplo de sinalização horizontal .......................................................................... 25

Figura 3 - Exemplo de sinalização semafórica ......................................................................... 26

Figura 4 - Exemplo de dispositivos auxiliares ......................................................................... 26

Figura 5 - Exemplo de sinalização de regulamentação ............................................................ 27

Figura 6 - Exemplo de sinalização de advertência ................................................................... 31

Figura 7 - Exemplo de sinalização de indicação ...................................................................... 34

Figura 8 - Exemplo de sinalização de serviços auxiliares ........................................................ 35

Figura 9 - Exemplo de sinalização de educação ....................................................................... 36

Figura 10 - Exemplo de sinalização turística............................................................................ 37

Figura 11 - Vista em planta da inclinação da sinalização em relação a via ............................. 38

Figura 12 - Vista lateral da inclinação da sinalização em relação a via ................................... 39

Figura 13 - Posição da sinalização vertical em relação à via ................................................... 39

Figura 14 - Exemplo de suporte para sinalização vertical de regulamentação ......................... 40

Figura 15 - Exemplo de suporte para sinalização vertical de indicação ................................... 40

Figura 16 - Exemplo de chapa de aço utilizada em sinalização ............................................... 41

Figura 17 - Exemplo de rolo de película retrorrefletiva ........................................................... 41

Figura 18 - Diferença entre: a) Reflexão, b) Difusão, c) Retrorreflexão.................................. 42

Figura 19 - Material retrorrefletor refletindo parte da luz de volta ao emissor ........................ 43

Figura 20 - a) Ângulo de entrada β, b) Ângulo de observação α ............................................. 43

Figura 21 - Posicionamento das placas ao longo da BR-392 ................................................... 56

Figura 22 - Localização da Avenida Roraima .......................................................................... 57

Figura 23 - Vista do trecho experimental ................................................................................. 58

Figura 24 - Posicionamento do trecho experimental como visto da Guarita de Segurança ..... 58

Figura 25 - Posicionamento do trecho em relação à Guarita de Segurança ............................. 59

Figura 26 - Retrorrefletômetro utilizado na pesquisa ............................................................... 61

Figura 27 - Sensores na entrada da UFSM ............................................................................... 62

Figura 28 - Sensores localizados na saída da UFSM ............................................................... 62

Figura 29 - Definição do período e da organização dos dados ................................................. 63

Figura 30 - Retirada dos dados do programa ............................................................................ 64

Figura 31 - Aba Estações Convencionais no site do INMET ................................................... 65

Figura 32 - Acesso dos dados da Estação Convencional de Santa Maria ................................ 66

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Figura 33 - Exemplo de período de tempo ............................................................................... 66

Figura 34 - Exemplo de chuva acumulada no período procurado ........................................... 67

Figura 35 - Vista frontal de um suporte ................................................................................... 70

Figura 36 - Vista lateral do suporte .......................................................................................... 71

Figura 37 - Placas posicionadas na câmara úmida ................................................................... 71

Figura 38 - Placas posicionadas na câmara úmida ................................................................... 72

Figura 39 - Gráficos demonstrando a influência do tráfego na variação da retrorrefletividade

de placas com película das cores: a)vermelha, b)amarela, c)verde e d) branca ....................... 77

Figura 40 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo I sem

manutenção .............................................................................................................................. 82

Figura 41 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo I com

manutenção .............................................................................................................................. 82

Figura 42 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo III sem

manutenção .............................................................................................................................. 83

Figura 43 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo III com

manutenção .............................................................................................................................. 83

Figura 44 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo X sem

manutenção .............................................................................................................................. 84

Figura 45 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo X com

manutenção .............................................................................................................................. 84

Figura 46 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo I sem

manutenção .............................................................................................................................. 86

Figura 47 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo I com

manutenção .............................................................................................................................. 86

Figura 48 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo III sem

manutenção .............................................................................................................................. 87

Figura 49 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo III com

manutenção .............................................................................................................................. 87

Figura 50 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo X sem

manutenção .............................................................................................................................. 88

Figura 51 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo X com

manutenção .............................................................................................................................. 88

Figura 52 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo I sem

manutenção .............................................................................................................................. 90

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Figura 53 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo I com

manutenção ............................................................................................................................... 90

Figura 54 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo III sem

manutenção ............................................................................................................................... 91

Figura 55 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo III com

manutenção ............................................................................................................................... 91

Figura 56 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo X sem

manutenção ............................................................................................................................... 92

Figura 57 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo X com

manutenção ............................................................................................................................... 92

Figura 58 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo I sem

manutenção ............................................................................................................................... 94

Figura 59 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo I com

manutenção ............................................................................................................................... 94

Figura 60 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo III sem

manutenção ............................................................................................................................... 95

Figura 61 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo III com

manutenção ............................................................................................................................... 95

Figura 62 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo X sem

manutenção ............................................................................................................................... 96

Figura 63 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo X com

manutenção ............................................................................................................................... 96

Figura 64 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo I em comparação com o

mínimo de norma ...................................................................................................................... 99

Figura 65 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo I em comparação com o mínimo

de norma ................................................................................................................................. 100

Figura 66 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo I em comparação com o

mínimo de norma .................................................................................................................... 100

Figura 67 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo I em comparação com o

mínimo de norma .................................................................................................................... 101

Figura 68 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo I em comparação com o

mínimo de norma .................................................................................................................... 101

Figura 69 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo III em comparação com o

mínimo de norma .................................................................................................................... 103

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Figura 70 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo III em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 103

Figura 71 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo III em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 104

Figura 72 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo III em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 104

Figura 73 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo III em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 105

Figura 74 - Leituras nas placas com película da cor marrom tipo III em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 105

Figura 75 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo X em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 108

Figura 76 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo X em comparação com o mínimo

de norma ................................................................................................................................. 108

Figura 77 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo X em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 109

Figura 78 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo X em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 109

Figura 79 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo X em comparação com o

mínimo de norma ................................................................................................................... 110

Figura 80 - Leituras nas placas com película da cor marrom tipo X ..................................... 110

Figura 81 - Leituras nas placas com película da cor laranja fluorescente tipo X em

comparação com o mínimo de norma .................................................................................... 111

Figura 82 - Leituras nas placas com película da cor amarela fluorescente tipo X em

comparação com o mínimo de norma .................................................................................... 111

Figura 83 - Leituras nas placas com película da cor verde fluorescente tipo X em comparação

com o mínimo de norma ........................................................................................................ 112

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dimensões mínimas de sinais circulares ................................................................. 29

Tabela 2 - Dimensões recomendadas para sinais circulares ..................................................... 29

Tabela 3 - Dimensões mínimas de sinais octogonais R-1 ........................................................ 29

Tabela 4 - Dimensões recomendadas para sinais octogonais R-1 ............................................ 29

Tabela 5 - Dimensões mínimas de sinais triangulares R-2 ....................................................... 30

Tabela 6 - Dimensões recomendadas para sinais triangulares R-2 .......................................... 30

Tabela 7 - Especificações de informações complementares para sinalização vertical de

regulamentação ......................................................................................................................... 30

Tabela 8 - Dimensões mínimas de sinais de advertência quadrados ........................................ 32

Tabela 9 - Dimensões mínimas de sinais de advertência retangulares ..................................... 33

Tabela 10 - Dimensões mínimas de sinais de advertência em formato de Cruz de Santo André

.................................................................................................................................................. 33

Tabela 11 - Especificações de cor para sinalização especial de advertência ............................ 33

Tabela 12 - Especificações de cor para informações complementares de advertência ............ 34

Tabela 13 - Requisitos mínimos de película retrorrefletiva do tipo I ....................................... 44

Tabela 14 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo II .................................... 45

Tabela 15 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo III ................................... 45

Tabela 16 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IV .................................. 46

Tabela 17 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo V .................................... 46

Tabela 18 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VI .................................. 47

Tabela 19 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VIII ................................ 47

Tabela 20 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IX .................................. 48

Tabela 21 - Requisitos mínimos de luminância........................................................................ 49

Tabela 22 - Requisitos mínimos da película retrorrefletivas do tipo I ..................................... 50

Tabela 23 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo II .................................... 50

Tabela 24 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo III ................................... 50

Tabela 25 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VI .................................. 51

Tabela 26 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VII ................................. 51

Tabela 27 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VIII ................................ 52

Tabela 28 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IX .................................. 52

Tabela 29 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo X .................................... 52

Tabela 30 - Requisitos mínimos de luminância........................................................................ 53

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Tabela 31 - Requisitos mínimos de durabilidade ..................................................................... 53

Tabela 32 - Cor, tipo e manutenção de películas das placas no trecho experimental .............. 60

Tabela 33 – Cor, tipo e manutenção de películas das placas na câmara úmida ....................... 69

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características da sinalização de regulamentação .................................................. 28

Quadro 2 - Sinais R-1 e R-2 ..................................................................................................... 28

Quadro 3 - Características da sinalização de advertência......................................................... 31

Quadro 4 - Especificações de formas específicas da sinalização de advertência ..................... 32

Quadro 5 - Características da sinalização de indicação de regiões de interesse de tráfego ..... 35

Quadro 6 - Características da sinalização de serviços auxiliares para condutores ................... 36

Quadro 7 - Características da sinalização de serviços auxiliares para pedestres...................... 36

Quadro 8 - Características das placas educativas ..................................................................... 37

Quadro 9 - Características da sinalização turística ................................................................... 38

Quadro 10 - Acúmulo mensal de tráfego e precipitação .......................................................... 74

Quadro 11 - Valores de retrorrefletividade de placas em função do tráfego acumulado ......... 76

Quadro 12 - Variação no valor de retrorrefletividade desde o início da pesquisa.................... 79

Quadro 13 - Precipitação acumulada nos três dias anteriores às leituras ................................. 80

Quadro 14 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película vermelha em

função da precipitação .............................................................................................................. 81

Quadro 15 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película amarela em

função da precipitação .............................................................................................................. 85

Quadro 16 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película verde em função

da precipitação .......................................................................................................................... 89

Quadro 17 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película branca em

função da precipitação .............................................................................................................. 93

Quadro 18 - Valores máximos e mínimos de variação de retrorrefletividade de acordo com a

precipitação ............................................................................................................................... 97

Quadro 19 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo I em função de dias expostas à

câmara úmida ............................................................................................................................ 99

Quadro 20 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo III em função de dias expostas

à câmara úmida ....................................................................................................................... 102

Quadro 21 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo X em função de dias expostas

à câmara úmida ....................................................................................................................... 107

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LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS

α: Ângulo de observação

ASTM: American Society for Testing and Materials

β: Ângulo de entrada

CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito

cm: Centímetro

cd: Candelas

DAER: Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem

DER-AL: Departamento de Estradas e Rodagem de Alagoas

DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito

DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito

ESRMF: Experimental Sign Retroreflectivity Measurement Facility

Ecosul: Empresa Concessionária de Rodovias do Sul

FHWA: Federal Highway Administration

INCT: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia

INMET: Instituto Nacional de Meteorologia

lx: Lux

m: Metro

m²: Metro quadrado

NHTSA: National Highway Traffic Safety Administration

RA: Coeficiente de Retrorrefletividade

UFSM: Universidade Federal de Santa Maria

UTC: Universal Time Coordinated

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 23

1.1. Justificativa ................................................................................................................ 24

1.2. Objetivos .................................................................................................................... 24

1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 24

1.2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................... 24

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 25

2.1. Sinalização Viária ...................................................................................................... 25

2.1.1. Sinalização Horizontal .................................................................................................. 25

2.1.2. Semafórica e Dispositivos Auxiliares ........................................................................... 26

2.1.3. Sinalização Vertical ....................................................................................................... 27

2.1.3.1. Sinalização de Regulamentação ............................................................................ 27

2.1.3.2. Sinalização de Advertência ................................................................................... 31

2.1.3.3. Sinalização de Indicação ....................................................................................... 34

2.1.3.4. Sinalização de Serviços Auxiliares ....................................................................... 35

2.1.3.5. Sinalização de Educação ....................................................................................... 36

2.1.3.6. Sinalização Turística ............................................................................................. 37

2.1.4. Projeto: Aspectos Importantes....................................................................................... 38

2.1.4.1. Materiais empregados............................................................................................ 39

2.1.4.1.1. Suporte ............................................................................................................... 39

2.1.4.1.2. Anteparo ............................................................................................................. 40

2.1.4.1.3. Películas retrorrefletivas ..................................................................................... 41

2.2. Retrorrefletividade ..................................................................................................... 42

2.2.1. Métodos de Avaliação ................................................................................................... 43

2.2.2. Normas .......................................................................................................................... 44

2.2.2.1. Normas Internacionais ........................................................................................... 44

2.2.2.2. Normas Brasileiras ................................................................................................ 49

2.3. Estudos de Desempenho de Sinalização .................................................................... 54

2.3.1. Internacionais ................................................................................................................ 54

2.3.2. Nacionais ....................................................................................................................... 55

3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 57

3.1. Planejamento da pesquisa .......................................................................................... 57

3.2. Trecho Experimental .................................................................................................. 57

3.3. Equipamento .............................................................................................................. 60

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3.4. Tráfego ...................................................................................................................... 61

3.4.1. Programa Ponfac OCR .................................................................................................. 61

3.4.2. Procedimento de avaliação da retrorrefletividade das placas ........................................ 64

3.5. Precipitação Pluviométrica ........................................................................................ 65

3.5.1. Medições antes e depois da chuva ................................................................................. 65

3.5.2. Dados de Precipitação Pluviométrica ............................................................................ 65

3.6. Umidade .................................................................................................................... 67

3.6.1. Placas ............................................................................................................................. 67

3.6.2. Suportes ......................................................................................................................... 70

3.6.3. Câmara úmida ................................................................................................................ 71

4. RESULTADOS E ANÁLISES....................................................................................... 73

4.1. Resultados da influência do tráfego na variação da retrorrefletividade .................... 75

4.2. Resultados da influência do volume de precipitação na variação da

retrorrefletividade ..................................................................................................................... 80

4.3. Resultados do Estudo na Câmara Úmida .................................................................. 98

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 113

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 114

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1. INTRODUÇÃO

A sinalização viária é extremamente importante para guiar os usuários durante o dia,

mas sua mais expressa contribuição ocorre durante o período da noite. Segundo a National

Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), entre 2007 e 2009 nos Estados Unidos,

houveram 2,5 vítimas fatais de acidentes por milhões de milhas viajadas durante o período

noturno, enquanto durante o mesmo período houve apenas 0,8 vítimas fatais por milhões de

milhas viajadas durante o período diurno, como mostra a Figura 1.

