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INSUFICIÊNCIA RENAL INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

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Page 1: AULA 9  I

INSUFICIÊNCIA RENAL

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDAINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Page 2: AULA 9  I

INSUFICIÊNCIA RENAL A insuficiência renal é a falência do rim, é a

impossibilidade de realizar suas funções de maneira satisfatória.

O rim é o órgão responsável pela filtragem do sangue, retirando do sangue a uréia, o ácido úrico, o fósforo e o hidrogênio. Além disso, reabsorve albumina, sódio, potássio e cálcio.

O rim também é responsável pela produção dos seguintes hormônios:

- Eritropoetina: estimula a produção de glóbulos vermelhos;

- Sistema renina – angiotensina – aldosterona: Aumenta a pressão arterial;

- Calcitriol- Vitamina D ativada, aumentando o cálcio dos ossos;

Page 3: AULA 9  I

INSUFICIÊNCIA RENAL Em humanos, os rins estão localizados na região

posterior do abdômen, atrás do peritônio, motivo pelo qual são chamados de órgãos retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da coluna; o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima de cada rim encontramos a Glândula supra-renal.

Os rins estão, aproximadamente no mesmo nível que as vértebras T12 a L3, sendo que o rim direito localiza-se um pouco mais inferiormente que o esquerdo. O pólo superior de cada rim está encostado na décima primeira e décima segunda costelas e ambos encontram-se envoltos por um coxim de gordura, com finalidade de proteção mecânica.

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INSUFICIÊNCIA RENAL No adulto o rim tem cerca de 11 a 13 cm de

comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a 3 cm de espessura, com aproximadamente 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 gramas na mulher.

Cada rim possui a forma de um grão de feijão com duas faces (anterior e posterior), duas bordas (medial e lateral) e dois pólos ou extremidades (superior e inferior).

Na borda medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e nervos.

Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino chamado cápsula renal.

Ao redor do rim existe um acúmulo de tecido adiposo chamado gordura perirrenal, que por sua vez está envolvida por uma condensação de tecido conjuntivo, representando a fáscia de Gerota ou fáscia renal.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes, é

possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida, e a medula renal, uma camada mais interna e escura.

O córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.

As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter.

A pelve é a extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal.

Page 6: AULA 9  I

INSUFICIÊNCIA RENAL Os rins são supridos pela artéria renal, que se origina

da aorta. A artéria renal dividi-se no hilo em um ramo anterior e um ramo posterior.

Estes, dividem-se em várias artérias segmentares que irão irrigar vários segmentos do rim.

Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem divisão formando os capilares dos glomérulos, que em seguida, confluem-se para forma a arteríola eferente.

A arteríola eferente dá origem aos capilares peritubulares a às arteríolas retas, responsáveis pelo suprimento arterial da medula renal.

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INSUFICIÊNCIA RENAL A drenagem venosa costuma seguir paralelamente o

trajeto do sistema arterial. O sangue do córtex drena para as veias arqueadas e destas para as veias interlobares, segmentares, veia renal e finalmente veia cava inferior.

No córtex há numerosos linfáticos que drenam para a cápsula ou junção córtico-medular. Na medula, os linfáticos correm do ápice das pirâmides para a junção córtico-medular, onde formam linfáticos arqueados que acompanham os vasos sanguíneos até o hilo para drenar em linfonodos para-aórticos.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Cada rim é formado por cerca de 1 milhão de pequenas

estruturas chamadas néfron. Cada Néfron é capaz de:- Eliminar resíduos do metabolismo do sangue,- Manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo

humano,- Controlar a quantidade de líquidos no organismo,- Regular a pressão arterial- Secretar hormônios,- Produzir a urina; - Por esse motivo dizemos que o néfron é a unidade funcional

do rim, pois apenas um néfron é capaz de realizar todas as funções renais.

O néfron é formado pela cápsula de Bowman, pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor...

