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Direito Tributário para RFB Resolução de Questões da ESAF Prof. George Firmino Aula 07 Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 72 AULA 07 – Crédito tributário. Constituição do crédito tributário. Sumário Página Apresentação das questões 02-13 Gabarito 13 Questões comentadas 14-72 Olá, amigo concurseiro! Chegamos à nossa aula 07. Nesta aula responderemos as questões relativas ao crédito tributário e sua constituição. Vamos às questões!

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    AULA 07 Crdito tributrio. Constituio do crdito tributrio.

    Sumrio Pgina

    Apresentao das questes 02-13

    Gabarito 13

    Questes comentadas 14-72

    Ol, amigo concurseiro!

    Chegamos nossa aula 07. Nesta aula responderemos as

    questes relativas ao crdito tributrio e sua constituio.

    Vamos s questes!

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    LISTA DE QUESTES

    Aula 07: Crdito tributrio. Constituio do crdito tributrio.

    Questo 01 - (ESAF) AFRF/2000 Ao procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel, o Cdigo Tributrio Nacional d o nome de a) Processo administrativo fiscal. b) Auto de Infrao. c) Lanamento. d) Representao Fiscal. e) Notificao de Lanamento. Questo 02 - (ESAF) AFTM - Natal/2001 O ato administrativo tributrio que se reporta data da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente, constituindo atividade administrativa vinculada e obrigatria, : a) notificao. b) responsabilizao. c) integrao. d) lanamento. e) converso. Questo 03 - (ESAF) AFRF/2009 Sobre o lanamento, com base no Cdigo Tributrio Nacional, assinale a opo correta. a) O lanamento um procedimento administrativo pelo qual a autoridade fiscal, entre outras coisas, declara a existncia de uma obrigao tributria. b) Ao se estabelecer a competncia privativa da autoridade administrativa para efetuar o lanamento, permitiu-se a delegao dessa funo. c) No lanamento referente penalidade pecuniria, a autoridade administrativa deve aplicar a legislao em vigor no momento da ocorrncia do fato gerador. d) A legislao posterior ocorrncia do fato gerador da obrigao que instituir novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao da autoridade administrativa, no se aplica ao lanamento. e) A aplicao retroativa de legislao tributria formal pode atribuir responsabilidade tributria a terceiros. Questo 04 (CESPE) Analista Judicirio TRE MT/2010 Considere que, aps a ocorrncia de um fato gerador, nova lei aumentando as alquotas do tributo tenha sido publicada. Nessa situao, o lanamento ser regido pela lei a) em vigor na data da ocorrncia do fato gerador. b) em vigor na data da feitura do lanamento. c) em vigor na data do pagamento do tributo. d) mais favorvel ao incremento da arrecadao. e) discricionariamente indicada pela autoridade fazendria competente.

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    Questo 05 - (ESAF) AFTE-RN/2005 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. vedada a aplicao ao lanamento da legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha ampliado os poderes de investigao das autoridades administrativas? O crdito tributrio tem a mesma natureza da obrigao tributria principal? A lei vigente data da ocorrncia do fato gerador da obrigao, que tenha sido posteriormente revogada, aplicvel ao lanamento do crdito tributrio? a) Sim, sim, sim. b) Sim, sim, no. c) Sim, no, sim. d) No, sim, sim. e) No, sim, no. Questo 06 - (ESAF) AFTE - PI/2002 Aps a ocorrncia do fato gerador, nova lei foi publicada, aumentando as alquotas do tributo. Neste caso, o lanamento ser regido pela lei em vigor na data a) da ocorrncia do fato gerador. b) da feitura do lanamento. c) do pagamento do tributo. d) da cobrana do tributo. e) escolhida pelo sujeito passivo. Questo 07 - (ESAF) AFRFB/2005 O lanamento, a teor do art. 142 do Cdigo Tributrio Nacional, o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Sobre o lanamento, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) Trata-se de uma atividade vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional. ( ) No sistema tributrio brasileiro, o crdito tributrio pode ser exigido antes da ocorrncia do fato gerador da obrigao principal. ( ) Salvo disposio de lei em contrrio, quando o valor tributrio esteja expresso em moeda estrangeira, no lanamento far-se- sua converso em moeda nacional ao preo mdio do cmbio do ms da ocorrncia do fato gerador da obrigao. a) F, F, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, V e) V, F, V Questo 08 - (ESAF) AFTE - PA/2002 O ato ou procedimento administrativo de lanamento tem as finalidades abaixo, exceto a) identificar o sujeito passivo da obrigao tributria. b) determinar a matria tributvel. c) quantificar o montante do tributo devido. d) verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria. e) ensejar o nascimento da obrigao tributria.

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    Questo 09 (ESAF) Procurador - ES/2004/adaptada Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, assinale a resposta correta. (i) Considere a seguinte situao hipottica. Uma determinada lei autoriza a quebra do sigilo bancrio para fins fiscais. A autoridade administrativa, de acordo com essa lei em vigor, investigou um contribuinte e descobriu que ele sonegara tributos relativamente ao perodo anterior ao advento daquela lei e lanou o crdito tributrio. Nessa situao, a lei nova poder ser aplicada de forma retroativa, sem que haja qualquer violao s disposies do CTN ou Constituio. (ii) O lanamento regido pela lei em vigncia no momento da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, inclusive no que se refere definio das garantias e privilgios do crdito tributrio e aos poderes de investigao das autoridades fiscais. (iii) Lanamento o procedimento administrativo tendente a constituir a obrigao tributria, tendo em vista a ocorrncia do fato gerador previsto em lei. (iv) Lanamento o procedimento administrativo pelo qual se constitui o crdito tributrio, a partir da verificao da ocorrncia do fato gerador do tributo. (v) Tendo em vista a capacidade econmica do sujeito passivo, por motivo de eqidade, a autoridade administrativa pode deixar de promover o lanamento. a) F, V, V, F, V. b) F, F, V, V, F. c) F, V, F, V, F. d) V, F, F, V, F. e) V, V, F, V, F. Questo 10 - (ESAF) TRF/2000/adaptada 1) Uma nova lei do imposto de renda, reduzindo a alquota de um imposto, entrou em vigor e h uma exigncia tributria relativa a fatos ocorridos antes dessa lei. O lanamento do imposto deve levar em considerao a lei nova? 2) A modificao introduzida nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatos geradores ocorridos anteriormente sua introduo? a) no, sim. b) sim, sim. c) no, no. d) sim, no. Questo 11 - (ESAF) IRB 2004 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A obrigao tributria principal nasce com o lanamento do respectivo crdito tributrio? permitido que autoridade judiciria realize lanamento de crdito tributrio, na hiptese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido Fazenda Pblica? Considere a seguinte situao hipottica: Aps responder consulta associao de importadores de que seu produto enquadrou-se na alquota de 3% do IPI, a autoridade administrativa, em novo entendimento, passou a aplicar a alquota de 5%, tendo em vista deciso judicial em processo movido por associado. Nessa situao, haver incidncia da nova alquota aos fatos geradores anteriores ao novo entendimento, cobrando-se o crdito suplementar? a) No, no, sim. b) No, sim, sim. c) No, no, no. d) Sim, no, sim. e) Sim, sim, no.