Figura 1 - Comparação entre fatalidades ocorridas em acidentes noturnos e diurnos

Fonte: FHWA, 2012

Segundo a Federal Highway Administration (FHWA, 2012) apenas 25% das viagens

realizadas em rodovias ocorrem durante o período noturno. No entanto, 50% dos acidentes

ocorrem nesse mesmo período.

Dentre os fatores que levam a esse número alarmante estão o alcoolismo, o sono

causado pelo período da viagem e, além disso, uma sinalização viária deficiente. Mesmo

quando presente, essa sinalização pode estar vandalizada ou não atendendo aos requisitos

mínimos necessários para garantir a segurança do usuário da via.

A perda dessa qualidade inicial da sinalização pode ser decorrente de diversos fatores,

como a fuligem gerada pelo motor dos veículos ou as partículas suspensas na atmosfera que

são precipitadas durante uma chuva.

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De acordo com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT, 2013), a frota de

veículos aumentou 104,5% entre os anos 2001 e 2012, passando de 24,5 milhões para 50,2

milhões de veículos em circulação no país. Esse aumento no volume de veículos é traduzido

em uma maior poluição gerada pelos motores, o que pode levar a uma menor vida útil da

sinalização.

Também pode influenciar nessa vida útil o volume precipitado que incide sobre a

sinalização. A região Sul tem sido atingida fortemente por chuvas em grande volume nos

últimos anos, levando a maiores influências sobre a sinalização.

Dessa forma, foi proposto este trabalho para analisar as influências que os fatores

externos como o volume de tráfego de carros e a chuva causam na qualidade da sinalização

viária ao longo do tempo de utilização da mesma.

1.1. Justificativa

A sinalização tem uma grande influência sobre a garantia de segurança de motoristas e

todos os usuários de uma via. Portanto, para que se possa garantir sua utilização sob as

melhores condições deve-se possuir um melhor entendimento de quais fatores influenciam a

queda desse valor de retrorrefletividade.

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

Realizar uma avaliação do comportamento de diferentes películas retrorrefletivas com

relação a diversos fatores externos e comparar esses resultados aos valores mínimos de

norma.

1.2.2. Objetivos Específicos

-Revisar conceitos sobre sinalização viária enfatizando a relevância das películas

-Caracterizar a perda de retrorrefletividade das películas considerando agentes

externos, como a umidade, o tráfego e a precipitação

-Verificar o cumprimento das exigências mínimas legais vigentes por parte das

películas

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Sinalização Viária

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT, 2010)

em seu Manual de Sinalização Viária, a sinalização viária é um sistema de dispositivos de

controle de tráfego que, quando implantados, ordenam, advertem e orientam os usuários de

uma rodovia.

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN, 2004) define que a sinalização viária

no Brasil divide-se em sinalização horizontal, dispositivos auxiliares, sinalização semafórica e

sinalização vertical.

2.1.1. Sinalização Horizontal

O Manual de Sinalização Rodoviária (DNIT, 2010) define a sinalização horizontal

como o conjunto de marcas, símbolos e legendas que são aplicados sobre a o pavimento. Esse

modelo de sinalização serve para ordenar e canalizar o sentido do fluxo de veículos, orientar o

fluxo de pedestres, orientar os possíveis deslocamentos de veículos em função das condições

da via, como geometria, topografia e obstáculos e complementar a sinalização vertical. A

vantagem desse modelo de sinalização é o fato de que o motorista não necessita desviar sua

atenção para fora da rodovia, como demonstra a Figura 2.

Figura 2 - Exemplo de sinalização horizontal

Fonte DAER, 2016

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2.1.2. Semafórica e Dispositivos Auxiliares

A sinalização semafórica é aquela que contribui para a fluidez do trânsito, ordenando

os motoristas e garantindo de forma organizada sua entrada no fluxo do tráfego. Segundo a

resolução 483/2014 do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a função da

sinalização semafórica é informar aos usuários quem possui o direito de passagem em pontos

de disputa do espaço viário. Pode ser dividida em sinalização semafórica de regulamentação e

de advertência. Seu padrão de cores é exemplificado na Figura 3.

Figura 3 - Exemplo de sinalização semafórica

Fonte: DENATRAN, 2007

Já os dispositivos auxiliares são, de acordo com a Resolução 160 do CONTRAN

(2004), os elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela ou nos obstáculos próximos

que contribuam para tornar a operação da via mais segura. Eles ajudam a facilitar a percepção

da sinalização e a conformidade da via, forçando o usuário a seguir a sinalização e reduzir a

velocidade diante de pontos difíceis da via. A Figura 4 apresenta um exemplo de dispositivo

auxiliar.

Figura 4 - Exemplo de dispositivos auxiliares

Fonte: DNIT, 2014

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2.1.3. Sinalização Vertical

O Manual de Sinalização Rodoviária (DNIT, 2010) define a sinalização vertical como

a sinalização estabelecida através de placas e painéis situados na posição vertical. O objetivo

desse modelo de sinalização é regulamentar o uso da via, advertir para situações

potencialmente perigosas e fornecer indicações e informações para o usuário.

Para que a sinalização vertical possua uma boa efetividade, ela deve estar bem

posicionada no campo visual do usuário da via, exibir mensagens claras de maneira simples e

fáceis de ler e apresentar uma padronização para garantir a compreensão de qualquer pessoa

em qualquer lugar (DNIT, 2010).

De acordo com a resolução 160 do CONTRAN (2004), a sinalização vertical pode ser

classificada em sinais de regulamentação, de advertência, de indicação, de serviços auxiliares,

de educação e turísticos.

2.1.3.1. Sinalização de Regulamentação

A sinalização de regulamentação informa aos usuários condições e proibições, com

mensagens imperativas e cuja desobediência constitui infração. A sinalização de

regulamentação representa a instrução para o local onde está posicionada ou deste local em

diante. Essa sinalização também pode ser complementada pela sinalização horizontal, quando

necessário (CONTRAN, 2007). A Figura 5 apresenta exemplos de placas de regulamentação.

Figura 5 - Exemplo de sinalização de regulamentação

Fonte: DENATRAN, 2007

A sinalização de regulamentação deve obedecer a uma padronização de forma a

possuir uma constância e tornar o sinal reconhecível pelo usuário. O Quadro 1 demonstra

como deve ser esse tipo de sinalização quanto a sua forma e cor.

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Quadro 1 - Características da sinalização de regulamentação

Forma Cor

Fundo Branca

Símbolo Preta

Tarja Vermelha

Orla Vermelha

Obrigação/Restrição Proibição Letras Preta

Fonte: CONTRAN 160

A resolução 160 do CONTRAN (2004) estabelece que os únicos sinais que podem

possuir forma diferente do padrão sejam os sinais R-1: Parada Obrigatória e R-2: Dê a

Preferência, como demonstrados no Quadro 2.

Quadro 2 - Sinais R-1 e R-2

Sinal Cor

Forma Código

R-1

Fundo Vermelha

Orla interna Branca

Orla externa Vermelha

Letras Branca

R-2

Fundo Branca

Orla Vermelha

Fonte: CONTRAN 160

As dimensões mínimas e as dimensões recomendadas para sinais de regulamentação

circulares estão demonstradas nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. Para os sinais octagonais R-

1 nas Tabelas 3 e 4, respectivamente. E para os sinais triangulares R-2 nas Tabelas 5 e 6,

respectivamente.

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Tabela 1 - Dimensões mínimas de sinais circulares

Via Diâmetro mínimo (m) Tarja mínima (m) Orla mínima (m)

Urbana 0,40 0,040 0,040

Rural (estrada) 0,50 0,050 0,050

Rural (rodovia) 0,75 0,075 0,075

Áreas protegidas por

legislação especial* 0,30 0,030 0,030

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural

Fonte: CONTRAN 160

Tabela 2 - Dimensões recomendadas para sinais circulares

Via Diâmetro (m) Tarja (m) Orla (m)

Urbana (de trânsito

rápido) 0,75 0,075 0,075

Urbana (demais vias) 0,50 0,050 0,050

Rural (estrada) 0,75 0,075 0,075

Rural (rodovia) 1,00 0,100 0,100

Fonte: CONTRAN 160

Tabela 3 - Dimensões mínimas de sinais octogonais R-1

Via Diâmetro mínimo (m) Tarja mínima (m) Orla mínima (m)

Urbana 0,25 0,020 0,010

Rural (estrada) 0,35 0,028 0,014

Rural (rodovia) 0,4 0,032 0,016

Áreas protegidas por

legislação especial* 0,18 0,015 0,008

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural

Fonte: CONTRAN 160

Tabela 4 - Dimensões recomendadas para sinais octogonais R-1

Via Diâmetro (m) Tarja (m) Orla (m)

Urbana 0,35 0,028 0,014

Rural (estrada) 0,35 0,028 0,014

Rural (rodovia) 0,50 0,040 0,020

Fonte: CONTRAN 160

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Tabela 5 - Dimensões mínimas de sinais triangulares R-2

Via Lado mínimo (m) Orla mínima (m)

Urbana 0,75 0,10

Rural (estrada) 0,75 0,10

Rural (rodovia) 0,90 0,15

Áreas protegidas por

legislação especial* 0,40 0,06

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural

Fonte: CONTRAN 160

Tabela 6 - Dimensões recomendadas para sinais triangulares R-2

Via Diâmetro (m) Orla (m)

Urbana 0,90 0,15

Rural (estrada) 0,90 0,15

Rural (rodovia) 1,00 0,20

Fonte: CONTRAN 160

Segundo o CONTRAN (2004), caso seja necessária alguma informação

complementar, esta deve seguir as especificações conforme a Tabela 7.

Tabela 7 - Especificações de informações complementares para sinalização vertical de regulamentação

Cor

Fundo Branca

Orla interna (opcional) Vermelha

Orla externa Branca

Tarja Vermelha

Legenda Preta

Fonte: CONTRAN 160

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2.1.3.2. Sinalização de Advertência

A sinalização de advertência adverte o usuário para condições que possam ser

perigosas para o mesmo em um determinado trecho da rodovia. A sinalização geralmente

indica uma situação que representa uma diminuição da velocidade e um aumento da atenção

do usuário (CONTRAN, 2007). A Figura 6 demonstra exemplos de sinalização de

advertência.

Figura 6 - Exemplo de sinalização de advertência

Fonte: DENATRAN, 2007

A sinalização de advertência adverte o usuário para condições que possam ser

perigosas para o mesmo em um determinado trecho da rodovia. No Quadro 3 estão

demonstradas a forma e a cor que esse tipo de sinalização deve atender.

Quadro 3 - Características da sinalização de advertência

Forma Cor

Fundo Amarela

Símbolo Preta

Orla interna Preta

Orla externa Amarela

Legenda Preta

Fonte: CONTRAN 160

Essas características não são respeitadas em alguns casos específicos. Quanto à cor,

nos sinais A-24 – Obras (fundo e orla externa na cor laranja) e A-14 – Semáforo à Frente

(figura nas cores verde, amarela, vermelha e preta) e em todas as sinalizações utilizadas em

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obras, que possuirão cor laranja. Quanto à forma, nos sinais A-26 (a e b) e A-41,

demonstrados no Quadro 4.

Quadro 4 - Especificações de formas específicas da sinalização de advertência

Sinal Cor

Forma Código

A-26a Fundo Amarela

Orla interna Preta

A-26b Orla externa Amarela

Seta Preta

A-41

Fundo Amarela

Orla interna Preta

Orla externa Amarela Fonte: CONTRAN 160

A sinalização de advertência, assim como a de regulamentação, possui definições de

dimensão mínimas. As dimensões mínimas das formas quadradas, retangulares e de cruz de

Santo André estão demonstradas nas Tabelas 8, 9 e 10, respectivamente.

Tabela 8 - Dimensões mínimas de sinais de advertência quadrados

Via Diâmetro mínimo (m) Tarja mínima (m) Orla mínima (m)

Urbana 0,45 0,010 0,020

Rural (estrada) 0,50 0,010 0,020

Rural (rodovia) 0,60 0,010 0,020

Áreas protegidas por

legislação especial* 0,30 0,006 0,012

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural

Obs.: Nos casos de placas de advertência desenhadas numa placa adicional , o lado mínimo

pode ser de 0,300 m.

Fonte: CONTRAN 160

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Tabela 9 - Dimensões mínimas de sinais de advertência retangulares

Via Lado maior mínimo

(m)

Lado menor mínimo

(m)

Orla externa mínima

(m)

Orla interna mínima

(m)

Urbana 0,50 0,25 0,010 0,020

Rural (estrada) 0,80 0,40 0,010 0,020

Rural (rodovia) 1,00 0,50 0,010 0,020

Áreas protegidas por

legislação especial* 0,40 0,20 0,006 0,012

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural

Fonte: CONTRAN 160

Tabela 10 - Dimensões mínimas de sinais de advertência em formato de Cruz de Santo André

Parâmetro Variação

Relação entre dimensões de

largura e comprimento dos braços de 1:6 a 1:10

Ângulos menores formados entre

os dois braços entre 45° e 55°

Fonte: CONTRAN 160

Em caso de necessidade de adicionar alguma sinalização especial, as instruções de cor

devem ser apresentadas conforme a Tabela 11.

Tabela 11 - Especificações de cor para sinalização especial de advertência

Cor

Fundo Amarela

Símbolo Preta

Orla interna Preta

Orla externa Amarela

Legenda Preta

Tarja Preta

Fonte: CONTRAN 160

Para informações complementares, as especificações ocorrem de acordo com a Tabela

12.

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Tabela 12 - Especificações de cor para informações complementares de advertência

Cor

Fundo Amarela

Orla interna Preta

Orla externa Amarela

Legenda Preta

Tarja Preta

Fonte: CONTRAN 160

2.1.3.3. Sinalização de Indicação

A sinalização de indicação orienta os condutores sobre pontos de seu interesse da via,

como distâncias até determinados destinos, percursos e serviços auxiliares. Os detalhes de

projeto dependem de qual será o âmbito da utilização da sinalização: placas de identificação

(rodovias e estradas, municípios, regiões de interesse de tráfego, pontes e viadutos,

quilométricas, limites geográficos e pedágio), placas de orientação de destino (indicativas de

sentido, de distância e diagramadas) (CONTRAN, 2004). A Figura 7 exemplifica este tipo de

sinalização.

