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ANESTESIA LOCORREGIONAL Prof. Clécio Piçarro Departamento de Cirurgia Faculdade de Medicina UFMG facebook.com/ cleciop Slideshare.net/ ClecioPicarro

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Page 1: Aula   anestesia local

ANESTESIA

LOCORREGIONAL

Prof. Clécio PiçarroDepartamento de Cirurgia

Faculdade de Medicina UFMG

facebook.com/cleciop

Slideshare.net/ClecioPicarro

Page 2: Aula   anestesia local

ANESTESIA LOCAL

Conceito

Características Ação em área delimitada Reversibilidade Manutenção da consciência e ação

muscular

Meios de se obter anestesia Mecânicos – garroteamento ou

compressão do feixe nervoso.

Físicos – éter, gelo, cloreto de etila. Químicos – anestésicos locais

Page 3: Aula   anestesia local

DROGAS ANESTÉSICASAminoestéres

Cocaína Primeiro anestésico – final séc. XIX Uso tópico – otorrinolarigologia e

oftalmologia Vasoconstrictor Atualmente – banido da prática médica

Alta toxicidade sistêmica Dependência química

Prilocaína Utilizada em odontologia e na pele. Geralmente associada a outros drogas.

Page 4: Aula   anestesia local

DROGAS ANESTÉSICASAminoamidas

Lidocaína – 1% e 2%

Ação efetiva e segura. Uso tópico (gel ou “spray”) ou infiltração

local. Anestésico e antiarritmico. Características:

pH próximo da neutralidade – baixa reação tecidual Potência intermediária Baixa latência (1 a 2 minutos) Média duração (1 a 2 horas) Toxicidade sistêmica relativamente baixa

SNC – convulsões

Apresentações comerciais associado a vasoconstrictor

Page 5: Aula   anestesia local

DROGAS ANESTÉSICASAminoamidas

Bupivacaína – 0,5% Anestésico (altas doses) e analgésico (baixas

doses) Uso em infiltração local e anestesia

peridural. Características:

Alta potência Média latência e alta duração Média/Alta toxicidade ( Cardiovascular e SNC)

Ropivacaína – 0,5%, 0,75% e 2% Ação semelhante a bupivacaína Características:

Média potência Longa latência e duração Média/Baixa toxicicidade

Page 6: Aula   anestesia local

Efeito desejado Prolongar a ação do anestésico Reduzir a toxicidade – eficácia e

segurança

Seleção do vasoconstrictor Duração do efeito desejado e local Condições clínicas do paciente –

comorbidades Uso de outras drogas associadas

Drogas vasoconstrictoras adrenalina

AGENTES ASSOCIADOSVasoconstrictor

Page 7: Aula   anestesia local

ANESTÉSICOS LOCAISComplicações

Reações alérgicas

Reações Cardiovasculares Arritmias benignas Arritmias ventriculares graves Parada cardiorrespiratória

Reações NeurológicasParestesia perioral Zumbidos e escotomas visuais Tonteiras Abalos musculares Convulsões localizadas e generalizadas =>

coma

Page 8: Aula   anestesia local

ANESTÉSICOS LOCAIS

Anestésico ideal:

Ação em área delimitada

Ação reversível

Baixa agressão tecidual

Início de ação rápido e tempo duração suficiente

Grau reduzido de toxicidade

Potente – o suficiente para anestesiar

Boa penetração tecidual

Não desencadear reações alérgicas

Page 9: Aula   anestesia local

TÉCNICAS DE ANESTESIA

Anestesia Tópica

Anestesia Infiltrativa

Bloqueio de campo

Bloqueios regionais

Page 10: Aula   anestesia local

ANESTESIA TÓPICA

Indicações ideais: Mucosas - trato respiratório superior,

conjuntiva, ouvido, ânus, trato gênitourinário

Outros (menos eficaz) – crioterapia, raspagens, curetagem de molusco contagioso,

punções, tatuagens.

Drogas Utilizadas Agentes: lidocaína, prilocaína Apresentações:

Gel Spray Pomada Solução

Page 11: Aula   anestesia local

Anestesia tópica na pele

Page 12: Aula   anestesia local

Anestesia tópica em mucosa

Page 13: Aula   anestesia local

ANESTESIA INFILTRATIVA

Indicações ideais:

Pequenos procedimentos cirúrgicos mais superficiais de pele, tecido celular

subcutâneo e mucosas Exérese de verrugas, cistos de retenção, nevos,

etc...

