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revenido

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  • REVENIDOProfa.Dra. Lauralice Canale

  • Trincas de tmpera

  • Trincas de tmpera

  • RevenidoNo estado temperado, a martensita, alm de ser mais dura, to frgil que no pode ser utilizada para a maioria das aplicaesAs tenses internas que possam ter sido introduzidas durante a tmpera tem um efeito de enfraquecimentoA ductilidade e a tenacidade podem ser aprimoradas e as tenses internas aliviadas atravs um tratamento de revenido

    O revenido conseguido atravs do aquecimento de um ao martenstico at uma temperatura abaixo do eutetide durante um intervalo de tempo especfico

  • Martensita RevenidaO tratamento trmico de revenido permite, atravs de processos de difuso, a formao de martensita revenida A martensita TCC monofsica, que est supersaturada em carbono se transforma em martensita revenida, composta por ferrita e cementitaA microestrutura da martensita revenida consiste em partculas de cementita extremamente pequenas e uniformemente distribudas

  • Propriedades MecnicasA martensita revenida pode ser quase to dura e resistente quanto a martensita, porm com ductilidade e tenacidade aprimoradasA fase cementita, dura, refora a matriz de ferrita ao longo dos contornos e atuam como barreiras de discordncias durante a deformao plsticaA fase ferrita, muito dtil e relativamente tenaz, o que responde pela melhoria dessas duas propriedades na martensita revenida

  • Propriedades MecnicasAs variaes de propriedades mecnicas so dependentes do tempo e temperatura do revenidoComo a difuso do carbono est ligada formao de martensita revenida, o aumento de temperatura ir acelerar o processo de difuso, a taxa de crescimento das partculas de cementita e assim a taxa de amolecimento

  • Propriedades MecnicasCom o aumento de tempo, a dureza diminui, o que corresponde ao crescimento e coalescncia das partculas de cementitaO coalescimento idntico ao tratamento de esferoidizao,por isso em tratamentos temperaturas que se aproximam do eutetide e aps vrias horas a estrutura ser composta por cementita globulizada

  • Propriedades MecnicasAos com determinadas porcentagens de carbono e elementos de liga podem apresentar aps a tmpera uma austenita residual que no se transformouNo tratamento de revenido a austenita retida se transforma em outros constituintes. H tambm a precipitao de finssimos carbonetos de liga, que promovem o chamado endurecimento secundrio.

  • Etapas do RevenidoSendo a martensita uma estrutura metaestvel, o aquecimento facilita a busca do equilbrioA metaestabilidade da martensita caracterizada pela permanncia de tomos de carbono nos interstcios em que se encontravam a austenitaCom o aquecimento fornece-se energia para a difuso e o carbono sai da supersaturao, precipitando-se como carbonetosAs reaes que ocorrem no revenido acontecem em seqncia a medida que se aumenta o tempo e/ou a temperatura do tratamento

  • Primeira etapaTemperaturas abaixo de 100/150oC at 200/250oC Tambm chamado de alvio de tenses, pois nenhuma mudana estrutural ocorre embora a tenacidade aumenteAos com teores menores que 0,25% de C difuso do carbono na martensita, aglomerando-se nas discordnciasAos com teores maiores que 0,25% de C ocorre a precipitao de um carboneto metaestvel, hexagonal compacto, o carboneto A precipitao de carbonetos provoca uma perda importante de C, que ao final dessa etapa perde parcialmente sua tetragonalidade e se transforma numa rede cbica. Ainda permanece supersaturada em relao ferrita

  • Segunda etapaTemperatura entre 200o C e 350o CEssa etapa ocorre apenas quando h a presena de austenita retida, por isso muito importante em aos com teores elevados de C e elementos de liga onde o teor de austenita retida muito altoNessa etapa a austenita retida se transforma em bainita. Essa bainita na terceira etapa sofre uma precipitao de carboneto de ferro transformando-se ao final em cementita e ferrita

  • Terceira etapaO carboneto formado na primeira etapa transforma-se em cementitaAumentando a temperatura forma-se um precipitado de cementita nos limites das agulhas de martensita e em seu interiorCom o aumento de temperatura se redissolve a cementita do interior das agulhas, engrossando a cementita, que envolve a martensitaCom o aumento da temperatura essa cementita vai tornando-se decontnua nos limites das agulhas de martensitaEstrutura: martensita revenida

  • Terceira etapa: martensita revenidaPara temperaturas abaixo de 400o C ocorre o incio da formao de pequenos glbulos de cementitaEsse aspecto o tpico da martensita revenida.

