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26/09/2017
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Principais Técnicas Cognitivas e Comportamentais
Michelle Deluchi
Objetivo
• Principais técnicas cognitivas e comportamentais
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Pressupostos Básicos das TCC´s
1. A cognição afeta as emoções e os comportamentos;
2. A cognição é passível de ser monitorada e alterada;
3. Modificando as cognições (crenças e
processamento de informações) podemos
modificar as emoções e os comportamentos. Comportamento
Emoção
Cognição
(Beck et al, 1997)
Terapia Cognitivo – Comportamental
Pensamentos Automáticos
Crenças Intermediárias
Crenças centrais
Cognições:
• Identificar
• Examinar
• Modificar
Reestruturação
Cognitiva
Regras
Desamparo
Desamor
Desvalor
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Crenças Centrais
Não sou bom o suficiente Sou impotenteSou fracoSou vulnerávelSou incompetenteEstou sem saídaSou inadequadoSou ineficienteSou um fracassoSou desrespeitadoNão chego à altura dos outros
Desvalor
Eu não sou capaz de ser amado.Eu não sou capaz de ser querido.Eu sou indesejável.Eu não sou atraente.Eu não tenho valor.Eu serei rejeitado.Eu serei abandonado.Eu não mereço ter alguém.
Desamor
Eu sou desamparado.Eu sou impotente.Eu sou fraco.Eu sou vulnerável.Eu sou carente.Eu estou sem saída.Eu sou inadequado.Eu sou incompetente.Eu sou defeituoso.
Desamparo
Modelo Cognitivo
SituaçãoPensamentos Automáticos
Reações
Emocionais Físicas
Comportamentais
Pressupostos Subjacentes
Crenças Nucleares
(Knapp et al,
2004)
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Técnicas
Técnicas
Contexto
Metas
Conceitua-lização
� Ferramentas
� Coletar informações
� Criar e expandir a
conceituação do caso
� Abordar questões de
maneira mais eficiente
� Aprofundar
relacionamento com o
paciente
Técnicas
• “Terapia da técnica”
– Técnicas diferentes para pessoas ou situações diferentes
• Cognitivas / Comportamentais
Comporta-mentais
Cognitivas
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Técnicas
• A técnica só é bem aplicada quando vínculo e confiança estão consolidados:
– Confiança do paciente no terapeuta
– Confiança do terapeuta nas técnicas
• Conhecimento e prática são fundamentais para aplicação
• Paciente tem papel ativo no processo
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Técnicas cognitivas
“O que perturba o ser humano não são os
fatos, mas a interpretação que ele faz dos
fatos.”
Epictetus
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Psicoeducação
• Informações sobre a TCC, o tratamento, transtorno ou qualquer aspecto importante da vida do paciente
• Explicação = alívio (correção de interpretações equivocadas)
• Folhetos explicativos, artigos de revistas, páginas da internet com informações científicas sérias.
• Melhora a motivação para a mudança e estimula a participação pró-ativa do paciente na recuperação.
Técnica A-B-C
• Albert Ellis (1962)
• Psicoeducação para o paciente no modelo cognitivo: identificação das situações que ativam pensamentos os quais geram diferentes reações emocionais, físicas e comportamentais
• Modelo A-B-C
– A- eventos ativadores
– B – crenças
– C – consequências (emocionais, comportamentais ou físicas)
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A- Evento Ativador B - Crença C – Consequência
Sentimentos
C – Consequência
Comportamento
Escuto um barulho na janela de casa
Alguém está tentando entrar pela janela
Medo Me tranco no quarto
Escuto um barulho na janela de casa
O vento está muito forte e essa janela não está bem presa
Irritação Tento trancar a janela com algo
Sinto o coraçãobatendo rápido
Sinto o coraçãobatendo rápido
A- Evento Ativador B - Crença C – Consequência
Sentimentos
C – Consequência
Comportamento
Escuto um barulho na janela de casa
Alguém está tentando entrar pela janela
Medo Me tranco no quarto
Escuto um barulho na janela de casa
O vento está muito forte e essa janela não está bem presa
Irritação Tento trancar a janela com algo
Sinto o coraçãobatendo rápido
Estou tendo um ataque cardíaco
Medo, pavor Vou a emergência de um hospital
Sinto o coraçãobatendo rápido
Subi a escada rápido demais
Arrependimento Começo a subir mais devagar
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Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)
• Criado por Beck et al (1979)
• Forma de monitorar pensamentos e consequentes reações físicas e emocionais
• Modificado por Greenberger e Padeski (1995) acrescentando as colunas de evidências
• Baseada no modelo A-B-C
Objetivos do RPD
• Identificação de pensamentos disfuncionais
• Identificação emoções
• Identificação da relação entre pensamentos e emoções
• Identificação de distorções cognitivas
• Exame das evidências
• Busca de respostas alternativas e adaptativas
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RPD – 7 colunas
Situação Pensamento Emoção Evidências
que apoiam
Evidências
que não
apoiam
Resposta
Adaptativa
Emoção
(Estado de
humor
agora)
(O que aconteceu? Quando? Onde? Com quem?)
