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8/17/2019 Aulas Transcritas Imuno - Prof Luciana - BOM http://slidepdf.com/reader/full/aulas-transcritas-imuno-prof-luciana-bom 1/26 1 Imunobiologia Fellype de Bulhões Ojeda – MedUFF211 Professora Luciana Imunidade Inata Inata-> menos específica  Presente ao nascet  Não muda a intensidade do seu sinal com a exposição ao antígeno (não muda sua resposta) Adquirida-> mais específica  Células proliferam a partir da exposição ao antígeno  Aumenta a intensidade (da resposta, do sinal) com a exposição ao antígeno Linfócitos B e T -> típicos da imunidade adquirida, porém já nascemos com eles só que eles permanecem inativos até o com contato com o antígeno. Ao entra em contato com o antígeno, essas células se ativam e se proliferam (produzem clones)= expansão/proliferação clonal. OBS: é errado dizer que imunidade inata é inespecífica. Ela é apenas menos específica que a adquirida. Receptores da Imunidade Inata X Adquirida Inata: PRR – receptores de reconhecimento padrão -> reconhecem padrão moleculares associados ao patógeno (PAMBs) Ex: LPS (presente em bactéria), manose, metioninca. Adaptativa: receptores com regiões variáveis na sua extremidade, permitindo reconhecer maior variedade de antígenos, portanto é mais específico. BcR: célula B, TcR: célula T *O sistema imunológico não serve apenas para a defesa, mas também para manter a homeostasia. Foi criado para manter a homeostasia, a defesa é consequência. A medula óssea produz linfócitos B diferentes todos os dias -> maior variabilidade (consegue reconhecer mais tipos de antígenos) O timo é grande quando nascemos e diminui ao longo da vida. As células T proveniente deles se mantém no corpo e fazem outras por expansão clonal. Imunidade Inata possui a mesma quantidade e mesmo tipo de células por toda a vida. O idoso não possui sistema imunológico melhor pois não consegue repor a quantidade de linfócitos. *Importante: Possuimos dois tipos de linfócitos B -> Tipo B1 e tipo B2. Eles possuem receptores diferentes, portanto reconhecem antígenos diferentes. Receptores Toll-like e seus ligantes  11 tipos de receptores

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Imunobiologia

Fellype de Bulhões Ojeda – MedUFF211

Professora Luciana

Imunidade Inata

Inata-> menos específica

 

Presente ao nascet

  Não muda a intensidade do seu sinal com a exposição ao antígeno (não muda sua resposta)

Adquirida-> mais específica

 

Células proliferam a partir da exposição ao antígeno

 

Aumenta a intensidade (da resposta, do sinal) com a exposição ao antígeno

Linfócitos B e T -> típicos da imunidade adquirida, porém já nascemos com eles só que eles permanecem

inativos até o com contato com o antígeno. Ao entra em contato com o antígeno, essas células se ativam e

se proliferam (produzem clones)= expansão/proliferação clonal.

OBS: é errado dizer que imunidade inata é inespecífica. Ela é apenas menos específica que a adquirida.

Receptores da Imunidade Inata X Adquirida

Inata: PRR – receptores de reconhecimento padrão -> reconhecem padrão moleculares associados ao

patógeno (PAMBs) Ex: LPS (presente em bactéria), manose, metioninca.

Adaptativa: receptores com regiões variáveis na sua extremidade, permitindo reconhecer maior variedadede antígenos, portanto é mais específico. BcR: célula B, TcR: célula T

*O sistema imunológico não serve apenas para a defesa, mas também para manter a homeostasia. Foi

criado para manter a homeostasia, a defesa é consequência.

A medula óssea produz linfócitos B diferentes todos os dias -> maior variabilidade (consegue reconhecer

mais tipos de antígenos)

O timo é grande quando nascemos e diminui ao longo da vida. As células T proveniente deles se mantém no

corpo e fazem outras por expansão clonal.

Imunidade Inata possui a mesma quantidade e mesmo tipo de células por toda a vida. O idoso não possuisistema imunológico melhor pois não consegue repor a quantidade de linfócitos.

*Importante: Possuimos dois tipos de linfócitos B -> Tipo B1 e tipo B2. Eles possuem receptores diferentes,

portanto reconhecem antígenos diferentes.

Receptores Toll-like e seus ligantes

 

11 tipos de receptores

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  A ausência desses receptores n

  Substâncias reconhecidas por e

TLR2 e TLR6

TLR4

TLR5TLR9

*hsp60 é uma proteína endógena, ela

não responde, evitando assim uma doe

Além disso há receptores na membran

Outras moléculas de reconhecimento

Receptores citoplasmáticos:

RIG-I=Reconhecem RNA viral; NOD=rec

Linhas de Defesa

Células da Imunidade Inata

a)  Monócito

São células precursoras dos ma

circulante.b)  Macrófagos

Realiza fagocitose: engloba par

lisossomos.

  Destruição de patógen

Liberação de citocinas,

Mic

Barreiras físicaporta de entrada

químicas (pH (enzima)e bioló

cél

as células está relacionado a causas de câncer

sses receptores e presentes em antígenos

Lipoproteínas, lipoarabinomananas,peptidioglicanos, zimosan, ancoras de GPI

LPS, taxol, hsp60*

FlagelinaCpG DNA

stá presente no próprio organismo humano. O TLR

nça auto-imune. Portanto há antígenos endógenos

e receptores intracelulares (citosólicos)

adrão

onhecem peptidioglicanos de bactérias.

crófagos (presentes apenas no tecido infectado). P

ículas sólidas e as digere a partir de enzimas digest

s

cuja função é sinalizar quando algo está fora dos pa

roorganismos invasores

  s (pele integra, pois pele rompida é

para microorganismos; pelos e cílios),a vagina, do estomago), salíva com

gicas (flora intestinal -> microbiota)

ulas da imunidade inata

imunidade adqurida

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reconhece mas

e exógenos.

esente no sangue

ivas presentes nos

drões.

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  APCs=células apresentadoras de antígenos -> apresentações de antígenos para a imunidade

adquirida. APCs= macrófagos, linfócito B e célula dendrítica.

c) 

Neutrófilos (se cora com corante ácido e básico)

Também chamados de granulócitos ou PMN (polimorfo nuclear, portanto uma célula com várias

formas de núcleo).

Possui núcleo trilobulado e é capaz de realizar fagocitose. É a primeira célula a chegar no local da

infecção ou da inflamação. Possui uma sobrevida de aproximadamente 12 horas.

d) 

Célula dendríticas (forma estrelada)

Tamém é uma célula apresentadora. Possui capacidade fagocítica. Possui 2 moléculas que permitem

a apresentação de antígenos para o linfócito T: MHCI (presente em todas células nucleadas) e MHC II

(presente apenas nas células apresentadoras)

e) 

Célula NK = Natural Killer 

Mata 2 tipos celulares: células infectadas por vírus (vírus depende da célula hospedeira) e células

tumorais.

A célula possui grânulos.

Destruição não é por fagocitose, mas pela liberação de grânulos contendo: perforina (faz um poro) egranzima (que ativa capazes, induzindo a apoptose)

Possui receptores ativadores e inibidores:

Receptores inibidores: reconhece MHCI -> a presença dele impede a atuação de célula NK. Portanto

células sem MHCI e que exibem alterações de membrana sofrem ação da NK.

Receptores ativadores: reconhece proteínas do antígeno presente na membrana da célula.

Para a NK se ativar precisa de 2 sinais:

  Não ter MHCI

  Ter anormalidades na membrana da célula.

Por isso a NK não mata a hemácia, que apesar de não ter MHCI, não possui elementos

ativadores de NK.

Proteínas Circulantes da Imunidade Inata (componente Humoral)

  Sistema complemento

Conjunto de proteínas que são clivadas dentro do sangue e auxiliam o sistema imunológico.

Possui 3 vias:

1.  Via Clássica: depende da ligação antígeno/anticorpo, portanto depende de linfócito B, logo

pertence a imunidade adquirida.

2.  Via da Lectina: depende da MBL Pertence a imunidade inata, portanto

3.  Via alternativa: “Caminho + curto” não depende de anticorpo

*Todas vias passam por C3.

*Efeito cascata: uma proteína vai clivando a outra sucessivamente.

