Cultura do Cultura do MaracujazeiroMaracujazeiro

FRUTICULTURA TROPICAL

RazõesRazões:

* Tem Aproveitado “Lacunas” Do Mercado * Tem Aproveitado “Lacunas” Do Mercado Mundial desde 1998.Mundial desde 1998. Ex. Exportação de suco para Inglaterra que Ex. Exportação de suco para Inglaterra que normalmente ocorre quando Malásia e Colômbia normalmente ocorre quando Malásia e Colômbia diminuem suas exportaçõesdiminuem suas exportações..

* Preços Atraentes Para O Suco No Mercado Internacional * Preços Atraentes Para O Suco No Mercado Internacional

TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO DO TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO DO AGRONEGÓCIO DO MARACUJÁAGRONEGÓCIO DO MARACUJÁ

* Preferência ao produto na forma de suco * Preferência ao produto na forma de suco concentrado, já que a fruta “in natura” tem curta concentrado, já que a fruta “in natura” tem curta vida de prateleira. vida de prateleira.

* Principais países exportadores de suco de * Principais países exportadores de suco de maracujá:maracujá:

Equador = 50%;Equador = 50%;

Colômbia = 30%Colômbia = 30%

Outros = 20%Outros = 20%

Brasil = participação pouco expressivaBrasil = participação pouco expressiva

Brasil é atualmente o Brasil é atualmente o maior produtor maior produtor mundial de maracujámundial de maracujá, seguido do , seguido do Peru,Venezuela, África do Sul, Sri Peru,Venezuela, África do Sul, Sri

Lanka, Austrália e EquadorLanka, Austrália e Equador

SITUAÇÃO MUNDIALSITUAÇÃO MUNDIAL

O maracujazeiro é originário das regiões tropicais, encontrando no Brasil condições excelentes para o seu cultivo, tornando-se o maior produtor mundial, com uma produção de 485.342 toneladas, sendo destas 124.443 toneladas produzidas na região Sudeste, apresentando o Estado de São Paulo uma produção de 79.527 toneladas de frutos (Agrianual, 2006).

SITUAÇÃO NACIONAL SITUAÇÃO NACIONAL

SITUAÇÃO NACIONALSITUAÇÃO NACIONAL

Surgimento de novas regiões de cultivo: Ex. Goiás e Santa Catarina,Áreas tem sido ampliadas nos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

CULTURA DE ASPECTO RELEVANTE NA FRUTICULTURA NACIONAL

potencial de exportação de suco (preços atraentes X lacunas no mercado);Potencial de consumo interno do suco e da fruta fresca;Alto valor nutritivo (sais minerais, vitaminas A e C);Planta Tropical com boa adaptabilidade às condições brasileiras;Fruteira de retorno econômico rápido.

Resultados:

Indústrias processadoras de frutas tropicais: 480,6 mil t/ano.

Deste volume, o maracujá representa 25,5%, vindo a seguir o coco verde e a manga conforme Figura.

MERCADO NACIONALMERCADO NACIONAL

1º LUGAR NO BRASIL = CEAGESP - SP1º LUGAR NO BRASIL = CEAGESP - SP

VOLUMEVOLUME

Segundo IBGE 2002:Segundo IBGE 2002:

Consumo Consumo in natura = in natura = 287.191 toneladas287.191 toneladas

Indústria = 191.460 toneladas (63.820 toneladas de suco integral)Indústria = 191.460 toneladas (63.820 toneladas de suco integral)

Os dados apresentados reforçam a posição do Brasil como maior produtor e Os dados apresentados reforçam a posição do Brasil como maior produtor e consumidor mundial de maracujá.consumidor mundial de maracujá.

DESTINO DA PRODUÇÃO NACIONALDESTINO DA PRODUÇÃO NACIONAL

60% - MERCADO DA FRUTA FRESCA60% - MERCADO DA FRUTA FRESCA

40% - INDÚSTRIA40% - INDÚSTRIA

MERCADO DA FRUTA FRESCA – Aspectos Gerais

Fonte:CEAGESP, CEASAS do RJ, BH

27.559,8

40.625,1

52.673,258.280,0

0

20.000

40.000

60.000

1991 1995 2000 2003

Maracujá - Volume Comercializado e OfertadoEm toneladas

O aumento no volume comercializado ou ofertado nestas três centrais de abastecimento entre 1991 e 2003 foi de 111%, o que significa um crescimento médio anual de 5,92%.