(O que estava passando pela sua cabeçanesse momento?)• Escolha o
pensamento que mais incomodou
• Avalie o quanto você acredita nesse pensamento (0-100%)
(O que você sentiu? Meça de 0-100%)
(Quais asevidências a favor do pensamento?)
(Quais asevidências contra o pensamento?)
(Há explicações alternativaspara ver essa situação? Meça de 0-100%)
(Como você se sente? Qual intensidade das emoções (0-100%)?)
(Padesky & Greenberger, 2008)
Situação Pensamento Emoção Evidências que
apoiam
Evidências que
não apoiam
Resposta
Adaptativa
Emoção
(Estado de
humor
agora)
Apresentaçãodo trabalho final da disciplina para colegas e professor
Todos sabem mais do que eu
Ninguém vai entender nada do que eu explicar
Eu sou um fracasso em tudo que eu faço
(100%)
NervosismoAnsiedade (90%)
Eu tenho vergonha na hora de apresentar trabalhos e fico muito nervoso
Eu não consigo gravar tudo que preciso falar
Não tiro boas notas nas apresentações
As vezes queensaiei bastante, não me sai tão mal nas apresentações
Não sou bom em apresentar, mas escrevo muito bem
Se eu usar as técnicas de relaxamento, posso estra menos nervoso na hora e me sair melhor
Vou fazer o melhor possível
Não sou muito bom apresentar, mas não é verdade que sou um fracasso em tudo (90%)
Ansiedade (40%)
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Técnicas associadas ao RPD
• Identificação de pensamentos disfuncionais
– Paciente monitora e identifica os pensamentos negativos que lhe ocorrem
• Distorcidos
– Ex: Se meu relacionamento acabar, vai ser o fim da minha vida amorosa
• Acurados, mas com conclusão distorcida
– Ex: Minha namorada está quieta hoje, acho que ele não me ama mais.
Não estudei muito, com certeza todos sabem mais do que eu
Eu sou um fracasso em tudo que eu faço
Técnicas associadas ao RPD
• Identificação das emoções
– Paciente monitora as emoções que estão associadas aos seus pensamentos.
Pensamento Emoção
Ninguém vai entender nada do que eu explicar
NervosismoAnsiedade
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Técnicas associadas ao RPD
• Avaliação do grau de emoção associada ao pensamento e avaliação do grau de crédito no pensamento
– Continuum – 0 a 100
Pensamento Emoção
Ninguém vai entender nada do que eu explicar(90%)
NervosismoAnsiedade (90%)
Exame de Evidências
– Verificar as evidências pró e contra seu pensamento e buscar interpretações alternativas, racionais e mais adequadas
– Verificar possíveis problemas em relação a qualidade ou relevância das evidências
• Limite de informações
• Qualidade e confiabilidade das emoções
• Lógica dos pensamentos
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Pensamento Evidências que
apoiam
Evidências que não
apoiam
Resposta Adaptativa
Eu sou um fracasso em tudo que eu faço
(100%)
Eu tenho vergonha na hora de apresentar trabalhos e fico muito nervoso
Eu não consigo gravar tudo que preciso falar
Não tiro boas notas nas apresentações
As vezes que ensaiei bastante, não me sai tão mal nas apresentações
Não sou bom em apresentar, mas escrevo muito bem
Talvez meus colegas saibam tanto quanto eu
Se eu usar as técnicas de relaxamento, posso estra menos nervoso na hora e me sair melhor
Vou fazer o melhor possível
Não sou muito bom apresentar, mas não é verdade que sou um fracasso em tudo (90%)
ExemploSituação Pensamento Emoção Evidências
que apoiam
Evidências
que não
apoiam
Resposta
Adaptativa
Emoção
(Estado de
humor agora)
Fui demitido Nunca mais vou conseguir uma boa vaga de emprego na vida
Ansiedade (100%)Raiva (90%)Tristeza (100%)
O mercado está difícil
Fui demitido desse trabalho que era muito bom
Consegui esse emprego bom
Essa experiênciavalorizou meu currículo
Não fui demitido por ser um mal profissional, mas sim porque a empresa está com dificuldades financeiras
Pode não ser fácil e rápido, mas soucapaz de conseguir uma nova vaga boa de trabalho
Ansiedade (70%)Raiva (50%)Tristeza(60%)
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Categorização das Distorções
Cognitivas
1 Catastrofização - Pensar no pior desfecho possível, sem considerar outros. Acreditar que irá ocorrer algo insuportável e intolerável.