Figura 7 - Exemplo de sinalização de indicação

Fonte: DENATRAN, 2007

O Quadro 5 apresenta as características desse tipo de sinalização de indicação de

regiões de interesse de tráfego.

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Quadro 5 - Características da sinalização de indicação de regiões de interesse de tráfego

Forma Cor

Fundo Azul

Orla interna Branca

Retangular Orla externa Azul

Tarja Branca

Legendas Branca

Fonte: CONTRAN 160

2.1.3.4. Sinalização de Serviços Auxiliares

A sinalização de serviços auxiliares apresenta aos condutores da via onde estes podem

utilizar os serviços indicados. É possível a utilização de uma placa com vários serviços, caso

haja mais de um serviço sendo oferecido no mesmo local. A Figura 8 apresenta um exemplo

de sinalização de serviços auxiliares.

Figura 8 - Exemplo de sinalização de serviços auxiliares

Fonte: Clube DETRAN, 2016

A sinalização de serviços auxiliares pode apresentar informações importantes para

condutores de veículos e também para pedestres. Os Quadros 6 e 7 apresentam as

características de sinalização para condutores e para pedestres, respectivamente.

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Quadro 6 - Características da sinalização de serviços auxiliares para condutores

Forma Cor

Placa: retangular

Fundo Azul

Quadro interno Branca

Seta Branca

Quadro interno: quadrada

Legenda Branca

Pictograma Fundo Branca

Figura Preta

Fonte: CONTRAN 160

Quadro 7 - Características da sinalização de serviços auxiliares para pedestres

Forma Cor

Retangular, maior lado na

horizontal

Fundo Azul

Orla interna Branca

Orla externa Azul

Tarja Branca

Legendas Branca

Seta Branca

Pictograma Fundo Branca

Figura Preta

Fonte: CONTRAN 160

2.1.3.5. Sinalização de Educação

A sinalização educativa mantém o usuário informado quanto ao comportamento que

deve ser tomado durante a utilização da via, reforçando mensagens de conduta e

comportamento na estrada. A Figura 9 apresenta um exemplo de sinalização de educação.

Figura 9 - Exemplo de sinalização de educação

Fonte: DER-AL, 2016

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Esse tipo de sinalização também necessita de padrões para que seja reconhecível por

usuários que utilizarão a via. O Quadro 8 apresenta quais as características desse modelo de

sinalização.

Quadro 8 - Características das placas educativas

Forma Cor

Retangular

Fundo Branca

Orla interna Preta

Orla externa Branca

Tarja Preta

Legendas Preta

Pictograma Preta

Fonte: CONTRAN 160

2.1.3.6. Sinalização Turística

A sinalização turística informa ao usuário onde se encontram, qual a distância e até

uma identificação mais precisa dos pontos turísticos de interesse dos mesmos. As placas deste

tipo de sinalização podem identificar esses pontos turísticos, indicar qual o sentido da via o

usuário pode seguir para chegar aos mesmos ou indicar qual a distância para chegar ao local

de destino (CONTRAN, 2004). A Figura 10 apresenta um exemplo de sinalização turística.

Figura 10 - Exemplo de sinalização turística

Fonte: Clube DETRAN, 2016

O Quadro 9 apresenta as características desse modelo de sinalização.

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Quadro 9 - Características da sinalização turística

Forma Cor

Fundo Marrom

Orla interna Branca

Retangular

Orla externa Marrom

Legendas Branca

Fundo Pictograma Branca

Figura Pictograma Preta

Fonte: CONTRAN 160

2.1.4. Projeto: Aspectos Importantes

Durante o projeto da sinalização vertical de uma rodovia, é necessário prever

determinados fatores, tal como a orientação dessa sinalização em relação ao usuário e à

própria via. Idealmente, a sinalização deve estar posicionada em planta e lateralmente como

indicam as Figuras 11 e 12, respectivamente, de acordo com o Manual de Sinalização

Rodoviária (2010):

Figura 11 - Vista em planta da inclinação da sinalização em relação a via

Fonte: DNIT, 2010

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Figura 12 - Vista lateral da inclinação da sinalização em relação a via

Fonte: DNIT, 2010

De acordo com as Instruções para Sinalização Rodoviária do Departamento Autônomo

de Estradas e Rodagem (DAER, 2013), as placas devem ser posicionadas ao lado direito da

pista, formando um ângulo de 90° a 95° em relação ao eixo da via. A Figura 13 demonstra a

posição da placa em relação à via, assim como as dimensões consideradas.

Figura 13 - Posição da sinalização vertical em relação à via

Fonte: DNIT, 2010

2.1.4.1. Materiais empregados

A sinalização deve ser formada por um conjunto de materiais para que possa atingir

sua capacidade de funcionamento integral. Deve haver um suporte para manter a sinalização

verticalizada e uma placa para a aplicação da película que vai garantir que a sinalização esteja

funcionando.

2.1.4.1.1. Suporte

De acordo com o DENATRAN, o suporte da sinalização pode ser produzido com aço

ou com madeira. Porém, é necessário que os materiais usados na confecção destes suportes

sejam em cores neutras, para que não chamem mais atenção do que a placa que eles estarão

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suportando. As Figuras 14 e 15 representam exemplos de suportes, em diversas confecções,

para sinalização de regulamentação e indicação.

Figura 14 - Exemplo de suporte para sinalização vertical de regulamentação

Fonte: DENATRAN, 2007

Figura 15 - Exemplo de suporte para sinalização vertical de indicação

Fonte: DENATRAN, 2007

2.1.4.1.2. Anteparo

O anteparo da sinalização pode ser confeccionado de diversas maneiras. Suporte

polimérico (NBR 16033:2012), suporte metálico (NBR 14890:2011), chapas melamínico-

fenólicas de alta pressão (NBR 15649:2015), chapas planas de poliéster reforçado com fibras

de vidro (NBR 13275:2013), chapas de alumínio (NBR 16179:2013), placas de aço zincado

(NBR 11904:2015).

Os materiais mais utilizados no anteparo das placas são o aço, o alumínio, o plástico

reforçado e a madeira imunizada (CONTRAN, 2014). A Figura 16 apresenta um exemplo de

chapa de aço utilizada em sinalização vertical.

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Figura 16 - Exemplo de chapa de aço utilizada em sinalização

Fonte: Autor

2.1.4.1.3. Películas retrorrefletivas

A película retrorrefletiva é o material que, através do princípio da retrorrefletividade,

designa à sinalização o atendimento de sua principal função: garantir a segurança do usuário,

durante o período mais crítico para o mesmo, que vem a ser o período noturno. A Figura 17

apresenta um exemplo de película retrorrefletiva.

Figura 17 - Exemplo de rolo de película retrorrefletiva

Fonte: 3M Sinalização, 2016

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A NBR 14644:2013 é a norma brasileira que regulamenta os requisitos mínimos para

o uso dessas películas a fim de garantir sua utilização na via de maneira que o usuário possa

trafegar com segurança.

2.2. Retrorrefletividade

Segundo a NBR 15426:2013, retrorrefletividade é a “reflexão na qual os raios de luz

refletidos são devolvidos no formato de um cone de luz diretamente para a fonte de origem,

mantendo percentuais distintos de reflexão à medida que afasta-se do eixo principal ou central

da fonte de origem”.

De acordo com AUSTIN (2009), retrorrefletividade é um fenômeno óptico no qual

raios luminosos refletidos são preferencialmente direcionados em direções perto do completo

oposto da direção da qual os raios vieram, ou seja, refletidos para perto da fonte luminosa.

Além disso, essa propriedade deve se manter em uma grande gama de variação de direções

dos raios incidentes.

A retrorreflexão apresenta diferença em relação à reflexão e à difusão. A reflexão é o

direcionamento do raio luminoso para um local que não seja a fonte, enquanto na difusão os

raios luminosos são refletidos em diferentes direções, sem uma direção específica (AUSTIN,

2009). A diferença entre reflexão, difusão e retrorreflexão é explicada na Figura 18.

Figura 18 - Diferença entre: a) Reflexão, b) Difusão, c) Retrorreflexão

Fonte: AUSTIN, 2009

Assim, o princípio da retrorreflexão é utilizado para garantir que a luz emitida retorne

parcialmente para o condutor na via, como ilustra a Figura 19.

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43

Figura 19 - Material retrorrefletor refletindo parte da luz de volta ao emissor

Fonte: AUSTIN, 2009

A norma ainda estabelece conceitos como ângulo de entrada (β), ângulo de observação

(α), e coeficiente de retrorrefletividade (RA).O ângulo de entrada (β) é o ângulo que existe

entre o eixo de iluminação e o eixo do elemento retrorrefletor, sendo a referência uma linha

paralela ao eixo da via. O ângulo de observação (α) é o ângulo entre o eixo de iluminação e o

eixo de observação, como demonstrado na Figura 20.

Figura 20 - a) Ângulo de entrada β, b) Ângulo de observação α

Fonte: AUSTIN, 2009

O coeficiente de retrorrefletividade (RA) é a relação entre o coeficiente de intensidade

luminosa (R|) de uma superfície retrorrefletiva plana e sua área (A), e é expressa em candelas-

lux-metro quadrado (cd/lx.m²).

2.2.1. Métodos de Avaliação

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A avaliação da retrorrefletividade das películas pode seguir diversas regulamentações

no mundo, as mais emblemáticas sendo a norma americana ASTM D4956-13 - Standard

Specification for Retroreflective Sheeting for Traffic Control e as normas brasileiras NBR

14644:2013 - Sinalização Vertical Viária – Películas – Requisitos e NBR 15426:2013 –

Método de Medição da Retrorrefletividade utilizando Retrorrefletômetro Portátil.

2.2.2. Normas

Existem parâmetros para comparações de coeficientes mínimos tanto nacionais quanto

internacionais. Essas normas servem para garantir a segurança do usuário que estiver

utilizando a via, pois garante que a sinalização possui uma condição mínima de uso.

2.2.2.1. Normas Internacionais

Nos Estados Unidos a norma responsável por estabelecer requisitos mínimos de

retrorrefletividade para películas é a ASTM D4956-13 Standard Specification for

Retroreflective Sheeting for Traffic Control. Essa norma apresenta a classificação das

películas em 11 tipos, que na realidade tornaram-se 9 pois duas classes de películas foram

incluídas em outras classes. O tipo I refere-se à película retrorrefletiva conhecida como “grau

engenheiro”, composta por microesferas de vidro. É usada em sinais de rodovias, sinais em

zonas de construção e delineadores de via. Os requisitos mínimos desse tipo de película são

demonstrados na Tabela 13.

Tabela 13 - Requisitos mínimos de película retrorrefletiva do tipo I

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

0,2° -4° 70 50 25 9 14 4 1

0,2° +30° 30 22 7 3,5 6 1,7 0,3

0,5° -4° 30 25 13 4,5 7,5 2 0,3

0,5º +30° 15 13 4 2,2 3 0,8 0,2

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

O tipo II é a película retrorrefletiva conhecida como “super grau engenheiro”, e é

composta por microesferas de vidro. Pode ser usada em sinais de rodovias, sinais em zonas de

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construção e delineadores de via. Os requisitos mínimos deste tipo de película estão na Tabela

14.

Tabela 14 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo II

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

0,2° -4° 140 100 60 30 30 10 5

0,2° +30° 60 36 22 10 12 4 2

0,5° -4° 50 33 20 9 10 3 2

0,5º +30° 28 20 12 6 6 2 1

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

O tipo III é a película retrorrefletiva conhecida como “alta intensidade” e pode ser

composta tanto de microesferas de vidro encapsuladas ou elemento microprasmático não

metalizado retrorrefletivo. Também pode ser utilizada em sinais de rodovias, sinais em zonas

de construção e delineadores de via. Os requisitos mínimos de norma deste tipo de película

estão na Tabela 15.

Tabela 15 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo III

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

0,1° -4° 300 200 120 54 54 24 14

0,1° +30° 180 120 72 32 32 14 10

0,2° -4° 250 170 100 45 45 20 12

0,2° +30° 150 100 60 25 25 11 8,5

0,5° -4° 95 62 30 15 15 7,5 5

0,5º +30° 65 45 25 10 10 5 3,5

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

A película retrorrefletivas tipo IV é conhecida como “alta intensidade” e é composta

de elemento microprismático não metalizado. É utilizada em sinais de rodovias, sinais em

zonas de construção e delineadores de via. Os requisitos mínimos deste tipo de película estão

na Tabela 16.

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Tabela 16 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IV

Ângulo

de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom Verde

Fluoresc.

Amarelo

Fluoresc.

Laranja

Fluoresc.

0,1° -4° 500 380 200 70 90 42 25 400 300 150

0,1° +30° 240 175 94 32 42 20 12 185 140 70

0,2° -4° 360 270 145 50 65 30 18 290 220 105

0,2° +30° 170 135 68 25 30 14 8,5 135 100 50

0,5° -4° 150 110 60 21 27 13 7,5 120 90 45

0,5º +30° 72 54 28 10 13 6 3,5 55 40 22

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

O tipo V é a película retrorrefletiva de “super alta intensidade” e é composta de

elemento microprismático metalizado. Essa película é geralmente utilizada em delineadores

de via. Os requisitos mínimos desta película segundo a norma americana estão na Tabela 17.

Tabela 17 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo V

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul

0,1° -4° 2000 1300 800 360 360 160

0,1° +30° 1100 740 440 200 200 88

0,2° -4° 700 470 280 120 120 56

0,2° +30° 400 270 160 72 72 32

0,5° -4° 160 110 64 28 28 13

0,5º +30° 75 51 30 13 13 6

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

O tipo VI é uma película retrorrefletiva elastômera sem adesivo. É geralmente um

material vinílico microprismático. É usado em sinais de aviso temporários e em cones de

trânsito. Segundo a norma americana, seus requisitos mínimos estão na Tabela 18.

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Tabela 18 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VI

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Verde

Fluoresc.

Amarelo

Fluoresc.

Laranja

Fluoresc.

Rosa

Fluoresc.