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    Questo 12 - (ESAF) ATRF/2009 Sobre o lanamento, procedimento administrativo que faz nascer a obrigao tributria, correto afirmar que: a) por meio do lanamento, constitui-se o crdito tributrio, apontando o montante devido correspondente obrigao tributria principal, que abrange o tributo, mas no abrange eventuais penalidades pecunirias pelo descumprimento da obrigao tributria. b) o lanamento indispensvel para o recebimento do crdito tributrio (por exemplo, nos casos de crdito consignado em pagamento e na converso de depsito em renda), em qualquer situao. c) o tributo, por fora do CTN, lanado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, no sendo admissveis impugnaes de quaisquer natureza. d) a forma do lanamento depender do regime de lanamento do tributo e das circunstncias nas quais apurado, sendo que, por no seguir o princpio documental, no necessariamente conter a totalidade dos elementos necessrios identificao da obrigao surgida. e) ainda quando de fato seja o lanamento feito pelo sujeito passivo, o Cdigo Tributrio Nacional, por fico legal, considera que a sua feitura privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano jurdico, sua existncia fica sempre dependente de homologao por parte da autoridade competente. Questo 13 - (ESAF) PFN/2004 Consideradas as disposies do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que lcito autoridade administrativa rever de ofcio o lanamento j procedido a) somente no caso de lanamento anterior por homologao. b) no caso de qualquer lanamento anterior, exceto o de ofcio. c) no caso de qualquer lanamento anterior, inclusive o de ofcio. d) somente no caso de lanamento anterior com base na declarao do sujeito passivo. e) somente no caso de lanamento anterior relativo empresa concordatria. Questo 14 (ESAF) TRF/2006 Sobre as modalidades de lanamento do crdito tributrio, podemos afirmar que a) lanamento por homologao feito quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo, submet-lo ao prvio exame da autoridade administrativa, e realizar seu pagamento. b) o lanamento por declarao aquele feito em face da declarao prestada pelo prprio contribuinte ou por terceiro. c) o lanamento de ofcio aquele feito pela autoridade administrativa, com base nas informaes prestadas pelo contribuinte. d) a reviso do lanamento, em quaisquer de suas modalidades, pode ser iniciada mesmo aps a extino do direito da Fazenda Pblica, nos casos de erro por parte do contribuinte. e) na hiptese do lanamento por homologao, no fixando a lei ou o regulamento prazo diverso para homologao, seu prazo ser de cinco anos, contados do fato gerador. Questo 15 - (ESAF) AFTN/1994 O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o pagamento de imposto, sem prvio exame da autoridade administrativa, e fica aguardando a ratificao do seu proceder, de modo expresso ou tcito, chama-se a) pagamento por consignao b) lanamento por homologao c) lanamento por declarao ou misto d) antecipao de pagamento, sob condio suspensiva e) denncia espontnea de pagamento para evitar a mora fiscal e aplicao de penalidades pela fazenda pblica

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    Questo 16 (FCC) Agente Fiscal de Renda SEFAZ SP/2009

    Nos termos do Cdigo Tributrio Nacional, so trs as modalidades de lanamento: de ofcio, por declarao e por homologao. O lanamento de ofcio cabvel a) apenas para os tributos sujeitos ao lanamento por homologao. b) quando o contribuinte ou terceiro declara autoridade administrativa informaes sobre matria de fato indispensvel sua efetivao. c) para todo e qualquer tributo, mesmo no caso de anterior e regular lanamento em outra modalidade. d) apenas no caso do sujeito passivo no cumprir com a obrigao acessria. e) para aquele tributo cujo anterior lanamento por homologao tiver sido comprovadamente feito com omisso ou inexatido, por parte de pessoa legalmente obrigada. Questo 17 - (ESAF) AFTE - MS/2001

    Lanamento por homologao aquele efetuado a) de ofcio. b) pelo contribuinte. c) pela repartio fiscal. d) pelo sujeito passivo, com prvio exame da autoridade fiscal. e) por presuno, pelo agente fiscal. Questo 18 - (ESAF) AFRF/2002/adaptada

    Preencha a lacuna com a expresso oferecida entre as cinco opes abaixo. Se a lei atribui ao contribuinte o dever de prestar declarao de imposto de renda e de efetuar o pagamento sem prvio exame da autoridade, o lanamento por _________. a) declarao. b) direto. c) arbitramento. d) homologao. e) misto. Questo 19 - (ESAF) AFTN/1996

    incorreto afirmar que: a) o lanamento regularmente notificado pode ser alterado mediante recurso de ofcio; b) quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria, o lanamento pode ser efetuado e revisto de ofcio; c) o lanamento pode ser revisto de ofcio quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; d) o ato administrativo do lanamento pode ser alterado de ofcio quando se comprove que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulao; e) a impugnao do sujeito passivo no pode alterar lanamento tributrio regularmente notificado. Questo 20 - (ESAF) AFTE - MG/2005/adaptada

    Considerando o tema crdito tributrio, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente poder ser alterado por iniciativa de ofcio da autoridade administrativa. ( ) A utilizao de pauta fiscal pela administrao tributria uma forma de arbitramento da base de clculo para o pagamento do tributo. ( ) O lanamento pode ser revisto de ofcio, mesmo se efetuado em qualquer modalidade. a) V, F, V. b) V, V, V. c) F, F, F. d) F, V, F. e) F, V, V.

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    Questo 21 (ESAF) TTN/98 No que diz respeito ao lanamento tributrio, pode afirmar-se que, de acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, a) apesar de decorrente de lei, a atividade fiscal que culmina com o lanamento tem carter discricionrio, a ser sopesado pelo agente fiscal. b) as modalidades de lanamento so: direto, por homologao e de ofcio, somente. c) ele somente pode ser efetuado de ofcio quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo que d lugar aplicao de penalidade pecuniria. d) pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos a lanamento por homologao, extingue o crdito tributrio, sob condio resolutria. e) a alterao do lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente pode dar-se por meio de impugnao deste ltimo. Questo 22 (ESAF) AFTE - PI/2001 Escolha o tipo de imposto em que adotado o lanamento de ofcio, unilateral ou direto. a) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. b) imposto sobre produtos industrializados. c) imposto sobre a propriedade territorial rural. d) imposto sobre a propriedade de veculos automotores. e) imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao. Questo 23 - (ESAF) Auditor TCE - GO/2008/adaptada Em relao ao crdito tributrio, assinale a opo correta. a) O lanamento de ofcio somente utilizado quando da inobservncia, conforme o tributo devido, do lanamento por homologao ou por declarao. b) O lanamento por homologao ocorre quando existe determinao legal para que o sujeito passivo verifique a ocorrncia do fato gerador e antecipe o pagamento do tributo, ficando a extino do crdito tributrio sob condio resolutria da posterior homologao pelo fisco. c) Quando o fisco tem responsabilidade pela verificao da ocorrncia do fato gerador, do montante do tributo e da identificao e notificao do sujeito passivo, diz-se ocorrer lanamento de ofcio, que ocorre, por exemplo, quanto ao IPTU e ao IR. d) As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso, efeitos, garantias ou privilgios a ele atribudos afetam igualmente a obrigao tributria que lhe deu origem, eis que o crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a sua mesma natureza. e) A atividade administrativa de lanamento discricionria quando propicia Administrao Tributria verificar o melhor momento de aferio do fato gerador. Questo 24 - (ESAF) AFRE - CE/2006 Sobre o lanamento tributrio, procedimento administrativo tendente a verificar, entre outras coisas, a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente e determinar a matria tributvel, pode-se afirmar que a) a sua reviso s pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica. b) o CTN no admite hiptese em que a legislao a ele aplicvel seja aquela vigente poca em que for efetuado. c) s pode ser alterado por impugnao do sujeito passivo. d) se o clculo do tributo tiver por base valor de bens ou direitos, e estes no forem corretamente informados pelo sujeito passivo, a autoridade que efetivar o lanamento arbitrar estes valores, no podendo mais o sujeito passivo contradit-los. e) trata-se de uma atividade administrativa vinculada e obrigatria, mas que pode ser postergada, a critrio da autoridade lanadora, por razes de convenincia e oportunidade.

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    Questo 25 - (ESAF) MPE - GO/2008 Sobre a constituio do crdito tributrio pode-se afirmar, exceto a) que a atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria. b) que o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado no caso de recurso de ofcio. c) que o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, salvo se posteriormente modificada ou revogada. d) que compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento. e) que, salvo disposio legal em contrrio, quando o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira, no lanamento se far sua converso em moeda nacional ao cmbio do dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao. Questo 26 (CESPE) AGU - Advogado da Unio/2009 Com base no Direito Tributrio, julgue o item que se segue Se, na importao de produtos eletrnicos originados da Coria, determinada pessoa jurdica brasileira pagou US$ 10.000,00, o preo pago pelos produtos dever ser convertido em moeda nacional ao cmbio do dia do lanamento, para fins de apurao do valor do imposto de importao devido. Questo 27 - (ESAF) TTN/97 No que diz respeito ao lanamento tributrio, correto afirmar que a) o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. b) no permitida retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante. c) o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo no pode ser alterado. d) o Cdigo Tributrio Nacional diz haver duas modalidades de lanamento: por declarao e ex officio. e) quando o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira, far-se- a sua converso em moeda nacional ao cmbio do dia do lanamento. Questo 28 - (ESAF) Auditor Fiscal - Natal/2008 Sobre o crdito tributrio e o lanamento, assinale a nica opo correta. a) O lanamento o ato administrativo declaratrio do crdito tributrio e constitutivo da obrigao tributria. Sua finalidade a de tornar lquido e certo o crdito tributrio j existente e constitudo por ocasio da ocorrncia do fato gerador. b) A competncia atribuda autoridade administrativa para efetuar o lanamento no exclusiva, podendo a autoridade judiciria, quando constatado vcio formal, promover as devidas retificaes. c) A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, no restando autoridade administrativa possibilidade de anlise quanto convenincia e oportunidade do ato. d) Sobrevindo lei de contedo material mais benfica ao contribuinte, aps a ocorrncia do fato gerador e antes de efetuado o lanamento do tributo, deve a autoridade administrativa aplic-la. e) O lanamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lanamento. Ocorre nas situaes em que a autoridade fiscal rejeita o valor de um bem declarado pelo contribuinte e aplica as pautas fiscais.