Volume mensal comercializado nas Ceasas de SP, RJ e BHEm toneladas

2003

0

1.000

2.000

3.000

4.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Ceagesp Ceasa Grande Rio Ceasa Grande BH

Fonte: CEAGESP, Ceasa Grande Rio e Ceasa Grande Belo Horizonte

Sazonalidade dos preços do maracujazeiro:Sazonalidade dos preços do maracujazeiro:

Comportamento relacionado ao consumoComportamento relacionado ao consumo

Setembro a Novembro (meses de seca e temperatura elevada )Setembro a Novembro (meses de seca e temperatura elevada )

70% maiores em relação a Abril a Junho:70% maiores em relação a Abril a Junho:

Preços Médios dos últimos sete anos =

R$ 1,00 / Kg, variando de R$ 0,25 para mais ou para menos

Segundo a CEAGESP:Segundo a CEAGESP:

Melhores PreçosMelhores Preços

Setembro a Novembro = Média de R$ 0,64 / KgSetembro a Novembro = Média de R$ 0,64 / Kg

Abril a Junho = Média de R$ 0,33 / KgAbril a Junho = Média de R$ 0,33 / Kg

PREÇOSPREÇOS

MaracujáPreços praticados pelo mercado atacadista nas Ceasas de SP, RJ e BH

2003

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

/Kg

Ceagesp Ceasa Grande Rio Ceasa Grande BH

Fonte: CEAGESP, Ceasa Grande Rio e Ceasa Grande Belo Horizonte

Comportamento de preços do maracujá em Cuiabá Comportamento de preços do maracujá em Cuiabá em 1999 (Gráfico 1), 2000 (Gráfico 2), 2001 (Gráfico em 1999 (Gráfico 1), 2000 (Gráfico 2), 2001 (Gráfico 3) e 2002 (Gráfico 4)3) e 2002 (Gráfico 4)

0

5

10

15

20

25

30

jane

feve

rab

ril

mai

oju

nho

julh

agos

sete

mou

tu

nove

m

deze

m

maracujá

0

5

10

15

20

25

maracujá

0

5

10

15

20

25

30

maracujá

Fonte: SIMA-MT / SEDER-MT Fonte: SIMA-MT / SEDER-MT

Fonte: SIMA-MT / SEDER-MT Fonte: SIMA-MT / SEDER-MT

19991999 20002000

20012001 20022002

SEGUNDO A ASTN

Associação das Indústrias Processadoras de Frutos Tropicais

EM 2000 foram processadas 127,7 mil toneladas de maracujá, EM 2000 foram processadas 127,7 mil toneladas de maracujá, resultando em 50,8 mil toneladas de produto: 47 mil toneladas resultando em 50,8 mil toneladas de produto: 47 mil toneladas de suco e 3,8 mil toneladas de polpasde suco e 3,8 mil toneladas de polpas

Suco de Maracujá em 2000 = 22,5% da produção de sucos no BrasilSuco de Maracujá em 2000 = 22,5% da produção de sucos no Brasil

Grande Oscilação no mercado da fruta fresca:Grande Oscilação no mercado da fruta fresca:

Safra = R$ 0,20 / KgSafra = R$ 0,20 / Kg

Entressafra = R$ 0,05 / KgEntressafra = R$ 0,05 / Kg

Estabilidade para Indústria: Safra e Entressafra = R$ 0,40 / KgEstabilidade para Indústria: Safra e Entressafra = R$ 0,40 / Kg

PRODUÇÃO NACIONALPRODUÇÃO NACIONAL

478.652

125.741

63.021 56.95741.500 37.830 34.559 30.419

88.625

10.000Brasil Espírito

SantoRio deJ aneiro

MinasGerais

OutrosEstados

BrasilProdução de Maracujá em 2002Principais Estados Produtores

Em Toneladas

Os dados do IBGE indicam para o ano de 2002 uma produção de 478.652 toneladas, sendo a Bahia o maior estado produtor com 26,3% da produção total, vindo logo a seguir o Espírito Santo com 13,2% e São Paulo com 11,9%. Esses três estados são responsáveis por mais de 50% da produção nacional. O restante está distribuída entre os estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Minas Gerais, Pará e demais estados do Brasil.

