autorregulada ensino médio 3 série

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  • Lngua Portuguesa

    e Literatura

    Professor

    CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess

    PPeeddaaggggiiccaass ddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0022 33 ssrriiee || 22 BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Srie

    Lngua Portuguesa Ensino Mdio 2 3

    Habilidades Associadas

    1. Relacionar as caractersticas dos editoriais e crnicas jornalsticas s produes literrias contemporneas.

    2. Identificar as figuras de linguagem (como metfora e ironia) que produzem diferentes efeitos estilsticos.

    3. Analisar relaes lgico-discursivas marcadas por conectores coordenativos e subordinativos

    4. Distinguir os tipos de discurso (direto, indireto e indireto livre) presentes nos gneros estudados.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 2 Bimestre do Currculo Mnimo de Lngua Portuguesa

    e Literatura da 3 Srie do Ensino Mdio. Estas atividades correspondem aos estudos

    durante o perodo de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir

    no percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento

    da disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional

    de nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, os alunos continuaro com os estudos literrios do

    Modernismo, agora em sua ltima fase, a Gerao de 45. Alm de romances e poesias

    desta fase, eles aprendero sobre crnica literria e jornalstica e alguns recursos

    lingusticos utilizados na linguagem potica, como o neologismo e a metfora. Estudaro

    tambm sobre tipos de discurso e uso de conectivos.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para

    o Professor Tutor.

    Este documento apresenta 08 (oito) aulas. As aulas so compostas por uma

    explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    Atividades propostas. As Atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para

    reforar a aprendizagem, prope-se, ainda, uma avaliao e uma pesquisa sobre o

    assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo ............................................................................................... 03

    Objetivos Gerais .......................................................................................

    Materiais de Apoio Pedaggico ...............................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica .............................................................

    Aula 01: A gerao de 45: romance .........................................................

    Aula 02: Tipos de Discurso .......................................................................

    Aula 03: A gerao de 45: poesia .............................................................

    Aula 04: O uso de conectivos: ligando ideias ...........................................

    Aula 05: A crnica no ps-modernismo ...................................................

    Aula 06: A crnica jornalstica ..................................................................

    Avaliao ..................................................................................................

    Pesquisa ...................................................................................................

    Referncias ..............................................................................................

    05

    05

    06

    07

    11

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    21

    26

    30

    33

    37

    39

    Sumrio

  • 5

    No 2 bimestre da 3 srie do Ensino Mdio, fundamental que o aluno avance

    no estudo das correntes literrias sem, contudo, abandonar o trabalho com os gneros

    no literrios. Por essa razo, na tentativa de abarcar as principais habilidades

    previstas para o 2 bimestre, segundo o Currculo Mnimo, foram reunidos nesse

    material alguns fragmentos de romances, poemas e crnicas da Gerao de 45. Com

    relao literatura, o aluno trabalhar as habilidades: distinguir os tipos de discurso,

    relacionar as caractersticas de crnicas jornalsticas s produes literrias

    contemporneas, de identificar as figuras de linguagem como a metfora. Alm

    disso, o estudo dos textos permitir melhorar a habilidade dos alunos em analisar as

    relaes lgico-discursivas marcadas por conectores coordenativos e subordinativos.

    Ao final do caderno, apresentamos uma proposta de pesquisa e uma avaliao.

    Esperamos que voc tenha um excelente trabalho.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Aula

    Referncia

    Teleaulas

    n Orientaes Pedaggicas do CM

    Reforo

    Escolar

    Aula 1 ---- http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Aula 2 ---- http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Aula 3 33, 39, 65,

    66, 71

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

  • 6

    Aula 4 58 http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Aula 5

    23, 82, 36,

    41, 67, 09,

    50

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Aula 6 58 http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

    cm_materia_periodo.asp?M=9&P=3S ---

    Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreend-lo

    sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma individual

    ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na seo

    Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas nas

    ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com

    toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para

    que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    No primeiro bimestre, estudamos a 1 e 2 fases do Modernismo, suas

    caractersticas e seus principais autores. Agora, vamos avanar e estudar o ps-

    modernismo, especificamente a ltima fase: gerao de 45.

    A poca em que aparece e se desenrola o ps-modernismo literrio de muitas

    mudanas no Brasil e no mundo, principalmente com o fim da Segunda Guerra

    Mundial. A partir de 1945, aparece no Brasil uma gerao de escritores sintonizados

    com o pensar sobre o homem e sobre o mundo, isto , sobre o que abala a nossa alma.

    Tanto na prosa quanto na poesia, os autores desta gerao procuraram

    experimentar novas formas de composio, usando a linguagem de forma diferenciada

    para mostrar seus objetivos.

    Na prosa, podemos destacar: Clarice Lispector, Guimares Rosa, Ariano

    Suassuna entre outros.

    Para que possamos entender as caractersticas literrias desta gerao, vamos

    propor a voc que leia dois fragmentos do Romance Grande Serto: Veredas de

    Guimares Rosa. Antes, porm, que tal conhecer um pouco sobre o autor?

    Trecho I

    De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar no pensava. No possua os prazos.

    Vivi puxando difcil de dificel, peixe vivo no moqum: quem moi no aspro, no

    fantaseia. Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou

    de range rede. E me inventei neste gosto, de es pecular ideia. O diabo existe e no

    existe? Dou o dito. Abrenncio. Essas melancolias.

    Joo Guimares Rosa nasceu em 1908 em Cordisburgo (Minas Gerais).Na infncia

    conviveu com vaqueiros de quem ouvia os causos. Este autor renovou, reinventou a

    prosa regionalista, ao inserir temticas de ordem mstica e filosfica nas suas

    narrativas. Alm disso, o trabalho que autor faz com a linguagem impecvel, pois cria

    palavras, modifica a ordem das mesmas. Guimares Rosa aborda as questes regionais

    e, ao mesmo tempo, tenta mostrar o mundo de cada personagem, a universalidade.

    Aula 1: A Gerao de 45 - romance

  • 8

    O senhor v: existe cachoeira; e pois? Mas cachoeira barranco de cho, e

    gua se caindo por ele, retombando; o senhor consome essa gua, ou desfaz o

    barranco, sobra cachoeira alguma? Viver negcio muito perigoso...

    Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem ou

    o homem arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidado, que no tem

    diabo nenhum. Nenhum! o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo,franco

    alta merc que me faz: e pedir posso, encarecido. Este caso por estrdio que me

    vejam de minha certa importncia. Tomara no fosse... Mas, no diga que o

    senhor, assisado e instrudo, que acredita na pessoa dele?! No? Lhe agradeo! Sua

    alta opinio compe minha valia. J sabia, esperava por ela-j o campo! Ah, a gente, na

    velhice, carece de ter sua aragem de descanso. Lhe agradeo. Tem diabo nenhum. (...)

    Guimares Rosa. Grande Serto: veredas. 1994, pp 7-9. Disponvel em

    http://stoa.usp.br/carloshgn/files/-1/20292/GrandeSertoVeredasGuimaresRosa.pdf

    Trecho II

    Mire veja: um casal, no Rio do Bor, daqui longe, s porque marido e mulher

    eram primos carnais, os quatro meninos deles vieram nascendo com a pior

    transformao que h: sem braos e sem pernas, s os tocos... Arre, nem posso

    figurar minha ideia nisso! Refiro ao senhor: um outro doutor, doutor rapaz, que

    explorava as pedras turmalinas no vale do Araua, discorreu me dizendo que a vida da

    gente encarna e reencama, por progresso prprio, mas que Deus no h. Estremeo.

    Como no ter Deus?! Com Deus existindo, tudo d esperana: sempre um milagre

    possvel, o mundo se resolve. Mas, se no tem Deus, h - de a gente perdidos no vai

    vem, e a vida burra. o aberto perigo das grandes e pequenas horas, no se

    podendo facilitar todos contra os acasos. Tendo Deus, menos grave se descuidar

    um pouquinho, pois no fim d certo. Mas, se no tem Deus, ento, a gente no tem

    licena de coisa nenhuma! Porque existe dor. E a vida do homem est presa

    encantoada erra rumo, d em aleijes como esses, dos meninos sem pernas e

    braos. Dor no di at em criancinhas e bichos, e nos doidos no doi sem precisar

    de se ter razo nem conhecimento? E as pessoas no nascem sempre? Ah, medo

    tenho no de ver morte, mas de ver nascimento. Medo mistrio. O senhor no v? O

    que no Deus, estado do demnio. Deus existe mesmo quando no h. Mas o

  • 9

    demnio no precisa de existir para haver a gente sabendo que ele no existe, a

    que ele toma conta de tudo. O inferno um sem -fim que nem no se pode ver. Mas a

    gente quer Cu porque quer um fim: mas um fim com depois dele a gente tudo

    vendo. Se eu estou falando s flautas, o senhor me corte. Meu modo este. Nasci para

    no ter homem igual em meus gostos. O que eu invejo sua instruo do senhor...

    Guimares Rosa. Grande Serto: veredas. 1994, pp 77-78. Disponvel em http://stoa.usp.br/carloshgn/files/-1/20292/GrandeSertoVeredasGuimaresRosa.pdf

    Depois de ler os fragmentos da obra de Guimares Rosa, responda s questes a

    seguir:

    1. O misticismo, isto , a crena na relao do homem com o sobrenatural, uma

    marca na obra de Guimares Rosa. Observando os dois trechos acima, possvel

    dizermos que as reflexes desenroladas nos levam a estabelecermos uma relao com

    a:

    a) sociologia

    b) filosofia

    c) histria

    d) biologia

    Resposta B. Comentrio: A opo correta a letra (b). Professor, o aluno deve

    perceber que os fragmentos apresentam reflexes acerca da existncia de Deus , do

    Diabo e da vida.

    2. Leia o fragmento do trecho I: (...) o diabo vige dentro do homem (...). Em um

    texto, possvel inferirmos, deduzirmos o sentido de determinadas palavras a partir

    do contexto. Desse modo, a palavra destacada pode ser substituda sem prejuzo de

    sentido por:

    Atividade Comentada 1

  • 10

    a) mora

    b) coordena

    c) necessita

    d) anda

    Resposta A. Comentrio: A opo correta a letra (a). O aluno deve observar o

    contexto para encontrar a opo correta.

    3. De acordo com o contexto do trecho I, diga o que seriao homem arruinado, o

    homem dos avessos.

    Resposta: O homem arruinado e o homem dos avessos seria o homem que tem o mal

    dentro de si. Professor, basta que o aluno atente para o fio condutor do contexto.

    4. (...) Mas a gente quer Cu porque quer um fim: mas um fim com depois dele a

    gente tudo vendo.(...) (Trecho II) Este trecho faz referfncia:

    a) vida mal vivida

    b) vida aps a morte

    c) vida que o homem deixa escapar

    d) vida em comunidade

    Resposta B

    5. Na prosa de Guimares Rosa, possvel encontrarmos muitos aforismos. Aforismos

    so frases que resumem um princpio, um valor ou um ensinamento. No trecho II, h

    alguns. Cite um deles.

    Resposta: Os aforismos so: Com Deus existindo, tudo d esperana: sempre um

    milagre possvel, o mundo se resolve; ou Tendo Deus, menos grave se

    descuidar um pouquinho, pois no fim d certo.

  • 11

    Caro aluno, nesta aula, voc conhecer os tipos de discurso.

    A produo de textos orais ou escritos se d atravs de discurso, isto , de uma

    prtica de linguagem que social. Atravs desse discurso, possvel transmitir uma

    ideia, expor uma opinio, contar uma histria etc. Se pensarmos no texto narrativo, ou

    seja, no texto em que fatos so narrados; o discurso pode aparecer de forma diferente.

    Tudo depender da inteno do autor.

    Os trs tipos de discurso so:

    DISCURSO DIRETO: neste discurso, as falas dos personagens so reproduzidas

    fielmente. Verbos como falar, dizer, perguntar entre outros so usados para

    introduzir as falas. Alm disso, travesses, dois pontos e aspas tambm so usados

    na reproduo das falas.

    Ex.: Filha, estude para a prova! preocupada pediu a me.

    DISCURSO INDIRETO: aqui no h dilogo, os personagens no falam diretamente.

    O narrador atua como intrprete dos mesmos, transmitindo que disseram.

    Ex.: A me, preocupada, pediu que a filha estudasse para a prova.

    DISCURSO INDIRETO LIVRE: um discurso em que ocorre, ao mesmo tempo, a

    mistura de discurso direto com discurso indireto.

    Ex.: Estude para a prova. Pediu a me preocupada.

    Observe, no quadro abaixo, as mudanas que se do na passagem do discurso direto

    para o indireto.