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    Questo 29 (ESAF) AFTN/94 I - D-se o nome de crdito tributrio ao valor que o sujeito ativo da obrigao tributria tem o direito de receber de sujeito passivo determinado, relativo a certo tributo, fixado consoante procedimento administrativo plenamente vinculado denominado lanamento. II - Deve a autoridade administrativa ter em considerao a lei que, no perodo entre a data do fato gerador e a do lanamento, for mais favorvel ao contribuinte. III - Quando o lanamento efetuado pelo Fisco em razo de o contribuinte obrigado a declarar no ter apresentado sua declarao, diz-se que se trata de lanamento por declarao substitutiva. a) A primeira afirmao verdadeira. As demais so falsas. b) A primeira e a segunda afirmaes so verdadeiras. A terceira falsa. c) A segunda afirmao verdadeira. As demais so falsas. d) A terceira afirmao verdadeira. As demais so falsas. e) A primeira afirmao falsa. A segunda e a terceira so verdadeiras. Questo 30 (ESAF) AFTN/94 O lanamento por declarao no pode ser alterado a) mediante recurso de ofcio. b) quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria. c) quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria. d) aps a extino do direito do Fisco. e) em conseqncia de deciso administrativa. Questo 31 (ESAF) AFTE - PA/2002 O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo poder ser alterado em decorrncia de a) transferncia da sujeio passiva a pessoa isenta. b) majorao superveniente das alquotas do tributo. c) modificao posterior da lei tributria. d) interposio de recurso de ofcio. e) decurso do prazo decadencial. Questo 32 (ESAF) AFTN/94.2 No pode ser alterado o lanamento no caso de a) impugnao do contribuinte ou responsvel. b) recurso de ofcio interposto pela autoridade contra sua prpria deciso. c) iniciativa da autoridade quando comprovada omisso de informao obrigatria, na declarao do contribuinte. d) iniciativa da autoridade quando comprovada falta funcional da autoridade que efetuou o lanamento. e) retificao da declarao, pelo contribuinte, depois de notificado, para reduzir tributo. Questo 33 (ESAF) AFTN/98 Diz-se lanamento por homologao aquele que se efetua quando a) a lei determine que o lanamento seja efetivado e revisto pela autoridade administrativa por iniciativa prpria. b) a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria. c) a legislao atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa. d) se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido em lei como sendo de declarao obrigatria. e) quando se comprove que terceiro, em benefcio do contribuinte, agiu com simulao ou dolo.

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    Questo 34 (ESAF) AFTM - Fortaleza/98 A constituio do crdito tributrio relativo ao Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) efetuada mediante a) autolanamento. b) lanamento ex officio. c) lanamento por declarao. d) lanamento indireto. e) lanamento por homologao. Questo 35 - (ESAF) ATA - MF/2009 Nos termos do Cdigo Tributrio Nacional, o lanamento efetuado e revisto de ofcio pela autoridade administrativa nos seguintes casos, exceto: a) quando a lei assim o determine. b) quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria. c) quando se suspeite que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao. d) quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria. e) quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao, deixe de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade. Questo 36 - (ESAF) Auditor TCE - PR/2003 correto afirmar que, em consonncia com o Cdigo Tributrio Nacional, no se admite alterao do lanamento de crdito tributrio, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigao tributria, entre outras hipteses, em virtude de: a) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior. b) impugnao do sujeito passivo. c) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. d) recurso de ofcio. e) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, em face de posterior modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento. Questo 37 - (ESAF) Procurador - Fortaleza/2002 incorreto afirmar que o lanamento de crdito tributrio: a) reporta-se data de ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, exceto em relao aos impostos lanados por perodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. b) tem natureza jurdica declaratria da obrigao tributria preexistente. c) pode ser entendido como o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. d) regularmente notificado ao sujeito passivo, no pode ser alterado por iniciativa de ofcio de autoridade administrativa, exceto na hiptese de prvia instaurao da fase litigiosa do processo administrativo-tributrio. e) constitui atividade administrativa vinculada e obrigatria.

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    Questo 38 (FCC) Procurador do Ministrio Pblico de Contas BA/2011

    Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, em regra, o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente. Tratando-se de impostos lanados a certo perodo de tempo, desde que a lei instituidora fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido, correto afirmar que o imposto sobre a) transmisso onerosa de imveis por ato inter vivos, que tem lanamento por homologao, no se submete regra geral. b) servios de qualquer natureza, que tem lanamento de ofcio, se submete regra geral. c) servios de transporte interestadual e intermunicipal, que tem lanamento por homologao, no se submete regra geral. d) propriedade de veculo automotor, que tem lanamento por declarao, se submete regra geral. e) propriedade territorial urbana, que tem lanamento de ofcio, no se submete regra geral. Questo 39 - (ESAF) TRF/2002.2 Avalie a correo das afirmaes abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opo que contenha a seqncia correta. ( ) O crdito tributrio no atingido pela decadncia. ( ) Modificados a extenso e os efeitos do crdito tributrio, altera-se a obrigao tributria que lhe deu origem. ( ) O lanamento regido pela legislao vigente poca da ocorrncia do fato gerador, no lhe sendo aplicvel a legislao posterior. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, F. e) V, F, V. Questo 40 - (ESAF) AFRF/2003 No se admite alterao do lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo em virtude de: a) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao. b) impugnao do sujeito passivo. c) recurso de ofcio. d) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. e) iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, quando reconhece a necessidade de apurao de fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior, no caso de estar extinto o direito da Fazenda Pblica de revisar o lanamento. Questo 41 - (ESAF) Gestor Fazendrio MG/2005 - adaptada Assinale a alternativa correta. a) A atividade de lanamento vincula-se aos comandos da lei. b) O crdito tributrio no necessariamente decorre da obrigao tributria. c) Depois de regularmente notificado o contribuinte, o lanamento no pode ser modificado, de ofcio, pela autoridade administrativa. d) Identifica-se o lanamento por declarao nos casos em que a lei atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento do tributo sem prvio exame da autoridade administrativa.

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    Questo 42 (ESAF) Auditor Fiscal da Previdncia Social/2002 A Lei n 9.311, de 24 de outubro de 1996, em seu art. 11, 3, impedia o uso das informaes relativas Contribuio Provisria sobre Movimentao ou Transmisso de Valores e de Crditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), pela Fazenda Pblica, para constituir crdito tributrio referente a outros tributos. O referido dispositivo legal foi modificado pela Lei n 10.174, de 9 de janeiro de 2001, que entrou em vigor em 10 de janeiro de 2001, passando-se, desde ento, a ser admitida a possibilidade de utilizao das mencionadas informaes para constituio de crditos tributrios relativos a outros tributos, inclusive no tocante ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. A Lei Complementar n 105, de 10 de janeiro de 2002, prev que o fornecimento de informaes da CPMF pelas instituies financeiras administrao tributria federal no constitui violao do dever de sigilo. A fiscalizao tributria federal, vista dos novos permissivos legais, utilizou informaes da CPMF relativas a movimentaes financeiras efetuadas antes de 2001, que j se encontravam em seu poder, com base nas quais apurou que a empresa WGP deixou de recolher parte do imposto de renda devido, relativo a fatos geradores ocorridos em 1999 e 2000. A fiscalizao lanou a diferena do imposto apurado, por meio de auto de infrao. A empresa WGP, no concordando com o lanamento, impugnou-o, tempestivamente, na esfera administrativa prpria, alegando que a exigncia fiscal era improcedente, sob o argumento de que, em face do princpio da irretroatividade das leis, no poderia a Fazenda Pblica valer-se de informaes anteriormente obtidas, para lanar crdito tributrio relativo a perodos em que a lei proibia o uso dessas informaes para fiscalizar imposto de renda. Com base nos elementos ora apresentados e na legislao aplicvel matria, assinale a resposta correta. a) A impugnao deve ser julgada procedente e, por conseguinte, declarado extinto o crdito tributrio, considerando-se que o lanamento se reporta, nos termos do Cdigo Tributrio Nacional, data de ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. b) A impugnao deve ser julgada procedente, tendo em vista que as informaes sobre movimentao financeira da empresa, por serem sigilosas, s poderiam ter sido utilizadas pela fiscalizao, se tivesse havido, para tanto, prvia autorizao judicial, conforme determina a legislao infraconstitucional. c) A impugnao deve ser julgada procedente, para desconstituir o crdito lanado, tendo em vista que, nos termos do Cdigo Tributrio Nacional, a legislao tributria aplica-se aos fatos geradores futuros e aos pendentes. d) A impugnao deve ser julgada procedente, considerando-se que o lanamento de crdito tributrio regularmente notificado ao contribuinte pode ser desconstitudo em virtude de impugnao apresentada na esfera administrativa e tendo em vista a plausibilidade da tese jurdica sustentada pela empresa WGP. e) A impugnao deve ser julgada improcedente e, em conseqncia, deve ser mantido o lanamento do crdito tributrio, porquanto aplicvel ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao das autoridades administrativas. Questo 43 (FCC) Auditor Fiscal de Tributos Estaduais RO/2010 O lanamento tributrio a) no pode, aps regularmente notificado ao sujeito passivo, ser alterado de ofcio pela autoridade administrativa. b) depende sempre de prvia declarao do sujeito passivo ou de terceiro, na forma da legislao tributria. c) reporta-se data da ocorrncia do fato gerador e rege-se pela lei vigente ao tempo da prtica do lanamento. d) no pode ser revisto de ofcio pela autoridade competente. e) regido pela legislao vigente que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou fiscalizao.