Via terminal de ativação do sistema complemento

As vias formam um complexo de ataque à membrana (MAC, CAM). Atacam a membrana da célula do

patógeno, lisando-a. Fazem um poro na célula do patógeno, destruindo-o por choque osmótico.

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OBS: atacam patógenos fora de células, patógeno intracelular é morto de outa forma.

Proteínas reguladoras do complemento

Como ocorre a regulação da atuação do complemento:

  A presença de ácido siálico em volta da membrana não deixa que as proteínas do sistema

complemento se liguem a células do nosso corpo.

 

Proteínas reguladoras do complemento ( impede a formação do MAC). Ex: DAF, CD59

Anafilatoxinas geradas pelo complemento

C3a, C4a, C5a -> podem sinalizar alguma coisa para as células desde que elas tenham receptores para eles.

C3a = promove a degranulação de mastócitos, basófilos e eosinófilos. Ex: liberação de histamina pelo

mastócito. Histamina = promove vasodilatação (atua no epitélio do vaso sanguíneo) e aumenta a

permeabilidade seletiva.

C4a = promove a degranulação de mastócitos e basófilos

C5a = prmove a degranulação de mastócitos, basófilos e eosinófilos.

Aumenta a expressão dos receptores para complemento CR1 e CR3.

Função do sistema complemento

  Lise

 

Opsonização = o complemento facilita a realização da fagocitose pelo macrófago.

 

Ativação da resposta inflamatória

C3a, C4a e C5a -> sinalizam a liberação de grânulos contendo histamina (grânulos dos macrófagos)

 

Retirada do complexo antígeno-anticorpo por fagocitoseA deficiência da retirada do complexo antígeno-anticorpo pode causar doenças como: vasculite

(inflamação do vaso sanguíneo) e glomerulonefrite.

Inflamação: componente celular da imunidade inata 

Decorre da lesão ou da injúria de um vaso, de um tecido, da entrada de micro-organismos, etc. Porém nem

toda inflamação resulta de uma infecção, mas toda infecção leva a inflamação. A infecção decorre

necessariamente da entrada de micoroorganismos.

A inflamação tem as características essenciais como a Dor, Rubor, Calor e endema -> sensaçao de pulsar, que

é dado de devido a um intermediador inflamatório. Dor: provém de um intermediador inflamatório, Rubor:

vermelhidão local devido a dilatação dos vasos; Calor: provem da grande movimentação de células; Endema:

inchaço que provém por vezes da própria diapedese, do extravasamento do plasma.

A grande infiltração leucocitária e a liberação massiva de citosinas podem provocar danos no tecido afetado,

apesar de objetivar a reparação do tecido lesado.

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Numa infecção ocorre primeiramente a atuação dos neutrófilos, que iram liberar citocinas para atrair

macrófagos, que por sua vez vão liberar citocinas que vão atrair linfócitos, que novamente iram atrair

macrófagos. É uma atuação conjunta, em circulo, não sendo possível separar a imunidade inata da

imunidade adaptativa.

Bradicinina estimula o processo de pulsação, já que estimula a contração do musculo liso.

Todos juntos em ação

Houve um dano tecidual e todas as coisas para reparar isso irão ocorrer simultaneamente. Com a presença

de microorganismos, há uma infecção, havendo o recrutamento de macrófagos para fagocita-las. Ao mesmo

tempo esses macrófagos estão liberando quimiocinas, citocinas, prostaglandinas e leucotrienos (que irão

atuar no endotélio do vaso para a vasodilatação e para o aumento da permeabilidade seletiva). Ao mesmo

tempo, como houve lesão do vaso sanguíneo vai ativar a cascata da via de complemento, cujos elementos

estão presente no plasma. Esses complementos se ligam a basófilos, mastócitos, eosinófilos. Ao mesmo

tempo vai ser liberado plasmina que vai ativar para liberar fibrina e consequentemente fibrinopeptídeos que

vão atuar no reparo tecidual. Também há produção do neuropeptídeo bradicinina , que da a sensação de

pulsar, e estimula os neuroreceptores periféricos dando a sensação de dor. E com isso já começa ocorrer adiapedese dos leucócitos para ajudar o macrófago.

O macrófago celula da imunidade inata é capaz de apresentar antígenos para linfócitos T, estimula as células

tronco da medula óssea na hematopoese, ativa as células endoteliais por meio dos mediadores

inflamatórios, produz citocinas que recrutam linfócitos e fibroblastos que vao atuar na reconstrução

tecidual. O macrófago, portanto, é uma celula chave de ligação entre a imunidade inata e adaptativa.

Organização morfofuncional do sistema imunológico adaptativo

Hematopoese

É a produção de células do sangue. Ocorre antes do nascimento no fígado e o baço fetal, até o timo fetal,produz o sangue. A partir do setimo mes a medula ósse passa a assumir essa funçao.

Tudo começa com a celula tronco hemtopoiética auto-renovavel, uma celula pluripotente, a qual origina o

progenitor mielóide e o linfóide. A linha mielóide é tudo que não é linfóide. A célula NK, apesar de ter

origem linfoide, nao é um linfócito para a maioria dos autores.

As células de origem mielóide são os eritrócitos, as plaquetas, os basófilos, os eosinófilos, os neutrófilos e os

monócitos, logo, os macrófagos.

O progenitor linfoide dá origem a linfócito T, B e a célula NK.

A IL-3 e a GM-CSF sao citocinas que ativam a diferenciacao para o se tornar um progenitor mieloide. O IL-7ativa a diferenciacao em progenitor linfoide.

O linfócito T, para se maturar, necessita ir para o timo.

Linfocito B, célula dendritica e macrofagos sao apresentadores de antigenos. O neutrófilos, bem como a

celula dendritica e macrófagos fazem fagocitose.

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O neutrófilo, um granulócito, é o primeiro a chegar no sitio de infecção, porém possui vida curta. Possui

núcleo trilobulado.

O eosinofilo se cora com eosina, um corante ácido, pois tem uma proteina básica que ajuda a destruir os

tegumentos dos helmintos. Eles tambem atuam na alergias. Possui o nucleo bilobulado. Num hemograma se

suspeita que o paciente sofre de verminose ou alergia. O verme também por vezes da eritremas cutâneos,

podendo-se confundir com alergia. Essa celula se apresenta em pouca quantidade no sangue normalmente.

O Basófilo também pode estar associado a um processo alergico, mas nao tem a funcao exclusiva nesse

processo.

O mastocito participa de processos inflamatorios e alergicos, ele produz histamina e citocina.

Sistema imunilogico adaptativo

Célula T, timocito, linfócito T.

Os linfocitos T, possuem o receptor TcR, mais diversos que na resposta inata. Ou seja, sao mais especificos.

Menor em tamanho que um netrofilo e eosinofilo.

Celula B

O receptor é denominado BcR, que é um receptor de imunoglobulina, que reconhece o antigeno sozinho,

sem necessidade de alguem apresentar. Possui o nucleo quase igual ao do T. Para diferenciar do B do T, usa-

se receptores. Isso pode ser feito por meio da imunoflorescência. Pode ser usada tambem a citometria de

fluxo, em que o aparelho le 11 cores diferentes ao mesmo tempo.

Morfologia de um plasmócito

Quando o linfocito B é ativado, transforma-se em plasmócito, uma célula mais alongada que secreta

anticorpos, que são proteínas, produzidos no RER. Essas células possuem grande quantidade demitocôndrias.

Classes de linfócitos

Linfócito B

Linfócito B -> Plasmócito -> anticorpo: proteína não enzimática que tem três funções: neutralização (impede

que ele entre na célula); fagocitose (marca o patógeno, avisando que ele precisa ser fagocitado); ativação do

sistema complemento (pela via clássica).

Linfocitos T

T Helper (T CD4) -> possui receptores TcR, que junto com as células que apresentam antígenos por meio do

MHC, produz diferentes tipos de citocinas que ativam macrófago, ou promovem inflamação, ou ativa o

proprio linfocito T ou B.

T Citolitico (T CD8) -> mata células infectadas e tumorais. Para que ele reconheça a célula, ele enxerga o

antígeno presente no MHC de classe 1 da célula apresentadora, então libera perforina e granzima, que

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matam a célula alvo. *O MHC de classe I está presente em todas as células. Na célula NK o MHC de classe I é

que inativa-a, já para o linfócito T, ele é importante para ativa-la.