0,1° -4° 750 525 190 90 105 68 600 450 300 225

0,1° +30° 300 210 75 36 42 27 240 180 120 90

0,2° -4° 500 350 125 60 70 45 400 300 200 150

0,2° +30° 200 140 50 24 28 18 160 120 80 60

0,5° -4° 225 160 56 27 32 20 180 135 90 65

0,5º +30° 85 60 21 10 12 7,7 68 51 34 25

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

A película de tipo VII foi classificada nas versões anteriores dessa norma com essa

nomenclatura, mas foi reclassificada como tipo VIII na versão mais atual. O tipo VIII é a

película produzida como um material retrorrefletivo microprismático não metalizado em

formato de esquina óptica. Pode ser utilizada em sinais de rodovias, sinais em zonas de

construção e delineadores de via. Os requisitos mínimos deste tipo de película estão na Tabela

19.

Tabela 19 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VIII

Ângulo de

observação

Ângulo de

entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

Verde

Fluoresc.

Amarelo

Fluoresc.

Laranja

Fluoresc.

0,1° -4° 1000 750 375 100 150 45 30 800 600 300

0,1° +30° 460 345 175 46 69 21 14 370 280 135

0,2° -4° 700 525 265 70 105 32 21 560 420 210

0,2° +30° 325 245 120 33 49 15 10 260 200 95

0,5° -4° 250 190 94 25 38 11 7,5 200 150 75

0,5º +30° 115 86 43 12 17 5 3,5 92 69 35

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

O tipo IX é a película que é comumente produzida com material retrorrefletivo

microprismático não metalizado em formato de esquina óptica. Pode ser aplicada em

sinalizações de estradas, sinais de zonas de construções e delineadores de via. Seus requisitos

mínimos estão na Tabela 20.

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Tabela 20 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IX

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Verde

Fluoresc.

Amarelo

Fluoresc.

Laranja

Fluoresc.

0,1° -4° 660 500 250 66 130 30 530 400 200

0,1° +30° 370 280 140 37 17 17 300 220 110

0,2° -4° 380 285 145 38 17 17 300 230 115

0,2° +30° 215 162 82 22 10 10 170 130 65

0,5° -4° 240 180 90 24 11 11 190 145 72

0,5º +30° 135 100 50 14 6 6 110 81 41

1,0° -4° 80 60 30 8 3,6 3,6 64 48 24

1,0° +30° 45 34 17 4,5 2 2 36 27 14

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: ASTM D4956-13

A norma americana ainda estabelece outra classificação para as películas de acordo

com seu método de aplicação, classes 1, 2 3, 4 e 5. Na classe 1 o adesivo traseiro da película é

sensível a pressão, e não requer calor, solvente ou qualquer outro tipo de preparação para

adesão à superfícies suaves e limpas. Já a classe 2 requer que o adesivo traseiro seja ativado

através da aplicação de calor e pressão ao material. A temperatura necessária para formar uma

ligação durável deve ser de, no mínimo, 66°C. A classe 3 é a que possui um adesivo traseiro

facilmente colável e resistente a pressão que não necessite de calor, solvente ou outro tipo de

preparação para sua adesão à superfície.

Na classe 4 o adesivo traseiro deve ser resistente à pressão e permitir a aplicação em

temperaturas de até -7°C sem a ajuda de calor, solvente ou outras preparações para sua adesão

à superfícies limpas e secas, enquanto que a classe 5 são as fitas não adesivas feitas para uso

em materiais como colares de cones de tráfego e sinais de avisos temporários.

A D4956 ainda estabelece requisitos mínimos de luminância, que é a quantidade total

de luz que o motorista recebe de um sinal, e é diretamente proporcional à quantidade de luz

que retorna diretamente aos olhos do motorista (AUSTIN, 2009). Esses requisitos estão

expressos na Tabela 21.

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Tabela 21 - Requisitos mínimos de luminância

Cor

Tipos I, II, III e IV Tipo V

Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Branco 27 15

Amarelo 15 45 12 30

Laranja 10 30 7 25

Verde 3 12 2,5 11

Vermelho 2,5 15 2,5 11

Azul 1 10 1 10

Marrom 1 9 1 9

Verde limão fluorescente 60

Amarelo fluorescente 40

Laranja fluorescente 20

Rosa fluorescente 25

Valores em cd/m²

Fonte: ASTM D4956-13

2.2.2.2. Normas Brasileiras

A norma brasileira que rege os requisitos mínimos para as películas retrorrefletivas é a

NBR 14644:2013. Já a norma que estabelece o método de medição da retrorrefletividade é a

NBR 15426:2013.

Segundo a NBR 15426:2013, a geometria de medição do equipamento

retrorrefletômetro deve possuir um ângulo de entrada de -4° e ângulo de observação de 0,2°.

Esses são valores próximos ao encontrado em campo, ou seja, o ângulo de entrada sendo o

ângulo formado entre o farol do veículo e o sinal e o ângulo de observação sendo o ângulo

formado entre o sinal e o condutor do veículo.

A NBR 14644:2013, tal qual a americana, divide as películas em tipos. No caso da

brasileira são 10 tipos, enumerados abaixo.

O tipo I refere-se às películas conhecidas regularmente como “grau técnico ou grau

engenharia” e são compostas de microesferas de vidro ou microprismas. Seus valores estão

representados na Tabela 22.

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Tabela 22 - Requisitos mínimos da película retrorrefletivas do tipo I

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

0,2° -4° 70 50 25 9 14 4 1

0,2° +30° 30 22 7 3,5 6 1,7 0,3

0,5° -4° 30 25 13 4,5 7,5 2 0,3

0,5º +30° 15 13 4 2,2 3 0,8 0,2

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

As películas de tipo II são conhecidas como “alta intensidade” e são compostas de

microesferas de vidro encapsuladas. Seus requisitos mínimos de desempenho estão na Tabela

23.

Tabela 23 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo II

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom

0,2° -4° 250 170 100 45 45 20 12

0,2° +30° 150 100 60 25 25 11 8,5

0,5° -4° 95 62 30 15 15 7,5 5

0,5º +30° 65 45 25 10 10 5 3,5

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

O tipo III é conhecido como as películas com “alta intensidade prismática” e são

constituídas de microprismas não metalizados. Seus requisitos mínimos estão apresentados na

Tabela 24.

Tabela 24 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo III

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom Verde

Fluoresc.

Amarelo

Fluoresc.

Laranja

Fluoresc.

0,2° -4° 360 270 145 50 65 30 10 290 220 105

0,2° +30° 170 135 68 25 30 14 8,5 135 100 50

0,5° -4° 150 110 60 21 27 13 7,5 120 90 45

0,5º +30° 72 54 28 10 13 6 3,5 55 40 22

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

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O tipo IV é uma película não retrorrefletiva constituída de filme plástico e conhecida

como “preto legenda”. Deve possuir um adesivo sensível a pressão. O tipo V são películas

não retrorrefletivas translúcidas. São compostas por um filme plástico e também devem

possuir um adesivo sensível a pressão. As películas de tipo VI são elastoméricas,

microprismáticas, sem adesivo e são utilizadas em sinalizações temporárias. Seus requisitos

mínimos se encontram na Tabela 25.

Tabela 25 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VI

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Verde

Fluorescente

Amarelo

Fluorescente

Laranja

Fluorescente

0,2° -4° 500 350 125 60 70 45 400 300 203

0,2° +30° 200 140 50 24 28 18 160 120 80

0,5° -4° 225 160 56 27 32 20 180 135 90

0,5º +30° 85 60 21 10 12 7,7 68 51 34

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

O tipo VII são películas compostas de microprismas não metalizados e são indicadas

para sinais que requerem visibilidade de longa a média distância. Seus requisitos mínimos

estão apresentados na Tabela 26.

Tabela 26 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VII

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Marrom Verde

Fluorescente

Amarelo

Fluorescente

Laranja

Fluorescente

0,2° -4° 700 625 265 70 105 42 21 480 375 200

0,2° +30° 325 245 120 33 49 20 10 240 170 85

0,5º -4° 240 190 90 21 38 10 7,5 190 145 75

0,5° +30° 115 86 43 10 17 5 3 92 69 35

1° -4° 12 10 10 1 3 0,5 - 11 12 23

1° +30° 10 8 7 0,8 2,4 0,4 - 8 10 18

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

O tipo VIII são as películas compostas de microprismas metalizados. São indicadas

para longas e médias distâncias, em dispositivos de segurança e temporários. Seus requisitos

mínimos, de acordo com a norma, estão na Tabela 27.

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Tabela 27 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo VIII

Ângulo de

observação

Ângulo

de entrada Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul

0,2° -4° 700 470 280 120 120 56

0,2° +30° 400 270 160 72 72 32

0,5° -4° 160 110 64 28 28 13

0,5º +30° 75 51 30 13 13 6

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

As películas do tipo IX são constituídas por microprismas não metalizados e seu uso é

recomendado em médias e curtas distâncias. As películas do tipo X são constituídas por

microprismas não metalizados. São indicadas para longas, médias e curtas distâncias. Seus

requisitos mínimos estão nas Tabelas 28 e 29, respectivamente.

Tabela 28 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo IX

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Verde

Fluorescente

Amarelo

Fluorescente

Laranja

Fluorescente

0,2° -4° 380 285 145 38 76 17 300 230 115

0,2° +30° 215 162 82 22 43 10 170 130 65

0,5º -4° 240 180 90 24 48 11 190 145 72

0,5° +30° 135 100 50 14 27 6 110 81 41

1° -4° 80 60 30 8 16 3,6 64 48 24

1° +30° 45 34 17 4,5 9 2 38 27 14

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

Tabela 29 - Requisitos mínimos de película retrorrefletivas do tipo X

Ângulo de

observação

Ângulo

de

entrada

Branco Amarelo Laranja Verde Vermelho Azul Verde

Fluorescente

Amarelo

Fluorescente

Laranja

Fluorescente

0,2° -4° 520 395 210 52 106 26 420 330 165

0,2° +30° 215 160 80 21 43 10 170 127 66

0,5º -4° 350 230 90 31 67 18 245 145 72

0,5° +30° 135 100 50 14 27 6 110 81 41

1° -4° 90 70 30 9 20 4,5 64 48 24

1° +30° 45 34 17 4,5 9 2 36 27 14

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: NBR 14644:2013

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A NBR 14644:2013 ainda estabelece os limites mínimos de luminância e durabilidade

para as películas. A durabilidade é o valor residual de retrorrefletividade que a sinalização

deve apresentar após um determinado tempo de utilização. Caso esse valor não seja atendido,

deve ocorrer a troca da sinalização. Os requisitos encontram-se nas Tabelas 30 e 31,

respectivamente.

Tabela 30 - Requisitos mínimos de luminância

Cor

Todas menos o tipo

VIII Tipo VIII

Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Branco 27 - 15 -

Amarelo 15 45 12 30

Laranja 10 30 7 25

Verde 3 12 2,5 11

Vermelho 2,5 15 2,5 11

Azul 1 10 1 10

Marrom 1 9 1 9

Verde limão fluorescente 60 - - -

Amarelo fluorescente 40 - - -

Laranja fluorescente 20 - - -

*Coeficiente de retrorreflexão em cd/(lx.m²).

Fonte: NBR 14644:2013

Tabela 31 - Requisitos mínimos de durabilidade

Tipo Retrorrefletividade residual mínima (%) Tempo (anos)

I 50 7

II 80 10

III 80 10

IV - 12

V - 12

VI 80 3

VII 80 10

VIII 80 10

IX 80 10

X 80 12*

*10 anos para as películas fluorescentes

Fonte: NBR 14644:2013

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2.3. Estudos de Desempenho de Sinalização

Com os dados de requerimentos mínimos de coeficientes de retrorrefletividade e de

requisitos de durabilidade mínima durante um tempo específico, é possível realizar estudos

que avaliem como é o real desempenho da sinalização vertical. Esses estudos são realizados

tanto internacional quanto nacionalmente.

2.3.1. Internacionais

Um estudo realizado nos EUA (BLACK, 1992) fazendo a relação entre a deterioração

da retrorrefletividade com o tempo, com a posição solar das placas, com o tipo de área

sinalizada e com a limpeza das placas. Foram distribuídos 17 locais de recolhimento de dados

por todas as regiões dos Estados Unidos, totalizando mais de 6.275 sinais de tráfego sendo

monitorados.

O estudo demonstrou que fatores como a idade das películas, precipitação, elevação do

solo e temperaturas muito quentes durante o dia afetam a retrorrefletividade e são fatores a

serem levados em conta para a estimativa de vida útil da película. A limpeza das placas não

teve grande influência nos valores de retrorrefletividade da sinalização, exceto nos períodos

de inverno (BLACK, 1992).

Segundo Harris e Rasdorf (2009), o governo necessita saber com alguma certeza

quando deve garantir a troca de películas que não atendam mais os requisitos necessários para

garantir a segurança do condutor na via. Para isso, é realizado o ESRMF - Experimental Sign

Retroreflectivity Measurement Facility (Unidade Experimental de Medição da

Retrorrefletividade de Sinalização).

Essa Unidade é um arranjo de placas de sinalização em um local controlado no qual

são realizadas leituras de suas medidas de retrorrefletividade periodicamente. Essas placas são

de diferentes tipos e cores e, entre um mesmo tipo e cor existem placas posicionadas de modo

diferente em relação ao sol. Dessa maneira é mais fácil relacionar a perda de

retrorrefletividade com a ação solar, por exemplo.

Haviam nos Estados Unidos antigos estudos de deterioração de sinalização vertical,

que podiam ser divididos em 3 grupos: estudos controlados, estudos não controlados e, em

menor escala, os ensaios realizados em laboratório.

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Nos estudos controlados, as sinalizações que seriam testadas ficariam em uma área

controlada, fora do alcance de vândalos e do choque com carros. Assim, o desgaste que ocorre

nas placas é derivado somente da ação de elementos naturais (como chuva, neve, sol).

Carlson e Hawkins (2003) indicam que, posicionando as placas com suas faces

retrorrefletivas voltadas para o sul e com uma inclinação de 45° em relação ao solo causam o

dobro de deterioração da sinalização em um mesmo tempo. Assim, sinais orientados dessa

maneira, quando comparados com sinais colocados da maneira tradicional, apresentarão em

um ano a deterioração equivalente a de dois anos de uso.

Já nos estudos não controlados, os elementos estudados não estão em área controlada.