BAHIA: Livramento de Nossa Senhora e Juazeiro na Bahia;

GOIÁS: Itapuranga

SÃO PAULO: Vera Cruz, Marília e Garças

RIO DE JANEIRO: Região norte do Estado

MINAS GERAIS: Triângulo Mineiro (Araguari, Uberlândia, Nova Ponte, Tupaciguara)

SANTA CATARINA: Jacinto Machado;

MATO GROSSO: Poxoréo, Tesouro, Jaciara, São José dos Quatro Marcos.

Característica das áreas de cultivo no Brasil:

Pequenas propriedades - lavouras, na sua grande maioria entre 1ha a 5 há.

SITUAÇÃO NACIONAL SITUAÇÃO NACIONAL

Entretanto está crescendo o cultivo de médios e grandes produtores com áreas entre 10 e 100 há

BAHIA: Eunápolis e Porto Seguro (no sul do Estado)

ESPÍRITO SANTO: Linhares

MINAS GERAIS: Taiobeiras e Águas Vermelhas

SERGIPE: Platô de Neópolis.

PRODUÇÃO ESTADUALPRODUÇÃO ESTADUAL

• Ano Área Produção Produtividade• (há) (t) (t/há)• 1993 15,0 27,0 1,8• 1994 18,0 302,0 16,7• 1995 39,0 494,0 12,6• 1996 211,0 2395,0 11,4• 1997 190,0 2219,0 11,7• 1998 214,0 2070,0 9,7• 1999 306,0 3115,0 10,2• 2000 199,0 466,0 2,6• 2001 108,0 405,0 3,8• 2002 129,0 852,0 6,6• 2003 523,0 11211,0 21,4• Fonte: LSPA / IBGE

Área, produção e produtividade de maracujá em Mato Grosso no período de 1993 a 2003

PRODUÇÃO DE MARACUJÁ EM MATO GROSSO 2006

Maracujá - quantidade produzida 8.206 tonelada

Maracujá - valor da produção 3.155 mil reais

Maracujá - área plantada 422 hectare

Maracujá - área colhida 422 hectare

Maracujá - rendimento médio 19.445 kg/hectare

Fonte IBGE

POTENCIAL DE CRESCIMENTO DO MARACUJÁ NA FRUTICULTURA ESTADUAL

Excelente adaptabilidade às condições de Mato Grosso;Qualidade da polpa: (MT = 16ºBrix X BR = 13ºBrix)Produção o ano todo: (11 horas de luz diárias);Boa Oferta de madeira (40% do custo de produção);Retorno rápido da atividade em relação a outras fruteiras(safrinha aos 6meses).

Abastecer o mercado local, reduzindo importações (60%)Industrialização própria de excedentes, organizados em cooperativas ou parcerias PRODUTOR & INDÚSTRIASpotencial de exportação para outros Estados:

Pequena participação na produção nacional = 1,5%entressafra brasileira de Junho a Setembro (Possibilidade de alcançar melhores preços )

VANTAGENS COMPETITIVAS

gênero Passiflora L., família Passifloracea (BRUCKNER, 1994).

O gênero Passiflora domina amplamente esta família, apresentando cerca de 400 espécies, das quais mais de 150 são nativas do Brasil.

Este gênero é originário das florestas tropicais da América do Sul, com seu maior centro de dispersão localizado no Brasil Centro-Norte (PIZA JÚNIOR, 1998).

ASPECTOS BOTÂNICOS

VARIEDADES DE MARACUJAZEIROVARIEDADES DE MARACUJAZEIRO

Produtor: Instituto Agronômico de CampinasProdutor: Instituto Agronômico de CampinasVariedades: IAC – 273, 275 e 277Variedades: IAC – 273, 275 e 277  Características: Fruto bem formado, produtivo, sensível Características: Fruto bem formado, produtivo, sensível a doenças e pragas, não tolera secaa doenças e pragas, não tolera seca        

Produtor: Flora BrasilProdutor: Flora Brasil

Variedade: FB – 200 – MesaVariedade: FB – 200 – Mesa  Características: Fruto de cor uniforme, grande (30 frutos por Características: Fruto de cor uniforme, grande (30 frutos por caixa K), sensível às doenças e ao ataque de pragas.caixa K), sensível às doenças e ao ataque de pragas. 

Variedade: FB – 100 – IndustrialVariedade: FB – 100 – Industrial  Características: Alto teor de suco, alto teor de SST Características: Alto teor de suco, alto teor de SST – “Brix”, frutos de tamanho variado, porém – “Brix”, frutos de tamanho variado, porém pesados, e de coloração variada.pesados, e de coloração variada.