1 “Eu nunca mais vou conseguir uma boa vaga de emprego na vida. É o fim da minha carreira”
– Abstração Seletiva – (visão em túnel, filtro negativo) – uma parte negativa a situação é o foco da atenção enquanto todo restante positivo é ignorado.
• “Acho que minha aula não foi boa pois vi que um aluno passou todo tempo no celular.”
Categorização das Distorções Cognitivas
– Adivinhação: Expectativas negativas estabelecidas como fatos. Antecipar problemas que talvez não venham a existir.
• “Ela não vai querer namorar comigo”
– Pensamento dicotômico: Ver a situação como ‘tudo ou nada’.
• “Se eu não conseguir apresentar perfeitamente e não esquecer de nada, sou um fracasso em apresentar trabalhos”.
– Ditadura dos deverias (Imperativos): Interpretar os eventos em termos de como as coisas deveriam ser. Demandas impostas a si e aos outros.
• “Eu não deveria estar aqui agora, deveria estar estudando”
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Categorização das Distorções Cognitivas
– Personalização: Atribui a si culpa desproporcional por eventos negativos.
• “Você passou o dia triste, não devo ter sido uma boa companhia”.
– Raciocínio Emocional: Acreditar que sentimentos são fatos. Deixar sentimentos guiarem a interpretação da realidade.
• “Eu sinto que aquela mulher não é confiável”.
– Leitura mental: Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando.
• “Ela me acha burro”
Categorização das Distorções Cognitivas
• Rotulação: colocar um rótulo global, em vez de rotular o comportamento específico
– “Ele é burro”.
• Desqualificação do positivo: qualidades são desvalorizadas pois conflitam com a visão negativa
– “Eu só consegui passar porque a prova estava fácil”
• Vitimização: considera-se injustiçado – dificuldade em se responsabilizar
– “Faço tudo por eles e eles me tratam assim”
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Categorização das Distorções Cognitivas
• E se? – série de perguntas ‘e se?’ e não satisfazer-se com a resposta
– “Sim, mas e se eu ficar nervoso?”
• Comparações injustas – utilização de padrões irrealistas
– “Eu não sabia tanto quanto o pessoal do 5º semestre”
• Foco no julgamento – avaliação negativa de si e dos outros
– “Se eu apresentar, com certeza vão rir de mim”
• Supergeneralização: Perceber em um evento específico um padrão universal
– “Todos meus amigos irão trair a minha confiança”
Categorização das Distorções Cognitivas
– Catastrofização– Abstração Seletiva– Adivinhação– Pensamento Dicotômico– Ditadura dos Deverias– Personalização– Raciocínio Emocional– Leitura Mental– Supergeneralização– Rotulação– Desqualificação– Vitimização– E se?– Comparações injustas– Foco no julgamento
Todos sabem mais do que eu
Ninguém vai entender nada do que eu explicar
Eu sou um fracasso em tudo que eu faço
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ATIVIDADE
• Correlacione as colunas:
Pensamento Automático Distorção Cognitiva
1. “Ela pensa que eu sou um fracasso”2. “Seria o fim se eu falhasse”3. “Ela não presta”4. “O casamento terminou por minha
culpa”5. “E se eu não conseguir?”6. “Se eu tentar jogar, vão rir de mim”
( ) Enfoque no julgamento( ) Rotulação( ) Leitura de mente( ) Catastrofização( ) E se...?( ) Personalização
Construção de Hipóteses Alternativas
• Examinar tantas hipóteses alternativas quanto possível
• “Há explicações alternativas para a situação que está sendo examinada? Há outras hipóteses possíveis para o fato?”
