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1 AULAS 4 e 5 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO CREF 1 2124/G

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AULAS 4 e 5Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO

CREF 1 2124/G

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SUMÁRIO

• Anamnese / PAR-Q

• Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

• Interpretação de gráficos e tabelas para classificação

da PA, IMC e Obesidade Central.

AULAS 4 e 5Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

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“Um fator de risco é uma condição que, quandopresente por um período extenso, aumentasignificativamente a probabilidade de uma doençadegenerativa comum, tais como doençacardiovascular, diabetes tipo 2 ou osteoporose, ouaumenta a probabilidade de morte prematura”

Malina, Bouchard, Bar- Or, 20093

INTRODUÇÃO

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Anamnese é uma entrevista onde o avaliador irá conhecer a história e oshábitos do avaliado. Vem do grego, ana – trazer de novo, mnesis – memória.

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Anamnese

EXEMPLO DE TÓPICOS DE UMA ANAMNESE

• Dados de identificação

• Objetivos com a prática de atividade física

• História Clínica

• Doença(s) atuai(s)

• Medicamento(s)

• Alergia(s)

• Cirurgias(s)

• História Familiar

• Hábitos Alimentares

• Atividades da Vida Diária (AVD)

• Sono

• Atividades Escolares

• Atividades extras-escolar

• Atividades de Lazer

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O PAR-Q (Questionário de Prontidão para Atividade Física)

foi desenvolvido por canadenses para avaliar a prontidão

para a prática de atividade física leve a moderada em

indivíduos de 15 à 69 anos.

É formado por 7 perguntas de ordem cardiovascular, ósteo-

mio-articular e metabólica.

Caso alguma resposta seja positiva recomenda-se

avaliação médica.

Não substitui o Atestado Médico

Método Auto Orientado

PAR-Q - Physical Activity Readininess QuestionnaireQuestionário de Prontidão para Atividade Física.

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Se você respondeu NÃO a todas as

perguntas anteriores, você está liberado

para a atividade física assim que assinar a

declaração de participante. Você não

precisa responder as questões

relacionadas ao seu Acompanhamento do

seu Estado de Saúde.

Se você respondeu SIM a uma ou mais

questões anteriores, responda as

questões sobre Acompanhamento do seu

Estado de Saúde (link abaixo) .

https://docs.google.com/forms/d/1yXNDPU5WEgFcGrz

OQ8YLcJwqy958GD9PI58BswCQrh4/edit

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Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

De acordo com o American Heart Association (AHA, 2010) os principais

fatores de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV) são:

• Hipercolesterolemia.

• Hipertensão.

• Tabagismo.

• Obesidade.

• Hiperglicemia.

• Sedentarismo.

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Lipídeos e Lipoproteínas Sanguíneas

Lipídeos Com jejum (mg/dL) Sem jejum (mg/dL)

Colesterol total < 170 < 170

HDL-c > 45 > 45

Triglicérides (0-9 anos) < 75 < 85

Triglicérides (10-19 anos) < 90 < 100

LDL-c < 110 < 110

Valores de referência para lipídeos e lipoproteínas em crianças e adolescentes

Atualização da V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose (SBC, 2017):

http://www.scielo.br/pdf/abc/v109n2s1/0066-782X-abc-109-02-s1-0001.pdf

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Lipídeos e Lipoproteínas Sanguíneas

• Avós, pais, irmãos e primos de primeiro

grau apresentam dislipidemia,

principalmente grave ou manifestação de

aterosclerose prematura;

• Há clínica de dislipidemia;

• Tenham outros fatores de risco;

Quando devemos solicitar ao responsável um perfil lipídico da criança?

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Mas, o que é Aterosclerose?

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“Aterosclerose, que são placas de tecido fibroso e colesterol, que crescem e

acumulam-se na parede dos vasos a ponto de dificultar ou mesmo impedir a

passagem do sangue. O crescimento desta lesão pode ser acelerado por fumo,

pressão alta, colesterol sanguíneo elevado e diabete. A doença é mais

frequente à medida que envelhecemos, mas não é uma consequência natural

do envelhecimento. Também se manifesta mais tardiamente nas mulheres,

após a menopausa, provavelmente devido à proteção conferida pelos

hormônios femininos. Uma história familiar de doença coronariana torna a

pessoa mais predisposta” (SOCERJ - https://socerj.org.br)

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A prevalência atual de HA na idade pediátrica encontra-se emtorno de 3% a 5%, enquanto a de pré-hipertensão (PH) atinge10% a 15%, sendo tais valores principalmente atribuídos aogrande aumento da obesidade infantil (SBC, 2016).

Crianças com nível pressórico acima do percentil 90 têm risco 2,4vezes maior de apresentar hipertensão na fase adulta.

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Hipertensão

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VALORES DE PAS E PAD CLASSIFICAÇÃO

< 90° NORMAL

≥ 90° e < 95° LIMÍTROFE

≥ 95° < 99 ° HIPERTENSÃO estagio 1

≥ 99 ° HIPERTENSÃO estagio 2

Classificação da Pressão Arterial

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição em que ocorre o aumento da pressão

arterial sistólica e/ou diastólica. A pressão arterial sistólica está associada a pressão máxima

exercida sobre a parede arterial durante a contração ventricular e a diastólica está associada a

pressão mínima exercida durante o relaxamento do ventrículo.