Drogas Utilizadas

Agentes: lidocaína, bupivacaína

Apresentações: Solução – associada ou não a vasoconstrictores

Page 14: Aula   anestesia local

Antissepsia

Colocação de campo cirúrgico estéril

Botão anestésico próximo a lesão (com agulha fina)

Infiltração de anestésico sob a lesão

ANESTESIA INFILTRATIVATécnica

Page 15: Aula   anestesia local

BLOQUEIO DE CAMPO

Indicações ideais:

Procedimentos cirúrgicos superficiais e profundos de pele, tecido celular

subcutâneo e mucosas

•Drogas Utilizadas• Agentes: lidocaína, bupivacaína

Page 16: Aula   anestesia local

Antissepsia

Colocação de campo cirúrgico estéril

Botão anestésico próximo a lesão (com agulha fina)

Infiltração sob a lesão em área delimitada (com agulha maior)

BLOQUEIO DE CAMPOTécnica

Page 17: Aula   anestesia local

Objetivo Anestesiar uma região delimitada por um plexo

ou nervo específico

Exemplos: bloqueio plexo braquial, plexo cervical,

bloqueio peridural, bloqueio raquidiano

BLOQUEIO REGIONALPlexo Nervos

Page 18: Aula   anestesia local

Bloqueio do plexo braquial

Page 19: Aula   anestesia local

Bloqueios de nervos periféricos

• bloqueios da cabeça e pescoço

Nervo trigêmio, oftálmico, maxilar, mandibular

• Bloqueio frontal e occiptal

• Bloqueio do cotovelo, punho e dos nervos digitais

• Bloqueio da fossa poplítea e do tornozelo

Page 20: Aula   anestesia local

Bloqueio de mão

Page 21: Aula   anestesia local

Bloqueio de dedo

Page 22: Aula   anestesia local

Bloqueio do tornozelo5 nervos

N. fibular profundo e superficial

N. tibial posterior e safeno

N. sural

Page 23: Aula   anestesia local

Bloqueio região inguinalnervo íleo-inguinal e íleo-hipogástrico

Bloqueio ilioinguinal.MOV

Page 24: Aula   anestesia local
Page 25: Aula   anestesia local

Bloqueio peniano

Page 26: Aula   anestesia local
Page 27: Aula   anestesia local

Bloqueio região frontal

N. supra-orbital

N. supra-troclear

Page 28: Aula   anestesia local

Bloqueio do pavilhão auricular

N. Grande auricular

N. auriculo-temporal

N. occiptal menor

Page 29: Aula   anestesia local

Bloqueio medular

Bloqueio raquidiano Bloqueio peridural

Page 30: Aula   anestesia local
Page 31: Aula   anestesia local

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Page 32: Aula   anestesia local

IMPULSO NERVOSO

Repouso

K+ K+ K+

Na+ Na+ Na+

+ + + + + +

+ + + + + +

Na+ Na+ Na+

CANAL

CANAL

CANAL

CANAL

CANAL

Page 33: Aula   anestesia local

ANESTÉSICOS LOCAIS

Mecanismo de Ação Bloqueio dos canais de Na+

Impede o influxo de Na+ e a entrada de K+

Não há propagação do sinal nervoso

Page 34: Aula   anestesia local

Lipossolubilidade

Ionização

Afinidade protéica

DROGAS ANESTÉSICASCaracterísticas físico-

químicas

Page 35: Aula   anestesia local

Drogas AnestésicasFarmacologia

Absorção

Redistribuição

Metabolismo e eliminação

Page 36: Aula   anestesia local

pH da solução pH ácido (<7,4) no tecido: menor eficácia pH alcalino (>7,4) no tecido: menor

latência aumenta forma não ionizada (mais lipossolúvel)

Adição de drogas alcalinizantes aumenta o duração e diminui a latência torna o pH mais próximo do fisiológico

menor reação tecidual => diminui a dor local

Drogas alcalinizantes Bicarbonato de Cálcio - Ca(HCO3)2 Bicarbonato de Sódio - NaHCO3

AGENTES ASSOCIADOSAção sobre o pH

Page 37: Aula   anestesia local

Objetivo

Anestesiar uma região

terminal (braços e pernas)

por períodos curtos.

ANESTESIA INTRAVENOSAAnestesia de Bier

Page 38: Aula   anestesia local

A N E S T E S I A L O C A

L

Page 39: Aula   anestesia local

DROGAS ANESTÉSICASAminoestéres

Procaína (Novocaína®) Primeiro anestésico sintético Características:

Vasoconstrictor Baixa potência Alta latência e baixa duração Associado a reações alérgicas

Tetracaína (Pantocaína®) – 0,5% Uso tópico (oftalmologia) e em

raquianestesia. Características:

Alta potência e toxicidade Baixa latência e alta duração

Page 40: Aula   anestesia local

ANESTÉSICOS LOCAIS

Composição Química (molécula básica)

Éster Amida• Cocaína• Procaína• Tetracaína• Prilocaína

• Lidocaína

• Bupivacaína

• Ropivacaína