autismo é um assunto digno de ser bem falado

8/17/2019 Autismo é Um Assunto Digno de Ser Bem Falado

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Autismo é um assunto digno de ser bem falado, por isso aquiencontra 10 frases sobre Autismo que nos fazem refletir sobre asíndrome.

1. “O autismo é parte deste mundo, não um mundo aparte.”Educando en la vida2. “Autismo: apenas uma palavra. Não uma sentença.”

Zazzle3. “O autismo não se cura, se compreende.”

Autismo Ávila4. “Autismo é um espectro. Não eistem dois autistasi!uais.”

Asperger e Autismo no rasil". “As crianças especiais, assim como as aves, sãodi#erentes em seus v$os. %odas, no entanto, são i!uais emseu direito de voar.”

!esica "el #armen $erez&. “'o lado de #ora, ol(ando para dentro, voc) nuncapoder* entend)+lo. 'o lado de dentro, ol(ando para #ora, voc) amais conse!uir* eplic*+lo. -sso é autismo.” Autism %opics. “A vida é como um /ue0ra+ca0eças. 'everamos parar detentar encaiar as pessoas onde elas não ca0em.”

Autor "escon&ecido. “uanto mais lon!e uma criança com autismo camin(a

sem auda, mais di#cil se torna alcanç*+la.”%al' About Autism


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. “O con(ecimento é poder. 5tili6e parte do seu tempopara educar al!uém so0re o autismo. Não necessitamos dede#ensores. Necessitamos de educadores.”

Asperger (omen Association

17. “8essoas com autismo não mentem, não ul!am, não#a6em o!os mentais. %alve6 possamos aprender al!umacoisa com elas.”#afe $ress

Autismo) * quest+es sobre o transtorno#rescer entrevistou o professor de psicologia %&omas (&itman,da niversidade de -otre "ame, nos Estados nidos, autor dolivro recémlan/ado "esenvolvimento do Autismo2. #onfira

$or 3iulia "a&da& 4 Edi/5o) Ana $aula $ontes atualizada em


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6e o transtorno do espectro autista é um desafio para os médicos, o

transtorno é ainda mais angustiante para os pais. #om o ob7etivo deoferecer uma compreens5o mel&or sobre o autismo para diferentesp8blicos, o professor de psicologia %&omas (&itman, daniversidade de niversidade de -otre "ame, nos Estados nidos,lan/ou o livro O Desenvolvimento do Autismo 9Ed. :. oo's, ;<*=,>*?. Em entrevista @ #;E6#E;, o especialista falou sobrediagnstico, papel dos pais no desenvolvimento da crian/a e cura.

9; uais seriam

esses>

%(omas ?(itman: autismo é uma desordem dedesenvolvimento, isto é, verificase ao longo do tempo. $or estaraz5o, manifestase de diferentes maneiras em diferentes idades. $orisso, a tarefa de diagnstico é um desafio. -o entanto, em geral, ascrian/as com autismo tBm dificuldades socialmente em interagircom os outros, parecem menos interessadas nas pessoas ao seuredor e quando &C alguma intera/5o, muitas vezes, é estran&a ou

http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2014/04/o-que-e-autismo.htmlhttp://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2014/04/o-que-e-autismo.html


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inadequada. 6eus padr+es de comportamento, em geral, s5orepetitivos, restrito e rígido. "evido @s suas dificuldades sociais, ascrian/as tBm problemas de aprendizagem em ambientestradicionais.9;

%(omas ?(itman: Duanto mais cedo o diagnstico é feito, osservi/os de interven/5o podem ser colocados em prCtica. sso a7uda areduzir a gravidade dos sintomas da crian/a e permite odesenvolvimento de forma mais natural. 6e uma crian/a édiagnosticada tardiamente, programas de interven/5o pode termenos sucesso no tratamento.

9;

%(omas ?(itman: autismo é geralmente recon&ecido comosendo um dist8rbio genético. :uitos fatores, como a idade dos pais,tBm sido propostos como potenciais gatil&os, porque eles est5ocorrelacionados com a incidBncia de autismo. -o entanto, a

correla/5o n5o necessariamente significa a causa. Fatores comoagentes tGicos em nosso solo, ar e Cgua podem influenciar, poreGemplo, no desenvolvimento cognitivo no entanto, n5o &CevidBncia convincente de que esses fatores provocam o dist8rbio.