    VERBOS

    DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

    Verbo no presente do indicativo O homem afirmou: Conheo todos.

    Verbo no imperfeito do indicativo O homem afirmou que conhecia todos.

    Aula 2: Os tipos de discurso

  • 12

    Verbo no pretrito perfeito do indicativo A aluna confirmou: No fiz a prova.

    Verbo no mais-que-perfeito do indicativo A aluna confirmou que no fizera (tinha feito) a prova.

    Verbo no futuro do presente O namorado garantiu: Iremos ao cinema daqui a pouco.

    Verbo no futuro do pretrito O namorado garantiu que iriam ao cinema daqui a pouco.

    PRONOMES

    eu, ns, voc(s), senhor (a)(s) O diretor gritou: Eu sei de tudo.

    ele(s), ela (s) O diretor gritou que ele sabia de tudo.

    Meu(s), minha (s), nosso (a)(s) Minha tia quer mais bolo disse o rapaz.

    Seu(s) sua(s), dele (a) (s) O rapaz disse que sua tia queria mais bolo.

    ADVRBIOS

    Hoje, ontem, amanh Ontem, a merenda estava muito boa Disse o estudante.

    Naquele dia, no dia anterior, no dia seguinte O estudante disse que a merenda estava muito boa no dia anterior.

    Aqui, c, a No coloco mais os ps aqui! determinou a mulher

    Ali, l A mulher determinou que no colocava mais os ps l.

    Agora que voc j consegue identificar os tipos de discurso que podem

    aparecer em um texto narrativo, preciso exercitar. Vamos l?

  • 13

    1. Indique o tipo de discurso empregado nos textos abaixo:

    a) Era uma vez um czar naturalista que caava homens.

    Quando lhe disseram que tambm se caam borboletas e andorinhas,

    Ficou muito espantado / e achou uma barbaridade. (Anedota Blgara, Carlos Drummond de

    Andrade)

    Resposta Comentada: O tipo de discurso presente no texto o indireto. Professor,

    preciso que o aluno perceba que o discurso indireto est presente no trecho e achou

    uma barbaridade. Oriente o aluno a consultar o quadro explicativo para observar a

    estrutura deste tipo de discurso.

    b) Thiaguinho agradece presente de Neymar e deseja sorte em estreia.

    T aqui torcendo por voc, Magrelo. (Jornal O Dia - Diverso/Celebridades em 02/08/2013)

    Resposta Comentada: O tipo de discurso presente no texto o direto. Professor,

    espera-se que o aluno perceba que a presena do travesso e do verbo na 1 pessoa

    indicam este tipo de discurso.

    2. Observe o trecho abaixo:

    A gente estava acostumado com o torcedor do Flamengo de todo o Brasil, e estava

    quase esquecendo como aqui (no Rio). Foi emocionante. isso que a gente quer e

    sonha quando vem para o Flamengo disse. (O Globo/ Esportes em 02/08/2013)

    a) Identifique o tipo de discurso presente no trecho destacado acima.

    Resposta Comentada: O tipo de discurso presente o direto. Professor, importante

    que o aluno perceba que a presena do travesso e a incluso do narrador indicam

    este tipo de discurso.

    b) Justifique a reposta dada questo anterior, citando elementos do texto.

    Atividade Comentada 2

  • 14

    Resposta Comentada: O travesso e a incluso do narrador no discurso indicam que o

    tipo de discurso o direto.

    3. Como no exemplo, passe os trechos abaixo para o discurso indireto. Observe tambm

    o quadro acima.

    Ex.:

    Discurso direto:

    Janana disse: Me, no vou escola, porque no estou me sentindo bem.

    Discurso indireto: Janana disse para a me que no iria escola porque no estava se

    sentindo bem.

    a) Acredito que pelo menos o efeito suspensivo parcial seja concedido disse o

    advogado do Flu, Mrio Bittencourt. (oglobo.com.br/Esportes em 03/08/2013)

    Resposta Comentada: O advogado do Flu, Mrio Bittencourt, disse que pelo menos o

    efeito suspensivo parcial seja concedido. Professor, oriente o aluno a consultar o

    quadro explicativo para perceber as mudanas que ocorrem na passagem do

    discurso direto para o indireto.

    b) Na consulta mdica, Simone perguntou:

    Doutor, qual o resultado do meu exame?

    Resposta Comentada: Na consulta mdica, Simone perguntou ao doutor/ mdico

    qual era o resultado do exame. Professor, oriente o aluno a consultar o quadro

    explicativo para perceber as mudanas que ocorrem na passagem do discurso direto

    para o indireto.

    4. Marque (1) para discurso direto, (2) para discurso indireto e (3) para discurso

    indireto livre.

    a) O estudante perguntou se no seria dada segunda chamada da prova. (2)

    b) Qual o sentido da vida? perguntou o rapaz ao pai. (1)

    c) O diretor afirmou que os alunos no entraro fora do horrio. (2)

  • 15

    d) O carteiro caminhava pela rua apressadamente. Eu no estou bem. E continuava

    caminhando. (3)

    5. Leia o fragmento abaixo:

    Instantezinho, porm, se converteu. Isto, que se desapeou, ligeiro, e tirou o

    chapu, com cortesia mor, com gesto de brao, e manifestou:

    Senhores meus cavaleiros, podem passar, sem susto e com gosto, que aqui

    est um amigo...

    Amigo de quem? eu revidei.

    Vosso, meu senhor cavaleiro... Amigo e criado...

    Guimares Rosa. Grande Serto: veredas. 1994, p. 769.

    Disponvel em http://stoa.usp.br/carloshgn/files/-/20292/GrandeSertoVeredasGuimaresRosa.pdf

    A) Que tipo de discurso predomina no fragmento acima?

    Resposta: No discurso acima predomina o discurso direto.

    B) O verbo destacado no fragmento pode ser substitudo por:

    a) perguntei

    b) disse

    c) retruquei

    d) falei

    Resposta C: Professor, mais uma vez preciso que o aluno observe que palavra

    melhor se adapta ao contexto.

  • 16

    Vamos iniciar a nossa aula solicitando a voc, aluno, que observe as palavras

    abaixo:

    No h obra de arte sem forma, e a beleza

    um problema de tcnica e de forma.

    Pricles Eugnio da Silva Ramos

    O que ser que o autor quis afirmar quando escreveu no h arte sem forma

    e que a beleza (de uma obra de arte) uma questo de tcnica e de forma?

    o que vamos descobrir, nesta aula, atravs de uma gerao de poetas que

    ficou justamente conhecida como Gerao de 45, pois o marco da esttica foi o ano de

    1945.