Page 9: AULA 9  I

INSUFICIÊNCIA RENAL Em cada rim chega um ramo da artéria aorta, com

sangue a ser filtrado. Após a filtração desse sangue, ele é jogado novamente na corrente sanguínea, por meio da veia cava inferior. Na filtragem ficam resíduos, a urina, que é levada pelos ureteres até a bexiga, onde será armazenada para posterior eliminação pela uretra.

O rim é dividido em duas regiões, chamadas de Córtex renal e Medula Renal.

Na medula renal, existem estruturas chamadas de pirâmides de Malpighi, que se convergem na região central do rim, formando o bacinete. Dos bacinetes partem os ureteres.

No córtex renal ficam estruturas microscópicas chamadas de néfrons, onde o sangue é efetivamente filtrado. Os tubos coletores recebem as excretas dos néfrons, levando-as até as pirâmides de Malpighi.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Os néfrons são constituídos por uma estrutura chamada

cápsula de Bowman, onde existem vários capilares sanguíneos. Dessa cápsula, sai o túbulo renal, que pode ser dividido em três partes: região proximal (próxima à cápsula de Bowman), a alça de Henle e a região distal (mais distante da cápsula), chegando ao tubo coletor (ou duto coletor).

Conectada a cápsula de Bowman está a arteríola aferente (proveniente da artéria renal), que se ramifica nos capilares sanguíneos, chamados de Glomérulo de Malpighi. Aí é onde acontece grande parte da filtragem do sangue. Então esses capilares se juntam novamente, formando a arteríola eferente. Essa por sua vez, se ramificará, envolvendo todo o túbulo renal (capilares peritubulares), reabsorvendo algumas substâncias que passaram para dentro do néfron. Essas ramificações, novamente, se reúnem nas vênulas, que se ligam à veia renal e à veia cava inferior.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Resumindo, o sangue fará o seguinte percurso:

Aorta -> artéria renal -> arteríola aferente -> glomérulo de Malpighi -> arteríola eferente -> capilares peritubulares -> veia renal -> veia cava inferior.

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INSUFICIÊNCIA RENAL

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INSUFICIÊNCIA RENAL Funções dos rins Além de excretar substâncias tóxicas, os rins

também desempenham muitas outras funções. Eliminar substâncias tóxicas oriundas do

metabolismo, como por exemplo, a uréia e creatinina;

Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras;

Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo;

Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do organismo;

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INSUFICIÊNCIA RENAL Excreção de substâncias exógenas como por

exemplo medicações e antibióticos; Produção de hormônios: eritropoetina (estimula a

produção de hemácias), aldosterona (eleva a pressão arterial) e prostaglandinas.

Modificar a forma da vitamina D que chega ao rim depois de ser convertida em uma forma possível de ser transportada pela corrente sanguínea no Fígado transformando esta num hormônio cuja função principal é aumentar a absorção de cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos

Produção de urina para exercer as suas funções excretórias.

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INSUFICIÊNCIA RENAL

Inicialmente o sangue vem por um vaso chamado arteríola aferente passa pelo glomérulo e sai pela arteríola eferente. O sangue é filtrado ao passar pelo glomérulo num processo chamado filtração glomerular.

A quantidade de líquido que passa do glomérulo para a Cápsula de Bowman (conhecido como filtrado glomerular) é muito grande, cerca de 170 litros por dia, sendo 99% desse total reabsorvidos pelos túbulos renais, resultando em aproximadamente 1,7 a 2 litros de urina por dia.

O mecanismo de passagem do líquido e sua composição é devido ao equilíbrio entre as forças que tendem a manter o líquido nos vasos e as que tendem a expulsá-lo (Forças de Satarling). Os dois principais fatores são a pressão hidrostática, que favorece a passagem de líquido do sangue para a cápsula de Bowman, e a pressão oncótica, que impede a saída de líquidos do sangue.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Após ser produzido pelo glomérulo, o filtrado

glomerular segue para os túbulos renais onde será processado para dar origem à urina.

