aula incontinÊncia urinÁria

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA Profª. Flávia Basso Fisioterapeuta

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Page 1: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

INCONTINÊNCIA

URINÁRIA

Profª. Flávia Basso Fisioterapeuta

Page 2: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Conceito "International Continence society" – ICS

• Perda involuntária de urina, que provoca desconforto social e higiênico, podendo ser demonstrável de modo objetivo.

Page 3: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

ANATOMIA DO APARELHO URINÁRIO

Page 4: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

O sistema urinário

Page 5: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Os ureteres

Tubo muscular que se estende do rim à bexiga urinária

A uretra

Tubo que sai da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos.

Page 6: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Page 7: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

BEXIGA

FORMA: vazia balão vazio

volume urinário esférica

FUNÇÃO: armazenar temporariamente a urina.

CAPACIDADE MÉDIA: 500 ml de urina.

Page 8: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Page 9: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Sacro

Anus

URETRA

Vagina

BEXIGA

ÚTERO

Page 10: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

FISIOLOGIA

DA MICÇÃO

Page 11: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

SOMÁTICO AUTÔNOMO

Page 12: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

SOMÁTICO: ações motoras voluntárias Principal função - inervar a musculatura esquelética, responsável pelas ações voluntárias, como a movimentação de um segmento corporal.

Aferentes ou

sensitivas

impulso dos receptores sensoriais (derme, articulações, músculos e tecidos subcutâneos)

SNC

processos dendríticos longos do corpo da célula nervosa sensorial

Eferentes ou

motoras

impulso do SNC

processos axônicos do nervo somático no corno ventral da medula

MÚSCULOS ESQUELÉTICOS

Page 13: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

AUTÔNOMO OU VISCERAL : regula movimentos involuntários (regula o ambiente interno do corpo)

SNC

músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração

Page 14: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

AUTÔNOMO OU VISCERAL

Simpático prepara o corpo para a atividade

Parassimpático ação localizada na víscera isolada (tranqüilidade ao corpo)

Simpático X Parassimpático (antagônicos)

Page 15: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Simpático

Somático

Parassimpático

T10 - L2

S2- S4

Contração detrusora

Relaxamento detrusor

Tônus uretral

Contração da uretra e musc. pélvicos

NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

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Page 17: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

lobo frontal ↔centro pontinomesencefálico Responsável pelo controle voluntário da micção Perda do controle voluntário da função urinária Contrações involuntárias do detrusor Relaxamento uretral

NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

Page 18: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

substância reticular (ativador do córtex) ↔centro sacral da micção Coordena contração do detrusor (completo esvaziamento vesical) Esvaziamento vesical incompleto retenção urinária por hipocontratilidade detrusora

NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

Page 19: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

detrusor↔centro sacral↔esfincter uretral Coordena sincronia entre contração do detrusor e relaxamento uretral e vice-versa. Dissinergia esfincter-detrusor

NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

Page 20: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

córtex ↔centro sacral da micção Controle voluntário do esfíncter externo da uretra Incapacidade de interromper voluntariamente o jato urinário após iniciado.

NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

Page 21: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

SNC + SNP + estruturas do trato urinário

interação

Continência Urinária

Page 22: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

FASE DE ENCHIMENTO

Bexiga se enche de urina

Estimula os receptores de distensibilidade da parede vesical

Envia o impulso ao SNC - sensação de plenitude vesical

SNC exerce um estímulo inibitório sobre o mm. detrusor

Impede a contração da bexiga consequentemente a micção

A mm lisa e estriada uretral (possui tônus de repouso) mantém a

pressão uretral maior que a vesical

Page 23: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

FASE DE ENCHIMENTO

Page 24: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Local e hora adequados

Relaxamento do assoalho pélvico e rabdoesfíncter

Descarga parassimpática

Contração detrusora (60cmH2O)

Nervos pélvicos

Supressão dos efeitos inibitórios de córtex

Abertura do colo vesical e encurtamento da

uretra

Micção

Page 25: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

FASE DE ESVAZIAMENTO

Page 26: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Continência Medula transporta até o

mm esfincter externo

Contração do mm esfíncter externo fechando a saída da bexiga

Aumenta o volume de urina e a sensação de bexiga cheia, cérebro dá sinal de urgência para a micção

mm esfíncter externo relaxa Abre o colo vesical

Contração da bexiga e expulsão da urina

Cérebro envia o sinal de bexiga cheia

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Page 29: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Mecanismos envolvidos na continência

• Pressão uretral máx. > pressão intravesical

• Piab

• Inervação

• Tônus muscular

Page 30: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Causas da IU

• Infecções urinárias e ginecológicas • Patologias neurológicas • Cistocele • Retocele • Menopausa • Parto normal • Estresse • Medicamentos • Diabetes • Insuficiência Cardíaca Congestiva • Obesidade • Parkinson

Page 31: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Fatores predisponentes

• Parto vaginal

• Obesidade

• Tabagismo (Tosse crônica, alteração na síntese e qualidade do colágeno, contração do m. detrusor

induzida pela nicotina, efeitos anti-estrogenêo)

• Deficiência de estrógeno (Trato urinário inferior rico em receptores de estrogênio, quando estimulados, aumenta o fluxo sangüíneo do plexo artério-venoso, melhorando a coaptação da mucosa uretral, aumentando a pressão, promovendo a continência).