Assim, estão expostas tanto às intempéries quanto à ação de vândalos e possíveis choques

com veículos.

Ocorreram nos Estados Unidos diversos estudos não controlados financiados por

órgãos do Estado e por Universidades, todas elas medindo em sua maioria películas do tipo I

(segundo a ASTM D4956-13) que demonstraram que as intempéries não podem ser levadas

em conta como fator de deterioração da sinalização desse tipo.

Também foram realizadas pesquisas sobre a relação que a limpeza das placas teria

com o ganho de vida útil da sinalização (Harris e Rasdorf 2009, Bischoff e Bullock et. al,

2002). Porém, de acordo com os estudos realizados, a limpeza não traz ganhos significativos

de vida útil e, em películas com uma maior qualidade como tipo III e tipo IX (de acordo com

a ASTM D4956-13), a chance de haver uma melhora nos valores é ainda menor.

Assim, Harris e Rasdorf propõem através da ESRMF determinar em um ambiente que

imita as condições reais o quanto de degradação as películas apresentam em um tempo

controlado. Os autores sugerem que, para comparar os resultados de degradação, seria

necessária a instalação de uma ESRMF em cada região de macroclima dos EUA. Dessa

maneira seria definida precisamente a influência do clima sobre a degradação da sinalização.

2.3.2. Nacionais

No Brasil, existe um projeto de avaliação do desempenho da sinalização vertical

atualmente sendo realizado na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e outro sendo

realizado em uma das praças de pedágio da Ecosul (Empresa Concessionária de Rodovias do

Sul), na cidade de Rio Grande-RS.

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Na Ecosul, foram posicionadas placas de 8 cores (azul, branco, verde, vermelho,

amarelo, marrom, laranja e verde limão) e de tipos variados (IA, III e X). As placas foram

posicionadas na saída de uma praça de pedágio para que fiquem expostas às intempéries e ao

tráfego pesado ao qual está submetida a BR-392, conforme a Figura 21.

Figura 21 - Posicionamento das placas ao longo da BR-392

Fonte: MEDEIROS, 2015

A pesquisa encontrava-se em seu início, mas os resultados iniciais demonstraram um

valor mais alto para as películas que sofrem manutenção em comparação àquelas que não são

limpas antes das medições.

A pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria está em andamento, e seus

resultados serão o assunto deste trabalho em seu decorrer.

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3. METODOLOGIA

3.1. Planejamento da pesquisa

A pesquisa realizada na UFSM foi dividida em duas partes. A primeira parte da

pesquisa envolveu placas posicionadas em um trecho experimental localizado na saída da

Universidade. A segunda parte da pesquisa envolveu placas com dimensões 10x10cm

posicionadas na câmara úmida do laboratório da Universidade.

3.2. Trecho Experimental

A Avenida Roraima está localizada em Santa Maria-RS e apresenta uma importância

enorme, pois é o principal local de saída dos estudantes, professores e demais visitantes da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Por esse motivo, possui uma intensa

movimentação, principalmente nos horários de pico da manhã e da tarde. A Figura 22

apresenta a Avenida Roraima.

Figura 22 - Localização da Avenida Roraima

Fonte: Google Maps

O trecho experimental está localizado na saída da UFSM, à direita da Guarita de

Segurança. A latitude do trecho foi calculada em S 29°42’37’’, utilizando o aparelho High-

sensitivity GPS receiver Garmin eTrex Summit HC no dia 08/08/2015. Esse local foi

escolhido porque era necessário que o trecho fosse protegido de vandalismos. Além disso, o

local fica próximo aos sensores que captam a quantidade de carros que trafegam na Avenida.

As Figuras 23, 24 e 25 apresentam com detalhes o trecho.

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Figura 23 - Vista do trecho experimental

Fonte: Google Maps

Figura 24 - Posicionamento do trecho experimental como visto da Guarita de Segurança

Fonte: Autor

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Figura 25 - Posicionamento do trecho em relação à Guarita de Segurança

Fonte: Autor

Próximas ao pórtico estão localizadas 24 placas, posicionadas ao longo de 50 metros.

As placas ficam posicionadas ao lado direito de quem deixa a Universidade, emulando assim

a posição real de sinalizações postadas ao longo de vias, e suas faces estão orientadas em

direção ao Sul. Dessa maneira, não há incidência direta da luz solar sobre as películas na

superfície das placas, evitando o desgaste causado por essa incidência.

A segunda placa de cada par sofre manutenção a cada três meses, de forma a manter

um acompanhamento de quanto a retrorrefletividade degrada com ou sem manutenção. As

informações de cor, tipo de película retrorrefletivas de cada uma das placas e se esta recebe ou

não manutenção estão representadas na Tabela 32.

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Tabela 32 - Cor, tipo e manutenção de películas das placas no trecho experimental

Cor Tipo de Película Limpeza da Placa

Vermelha I Não Limpa

Vermelha I Limpa

Vermelha X Não Limpa

Vermelha X Limpa

Vermelha III Não Limpa

Vermelha III Limpa

Amarela I Não Limpa

Amarela I Limpa

Amarela X Não Limpa

Amarela X Limpa

Amarela III Não Limpa

Amarela III Limpa

Verde I Não Limpa

Verde I Limpa

Verde X Não Limpa

Verde X Limpa

Verde III Não Limpa

Verde III Limpa

Branca I Não Limpa

Branca I Limpa

Branca X Não Limpa

Branca X Limpa

Branca III Não Limpa

Branca III Limpa

Fonte: Autor

3.3. Equipamento

O equipamento utilizado para as leituras foi o RetroSign GR3. Este equipamento é

fabricado pela empresa DELTA, na cidade de Hørsholm, Dinamarca. Ele realiza a medição do

valor RA (coeficiente de luminância retrorrefletida) que, de acordo com o manual do

equipamento, é a medida da visibilidade de sinais rodoviários como visto pelos motoristas de

veículos motorizados. O equipamento aplica uma iluminação com ângulo de entrada de -4° e

as medidas podem ser realizadas com ângulos de observação de 0,2°, 0,5° e 1°. Esses ângulos

representam os valores aos quais o motorista está geralmente submetido, e o mais utilizado é

o valor de 0,2°. A Figura 26 demonstra um exemplo deste retrorrefletômetro.

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Figura 26 - Retrorrefletômetro utilizado na pesquisa

Fonte: RoadTraffic Technology, 2016

3.4. Tráfego

A primeira parte da pesquisa relaciona a perda da retrorrefletividade da sinalização do

trecho experimental com o tráfego de veículos que ocorre no trecho. Para isso, são cruzados

os dados de tráfego retirados do programa Ponfac OCR com as leituras realizadas a cada três

meses na sinalização do trecho experimental.

3.4.1. Programa Ponfac OCR

O cálculo de tráfego é realizado através do programa Ponfac OCR que, utilizando

sensores colocados sob o pavimento na Av. Roraima perto da Guarita de Segurança, relata a

quantidade de veículos que trafegam sobre o local. As Figuras 27 e 28 demonstram os

sensores colocados na Avenida Roraima na entrada e na saída de carros, respectivamente.

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Figura 27 - Sensores na entrada da UFSM

Fonte: Autor

Figura 28 - Sensores localizados na saída da UFSM

Fonte: Autor

Primeiramente define-se o período desejado. Os dados podem ser organizados de

maneira semanal, diária ou horária. A Figura 29 apresenta um exemplo da definição do

período e da organização dos dados.

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Figura 29 - Definição do período e da organização dos dados

Fonte: Autor

Os dados utilizados na pesquisa foram organizados de maneira diária. O programa

oferece dados de entrada e de saída de veículos, e foram utilizados os dados de saída. Porém,

entre os períodos de 22/02/2016 até 17/06/2016 o sensor localizado na saída da UFSM

apresentou defeitos e não gravou nenhum dado. Dessa maneira, foi feito um levantamento da

quantidade de carros que saíram em relação aos carros que entraram desde o começo da

pesquisa, e essa relação foi aplicada no período em que os dados não estavam disponíveis A

Figura 30 mostra os dados sendo retirados do programa.

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Figura 30 - Retirada dos dados do programa

Fonte: Autor

3.4.2. Procedimento de avaliação da retrorrefletividade das placas

As placas do trecho experimental foram implantadas em 23/11/2013. A partir da

implantação, foram realizadas leituras a cada três meses para acompanhar a degradação da

retrorrefletividade e a influência da manutenção das placas nessa perda.

A limpeza das placas nas quais são realizadas manutenção ocorre 24 horas antes das

medições, para garantir que as placas estejam secas no momento da medição. A limpeza é

realizada utilizando uma mistura de água e detergente neutro, e as placas são deixadas

secando livremente até o dia seguinte. O equipamento é calibrado antes da medição e são

realizadas as leituras.

São realizadas 5 leituras por placa. Dessa maneira é possível a obtenção de um valor

médio confiável, além de garantir que uma leitura em algum ponto danificado não interfira de

forma incisiva sobre o valor de retrorrefletividade que irá representar a placa.

As medições são realizadas por 3 operadores diferentes, pois cada pessoa tem uma

maneira diferente de posicionar-se, posicionar o equipamento na placa ou manusear o

equipamento, o que pode causar pequenas diferenças nos valores de retrorrefletividade. Dessa

maneira, obtém-se um valor médio entre os três operadores que será o valor utilizado na

produção dos gráficos de degradação da retrorrefletividade.

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3.5. Precipitação Pluviométrica

A segunda parte da pesquisa é o levantamento de dados de precipitação que ocorrem

na região e a relação dessas chuvas com o aumento ou a perda de retrorrefletividade na

sinalização do trecho experimental.

3.5.1. Medições antes e depois da chuva

As medições dos valores de retrorrefletividade ocorrem antes da chuva, 6 horas após o

fim da chuva e 24 horas após o fim da chuva. Assim como na medição de três meses são

realizadas 5 leituras por placa, porém apenas um operador é necessário. O equipamento é

calibrado antes de cada medição, para garantir que os valores estejam corretos. Dessa maneira

obtém-se os valores de retrorrefletividade antes de ocorrer a chuva, logo após o fim da chuva

e um dia após a chuva, e podem ser criados gráficos relacionando a perda ou o ganho

percentual de retrorrefletividade após a chuva.

3.5.2. Dados de Precipitação Pluviométrica

Os valores de precipitação são retirados do site do Instituto Nacional de Meteorologia

(INMET). Através do site principal (http://www.inmet.gov.br/portal/) acessa-se a aba

Estações Convencionais, como mostra a Figura 31.

Figura 31 - Aba Estações Convencionais no site do INMET

Fonte: Site do INMET

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Na página das Estações Convencionais localiza-se a estação de Santa Maria-RS e

acessam-se os dados, como demonstrado na Figura 32.

Figura 32 - Acesso dos dados da Estação Convencional de Santa Maria

Fonte: Site do INMET

Na página seguinte, digita-se o período de tempo do qual deseja-se saber a

precipitação, como demonstrado na Figura 33.

Figura 33 - Exemplo de período de tempo

Fonte: Site do INMET

E são obtidos os dados de precipitação acumulada no período. Os dados são de chuvas

acumuladas em 24 horas e as medições ocorrem às 12 UTC, como mostra a Figura 34.

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Figura 34 - Exemplo de chuva acumulada no período procurado

Fonte: Site do INMET

Com os dados de chuva acumulada do período, podem-se montar os gráficos

relacionando os valores de retrorrefletividade calculados antes e depois da chuva e relacionar

o quanto a quantidade de chuva influencia na perda ou ganho de retrorrefletividade.

3.6. Umidade

A terceira parte da pesquisa procura relacionar a influência da umidade em ambiente

controlado na degradação da retrorrefletividade e a influência que a manutenção tem no

controle da perda de retrorrefletividade.

3.6.1. Placas

As placas utilizadas são chapas de aço com dimensões 10x10cm, nas quais foram

aplicadas películas retrorrefletivas de diversos tipos e cores. Antes da aplicação das películas,

cada chapa teve sua superfície levemente lixada para garantir uma melhor aderência entre a

superfície da chapa e a película. As películas foram então cortadas no formato de suas chapas

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correspondentes e cuidadosamente aplicadas sobre a superfície da chapa, para garantir que

não existissem bolhas de ar presas sob a película.

Então, as placas foram limpas com uma mistura de água e detergente neutro, secas

com um pano suave e foi realizada a primeira medição de seus valores de retrorrefletividade.

Assim como na primeira parte da pesquisa, que relaciona o tráfego à degradação da

retrorrefletividade no trecho experimental, também são realizadas 5 medições de

retrorrefletividade por placa, para que seja garantido um valor médio confiável.

São 20 pares, totalizando 40 placas, e as primeiras placas de cada par, a partir da 5ª

medição, foram limpas para considerar a influência da manutenção na perda de

retrorrefletividade. As películas estão divididas em nove cores: películas da cor verde, azul,

vermelha, amarela, branca, marrom, laranja fluorescente, amarelo fluorescente e verde

fluorescente. As primeiras cinco cores estão representadas por películas de três tipos: tipos I,

III e X. As películas da cor marrom estão representadas em dois tipos: tipos III e X. E as

películas das cores laranja fluorescente, amarelo fluorescente e verde fluorescente estão

representadas por películas do tipo X. As informações estão resumidas na Tabela 33.

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Tabela 33 – Cor, tipo e manutenção de películas das placas na câmara úmida

Cor Tipo de Película Limpeza da Placa

Verde I Sim

Verde I Não

Verde III Sim

Verde III Não

Verde X Sim

Verde X Não

Azul I Sim

Azul I Não

Azul III Sim

Azul III Não

Azul X Sim

Azul X Não

Vermelho I Sim

Vermelho I Não

Vermelho III Sim

Vermelho III Não

Vermelho X Sim

Vermelho X Não

Amarelo I Sim

Amarelo I Não

Amarelo III Sim

Amarelo III Não

Amarelo X Sim

Amarelo X Não

Branco I Sim

Branco I Não

Branco III Sim

Branco III Não

Branco X Sim

Branco X Não

Marrom III Sim

Marrom III Não

Marrom X Sim

Marrom X Não

Laranja Fluoresc. X Sim

Laranja Fluoresc. X Não

Amarelo Fluoresc. X Sim

Amarelo Fluoresc. X Não

Verde Fluoresc. X Sim

Verde Fluoresc. X Não

Fonte: Autor

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3.6.2. Suportes

Para manter as placas na posição vertical, com uma inclinação de 80° em relação à

horizontal, foram confeccionados suportes com palitos de churrasco, agindo como material

suporte das placas, garantindo a verticalidade delas e impedindo sua queda através do palito

vertical e do palito posicionado atrás do suporte, e borrachas escolares, que agem como os pés

do suporte e garantem a sua estabilidade, como demonstram as Figuras 35 e 36.

