Histria dos Povos Indgenas e AfrodescendentesKaren Bortoloti Fernando BalieiroAula 6

Brasil: um pas mestio*

Um pas pensado a partir de suas relaes tnico-raciais possvel uma civilizao nos trpicos?

O espetculo das raas;

Da colonizao ao darwinismo-social;

Lente biolgica: diferenas culturais interpretadas como diferenas raciais.

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Igualdade jurdica e desigualdades naturais1888: Abolio da escravido;

1899: Proclamao da Repblica;

Escola de Recife. Faculdade de Medicina da Bahia.

Entre a degenerao e o branqueamento. *

O iderio de branqueamentoJoo Batista Lacerda, diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, no I Congresso Internacional das Raas, realizado em julho de 1911:

lgico supor que, na entrada do novo sculo [refere-se ento ao sculo XXI], os mestios tero desaparecido no Brasil, fato que coincidir com a extino paralela da raa negra entre ns.*

BranqueamentoO antroplogo Roquete Pinto, presidente do I Congresso Brasileiro de Eugenia que aconteceu em 1929:

- previso de que em 2012 teramos uma populao composta de 80% de brancos e 20% de mestios; nenhum negro, nenhum ndio.

Miscigenao e o fomento de imigrao europeia.

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E os povos indgenas?Entre a romancizao e a caracterizao destes como brbaros. Prticas pedaggicas e repressivas.

Francisco Adolfo Varnhagen: vcios originrios;

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E os povos indgenas?Jos Bonifcio de Andrada e Silva: 1) Justia (...); 2) Brandura, constncia e sofrimento da nossa parte (...); 3) Abrir comrcio com os brbaros (...); 4) Procurar com ddivas e admoestaes fazer as pazes com os ndios inimigos (...); 5) Favorecer por todos os meios possveis os matrimnios entre ndios e brancos (...). *

Redeno (1895) de Modesto Brocos y Gmez *

Anos 1930 e o Brasil MestioGoverno Getlio Vargas;

Identidade nacional como forma de integrao.

Samba, feijoada e capoeira como smbolos nacionais.

Brasil como uma democracia racial. *

Gilberto Freyre e Casa Grande & Senzala

Imagem positivada de um "Brasil mestio" atualizava a ideia de que este pas singular era resultado da fuso de trs raas. O mestio era o produto genuinamente nacional, no seu passado estavam o indgena e o negro;

Brasil como mistura das raas (culturas); romancizao das relaes senhor e escravo; superioridade e inferioridade;

Ambiguidades: persistncia do branqueamento.

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Poltica indigenista e integracionismoServio de Proteo aos ndios e Localizao de Trabalhadores Nacionais (SPILTN) em 1910. Transforma-se em SPI tutela. Objetivos: estabelecer a convivncia pacfica com os ndios;contribuir para o povoamento do interior do Brasil; poder acessar ou produzir bens econmicos nas terras dos ndios;usar a fora de trabalho indgena para aumentar a produtividade agrcola; fortalecer o sentimento indgena de pertencer a uma nao. *

Aspectos fundamentaisCentralidade das relaes tnico-raciais;

Construo da ideia de um Brasil Mestio;

Incorporao do outro (indgena ou negro) ao nacional. Assimilao ou branqueamento.

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BibliografiaDVILA, Jerry. Diploma de brancura: poltica social e racial no Brasil 1917-1945. So Paulo: Editora da UNESP, 2006.GOMES, Mrcio Pereira. Por que sou rondoniano. Estudos Avanados (USP. Impresso), v. 23, p. 173-191, 2009.HOFBAUER, Andreas. Uma histria de branqueamento ou o negro em questo. So Paulo. Editora UNESP, 2006.SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrrio: cor e raa na sociabilidade brasileira. So Paulo: Claro Enigma, 2012.

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Histria dos Povos Indgenas e AfrodescendentesKaren Bortoloti Fernando BalieiroAtividade 6

Como as diferenas tnico-raciais (povos indgenas e afro-brasileiros) foram consideradas a partir da dcada de 1930? Escolha a alternativa incorreta.

Elas eram valorizadas em sua riqueza e diversidade.Eram valorizadas como constituintes do povo mestio. Eram consideradas atrasadas e deveriam ser integradas cultura nacional.Eram consideradas parte de uma cultura baseada na democracia racial.

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