  • Terceira etapaEntre 400oC e 600oC a cementita tende a se globulizar e perde a coerncia com a matriz

    O ao apresenta-se agora com uma estrutura constituda de pequenas partculas de cementita, geralmente tendendo para a forma esferoidal em um fundo de ferrita. Essa textura caracterstica era denominada sorbita

  • Terceira etapa: estrutura esferoidizadaAcima de 600oC a matriz recristaliza com a formao de novos gros ferrticosA continuao do processo um coalescimento contnuo das partculas de cementita. Essa estrutura tpica tambm do recozido de esferoidizao a estrutura mais estvel de todos os agregados de ferrita e cementita

  • *REVENIMENTO

    Consiste: Reaquecimento das peas temperadas, a temperaturas abaixo da linha A1, a temperatura ser ajustada de acordo com as propriedades mecnicas desejadas.

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  • *Etapa 1, at 250C precipitao de carboneto de ferro - ; perda parcial da tetragonalidade.Etapa 2, entre 200 e 300C decomposio da austenita retidaEtapa 3, entre 300 e 350C substituio do carboneto de ferro - pela cementita; a martensita perde a tetragonalidadeEtapa 4, acima de 350C a cementita engrossa e esferoidiza; recristalizao da ferritaETAPAS DO REVENIDO

  • *Seqncia de revenimento de Speich A seqncia de revenimento apresentada por Speich resumida com o auxilio da figura:

  • *Revenimento dos aosMartensita em ao 0,2%C e aps revenimento a 700C por 2hs

  • *Revenimento dos aosMartensita em ao 0,2%C e aps revenimento a 690C por 15min

  • *Revenimento dos aosMartensita em ao 0,2%C e aps revenimento a 550C

  • *TRANSFORMAES NO REVENIMENTO

    Aos de alta temperabilidade, so revenidos no mnimo duas vezes. O primeiro revenimento deve-se iniciar com a pea ainda morna 60-90C, ocorrendo precipitao de carbonetos e transformao da austenita retida em martensita.O segundo revenimento tem a funo de revenir esta nova fase de martensita.

  • Austenita RetidaQuando na microestrutura dos aos aparece austenita retida as transformaes no revenido tornam-se um pouco mais complexasInicialmente h a transformao de martensita tetragonal em martensita cbica e a precipitao de carbonetos o que se manifesta com um escurecimento da martensita.O fundo branco sobre o qual se destaca o reticulado martenstico a austenita que no se transformou

  • Austenita RetidaA partir de 225o C comea a decomposio da austenita

    H um gradual desaparecimento do fundo branco de austenita e um escurecimento progressivo de toda a estrutura

    No caso desse ao a transformao de austenita em outros constituintes ocorre entre 225oC e 375oC

  • Austenita RetidaNo caso desse ao ele atinge o mximo de escurecimento da estrutura em 400oC

    Aps essa temperatura comeam a surgir partculas claras de cementita e sua esferoidizao que se completa em temperaturas mais elevadas

  • Transformao da Austenita RetidaA quantidade de austenita retida presente nos aos temperados depende de fatores como: composio, temperatura de austenitizao, etc.As figuras mostram a relao da porcentagem de carbono e da temperatura de austenitizao com a quantidade de austenita retida A prpria transformao da austenita retida durante o revenido influenciado pelo teor de carbono

  • Transformao da Austenita RetidaO processo de transformao de austenita retida influenciada tambm pela adio de elementos de ligaEm aos alto C, alto Cr, aos ferramenta, a austenita muito estvel , exigindo muito tempo para se transformar, e em muitos casos nem aps 1000 horas de permanncia ela se transforma

    O caso ao lado o ao um cromo-vanadio-molibdenio com 1,0%de C e 5,13% de Cr. Nota-se que a temperaturas baixas necessrio um tempo muito longo para a transformao e a 600o C apenas 30 minutos

  • Duplo RevenidoEm aos em que a austenita leva um tempo muito grande para se transformar, embora ela no se transforme, a austenita sofre modificaes com a precipitao de carbonetos diminuindo a supersaturao em carbono e elementos de ligaA sada desses elementos desestabiliza austenita, aumenta Ms e no resfriamento subseqente essa austenita se transforma em martensitaDessa forma tem-se martensita revenida e essa nova martensita formada sem revenirEssa situao induz uma certa fragilidade, portanto torna-se necessrio mais um revenidoEm aos de alto C e alta liga so feitos 4 revenidos