    Esta gerao se preocupava muito com a FORMA de escrever um poema, com a

    linguagem em si, se propunha um retorno s formas tradicionais do verso, como o

    soneto, e negava o experimentalismo dos modernistas de 1922, por isso ficou

    conhecida como a gerao que diz que a poesia a arte da palavra. Ou seja, a arte

    no intuitiva, calculada, nua, crua. E como disse o autor Pricles acima, no h

    obra de arte sem forma, sem forma calculada.

    Do pensamento dessa gerao, podemos ento listar as principais

    caractersticas (procedimentos formais).

    Principais procedimentos formais e lingusticos da Gerao de 45

    Metalinguagem (reflexo sobre o processo de criao literria);

    Postura racional, anti-sentimental;

    Linguagem metafrica ou potica, que relativiza os limites entre poesia e prosa;

    Inveno de palavras novas a partir de recursos disponveis na lngua: neologismo.

    Aula 3: Gerao de 45 - poesia

  • 17

    Com a gerao de 45, "a poesia aprofunda a depurao formal, regressando a

    certas disciplinas quebradas pela revolta de 22, restaurando a dignidade e severidade

    da linguagem e dos temas, policiando a emoo por um esforo de objetivismo e

    intelectualismo, e restabelecendo alguns gneros fixos, como o soneto e a ode".

    (COUTINHO, Afrnio). Alm de renovar a poesia pela prtica da ateno forma, busca

    tambm mensagens de crtica social.

    So poetas dessa poca:

    Joo Cabral de Melo Neto, Ldo Ivo, Pricles Eugnio da Silva Ramos, Domingos

    Carvalho da Silva.

    Veja, agora, um exemplo de poesia da gerao de 1945:

    Catar Feijo

    Catar feijo se limita com escrever:

    jogam-se os gros na gua do alguidar

    e as palavras na da folha de papel;

    e depois, joga-se fora o que boiar.

    Certo, toda palavra boiar no papel,

    gua congelada, por chumbo seu verbo;

    pois catar esse feijo, soprar nele,

    e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

    Ora, nesse catar feijo entra um risco:

    o de que entre os gros pesados entre

    um gro qualquer, pesado ou indigesto,

    um gro imastigvel, de quebrar dente.

    Certo no, quando ao catar palavras:

    a pedra d frase seu gro mais vivo:

    obstrui a leitura fluviante, flutual,

    aula a ateno, isca-a com risco.

  • 18

    Joo Cabral de Melo Neto.

    Comentrio: Catar Feijo um poema em que o poeta, tendo como objeto a

    construo do poema, toma como referente um ato do cotidiano em que tambm o

    escolher, o combinar necessrio. Nesse caso ele compara catar palavras com catar

    feijo. um poema que ao final nos mostra como construir um poema, apresentando

    assim a caracterstica da metalinguagem. Alm disso, a FORMA, o como diz o que diz

    o que importa neste poema de Joo Cabral de Melo Neto, fazendo dele um autor

    tpico da Gerao de 45.

    Fonte: MELO NETO, Joo Cabral de. A educao pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

    Vamos agora comentar sobre outra caracterstica desta Gerao: o NEOLOGISMO. Veja

    o conceito abaixo.

    Neologismo: o processo de criao de uma nova palavra na lngua devido

    necessidade de nomear novos objetos, novos conceitos ou fazer referncia a novas

    ideias em uma situao especfica.

    Voltemos ao poema Catar Feijo. Observe os versos

    a pedra d frase seu gro mais vivo:

    obstrui a leitura fluviante, flutual

    Se voc, caro aluno, for ao dicionrio Houaiss, por exemplo, e procurar por

    fluviante e flutual no encontrar. So duas palavras criadas pelo poeta, so

    neologismos construdos a partir das palavras fluvial (referncia a um rio) e flutuante

    (flutuao prpria em um rio) em que as partes finais das duas palavras, ou seja, neste

    caso especfico, os seus sufixos, so recolocados no outro termo.

    Outro recurso literrio utilizado no poema a metfora.

    METFORA: uma figura de palavra em que um termo substitui outro em vista de

    uma relao de semelhana entre os elementos que esses termos designam.

  • 19

    Didaticamente, pode-se consider-la como uma comparao que no usa conectivo

    (por exemplo, "como")

    Repare que no poema Catar feijo o poeta compara o catar feijo com o

    escrever: catar feijo se limita com escrever, criando uma METFORA.

    At aqui voc aprendeu o que significou a Gerao de 45, observou algumas

    caractersticas, cuidado com a forma, neologismos, metalinguagem metforas. Agora,

    a sua vez de identificar esses recursos nas atividades a seguir.

    1. Ferreira Gullar um escritor contemporneo famoso por seus textos e crticas

    sociais. Leia agora o Poema Obsceno e responda s questes:

    Poema Obsceno

    Faam a festa cantem e dancem que eu fao o poema duro o poema-murro sujo como a misria brasileira No se detenham: faam a festa Bethnia Martinho Clementina Estao Primeira de Mangueira Salgueiro gente de Vila Isabel e Madureira todos faam a nossa festa enquanto eu soco este pilo este surdo poema que no toca no rdio que o povo no cantar (mas que nasce dele)

    Atividade Comentada 3

  • 20

    No se prestar a anlises estruturalistas No entrar nas antologias oficiais Obsceno como o salrio de um trabalhador aposentado o poema ter o destino dos que habitam o lado escuro do pas - e espreitam.

    Ferreira Gullar

    Observe o trecho abaixo e responda por que podemos dizer que nele identificamos

    uma metfora:

    faam a nossa festa enquanto eu soco este pilo

    Resposta comentada: Professor, importante mostrar ao aluno que o eu potico

    compara a escrita da poesia a um trabalho rduo difcil, braal. Os versos iniciais do

    poema podem auxiliar na resposta. Faam a festa/ cantem e dancem/ que eu fao o

    poema duro/ o poema-murro/ sujo/ como a misria brasileira. Assim, identificamos

    a metfora no trecho do enunciado na passagem eu soco este pilo, uma clara

    referncia ao trabalho de se fazer o poema, duro e sujo como a misria brasileira.

    2. Retire do trecho abaixo os neologismos:

    "..As coisas tinham para ns uma desutilidade potica. Nos fundos do quintal era

    riqussimo o nosso dessaber. A gente inventou um truque para fabricar brinquedos

    com palavras..."