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    Questo 44 (FCC) Defensor Pblico SP/2009 Quanto ao lanamento tributrio, correto afirmar que a) o lanamento rege-se pela lei em vigor no momento da sua realizao (tempus regit actum), mesmo que regule fato gerador ocorrido na vigncia da lei anterior. b) a modificao dos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no lanamento, pode ser aplicada a todos os fatos geradores anteriores, que no foram objeto de lanamento, por constituir somente modificao interpretativa da lei. c) a retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduo ou excluso de tributo, somente pode ser admitida mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. d) so modalidades de lanamento: de ofcio, por homologao, por declarao, por arbitramento e por preempo. e) a taxa cambial do dia do lanamento ser a utilizada na converso para a moeda nacional, nos casos em que o valor tributrio estiver expresso em moeda estrangeira. Questo 45 (CESPE) DPU - Defensor Pblico Federal/2010 Acerca do direito tributrio e do sistema tributrio nacional, julgue o seguinte item. autoridade tributria competente cabe declarar a existncia do crdito tributrio pelo lanamento, ocasio em que deve verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, calcular o montante do tributo devido e identificar o sujeito passivo. Eventual proposio de aplicao de penalidade pecuniria deve ser objeto de ato administrativo prprio, pois no se trata de tributo.

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    C D A A D A C E D C C E C B B

    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    E B D E E D D B A C E A C A D

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    D E C B C E D E C E A E E C E

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    QUESTES COMENTADAS

    Aula 07: Crdito tributrio. Constituio do crdito tributrio.

    Questo 01 - (ESAF) AFRF/2000 Ao procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel, o Cdigo Tributrio Nacional d o nome de a) Processo administrativo fiscal. b) Auto de Infrao. c) Lanamento. d) Representao Fiscal. e) Notificao de Lanamento.

    Comentrios

    Estudamos que a obrigao tributria nasce com a ocorrncia do

    fato gerador. No entanto, para torn-la exigvel, faz-se necessria

    uma ao da Fazenda Pblica. Sem que a Administrao adote os

    procedimentos necessrios, a obrigao, apesar de existente, no

    ser dotada de exigibilidade.

    Nesse sentido, o CTN prev um procedimento administrativo

    capaz de formalizar a exigncia, vale dizer, constituir o crdito

    tributrio. Vejamos:

    Art. 142. Compete privativamente autoridade administrativa

    constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o

    procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do

    fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria

    tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o

    sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade

    cabvel.

    Ao verificar a ocorrncia do fato gerador, o procedimento

    administrativo de lanamento confere certeza obrigao. Ao calcular

    o montante do tributo devido, o lanamento confere liquidez

    obrigao. Observamos, ento, que com o lanamento que a

    obrigao tributria adquire certeza e liquidez, sendo assim,

    constitudo o crdito tributrio.

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    Assim, temos que o procedimento administrativo de lanamento

    visa a:

    VERIFICAR A OCORRNCIA DO FATO GERADOR

    DETERMINAR A MATRIA TRIBUTVEL

    CALCULAR O MONTANTE DEVIDO

    IDENTIFICAR O SUJEITO PASSIVO

    SE FOR O CASO, APLICAR A PENALIDADE

    Gabarito: C.

    Questo 02 - (ESAF) AFTM - Natal/2001 O ato administrativo tributrio que se reporta data da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente, constituindo atividade administrativa vinculada e obrigatria, : a) notificao. b) responsabilizao. c) integrao. d) lanamento. e) converso.

    Comentrios

    A questo deve ser respondida mediante a conjugao do

    pargrafo nico do art. 142 com o art. 144, ambos do CTN.

    Na nossa primeira aula, estudamos que, nos moldes do art. 3

    do CTN, o tributo uma prestao cuja cobrana ocorre por meio de

    atividade administrativa plenamente vinculada. Em consonncia com

    essa definio, o art. 142 do CTN determina, em seu pargrafo nico:

    Pargrafo nico. A atividade administrativa de lanamento

    vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional.

    Isso significa que, ao identificar a ocorrncia do fato gerador,

    no cabe autoridade fiscal qualquer margem de discricionariedade.

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    Resta, portanto, efetuar o lanamento. Em consequncia, o tributo

    ser cobrado daquele sujeito passivo definido em lei e no valor

    estabelecido nas disposies legais.

    Quanto legislao que o lanamento deve observar, o art. 144

    estabelece:

    Art. 144. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato

    gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que

    posteriormente modificada ou revogada.

    Nessa linha, ocorrido o fato gerador, a autoridade que efetuar o

    lanamento dever observar a legislao ento vigente nesta data.

    Estudaremos em mais detalhes este artigo mais adiante.

    Gabarito: D.

    Questo 03 - (ESAF) AFRF/2009 Sobre o lanamento, com base no Cdigo Tributrio Nacional, assinale a opo correta. a) O lanamento um procedimento administrativo pelo qual a autoridade fiscal, entre outras coisas, declara a existncia de uma obrigao tributria. b) Ao se estabelecer a competncia privativa da autoridade administrativa para efetuar o lanamento, permitiu-se a delegao dessa funo. c) No lanamento referente penalidade pecuniria, a autoridade administrativa deve aplicar a legislao em vigor no momento da ocorrncia do fato gerador. d) A legislao posterior ocorrncia do fato gerador da obrigao que instituir novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao da autoridade administrativa, no se aplica ao lanamento. e) A aplicao retroativa de legislao tributria formal pode atribuir responsabilidade tributria a terceiros.

    Comentrios

    Alternativa A - Da anlise do art. 142 do CTN, surge uma grande

    controvrsia doutrinaria acerca da natureza do lanamento, se

    constitutiva ou declaratria. Para uma parcela da doutrina, o crdito

    tributrio tem carter declaratrio do crdito, que j existe desde a

    ocorrncia do fato gerador. A outra parcela entende que o lanamento

    constitui o crdito.

    No obstante a controvrsia doutrinria, o prprio CTN

    estabelece que o lanamento CONSTITUI o crdito tributrio, nos

    seguintes termos:

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    Art. 142. Compete privativamente autoridade administrativa

    constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o

    procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do

    fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria

    tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o

    sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade

    cabvel.

    Devemos, portanto, em se tratando de prova para concurso,

    considerar a natureza constitutiva do lanamento quanto ao crdito,

    dada a previso expressa no Cdigo Tributrio Nacional.

    Quanto obrigao, o art. 142. do CTN permite inferir que, ao

    verificar a ocorrncia do fato gerador, o lanamento a DECLARA.

    Nesse sentido, podemos resumir que o lanamento DECLARA a

    obrigao e CONSTITUI o crdito tributrio. Correta a assertiva A.

    Alternativa B Errada. O CTN disciplina, em seu art. 142, que o

    lanamento compete privativamente autoridade administrativa. O

    pargrafo nico do mesmo artigo dispe que a atividade

    administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de

    responsabilidade funcional, no havendo que se falar em delegao

    desta atribuio.