Além disso, o mito de que as vacinas produzem autismo tem sidoperpetuada pela falta de pesquisa científica, e as pessoas geralmenteacreditam, 7C que o transtorno, @s vezes, se manifesta logo aps aaplica/5o. A comunidade médica recomenda que todas as crian/asse7am vacinadas, a menos que eGista uma raz5o incontestCvel para an5o vacina/5o, como uma grave desordem do sistema imunolgicoda crian/a.9;

%(omas ?(itman: Em primeiro lugar, eles devem aprender tudoo que puderem sobre o autismo e entender que é uma condi/5o aolongo da vida do fil&o. Em segundo lugar, devem aprender novasformas de educar e recon&ecer que eles s5o os principais professores

da crian/a. $or 8ltimo, precisam recrutar todos os apoios sociais que


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podem para a7udClos na cria/5o, incluindo a assistBnciaeGtrafamiliar e educacional.9;%(omas ?(itman: autismo é uma condi/5o muito compleGa.Eu n5o espero uma cura em breve. ma cura primCria implicarCcompreender mais sobre a base genética dessa condi/5o e o papeldos genes específicos em seu desenvolvimento. Até ent5o, temos deconfiar em interven/+es médicas e educacionais eGistentes erecentemente desenvolvidas.

Entendendo o básico sobre DeficiênciaIntelectualPor Fãs da Psicanálise - 4 de janeiro de 20160

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Comportamento

P%&C%'(#I)'*+& &, DEI'% (E.P%E P%'DEP&I(//Genaldo Vargas - 1 de abril de 2016

0

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& mosuito da denue n3o pica durante a noite 5erdadeou mito Descubra e fiue proteido

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O que é a deficiência intelectual ?

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

estabelece os critérios diagnósticos necessários a uma série de

condiçes! entre elas as de"ici#ncias intelectuais$ O transtorno do

desenvolvimento intelectual ou deficiência intelectual (DI) secaracteri%a &or dé"icits "uncionais! tanto intelectuais 'uanto

ada&tatios$

*lassi"icaç+o ,nternacional de uncionalidade (*,)! &ro&osta &ela

Organi%aç+o Mundial de Sa.de /OMS0 (1223)! de"ine "uncionalidade

como um termo 'ue engloba "unçes do cor&o! atiidades e

&artici&aç+o social$ Outro termo relacionado 4 "uncionalidade é


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"uncionamento ou com&ortamento ada&tatio! 'ue se re"ere a

abilidades conceituais! sociais e &ráticas ad'uiridas &ela &essoa

&ara atender 4s demandas da ida diária$

O que é funcionalidade ou f uncionamento adaptativo?

6 ca&acidade de ada&taç+o 4s e7ig#ncias de inde&end#ncia &essoal e

res&onsabilidade social es&eradas &elo gru&o cultural no 'ual o

indiíduo se encontra inserido$ Sendo assim! o iníduo é

"uncionalmente ada&tado 'uando ele tem a ca&acidade de "a%er de"orma inde&endente suas atiidades e corres&onder de "orma

satis"atória 4s demandas ambientais$

Todas as pessoas com deficiência intelectual têm a mesma

funcionalidade?

8+o! a D, &ossui os níeis de seeridade! a saber! lee! moderada!

grae ou seera! 'ue a &artir do DSM-5! deem ser estabelecidos

com base na aaliaç+o do "uncionamento ada&tatio$

Os indiíduos com D, a&resentam! "re'uentemente! alteraçes no

com&ortamento! como as estereoti&ais$ Os com&ortamentos

estereoti&ados inter"erem na a'uisiç+o de noas com&et#ncias einibem o desem&eno dos indiíduos nas suas ocu&açes diárias!

sendo assim na "uncionalidade$

O que são as Estereotipias?