*Células apresentadoras de antígenos possuem MHC de classe II. O macrófago apresenta antígenos

por meio do MHC de classe dois, apenas para a T Helper.

Celulas Naive sao celulas que nunca encontraram antígenos, são linfócitos virgens. Quando fazem oreconhecimento, os linfócitos B e T se proliferam e se diferenciam, além de produzir células de memória,

que já possuem anticorpo na superfície e ajudam na resposta mais rápida aos antígenos.

Órgãos do sistema imune

Existem dois tipo de orgaos linfoides, os primarios e secundarios. Nos primarios sao onde as celulas são

geradas: o timo e a medula óssea. A medula óssea gera todos os tipos de celula, com exceção do T que

matura no timo, mas o precursor do T é proveniente da medula. O Linfócito B matura na medula até certo

ponto, e finalizam no baço. O Baço, apesar de ajudar na maturação do linfócito B, ele é um órgão linfoide

secundário.

Os orgaos linfoides secundários: baço, linfonodos (orgaos linfoides, agregados de linfocitos), sao

responsaveis por armazenar e é onde ocorre as resposta imunologicas. Outros orgaos sao as adenoides

(localizadas na região do nariz), as amigdalas, Placas de peyers (localizadas na região do instestino).

Timo

Quando os animais são jovens, o timo é grande, quando envelhece, ele diminui de tamanho.

É normalmente formado por dois lóbulos, localizado superiormente ao coração. Em doenças autoimunes de

linfócito T, normalmente retira-se o timo.

Quando envelhecemos, utilizamos principalmente dos linfócitos T de memória que se armazenam nos baços,

nos linfonodos, que são ativados quando necessários.

No timo há também a produção de linfócitos T regulatórios, que controlam as doenças autoimunes.

Quanto mais pra medula, mais pra dentro do timo, mais diferenciados são os linfócitos.

No timo tem-se a região medular, a região cortical, as trabéculas tímicas, que dividem as regiões dentro do

timo, tem-se os vasos sanguíneos, por onde vem as células. Encontra-se timócitos (células T), células nurse

(ajudam na diferenciação do timo), células dendríticas que apresentam os nossos linfócitos próprios, para

ajudar na maturação, macrófagos.

Orgaos linfoides secundarios

Linfonodos

São irrigados por artérias, veias e vasos linfaticos. Tem-se os vasos linfáticos aferentes, por onde as células

chegam a esses linfonodos e os vasos linfáticos eferentes que são os vasos de saídas. Ele recebe a drenagem,

portanto de vasos sanguíneos e vasos linfáticos. A linfa é um tecido fluido parecido com o sangue, porém é

cheio de linfócitos.

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Os linfonodos possuem regiões onde as células vão se distribuir. Os linfocitos B enstao localizados em folicos

e os T estao adjacentes aos foliculos. O foliculo com tamanho aumentado,é denomidado secundario, nele as

celulas ja reconheceram antigeno.

Baço

Possui duas regiões distintas. A polpa vermelha, mais externa, e a polpa branca. O baço, diferente dolinfonodo, é irrigado apenas por artérias e veias, é responsavel, portanto, por proteger o sangue. Pela

arteríola central é por onde chega o sangue trazendo linfócitos e qualquer coisa que venha acometer o

sangue.

Pessoas que nao tem baço são mais expostas a sofrer sepsemia. A regiao da polpa vermelha é uma lixeira de

hemácia, importante para a renovação das hemácias. Nela é onde as hemácias velhas são retiradas. A região

da polpa branca é onde se encontram os linfócitos T e B. Nos folículos tem-se os linfócitos B e na região

periarteriolar, em volta da região da arteríola central, é onde se localizam os linfócitos T.

Amigdalas e adenóides

Nem nas adenóides, nem nas amigdalas tem-se a organização do timo e do baço, pois são menores.

Placas de Peyer

Placas de peyer estão localizadas na região do intestino. Abaixo das laminas próprias, em forma de folículos,

formados por linfócitos B.

Tecido linfoide associado a mucosa (MALT): Tem-se na região abaixo da lamina propria folículos organizados

de linfoides, de onde originam-se plasmócito que secretam IgA, muito importante para a imunidade dessas

regiões de mucosa. (Razão pela qual a vacina a poliomielite é por via oral, já que o vírus entra por essa via, o

que ajuda na produção de IgA). Na mucosa, também encontra-se linfócitos intraepiteliais.

Tecido linfóide associado a pele: Nela encontra-se linfócitos intra-epidermicos, as celulas de langerhans são

iguais as ceulas dendriticas, que apresentam antigenos. Abaixo tem-se macrófagos, linfócitos e vasos

linfáticos, onde se antígenos que caírem nessa região vao ser levados pelos vasos linfáticos para o linfonodo

mais próximo.

O Sistema Linfático

É um sistema que transporta linfa, que desemboca nos linfonodos. Quando ocorre um corte, e entra o

agente infecioso, um fagócito fagocita o antígeno e o leva para o vaso linfático, na região da derme, e leva

para o linfonodo mais próximo. Pelo vaso eferente a celula entra no linfonodo e apresenta para o linfócito T.O linfócito B reconhece um antígeno que entrou pela linfa livremente. Esses linfócitos proliferam e voltam

vão para o local da infecção.

Os linfócitos, proveniente do baço e do timo, chegam nos linfonodos via circulação sanguínea, por meio da

vênula especializada endotélia alta. Linfocito B vai para dentro do folículo e o T vai para o lado de fora. Esses

linfócitos recirculam, saem pelos vasos linfáticos eferentes. Os linfócitos ativados dentro dos linfonodos para

irem até o local da infecção tem que sair via vaso linfático eferente e ir até a veia cava, por meio do ducto

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torácico, um grande vaso linfático, próximo ao coração. Caindo na veia cava ele vai ser atraído por

quimiocinas até o local da inflamação, por meio das veias.

Quando o linfócito não é ativado ele fica recirculando por toda esse caminho do ativado, porém ele volta

para os vasos linfáticos após cair nas veias.

Quando ocorre uma infeccão ou um corte, o linfonodo a inchar é o mais proximo. A celula dendritica, delangerhan, é a mais numerosa e a melhor apresentadora. Existe uma regiao na veia cava da circulaçao,

denominada de ducto torácico, que faz parte do sistema lifático, onde desembocam todos os vasos

linfacitos. O ductor toracico desemboca na veia cava.

14/03/12

Migraçao das celulas para os orgas linfoides secundarios

O linfocito B matura parte na medula, parte no baço. Os linfocitos chegam nos órgãos secundários via

circulação sanguínea, atraídos por quimiocinas. Quando esses linfócitos chegam nos linfonodos eles se

utilizam também das citocinas para saberem os locais onde devem se instalar. Os linfócitos T, por exemplo,

só expressam receptores para CCL19 e CCL21, e se estabelecem fora do folículo. O linfócito B expressa

receptores apenas para CXCL13 e se estabelecem dentro do folículo. Essa passagem da vênula do endotélio

alto para o órgão linfoide é intermediado também por células de adesão, como na inflamação.

Na vênula do endotélio alto há ligantes de Selectina-E e de integrinas, como no processo de inflamação.

Para imunologia: Celula de Langerhan é uma célula dendritica da pele.

Estrutura dos Anticorpos

Descoberta dos anticorpos

1890 – von Behring e Kitasato: inocularam tétano e da difteria em ratos e observaram que o soro desses

animais expressavam moléculas que se ligavam a essas toxinas e as neutralizaram e deram o nome a elas de

antitoxinas.

Com o passar dos anos ele perceberam que essas moléculas se ligavam a qualquer antígeno, corpo, que

eram injetados no animal, passando a chama-las de anticorpos. Isso foi evoluindo ao decorrer dos anos e

hoje conseguimos caracterizar essas proteínas.

As gamaglobulinas

Para um melhor estudo dessas proteínas presentes no plasma, resolveram separa-las e obtiveram doisgrandes grupos, as albuminas e as globulinas: são separadas por solubilidade ou por eletroforese.

Podem ser divididas de acordo com sua migraçao em um campo elétrico -> eletroforese.

Identificaram três tipos de proteinas globulinas -> alfa, beta e gama.