CULTIVO

VARIEDADES

MARACUJÁ AMARELO

(Passiflora edulis f. flavicarpa DEG.)

IAC-275

IAC-273

IAC-277

FB-100

FB200

VARIEDADES

Maracujá roxo

(Passiflora edulis Sims)

Maracujá Roxinho miúdo (IAC)

VARIEDADES

Maracujá Tomé Açu

Maracujá melão

Passiflora quadrangularis D

Maracujá doce (Passiflora alata D)

COMPOSIÇÃO DE 100 G DE POLPA DE MARACUJÁ ROXO E AMARELO.

                                                                                                               

TIPOS DE FLORES TIPOS DE FLORES

•Flor T.C. –estigmas totalmente curvados, acima das anteras, em maior porcentagem. Tipo ideal, mais adequadas para facilitar a polinização cruzada.

Flor P.C. –estigmas parcialmente curvados, acima das anteras (ângulo de 45º) .

Flor S.C. - estigmas sem curvatura, acima das anteras (ângulo de 90º) .

.

As flores T. C. ocorrem em média em maiores porcentagens, estas devem ser preferidas pelo produtor ao retirar semente para futuros plantios.

Média de ocorrência dessas flores em um pomar (Valores em %)

Tipo de flor Maracujá - amarelo Maracujá – roxo T. C. 62 70P. C. 29 20S. C. 8 10

Fonte: Duggibro, 1973 Vasconcelos 1991

De acordo com análise de soloDe acordo com análise de soloMétodo de Correção: Saturação de bases (80%) com calcário Método de Correção: Saturação de bases (80%) com calcário 100% PRNT ; pH = 5,5 a 6,0100% PRNT ; pH = 5,5 a 6,0

ÉPOCA DE PLANTIOÉPOCA DE PLANTIO Início das chuvas até meados de Início das chuvas até meados de novembro. novembro.

ESCOLHA DA ÁREAESCOLHA DA ÁREA

Preferência para solos areno-argilosos e bem Preferência para solos areno-argilosos e bem drenados pois não tolera solos encharcados.drenados pois não tolera solos encharcados.Importante selecionar áreas planas, protegidas do Importante selecionar áreas planas, protegidas do vento vento

CORREÇÃO DE ACIDEZ E PREPARO DO SOLOCORREÇÃO DE ACIDEZ E PREPARO DO SOLO

  Utilizar sementes de origem conhecida, de boa Utilizar sementes de origem conhecida, de boa qualidade ou mudas produzidas por viveiros qualidade ou mudas produzidas por viveiros idôneos e credenciados no Ministério da idôneos e credenciados no Ministério da Agricultura. Agricultura.   Empresas com mudas de alto padrão:Empresas com mudas de alto padrão:Viveiros Flora Brasil LtdaViveiros Flora Brasil Ltda - no Triângulo Mineiro - no Triângulo Mineiro que comercializa mudas em tubetes de alto que comercializa mudas em tubetes de alto padrão para diversas regiões do paíspadrão para diversas regiões do país

A AFRUVEC em Vera Cruz – SPA AFRUVEC em Vera Cruz – SP - disponibiliza - disponibiliza sementes de alta qualidade aos seus associados; sementes de alta qualidade aos seus associados; o IAC lançou recentemente no mercado sementes o IAC lançou recentemente no mercado sementes de alta qualidade.de alta qualidade.

IAC – Instituto Agronômico de Campinas-SPIAC – Instituto Agronômico de Campinas-SP

SEMENTES

Coleta dos frutos maduros;Coleta dos frutos maduros;Corte em duas metadesCorte em duas metadesFermentação da polpa: em recipiente de vidro ou louça por 2 a 4 Fermentação da polpa: em recipiente de vidro ou louça por 2 a 4 dias, sem água, á sombra;dias, sem água, á sombra;Após a fermentação, lava em água corrente sobre uma peneira, Após a fermentação, lava em água corrente sobre uma peneira, o que separa facilmente a mucilagem das sementes;o que separa facilmente a mucilagem das sementes;Coloca-se em um tambor com água, o que permite a eliminação Coloca-se em um tambor com água, o que permite a eliminação das sementes que boiarem;das sementes que boiarem;Colocando-as para secar a sombra, sobre um tecido ou papel.Colocando-as para secar a sombra, sobre um tecido ou papel.