estereoti&ia é o com&ortamento motor ou ocal re&etitio! rítmico

e 'ue n+o sere a um &ro&ósito a&arente$ Estas s+o usualmente


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associadas a atos motores ou ocais! &odendo! ainda! estarem

associadas 4 mani&ulaç+o n+o "uncional de ob9etos$

• Estereotipais Motoras: moimentos cor&orais sim&les como

balançar o cor&o! agitar os braços! agitar os dedos! "a%er

caretas e o moer re&etidamente árias &artes do cor&o! como

as m+os! braços! &ernas e olos$

• Estereotipais Vocais: se caracteri%am &or sons ocais

re&etitios! discurso re&etitio e obsessio! ecolalia! diálogo em

scri&ting (re&etiç+o de diálogos a &artir de &rogramas

teleisios ou "ilmes) e riso sem &ro&ósito social$

A redução dos comportamentos estereotipados é assumida como

prioridade da intervenção da Reabilitação. Essa característica bem

como outras que reflitam na capacidade funcional da pessoa com DI

são trabalhadas no processo de intervenção que visará a maior

independncia e participação social possível.

Esses tó&icos "oram retirados dos artigos abai7o 'ue oc# &oderá

acessar de "orma gratuita clicando nos lin;s abai7o


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gradua/5o em "ist8rbios do "esenvolvimento naniversidade $resbiteriana :ac'enzie.

IC crian/as que parece n5o aprenderem a recon&ecer os

cdigos que regem a comunica/5o &umana. Al&eias @presen/a dos outros, encerradas num universo prprio einatingível para todos que as cercam, apresentam padr+esrestritos e repetitivos de comportamento. Essa tríade desintomas K dificuldade de intera/5o social, de comunica/5oe repeti/5o de comportamentos padronizados K caracterizaum transtorno do desenvolvimento con&ecido comoautismo.

médico austríaco Jeo Lanner usou essa palavra em 1MNOpara descrever uma série de sintomas que observava emalguns de seus pacientes. #om o passar dos anos, porém,ficou provado que essas crian/as apresentavam apenas umadas manifesta/+es de autismo. -a verdade, as dificuldades

do autista variam em grau e intensidade e ocomprometimento pode ser muito grave e estar associado @deficiBncia mental, ou t5o leve que o portador do transtornoconsegue levar uma vida prGima do normal.

Apesar de autismo n5o ter cura, quanto antes fordiagnosticado, mel&or. #rian/as convenientemente tratadas

podem desenvolver &abilidades fundamentais para suareabilita/5o. problema é que, muitas vezes, os pais serecusam a admitir que o fil&o tem algumas característicasque requerem aten/5o especial e n5o procuram a7uda.

-o rasil, eGiste a A:A K Associa/5o Amigos do Autista K9HHH.ama.org.br? que presta assistBncia a autistas.


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#-#E% E #JA66F#APQ

"rauzio K RocB poderia caracterizar o que se entende porautismoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K -a verdade, o que se c&amade autismo nada mais é do que um tipo de comportamentoque se caracteriza por trBs aspectos fundamentais.$rimeiro) s5o crian/as que parecem n5o tomar consciBncia

da presen/a do outro como pessoa. 6egundo) apresentammuita dificuldade de comunica/5o. -5o é que n5o falem,n5o conseguem estabelecer um canal de comunica/5oeficiente. %erceiro) tBm um padr5o de comportamentomuito restrito e repetitivo. Atualmente, qualquer indivíduoque apresente esses sintomas, em maior ou menor grau, écaracterizado como autista.

#omo se vB, o conceito de autismo é muito amplo. #ostumocomparClo com o de deficiBncia mental, outro con7unto desinais e sintomas presentes numa série imensa de pessoas.

"rauzio K #omo vocBs classificam o autismoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Atualmente, costumase dizerque n5o &C autismo. EGiste um espectro de desordensautísticas, em que aparecem as mesmas dificuldades emgraus de comprometimento variCveis. IC o indivíduoportador das características citadas em grande propor/5o ecom deficiBncia mental graveT o grupo com o tipo deautismo descrito pelo médico austríaco Jeo Lanner que temcomprometimento moderado e os indivíduos com a


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6índrome de Asperger 9Ians Asperger foi o médico que adescreveu?, que s5o autistas com linguagem e intelectopreservados.