Tais anticorpos migravam para o campo das gama globulinas, passando a se chamar em alguns casos de

imunoglobulinas.

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Moleculas da superfamilia das imunoglobulinas

Linfócitos B possuem em sua membrana receptores chamados de BcR ou Imunoglobulinas (Ig).

A imunoglobulina possui o formato de um Y. Apresentam domínios(associados a função da proteína)

globulares característicos. Ao longo dos anos foi se percebendo que outras moléculas do sistema

imunológico que estão na superfície de suas células, também apresentavam domínios de imunoglobulinas,porém não são anticorpos, como a do MHC, as duas moléculas presentes em linfócitos T CD4 e CD8, as

moléculas de adesão. Por isso recebem esse nome.

Exemplos também são as envolvidas na migração e na diapedese.

Estrutura do anticorpo

Anticorpos possuem o formato de Y, duas cadeias internas chamadas de cadeias pesadas (verdes) e duas

cadeias externas leves (amarelo). Todas essas cadeias são ligadas por pontes de sulfeto.

Possui também uma subdivisão de acordo com a função e características da região. Como é uma proteína

possui uma região N terminal e uma C terminal. Na região N terminal tem-se a região variável, que se liga aoantígeno, mais especificamente a um epítopo. Epítopo é uma parte do antígeno reconhecido pelo anticorpo.

A região restante é a região constante estrutural da molécula e uma função biológica. A região constante,

não é tão constante, pois varia entre as classes de anticorpos.

O anticorpo é bivalente, ou seja, tem duas regiões capazes de reconhecer o antígeno. Sendo que se é

possível dividir a cadeia em VH (variável pesada), CH (constante pesada), VL (variável leve), CL (constante

leve). A cadeia pesada possui três CH e a cadeia leve uma CL.

O sítio de reconhecimento do antígeno é realizado pela VH e VL e constitui o Fab.

O restante constitui a tração Fc da molécula, que tem tração pela atividade biológica. As diferentes classesde anticorpos possuem tração diferentes, pois possuem atividades biológicas diferentes. Temos 5 tipos de

classes de anticorpos.

Regioes hipervariaveis – CDRs (regioes determinantes de complementaridade)

Dentro das regiões variáveis das leves e pesadas, temos regiões hipervariaveis. São pontos de mutação que

vão causar uma hipervariedades nessas regiões variáveis. São chamadas de CDR (regiões determinantes de

complementariedade), são elas que vão interagir diretamente com o epitopo do antígeno. Já foi estudado

que a região CDR3 é a que possui a maior varieabilidade, sendo que existem a CDR 1 e 2.

As regioes de dobradiça, composta por pontes de sulfeto, permite que o anticorpo se modifique, abra ou

feche, para se adaptar ao antígeno.

Regiao Fc-> regiao estrutural do anticorpo.

Usaram papaina e pepsina, enzimas sintéticas, para clivar e estudar as regiões que o anticorpo possuia.

Viram que com papaina o anticorpo era quebrado na regiao da dobradiça. Submeteram as duas partes da

molecula e viram que uma tinha a capacidade de reconhecer a molecula e a outra nao. Assim chegaram a

conclusao que F(ab), integra e unida, tinha capacidade de reconhecer o antigeno.

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Divisões de anticorpos

Isotipo: Quando anticorpos diferem na porção constante da cadeia pesada, diz-se que ele possui isotipo

diferente ou classe diferente. Possuímos 5 isotipos(classe) ->IgA, IgE, IgD, IgM, IgG) -> A regiao constante da

parte pesada sao diferentes, quando dois anticorpos sao diferentes nessas areas, dizem que o possuem

isoptipo diferente; Linfocitos imaturos possuem IgM, quando imaturo, e IgM e IgD, quando maturo.

Alotipo -> Linhagens diferentes da mesma espécie vão ter alótipos diferentes. Diferenças nos gens que

codificam as regiões, tanto na cadeia pesada como na leve. O anticorpo de um individuo não pode ser

injetado no outro.

Idiotipo -> Dois anticorpos que possuem regiões variáveis diferentes, reconhecem antígenos diferentes.

Dentro de um mesmo linfocito, a especificidade para um antígeno é idêntica. Ou seja, apresentam isotipos

diferentes, mas idiotipos iguais.

Classes

Temos 5 isotipos, diferem entre si na região constante da cadeia pesada.

IgA- constante da cadeia pesada alfa -> neutralizaçao de antigenos na mucosa. Também encontrada na

forma de dimero, associados na forma de uma cadeia jota.

IgD- delta -> nao existe função descrita específica, funciona apenas como um receptor celular, presente na

superfície de muitos linfócitos, como o linfócito B. Não é secretada.

IgM- mi (possuem 4 partes na cadeia pesada constante) -> e dura no maximo 10 dias após uma infecção-

> a primeira a ser produzida. Indicio de infecção recente ou que está ainda atuando. Associa-se formando

uma estrutura pentamérica. Não atravessa placenta, pois o tamanho é grande.

IgG- gama -> produzida na maioria das infecções. O linfócito B imaturo possui esse anticorpo. Produzidos eminfecções virais e bacterianas. Mais abundante no nosso plasma. Sorologia de memória, dura anos.

IgE- épsilon (possuem 4 partes na cadeia pesada constante) -> produzida para helmintos e em alto nivel em

processos alergicos. Presente em basófilos, eosinófilos e mastócito.

Imaturo é diferente de naive (virgem).

IgE e IgM sao as unicas que possuem 4 partes contates na cadeia pesada.

As classes certas já estao produzidas em celulas de memoria (IgA, IgE, IgG). Estas só são produzidas nas

formas secretadas, excetos em células de memoria.

Secreçao de IgA

O receptor poly-Ig, presente nas celulas epiteliais da mucosa, reconhece a IgA na forma dimerica, endocita e

a transporta em uma vesicula para o lumen.

Paricipacao de IgE nas alergias

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Ela se liga ao alergeno, sendo reconhecida pelo receptor Fc, escpecifico para IgE, na célula na que ela vai se

associar resultando na degranulação e a liberaçao de granulos de histamina e outras substancias que

medeiam a reacao alergia. Tem o nome de receptor de Fc pois se liga a porção Fc no anticorpo IgE. O do

mastócito é do tipo épsilon.

Receptores Fcs

Poly-Ig -> se liga a IgA

FcRN-> transporta IgG para a placenta de recem-nascidos.

Temos duas características ligadas aos anticorpos

Afinidade ->

Avidez -> Multiplos sitios para se ligar ao antigeno.

A IgM ao decorrer da exposição do antigeno, matura a sua afinidade. Ela possui uma baixa afinidade em

relação a outros anticorpos que vão ser produzidos, pois é a primeira a ser produzida. Por possuir mais sítios

de ligação (10) ao antígeno, se ligando com mais força. Por possuir mais sítio de ligação ela possui alta

avidez, porém nem por isso possui alta afinidade.

Quando o anticorpo está preso na membrana, através da porção transmembrana, e reconhece o epitopo

antigenico, e fazem mudanças estruturais que resultam em maior afinidade. O anticorpo sofre maturação de

afinidade, o anticorpo muda para a forma secretada, ou melhor, começa a produzir a forma secretada, e

ocorre a recombinação de classe (switching de classe).

Recombinação de classe é mudar de isotipo.

Produção de anticorpos monoclonais – George Kholer e Cesar Milsten

Quando injeta-se um antigeno em um individuo, estimula-se a resposta policlonal, pois estimula-se a

produção de linfócitos diferentes, já que um antígeno possui vários epitopos.

Para se produzir um anticorpo monoclonal, pega-se um camundongo, injeta um antigeno, induzindo uma

resposta imunológica. Pega-se, por exemplo, as células do baço do animal, que tem receptores específicos

pra esse antigeno e faz uma fusão dela com mieloma mutante, fazendo com que elas vivam mais tempo. Só

que a linhagem tumoral não sobrevive num tipo de cultura denominado meio HAT, e apenas sobrevivem as

que se fundiram. Pega-se uma placa com muitos furos e pega a mistura de célula que fundiu e coloca nos

furos e faz um processo de diluição, e no final, provavelmente, vai sobrar apenas uma célula em cada furo.