• Exemplo: Meu chefe está sério e calado.
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Ressignificação
• Ajuda o paciente a produzir uma resposta mais racional aos eventos
– Exemplo: coração acelerado após subir uma escada
Advogado de Defesa
• Pensamento automáticos acusam de perdedor, fracassado, preguiçoso.
• Seu papel é o de advogado de defesa, que precisa:
– Contestar as evidências
– Contestar a lógica dos argumentos da acusação
– Contestar a percepção de testemunhas de acusação e valorizar a percepção de testemunhas de defesa
• Papel do advogado não é julgar, mas disponibilizar o maior número de dados sobre os fatos para o júri.
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Situação em Perspectiva
• Examinar a situação ao logo de continuum
• “Se 100 for o pior que poderia acontecer na situação, o que seria 100? E 0 seria o quê?”
• “Daqui a um ano (um mês, 10 anos), que importância isto terá na sua vida?”
Máquina do Tempo
• Própria pessoa
– Recuar ou avançar no tempo
– Melhorar perspectiva em relação ao problema atual.
– Preocupações em perspectiva
• Envolvendo outras pessoas:
– O que as pessoas estarão pensando de você em uma semana, um mês, um ano.
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Role Play
• Pode estar associada a muitas outras técnicas
• Paciente X terapeuta
• Emocional X racional
• THS
• Cadeira vazia
Análise de Custo X Benefício
Continua a comer como antes Mudar meu hábito alimentar
Benefícios
Sair mais com amigos
Não me privar de pequenos prazeres
Não me preocupar com dieta
Custos
Ter momentos de alegria seguidos de tristeza
As roupas que eu gosto não ficam bem
Me preocupar com peso, controle, etc..
Ficar com baixa autoestima
Sentir vergonha do meu corpo
Benefícios
Me sentir melhor
Dormir melhor
Me sentir bonito, atraente
Ficar saudável, poder fazer exercício
Encarar o problema
Custos
Me privar das coisas que gosto
Jantar menos fora
Mudar a rotina
Festejar de forma diferente
Mudar um padrão de vida
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Consequências imediatas Consequências posteriores
Positivas Negativas Positivas Negativas
Perder peso
Não perder peso
Conclusões
Eu quero melhorar e perder o peso porque:• Vou ser saudável • Não vou mais precisar dar desculpas em situações que envolvem comida• Vou voltar a me gostar nas fotos
Plano de AçãoObjetivo: Emagrecer
Medidas a serem tomadas
Data para começar
Possíveis problemas
Estratégias para solucionar os problemas
Progresso
Fazer atividade física
Fim de semana Como vou caminhar na rua, dias de chuva podem atrapalhar
Procurar atividades físicas alternativas para fazer em casa
25/09 – fiz26/09 – penseiem não ir, mas Ana foi comigo27/09 – choveu. Pulei corda em casa
Mudar minha alimentação
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Reatribuição
• Culpa x responsabilidade
• Buscar explicações alternativas relacionadas a sua responsabilidade
• Cada evento é justificado pelo acúmulo de vários fatores
– listar possíveis causas
– “fatiar a torta” utilizando-se da listagem das causas
– determinando a porcentagem de participação de cada razão
Reatribuição
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Teste Histórico
• Levantamento retrospectivo de pessoas e situações que poderiam desconfirmar as crenças.
• Exemplo: crença = FRACASSO
• situações de fracassos X situações de conquistas
Cartões de enfrentamento
• Produzidos de forma colaborativa
• Devem estar sempre ao alcance das mãos
• 3 objetivos específicos: – estratégias comportamentais para enfrentar situações diVceis
– modelo de auto instrução para a moWvação
– respostas adaptativas a um pensamento automático
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Cartões de enfrentamento
Já estou em tratamento há 5 meses
e já eliminei 10 quilos. Me sinto muito
melhor comigo mesmo.
Vale a pena seguir o plano!
A vontade de comer vem e passa.
Aguente firme.
Eu gosto mais de mim do que dessa comida.
Ou me privo de comer o que quero, na hora que quero, ou
me privo das vantagens de estar
mais magra.
(Beck, 2011)
Seta descendente
• Buscar significados dos pensamentos e despotencializar os pensamentos
negativos
– O que um pensamento significa para o paciente = crenças intermediárias
– O que um pensamento significa sobre o paciente = crenças centrais
• Forma de acesso aos medos subjacentes (pressupostos)
– O que aconteceria se fosse verdade?