Figura 35 - Vista frontal de um suporte

Fonte: Autor

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Figura 36 - Vista lateral do suporte

Fonte: Autor

3.6.3. Câmara úmida

A câmara úmida é o local preparado para que os corpos de prova de concreto atinjam a

cura de maneira controlada no laboratório. A umidade média fica em torno de 75%. As placas

foram posicionadas na bancada mais alta da câmara, com uma das placas do par de costas

para a outra, garantindo que as placas não percam a sustentação caso sejam atingidas por

algum manuseamento dos corpos de prova de concreto. O posicionamento das placas está

demonstrado nas Figuras 37 e 38.

Figura 37 - Placas posicionadas na câmara úmida

Fonte: Autor

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Figura 38 - Placas posicionadas na câmara úmida

Fonte: Autor

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4. RESULTADOS E ANÁLISES

O conjunto de dados recolhidos pode indicar quais fatores influenciam a variação do

valor de retrorrefletividade ao longo do tempo. Considerando o volume de tráfego e a

precipitação pluviométrica como fatores chave para essa variação, foram recolhidos os dados

de tráfego e precipitação acumulados mensalmente desde o dia 23/11/2013, dia de início da

pesquisa. Os valores estão representados no Quadro 10.

Os meses sem dados de tráfego ocorrem em decorrência de uma avaria no sensor

localizado na saída da Universidade. Os dados de precipitação acumulada são liberados

somente 60 dias após a data.

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Quadro 10 - Acúmulo mensal de tráfego e precipitação

Mês Tráfego acumulado Precipitação acumulada

(mm)

nov/13 288.573 6,3

dez/13 213.520 92,8

jan/14 176.654 132,3

fev/14 152.597 109

mar/14 243.999 226,9

abr/14 251.677 105,1

mai/14 245.854 171,5

jun/14 222.358 278,8

jul/14 212.929 255,1

ago/14 229.945 92,2

set/14 254.223 237,5

out/14 246.812 256,8

nov/14 247.674 59,7

dez/14 213.648 324,3

jan/15 176.065 175,1

fev/15 153.399 84,3

mar/15 258.173 132,4

abr/15 229.920 129,8

mai/15 115.366 136,4

jun/15 235.442 128,2

jul/15 222.602 214,7

ago/15 173.537 85,2

set/15 254.739 168,6

out/15 224.338 428,4

nov/15 257.418 164,3

dez/15 212.835 336

jan/16 119.114 101,9

fev/16 14.062 96,5

mar/16 16.378 200,7

abr/16 - 137,7

mai/16 37.807 0

jun/16 143.725 -

jul/16 - -

Fonte: Autor

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4.1. Resultados da influência do tráfego na variação da retrorrefletividade

Foram realizadas dez leituras, nos dias 26/11/2013, 27/02/2014, 27/05/2014,

18/07/2014, 29/08/2014, 05/12/2014, 29/02/2015, 29/10/2015, 18/03/2016 e 05/07/2016. Os

dados de tráfego são acumulativos, começando a contagem a partir do primeiro dia de

medição. O Quadro 11 mostra os valores de retrorrefletividade para as cores Vermelha,

Amarela, Verde e Branca ao longo das dez leituras, assim como o número de veículos que

passaram pelo trecho experimental nesse período.

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Quadro 11 - Valores de retrorrefletividade de placas em função do tráfego acumulado

Tráfego e Variação da Retrorrefletividade

Data 23/11/13 27/02/14 27/05/14 18/07/14 29/08/14 05/12/14 28/02/15 29/10/15 18/03/16 05/07/16

Cor Tráfego

Acumulado 0 600.681 1.311.926 1.709.432 2.007.806 2.815.959 3.307.352 5.012.668 5.637.849 5.822.808

Vermelha

Tipo

I

Sem manutenção

33,6 29,0 23,9 28,3 25,1 22,9 32,3 26,7 24,5 21,6

Com

manutenção 32,4 29,0 24,5 28,4 26,9 27,5 31,0 30,9 27,9 30,5

Tipo

X

Sem manutenção

174,7 191,1 198,9 176,0 189,9 141,3 158,2 150,0 156,9 164,2

Com

manutenção 184,7 197,9 208,9 205,6 222,1 195,3 183,6 201,1 175,7 211,1

Tipo

III

Sem manutenção

91,4 88,0 72,9 86,7 78,6 74,2 78,9 80,1 87,7 85,5

Com

manutenção 91,7 89,1 76,8 92,9 89,2 91,6 97,3 104,3 100,8 112,9

Amarela

Tipo

I

Sem manutenção

61,0 62,9 61,9 57,6 59,1 48,0 66,9 65,1 62,1 61,8

Com

manutenção 60,7 66,9 68,0 67,9 71,5 63,6 63,9 71,6 65,9 74,5

Tipo

X

Sem manutenção

639,3 677,6 688,7 588,6 618,5 620,3 653,1 537,3 507,5 473,9

Com

manutenção 613,1 686,6 786,4 687,7 770,9 649,5 654,8 651,8 578,5 702,7

Tipo

III

Sem manutenção

486,9 487,3 385,6 455,7 444,0 389,6 526,3 481,1 471,7 448,9

Com

manutenção 468,2 495,2 416,2 504,5 505,5 491,2 483,7 561,5 538,1 579,7

Verde

Tipo

I

Sem manutenção

23,1 19,5 15,7 16,1 13,1 12,2 20,1 18,0 17,5 17,0

Com

manutenção 23,1 21,1 18,5 20,1 17,7 17,7 20,4 21,8 19,5 22,9

Tipo

X

Sem manutenção

129,9 134,5 136,2 130,9 134,7 106,3 131,2 120,1 101,7 106,3

Com

manutenção 138,1 145,8 150,0 148,0 154,6 133,3 139,2 147,6 123,1 151,6

Tipo

III

Sem manutenção

78,1 72,2 57,0 66,9 64,4 61,2 63,3 57,2 69,8 65,7

Com

manutenção 73,9 69,8 54,6 69,7 72,0 72,6 74,4 80,3 77,1 84,3

Branca

Tipo

I

Sem manutenção

93,6 99,6 94,0 83,3 108,0 86,0 92,6 84,5 79,7 77,6

Com

manutenção 91,6 102,7 106,6 102,4 113,8 91,7 83,4 100,9 88,6 103,5

Tipo

X

Sem

manutenção 577,5 560,2 581,0 568,2 575,0 487,2 556,7 461,5 428,3 492,0

Com

manutenção 563,8 580,7 601,5 588,2 649,0 555,7 566,8 567,1 508,3 630,8

Tipo

III

Sem

manutenção 501,2 469,8 372,5 428,1 390,5 376,5 546,1 480,2 490,5 399,7

Com

manutenção 490,7 489,4 401,4 475,5 473,5 504,1 525,3 580,2 578,7 543,2

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: Autor

Os gráficos gerados com os dados anteriormente apresentados estão apresentados na

Figura 39.

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Figura 39 - Gráficos demonstrando a influência do tráfego na variação da retrorrefletividade de placas

com película das cores: a)vermelha, b)amarela, c)verde e d) branca

a)

b)

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c)

d)

Fonte: Autor

De forma geral, películas da mesma cor apresentaram um comportamento de acordo

com seus tipos de películas. As películas X de maior qualidade apresentaram um desempenho

superior às películas do tipo III e I.

As películas do mesmo tipo, mas cores diferentes apresentaram um comportamento

semelhante durante todo o tempo da pesquisa. As películas do tipo X apresentaram um

desempenho melhor devido à sua maior qualidade e ao maior valor inicial de sua

retrorrefletividade. A manutenção demonstrou ser um fator chave na garantia de constância da

retrorrefletividade ao longo do estudo. O tráfego apresentou influência na variação da

retrorrefletividade das placas com películas que não sofreram manutenção.

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O Quadro 12 apresenta os valores de retrorrefletividade inicial e final, além da

variação desse valor em porcentagem desde o começo da pesquisa. O valor inicial representa

o valor medido em 23/11/2013, enquanto que o valor final representa o valor medido em

05/07/2016.

Quadro 12 - Variação no valor de retrorrefletividade desde o início da pesquisa

Variação no valor de retrorrefletividade

Cor Tipo Manutenção Valor Inicial Valor Final Variação

Vermelha

I Não 33,6 21,6 -36%

I Sim 32,4 30,5 -6%

X Não 174,7 164,2 -6%

X Sim 184,7 211,1 14%

III Não 91,4 85,5 -6%

III Sim 91,7 112,9 23%

Amarela

I Não 61,0 61,8 1%

I Sim 60,7 74,5 23%

X Não 639,3 473,9 -26%

X Sim 613,1 702,7 15%

III Não 486,9 448,9 -8%

III Sim 468,2 579,7 24%

Verde

I Não 23,1 17,0 -27%

I Sim 23,1 22,9 -1%

X Não 129,9 106,3 -18%

X Sim 138,1 151,6 10%

III Não 78,1 65,7 -16%

III Sim 73,9 84,3 14%

Branca

I Não 93,6 77,6 -17%

I Sim 91,6 103,5 13%

X Não 577,5 492,0 -15%

X Sim 563,8 630,8 12%

III Não 501,2 399,7 -20%

III Sim 490,7 543,2 11%

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: Autor

As placas que sofreram manutenção tiveram um desempenho melhor que as placas que

não tiveram manutenção nesse período. A placa com o melhor desempenho foi a que contém

a película da cor amarela do tipo III com manutenção, com um aumento de 24% em relação

ao valor inicial de retrorrefletividade decorridos quase dois anos e meio de exposição ao

tráfego e ao intemperismo.

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Já a placa com o pior desempenho foi aquela que apresenta a película da cor vermelha

do tipo I e que não sofre manutenção, com uma queda de 37% em relação ao valor inicial de

retrorrefletividade. Mesmo assim, as placas que não tiveram qualquer tipo de manutenção

ainda assim continuam com seus valores acima do valor estabelecido pela norma,

demonstrados na revisão bibliográfica.

Assim como a baixa variação do valor final, foram notados os picos de aumento de

valores de retrorrefletividade que ocorrem nos gráficos. Esses picos levaram ao

questionamento de se, além do tráfego, a chuva poderia também estar influenciando as

leituras de retrorrefletividade medidas periodicamente. No Quadro 13 encontra-se a

precipitação acumulada nos três dias anteriores ao dia da medição da retrorrefletividade nas

placas do trecho experimental.

Quadro 13 - Precipitação acumulada nos três dias anteriores às leituras

Data

Precipitação

Acumulada

(mm)

23/11/2013 0,00

27/02/2014 11,00

27/05/2014 0,00

18/07/2014 0,00

29/08/2014 1,80

05/12/2014 15,50

28/02/2015 21,40

29/10/2015 5,70

18/03/2016 0,00

Fonte: Autor

O Quadro 13 não demonstra uma relação clara da chuva com o aumento da

retrorrefletividade, principalmente nas quatro primeiras leituras. Porém a precipitação pode

ter ajudado na manutenção dos valores de retrorrefletividade ao longo do tempo,

principalmente em volumes mais ou menos significativos.

4.2. Resultados da influência do volume de precipitação na variação da retrorrefletividade

Foram realizados nove acompanhamentos, com chuvas ocorridas em 10/03/2015,

26/03/2015, 28 e 29/3/2015, 14/04/2015, 10/05/2015, 27 e 28/05/2015, 15 a 23/09/2015, 25 e

26/01/2016 e 30 e 31/01/2016 e, após o valor acumulado da chuva nesses períodos, esses

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acompanhamentos foram organizados da menor à maior precipitação. Os Quadros de 14 a 17

mostram as variações dos valores de retrorrefletividade nas leituras 6 horas e 24 horas após o

término da precipitação pluviométrica para placas sem e com manutenção para as cores

Vermelha, Amarela, Verde e Branca.

Quadro 14 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película vermelha em função da

precipitação

Precipitação e Variação da Retrorrefletividade

Cor e tipo Precipitação

(mm)

Placas sem Manutenção Placas com Manutenção

Δ6h Δ24h Δ6h Δ24h

VERMELHO

TIPO I

6 5,11% 9,49% 6,87% 9,16%

9 8,72% 0,67% 7,69% 1,40%

15,3 -1,65% -4,13% 0,00% -2,63%

24,8 -0,62% -9,88% 3,11% -10,56%

30,6 7,24% 0,00% 10,81% -4,73%

67,7 -2,59% 2,59% -4,73% 2,03%

75,8 19,86% 2,05% 23,61% -2,78%

84,1 4,79% -14,38% 2,80% -15,38%

141,5 11,90% -7,94% 7,52% -11,28%

VERMELHO

TIPO III

6 3,66% 7,32% 6,00% 12,00%

9 7,49% -0,26% 12,66% 2,95%

15,3 18,64% 7,40% -3,66% -10,79%

24,8 -4,59% -10,32% -13,19% -13,73%

30,6 11,52% 7,59% 16,47% 9,18%

67,7 14,05% 16,53% 10,80% 5,40%

75,8 12,28% 3,58% 9,92% -4,75%

84,1 11,70% -1,06% 8,98% -3,31%

141,5 -1,35% 2,43% -8,78% -1,43%

VERMELHO

TIPO X

6 -6,26% -11,40% -4,83% -9,94%

9 -6,26% -1,65% -16,53% -6,99%

15,3 13,77% 17,78% -1,21% 5,34%

24,8 17,51% 23,81% 6,57% 9,91%

30,6 -9,33% 3,43% -4,32% -0,94%

67,7 -5,68% 1,70% -7,27% -5,74%

75,8 -0,34% 4,75% -4,65% 11,95%

84,1 -6,66% -0,89% -0,37% -0,37%

141,5 7,64% -4,24% 2,27% 1,08%

Fonte: Autor

Os dados recolhidos resultaram nos gráficos demonstrados das Figuras 40 a 45.