Em cada segmento dos túbulos renais, ocorrem movimentos ativos (com gasto de energia) e passivos (sem gasto de energia) para a reabsorção de água e eletrólitos. Algumas substâncias, como eletrólitos e medicamentos, são secretadas do sangue para o filtrado glomerular pelos túbulos renais.

O líquido final resultante do processamento tubular é a urina.

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INSUFICIÊNCIA RENAL Os rins atuam na manutenção do equilíbrio ácido-

básico, Regulam a concentração de bicarbonato (HCO3),

o qual possui a função de tamponamento, excretando íons de hidrogênio

Regulam a produção de eritrócitos, através da secreção de eritropoetina, um hormônio que estimula a síntese de eritrócitos, na regulação do volume sanguíneo, na regulação da pressão arterial, no PH do sangue e no nível de glicose do sangue.

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INSUFICIÊNCIA RENAL (IR)

A IR resulta quando os rins são incapazes de remover os produtos de degradação metabólica do corpo ou de realizar as funções reguladoras;

As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais e levam a ruptura nas funções endócrinas, metabólicas, hidroeletrolíticas e ácido-básicos;

50.000 norte-americanos morrem anualmente de doença renal irreversível;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

A Insuficiência Renal Aguda é uma perda súbita e quase completa da função renal (taxa filtração glomerular – TFG – diminuída) durante um período de horas a dias;

É mais comumente observada em pacientes hospitalizados, embora também possa acontecer em setor ambulatorial;

Manifesta-se como oligúria, anúria, ou volume urinário normal;

O paciente com IRA apresenta níveis séricos crescentes de uréia e creatinina e retenção de outros produtos de degradação metabólica;

É uma doença grave e tratada como uma emergência médica;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

CATEGORIAS DA IRA: Insuficiência renal se crônica ou aguda, é usualmente

classificada, de acordo com as suas causas, em pré-renal (hipoperfusão do rim), renal (lesão real do tecido renal) e pós-renal (obstrução do fluxo urinário):

Pré-renal (causas relacionadas ao suprimento ou fluxo sanguíneo causando queda na TFG): hipotensão (fluxo sanguíneo diminuído), habitualmente por

choque ou desidratação, hemorragias, desempenho cardíaco comprometido (ICC, IAM, Choque Cardiogênico);

problemas vasculares, tais como doença ateroembólica e trombose da veia renal (que em parte pode ser secundária à perda de fatores de coagulação devido à disfunção renal);

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INSUFICIÊNCIA RENAL Renal (dano ao rim propriamente dito):

Infecção; toxinas ou medicamentos (por exemplo, alguns AINE

´s), antibióticos aminoglicosídeos, anfotericina B, contrastes iodados, lítio);

rabdomiólise (destruição de tecido muscular) - a conseqüente liberação de mioglobina ( ptn liberada pelos músculos no sangue afeta o rim; pode ser causada por injúria (especialmente injúria por esmagamento e trauma fechado extenso), estastinas, MDMA (ecstasy) e algumas outras drogas;

hemólise– a hemoglobina danifica os túbulos; pode ser causada por várias condições, tais como anemia falciforme e lúpus eritrematoso

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INSUFICIÊNCIA RENAL Pós-renal (causas no trato urinário):

Retenção urinária (como um efeito colateral de medicamentos ou devido à hipertrofia prostática benigna, cálculos renais);

Obstrução devido a neoplasias abdominais (câncer ovariano, câncer colo-retal).

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

FASES CLÍNICAS DA INSUFUCIÊNCIA RENAL AGUDA;

Período de Iniciação: começa com a agressão inicial e termina quando a oligúria se desenvolve;

Período de Oligúria: aumento na concentração sérica de uréia, creatinina, ácido úrico,...). A quantidade mínima de urina para que o corpo depure produtos metabólicos é de 400 ml. É nessa fase que os sintomas urêmicos começam a aparecer;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Período de Diurese: aumento gradual no débito urinário, sinalizando que a filtração glomerular começou a se recuperar. Os valores laboratoriais param de subir. Embora tenha aumentado o débito urinário, a função renal ainda pode estar comprometida. Os sintomas urêmicos ainda podem estar presentes;

