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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
Daniel Guimarães Germano – DRE: 111209090
Avaliação de Motivação e emoçãoDisciplina: IPG103 2014.1
Entrega: 20/05/2014
1) Defina o conhecimento filosófico:
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. Ele opera em contraposição a Ciência moderna, que não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da Filosofia. Através desta, ele ultrapassa os limites da Ciência – delimitado pela necessidade da comprovação concreta – para compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
2) Caracterize a atividade científica moderna:
A atividade científica moderna pauta-se numa tentativa de realizar uma matematização do mundo. Objetificá-lo, torna-lo claro e, cada vez mais, pragmático.
3) O que o processo motivacional busca tornar inteligível?
O processo motivacional busca aclarar o início de uma atividade, sua direção, problematizar sua manutenção e o seu alvo (meta)
4) Qual o problema da psicologia como ciência?
A psicologia encontra um obstáculo fundamental enquanto ciência que é não possuir um objeto de estudo matematizável e mensurável como as outras ciências. Ela opera sobre os sujeitos e estes estão em eterna reconfiguração e sob uma gama de influências que não permitem afirmar a objetividade destes. A psicologia se configura como um saber.
5) Cite os conceitos de motivação concorrentes em psicologia:
Os dois conceitos que concorrem no que tange ao tema da motivação em psicologia são: O Drive, espécie de impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo; e a autorrealização, desenvolvimento de si-mesmo, designando a tendência do indivíduo de desenvolver-se e crescer como pessoa.
6) Explique a equivocidade do termo instinto:
O termo “Instinto” não é suficiente para açambarcar e explicar o tema da motivação. O instinto encerra o sujeito e tolhe-o, considera certos paradigmas como universais e acaba por produzir uma visão de homem estereotipada, padronizada e pré-definida.
7) O que se entende por motivação propriamente humana?
A motivação propriamente humana é aquela que vai para além do filtro das necessidades básicas e opera na dualidade: drive e autorrealização.
8) Apresente as concepções diferentes de emoção em psicologia:
Em psicologia examinam-se as emoções tratando-as como processos mentais e/ou de comportamento e explorando os processos subjacentes fisiológicos e/ou neurológicos. Nos subcampos da neurociência, tais como neurociência social e neurociência afetiva, os cientistas estudam os mecanismos nervosos da emoção através da combinação da neurociência com o estudo psicológico da personalidade, emoção e humor.
9) Que obstáculo caracteriza o estudo experimental das emoções?
O maior obstáculo ao estudo experimental das emoções é o fato de os estados emocionais, embora costumem, nem sempre acompanharem as sensações somáticas. Tanto pelo método da expressão (mais objetivo, busca registrar e medir as mudanças corporais que acompanham os estados emocionais) quanto da impressão (estuda as emoções de maneira mais introspectiva, ou mesmo retrospectiva) torna-se difícil mensurar e conferir certa legitimidade aos trabalhos que se baseiam num estudo Experimental.
10) A Afirmação: “Há várias psicologias” é falsa. Explique sua falsidade e apresente a dualidade mais fundamental em psicologia. Ilustre com exemplos de motivação ou emoção.
Esta afirmação é falsa, pois cada psicologia clama para si um estatuto de “verdade” que desqualifica as outras, sendo, pois impossível falar de várias psicologias. Se fosse possível existirem várias “psicologias”, subentender-se-ia que não houvesse discordâncias quanto às premissas, objetivos e metodologias de cada uma.
A dualidade mais fundamental que opera na psicologia é a das doutrinas que estudam o homem tal como o encontram ou tal como o supõem ou imaginam. A "psicologia científica" moderna, ou o que se conhece por esse nome, pertence a essa categoria. E por fim, as doutrinas que estudam o homem não do ponto de vista do que ele é ou parece ser, mas do ponto de vista do que ele pode chegar a ser, ou seja, do ponto de vista de seu desenvolvimento.
No que tange ao campo da motivação há a dualidade entre vontade e drive, ou autorrealização e desejo que ilustram perfeitamente a dualidade operante na psicologia. Dualidade entre o que é do campo da consciência e mais exterior, palpável ao sujeito e o que é do campo da subjetividade, da introspecção.