    BARROS, M. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 2001.

    Resposta comentada: Os neologismos retirados do trecho so: desutilidade e

    dessaber.

    3. Dos neologismos encontrados por voc, um deles possui uma palavra

    correspondente na lngua portuguesa. Qual seria?

    Resposta comentada: O neologismo desutilidade equivaleria palavra inutilidade,

    j existente na lngua portuguesa.

  • 21

    Nesta aula, iremos aprender como ligar ideias e entender a relao de sentido

    que os conectivos estabelecem.

    Os textos escritos ou orais precisam fazer sentido. Tal sentido obtido atravs

    de vrios recursos, dentre eles esto os conectivos que tambm so chamados de

    operadores argumentativos.

    Os conectivos tm a funo de ligar, conectar partes de frases e textos e, ainda

    de estabelecer relaes de sentido entre essas partes. Essa ltima finalidade a de

    indicar o teor argumentativo dos enunciados, ou seja, orientar, indicar para que

    concluses os enunciados apontam.

    Exemplo: Estou muito cansado, mas vou academia.

    A palavra destacada um conectivo que indica uma noo de adversidade,

    oposio. Devemos usar o seguinte raciocnio: se algum est muito cansado, supomos

    que no tenha nimo para ir a nenhum lugar. Se o indivduo afirma que ir academia,

    ocorrer o oposto do que se esperava.

    Observar a funo dos operadores argumentativos essencial para que faamos uma

    leitura adequada.

    Verifique os principais conectivos no quadro abaixo.

    Adio

    (somam argumentos a favor de uma mesma concluso: e, tambm, ainda, nem, como

    tambm etc.)

    Ex.: Jos Bernardino levantou cedo e acendeu o fogareiro para ferver o caf.

    Oposio, adversidade ou contra-expectativa

    (opem argumentos voltados para concluses contrrias: e, mas, porm, contudo,

    todavia, no entanto, entretanto)

    Aula 4: O uso de conectivos ligando ideias

  • 22

    Ex.: Estudou muito, mas foi reprovado

    Causa e consequncia

    (Iniciam uma orao que indica causa: porque, pois, visto que, j que, em virtude de,

    uma vez que, devido a, por motivo de, graas, em razo de, em decorrncia de, por

    causa de, como, por isso que)

    Ex.: O rio transbordou porque choveu muito.

    Explicao

    Introduzem uma justificativa/explicao relacionada ao enunciado anterior: porque,

    pois, j que, visto que etc.)

    Ex.: Aconteceu alguma coisa com Angelina, porque no sorriu como faz normalmente.

    Condio

    Indicam uma hiptese ou uma condio necessrias para que um fato se realize ou

    no: se, caso, a no ser que, a menos que, desde que etc.)

    Ex.: Se chover, eu no vou praia.

    Finalidade

    (Indicam uma relao de finalidade: a fim de, a fim de que, como intuito de, para,

    para que, com o objetivo de etc.)

    Ex.: O diretor alterou o horrio a fim de que os alunos saiam cedo.

    Concluso

    (Introduzem uma concluso relacionada a argumentos apresentados anteriormente:

    portanto, ento, assim, logo, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), em

    vista disso etc.)

    Ex.: O ser humano age mal, por isso sofre as consequncias.

  • 23

    1. Complete as lacunas com o conectivo correspondente ideia exposta entre

    parnteses.

    a) O candidato estudou muito, mas/porm no foi aprovado no concurso.

    (adversidade)

    b) O menino ficou resfriado porque/pois/visto que pegou chuva ontem. (explicao)

    c) O governo reforou o compromisso com a populao, por isso/ logo/ ento todos se

    acalmaram. (concluso)

    d) O paciente entrou no consultrio, olhou para o mdico e cobrou uma postura do

    mesmo. (adio)

    Comentrio: Professor, considere como satisfatrias as opes em negrito, mas

    possvel que apaream conectivos diferentes devido ao conhecimento lingustico do

    aluno. Explique a eles que o importante no decorar o conectivo, mas saber a

    noo, a ideia que cada um transmite.

    2. Observe as sentenas e articule-as, usando o conectivo adequado.

    Ex.: Comeu muito. Passou mal/ Comeu muito, por isso passou mal.

    a) Pensamentos otimistas funcionam. Voc no vai prosperar do dia para a noite.

    Resposta: Pensamentos otimistas funcionam, mas/porm/entretanto voc no vai

    prosperar do dia para a noite.

    b) O jovem a esperana do futuro. As autoridades precisam investir neles.

    Resposta: O jovem a esperana do futuro, logo/ por isso ento as autoridades

    precisam investir neles.

    c) O Rio de Janeiro recebe muitos turistas. uma cidade atraente.

    Resposta: O Rio de Janeiro recebe muitos turistas, porque/pois uma cidade

    atraente.

    Atividade Comentada 4

  • 24

    d) O rio transbordou. Choveu muito.

    Resposta: O rio transbordou porque/pois/visto que choveu muito.

    e) Os clientes protestaram. Foram bem atendidos.

    Resposta: Os clientes protestaram por isso/e/ foram bem atendidos.

    3. Faa a expanso dos enunciados abaixo, usando o operador argumentativo que for

    mais adequado.

    Ex.: A me no o deixou sair, por isso ficou chateado.

    a) O pai era muito severo por isso/ ento o filho se tornou muito tmido.

    OU - porque temia pela segurana do filho.

    b) Os grevistas protestavam porque/pois/uma vez que queriam melhores salrios.

    OU - a fim de reivindicar melhorias no local de trabalho.

    c) Estava muito preocupado, mas/porm/entretanto no deixou de fazer a prova.

    OU - porque/pois tinha esquecido de pagar a conta.

    d) O filho desobedeceu s ordens da me, mas/porm/contudo foi punido.

    Comentrio: Professor, certamente, aparecero outras respostas. Aceite-as se forem

    condizentes com o contexto.

    4. Mulher expulsa de avio por cantar msica da Whitney Houston . (noticias.r7.com)

    A palavra destacada exerce a funo de um conectivo que indica:

    a)adversidade

    b) concluso

    c) adio

    d) explicao

    Resposta: D

  • 25

    5. Sandlia estraga antes do uso

    Comprei um par de sandlias uma semana antes do carnaval. Na sexta-feira de

    carnaval, o solado do p direito da sandlia partiu, impossibilitando o uso, pois a tira

    saa facilmente. Encaminhei um e-mail rea responsvel no dia seguinte (sbado) e

    no obtive resposta.