Armazenamento:Até 12 meses, acondicionadas em sacos de papel, colocados em sacos de plástico e mantidos em geladeira doméstica.

PREPARO DAS SEMENTES

SACOLA PLÁSTICA: 14 x 28 x 0,02 cm (capacidade para 8-12 litros).

SEMEADURA: 3 sementes/ saquinho a 1cm de prof. cobre com substrato. Um kg de sementes é suficiente para formar 15.000 mudas.

GERMINAÇÃO: 15-30 dias (rega-se duas vezes no dia).   DESBASTE: com 2 folhas, deixa apenas uma planta/recipiente.O corte das plantas pode ser feito com tesoura.

Obs: deve-se regar a planta com uma solução de nitrocálcio à 0,5%.

PRODUÇÃO DAS MUDAS

TUBETES: tubetes de polietileno rígido, com 14,5 cmde comprimento por 3,5 cm de diâmetro em sua boca (120 ml de substrato.

PADRÃO DE MUDA

MUDAS COM 15 A 20cm , com pelo menos uma gavinhaAs mudas produzidas em tubetes, não devem sofrer corte de raiz.

ENXERTIA TIPO GARFAGEM / TOPO EM FENDA CHEIA:PORTA ENXERTOS: Passiflora alata (maracujá doce), P. caerulea (maracujá de rato) e P. cincinnata (maracujá-do-mato)

ENXERTOS: Os garfos de maracujá amarelo com duas a três gemas e mesmo diâmetro do porta - enxerto.

MÉTODO:Poda-se o Porta-Enxerto com 0,25 cm a 0,35 cm de diâmetro à altura de 20 cm da base. Faz um corte vertical de 1cm a 2 cm no centro.

Retirar vários garfos de diferentes plantas selecionadas;

Nestes garfos faz-se duas incisões em forma de cunha de aproximadamente 1 cm a 2 cm .

Introduz-se a cunha do garfo na fenda efetuada no porta-enxerto, de modo a assegurar que os tecidos da casca.

Na região da enxertia amarra-se com fita plástica.Proteção dos enxertos: sacos plásticos (câmara úmida).

*O plantio das mudas para o local definitivo: 5 a 6 meses após a semeadura.

Cova: Abrir covas com dimensões de 40 x 40 x 40 cm.

MUDAS COM 15 A 20cm Mudas de saquinho corta-se 1,0 cm do fundo . O transplantio deve ser efetuado à tarde, em horas mais frescas, ou em dias nublados.

TRANSPLANTIO:

PLANTIO

ESPAÇAMENTO

• Cultura Mecanizada: 3,5m entre linhas x 5,0 Cultura Mecanizada: 3,5m entre linhas x 5,0 m entre plantas. m entre plantas.

• Cultura sem mecanização: 2,5 m entre Cultura sem mecanização: 2,5 m entre linhas x 5,0 m entre plantas. linhas x 5,0 m entre plantas.

• Obs.: O espaçamento entre plantas pode Obs.: O espaçamento entre plantas pode variar em função da época de plantio, variar em função da época de plantio, finalidade e condições fitossanitárias. finalidade e condições fitossanitárias.

Absorção de Macronutrientes

Absorção de Micronutrientes

ADUBAÇÃO DE PLANTIO: Conforme Análise de Solo

Esterco de curral curtido - 20 litros Superfosfato simples – 150 a 300 gCloreto de Potássio – 20 a 50 gMicronutrientes: FTE BR 12 ou FMA BR 12 - 50 g.

Adubação Fosfatada: considerar os níveis de P e a textura do solo, bem como os níveis de produtividade esperados.

Doses e épocas de aplicação de N e K2O na formação dos pomares de maracujá

ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO I SAFRINHA ( Por Planta)

ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO

1ª - Aplicação: meados de setembro 2ª - Aplicação: início de outubro, após ocorrência de chuva3ª - Aplicação: meados de novembro4ª - Aplicação: início de janeiro 5ª - Aplicação: meados de fevereiro6ª - Aplicação: meados de março  1ª aplicação: (incorporado em sulcos de 1,0 x 0,2 x 0,2 m, afastado 60 cm da planta). Esterco de Curral : 10 litrosSuperfosfato Simples/ Termofostato: conforme tabela (de uma só vez)FTE: 50 g

Épocas e doses de adubação nitrogenada e potássica, em função dos níveis de produtividade esperada e de K do solo

.