    Alternativa C A regra geral estabelecida pelo CTN de que o

    lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da

    obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente

    modificada ou revogada (art. 144). Entretanto, o prprio CTN prev

    excees em seu art. 106, ao estabelecer que a lei aplica-se a ato ou

    fato pretrito, tratando-se de ato no definitivamente julgado, quando

    FATO GERADOR

    OBRIGAO TRIBUTRIA

    LANAMENTO CRDITO

    TRIBUTRIO

    DECLARA

    CONSTITUI

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    deixe de defini-lo como infrao; quando deixe de trat-lo como

    contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no

    tenha sido fraudulento e no tenha implicado em falta de pagamento

    de tributo; e quando lhe comine penalidade menos severa que a

    prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.

    Dessa forma, o lanamento referente a penalidades nem sempre

    considerar a legislao vigente poca do fato gerador, eis que,

    havendo lei superveniente mais benfica ao contribuinte, dever ser

    observada. Alternativa errada.

    Alternativa D Errada. O art. 144, 1, do CTN, estabelece que se

    aplica ao lanamento tributrio a legislao que, posteriormente

    ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos

    critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os

    poderes de investigao das autoridades administrativas.

    Acabamos de ver que o lanamento reporta-se data do fato gerador

    e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada

    ou revogada (art. 144 do CTN), como pode ento o prprio CTN

    determinar a aplicao de legislao posterior, visto que no estamos

    diante de penalidades? Expliquemos.

    O ato ou procedimento administrativo de lanamento

    compreende o aspecto formal e o material.

    O aspecto material representa a prpria constituio do crdito

    tributrio, o que obriga a autoridade lanadora a observar a legislao

    vigente poca do fato gerador.

    O aspecto formal compreende as formalidades exigidas em lei

    para que o ato se torne eficaz, bem como as prerrogativas conferidas

    autoridade para apurar todas as dimenses do fato gerador

    (temporal, geogrfica, material, pessoal, quantitativa), ou seja, os

    poderes de investigao. No aspecto formal, vale a legislao vigente

    poca do lanamento. Isso porque esse aspecto no altera o valor

    do crdito tributrio. Esse sempre determinado pela legislao

    vigente poca do fato gerador.

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    Alternativa E Veremos na questo 05 os detalhes sobre o aspecto

    formal do lanamento. O CTN, em seu art. 144, 1, estabelece que

    aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia

    do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de

    apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os poderes de

    investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito

    maiores garantias ou privilgios. No entanto, o prprio dispositivo traz

    vedao para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a

    terceiros. Alternativa errada.

    Gabarito: A.

    Questo 04 (CESPE) Analista Judicirio TRE MT/2010 Considere que, aps a ocorrncia de um fato gerador, nova lei aumentando as alquotas do tributo tenha sido publicada. Nessa situao, o lanamento ser regido pela lei a) em vigor na data da ocorrncia do fato gerador. b) em vigor na data da feitura do lanamento. c) em vigor na data do pagamento do tributo. d) mais favorvel ao incremento da arrecadao. e) discricionariamente indicada pela autoridade fazendria competente.

    Comentrios

    A legislao aplicvel ao lanamento, no que diz respeito ao seu

    aspecto material, aquela vigente na data da ocorrncia do fato

    gerador, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

    Gabarito: A.

    CRDITO TRIBUTRIO

    ASPECTO MATERIAL

    ASPECTO FORMAL

    Representa a constituio do crdito propriamente dita. Rege-se pela legislao vigente poca fato gerador. (CTN, art. 144, caput)

    Representa os poderes de investigao conferidos autoridade. Rege-se pela legislao vigente poca do lanamento. (CTN, art. 144, 1)

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    Questo 05 - (ESAF) AFTE-RN/2005 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. vedada a aplicao ao lanamento da legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha ampliado os poderes de investigao das autoridades administrativas? O crdito tributrio tem a mesma natureza da obrigao tributria principal? A lei vigente data da ocorrncia do fato gerador da obrigao, que tenha sido posteriormente revogada, aplicvel ao lanamento do crdito tributrio? a) Sim, sim, sim. b) Sim, sim, no. c) Sim, no, sim. d) No, sim, sim. e) No, sim, no.

    Comentrios Item I Os poderes de investigao da autoridade representam o

    aspecto formal do lanamento. Determina o art. 144, 1, do CTN,

    que esse aspecto regido pela legislao vigente data do

    lanamento, nos seguintes termos:

    Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente

    ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos

    critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os

    poderes de investigao das autoridades administrativas, ou

    outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste

    ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a

    terceiros.

    Imaginemos uma situao hipottica em que determinada

    pessoa auferiu rendimentos tributveis no ano de 2009. Vamos supor

    que, na poca do fato gerador, para efeito de deduo, nos recibos

    mdicos deveriam constar apenas a assinatura do profissional e o

    nmero do CPF. Em 2012, em procedimento de fiscalizao, o

    contribuinte foi intimado a apresentar os comprovantes de suas

    despesas, situao em que entregou os recibos apenas com os dados

    acima. Imagine ento que no ano de 2011, a legislao do imposto

    passou a possibilitar a glosa das despesas caso no houvesse no

    recibo, alm das informaes anteriormente previstas, o nome

    completo do paciente, a molstia tratada e o nmero do registro do

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    profissional no Conselho de Medicina. Diante da nova permisso legal,

    o fiscal desconsiderou as despesas apresentadas e efetuou o

    lanamento.

    Ora, nessa situao, no poderia o contribuinte alegar que na

    poca do fato gerador isso no era possvel e que o fiscal agiu de

    forma ilegal, pois, como vimos, o aspecto formal do lanamento rege-

    se pela legislao vigente data do prprio lanamento. Item falso.

    Item II Sim. O lanamento o procedimento que confere

    exigibilidade obrigao tributria principal. Nesse sentido, o art. 139

    do CTN prev que o crdito tributrio decorre da obrigao principal e

    tem a mesma natureza desta.

    Item III Sim. A legislao que rege o lanamento no seu aspecto

    material sempre aquela vigente na data da ocorrncia do fato

    gerador. Essa a inteligncia do art. 144, do CTN, segundo o qual o

    lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da

    obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente

    modificada ou revogada.

    Gabarito: D.

    Questo 06 - (ESAF) AFTE - PI/2002 Aps a ocorrncia do fato gerador, nova lei foi publicada, aumentando as alquotas do tributo. Neste caso, o lanamento ser regido pela lei em vigor na data a) da ocorrncia do fato gerador. b) da feitura do lanamento. c) do pagamento do tributo. d) da cobrana do tributo. e) escolhida pelo sujeito passivo.

    Comentrios

    A alquota do tributo est relacionada ao aspecto material do

    lanamento, logo, deve ser aplicada a legislao vigente na data da

    ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, conforme

    determina o CTN, em seu art. 144, caput. Assim, mesmo que revogada

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    ou modificada por outra lei, o lanamento leva em considerao a lei

    vigente poca do fato gerador.

    A nova lei apenas poderia ser aplicada caso se referisse ao

    aspecto formal do lanamento.

    Gabarito: A.

    Questo 07 - (ESAF) AFRFB/2005 O lanamento, a teor do art. 142 do Cdigo Tributrio Nacional, o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Sobre o lanamento, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) Trata-se de uma atividade vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional. ( ) No sistema tributrio brasileiro, o crdito tributrio pode ser exigido antes da ocorrncia do fato gerador da obrigao principal. ( ) Salvo disposio de lei em contrrio, quando o valor tributrio esteja expresso em moeda estrangeira, no lanamento far-se- sua converso em moeda nacional ao preo mdio do cmbio do ms da ocorrncia do fato gerador da obrigao. a) F, F, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, V e) V, F, V

    Comentrios

    Item I Verdadeiro. Nos moldes do art. 3 do CTN, o tributo uma

    prestao cuja cobrana ocorre por meio de atividade administrativa

    plenamente vinculada. Em consonncia com essa definio, o art. 142

    do CTN determina, em seu pargrafo nico:

    Pargrafo nico. A atividade administrativa de lanamento

    vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional.

    Item II Verdadeiro. A regra que a constituio do crdito tributrio

    siga o seguinte ciclo:

    FATO GERADOR

    OBRIGAO TRIBUTRIA

    LANAMENTO CRDITO

    TRIBUTRIO

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    No obstante, a Constituio Federal prev uma situao em

    que o crdito tributrio ser exigido antes da ocorrncia do fato

    gerador. Trata-se do instituto da substituio tributria progressiva ou

    para frente, definida no art. 150, 7:

    A lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio

    de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato

    gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e

    preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato

    gerador presumido.

    Item III Falso. Nos termos do art. 143 do CTN, salvo disposio de

    lei em contrrio, quando o valor tributrio esteja expresso em moeda

    estrangeira, no lanamento far-se- sua converso em moeda

    nacional ao cmbio do dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao,

    e no ao preo mdio do cmbio do ms da ocorrncia do fato

    gerador da obrigao.