Coloca-se um epitopo especifico em contato com cada uma das células, presentes em cada um dos furos, e

ve qual vai produzir uma resposta , gerando uma expansão clonal.

Anticorpos quiméricos (de duas espécies) humanos

Quando se aplica um soro anti-ofidico, por exemplo, e utiliza-se anticorpos de cavalos, o sistema imune

humano reconhece a porção Fc desse anticorpo como um antígeno, pois são de diferentes alótipos. Para

resolver esse problema, muda-se a porção Fc desse antígeno.

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No exemplo, insere-se a região variável do anticorpo do cavalo e coloca-se a porção Fc do humano, obtidos

em laboratório por enzimas que cortaram essas porções, coloca-se isso no plasmídeo, DNA de bactéria

circular, de replicação independente. Coloca-se também nesse plasmídeo o gen promotor da imunoglobulina

e coloca o gen que dá a garantia de que essa célula se utilizando desse plasmídeo. Coloca os plasmídeos nas

células de mieloma que se multiplicam em alta velocidade, que fabricam esse anticorpo.

21/03/12

Maturação ou Ontogenia de Linfócito B - Formação

Estágio do desenvolvimento dos linfócitos B

O linfócito B começa a se desenvolver na medula óssea, até o estágio de célula B imatura, quando migra

para o baço, onde se torna maturo. O único caso em que ele se maturaria totalmente na medula é quem não

tem baço.

Todas as células do sangue surgem a partir de uma célula tronco, uma célula que se diferencia em qualquer

outra célula. As que vão formar as células sanguíneas são formadas a partir da HSC (Célula tronco

hematopoiética), célula pluripotente que se diferencia em todas as células sanguineas. Todas as células

sanguíneas se matura totalmente na medula, exceto a célula B, que se matura no baço e a célula T, que se

matura no timo. A HSC gera um CLP (precursor linfoide comum, que dá origem a linfócito T, B e as células

NK) ou um CMP (precursor mielóide comum, que dá origem a neutrófilos, macrófagos, plaquetas, basófilos,

monócitos). CLP gera um precursor de linfócito B, denominado pró-B, que já está comprometido com a

linhagem B, pois expressa moléculas de linhagem B, como a CD19.

Esse linfócito pró-B gera o pré-B. A diferença entre eles é que o pré-B já começa expressar receptor que vai

da origem ao receptor imunoglobulina, sendo denominado portanto de receptor pré-BcR. Esse pré receptor

possui uma cadeia leve substituta, que posteriormente vai ser substituída por uma fixa. Quando o pré-B

origina a célula B imatura, há a troca da cadeia leve substituta, formando o receptor imunoglobulina IgM. A

célula imatura, por via sanguínea vai para o baço onde se torna matura, passando a expressar, além de IgM,

IgD. Cabendo lembrar que são de isotipos diferentes, porém de mesmo idiotipo, possuem a mesma região

variável.

Fatores de transcrição envolvidas no comprometimento com a linhagem B

A CLP por meio de sinais vira linfócito T ou B, denominados fatores de transcrição que se liga no DNA. EBF,

E2A, Pax-5 direciona o CLP a formar um pré-B.

Dependendo do período de desenvolvimento humano, o linfócito não se origina na medula. No período fetal

ele se desenvolve na fígado. A partir do sétimo mês a medula começa a produzir, e quando nascemos,

apenas a medula passa a produzir.

Imunoglobulina (receptor da célula B)

No receptor pré-BcR, a cadeia substituta é formada por dois segmentos fixos, VpreB e lambida5, o que torna

esse receptor menos variável.

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No receptor maduro BcR, formado por cadeia leve e pesada, a região variável é diferente de um linfócito por

outro, o que torna esse receptor muito variável, ainda mais que é bem difícil a região variável leve,

concomitantemente com a região variável da pesada, serem iguais.

Linfócito B imaturo, por já possuir receptor BcR, já é capaz de reconhecer antígeno, o que é importante para

a seleção de linfócitos.

Conjuntamente com o receptor BcR tem duas cadeias de moléculas associadas, uma denominada de Igalfa e

Igbeta, importantes para a sinalização do receptor.

Interação das céulas B com as células estromais (interação da célula B desde o inicio com a medula)

A medula óssea é formada por um tapete de células, uma camada de células, em que os linfócitos vão estar

sobre ela durante o processo de diferenciação. Esse tapete de células vão expressar e secreta uma serie de

moléculas que se ligam nos precursores do linfócito, ajudando na diferenciação.

Elas expressam a VCAM-1, um tipo de molécula da superfamília das imunoglobulinas, que vao se ligar a

integrina da célula tronco que a fazem se fixar ao tapete, ao estroma da medula. Essa camada secretao

resulta na secrecçao do SCF (fator de célula tronco) que se liga ao receptor c-kit se ativar a proliferação das

células pró-B. A célula tronco, num estágio denominado de da célula denominado de pró-B tardio, vai liberar

a IL-7 (interleucina 7), que também é importante para o linfócito T. IL-7 vai se ligar ao receptor de IL-7,

fazendo que o linfócito pré-B se prolifere e dure mais tempo. Chá de saião inibe a liberação de IL-7, o que

impede a formação de linfócitos.

Seleção linfocitária

Antígenos não são apenas coisas externas, eles também estão presentes no nosso organismo, sendo

denominados antígenos endógenos, que são importantes para a seleção dos linfócitos B até o estágio

imaturo. Órgão linfócito primário só tem antígeno próprio. Quando ocorre a alta avidez do linfócito a um

antígeno próprio ocorre a morte por apoptose, denominada de seleção negativa. Quando ocorre com baixaavidez, há o recebimento de um sinal para manter-se vivo, o que se denomina de Seleção positiva. Esse

processo todo se chama Seleção primária.

Após isso vão para o baço onde termina de se maturar. No baço há antígeno próprio e antígeno externo, os

antígenos próprios quando ligados a ele com baixa avidez, o mantem vivo, com alta avidez, morrem. E se

não reconhecer nada, também morrem. Quando se ligam a antígeno externo, eles se ativam, eles se

mantém vivo. Esse processo como todo se chama de Seleção secundária. O que seleciona a sobrevivência do

linfócito sempre é o antígeno próprio, pois nem sempre temos antígeno externo.

Doenças auto-imunes ocorrem por falha na seleção negativa ou então por uma posterior mutação do

linfócito.

Morte por negligencia: morte por “fingir não ver” o antígeno próprio.

Rearranjo da cadeia leve para edição do receptor

Se ocorrer a edição do receptor, ou seja, troca da cadeia leve do receptor, o linfócito tem a oportunidade de

não morrer por ter uma alta afinidade a um antígeno próprio. Essa edição muda a especificidade da cadeia

leve.

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Após essa edição ele pode continuar a responder com alta afinidade então pode passar a responder com

baixa afinidade. Essa edição só pode ocorrer na cadeia leve, na pesada não ocorre.

Esse processo ocorre na medula , durante a seleção primária.

Resumo do desenvolvimento da linhagem B

Célula tronco torna-se linfócito pro-B, depois linfócito pró-B tardio, depois pré-B que passa expressar o

receptor pre-BcR, que possui a cadeia leve substituta. Esse linfócito pré-B prolifera e passar expressar IgM na

superfície, passando a se chamar célula B imatura, quando migra para a medula. Na periferia ele se torna

maturo e passa expressar IgM e IgD. Agora ele pode ser ativado podando se tornar um plasmócito ou uma

célula de memória. Mas entre essa escolha de plasmócito e célula B de memória existe o estágio de

linfoblasto. A célula B de memória só tem em sua superfície ou IgA ou IgG ou IgE, podendo responder mais

rapidamente porque ela já tem a classe específica. O plasmócito não tem nada na superfície, ele apenas

secreta.

Até o estágio em quem ela não é imatura, a célula é denominada independente de antígeno. A partir de

quando se torna imatura ela se torna dependente de antígeno, principalmente o próprio.

Tudo isso descrito até o momento foi relativo ao linfócito B2, o clássico.

Os linfócitos B estão dividios em Classes

O B2 (clássico) é dividido em linfócitos de zona marginal (estão na margem do folículo) e de zona folicular. As

foliculares estão em maior numero. Diferencia-se uma da outra pois o CD23 esta presente em menor

numero em de zona marginal e em maior na folicular. E o CD21 é expresso em alta quantidade nas de zona

marginal e em menor nas de zona folicular.