– O que significa isso para você?
– Se seu pensamento for verdadeiro, por que isso incomodaria?
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O que você
acha que acha
que
acontecerá?
Nunca mais vou
conseguir uma boa
vaga de emprego
na vida
E o que significaria
para você não
conseguir um bom
emprego?
Não teria onde
mostrar o meu
valor
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E se isso
acontecer?
Vou passar
vergonha, vou
envergonhar
minha família
E se isso
acontecer,
significa
que...
Vai confirmar para
todos que sou alguém
incompetente, que só
consegue coisas
medíocres.
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Porque confirma que
eu sou um fracasso
em tudo. Sem um
bom trabalho, não
tenho valor.
E isso
incomodaria
por que?Pressuposto: Se
eu não tiver sempre um trabalho de
destaque, não serei valorizada
pelos outros.
Nunca mais vou conseguir uma boa vaga de emprego na vida
Não terei onde mostrar o meu valor
Vou passar vergonha, vou envergonhar minha família
Vai confirmar para todos que sou alguém incompetente, que só consegue coisas medíocres.
Sou um fracasso em tudo. Sem um bom trabalho, não tenho valor.
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Pensamento: Não vou conseguir conversar com nenhuma guria na festa hoje
O que você acha que irá acontecer ? – Ninguém vai me querer
Se isso acontecer, significa que...?– Sou um fracassado
Se for um fracassado, isso significa que...? – Jamais vou conseguir namorar
alguém e estarei sempre sozinho
Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria porque...? - Não conseguirei ser feliz. Preciso de alguém comigo para se feliz.
Descoberta Guiada e Questionamento
Socrático
• Busca respostas racionais e conclusões realistas sobre a melhor forma de agir
• Questionamentos – formulação socrática - perguntas com respostas abertas
• Entender o problema, explorar possíveis soluções e desenvolver um plano para
lidar com as dificuldades.
– Perguntas básicas:
• Quais as evidencias reais a favor desse pensamento? Quais as evidencias contra?
• Poderia haver outra explicação ou hipótese?
• Se o pensamento for verdadeiro, o que de pior pode acontecer? Como você lidaria com
isso? O que de melhor poderia acontecer? Qual o resultado mais provável?
• O que você deveria fazer a esse respeito?
• Qual a consequência de você acreditar nesse pensamento? O que poderia fazer para
modificar esse pensamento?
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“Não sou uma boa mãe pois gritei com meu filho ontem”
• O que é mesmo ser uma boa mãe?
• Dessas características que você falou, quais você possui?
• Quem você considera uma boa mãe? Por que?
• O que uma boa mãe faz após ter gritado com seu filho e estar se sentindo mal com isso?
Knapp et al (2004)
Curtograma
Curto e faço Não curto e faço
Curto e não faço Não curto e não faço
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Curtograma
Curto e faço Não curto e faço
ComerEscrever
RelatóriosReuniões
Curto e não faço Não curto e não faço
DançarViajar
Ir em shows
Técnicas comportamentais
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Estabelecimento de agenda
• Roteiro a ser seguido:
– verificação do humor;
– atualizações/tópicos que o paciente deseja abordar;
– verificar a tarefa de casa;
– Abordagem dos tópicos
– resumo/ feedback;
– orientar nova tarefa de casa- se houver.
Auto monitoramento
• Monitorar, por um período, quantas vezes se engaja em um comportamento específico, pensamento depressiogênico ou em determinada emoção.
• Tema de casa – monitorar na semana
• Possibilita:
– Ver como o tempo é utilizado
– Variações de humor
– Aumento da consciência do paciente sobre as suas ações
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Planilha de Auto monitoramento
Hora Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
13-14 Dormir Almoçarcom a Ana 4/9
14-15 Dormir Caminhar 2/8
15-16 Dormir 10/ 3
Monitorar:( ) Humor ( ) Previsão de prazer e habilidade( ) Pensamento ( ) Prazer e habilidade obtido( ) Comportamento
João, estou vendo que na sua planilha que você avaliou
‘dormir’ lhe trouxe prazer 3 e que ‘almoçar com a Ana’ lhe deu
prazer 9. Que conclusões podemos tirar disso?