    Gabarito: C.

    Questo 08 - (ESAF) AFTE - PA/2002 O ato ou procedimento administrativo de lanamento tem as finalidades abaixo, exceto a) identificar o sujeito passivo da obrigao tributria. b) determinar a matria tributvel. c) quantificar o montante do tributo devido. d) verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria. e) ensejar o nascimento da obrigao tributria.

    Comentrios

    O art. 142 do CTN estabelece que o lanamento compreende o

    procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato

    gerador da obrigao correspondente, determinar a matria

    tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito

    passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel.

    Podemos perceber que no lanamento so identificados os cinco

    aspectos da norma tributria impositiva que estudamos na aula sobre

    obrigao tributria. Seno, vejamos:

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    importante observar que os cinco aspectos da norma

    tributria impositiva (material, pessoal, espacial, temporal e

    quantitativo) representam, juntos, o aspecto material do lanamento.

    Isso significa que todos esses aspectos sero determinados pela

    legislao vigente na data da ocorrncia do fato gerador.

    A alternativa E est errada, pois, conforme estudamos, a

    obrigao tributria nasce com a ocorrncia do fato gerador. O

    lanamento apenas confere exigibilidade obrigao, vale dizer, lhe

    atribui certeza e liquidez.

    Gabarito: E.

    Questo 09 (ESAF) Procurador - ES/2004/adaptada Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, assinale a resposta correta. (i) Considere a seguinte situao hipottica. Uma determinada lei autoriza a quebra do sigilo bancrio para fins fiscais. A autoridade administrativa, de acordo com essa lei em vigor, investigou um contribuinte e descobriu que ele sonegara tributos relativamente ao perodo anterior ao advento daquela lei e lanou o crdito tributrio. Nessa situao, a lei nova poder ser aplicada de forma retroativa, sem que haja qualquer violao s disposies do CTN ou Constituio.

    DETERMINAR A MATRIA TRIBUTVEL

    Representa o aspecto material, ou seja, a situao que

    constitui o fato gerador.

    APLICAR A PENALIDADE CABVEL, SE FOR O CASO

    O lanamento tambm constitui o crdito referente s

    multas.

    VERIFICAR A OCORRNCIA DO FATO GERADOR

    Diz respeito aos aspectos temporal e espacial da norma.

    IDENTIFICAR O SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAO

    Diz respeito ao aspecto pessoal da norma tributria impositiva.

    CALCULAR O MONTANTE DO TRIBUTO DEVIDO

    Define o valor devido. Compreende a alquota e a

    base de clculo.

    O LANAMENTO O PROCEDIMENTO

    ADMINISTRATIVO TENDENTE A

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    (ii) O lanamento regido pela lei em vigncia no momento da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, inclusive no que se refere definio das garantias e privilgios do crdito tributrio e aos poderes de investigao das autoridades fiscais. (iii) Lanamento o procedimento administrativo tendente a constituir a obrigao tributria, tendo em vista a ocorrncia do fato gerador previsto em lei. (iv) Lanamento o procedimento administrativo pelo qual se constitui o crdito tributrio, a partir da verificao da ocorrncia do fato gerador do tributo. (v) Tendo em vista a capacidade econmica do sujeito passivo, por motivo de eqidade, a autoridade administrativa pode deixar de promover o lanamento. a) F, V, V, F, V. b) F, F, V, V, F. c) F, V, F, V, F. d) V, F, F, V, F. e) V, V, F, V, F. Comentrios Item (i) Verdadeiro. Como vimos, os aspectos formais do

    lanamento (entre eles os poderes de investigao da autoridade) so

    regidos pela legislao vigente na data do lanamento. Dessa forma,

    se est em curso uma fiscalizao e o lanamento se refere a perodos

    anteriores, quando no existia autorizao para quebra do sigilo,

    ainda assim torna-se possvel tal prerrogativa. Quanto ao aspecto

    material (sujeito passivo, base de clculo, alquota), ser aplicada a

    legislao da poca do fato gerador. Quanto ao aspecto formal, ser

    aplicada a legislao que, mesmo posterior, confira maiores poderes

    de investigao autoridade lanadora.

    Item (ii) Falso. A primeira parte da assertiva est correta, pois o

    lanamento regido pela lei em vigncia no momento da ocorrncia

    do fato gerador da obrigao tributria. Contudo, a segunda parte

    est errada, j que, no que se refere definio das garantias e

    privilgios do crdito tributrio e aos poderes de investigao das

    autoridades fiscais, valer a lei vigente poca do lanamento. Trata-

    se, pois, do aspecto formal do lanamento.

    Item (iii) Falso. Vamos atentar bem para a posio adotada pela

    ESAF. No obstante as divergncias doutrinrias, o CTN

    expressamente prev que o lanamento constitui o crdito tributrio.

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    A ESAF acatou o entendimento de que, em relao obrigao, o

    lanamento tem carter declaratrio. Assim, temos que:

    O lanamento DECLARA a obrigao tributria.

    O lanamento CONSTITUI o crdito tributrio.

    Item (iv) Correta. Valendo aqui os comentrios que acabamos de

    fazer no item anterior.

    Item (v) O CTN apresenta vrios dispositivos que tornam este item

    falso. O art. 3 define que o tributo uma prestao cuja cobrana

    ocorre mediante atividade administrativa plenamente vinculada, no

    restando qualquer margem de discricionariedade. O pargrafo nico

    do art. 142 estabelece que a atividade administrativa de lanamento

    vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional. Por

    fim, o 2, do art. 108, determina que o emprego da equidade no

    poder resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

    Gabarito: D.

    Questo 10 - (ESAF) TRF/2000/adaptada 1) Uma nova lei do imposto de renda, reduzindo a alquota de um imposto, entrou em vigor e h uma exigncia tributria relativa a fatos ocorridos antes dessa lei. O lanamento do imposto deve levar em considerao a lei nova? 2) A modificao introduzida nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatos geradores ocorridos anteriormente sua introduo? a) no, sim. b) sim, sim. c) no, no. d) sim, no.

    Comentrios

    Item 1 Muita ateno neste enunciado, caro aluno. Sabemos que o

    lanamento, quanto ao aspecto material, ou seja, quanto ao seu

    contedo, regido pela lei vigente na data do fato gerador, de acordo

    com o art. 144 do CTN. Sabemos, tambm, que o prprio CTN prev

    excees em seu art. 106, ao estabelecer que a lei aplica-se a ato ou

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    fato pretrito, tratando-se de ato no definitivamente julgado, quando

    deixe de defini-lo como infrao; quando deixe de trat-lo como

    contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no

    tenha sido fraudulento e no tenha implicado em falta de pagamento

    de tributo; e quando lhe comine penalidade menos severa que a

    prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.

    Um candidato mais precipitado poderia marcar como correta

    esta assertiva. No entanto, apesar das excees previstas, reduzir a

    alquota no significa aplicar penalidade menos severa, eis que o

    tributo no penalidade, vale dizer, no sano por ato ilcito. Item

    falso.

    Item 2 No. O art. 146 do CTN estabelece que a modificao

    introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa

    ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade

    administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser

    efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato

    gerador ocorrido posteriormente sua introduo.

    Veremos mais frente que o lanamento est sujeito a

    alterao mediante iniciativa da prpria Administrao, nas hipteses

    previstas no CTN. Entretanto, o prprio Cdigo estabeleceu que novos

    critrios de interpretao, adotados no procedimento de lanamento,

    apenas podem ser aplicados aos fatos futuros, posteriores sua

    adoo. Desse modo, o Cdigo preza pela segurana jurdica nas

    relaes entre o Fisco e os contribuintes. Caso contrrio, teramos

    modificao de lanamentos j efetuados pela mera mudana de

    entendimento do rgo fiscalizador.

    Gabarito: C.

    Questo 11 - (ESAF) IRB 2004 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A obrigao tributria principal nasce com o lanamento do respectivo crdito tributrio?

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    permitido que autoridade judiciria realize lanamento de crdito tributrio, na hiptese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido Fazenda Pblica? Considere a seguinte situao hipottica: Aps responder consulta associao de importadores de que seu produto enquadrou-se na alquota de 3% do IPI, a autoridade administrativa, em novo entendimento, passou a aplicar a alquota de 5%, tendo em vista deciso judicial em processo movido por associado. Nessa situao, haver incidncia da nova alquota aos fatos geradores anteriores ao novo entendimento, cobrando-se o crdito suplementar? a) No, no, sim. b) No, sim, sim. c) No, no, no. d) Sim, no, sim. e) Sim, sim, no.