Page 32: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Classificação da Incontinência Urinária

Page 33: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

A. I.U. AGUDA OU TRANSITÓRIA Associada a uma situação clínica ou cirúrgica do idoso

B. I.U. PERSISTENTE OU DEFINITIVA Causas: hiperatividade ou hipoatividade do detrusor flacidez da musc. pélvica alteração da pressão uretral obstrução da via de saída distúrbios funcionais

Page 34: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

A. I.U. Transitória (Silva e Pires 2005)

• Causas reversíveis

• População idosa

• Ex: atividade fraca do m. detrusor associado aos anticolinérgicos

• Definitiva se não tratada

Page 35: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

B. I.U. PERSISTENTE OU DEFINITIVA Classificação

1. I.U. de URGÊNCIA 2.I.U. de ESFORÇO 3.I.U. por TRANSBORDAMENTO 4.I.U. MISTA 5.I.U. FUNCIONAL

Page 36: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

1. I.U. de Urgência ou Urgeincontinência (Souza 2003)

• Contração vesical durante a fase de enchimento desencadeada espontaneamente ou em resposta á estímulos.

• Precedida ou acompanhada de urgência miccional decorrente ou não de contrações involuntárias do m. detrusor

• Sintomas queixa de perda de involuntária de urina associada a um súbito e intenso desejo de urinar (urgência)

• Sinais perda de urina involuntária pela uretra associada a urgência incontrolável

• Associada DVE, Demência senil, Doença de Parkinson, Esclerose Múltipla e pessoas idosas normais

** deve-se à bexiga hiperativa (instabilidade do Detrusor)

Page 37: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

2. I.U. de Esforço (Souza 2003)

• Eliminação involuntária de urina causada pelo aumento da Piab na ausência da atividade contrátil do detrusor

• Fisiopatologia: deficiência esfincteriana ou hipermobilidade uretral ( fraqueza do MAP - m. elevador do ânus, fáscia endopélvica e lig.pubouretrais)

Page 38: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

DEFICIÊNCIA ESFINCTERIANA

DOENÇA NEUROLÓGICA SEGMENTO TORACO LOMBAR OU TRAUMA CIRÚGICO

ABERTURA DO COLO VESICAL

Perda de urina pode ser constante

DEFICIÊNCIA ESFINCTERIANA

Page 39: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Envelhecimento, multiparidade ou trauma cirúrgico

FRAQUEZA DO MAP Alteração do colo vesical e uretra proximal

Deslocam-se para baixo durante ↑ da Piab

HIPERMOBILIDADE URETRAL

Volume residual baixo

Page 40: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

I.U. de Esforço (Souza 2003)

• Causas: medicamentos, problemas mentais, deficiências hormonais, gravidez, cirurgias abdominal e pélvicas, DVE, traumas e tumores medulares.

• Sintomas queixa de perda de urina associada a tosse, espirro, exercício físico ou mudança de posição

Page 41: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

3. I.U. por TRANSBORDAMENTO • Perda involuntária de urina quando a pressão vesical é maior que a

uretral • Distensão da bexiga sem atividade do m. detrusor – bexiga

excessivamente distendida pressão vesical > pressão uretral

• Causas: Hipotonia e arreflexia do m. detrusor ( retenção de urina crônica pela falta de contração voluntária do detrusor → pressão vesical) ou obstrução da via de saída ( retenção de urina)

• Associada a lesão da medula espinhal ou segmentos sacrais ( S2 a S4), retenção neurogênica ou não neurogênica ( retenção urinária prolongada recerrente e pessoas que urinam pouco)

• Sintomas: Perda freqüente de pnas quantidades de urina, associadas a jatos fraco, intermitência e noctúria

Page 42: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

4. I.U. Mista (Souza 2003)

• Combinação de mais de um tipo de sintomas da I.U. de Urgência e I.U. de Esforço

• Com predomínio de uma e de outra

• 30 a 59% dos casos de incontinência

Page 43: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

5. I.U. FUNCIONAL

• Perda involuntária de urina, secundária a fatores externos do trato urinário

• Bexiga e função uretral normais → incapacidade de compreender a necessidade de urinar ou de comunicar a sensação ou iminência da micção

• Causas: Limitações físicas, transtornos psíquicos,déficit cognitivo, regressão, limitações ambientais como: iluminação inadequada, banheiros de difícil acesso, etc.

Page 44: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

I.U. Extra-Uretral • Perda de urina por outros canais devido a

anormalidades congênitas

OUTROS

I.U. de Esforço Excessivo

Perda ligada a distensão da bexiga

Page 45: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

I.U. Reflexa

• Perda devido a hiper-reflexia do m. detrusor ou relaxamento uretral involuntário

Enurese noturna

Perda urinária no leito

Page 46: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

I.U. Premente

• Perda de urina ligada a forte desejo de micção. Dividida em:

a. Sensorial – hipersensibilidade dos receptores na parede da bexiga

b. Motora – contrações involuntárias do m. detrusor, durante a fase de enchimento

Page 47: AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Incontinência Inconsciente

• Sintomas queixa de perda de urina que não acompanha nem urgência, nem esforço. O paciente só sente que está molhado

• Sinais perda de urina

** deve-se à bexiga hiperativa, anormalidades esfincterianas, transbordamento ou incontinência extra uretral