Auto monitoramentoData e hora O que consumiu? Lugar * Purga
(V,L,D)
Contexto e
comentário
8h 1 Pão com requeijãoCafé preto sem açúcar
cozinha * Devia ter tomado só o café
10h40 1/2 maçã quarto Ok, me segurei
13h 3 fatias pizza, 2l refrigerante 2 pratos de macarrão, metade da torta de limão, 2 barras de chocolate, 1 pacote de bolacha
sala ******
VL
Eu não consigo parar. Eu me odeio. Tenho nojo de mim. Estraguei tudo
23h 1 xícara chá cozinha Eu sou um lixo
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Programação de Atividades
• Após monitorar, prescrever atividades diárias que tragam recompensas
– Exemplo: Fazer bolo
• Colocar ao lado da atividade prevista uma nota de zero a 10 para prazer e habilidade esperados.
• Paciente anota as atividades que efetivamente realizou e a nota do prazer e habilidade de fato obtidos.
• Tempo deve ser estrategicamente preenchido e monitorado
• Como ocupar o tempo com outras atividades? (dependência química, obesidade, aposentados, desemprego, etc.)
• Tarefas de baixo custo: atividade física, ler um livro, lavar o carro/casa, cozinhar, levar os filhos em um parque, caminhadas, etc.
Resolução de Problemas:
– Identificar o problema
– Pensar em diversas soluções possíveis
– Examinar prós e contras de cada alternativa
– Escolher a melhor solução disponível
– Colocá-la em prática
– Avaliar a efetividade e adequação da solução escolhida.
– Se necessário, promover modificações e colocá-las em prática novamente
Problema: Um amiga
marcou a comemoração
da formatura em uma
churrascaria com rodízio.
Estou com muito medo
de perder o controle e
todo mundo ver o
quanto eu como.
Problema: Tenho que apresentar meu TCC na
próxima semana e estou com muito medo
de não conseguir.
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Distração
• Distração – manejo da ansiedade e fissura
• Listam atividades prazerosas ou de fácil execução, anotando-as em um cartão de enfrentamento.
• Paciente a ler o cartão e executar a tarefa que escolheu sempre que perceber estados emocionais negativos ou estiver em situações de alto risco.
• Atividades listadas podem ser jogos de celular, atenção a qualquer outra situação a sua volta e descrição detalhada desta para si mesmo, definição de um tema e desenvolvimento de uma conversa com alguém que esteja próximo ou ligar ou enviar mensagens de texto para um amigo.
Respiração Diafragmática
• Período de 2 a 3 minutos.
• Respiração lenta e profunda.
• Percepção corporal.
• Utilização do diafragma.
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Relaxamento Muscular Progressivo
• Objetivo – perceber a diferença entre tensão e relaxamento.
• Sentados, respirar profundamente por alguns instantes.
• Esticar cada grupo muscular na sequencia, mantendo a tensão por cerca de 5 segundos antes de soltar.
Antebraço Pescoço
Tórax Coxas
Parte superior do braço Lábios
Ombros Barriga
Panturrilha Testa
Após finalizar, respirar profundamente e reiniciar a sequencia
Feche os olhos e conte de 5 até 1 , marcando a contagem com a expiração
Por fim, reverta a contagem e abra os olhos aos chegar no 5.
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Inundação
• Exposição prolongada e intensa ao estímulo fóbico – até que haja o decréscimo da ansiedade
• Pode ser imaginária
• Utilizada em fobias, TOC e TEPT
Dessensibilização Sistemática
• Criar junto com o paciente uma hierarquia de situações temidas
• Treino em técnicas de relaxamento
• Planejamento de exposição gradual as situações temidas
• Iniciar exposição imaginária, seguida de respiração diafragmática
• Pareamento de eventos eliciadores de ansiedade com o relaxamento e técnicas de distração
• Permanência na situação é fundamental para a habituação.