Adubação com micronutrientes em função dos teores no solo

Amostragem para diagnose foliar para maracujazeiro

OBS.: 1º ANO: Amostragem entre o 8º e o 9º mês: 60 folhas/háANO seguinte, a amostragem deve ser feita no outono.

Avaliação do estado nutricional das plantas

Os teores de macro e micronutrientes deverão ser determinados na 3ª ou 4ª folha, a partir do ápice de ramos não sombreados, utilizando-se como referência os valores da tabela.

Tabela - Faixas adequadas de teores de macro e micronutrientes em folhas de maracujazeiro amarelo

ESPAÇAMENTO Diversos espaçamentos tem sido adotados, sendo os mais comuns 5 x 5 m, 5 x 4 m, 6 x 3 m e 4 x 4 m. A escolha de um deve considerar fatores como época de plantio, clima e equipamentos / implementos disponíveis.

SISTEMAS DE CONDUÇÃOSISTEMAS DE CONDUÇÃO

Cultivos conduzidos em Latada ou Cultivos conduzidos em Latada ou CaramanchãoCaramanchão

SISTEMAS DE CONDUÇÃO: Cultivos conduzidos em Espaldeira Vertical

Arame liso nº 12

1,80 A 2,0m do solo

CONDUÇÃO DA PLANTA AO ARAMECONDUÇÃO DA PLANTA AO ARAME

PODAS DE FORMAÇÃO PODAS DE FORMAÇÃO

(desbrota do ramo principal)(desbrota do ramo principal)

Condução em haste única até ao arame.Condução em haste única até ao arame.

PODAS DE FORMAÇÃOPODAS DE FORMAÇÃO

Poda do ramo principal (20,0cm acima do arame)Poda do ramo principal (20,0cm acima do arame)

PODAS DE FORMAÇÃOPODAS DE FORMAÇÃO

PODA DE MANUTENÇÃO:Poda mais utilizada: elimina toda a ramagem a 40 cm abaixo do arame

CUIDADOS:

As podas devem ser feitas no início da brotação primaveril.

Depois fazer uma pulverização com fungicida a base de cobre, repetir a cada 10 dias (alternar) com uma mistura de oxicloreto de cobre e mancozeb.

Vantagens da Poda de renovação:(feita em ramos velhos, secos e doentes)

O florescimento do maracujazeiro só ocorre em ramos de crescimento do ano.

Desvantagens da manutenção da massa vegetativa que já floresceu e produziu:

excesso de peso em função do sistema de sustentação;

ambiente propício para pragas e doenças; reduz a eficiência dos tratamentos fitossanitários.

OBJETIVOS DA PODA DE RENOVAÇÃO:• Diminuir a distância de translocação de nutrientes pela

planta;• Melhorar as condições de iluminação e aeração cuja

conseqüência é o aumento da produção.

MANEJO CULTURALMANEJO CULTURAL

• Manter as linhas de plantio numa faixa de 1,6 m Manter as linhas de plantio numa faixa de 1,6 m (80 cm de cada lado) livre de plantas daninhas(80 cm de cada lado) livre de plantas daninhas

• As entrelinhas manter com cobertura natural As entrelinhas manter com cobertura natural tendo-se o cuidado de roçar periodicamente.tendo-se o cuidado de roçar periodicamente.

• As capinas podem ser feitas manuais com As capinas podem ser feitas manuais com enxada, roçagem ou controle químico com enxada, roçagem ou controle químico com herbicidas.herbicidas.

  • HERBICIDAS: Paraquat, Diuron e/ou Glifosato na HERBICIDAS: Paraquat, Diuron e/ou Glifosato na

dosagem de 1,5 a 3,0 litros /há, aplicados de dosagem de 1,5 a 3,0 litros /há, aplicados de forma dirigida e somente quando as plantas já forma dirigida e somente quando as plantas já tiverem iniciado a frutificação. tiverem iniciado a frutificação.

• A combinação Paraquat + Diuron tem sido muito A combinação Paraquat + Diuron tem sido muito utilizada.utilizada.

MANEJO CULTURALMANEJO CULTURAL

FOTO: Lavouras do Triângulo Mineiro (Araguari-MG)

Cultura estabelecida no campo

PRINCIPAIS PRAGAS

Lagarta desfolhadora – Dione juno juno

Agrales vanillae vanillae

PRINCIPAIS PRAGAS

PERCEVEJOSHolhymenia clavigera

Os percevejos danificam os frutos, tornando-os enrugados e defeituosos. Os ferimentos provocados constituem-se em uma porta de entrada para vários patógenos.