As de zona marginal possuem receptores menos diversos que as de zona folicular. Elas são as que tem o

primeiro contato com o antígeno. Vão se semelhar muito com a célula B1.

As foliculares são as células que proliferam e dão origem ao folículo sencundário após os linfócitos serem

ativados, são as convencionais. O folículo secundário é que vai ter o CG (folículo germinativo), onde ocorre a

proliferação desses linfócitos.

As células B1 são um subgrupo de células B que são produzidos no fígado fetal exclusivamente durante o

período embrionário. As células B1, apesar de não serem produzidas pela medula, elas se proliferam por

gerações. Elas se localizam no peritônio e na pleura e secretam uma grande quantidade de IgM. A diferença

do IgM secretado por B1 da B2 é que as B1 secretam IgM independentemente da presença de antígeno, ou

seja, não precisa ser ativada. São eles que compõem os anticorpos naturais. As células B1, em ratos, se

proliferam e formam outras.

A formação de célula B1 é muito parecida com a formação da célula B2, a única diferença é que não vão para

o baço, ficando localizada pelo peritônio e pela pleura.

Outra diferença dela é que ela possui o receptor CD5, que participa da resposta inata.

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As células B1 se subdividem em B1a (CD5+), B1b (CD5-). Em humanos, dizem, que para ser B1 tem que ser

CD19+ e CD5+ e quando é B regulatória é mais CD1D+. As B1 se localizam em cavidades corporais e a B2 em

órgãos linfoides secundários.

*Celulas T só reconhecem proteína e célula B reconhecem outros tipos de antígenos.

Comparação Célula B1 e Célula B2

B1 B2Localização Cavidade corporal (peritônio

e pleura)Orgãos linfoides secundário

Produção Fase Fetal Após nascimentoModo de renovação Auto-renovação A partir de células primarias

da medulaIsotipos secretados Muito mais IgM que IgG Mais IgG que IgM

Resposta antigenica Responde mais a carboidrato Responde mais a proteinaRequerimento de célula Thelper

Não Precisa

Permutação somática Não sofre Alta ocorrenciaDesenvolvimento dememória

Não Sim

Imunodeficiencias causadas por falhas no desenvolvimento dos linfócitos B.

A imunodeficiência primária é genética, o individuo já nasce com ela. Se não haver ADA (Adenosina

Ademinase) e PNP (purina nucleotídeo fosfatase), enzimas que degradam purinas que não utilizada (quando

não são degradadas elas tornam-se toxicas), o precursor linfoide não consegue produzir linfócito B ou

linfócito T.

A imunodeficiência secundária é, por exemplo, quando se adquire HIV.

Usam-se camundongos SCID, que tem deficiência nessas enzimas (ADA e PNP) , que simulam a síndrome de

OMEN (ausência de linfócito T e B em humanos), a qual ocorre por falta da enzima RAB, que sintetiza

receptores.

A ausência da BTK, enzima importante para o desenvolvimento de linfócito B, gera a Agamaglobulinemia,

pois a falta dessa proteína não permite a formação de anticorpos, pois não permite a formação de

receptores dos linfócitos B. Isso resulta na falha de deficiência do combate a microorganismo extracelulares,

 já que os intracelulares são combatidos por linfócitos T.

28/03/12

Receptor clonal dos linfócitos B e mecanismos de geração da diversidade

Possuimos mecanismos genéticos que geram a variabilidade do receptor.

Relembrando...

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O linfócito B tem em sua superfície o receptor BcR, associadoas as cadeias Igalfa e Ig beta, que vao ser

importante para a transdução do sinal. As caudas citoplasmática longa das cadeia acessórias atuam na

ativação do linfócito, por, como já dito, permitir a transdução do sinal.

Como as estruturas de cadeias leves e pesadas são geradas? 

Um mecanismo genético é responsável por formar o receptor, durante a formação do linfócito.

Breve pauta em genética

Estudaremos como é a região do DNA, responsável por formar a estrutura do receptor.

Todas as célula possuem o mesmo DNA, porém a expressão é diferenciada em cada tecido. Alguns gens vão

estar sendo determinados em um determinado momento e em outros não.

O linfócito é uma célula que vai conseguir recombinar esse DNA, vai conseguir escolher quais gens vão ser

importantes para fazer o receptor, e vai acabar excluindo a parte do DNA que não usa.

Loci da imunoglobulina humana na linhagem germinativa

Locus é o local onde está localizado os gens no cromossomo. Há locus para gens que vão participar da

constituição da cadeia leve e locus para os que vão participar da constituição da cadeia pesada, sendo que o

locus da cadeia leve pode ser do tipo kapa ou do tipo lambida. A molécula do anticorpo vai ter ou duas

cadeias kapa ou duas cadeias lambda, ou seja, o linfócito vai ter que escolher um dos locus.

O locus da cadeia pesada está localizado no cromossomo 14. E o locus da cadeia leve kapa está localizado no

cromossomo 2 e da lambda no cromossomo 22. Lembrando que somos diploides, temos dois cromossomos

cada um.

Dentro do cromossomo 14 temos três grupos de gens: V, D e J, que vão ser importantes para a formação da

cadeia pesada, mais especificamente da região variável, ou seja, varia de um linfócito para outro. E a cadeiaconstante varia entre os isotipos, classes diferentes.

O grupo de gens denominado de V recebem esse nome por estarem ligado a variedade, o D por estar ligado

a diversidade e o J por estar relacionado à junção. Temos um determinado numero de gens V, de D e de J.

Todos eles podem ser usados para fazer a região variável da cadeia pesada, porém só um gen do V, um gen

do D e um do J para fazer a cadeia.

Temos aproximadamente 45 gens V, 23 gens D e 6 gens J. Se quisermos saber o numero de variedade

possível da região variável da cadeia pesada, temos que multiplicar esses números. Esses gens são

escolhidos aletoriamente.

As régios C delta, C gama... seriam referente a porção constante da molécula, sendo que ela que determina

o isotipo. Se escolher, por exemplo, Cmi, fabricar-se-á IgM. O linfócito B quando era imaturo ele só tem IgM.

Esta é a primeira a ser fabricada pois é a primeira que aparece na sequencia. O linfócito B maturo passa a

expressar o IgD, que é correspondente ao segundo da sequencia. E depois que ele vira plasmócito é que ele

vai expressar os outros isotipos, tendo que retirar o IgM.

Em relação a cadeia leve pode se escolher a cadeia kapa ou a cadeia lambda. Uma diferença entre a cadeia

leve e a pesada é que não tem gens D para se fabricar a região variável. Na cadeia kapa se tem 35 gens V e 5

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gens J, o que resulta em menor diversidade que na região variável da cadeia pesada. A cadeia leve lambda

possui 30 gens V e em torno de 7 gens J.

Esse processo de se escolher aleatoriamente a regiões variáveis é denominado de Recombinação somática.

*Não confundir com Recombinação hipersomática.

Não é mutação pois não é adicionado novos gens.

A cadeia Kapa é dez vezes mais frequentes que a cadeia lambda.

Para se enumerar as possibilidades de se produzir regiões variáveis.

Domínio das imunoglobulinas

A região variável da cadeia pesada tem, portanto, VDJ e a da leve VJ.

A cadeia pesada tem 4 ou três regiões que vão determinar a classe, uma região transmembrana e uma

citoplasmática.

A cadeia leve não fica ancorada.

A enzima que faz esse processo de recombinação é a enzima recombinase, que atua diretamente no DNA,

atuando recortando e juntando o DNA. É ela que escolhe quais gens vão ser usados.

A recombinase é fruto dos gens RAB 1 e RAB2. Animais que não possuem essa enzima, não possui linfócito,

apenas pró-linfócitos.

Recombinação VDJ

A recombinase vai ao DNA e procura a sequencia RSS (Sequencias sinalizadoras de recombinação), que são

nucleotídeos de DNA organizados de uma maneira que a reconbisase reconheça. As regiões de heptamero e

nonameros serão reconhecidas pela recombinase como sequencia sinalizadora. Entre esses heptameros e

nonameros tem-se espaçadores. A recombinase ela sempre vai unir gens que tem espaçadores de 12 pares

de bases com gens tem espaçadores de 23 pares de bases. Isso se denomina regra do par 12-23.