"rauzio K RocB poderia dar um eGemplo de autista em cadagrupoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K EGemplo do primeiro grupo éo autista grave, aquele que aparece em propagandas das

institui/+es que cuidam dessas pessoas. 65o crian/asisoladas, que n5o falam e repetem movimentosestereotipados permanentemente, ou ficam girando emtorno de si mesmas. #omo n5o s5o sensíveis @ comunica/5o,n5o respondem quando se fala com elas, n5o interagem como outro e tBm, em geral, deficiBncia mental importante.

Ao segundo grupo pertencem os autistas que c&amamos declCssicos. Esses falam, mas n5o se comunicam. 65o capazesde repetir fora do conteGto uma frase inteira que ouviramnum programa de televis5o na noite anterior. -o entanto, sel&e perguntarmos quantos anos tBm ou qual é o seu nome,n5o respondem. sso mostra que ouvem e podem falar, masn5o usam a fala com ferramenta de comunica/5o. Esses tBmtambém dificuldade de compreens5o. Embora possam

entender enunciados simples, apreendem apenas o sentidoliteral das palavras. -5o compreendem as metCforas nem oduplo sentido. 6e vocB disser muito bem2, n5o s5o capazesde perceber que, na língua portuguesa, essa eGpress5o podesignificar tanto muito bem2 quanto muito mal2. AutistasclCssicos s5o voltados para si mesmos e tBm liga/5o muitopobre com o ambiente. -5o ol&am nos ol&os dos outros,

n5o entendem pistas sociais.


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-o terceiro grupo, est5o os portadores da 6índrome de Asperger, que apresentam as mesmas dificuldades dos

outros, mas numa medida bem reduzida. 65o verbais einteligentes. %5o inteligentes que c&egam a ser confundidoscom gBnios, porque s5o imbatíveis nas Creas docon&ecimento em que se especializam. Ri na televis5o umacrian/a portadora dessa síndrome que costuma serapresentada como uma das maiores autoridades mundiaisem animais pré&istricos. garoto sabe tudo sobredinossauros. "e onde vieram, o tipo de "-A, o que comiam,onde viveram. Entretanto, se l&e fizermos uma perguntasimples K Duantas pessoas vivem na sua casaS , ele secomporta como se estivéssemos falando grego.

Estabelecer a diferen/a entre superdotados e portadores dasíndrome de Asperger em crian/as pequenas é quase

impossível. IC um menino em :anaus que sabe de cor omapa cartogrCfico da cidade. "esen&a todas as ruas, colocao nome das lo7as e o n8mero dos telefones, mas n5oconsegue ser alfabetizado na escola.

"rauzio K -5o dC para imaginar como uma pessoa é capazde decorar o mapa cartogrCfico de uma cidade ou até

mesmo uma lista telefUnica inteira e n5o é capaz deinterpretar con&ecimentos mínimos como seu nome e on8mero de pessoas que moram em sua casa.

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Eu acredito que a pessoanormal n5o enGerga com os ol&os. ;egistra a imagem nosol&os, mas é seu cérebro que processa a informa/5o. -os

autistas com síndrome de Asperger, a vis5o é fotogrCfica.


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Eles veem o que a retina capta. EGiste um rapaz nanglaterra, com cerca de trinta anos, que é considerado umdos maiores desen&istas contemporVneos. neurologistainglBs liver 6ac's, autor de vCrios livros a respeito deautismo, levouo a passear pelo mundo. "epois que visitauma cidade, ele é capaz de desen&ar os edifícios respeitandoas propor/+es e reproduzindo todos os detal&es comprecis5o. Esse mo/o faz uma coisa impossível para qualquerum de ns. 6e vocB e eu descrevermos o mesmo ob7eto,certamente iremos descrever duas coisas diferentes, porquecada um de ns o enGergou a seu modo. Ele n5o. ;eproduz

o prédio eGatamente como é.

#A6A6

"rauzio K RocB n5o ac&a estran&o eGistir uma patologiacom classifica/5o de espectro t5o amplo, que abrange

pessoas com incapacidade total de comunica/5o e outrascom sinais de genialidadeS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Esse é o problema. DuandoLanner descreveu o autismo em 1MNO, ac&ou que estavadescrevendo uma doen/a específica que n5o fugia doquadro clCssico que os onze pacientes estudados

apresentavam. fato é que, com o passar do tempo, fomos vendo que n5o era uma doen/a específica, nem ocorria porculpa da m5e, porque era essa a vis5o que se tin&a naquelaépoca e, por incrível que pare/a, persiste até &o7e em algunslugares.