  • Fragilidade do RevenidoO objetivo do revenido aumentar a tenacidade, entretanto em alguns casos, o revenido pode ter efeito contrrio, fragilizando o materialQuando se efetua o revenido em temperaturas entre 230o C e 370o C em algumas classes de aos h uma diminuio de tenacidadeEssa fragilidade ocorre devido formao de uma rede ou pelcula que envolve as agulhas de martensitaPode ser eliminada empregando-se composies com alto teor de Si, pois inibe o incio de precipitao de carbonetos

  • Fragilidade KruppOutro tipo de fragilidade,chamada Fragilidade Krupp se apresenta quando no revenido os aos so mantidos por algum tempo, ou resfriados lentamente a temperaturas entre 400 e 550o CEssa fragilidade causa uma descoeso dos gros e est relacionada com a presena de impurezas no ao que segregam prximo aos contornos dos gros na austenitizaoEssa impurezas prximas aos antigos contornos assumem uma configurao fragilizante nessa faixa de temperaturaA susceptibilidade a esta fragilidade aumenta com a presena dos elementos de liga Mn,Cr e Ni e representada pela letra S

  • Aos susceptveis fragilidade

    Aos -liga de baixo teor de ligaAos que contm apreciveis quantidades de Mn, Ni, Cr, Sb*, P, SAos ao Cr-Ni so os mais suceptveis ao fenmeno

    * Antimnio o mais prejudicial

  • Como minimizar a fragilidade do revenidoManter os teores de P abaixo de 0,005% e S menor 0,01%

    A adio de Mo em porcentagens de 0,15 a 0,5% de C muito efetiva em evitar tal fragilidade

    Um ao fragilizado pode ter sua tenacidade restaurada reaquecendo - o a uma temperatura maior que 550 C seguido de resfriamento rpido para evitar a permanncia prolongada no ao nas temperaturas onde h fragilidade .

  • Revenido nos aos ligadosQuando h a presena de elementos de liga nos aos as reaes de revenido mudam sensivelmente principalmente na presena de elementos com tendncia a formar carbonetosPara elementos sem esta tendncia h um atraso das reaes que confere uma maior resistncia ao amolecimento

  • Revenido nos aos ligadosO Si tem um efeito endurecedor de ferrita por soluo slida, por isso h uma grande variao da dureza com teores crescentes de SiA adio de Si evita tambm a fragilizao do revenidoTanto o Si como outros elementos com tendncia a formar carbonetos (Cr,Mo,W,V,Ti,Ni,Mn,Nb) retardam a perda da tetragonalidade da martensita e atrasam a esferoidizao e engrossamento das agulhas de martensita

  • Revenido nos aos ligadosAcima de 500o C os aos contendo fortes formadores de carbonetos precipitam outros carbonetos s custas da dissoluo da cementita, essa etapa considerada a 4a etapa do revenidoNessa etapa os carbonetos se formam de maneira bastante dispersa na matriz. Se forem coerentes com a matriz formam o chamado endurecimento secundrio , como o encontrado em aos ferramentas

  • Revenido de aos ligadosCOERENTESINCOERENTES

  • Revenido nos aos ligadosA precipitao de carbonetos coerentes em teores baixos provoca um patamar de dureza, enquanto que em teores mais altos provoca o endurecimento secundrio possvel, saber o incremento de dureza obtido no revenido, para teores crescentes do elemento adicionado

  • AUSTEMPERA E MARTEMPERAProblemas prticos no resfriamento convencional e tmpera

    A pea/ parte poder apresentar empenamento ou fissuras devidos ao resfriamento no uniforme. A parte externa esfria mais rapidamente, transformando-se em martensita antes da parte interna. Durante o curto tempo em que as partes externa e interna esto com diferentes microestruturas, aparecem tenses mecnicas considerveis. A regio que contm a martensita frgil e pode trincar. Os tratamentos trmicos denominados de martempera e austempera vieram para solucionar este problema

  • MARTEMPERAO resfriamento temporariamente interrompido, criando um passo isotrmico, no qual toda a pea atinga a mesma temperatura. A seguir o resfriamento feito lentamente de forma que a martensita se forma uniformemente atravs da pea. A ductilidade conseguida atravs de um revenido final.

  • AUSTEMPERAOutra alternativa para evitar distores e trincas o tratamento denominado austmpera, ilustrado ao lado

    Neste processo o procedimento anlogo martmpera. Entretanto a fase isotrmica prolongada at que ocorra a completa transformao em bainita. Como a microestrutura formada mais estvel (alfa+Fe3C), o resfriamento subsequente no gera martensita. No existe a fase de reaquecimento, tornando o processo mais barato.

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