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/v_diretrizes_brasileira_hipertensao_arterial_2006.pdf

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APLICATIVO

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Tabagismo

A iniciação precoce ao fumo é um preditor de uso de outras substâncias, comoálcool e drogas ilícitas. Torna-se, portanto, importante monitorar a iniciação emadolescentes, por ser uma ação passível de prevenção (PEDEN et al., 2008).

PeNSE 2012 2015

Uso de qualquer produto de tabaco* 7,6% 9,0%

Uso de Cigarros 5% 5,6%

Uso de outros produtos de tabaco** 4,8% 6,1%

Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE - 2012 e 2015)

* Charutos, cigarrilhas, fumo desfiado, fumo de rolo, cachimbo, cigarro de palha, etc.

**o uso de cigarros enrolados à mão, cigarrilhas, narguilé, tabaco aspirado, tabaco mascado.

Uso de tabaco na população Adolescente Brasileira

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Szklo et al. (2011), relataram que o narguilé foi o produto mais frequentemente

utilizado pelos estudantes que fizeram uso de outros produtos do tabaco.

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Obesidade

• A obesidade é geralmente avaliada através do IMC (kg/m²)

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Classificação do IMC para crianças e adolescentes

Classificação do IMC por percentil: OMS 2006/2007

P < 3 Magreza

P ≥ 3 < 85 Eutrofia (Normal)

P ≥ 85 < 97 Sobrepeso

P ≥ 97 Obesidade

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Obesidade

Sobrepeso

Magreza

Eutrofia

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32http://www.who.int/growthref/sft_bmifa_girls_perc_5_19years.pdf

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http://www.who.int/growthref/sft_bmifa_boys_perc_5_19year.pdf

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P. Cintura (cm) – medido um pouco

acima da borda superior lateral do ílio

direito ao final de uma expiração normal.

Situação

de

Risco

Classificação da obesidade Central

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P. Abdominal (cm) - ponto médio, entre

a borda do último arco costal e a borda

da crista ilíaca anterior ao final de uma

expiração normal. Habitualmente, essa

altura coincide com a linha da cicatriz

umbilical.

Fonte: Ministério da Saúde - Caderno de Atenção Básica, Nº 24 (Saúde na Escola, 2009).

Classificação da obesidade Central

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Uma das formas de diagnosticar a DM2 é através da Glicemia

de jejum (definida como ausência de ingesta calórica durante

período mínimo de 8 h) ≥ 126 mg/dl (SBD, 2017-2018).

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Hiperglicemia

Normoglicêmica < 100 mg/dl

Pré-diabetes ou risco aumentado para DM < 100 < 140 mg/dl

Diabetes ≥ 126 mg/dl

Critérios de glicemia de jejum

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2017, 2018).

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Hiperglicemia

Segundo Malina, Bouchard e Bar-Or (2009), adolescentes que

apresentarem as características a baixo estão mais vulneráveis a

desenvolver o DM2:

• Obesidade, especialmente do tipo abdominal;

• Histórico recente de aumento agudo em peso e gordura corporal;

• História familiar de diabetes tipo 2;

• Estilo de vida sedentário;

• Dietas com alto consumo de calorias;

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• “A fim de melhorar a aptidão cardiorrespiratória, muscular, a saúde óssea emetabólica de crianças e jovens entre 5 e 17 anos recomenda-se a pratica deatividade física moderada a vigorosa durante pelo menos 60 minutos diários(0MS, 2011).”

• Quatro pontos avaliados para a prevalência do sedentarismo

1. Deslocamento para a escola;

2. Aulas de Educação Física na escola;

3. Outras atividades físicas extraescolares;

4. Tempo gasto por dia em frente a TV, computador, etc.

Sedentarismo

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Evolução do Sedentarismo no Brasil (Estudantes do 9º ano)

Fonte: Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar – PeNSE / IBGE, 2009, 2012 e 2015.

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A Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determina a

obrigatoriedade da prática de aulas de Educação Física nas escolas . Este incentivo é

fundamental para que a prática de esportes se consolide como hábito saudável desde a

adolescência.

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Sugestão de leitura

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Bibliografia

• PORTO. Semiologia Médica, Guanabara Koogan, 2001

• I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC), 2005.

• I Diretriz Brasileira de prevenção da aterosclerose na infância e adolescência. SBC, 2005.

• VII Diretriz Brasileira de Hipertensão. SBS, 2016.

• MACHADO, C. A. Epidemiologia da hipertensão e classificação da pressão arterial. Sociedade brasileira dehipertensão. Brasil: 2006.

• Sociedade Brasileira de Pediatria: Obesidade na Infância e na adolescência - manual de orientação, 2012.

• PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e saúde. São Paulo: Phorte, 2004.

• IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde doEscolar, 2009.

• IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde doEscolar, 2012.

• IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde doEscolar, 2016.

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