Philonis passiflorae

 

PRINCIPAIS DOENÇAS

Antracnose no fruto

Colletotrichum gloeosporioides

Antracnose: fruto tratado e não tratado

 

PRINCIPAIS DOENÇAS

Verrugose no fruto

Cladosporium herbarum

Verrugose nas folhasAs lesões causadas pelo fungo atingem as nervuras das folhas, pode ocorrer o encarquilhamento da folha.

BACTERIOSES

Xanthomonas campestres

Antes da colheita

Depois da colheita

folha com sintoma inicial de infecção sistêmica, no bordo foliar, causado por Xanthomonas campestris pv. passiflorae.

Pinta verde ou Definhamento precoce

Morte prematura de plantas associadas a vários patógenos: Fusarium, Phytophthora, Xanthomonas

Fusariose

Murcha ou fusariose

Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae

WOODINESS OU VÍRUS DO ENDURECIMENTO DOS FRUTOS

 

Medidas de controle:Eliminação de plantas hospedeiras, mantendo-se sempre a lavoura limpa.

grande deformação de folhas. frutos endurecidos, deformados, casca

muito espessa e polpa muito reduzida.

O bom enfolhamento das plantas é importante para evitar-se queimaduras pelo sol, que além de prejudicar comercialmente os frutos, podem se constituir na porta de entrada de doenças.

PRODUTOS RECOMENDADOS PARA O CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DO MARACUJAZEIRO

NOMECOMERCIAL

DOSAGEM EM

100l DE ÁGUA

PRAGA OU DOENÇA

OBSRVAÇÕES

AGRIMAICIM 300g VERRUGOSEANTRACNOSE BACTERIOSE E OUTRAS

Aplicar nas 3 primeiras semanas após o plantio

COBRE SANDOZ (ÓXIDO CUPROSO )

+ MANZATE

300g + 200g

VERRUGOSE E

BACTERIOSE

-Aplicação preventiva-Fazer pré-mistua e deixar repousando por 2 a 24 horas-Usar águas pH 5,0

FOLICUR 120 ml VERRUGOSE

SCORE 40 ml VERRUGOSE Não provoca fito

TURBO (BAYER) 15-20 ml CIGARINHAS Abril-maio maio incidência

CALDA SULFOCÁLCICA

600 g ÁCAROS 10 dias após aplicar enxofre puro

ENXOFRETORQUEVERTIMECK

300 g130 ml20 ml

ÁCAROS

DIPELTHURICID

100 ml100 ml

LAGARTAS

SUMILHION 500 CELEBAYCID 500

150 ml100 ml

PERCEVEJOS

POLINIZAÇÃO NATURAL

•MAMANGAVAS

•AGENTES POLINIZADORES DO MARACUJAZEIRO:

MEDIDAS ECOLÓGICAS PARA MANUTENÇÃO DA POPULAÇÃO DE MAMANGAVAS E EVITAR AS ABELHAS:construção de abrigos usando tocos secos de bambú ou outra madeira com ninho do inseto. INCREMENTAR O PLANTIO DE ESPÉCIES QUE PRODUZAM FLORES ATRATIVAS, para "abelha européia" e Mamangabas (manjericão, girassol, crotalaria, alfavaca).Coletar enxames soltos, próximos da cultura, soltando-os em outras locais.

PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO:

•Marcar em um dia de sol três flores abertas por planta; •Repetir a operação em mais 34 plantas, para totalizar 100 flores marcadas •(suficiente para dois a três há, aumentar a quantidade em áreas maiores). •Quatro dias depois contar, nas flores marcadas, os pequenos frutinhos•Valores acima de 40 a 50% = nível de mamangavas está adequado.•Valores menores de 30% - ausência das mamangavas, e neste caso, se faz necessário a “polinização artificial”.

FLORES VIÁVEIS: 12:00 hs ÀS 18:00 hsFLORES VIÁVEIS: 12:00 hs ÀS 18:00 hs

POLINIZAÇÃO MANUAL = POLINIZAÇÃO MANUAL = boa produtividadeboa produtividade

MÉTODO: coletando-se pólen de uma flor e aplicando MÉTODO: coletando-se pólen de uma flor e aplicando em outra flor de outra plantaem outra flor de outra planta

POLINlZAÇÃO

Polinização artificial

RENDIMENTO DA POLINIZAÇÃO ARTIFICIAL 1,0 há:

50 a 60 flores por minuto e de duas a três pessoas por tarde.