    (V.D., Rio de Janeiro em - Retirado de Mala Direta /oglobo.com.br - 08.05.201 - adaptado)

    a) Retire do texto os dois operadores argumentativos.

    Resposta: Os dois conectivos so: pois e e.

    b) De acordo com a tabela, que noes/ideias os mesmos transmitem?

    Resposta: As ideias transmitidas pelos mesmos so respectivamente explicao e

    adversidade.

    c) Escolha um dos operadores e substitua-o por outro equivalente.

    Resposta: Professor se o aluno escolher o conectivo pois poder substitu-lo por

    porque, visto que. Se optar pelo conectivo e poder substitu-lo por mas, porm,

    todavia.

  • 26

    Nesta aula, voc vai ler um pouco sobre o gnero textual crnica. A palavra

    crnica est ligada palavra grega chronos (tempo). um gnero textual de natureza

    narrativa cuja funo social e comunicativa tratar de temas da realidade, do cotidiano

    de forma despretensiosa.

    Na crnica, a sensibilidade de seus leitores atingida pela maneira, muitas vezes

    lrica, com que o tema tratado pelo cronista. Um dos objetivos mostrar a

    grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos do cotidiano. Escreve-se, muitas

    vezes, como quem conversa com os leitores, como se estivesse muito prximo. Os

    autores os envolvem com reflexes sobre a vida de uma forma mgica e potica que

    indica o pertencimento do gnero literatura.

    Um dos principais cronistas de nossa literatura Rubem Braga. A marca

    registrada dos seus textos a crnica potica, na qual alia um estilo prprio a um

    intenso lirismo, provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens, pelos

    estados de alma, pelas pessoas, pela natureza (COUTINHO, Afrnio).

    Outra representante do gnero Clarice Lispector. Alm de romances, a autora,

    que faz parte da gerao de 45, tambm escreveu crnicas.

    Leia a seguir uma crnica de um de seus mais famosos livros de crnica: A

    descoberta do mundo.

    A descoberta do mundo

    O que eu quero contar to delicado to delicado quanto a prpria vida. E eu

    queria poder usar delicadeza que tambm tenho em mim, ao lado da grossura de

    camponesa que o que me salva.

    Quando criana, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir

    um ambiente, por exemplo, em aprender a atmosfera ntima de uma pessoa. Por outro

    lado, longe de precoce, estava em incrvel atraso em relao a outras coisas

    Aula 5: A crnica no ps-modernismo

  • 27

    importantes. Continuo alis atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece

    que h em mim um lado infantil que no cresce jamais.

    At mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os

    americanos chamam de fatos da vida. Essa expresso se refere relao profunda de

    amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. (...) As minhas colegas

    de ginsio sabiam de tudo e inclusive contavam anedotas a respeito. Eu no entendia,

    mas fingia compreender para que elas no me desprezassem e minha ignorncia. (...)

    At que um dia, j passados os treze anos, como se s ento eu me sentisse

    madura para receber alguma realidade que me chocasse, contei a uma amiga ntima o

    meu segredo: que eu era ignorante e fingira de sabida. Ela mal acreditou, to bem eu

    havia fingido. Mas terminou sentindo minha sinceridade e ela prpria encarregou-se

    ali mesmo na esquina de me esclarecer o mistrio da vida. (...) Antes de me reconciliar

    com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um

    adulto responsvel se tivesse encarregado de me contar como era o amor. Esse adulto

    saberia como lidar com uma alma infantil sem martiriz-la com a surpresa, sem obrig-

    la a ter toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistrios.

    Porque o mais surpreendente que, mesmo depois de saber de tudo, o

    mistrio continua intacto. Embora eu saiba que de uma planta brotar uma flor,

    continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo at hoje

    com pudor no porque ache vergonhoso, pudor apenas feminino.

    Pois juro que a vida bonita.

    Fonte: LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco. p. 113-115.

  • 28

    Agora que j sabe quais as caractersticas de uma crnica, volte ao texto de

    Clarice Lispector e responda s questes.

    1. O ttulo do texto A descoberta do mundo. Explique?

    Resposta Comentada: possvel perceber que o ttulo do texto est ligado a uma

    fase da vida do jovem em que o mesmo questiona acerca de muitas coisas. Assim, a

    personagem descobre os segredos de uma das reas de sua vida.

    2. Leia as frases abaixo retiradas do texto A descoberta do mundo, observando as

    palavras em destaque, depois assinale a alternativa que contenha, respectivamente, os

    sinnimos.

    I Fui precoce em muitas coisas.(2 pargrafo)

    II O mais surpreendente que, mesmo depois de saber tudo, o mistrio continuou

    intacto. (7 pargrafo)

    III Seria minha Ignorncia em modo sonso de me manter ingnua? (3 pargrafo)

    a) atrasada/insuportvel/ dissimulado.

    b) adiantada/admirvel/ atrevido.

    c) prematura/admirvel/dissimulado

    d) nenhuma das alternativas

    Resposta: C - Professor, esta questo requer que o aluno atente para o contexto.

    Assim, ele poder deduzir o sentido da palavra.

    3. (...) Eu no entendia, mas fingia compreender para que elas no me desprezassem e

    minha ignorncia. (4 pargrafo)

    a) Retire do trecho acima o conectivo.

    Resposta: mas.

    Atividade Comentada 5

  • 29

    b) Indique a ideia/noo que o mesmo transmite.

    Reposta: A ideia/noo transmitida pelo mesmo a de adversidade/oposio.

    c) Indique outro conectivo que poderia substitu-lo sem prejuzo de sentido.

    Resposta: porm, todavia, entretanto, contudo. Comentrio: Professor, o aluno

    poder consultar o quadro explicativo com os conectivos. Porm, como foi

    ressaltado anteriormente, importantssimo que o aluno reconhea as noes e/ou

    ideias que os mesmo expressam. Assim, incentive-os a olharem para o exerccio

    neste sentido.

  • 30

    Mais acima, voc teve contato com a crnica literria. Agora, voc ter contato

    com a crnica jornalstica. Voc sabe qual a diferena?

    Crnica jornalstica: uma produo textual que tem a finalidade de relatar

    acontecimentos importantes em mbito nacional ou internacional com consideraes

    de opinio de quem escreve. uma forma pessoal de relatar a notcia e, ao mesmo

    tempo, ter a notcia como ponto de apoio para uma viso pessoal de mundo.