    Comentrios

    Item I No. A obrigao tributria principal nasce com a ocorrncia

    do fato gerador. Ela declarada pelo lanamento, ao mesmo tempo

    em que o prprio lanamento constitui o crdito tributrio. Assim,

    temos que a obrigao tributria nasce desde a ocorrncia do fato

    gerador, mas s passa a ter exigibilidade aps a formalizao do

    lanamento.

    Item II No. A atividade administrativa de lanamento, nos termos

    do pargrafo nico, do art. 142, do CTN, vinculada e obrigatria,

    sob pena de responsabilidade funcional. Do prprio texto do artigo,

    percebemos que trata-se de atividade administrativa e no judicial.

    Item III No. Como vimos na questo anterior, o art. 146 do CTN

    estabelece que a modificao introduzida, de ofcio ou em

    consequncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios

    jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do

    lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo

    sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua

    introduo.

    Gabarito: C.

    Questo 12 - (ESAF) ATRF/2009 Sobre o lanamento, procedimento administrativo que faz nascer a obrigao tributria, correto afirmar que:

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    a) por meio do lanamento, constitui-se o crdito tributrio, apontando o montante devido correspondente obrigao tributria principal, que abrange o tributo, mas no abrange eventuais penalidades pecunirias pelo descumprimento da obrigao tributria. b) o lanamento indispensvel para o recebimento do crdito tributrio (por exemplo, nos casos de crdito consignado em pagamento e na converso de depsito em renda), em qualquer situao. c) o tributo, por fora do CTN, lanado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, no sendo admissveis impugnaes de quaisquer natureza. d) a forma do lanamento depender do regime de lanamento do tributo e das circunstncias nas quais apurado, sendo que, por no seguir o princpio documental, no necessariamente conter a totalidade dos elementos necessrios identificao da obrigao surgida. e) ainda quando de fato seja o lanamento feito pelo sujeito passivo, o Cdigo Tributrio Nacional, por fico legal, considera que a sua feitura privativa da autoridade administrativa, e por isto, no plano jurdico, sua existncia fica sempre dependente de homologao por parte da autoridade competente.

    Comentrios

    Antes de iniciarmos os comentrios s alternativas, perceba o

    erro que cometeu a ESAF no enunciado da questo. Ela afirma que o

    lanamento faz nascer a obrigao tributria. Ora, sabermos que a

    obrigao tributria nasce com a ocorrncia do fato gerador, o

    lanamento apenas a torna exigvel.

    No obstante o equvoco do enunciado, a questo bastante

    interessante e exigiu conhecimento de posicionamentos doutrinrios.

    Seno, vejamos:

    Alternativa A Errada. O lanamento deve contemplar toda a

    obrigao tributria principal, ou seja, o tributo e as penalidades, caso

    existam. Nesse sentido, define o art. 142 do CTN que o lanamento

    compreende o procedimento administrativo tendente a verificar a

    ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a

    matria tributvel, calcular o montante do tributo devido,

    identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da

    penalidade cabvel.

    Alternativa B Alternativa bastante interessante. Sabemos que o

    lanamento constitui o crdito tributrio, conferindo exigibilidade

    obrigao tributria. Nesse sentido, temos que o lanamento seria

    indispensvel para o recebimento do crdito. Essa a regra geral,

    mas comporta excees.

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    Essa alternativa foi retirada da lio de Sacha Calmon, com alterao

    do sentido dado pelo autor. Seno, vejamos:

    ... tirante a hiptese em que condio de atendibilidade nos

    tributos em que precede necessariamente ao pagamento, a hiptese

    em que condio para a executividade do crdito, o lanamento

    absolutamente dispensvel para o recebimento do crdito tributrio

    (tributos pagos sem prvio exame da Administrao, crdito

    consignado em pagamento, converso do depsito em renda, etc.).

    (COELHO. Sacha Calmon Navarro. Liminares e Depsitos Antes do

    Lanamento por Homologao Decadncia e Prescrio, 2 ed., Dialtica,

    2002, p. 57).

    A tese daqueles que defendem este entendimento que o art.

    142 estabelece que compete autoridade administrativa constituir o

    crdito tributrio mediante o lanamento, no entanto, o crdito

    poderia ser constitudo por procedimentos diversos do lanamento.

    Essa tese tem sido bastante discutida inclusive no mbito da prpria

    Receita Federal. Adotando este posicionamento, teramos que o

    prprio contribuinte poderia constituir o crdito tributrio (no

    mediante o lanamento, pois este ato privativo da autoridade).

    Seria o caso da DCTF, Declarao de Dbitos e Crditos

    Tributrios Federais, obrigao acessria das pessoas jurdicas. Nesta

    declarao, o sujeito passivo apresenta Receita Federal todos os

    dbitos apurados no perodo e deve proceder ao recolhimento. Ao

    enviar estas informaes, o contribuinte est confessando a dvida.

    Assim, seguindo a redao do Decreto-Lei n 2.124, de 1984, os

    defensores da referida tese, argumentam que a confisso de dvida

    uma das formas de se constituir o crdito, sendo dispensvel,

    portanto, procedimento de lanamento. Vejamos o que diz o Decreto-

    Lei 2.124:

    Art. 5. 1. O documento que formalizar o cumprimento de

    obrigao acessria, comunicando a existncia de crdito tributrio,

    constituir confisso de dvida e instrumento hbil e suficiente para a

    exigncia do referido crdito.

    Assim tambm tem entendido o STJ:

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    ... a apresentao de Guia de Informao e Apurao do ICMS GIA,

    de Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais DCTF, ou

    de outra declarao dessa natureza, prevista em lei, modo de

    constituio do crdito tributrio, dispensando, para isso, qualquer

    outra providncia por parte do Fisco. (STJ, Primeira Seo, REsp 886.462/RS, out/08).

    Percebemos que foi esse o sentido defendido pela ESAF na

    alternativa. Logo, correta.

    Alternativa C Incorreta. O tributo lanado mediante atividade

    administrativa plenamente vinculada, qual seja: o lanamento.

    Entretanto, o lanamento no tem o poder de afastar os princpios da

    legalidade, do contraditrio e da ampla defesa, garantias

    constitucionais conferidas ao contribuinte. Nesse sentido, o prprio

    CTN prev hipteses em que o lanamento pode ser alterado.

    Alternativa D Incorreta. Esta alternativa foi extrada da seguinte

    lio de Leandro Paulsen, alterando o sentido original:

    O lanamento segue o princpio documental. Sua forma depender

    do regime de lanamento do tributo e das circunstncias nas quais

    apurado. Certo que estar documentado e que seu instrumento

    ter de conter os elementos indispensveis identificao

    inequvoca da obrigao surgida. Os lanamentos normalmente so

    documentados atravs de Auto de Infrao (AI). (PAULSEN, Leandro.

    Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da

    jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 142).

    Alternativa E Correta. Parcela da doutrina entende que, na prtica,

    o lanamento por homologao efetuado pelo contribuinte e que a

    homologao da autoridade administrativa apenas confirma sua

    existncia. Esta alternativa foi retirada dos ensinamentos de Hugo de

    Brito Machado sobre o tema:

    A constituio do crdito tributrio de competncia privativa da

    autoridade administrativa. S esta pode fazer o lanamento. Ainda

    que ela apenas homologue o que o sujeito passivo fez, como

    acontece nos casos do artigo 150 do CTN, que cuida do lanamento

    dito por homologao. Sem esta homologao no existir,

    juridicamente, o lanamento, e no estar por isto mesmo

    constitudo o crdito tributrio. Ainda quando de fato seja o

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    lanamento feito pelo sujeito passivo, o Cdigo Tributrio Nacional,

    por fico legal, considera que a sua feitura privativa da

    autoridade administrativa, e por isto, no plano jurdico, sua

    existncia fica sempre dependente, quando feito pelo sujeito

    passivo, de homologao da autoridade competente. (MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributrio. So Paulo: Malheiros, 2007, p.

    199/200)

    Gabarito: E.

    Questo 13 - (ESAF) PFN/2004 Consideradas as disposies do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que lcito autoridade administrativa rever de ofcio o lanamento j procedido a) somente no caso de lanamento anterior por homologao. b) no caso de qualquer lanamento anterior, exceto o de ofcio. c) no caso de qualquer lanamento anterior, inclusive o de ofcio. d) somente no caso de lanamento anterior com base na declarao do sujeito passivo. e) somente no caso de lanamento anterior relativo empresa concordatria.

    Comentrios Conforme estudamos no Direito Administrativo, a

    Administrao, com fundamento na autotutela, pode rever os seus

    prprios atos em face de razes de legalidade e de mrito.