Na cadeia pesada em que se tem 3 grupos de gens, a recombinase vai colocar o par de que tem 12 pares de

bases no meio da sequencia e une primeiro esse gen D com o gen V que tem 23 e depois com o gen J, que

também tem 23. Mas esses gens podem ter cada ora um numero de espaçadores, podendo ter ora 12 ora

23.

Ela faz esse processo de duas formas diferentes. Por eliminação e por inversão. Na eliminação ela une as

regiões de nonameros com regiões de nonameros e regiões de heptameros com regiões de heptares para

que ocorra esse processo. Na inversão ela faz o mesmo, por a sequencia estar em uma ordem diferente, há anecessidade de formar uma alça.

Estudos mostraram que a enzima combina primeiro V com J e depois V com D.

Quando a enzima está escolhendo o genes aleatoriamente e retirando as sequencia sinalizadoras, está

ocorrendo outros processos. Quando ela corta os pedaços entre os gens VDJ, ela pode adicionar outros

nucleotídeos entre eles, antes de unir novamente.

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Quando é feito esses cortes há a perda de pedaços importantes que são reconstruídos por pela DNA

polimerase. Essa DNA polimerase realiza a adição de nucleotídeos P, completando a fita adjacente.

Além desses nucleotídeos P, existe a enzima TdT (transferase deoxitidil terminal), que coloca N nucleotídeos,

que tem numero indefinido e são aleatórios entre o gens , aumentando a diversidade, tornando mais difícil

de fazer anticorpos iguais.

O primeiro mecanismo de geração de diversidade é a recombinação somática e a segunda é a adição de

nucleotídeos N e P, entre os gens que são unidos pela RAG.

Transcriçao dos genes da imunoglobulina

Pega-se o DNA na linhagem germinativa, rearranja-se (recombinação) o DNA, transcreve-se o RNA primário,

sofre processo de splicing, retirando-se introns, adiciona-se cauda poliA para evitar a degradação e o traduz

em proteína

Co-expressão de IgM e IgD 

Os linfócitos jogaram fora, durante a maturação na medula, as outras regiões VDJ, mas não jogaram daregião constante, o que permite a troca de classe. O linfócito realiza o splicing alternativo, passando

expressar outros tipos de classes.

A célula apenas exclui a parte variável (V,D,J), porém não jogou fora a os gens da parte constante, o que

possibilita a mudança da classe do receptor.

O linfócito pega a parte variável e combina com uma parte constante mi e uma delta, formando IgM e IgD.

No plasmócito a IgM e a IgD vão ser deletadas e vão poder escolher entre IgA, IgE e IgG. Mas no começo da

expressão do plasmócito ele ainda secreta um pouco de IgM.

Temos 4 tipos de IgG em humanos e 2 tipos de IgA.

Imunoglobulimas sofrem hipermutação somáticas nas CDRs (exclusivo de linfócito B)

A hipermutação somática é o terceiro mecanismo de geração de variabilidade e é exclusivo do linfócito B.

Hipermutação é o aumento de mutação nas regiões CDR (regiões hipervariaveis), que ficam dentro das

regiões variáveis.

Isso faz com que a imunoglobulinas tenham mais afinidade pelos antígenos, mas por vezes pode ocorrer a

perda de afinidade. A maturação de afinidade é uma consequência da hipermutação somática.

Esse mecanismo ocorre depois que o linfócito reconheceu o antígeno, no linfócito secundário, os outros dois

ocorrem quando está se fazendo a imunoglobulina ainda. A hipermutação somática induzida pelo linfócito T

CD4 Helper.

Outro mecanismo de geração de diversidade é a escolha entre as cadeias leve kapa ou lambda.

04/04/2012

Ativação de Linfócitos B

Caracteristicas gerais da resposta imune humoral

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Diz respeito ao plasma e ao soro. A ativação do linfócito B vai acontecer com a exposição ao antígeno, por

meio do receptor BcR, que podem ser IgM e IgD. Na maioria dos casos, quando o antígeno for proteico,

esses linfócitos precisam da ajudam do linfócito CD4 – T Helper para a ativação. Isto só acontece para

epitopo proteico. Após a ativação ocorre a expansão clonal e posteriormente ocorre a diferenciação em

plasmocito ou linfócito B de memória.

Tanto o plasmócito, quanto a célula de memória B, vai passar pela suíte de classe (mudança de classe) ematuração de afinidade, durante a sua diferenciação

Os plasmocitos liberam ou IgA, IgE ou IgG. A medida que ele troca de classe ele para de liberar IgM. A

maturação de afinidade ocorre devido a hipermutação somática dentro da região variável. Todos os eventos

de diferenciação ocorre praticamente concomitantes.

O complexo co-receptor da célula B

Além do receptor BcR, tem-se as cadeias de acessórias, Igalfa e Igbeta, que vão ser importantes na

transdução de sinais.

Além do receptor principal tem-se o co-receptor, que auxilia no reconhecimento do antígeno, que é

composto de TAPA-1 (CD81), CR2 (CD21)(receptor de complemento tipo 2) e CD19 (caracteriza a linhagem

B). O CR2 se associa a um componente do complemento, e esse componente do complemento está

associado a um antígeno, e o CR2 leva o receptor BcR a reconhecer o antígeno. Além disso tanto o CD19,

como o Igalfa e Igbeta, possuem cadeias citoplasmáticas longas importantes para o processo de sinalização

celular. A CD19 possui resíduos de kinases que vao ser fosforilados.

Ativação do receptor BCR

Os linfócitos possuem diferentes receptores com o mesmo idiotipo. Quando o antígeno entra em contato

com receptores diferentes.

Esse ligamento do antígeno a dois receptores se denomina Crosslinked, ligação cruzada. Os receptores BCR

possuem resíduos ITAM, ricos em tirosina, que são fosforilados por proteínas de membrana, que são

proteínas cinases Fyn, Blk e Lck. Uma vez fosforilados, esses resíduos ITAM (motivos ativadores de

imunoreceptores de tirosinas) criam sítios para proteínas adaptadoras , como a proteína Syk e Src. Desse

modo começa-se a transduzir sinais pela célula.

Transdução de sinais induzida pelo BCR

A Src fosforila a fosfolipase gama C que quebra PIP3 em PIP2 e DAG. DAG fosforila PKC que fosforila CREB,

uma fator de transcrição, que inicia a transcrição genica indo para o núcleo. IP3 , proveniente do PIP2, atua

no reticulo endoplasmático, liberando cálcio pelos canais de cálcio, que ativa calmodulina, que ativa a

calcineurina, que desfosforila o NF-AT, que também é um fator de transcrição, vai para o nucleo. A proteína

Syk fosforila o IkapaB, qe se solta do NFkapaB, o qual é ativado e vai para o núcleo. Da mesma forma a

proteína RAS ativam a MAPkinase, que vai para o núcleo ativando fatores de transcrição genica.

Este processo produz citocinas, como o IL-2, importante para a ativação de linfócito B e T, que induz a

proliferação, bem como outras moléculas.

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Em linhas gerais: Após o reconhecimento do gene, dois receptores se aproximam e iniciam o processo de

fosforilação dos ITAM, ativando uma serie de vias intercelulares que leva a produção de varias citocinas,

como a IL-2.

Tipos de antígenos

Numa resposta a antígeno proteico, denominada timo dependente, há a necessidade de dois sinais paraocorrer a ativação. Sendo que o primeiro é o antígeno que leva a aproximação do receptor.

Outro é o estimulo pela molécula CD40/CD40L presente na célula T helper. Esse processo é denominado

sinal co-estimulatoório, que estimula o a célula B, ao mesmo tempo que é estimulada também por ela, pelo

receptor principal BcR.

Numa resposta Timo – independentes, que não precisa do T-Helper. O polímero (carboidratos, lipídeos,

ácidos nucleicos) possui epitopos repetitivos que ativam todas as porções variáveis de todos receptores,

gerando o primeiro e segundo sinal da célula B.

Caracteristicas dos antígenos TD e TI

O TD, de proteína, produz uma troca de isotipo, passando a produzir IgA, IgE ou IgG; ocorre maturação de

afinidade e a produção de linfócitos B de memória; é dependente de T helper.