    Nas crnicas jornalsticas, esto sempre presentes expresses adjetivas e

    adverbiais, adjetivos, advrbios e verbos especialmente escolhidos. Da, a escolha das

    palavras ser algo importante, porque carrega em si afetividade, ironia, desprezo etc,

    ou seja, emoes, sentimentos e opinies do autor.

    Para sua compreenso, marcamos estas palavras e expresses nos trs

    primeiros pargrafos do exemplo abaixo. Observar seu efeito no texto:

    A luta e a lio

    Um brasileiro de 38 anos, Vtor Negrete, morreu no Tibete aps escalar pela

    segunda vez o ponto culminante do planeta, o monte Everest. Da primeira, usou o

    reforo de um cilindro de oxignio para suportar a altura. Na segunda (e ltima),

    dispensou o cilindro, devido ao seu estado geral, que era considerado timo.

    As faanhas dele me emocionaram, a bem sucedida e a malograda. Aqui do

    meu canto, temendo e tremendo toda a vez que viajo no bondinho do Po de Acar,

    fico meditando sobre os motivos que levam alguns heris a se superarem. Vitor j

    havia vencido o cume mais alto do mundo. Quis provar mais, fazendo a escalada sem

    a ajuda do oxignio suplementar. O que leva um ser humano bem sucedido a vencer

    desafios assim?

    Ora, diro os entendidos, assim que caminha a humanidade. Se cada um

    Aula 6: A crnica jornalstica

  • 31

    repetisse meu exemplo, ficando solidamente instalado no cho, sem tentar a

    aventura, ainda estaramos nas cavernas, lascando o fogo com pedras, comendo

    animais crus e puxando nossas mulheres pelos cabelos, como os trogloditas se

    que os trogloditas faziam isso. Somos o que somos hoje devido a heris que trocam a

    vida pelo risco. Bem verdade que escalar montanhas, em si, no traz nada de prtico

    ao resto da humanidade que prefere ficar na cmoda plancie da segurana.

    Mas o que h de louvvel (e lamentvel) na aventura de Vtor Negrete a

    aspirao de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os riscos.

    No sei at que ponto ele foi temerrio ao recusar o oxignio suplementar. Mas seu

    exemplo e seu sacrifcio- uma lio de luta, mesmo sendo uma luta perdida.

    HEITOR, Carlos, 23/05/2006. Folha Online.

    Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u247.shtml

    Caro aluno, volte ao texto A luta e a lio e responda s questes a seguir.

    1. Vimos que a crnica jornalstica tem a finalidade de relatar acontecimentos

    importantes em mbito nacional ou internacional. Que fato d origem crnica

    jornalstica?

    Resposta: A morte de um brasileiro de 38 anos, Vtor Negrete, morto no Tibete.

    2. O que emociona o autor da crnica?

    Resposta: As faanhas bem sucedidas e malogradas de Vtor: a primeira, usar o

    reforo de um cilindro de oxignio para suportar a altura, a segunda (e ltima),

    dispensar o cilindro, devido ao seu estado geral, que era considerado timo.

    Atividade Comentada 6

  • 32

    3. Na crnica, observamos o posicionamento do autor perante o acontecimento

    relatado: a morte do brasileiro Vitor Negrete ao escalar o Everest. E foi atravs da

    escolha de verbos, adjetivos e advrbios que o autor pode construir uma linguagem

    carregada de afetividade. Observe o trecho abaixo:

    Mas o que h de louvvel (e lamentvel) na aventura de Vtor Negrete a

    aspirao de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os

    riscos. No sei at que ponto ele foi temerrio ao recusar o oxignio

    suplementar. Mas seu exemplo e seu sacrifcio- uma lio de luta,

    mesmo sendo uma luta perdida.

    Retire desse trecho os adjetivos, os verbos e os advrbios que expressem carga de

    afetividade do autor do texto em seu discurso.

    Comentrios: os verbos e os adjetivos que expressam carga de afetividade do autor

    do texto em seu discurso esto sublinhados abaixo.

    Resposta:

    Mas o que h de louvvel (e lamentvel) na aventura de Vtor Negrete a aspirao

    de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os riscos. No sei at

    que ponto ele foi temerrio ao recusar o oxignio suplementar. Mas seu exemplo e

    seu sacrifcio - uma lio de luta, mesmo sendo uma luta perdida.

  • 33

    Caro professor aplicador, sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as

    turmas que esto utilizando este material:

    1 Possibilidade: as disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliao do

    Saerjinho, pode-se utilizar a seguinte pontuao:

    Saerjinho: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    2 Possibilidade: As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho, podem

    utilizar a participao dos alunos durante a leitura e execuo das atividades do

    caderno como uma das trs notas. Neste caso teramos:

    Participao: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    Seguem comentrios s questes da avaliao proposta do caderno de atividades do

    aluno.

    Texto referente s questes 1, 2, 3 e 4.

    BICHO URBANO

    Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do pas estou mentindo ainda que l se possa de manh lavar o rosto no orvalho e o po preserve aquele branco sabor de alvorada No no quero viver em Pirapemas J me perdi

    Avaliao

  • 34

    Como tantos outros brasileiros me perdi, necessito deste rebulio de gente pelas ruas e meu corao queima gasolina (da comum) como qualquer outro motor urbano A natureza me assusta. Com seus matos sombrios suas guas suas aves so como aparies me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases e de estrelas aberto sob minha cabea.

    (GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: Jos Olmpio, 1991.)

    1. Os operadores argumentativos so elementos da lngua que exercem uma dupla

    funo: ligam, conectam enunciados e orientam o sentido dos mesmos. Identifique, na

    primeira estrofe, o operador argumentativo e explicite a orientao argumentativa que

    este confere ao enunciado.

    Resposta Comentada: possvel que a maior parte dos alunos escolha o operador

    (e), mas possvel que outros escolham (ainda que).

    2. A modalizao uma das marcas lingusticas da argumentao e sua funo, nos

    enunciados, mostrar o grau de comprometimento do enunciador com seu enunciado

    ou com o contedo do mesmo. Identifique nos versos abaixo o modalizador e a ideia

    que o mesmo transmite.

    (...) necessito / deste rebulio de gente pelas ruas (...) da primeira estrofe

    Resposta: o modalizador expresso pelo verbo necessito e transmite a ideia de

    necessidade, essencialidade.