    Nesse sentido, o CTN estabelece:

    Art. 149. O lanamento efetuado e revisto de ofcio pela

    autoridade administrativa nos seguintes casos:

    I - quando a lei assim o determine;

    II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no

    prazo e na forma da legislao tributria;

    III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado

    declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no

    prazo e na forma da legislao tributria, a pedido de

    esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se

    a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela

    autoridade;

    IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a

    qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de

    declarao obrigatria;

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    V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa

    legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que se refere o

    artigo seguinte;

    VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de

    terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de

    penalidade pecuniria;

    VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em

    benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao;

    VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no

    provado por ocasio do lanamento anterior;

    IX - quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu

    fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso,

    pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

    Pargrafo nico. A reviso do lanamento s pode ser iniciada

    enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica.

    O lanamento comporta trs modalidades, como veremos mais

    frente. Independente da modalidade, o lanamento constitui

    procedimento administrativo e, por isso, sujeito autotutela da

    Administrao.

    Gabarito: C.

    Questo 14 (ESAF) TRF/2006 Sobre as modalidades de lanamento do crdito tributrio, podemos afirmar que a) lanamento por homologao feito quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo, submet-lo ao prvio exame da autoridade administrativa, e realizar seu pagamento. b) o lanamento por declarao aquele feito em face da declarao prestada pelo prprio contribuinte ou por terceiro. c) o lanamento de ofcio aquele feito pela autoridade administrativa, com base nas informaes prestadas pelo contribuinte. d) a reviso do lanamento, em quaisquer de suas modalidades, pode ser iniciada mesmo aps a extino do direito da Fazenda Pblica, nos casos de erro por parte do contribuinte. e) na hiptese do lanamento por homologao, no fixando a lei ou o regulamento prazo diverso para homologao, seu prazo ser de cinco anos, contados do fato gerador.

    ClementeHighlight

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    Comentrios

    Ocorrido o fato gerador, tem-se por nascida a obrigao

    tributria. Esta, por sua vez, adquire exigibilidade com o lanamento.

    O Cdigo Tributrio Nacional prev trs modalidades de lanamento:

    Art. 147. O lanamento efetuado com base na declarao do

    sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da

    legislao tributria, presta autoridade administrativa informaes

    sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao.

    1 A retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante,

    quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante

    comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o

    lanamento.

    2 Os erros contidos na declarao e apurveis pelo seu exame

    sero retificados de ofcio pela autoridade administrativa a que

    competir a reviso daquela.

    Art. 148. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tem em

    considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos

    jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular,

    arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no

    meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os

    documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro

    legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao

    contraditria, administrativa ou judicial.

    Art. 149. O lanamento efetuado e revisto de ofcio pela

    autoridade administrativa nos seguintes casos:

    I - quando a lei assim o determine;

    II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no

    prazo e na forma da legislao tributria;

    III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado

    declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no

    prazo e na forma da legislao tributria, a pedido de

    esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se

    a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela

    autoridade;

    IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a

    qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de

    declarao obrigatria;

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    V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa

    legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que se refere o

    artigo seguinte;

    VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de

    terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de

    penalidade pecuniria;

    VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em

    benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao;

    VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no

    provado por ocasio do lanamento anterior;

    IX - quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu

    fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso,

    pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

    Pargrafo nico. A reviso do lanamento s pode ser iniciada

    enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica.

    Art. 150. O lanamento por homologao, que ocorre quanto aos

    tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de

    antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade

    administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,

    tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,

    expressamente a homologa.

    1 O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo

    extingue o crdito, sob condio resolutria da ulterior homologao

    ao lanamento.

    2 No influem sobre a obrigao tributria quaisquer atos

    anteriores homologao, praticados pelo sujeito passivo ou por

    terceiro, visando extino total ou parcial do crdito.

    3 Os atos a que se refere o pargrafo anterior sero, porm,

    considerados na apurao do saldo porventura devido e, sendo o

    caso, na imposio de penalidade, ou sua graduao.

    4 Se a lei no fixar prazo a homologao, ser ele de cinco anos,

    a contar da ocorrncia do fato gerador; expirado esse prazo sem

    que a Fazenda Pblica se tenha pronunciado, considera-se

    homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo

    se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao.

    O lanamento, de acordo com o CTN, comporta trs diferentes

    modalidades, a saber: de ofcio, por declarao e por homologao. O

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    elemento diferenciador entre essas modalidades o grau de

    participao do sujeito passivo no procedimento.

    Dessa forma, no lanamento de ofcio no h participao do

    sujeito passivo, sendo efetuado pela autoridade fiscal com base em

    informaes que j eram de conhecimento da Fazenda pblica. Como

    exemplo de tributo que se sujeita a esta modalidade, temos o IPTU.

    A segunda forma prevista no CTN o lanamento por

    declarao. Nessa modalidade, o sujeito passivo (ou terceiro) deve

    apresentar uma declarao que contenha todas as informaes

    necessrias anlise da autoridade fiscal. Aps o recebimento dessas

    informaes, o valor do tributo ser calculado e o sujeito passivo ser

    notificado para o pagamento. Um exemplo dessa modalidade ocorre

    no lanamento do ITBI.

    A outra modalidade prevista o lanamento por homologao,

    na qual o sujeito passivo deve apurar o valor devido e efetuar o

    pagamento do tributo, que ficar sujeito posterior homologao pela

    autoridade fiscal. o caso do imposto de renda.

    FATO GERADOR

    LANAMENTO DE OFCIO

    PAGAMENTO

    FATO GERADOR

    LANAMENTO POR

    DECLARAO PAGAMENTO DECLARAO

    FATO GERADOR

    LANAMENTO POR

    HOMOLOGAO PAGAMENTO

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    Explicadas as modalidades de lanamento, passemos anlise

    das alternativas.

    Alternativa A Errada. Como podemos observar no esquema

    apresentado, no lanamento por homologao, o exame da

    autoridade administrativa (homologao) ocorre aps o pagamento.

    Alternativa B Correta. O lanamento por declarao feito em

    funo de declarao apresentada pelo sujeito passivo ou terceiro,

    que contenha todas as informaes necessrias anlise da

    autoridade fiscal. Aps o recebimento dessas informaes, o valor do

    tributo ser calculado e o sujeito passivo ser notificado para o

    pagamento.

    Alternativa C Errada. Esta a definio do lanamento por

    declarao, como vimos na alternativa anterior.

    Alternativa D Errada. O pargrafo nico, do art. 149, do CTN,

    determina que a reviso do lanamento s pode ser iniciada enquanto

    no extinto o direito da Fazenda Pblica.

    Alternativa E O erro da alternativa est em um pequeno detalhe. A

    disciplina quanto ao prazo para homologao est no art. 150, 4,

    do CTN, segundo o qual, se a lei no fixar prazo a homologao, ser

    ele de cinco anos, a contar da ocorrncia do fato gerador; expirado

    esse prazo sem que a Fazenda Pblica tenha se pronunciado,

    considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o

    crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou

    simulao. Observa-se que no consta no referido artigo meno a

    regulamento. O prazo para homologao deve constar em lei.

    Gabarito: B.

    Questo 15 - (ESAF) AFTN/1994 O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o pagamento de imposto, sem prvio exame da autoridade administrativa, e fica aguardando a ratificao do seu proceder, de modo expresso ou tcito, chama-se a) pagamento por consignao b) lanamento por homologao c) lanamento por declarao ou misto

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    d) antecipao de pagamento, sob condio suspensiva e) denncia espontnea de pagamento para evitar a mora fiscal e aplicao de penalidades pela fazenda pblica

    Comentrios

    No lanamento por homologao, o sujeito passivo deve apurar

    o valor devido e efetuar o pagamento do tributo, que ficar sujeito

    posterior homologao pela autoridade fiscal.

    Essa homologao poder ser expressa ou tcita. Ser expressa

    quando a autoridade verificar os valores apurados e recolhidos pelo

    sujeito passivo e, concordando com o procedimento o homologar.

    Ser tcita quando, passado o prazo definido em lei, a Fazenda

    Pblica no tenha se pronunciado. Nessa situao, considera-se

    homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito.

    Gabarito: B.

    Questo 16 (FCC) Agente Fiscal de Renda SEFAZ SP/2009 Nos termos do Cdigo Tributrio Nacional, so trs as modalidades de lanamento: de ofcio, por declarao e por homologao. O lanamento de ofcio cabvel a) apenas para os tributos sujeitos ao lanamento por homologao. b) quando o contribuinte