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Atividade
• Construir escala de hierarquia
Jogar alimento para
o cachorro
Ir na casa de um amigo que deixa o cachorro solto na
sala
Ouvir latidos de cachorro
Fazer carinho em um
cachorro
Deixar um cachorro me
cheirar
Cachorro solto do outro lado da
rua
Passar pelo mesmo lado da rua de um cachorro na coleira passeando com seu
dono
Passar no mesmo lado da rua onde tenha um cachorro latindo atrás de uma grade, dentro do pátio da casa
Situação Medo (nível)
Ouvir latidos de cachorro 4
Passar no mesmo lado da rua onde tenha um cachorro latindo atrás de uma grade, dentro do pátio da casa
6
Passar pelo mesmo lado da rua de um cachorro na coleira passeando com seu dono
6,8
Cachorro solto do outro lado da rua 7
Ir na casa de uma amigo que deixa o cachorro solto na sala
8,5
Jogar alimento para o cachorro 9
Deixar o cachorro me cheirar 9,5
Fazer carinho em um cachorro 10
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Economia de Fichas
• Condicionamento Operante - a resposta gera uma consequência e esta consequência afeta a sua probabilidade de ocorrer novamente
• Objetivo: modificação de comportamentos indesejáveis e aumento de repertório comportamental desejável.
• Público: doentes mentais crônicos, crianças, tricotilomania, dependência química, etc.
• Reforçadores secundários na forma de objetos – prêmio a longo prazo
• Reforços imediatos, além do reforço social, com incentivo de acúmulo de pontos
• Antes de iniciar:
– Realizar contratação ( também com os responsáveis pela monitoria, se houver)
– Especificar o comportamento que se deseja mudar
– Estabelecer os comportamentos desejáveis
– Hierarquizar os comportamentos para pontuação
– Ajustar expectativas
– O controle deve ser diário e reforçado por reforço social
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Comportamento objetivo para semana Quantidade de pontos
Deitar para dormir, sem brigas, no horário combinado
7 pontos
Recolher seu prato da mesa após jantar 6 pontos
Fazer os temas de casa, sem brigas, no horário combinado,
5 pontos
Organizar a mochila para o dia seguinte 4 pontos
Escovar os dentes antes de dormir 2 pontos
Premiação Pontos na semana
Brincar 1h com o pai e a mãe juntos 50 pontos
Jogar 1h de videogame 70 pontos
O almoço de sábado ser sua comida preferida
90 pontos
Ir no cinema 110 pontos
Ir no jogo de futebol com o pai 140 pontos
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40
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Doming
o
Deitar para dormir, sem brigas, no horário combinado
Organizar a mochila para o dia seguinte
Treinamento de Inoculação do
Estresse • Treinar o indivíduo na vivência antecipada de uma situação estressante –
desenvolver recursos pessoais de enfrentamento na situação real
• Ressignificação de memória traumática - Domínio sobre seus medos, ensinando uma série de habilidades de enfrentamento a situação temida
Etapas:
1. Preparação : Psicoeducação sobre a origem da ansiedade e o modelo cognitivo, enfatizando a importância dos pensamentos sobre as emoções e comportamentos.
2. Treinamento de habilidades de enfrentamento: relaxamento muscular, controle de respiração, dramatização e auto diálogo. Antecipação da situação e/ou descrição do evento estressante - elevando os graus de ansiedade. Prática das suas habilidades gradativamente. Utilizar a substituição de pensamento por um mais adaptativo.
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Ensaio Comportamental
• Dramatizar na seção o comportamento que pretende ter fora
• Exemplo: entrevista de emprego
Exposição gradual
– Dividir uma tarefa em diversas etapas, acompanhar o planejamento e a execução de cada passo (proporcional aos seus recursos e que represente algum desafio)
• Ex: ir o no parque com um amigo que não utiliza drogas – examinar o resultado e os PA’s envolvidos
– Organizadas em graus de dificuldade (exposição e treino de habilidades de enfrentamento)
– Aumento da auto eficácia
– Treino de habilidades
– Experimentos comportamentais• Testar pensamentos e crenças sobre o uso de drogas
• Escolha da crença; planeja o experimento; implementação; avaliação dos resultados e possibilidade de modificação da crença. Exemplo: “jamais vou me divertir em uma festa sem álcool” ou “vou perder todos os meus amigos se parar de fumar (maconha)”
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Modelagem
• Terapeuta serve como exemplo
• Exemplo: Auto Revelação Limitada
Exposição e Prevenção de Respostas
• Muito utilizada no TOC
• Confrontar o estímulo temido
• Exemplo: chinelos desalinhados
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Conceitualização
Cognitiva
Referências
CABALLO, V. E. Manual de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. Santos, 1996.
GREENBERGER, D.; PADESKY, C. A. A mente vencendo o humor: mude como você se sente, mudando o modo como você pensa. Porto Alegre: Artmed, 1999.
KNAPP, P. Terapia Cognitivo Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LEAHY, R. L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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Obrigada!
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Michelle Deluchi