Em outras palavras) por conta da maternagem inadequada,a crian/a normal tornavase autista. %anto era assim que


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ainda &C gente dizendo que o autismo é causado por umambiente problemCtico e prop+e terapias psicanalíticascomo tratamento.

Entretanto, @ medida que se foi con&ecendo mel&or essapatologia, o conceito de autismo ampliouse de tal formaque cabe uma compara/5o com a deficiBncia mental,primeiramente descrita como um quadro clCssico, típico dealguns pacientes, e depois como problema que compreendeuma categoria enorme de doen/as.

-a verdade, n5o é eGagero dizer que autismo n5o é umadoen/aT é um capítulo da neuropediatria.

"rauzio K EGistem causas para o autismoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K -s nunca vamos con&ecer acausa do autismo, porque a cada momento estamosdescobrindo novas possibilidades. Eu poderia elencar W0,O0, N0 condi/+es diferentes que podem cursar com autismo. A síndrome de "oHn, a síndrome do XFrCgil e uma sériede outras doen/as podem cursar o autismo. "a mesmaforma, a síndrome fetal alcolica provocada pela ingest5o de

Clcool durante a gravidez é uma das causas frequentes dedeficiBncia mental e autismo.

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"rauzio K #rian/as autistas nascem, c&oram, alimentamsenormalmente. Em que fase da vida aparecem as primeirasmanifesta/+es da doen/aS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K "epende muito da gravidadedo comprometimento. Ramos pegar o eGemplo do autistaclCssico. s vezes, a m5e conta que, desde que saiu damaternidade, esse fil&o é diferente dos irm5os. -5o ol&apara ela, n5o quer pegar o peito, n5o se anin&a no colo. -oentanto, frequentemente, por n5o con&ecer a doen/a, ela

ac&a que esse é o 7eito, é o temperamento daquela crian/a.

EGistem filmes provando que uma crian/a normal comcinco &oras de vida 7C é capaz de imitar uma eGpress5ofisionUmica. 6e estiver bem alimentada e num ambientetranquilo e mostrarmos a língua, ela nos mostrarC a línguatambém. A crian/a autista nunca faria isso. $erceber essa

diferen/a, porém, depende muito dos ol&os de quem estCobservando. Io7e, se fala muito sobre diagnstico precocede autismo. Ami Llin, psiquiatra e neurocientista brasileiroque estuda muito o problema e dirige o centro de pesquisasobre autismo da niversidade de [ale, defende odiagnstico em bebBs. \ obvio que é impossível fec&ar odiagnstico de autismo numa crian/a de seis, oito meses.-5o se fec&a, mas levantase a suspeita, o que permiteadotar uma conduta terapButica até certo ponto corretiva.

"rauzio K 6ua grande eGperiBncia clínica noacompan&amento desses pacientes mostra que os paiscome/am a perceber o problema quando o fil&o tem queidadeS


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!osé 6alom5o 6c&Hartzman K #om trBs anos. Essa é a faseem que 7C esperaram tempo suficiente para a crian/a falar,para comunicarse de alguma forma. Entretanto, quando selevanta a &istria do paciente, em todos os casos, surgemindícios importantes de que 7C &avia algum dist8rbio nodesenvolvimento dessa crian/a que n5o foi corretamenteconsiderado.

6e os pais dos bastante afetados procuram auGílio quando ofil&o tem entre dois e quatro anos, autistas poucos afetados

podem descobrir que tBm a doen/a depois de adultos.%en&o casos de pais que souberam ser portadores dasíndrome de Asperger, que é o autismo de bom rendimento,quando o diagnstico foi feito no fil&o.

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"rauzio K EGiste concentra/5o de casos de autismo emcertas famíliasS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K EGiste um fator genéticoindiscutível. -os casais que 7C tiveram fil&os autistas, aprobabilidade de ter mais um é de cerca de W^. $arece

pouco, mas significa um risco de *0 a 100 vezes maior doque na popula/5o em geral.