Na resposta TI, também ocorre a ativação da célula, mas a troca de classe ocorre muito pouco. Quando

acontece, ocorre a produção principalmente de IgG e as vezes só IgM. Em relação a maturação de afinidade

e a produção de linfócito de memória, eles ocorrem muito pouco, pois não possuem estimulo do T helper.

Interações entre células B e T auxiliares

Para que ocorra a interação entre eles, deve-se ocorrer o estimulo por quimiocinas. A célula apresentadora

de antígeno, por meio do MHC class I, apresenta o antígeno ao CD4, ativando a proliferação e a

diferenciação e se tornando um Linfócito T efetor. Este vai migrar, influenciado por quimicinas para perto do

folículo, onde está o linfócito B. Essa ativação foi primada.

O Linfócito B é ativado pelo antígeno, e ocorre a proliferação e inicia a ativação e a migração para a borda do

folículo também. Na borda da folículo, o linfócito T e B interagem entre si.

Ativação da resposta humoral para antígenos T dependentes

Ambos se encontram. O linfócito B encontrou o antígeno, internalizou-o em uma vesícula de endocitose,

colocou os antígenos na superfície por MHC de Classe 2 e apresenta ao Linfócito CD4 T, e este passa a

receber seu segundo sinal por meio da CD40L(T) CD40(B). Ao mesmo tempo o linfócito CD4 estimula o

linfócito B por meio do linfócito CD28 que se liga ao B7 que está localizada no B, ativando o segundo sinal nolinfócito B.

O linfócito B totalmente ativado realiza expansão clonal e diferenciação em plasmócito e linfócito B de

memória. O linfócito T também ajuda a induzir a hipermutação somática no linfócito B por citocinas.

Produção de células plasmáticas e células B de memória

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Após a exposição a citocinas, ou a célula B morre, por perda de afinidade, ou seja, seleção negativa, ou então

sobrevive, proliferando-se e diferenciando-se em plasmocito ou em célula de memoria.

Mudança de isotipo

A mudança de isotipo ocorre após as células T helper liberar citocinas e estimular com CD40L. Dependendo

do tipo de citocina liberada pelo linfócito T, o linfócito B muda de classe para um tipo de imunoglobulina. Seo T liberar IFN-gama, induz a troca para IgG, IL-4 para IgE, TGF-beta e IL-5 para IgA.

Mecanismos moleculares da mudança de isotipo

A região variável não é possível trocar, pois o linfócito jogou os genes fora. Os genes da porção constante

ainda estão preservados até o momento da diferenciação fazendo combinação entre a região variável e as

diferentes regiões constantes possíveis, dependendo do sinal da citocina que receber, produzindo o IgE, ou

IgG, ou IgM. Quando ele tornar um linfócito B de memória ou plasmócito ele exclui os genes para outras

porções constantes.

11/04/12

Mecanismos da resposta imune humoral e hipersensibilidades

Como os anticorpos e as células de memória contribuem para a resposta humoral

Proteinas do complemento e anticorpos participam dessa resposta humoral.

A resposta pode ser do tipo primaria, secundaria, dependendo da vez da exposição ao antígeno.

Na vacinação ou na primeira exposição dos antigenos se induz a resposta primaria. Os linfócitos naive são

estimulados e induz a diferenciação em linfócitos B de memória e de plasmócitos. Os plasmócitos produzem

primariamente IgM, que são anticorpos fase aguda. O pico dessa produção ocorre em 10 dias,

aproximadamente. Mas também começa-se a produzir a outra classe mais específica. Após 10 dias, oumelhor, após a respostas, o número de plasmócitos diminui. Esse numero de anticorpos produzidos numa

primeira resposta é menor.

Numa segunda exposição, as células de memória B são estimuladas e proliferam-se e algumas se

diferenciam em plasmócito mais rapidamente, e produzem anticorpos já específicos que atingem o pico em

no máximo 5 dias, ou seja, não produzem IgM como na resposta primaria. Alguns plasmocitos vão recircular

na medula, mas a maioria morre após alguns dias. Nessa segunda exposição, o individuo as vezes nem chega

a ter a sintomatologia da doença.

Quando chega um paciente com uma doença podendo ser rubéola ou dengue, pede-se analise de Ig’s. Se ele

tiver IgM para rubéola e tiver IgG para dengue, é certo que ele tenha rubéola, pois ele foi expostorecentemente e para dengue o IgG é porque ele já teve a doença alguma vez.

Consequências da ativação da célula B

As células entram em mitose, aumentam a expressão de coestimuladores e receptores de citocinas

(importante para a interação com o linfócito T), e secreta baixos níveis de IgM, antes de trocar de classe.

Isotipos de imunoglobulina produzidos pela célula B

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Já foi visto na aula passada.

Transporte de IgA através do epitélio

A produção de IgA ocorre da mesma forque as as outra imunoglobulinas. Só que a IgA vai ser liberada na

forma monomérica, vai dimerizar por meio da cadeia denominada de J e nessa forma de dímero é que ela

vai ser transportada. No epitélio da mucosa vai ter o receptor chamado de polyG, que vai se associar a IgA evai promover a internalização dela por meio de uma vesícula de endocitose. Essa vesícula de endocitose vai

se fundir com a membrana já na parte do lúmen do órgão. Durante isso, porém, parte do receptor vai ser

clivado e liberado dentro do lúmen do órgão da mucosa enquanto que a IgA vai ficar na mucosa

neutralizando a entrada do microorganismo na célula. A IgA se solta do receptor polyG no lúmen.

Distribuição das Imunoglobulinas

A IgD está presente apenas na célula B madura. A IgG é a que está mais abundante no nosso plasma, com

exceção do cérebro, e ela é capaz de atravessar a placenta. A IgM também está circulante, mas não é capaz

de atravessar a placenta devido ao seu tamanho. A IgA está localizada nas mucosas, na glândula lacrimal, no

trato respiratório, no trato geniturinário e no trato gástrico e na glândula mamária. A IgE está localizada por

toda via cutânea, por todo epitélio.

Funções dos anticorpos

Neutralização -> impedir a ação de micróbios e toxinas

Opsonização-> facilitação para fagocitose, por meio de receptor Fc, o qual está presente no fagócito.

Ativação do sistema complemento -> por meio da via clássica; forma o complexo de ataque as membranas,

lisar a membrana, opsonização, inflamação. A diferença entre a opsonização do anticorpo e do

complemento é a diferença entre os receptores do fagócito. O fagócito ter receptor pra complemento e para

porção Fc do anticorpo.

ADCC (Citoxidade celular dependente de anticorpo)-> Celulas NK mata células infectadas com vírus ou então

tumoral. O anticorpo atua sinalizando para a célula NK para que ela libere perforina e granzima para matar a

célula marcada. O outro tipo é mediado por eosinófilo.

Neutralização

Pode acontecer de dois momentos na célula.

Para o microrganismo entrar na célula ele tem que ser reconhecido por algum receptor. Se o anticorpo

conseguir neutralizar o microorganismo antes de entrar na célula, ele não entra na célula. Isso ocorre

quando o individuo é vacinado.

A segunda situação é quando a infecção já está ocorrendo e já há celulas infectadas e os microorganismo já

estão espalhando de uma célula pra outra, e nesse momento de espalhamento de infecção o anticorpo atua

neutralizando-o.

A terceira situação é a neutralização da toxina, impedindo-o de atuar na célula.

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A proteólise de C3, C4 e C5 libera C3a, C4a e C5a, que vão ativar e recrutar células leucocitárias,

desencadeando a inflamação devido a degranulação desses leucócitos.

D-  Retirada do complexo antígeno-anticorpo

O complemento se liga no anticorpo dando um sinal para a fagocitose desse complexo

antígeno-anticorpo.

Evasão da resposta humoral por microorganismos

Variação de genes (antígenos) é um dos mecanismos de evasão.

Outra maneira de escapar é sequestrando o acido sialico. Desse modo o sistema complemento não pode se

ligar a célula, pois o ácido siálico funciona como proteção à componentes do complemento.

Outro é a resistência a fagocitose. Exemplo é o peumococos capsulado, pois a capsula é um fator de

resistência a fagocitose. Apesar do sistema imunológico conseguir impedir, por meio do linfócito B, torna a

resposta mais difícil.