Rendimento de frutificação obtido com polinização cruzada De 50 a 80% mostram que funciona

Dificuldades: *Tendência do produtor em concentrar a polinização manual somente nos picos de floradas com perda de floradas menores.

*Em áreas grandes, o produtor deve realizar a polinização, mesmo no início da florada, e não somente nos picos de florada.

COLHEITA

Na planta:

*20 e 30 dias antes de os frutos se desprenderem da planta-mãe (peso máximo, maior rendimento de suco e de conteúdo de SST).

No chão:

Recolhendo os frutos no chão, duas a três vezes por semana .

CUIDADOS COM OS FRUTOS:

Evitar injúrias mecânicas;

Colhidos com pedúnculo (0,5 cm) evitar perda de peso e ataque de microrganismos.

Sistema de Classificação dos Frutos

5 classes (calibres)

3A (diâmetro maior que 85 mm),

2A (75-85 mm)

1A (65-75 mm)

2a linha (composto por frutos 1, 2 e 3A, com defeitos leves)

indústria (menor que 55 mm ou com defeitos graves)

COMERCIALIZAÇÃO

MERCADOS MAIS EXIGENTES.Caixas de papelão 2,5 a 3,0 kg, contendo de 38 a 42 frutos

Os frutos serão selecionados, eliminando os frutos verdes, murchos, sem pedúnculo, lesionados por insetos ou doenças;

Lavados em solução de água clorada a 10 ml de cloro/litro de água, para desinfecção dos mesmos;

Secos e embalados em caixas de papelão paletizáveis

.

MERCADOS MENOS EXIGENTES:

Caixas tipo K de 16 kg

Sacos de polietileno (80 cmx50cm) de 18 a 22kg.

PÓS-COLHEIT

A

.

ARMAZENAMENTO

Os frutos podem ser armazenados sob refrigeração (10ºC e 80-85% UR) por 20 dias.

INDUSTRIALIZAÇÃO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SUCO DO MARACUJÁ-AMARELO:

pH entre 2,7 e 3,1;

teor de sólidos solúveis totais (SST) de 14,9% a 18,6%;

acidez total titulável (AAT) de 4,9% em ácido cítrico;

ratio (SST/ATT) de 3,4

(Araújo et al., 1974, citado por Silva e Durigan, 2000).

Custo de Produção para 1 ha de maracujá amarelo irrigado por gotejamento. Bauru (SP).

(Mão de Obra + insumos + serviços + Invest.)

Custo/atividade

% sobre o custo

Análises de solo , quebra-vento, formigas R$ 364,18 1,74%

Preparo do solo e calagem em área total R$ 430,58 2,06%

Construção da espaldeira: madeira, bambu, arame, MO

R$ 5.254,45 25,03%

Abrir, adubar e misturar adubos nos sulcos de plantio

R$ 2.131,50 10,16%

Cerca de proteção do “lebrão” R$ 1.302,97 6,21%

Irrigação por gotejamento por gravidade R$ 1.700,99 8,10%

Plantio de 1.600 mudas – R$ 0,30/unid R$ 588,00 2,80%

Adubações de cobertura (5) R$ 824,55 3,94%

Aplicação de defensivos R$ 1.181,10 5,63%

Desbrotas, poda, polinização manual, capinas e monitor

R$ 2.096,03 9,98%

Colheita R$ 805,71 3,84%

80 caixas plásticas R$ 816,00 3,89%

Mensalidade da Associação BauruFrutas R$ 360,00 1,72%

Comissão sobre venda (10%) + transporte R$ 3.132,48 14,92%

Custo de Produção no 1o ano R$ 20.988,54

100%

Análise Econômica

Custo de produção no 1o ano (C1) R$ 20.988,53

Produtividade obtida no 1o ano 27,12 t/ha

Faturamento no 1o ano R$ 26.309,00

Lucro (L1) – L1/C1 R$ 5.320,47 25,35%

Investimento: madeira, arame, irrigação

R$ 8.254,24

Custo de produção no 2o ano (C2) C2 – I = R$ 12.734,29

Produtividade no 2o ano 29,30 t/ha

Faturamento no 2o ano R$ 31.452,39

Lucro (L2) – L2/C2 R$ 18.590,51 145,99%