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Figura 40 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo I sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 41 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo I com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 42 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo III sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 43 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo III com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 44 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo X sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 45 - Leituras após precipitação na placa com película da cor vermelha tipo X com manutenção

Fonte: Autor

As placas com películas do tipo I apresentaram uma diferença maior de

retrorrefletividade quanto maior a precipitação. Essa maior diferença pode ser creditada à

menor qualidade da película, o que gera menores valores de retrorrefletividade e leva as

variações de retrorrefletividade geradas pela chuva a possuirem um impacto percentualmente

maior no valor da leitura após a chuva.

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Quadro 15 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película amarela em função da

precipitação

Precipitação e Variação da Retrorrefletividade

Cor e tipo Precipitação

(mm)

Placas sem Manutenção Placas com Manutenção

Δ6h Δ24h Δ6h Δ24h

AMARELO

TIPO I

6 0,00% 0,29% 2,95% 1,77%

9 -0,29% 2,36% 3,00% 3,90%

15,3 0,98% 0,65% -3,65% -0,84%

24,8 4,41% 3,24% 1,45% 1,74%

30,6 2,64% 3,23% 2,64% 3,23%

67,7 -3,24% -0,32% 0,85% 0,00%

75,8 -0,85% 1,42% 0,29% 1,71%

84,1 -0,87% -0,58% -1,44% -0,86%

141,5 3,99% 1,53% 3,56% 4,15%

AMARELO

TIPO III

6 3,42% 7,60% 5,03% 15,12%

9 15,23% 5,96% 11,55% -1,36%

15,3 -10,80% -10,18% -26,68% -11,00%

24,8 -10,76% -14,88% -10,43% -14,48%

30,6 30,52% 5,96% 29,98% 6,47%

67,7 -0,46% -2,85% 10,14% 4,23%

75,8 1,75% -3,69% 10,50% -3,30%

84,1 10,50% -5,54% 15,02% 5,90%

141,5 -3,07% 5,98% -3,74% 5,58%

AMARELO

TIPO X

6 -5,03% -5,06% -13,81% -9,11%

9 -8,46% 5,03% -10,02% -0,58%

15,3 2,46% 3,29% 5,06% 12,38%

24,8 38,55% 27,08% 31,98% 35,40%

30,6 -7,42% -1,29% -16,44% 1,45%

67,7 2,09% 6,85% -9,34% -3,49%

75,8 -0,84% 11,15% -6,00% 9,54%

84,1 -2,17% 0,70% -3,39% 3,58%

141,5 4,16% 3,47% 10,09% 9,23%

Fonte: Autor

Os dados recolhidos resultaram nos gráficos demonstrados das Figuras 46 a 51.

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Figura 46 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo I sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 47 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo I com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 48 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo III sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 49 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo III com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 50 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo X sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 51 - Leituras após precipitação na placa com película da cor amarela tipo X com manutenção

Fonte: Autor

As placas com películas da cor amarela não apresentaram uma diferença grande de

valores de retrorrefletividade pois são as que possuem os maiores valores iniciais de

retrorrefletividade. Dessa maneira as variações não representam grande diferença em relação

ao medido antes da precipitação.

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Quadro 16 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película verde em função da

precipitação

Precipitação e Variação da Retrorrefletividade

Cor e tipo Precipitação

(mm)

Placas sem Manutenção Placas com Manutenção

Δ6h Δ24h Δ6h Δ24h

VERDE

TIPO I

6 2,22% 8,89% 3,13% 3,13%

9 11,70% 0,00% 12,12% 4,04%

15,3 -3,66% 0,00% -3,06% -2,04%

24,8 -8,26% -11,93% -7,02% -11,40%

30,6 14,13% 7,61% 14,58% 6,25%

67,7 9,76% 2,44% 4,17% 4,17%

75,8 14,58% -2,08% 7,92% -2,97%

84,1 5,26% -13,68% 5,15% -11,34%

141,5 -2,30% -2,30% -1,06% 2,13%

VERDE

TIPO III

6 3,59% 10,13% 7,52% 19,75%

9 12,68% 5,63% 13,37% 7,56%

15,3 -6,71% -13,09% -16,67% -14,55%

24,8 -0,29% -10,63% -11,08% -10,34%

30,6 23,53% 4,50% 25,95% 5,06%

67,7 17,76% 3,86% 16,72% 4,02%

75,8 14,15% -3,22% 10,16% -9,07%

84,1 33,33% -4,66% 27,71% -9,55%

141,5 -21,14% -13,25% -10,11% 6,18%

VERDE

TIPO X

6 0,14% -1,51% 1,62% -3,25%

9 -7,46% -0,85% -0,82% 2,06%

15,3 16,67% -1,99% 1,73% 6,49%

24,8 2,51% 1,92% 6,94% 6,50%

30,6 -3,77% 4,32% -4,47% 5,01%

67,7 0,74% -1,85% -4,61% -2,44%

75,8 -2,46% 9,86% -3,47% 7,07%

84,1 -12,99% -0,27% -11,36% -0,94%

141,5 8,48% 6,44% 5,12% 2,77%

Fonte: Autor

Os dados recolhidos resultaram nos gráficos demonstrados das Figuras 52 a 57.

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Figura 52 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo I sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 53 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo I com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 54 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo III sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 55 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo III com manutenção

Fonte: Autor

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92

Figura 56 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo X sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 57 - Leituras após precipitação na placa com película da cor verde tipo X com manutenção

Fonte: Autor

As placas com películas da cor verde, especialmente as do tipo I e III apresentaram

variações consideráveis no seu valor de retrorrefletividade após a precipitação. Esse resultado

deve ser creditado à menor qualidade desses tipos de película e ao fato de que as películas

dessa cor são as que apresentam os menores valores iniciais dentre todas as cores no trecho

experimental. Assim, uma pequena variação no valor de retrorrefletividade medido após a

precipitação representa uma grande porcentagem de variação. A película do tipo X não

apresentou uma grande variação por sua maior qualidade e seu maior valor de

retrorrefletividade.

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Quadro 17 - Variação de leitura de retrorrefletividade de placas com película branca em função da

precipitação

Precipitação e Variação da Retrorrefletividade

Cor e tipo Precipitação

(mm)

Placas sem Manutenção Placas com Manutenção

Δ6h Δ24h Δ6h Δ24h

BRANCO

TIPO I

6 -2,09% -5,88% -4,23% -2,82%

9 -2,51% 0,97% 2,07% 9,68%

15,3 2,81% 1,79% -9,06% -0,59%

24,8 -4,74% 4,15% -0,21% 4,84%

30,6 11,56% 13,06% 7,32% 10,86%

67,7 10,30% 4,02% -0,59% -10,50%

75,8 -15,56% 1,90% -15,46% 1,41%

84,1 -6,28% 2,43% -10,63% 8,75%

141,5 -4,98% -3,78% -2,54% 0,20%

BRANCO

TIPO III

6 3,36% 10,84% -6,03% 5,75%

9 12,51% -0,75% 17,86% -1,23%

15,3 6,94% -0,27% -9,98% -14,70%

24,8 2,49% -11,01% -3,97% -12,68%

30,6 52,75% 10,26% 47,61% 9,37%

67,7 4,17% 5,45% 6,62% 3,54%

75,8 21,39% -3,29% 17,69% -2,33%

84,1 41,29% 1,48% 22,19% -2,50%

141,5 -8,05% -0,50% -8,27% 0,35%

BRANCO

TIPO X

6 -1,10% -6,98% 0,65% -0,88%

9 -0,39% 3,08% -3,04% -2,21%

15,3 7,79% 14,74% 2,47% 8,09%

24,8 7,46% 2,66% 4,80% -2,55%

30,6 -6,79% 2,31% -8,99% 0,60%

67,7 -5,49% -4,81% -2,28% -4,70%

75,8 -6,68% 8,49% -3,65% 8,25%

84,1 -12,81% -2,92% -8,19% -3,05%

141,5 8,87% 2,87% 11,54% 8,10%

Fonte: Autor

Os dados recolhidos resultaram nos gráficos demonstrados das Figuras 58 a 63.

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Figura 58 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo I sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 59 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo I com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 60 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo III sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 61 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo III com manutenção

Fonte: Autor

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Figura 62 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo X sem manutenção

Fonte: Autor

Figura 63 - Leituras após precipitação na placa com película da cor branca tipo X com manutenção

Fonte: Autor

As placas com películas da cor branca do tipo I e X não apresentaram uma grande

variação nos valores de retrorrefletividade, mas a película do tipo III apresentou a maior

diferença percentual de valor de retrorrefletividade pós chuva de todas as placas do trecho

experimental.

O Quadro 18 apresenta o resumo dos valores de máximos e mínimos encontrados nas

leituras 6 e 24 horas após o término da chuva.

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Quadro 18 - Valores máximos e mínimos de variação de retrorrefletividade de acordo com a

precipitação

Cor Tipo Manutenção

Max. 6h Mín. 6h Máx. 24h Mín. 24h

Precipitação

(mm)

Variação

(%)

Precipitação

(mm)

Variação

(%)

Precipitação

(mm)

Variação

(%)

Precipitação

(mm)

Variação

(%)

Vermelha

I Não 75,8 19,9% 67,7 -2,6% 6,0 9,5% 84,0 -14,4%

I Sim 75,8 23,6% 67,7 -4,7% 6,0 9,2% 84,1 -15,4%

X Não 24,8 17,5% 30,6 -9,3% 24,8 23,8% 6,0 -11,4%

X Sim 24,8 6,6% 9,0 -16,5% 75,8 12,0% 6,0 -9,9%

III Não 15,3 18,6% 24,8 -4,6% 67,7 16,5% 24,8 -10,3%

III Sim 30,6 16,5% 24,8 -13,2% 6,0 12,0% 24,8 -13,7%

Amarela

I Não 24,8 4,4% 67,7 -3,2% 24,8 3,2% 84,1 -0,6%

I Sim 141,5 3,6% 15,3 -3,7% 141,5 4,2% 84,1 -0,9%

X Não 24,8 38,5% 9,0 -8,5% 24,8 27,1% 6,0 -5,1%

X Sim 24,8 32,0% 30,6 -16,4% 24,8 35,4% 6,0 -9,1%

III Não 30,6 30,5% 15,3 -10,8% 6,0 7,6% 24,8 -14,9%

III Sim 30,6 30,0% 15,3 -26,7% 6,0 15,1% 24,8 -14,5%

Verde

I Não 75,8 14,6% 24,8 -8,3% 6,0 8,9% 84,1 -13,7%

I Sim 30,6 14,6% 24,8 -7,0% 30,6 6,3% 24,8 -11,4%

X Não 15,3 16,7% 84,1 -13,0% 75,8 9,9% 15,3 -2,0%

X Sim 24,8 6,9% 84,1 -11,4% 75,8 7,1% 6,0 -3,2%

III Não 30,6 33,3% 141,5 -21,1% 6,0 10,1% 141,5 -13,2%

III Sim 84,1 27,7% 15,3 -16,7% 6,0 19,7% 15,3 -14,6%

Branca

I Não 30,6 11,6% 75,8 -15,6% 30,6 13,1% 6,0 -5,9%

I Sim 30,6 7,3% 75,8 -15,5% 30,6 10,9% 67,7 -10,5%

X Não 141,5 8,9% 84,1 -12,8% 15,3 14,7% 6,0 -7,0%

X Sim 141,5 11,5% 30,6 -9,0% 75,8 8,3% 67,7 -4,7%

III Não 30,6 52,7% 141,5 -8,0% 6,0 10,8% 24,8 -11,0%

III Sim 30,6 47,6% 15,3 -10,0% 30,6 9,4% 15,3 -14,7%

Fonte: Autor

Os dados demonstram que 50% das vezes uma mesma chuva é a responsável pelos

máximos e mínimos de películas de mesma cor e mesmo tipo. O máximo de aumento

percentual de retrorrefletividade após 6 horas do término da chuva foi encontrado na película

da cor branca de tipo III sem manutenção, 52,7%. A precipitação que levou a esse aumento

foi de 30,6 mm de volume de chuva. Já a maior queda percentual nessa mesma faixa de tempo

foi encontrada na película de cor amarela tipo III com manutenção, -26,7%, causada por uma

precipitação de 15,3 mm.

Nas leituras realizadas 24 horas após o término da chuva, o máximo absoluto foi

encontrado na película da cor amarela de tipo X com manutenção, 35,4% de aumento de

retrorrefletividade em relação ao valor inicial, relacionado a uma precipitação de 24,8 mm. O

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valor mínimo nessa faixa de tempo foi encontrado na película da cor amarela tipo III sem

manutenção, uma diminuição de 14,9% causada por uma precipitação de 24,8 mm.

Os dados demonstram que, em um período curto como 6 horas após o fim da chuva, há

um aumento maior do valor de retrorrefletividade em placas que não sofrem manutenção. A

água da chuva acabaria por “lavar” essas placas, pois elas estão com uma maior camada de

poluição sobre a película retrorrefletiva. Porém é possível que não sofrer manutenção permita

uma aderência mais rápida da sujeira sobre a película.

Em um prazo mais longo como 24 horas após o fim da chuva, porém, a tendência

levaria a um aumento das leituras de retrorrefletividade de placas que são mantidas sobre

manutenção periódica. A água também “lavaria” essas placas, mas como elas sofrem

manutenção a camada de sujeira tem mais dificuldade de aderir à película, levando o valor a

se manter mais alto após esse período mais longo.

4.3. Resultados do Estudo na Câmara Úmida

Foram realizadas doze leituras nas placas colocadas na câmara úmida, nas datas de

12/11/2015, 27/11/2015, 11/12/2015, 29/12/2015, 20/01/2016, 11/02/2016, 08/03/2016,

24/03/2016, 07/04/2016, 27/04/2016, 24/05/2016 e 14/6/2016, e após cada leitura foi

contabilizado o acumulado de dias que as placas ficaram expostas à umidade. Cada leitura foi

realizada um dia após a retirada das placas do ambiente da câmara úmida, para garantir que a

placa estivesse em condições secas, e cada cor de cada tipo possui um par de placas no qual

um recebeu manutenção e o outro não. A manutenção consistiu da limpeza da placa, antes de

cada leitura, com um pano limpo e seco. Os Quadros de 19 a 21 apresentam as leituras médias

de retrorrefletividade durante esse período.