"rauzio K Dual é a prevalBncia do autismo na popula/5oS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Admitese que a prevalBncia

n5o s do autismo clCssico, mas de todas as condi/+es do


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espectro autista se7a de um para mil. -a #alifrnia 9EA?,os 8ltimos relatos falam de um caso para cada 1*0 crian/as,o que n5o é possível. %alvez, o conceito deles se7a t5o amplo,que daqui a pouco todos ns seremos considerados umpouco autistas.

"rauzio K Dual é a vantagem do diagnstico precoce deuma doen/a que pode ter uma evolu/5o que vai desde oretardo mental e a impossibilidade de aprender até agenialidade se o con&ecimento for dirigidoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K 6e ten&o uma crian/a quenecessita de mais estímulo para tentar estabelecer umarela/5o com a m5e, com o pai, com os irm5os, oaconsel&amento familiar precoce permite ensinar técnicasque tentem facilitar essa comunica/5o. Além disso, eGistemmedicamentos que podem ser indicados em determinadas

situa/+es.

-5o &C cura para o autismo, mas acontece que algumaspessoas tBm mel&ora t5o grande com o tratamento quepodem levar vida independente. %en&o autistas adultos,casados, com fil&os, que s5o eGcepcionalmente bem dotadosem algumas Creas do con&ecimento e tomaram consciBncia

da prpria doen/a aos N0 anos. Esses tiveram um percursofeliz, porque o dist8rbio evoluiu de forma adequada e, emgrande medida, tiveram famílias e escolas que souberamtrabal&ar suas dificuldades.

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"rauzio K #omo reagem os pais ao saber que tBm um fil&ocom autismoS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K :in&a sensa/5o é que dascondi/+es que cursam com os dist8rbios dedesenvolvimento, o autismo talvez se7a a mais difícil deconviver. #omo é possível ter uma rela/5o de afeto comalguém que n5o corresponde a nen&uma tentativa deaproGima/5o, que n5o se pode abra/ar nem dar um bei7onem ensinar a falar tc&auS

-a família de um autista, n5o é s a crian/a que estC doente. A família inteira fica seriamente comprometida. $or isso,quando observavam a dinVmica familiar alterada, os autoresantigos c&egavam @ conclus5o de que pais t5o ruins assim,que n5o se comunicavam com os fil&os, desencadeavamesse tipo de comprometimento na crian/a.

"rauzio K Eles consideravam a consequBncia, como causa.

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Faziam isso, quando, na verdade, é a crian/a doente que, desde o come/o, n5opermite uma rela/5o parental adequada. Entretanto, tudo

vai depender muito de quem s5o os pais e de como reagem.IC os que, apesar da dificuldade de entrar em contato coma crian/a, tentam identificar o que ela tem de anormal.Entretanto, é frequente encontrar famílias que n5o querem ver a dificuldade do fil&o. :uitas se negam a perceber que ofil&o adolescente, durante a vida toda, teve umcomportamento fora do &abitual e acabam inventandoeGplica/+es para n5o admitir que ele é portador de uma


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condi/5o grave como o autismo. sso atrasa demais apossibilidade de a7udar a crian/a.

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"rauzio K s autistas devem frequentar escolas comunsS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K "epende do grau decomprometimento. Atualmente, no rasil, a política é tentara inclus5o dos indivíduos com deficiBncia em escolasregulares. sso vale para algumas pessoas e para algumasescolas.

$essoalmente, n5o gosto de discutir a inclus5o como algofilosfico ou determinado pelo :E#. Ac&o que se deve

analisar caso a caso e levar em conta, antes de mais nada, olocal onde estar5o mel&or os deficientes. %en&o doisautistas adolescentes cursando a 6$. -5o tBm vida socialintensa, mas est5o vivendo de forma bastante adequada. 6e vocB conversar com eles, perceberC algo de estran&o em seucomportamento, mas talvez a maneira de agir dessesestudantes n5o se distancie muito da de vCrios con&ecidosesquisitos que temos.

ndivíduos como eles podem e devem cursar escolasregulares. A quest5o é quando a crian/a n5o fala, n5o secomunica e apresenta movimentos estereotipados. #olocadadentro de uma classe regular, n5o s serC eGcluída do grupo,como deiGarC de beneficiarse com a aplica/5o de técnicaspedaggicas que d5o certo com os autistas. $or eGemplo, a


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técnica %eacc& que é muito usada nos Estados nidos e baseiase na modifica/5o do comportamento.