    3. Na segunda, estrofe feita uma comparao entre a natureza e a cidade grande.

    (...) me assusta quase tanto quanto esse abismo

    de gases e de estrelas aberto sob minha cabea

    A relao estabelecida de:

  • 35

    a) superioridade

    b) inferioridade

    c) igualdade

    d) semelhana

    Resposta C: O aluno precisa perceber a presena do elemento que indica a relao de

    igualdade.

    4. A obra de Ferreira Gullar abrange o social. Considerando isso e o sentido global do

    poema, como podem ser interpretados os versos a seguir?

    (...) J me perdi /Como tantos outros brasileiros (1 estrofe)

    Resposta: Os versos acima indicam que o eu lrico j perdeu o vnculo com o lugar do

    qual veio e encontra-se perdido, sem rumo diante das variedades da cidade grande.

    Texto para a questo 05

    Canguru

    Todo mundo sabe (ser?) que canguru vem de uma lngua nativa australiana e

    quer dizer Eu No Sei. Segundo a lenda, o Capito Cook, explorador da Austrlia, ao

    ver aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou

    a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em lngua

    local, Gan-guruu, Eu no sei. Desconfiado que sou dessas divertidas origens,

    pesquisei em alguns dicionrios etimolgicos. Em nenhum dicionrio se fala nisso. S

    no Aurlio, nossa pequena Bblia numa outra verso. Definio precisa encontrei,

    como quase sempre, em Partridge: Kangarroo; wallaby As palavras kanga e walla,

    significando saltar e pular, so acompanhadas pelos sufixos ro e by, dois sons

    aborgines da Austrlia, significando quadrpedes. Portanto quadrpedes puladores e

    quadrpedes saltadores. Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rnai, notvel

    lingista e grande amigo de Aurlio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da

    origem real do nome canguru. Mas acrescentou: Que pena. A outra verso muito

    mais bonitinha. Tambm acho.

    Millr Fernandes, 26/02/1999. Disponvel em: http://www.gravata.com/millor

  • 36

    5. Pode-s e inferir do texto que

    a) as descobertas cientficas tm de ser comunicadas aos linguistas.

    b) os dicionrios etimolgicos guardam a origem das palavras.

    c) os cangurus so quadrpedes de dois tipos: puladores e saltadores.

    d) o dicionrio Aurlio apresenta tendncia religiosa.

    e) os nativos desconheciam o significado de canguru.

    Resposta: B

    Comentrio: No podemos concluir atravs da leitura do texto que o autor defende

    que as descobertas cientficas devam ser comunicadas pelos linguistas ou que os

    cangurus so divididos em dois tipos ou que os nativos desconheciam o significado

    de canguru, fato dito em uma lenda e sem comprovao. Ainda menos provvel

    seria dizer que o dicionrio Aurlio apresenta tendncia religiosa somente por ter-se

    feito analogia Bblia que, neste caso, referencial de tamanho. A nica afirmao

    que encontra respaldo no texto a B, uma vez que em um dicionrio etimolgico

    que o autor procura o sentido da palavra canguru. Isso pode ser inferido pela forma

    com a qual ele encontra o vocbulo, dividido em radical + sufixo.

  • 37

    Caro professor aplicador, para a realizao desta etapa, fundamental

    disponibilizar alguns recursos para a turma. Nesse sentido, seria interessante permitir

    que os alunos tivessem acesso sala de leitura ou ao laboratrio de informtica com

    internet para realizar a pesquisa. Caso essas opes no estejam viveis, uma sada,

    seria separar previamente alguns dicionrios e livros didticos que falem sobre a

    Gerao de 45 do Modernismo brasileiro. A terceira etapa da pesquisa pode ser

    finalizada em casa.

    Vale ainda destacar que importante dividir a turma em grupos com, no

    mximo, 5 alunos e solicitar as produes em folha separada para posterior avaliao.

    Caro aluno, agora que j estudamos todos os principais assuntos relativos ao 2

    bimestre, hora de ir alm, pesquisar.

    Voc poder realizar esse trabalho em grupo ou individualmente.

    Seu trabalho dever seguir as etapas abaixo:

    1 V biblioteca de sua escola e pesquise, em livros de literatura brasileira da

    3 srie, poesias da Gerao de 45. Escolha duas de autores diferentes.

    2 Pea um dicionrio bibliotecria e mantenha-o com voc at o final do

    trabalho. Ele servir para eventuais dvidas de vocabulrio em suas leituras e em sua

    produo textual.

    3 Faa um trabalho apresentando as poesias escolhidas por voc e, para cada

    uma delas, informe:

    Pesquisa

  • 38

    I. Nome do autor;

    II. Biografia resumida (mximo de 5 linhas) do autor;

    III. Breve explicao da mensagem da poesia.

    IV. Alguma caracterstica marcante da gerao (metalinguagem,

    neologismos, metforas)

    4 Sua apresentao poder ser manuscrita (escrita mo) ou digitada, em

    folha A4 (folha comum de papel). No se esquea de citar as fontes de cada texto!

    Bom trabalho!

  • 39

    [1] ABAURRE, Maria Luza M., ABAURRE, Maria Bernadete M. Produo de Texto:

    Interlocuo e Gneros. 1 edio. So Paulo: Moderna: 2012.

    [2] _____________, PONTARA, Marcela. Literatura: Tempos, leitores e leituras. 1

    edio. So Paulo: Moderna, 2010.

    [3] COUTINHO, Afrnio. A literatura no Brasil vol. V Modernismo. So Paulo: Global

    Editora, 2007.

    [4] KOCH, Ingedore Grunfeld Villaa. Argumentao e Linguagem. 12 ed. So Paulo:

    Cortez, 2009.

    [5] LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco.

    [6] MARCUSCHI, Luiz Antnio. Gneros textuais: definio e funcionalidade. In:

    DIONISIO, Angela e outros (org). Gneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,

    2002, p.19-36.

    [7] MELO NETO, Joo Cabral de. A educao pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova

    Fronteira, 1997.

    [8] TODOROV, Tzetan. A literatura em perigo. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

    Referncias

  • 40

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda

    Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Ivete Silva de Oliveira Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Andria Alves Monteiro de Castro Aline Barcellos Lopes Plcido

    Flvia dos Santos Silva Gisele Heffner

    Leandro Nascimento Cristino Lvia Cristina Pereira de Souza

    Tatiana Jardim Gonalves

    Equipe de Elaborao