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Quadro 19 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo I em função de dias expostas à câmara

úmida

Dias na Câmara Úmida e Variação da Retrorrefletividade

Cor

Dias na

Câmara Úmida

0

(12/11)

15

(27/11)

29

(11/12)

47

(29/12)

69

(20/01)

91

(11/02)

117

(08/03)

133

(24/03)

147

(07/04)

167

(27/04)

194

(24/05)

215

(14/06)

Mínimo

da Norma

Tipo I

Verde I (limpa) 73,4 61,4 55 54,4 56 66,4 70,8 71 79,2 63,4 63 64 9

Verde II 75,2 58 50,8 49,6 46,6 52,8 56,2 57,2 55,2 47,8 46,6 43,2

Azul I (limpa) 25,4 18 15,2 16 17,6 22,2 23,2 24,8 27,8 19 19,2 19 4

Azul II 33,8 24,2 22 23,4 18,6 22,2 23,4 23,2 23 15,2 15,8 13,8

Vermelho I (limpa) 61,6 44,4 41,2 42,4 47,8 55,4 59,6 60,2 65 53 51,6 51,2 14

Vermelho II 65,2 51,6 47,8 47,6 44,8 47,4 50,4 51,8 54,2 46,4 41,6 40,2

Amarelo I (limpa) 431,2 353 327,4 325,6 336 385,6 404 417,4 451,8 371 373,2 358,4 50

Amarelo II 446 339,8 294,2 297,2 259,2 279,8 306,2 294,4 311,4 245,6 250 227,2

Branco I (limpa) 443,4 362,2 332,6 351,2 366,4 397,8 433,8 427,2 453,6 353,2 384,2 366,4 70

Branco II 469 401,2 350 322,6 295,2 287,2 302,6 291,6 324,2 261,8 255,2 239,4

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: Autor

Os gráficos relativos aos resultados encontrados nas películas do tipo I estão

representados nas Figuras 64 a 68. As linhas verticais indicam a data a partir do qual as placas

correspondentes começaram a sofrer manutenção.

Figura 64 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo I em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

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100

Figura 65 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo I em comparação com o mínimo de norma

Fonte: Autor

Figura 66 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo I em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

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101

Figura 67 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo I em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 68 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo I em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

As películas do tipo I apresentam um comportamento semelhante apesar da diferença

de cores. As películas das cores Branca e Amarela apresentam um comportamento semelhante

às demais, porém o seu valor de retrorrefletividade inicial é bem maior. Após a 5ª medição,

quando a limpeza começou a ser realizada em uma das placas do par, as placas que receberam

a limpeza apresentaram um gradual aumento no seu valor de retrorrefletividade. Isso ocorre

por conta da menor qualidade da película do tipo I.

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102

Grande parte do valor mais baixo de retrorrefletividade dá-se por conta da poeira

presente na câmara úmida, proveniente dos corpos de prova de concreto que compartilham o

ambiente. Outro fator que leva a diminuição do valor de retrorrefletividade são os fungos que

acabam por se instalar na superfície da película em virtude da alta umidade e da pouca luz que

adentra a câmara. Esse fator é menos notado nas placas que sofrem a limpeza antes de cada

medição.

Os valores mínimos da norma também possuem um valor muito baixo, o que garante

que placas com esse tipo de película continuem em utilização mesmo quando seu valor de

retrorrefletividade apresentou uma grande queda em relação ao inicial.

Quadro 20 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo III em função de dias expostas à câmara

úmida

Dias na Câmara Úmida e Variação da Retrorrefletividade

Cor

Dias na

Câmara

Úmida

0 (12/11)

15 (27/11)

29 (11/12/)

47 (29/12)

69 (20/01)

91 (11/02)

117 (08/03)

133 (24/03)

147 (07/04)

167 (27/04)

194 (24/05)

215 (14/06)

Mínimo

da

Norma

Tipo III

Verde I (limpa) 114,2 87,6 93,8 91,2 93 94,4 96,2 93,8 93,4 102,4 91 102,4 50

Verde II 97,2 75 76 77,2 59,4 54,6 53,4 44,8 34,2 42,6 33,8 40,8

Azul I (limpa) 73 52,8 56,8 58 57,6 55,8 52,8 50,8 53,2 52,6 50 54 30

Azul II 66,4 58,4 53,4 53,2 54 49 49,4 46,6 42 46,2 41 41,6

Vermelho I (limpa) 113 84,4 77,4 82 103,2 101,2 97,6 99 99,2 92,4 91 94,2 65

Vermelho II 104,8 89,2 89,2 90 88,8 80,2 72,6 71,4 62,2 68,4 62,2 62,8

Amarelo I (limpa) 506,2 432,6 405,2 401,4 475 455,8 456,2 455,6 431 431,2 400 440 270

Amarelo II 476,6 384,6 369,2 370,2 367,2 350,2 330,6 310,4 285 303,2 229 226,8

Branco I (limpa) 570,2 449,2 459,4 437 498,2 490,6 490,6 470,2 419 473,4 402 448,4 360

Branco II 603,4 531 482,6 470,4 452,4 428,2 412 416,2 370 397,2 342 349,8

Marrom I (limpa) 66,2 53,2 48,4 48,2 54,6 56,6 55,8 56,8 54,4 52,6 49 53,4 10

Marrom II 71 68 66,8 65 66 65,4 61,6 64,6 51,4 51,2 47 48

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: Autor

Os gráficos relativos aos resultados encontrados nas películas do tipo III estão

representados nas Figuras 69 a 74. As linhas verticais indicam a data a partir do qual as placas

correspondentes começaram a sofrer manutenção.

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103

Figura 69 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 70 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

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Figura 71 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 72 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

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Figura 73 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 74 - Leituras nas placas com película da cor marrom tipo III em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

As películas do tipo III apresentam um comportamento semelhante apesar da diferença

de cores. As películas do tipo III, das cores Branca e Amarela apresentam um comportamento

semelhante às demais, porém seu valor de retrorrefletividade é maior. Após a 5ª medição,

quando a limpeza começou a ser realizada em uma das placas do par, as placas que receberam

a limpeza apresentaram um gradual aumento no seu valor de retrorrefletividade.

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106

A película do tipo III apresenta uma maior qualidade em relação a do tipo I. Por esse

motivo, a norma é mais rígida em relação a perda de retrorrefletividade. Assim, as placas que

não recebem manutenção já perderam retrorrefletividade o suficiente para não estarem mais

de acordo com os valores mínimos da norma. Essa perda ocorre pelas mesmas razões da perda

de retrorrefletividade da película do tipo I, ou seja, a poeira dos corpos de prova de concreto e

os fungos que ficam posicionados na película em virtude da umidade e da falta de iluminação

são os principais responsáveis pela perda de retrorrefletividade das placas. As placas que

recebem manutenção também apresentam um menor grau de incidência desses fatores, já que

a limpeza retira a camada de poeira e os fungos que ficam nas placas.

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107

Quadro 21 - Valores de retrorrefletividade de películas do tipo X em função de dias expostas à câmara

úmida

Dias na Câmara Úmida e Variação da Retrorrefletividade

Cor

Dias na

Câmara Úmida

0

(12/11)

15

(27/11)

29

(11/12/)

47

(29/12)

69

(20/01)

91

(11/02)

117

(08/03)

133

(24/03)

147

(07/04)

167

(27/04)

194

(24/05)

215

(14/06)

Mínimo

da Norma

Tipo X

Verde I

(limpa) 119,2 106,2 104,6 99,2 104,8 97,8 108 107,2 105,2 102,4 90,4 100,8

52

Verde II 118 91,4 95 89,8 82,2 77,4 69,6 64,4 52,2 60,4 50,8 49,2

Azul I (limpa) 87,6 75,6 72,6 71 73,4 75,4 71,4 71,4 69,8 65,4 56,4 62,2 26

Azul II 83,8 71,8 68,8 65 58,2 58,2 58,4 56,2 50,6 56,2 48,6 47,2

Vermelho I

(limpa) 128,8 92,6 83 86,8 112,6 111,6 118,2 113,6 115,8 111,4 103,8 108

106

Vermelho II 135 105,8 97,4 99,2 102,6 96,2 86,2 82,6 71,6 73,6 78 55,4

Amarelo I

(limpa) 546,8 490,2 464 450 515,2 514,8 520 478,2 450 436 426 456,8

395

Amarelo II 568 489 412,4 419,6 392,8 378 393,8 380,4 344,4 364,8 325,2 354,4

Branco I (limpa)

649 492,2 460,2 466,8 552,8 561,8 538,8 529,2 509,4 526,6 486,2 519,6 520

Branco II 651,8 581,4 510,6 501,6 471,8 481 421,2 429,6 391,6 338,6 311,4 311,8

Marrom I

(limpa) 68 57 54 50,8 63,4 63,2 64,8 67 66 62 64,2 63,2

-

Marrom II 69,8 54,4 48,6 46,4 49 48,2 45,8 42 39,8 37,2 32,4 30,2

Laranja

Fluorescente I

(limpa)

267,2 230,2 211,2 219,8 250 233,8 217,6 205,8 191,8 215,8 184,8 219,4

165 Laranja

Fluorescente

II

290,8 246,4 229,8 217,2 219,4 210 206,4 163,4 160 146,4 109,4 124,2

Amarelo

Fluorescente I

(limpa)

441 357,2 323,8 329,2 390 385,6 401 401,6 368,8 388,6 364,8 394,2

330 Amarelo Fluorescente

II

435,8 355,2 355,6 354,6 356,8 351,4 232,8 232 216 229,2 210,2 200,8

Verde Fluorescente I

(limpa)

687,4 526,6 480,6 477 577,8 593,8 619 629,2 632,2 610,6 591,6 597

420 Verde

Fluorescente

II

672,8 528,8 460,8 449,6 418,4 408 366,8 336,6 331,2 287,6 245,8 232

Valores em cd/(lx.m²)

Fonte: Autor

Os gráficos relativos aos resultados encontrados nas películas do tipo X estão

representados nas Figuras 75 a 83. As linhas verticais indicam a data a partir do qual as placas

correspondentes começaram a sofrer manutenção.

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Figura 75 - Leituras nas placas com película da cor verde tipo X em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 76 - Leituras nas placas com película da cor azul tipo X em comparação com o mínimo de norma

Fonte: Autor

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109

Figura 77 - Leituras nas placas com película da cor vermelha tipo X em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 78 - Leituras nas placas com película da cor amarela tipo X em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

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Figura 79 - Leituras nas placas com película da cor branca tipo X em comparação com o mínimo de

norma

Fonte: Autor

Figura 80 - Leituras nas placas com película da cor marrom tipo X

Fonte: Autor

A película tipo X de cor marrom não apresenta um mínimo exigido segundo a norma

brasileira NBR 14644:2013.

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Figura 81 - Leituras nas placas com película da cor laranja fluorescente tipo X em comparação com o

mínimo de norma

Fonte: Autor

Figura 82 - Leituras nas placas com película da cor amarela fluorescente tipo X em comparação com o

mínimo de norma

Fonte: Autor

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Figura 83 - Leituras nas placas com película da cor verde fluorescente tipo X em comparação com o

mínimo de norma

Fonte: Autor

As películas do tipo X apresentam um comportamento semelhante apesar da diferença

de cores. As películas do tipo X das cores Branca, Amarela, Laranja Fluorescente, Amarela

Fluorescente e Verde Fluorescente apresentam um comportamento semelhante porém com

valores iniciais muito maiores e, portanto, nas placas com manutenção o valor continua alto.

Após a 5ª medição, quando a limpeza começou a ser realizada em uma das placas do par, as

placas que receberam a limpeza apresentaram um gradual aumento no seu valor de

retrorrefletividade.

As placas com películas das cores Branca, Vermelha e Amarela possuem valores

mínimos de norma muito altos que quase não são atendidos mesmo pelas placas que sofrem

manutenção. Esses valores mínimos são altos pois essas películas são mais usadas na

sinalização que precisa chamar a atenção do usuário da via. Dessa maneira, é necessário que

seus valores estejam dentro de padrões elevados de retrorrefletividade.

O motivo da queda do valor de retrorrefletividade pode ser, também, creditada a

poeira gerada pelos corpos de prova de concreto e pelos fungos que proliferam-se na umidade

e no ambiente sem iluminação da câmara úmida.

No entanto, segundo a ANTT (2011) existe um valor residual mínimo de 50% do

valor inicial de retrorrefletividade para placas com películas do tipo I e 80% para placas com

películas do tipo III. Dessa maneira, as placas com esse tipo de película, mesmo que não

atendam o requisito mínimo da norma, podem continuar operando seguramente.

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5. CONCLUSÃO

A sinalização viária é um dos fatores mais importantes na garantia de segurança do

usuário da via durante o período noturno, que é o período onde a maior parcela de acidentes

com fatalidades ocorre.

No intuito de entender quais fatores interferem na vida útil da sinalização e quais as

causas da ocorrência de perda de retrorrefletividade durante a utilização de sinais verticais,

foram levantadas as hipóteses da influência do tráfego e do clima nessa perda, e o quanto a

manutenção periódica da sinalização interfere no prolongamento dessa vida útil.

A manutenção demonstrou ser um fator chave para o aumento da utilidade da

sinalização. Na relação da variação da retrorrefletividade com o volume de tráfego que escoa

pelo trecho experimental foi identificado que as placas que sofrem manutenção possuem

leituras de retrorrefletividade até 24% melhores que aquelas que não estão sobre cuidados de

limpeza.

Além disso, a manutenção também se mostrou importante na variação de

retrorrefletividade pós chuva. Imediatamente após ocorre um aumento mais expressivo desse

valor nas placas sem manutenção, com melhoras de até 52,7%, enquanto que em longo prazo

as placas que melhor sentem os efeitos da chuva são as que sofrem manutenção periódica,

com valores podendo chegar a até 35,4% de aumento de valores de retrorrefletividade.

Já quando expostas a ambiente controlado as películas mais uma vez provaram o

benefício da manutenção. Enquanto as placas que não sofreram manutenção perderam

rapidamente a sua retrorrefletividade devido a fatores como fungos, as placas que recebem

manutenção periódica apresentaram os efeitos causados pelos fungos em escala menor, e

conseguiram em sua maioria manter seus padrões acima do mínimo estabelecido pela norma.

Dessa maneira, fica claro que a manutenção desempenha um importante papel na

longevidade da sinalização vertical e que a segurança do usuário da via pode ser mantida por

mais tempo caso a sinalização receba uma manutenção periódica.

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