-a verdade, ninguém pode dizer que o mel&or tratamentopara crian/as autistas é este ou aquele. #ada pessoa eGigeuma abordagem individualizada de acordo com ascaracterísticas de suas dificuldades.

"rauzio K EGistiria uma lin&a mestra a ser seguida no

tratamento dos autistasS

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K -5o eGiste. 6e a crian/aapresenta pre7uízo da comunica/5o, o atendimento tem deser precoce e é preciso utilizar todos os métodos disponíveispara estabelecer algum tipo de comunica/5o. 6e n5oconseguir fazBlo verbalmente, que se7a por qualquer outro

modo. IC quem ensine a linguagem de sinais para osautistas. utros usam o computador. importante éconvencer a família de que o fundamental é estabelecer umapossibilidade de comunica/5o entre o autista e o mundo,n5o importa qual se7a.

s pre7uízos de linguagem dos autistas verbais, sua

dificuldade de entender as metCforas e o duplo sentido,podem ser superados pela cogni/5o. m dos rapazes queest5o estudando na 6$ e foram aprovados no vestibular, étimo aluno e provavelmente vai ser timo professor dadisciplina que escol&eu. utro dia, ele me falou) 6alom5o,ter síndrome de Asperger é uma coisa complicada2, e pediupara m5e me contar o que l&e &avia acontecido. "esde queele era pequeninin&o, antes de sair para o trabal&o, a m5edeiGava um ovo cozido e descascado para o fil&o comer no


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café da man&5. m dia, porém, ela n5o seguiu esse ritualcompletamente e, quando voltou para casa, encontrou orapaz, que deveria estar na faculdade, sentado @ mesa,ol&ando para o ovo. RocB perdeu &oraS2, perguntou. -5o,m5e, vocB esqueceu de descascar o ovo2. #omo nunca tin&a visto alguém descascar um ovo, foi incapaz de fazBlo.

"e fato, fica difícil de entender como um rapaz que passouno vestibular, é eGcelente aluno, inteligente, é incapaz deenfrentar uma situa/5o nova t5o simples quanto descascar

um ovo.

"rauzio K -5o s n5o descascou o ovo, como ficouparalisado_

!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Absolutamente paralisado. E

ele conta outras eGperiBncias iguais. m dia, a m5e l&epediu para pegar um ob7eto no portamalas do carro. #omodemorasse muito para voltar, foram atrCs dele para ver oque estava acontecendo. Encontraram o rapaz noestacionamento do restaurante, com a c&ave do carro nam5o, ol&ando para o portamalas sem saber como abrir,pois nunca ninguém l&e tin&a ensinado a enfiar a c&ave nafec&adura. sso prova a necessidade e importVncia de adotar

atitudes pedaggicas. \ preciso ensinar esses indivíduos afazerem determinadas coisas que presumiríamos seremcapazes de aprender sozin&os.

"rauzio K \ visível o progresso dessas crian/as quandotratadas adequadamenteS


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!osé 6alom5o 6c&Hartzman K Em algumas, sim. problema é que quanto maior a deficiBncia mental, menor apossibilidade de gan&os significativos. -o entanto, comonas crian/as pequenas os dados para diagnstico n5o s5oclaros, empen&ome no tratamento, embora as respostaspossam ser muito diferentes. IC casos que evoluem t5o bem, que se usa a eGpress5o saiu do quadro autístico2, quen5o é adequada. Autismo é um dist8rbio incurCvel. 6e&ouve revers5o do quadro, a pessoa n5o era autista.

%en&o muitos pacientes com autismo que sararam, masnunca vou apresentClos num congresso, porque foramclassificados como autistas por erro de diagnstico. $orisso, fec&ar o diagnstico antes do cinco anos é complicado. médico pode levantar a &iptese, mas o consenso é que odiagnstico de certeza s se7a feito por volta dos quatro anose meio de idade.

autismo é um assunto digno de ser bem falado

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