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Auto da barca do inferno – Gil Vicente

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Page 1: Auto da barca do inferno – Gil Vicente. O autor Gil Vicente (1465 – 1536 - ?) é considerado o pai da dramaturgia portuguesa. Sua obra marcou claramente

Auto da barca do inferno – Gil Vicente

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O autor

Gil Vicente (1465 – 1536 - ?)

é considerado o pai da dramaturgia portuguesa. Sua obra marcou claramente a mudança dos tempos, a transição da idade média para o renascimento.

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A peça foi representada pela primeira vez em 1517, mostrando algumas características da sociedade lisboeta da época de maneira crítica.

Intitulada “barca do inferno” devido ao fato da maioria das personagens seguirem para uma barca que não a do anjo.

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A peça:

“O auto da barca do inferno” é uma representação alegórica do juízo final.

Significado de Alegoria no dicionário:

s.f. Expressão de uma idéia através de uma imagem, um quadro, um ser vivo etc.; obra literária ou artística que utiliza esta forma de expressão: os autos das barcas de Gil Vicente são alegorias.

Retórica Metáfora continuada com significado diverso daquele diretamente enunciado.

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Maniqueísmo

O maniqueísmo está presente em “O auto da barca do inferno”, estabelecendo a divisão entre o bem o mal, proposta por Maniqueu, na Grécia Antiga.

Matéria = MAL Espírito = BEM

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Juízo final por Michelangelo

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As personagens

Alegóricas: anjo e diabo Tipos sociais: D. Anrique (fidalgo), um onzeneiro,

Joanantão (sapateiro), Joane (o parvo), Frei Babriel (frade), Brísida Vaz (alcoviteira), Semifará (judeu), um corregedor e quatro cavaleiros.

Todas as personagens vão para a barca do inferno, exceto o parvo e os quatro cavaleiros, pois eles têm lugar garantido na barca da glória.

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um Fidalg:o manto e pajem (criado) que transporta uma cadeira de espaldas. Estes elementos simbolizam a opressão dos mais fortes, a tirania e a presunção do moço.

Onzeneiro: bolsão. Este elemento simboliza o apego ao dinheiro, a ambição , a ganância e a usura.

Parvo: não traz símbolos cénicos, pois tudo o que fez na vida não foi por maldade. Esta personagem representa a inocência e a ingenuidade.

Sapateiro: avental e formas de sapateiro. Estes elementos simbolizam a exploração interesseira, da classe burguesa comercial.

Frade: uma Moça (Florença), uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do clero, e a dissolução dos seus costumes.

Alcoviteira: hímenes postiços, arcas de feitiços, armários de mentir, furtos alheios, jóias de seduzir, guarda-roupa de encobrir, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua actividade de alcoviteira ligada à prostituição.

Judeu: bode. Este elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o simbolo do Judaísmo.

Corregedor e Procurador: processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.

Enforcado: "baraço" (a corda com que fora enforcado) ao pescoço. Este elemento representa a sua vida terrena vil e corruptível.

Quatro Cavaleiros: cruz de Cristo, que simboliza a fé dos cavaleiros pela religião católica.