Período de Recuperação: sinaliza a melhoria da função renal e pode levar 3 a 12 meses. Os valores laboratoriais normalizam, embora existam, com freqüência redução de 1% a 3% na TFG;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Praticamente todos os sistemas do corpo são

afetados quando existe IR; Paciente criticamente doente e letárgico; Náuseas, vômitos e diarréia; Pele e mucosas ressecadas (desidratação); Respiração com odor de urina (fedor

urêmico); Sonolência, cefaléia, contratura muscular e

convulsões;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

HISTÓRICO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS: Alterações na Urina- Variação do débito urinário (escassez até volume

normal);- Hematúria;- Densidade específica diminuída; Níveis Aumentados de Uréia e Creatinina (Azotemia) Hipercalemia- Com um declíneo na TFG não há como excretar o

potássio;- Pacientes com oligúria e anúria estão em maior risco

de hipercalemia;- A hipercalemia pode levar a arritmia e a parada

cardíaca;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Acidose Metabólica- Os pacientes com oligúria não conseguem

eliminar a carga metabólica diária das substâncias ácidas produzidas pelo metabolismo normal;

Anemia- Devido a produção reduzida de eritropoetina,

lesões gastrintestinais urêmicas, diminuição do tempo de vida do eritrócito, grandes perdas sanguíneas;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

TRATAMENTO: Restaurar o equilíbrio químico normal, evitar

complicações até restabelecer a função normal dos rins;

Devem ser pesquisadas e tratadas a causa da lesão; A Insuficiência Renal Aguda é usualmente

reversível, se tratada pronta e adequadamente. As principais intervenções são a monitorização do

balanço hídrico (ingesta e eliminação), o mais estritamente possível;

A inserção de um cateter urinário é útil para a monitorização do débito urinário, bem como para aliviar a possível obstrução à via de saída da bexiga urinária, tal como em um aumento da próstata.

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Se a causa é obstrução do trato urinário, procedimentos cirúrgicos de alívio da obstrução (com uma nefrostomia ou cateter supra-púbico) podem ser necessários.

Acidose metabólica e hipercalemia, duas das principais complicações da insuficiência renal, podem requerer tratamento medicamentoso, com a administração de bicarbonato de sódio e medidas anti-hipercalêmicas, respectivamente.

Dopamina ou outros inotrópicos podem ser empregados para melhorar o débito cardíaco e a perfusão renal, e diuréticos podem ser administrados.

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Falta de resposta com ressuscitação hídrica, hipercalemia resistente à terapia, acidose metabólica ou sobrecarga hídrica podem necessitar de terapia suportiva artificial na forma de diálise ou hemofiltração.

Dependendo da causa, uma parcela de pacientes não mais recuperará plena função renal e requererá diálise permanente ou transplante renal.

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Alertas de Enfermagem: Níveis altos e crescentes de potássio necessitam

freqüentemente de diálise imediata; Hipercalemia: administrar glicose, insulina e gluconato de

cálcio EV – medidas emergenciais. A insulina e a glicose direcionam o potássio para dentro das células, diminuindo os níveis séricos de forma temporária. Posteriormente ele se movimentará para fora das células e subirá até níveis perigosos, necessitando ser removido por diálise. A administração de gluconato de cálcio ajuda a proteger o coração dos níveis elevados de potássio;

O bicarbonato de sódio pode ser administrado para elevar o pH plasmático, fazendo com que o potássio se movimente para dentro da célula, diminuindo seu nível sérico.

OBS: Terapia de curto prazo, devendo o paciente ter restrições na dieta e realizar a longo diálise;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

TRATAMENTO DE ENFERMEGEM: Direciona a atenção para o distúrbio primário; Monitoriza as complicações; Participa no tratamento de emergência do

desequilíbrios hidroeletrolíticos; Avalia o progresso e a resposta do paciente ao

tratamento; Oferece apoio físico e emocional; Mantém os membros da família informados sobre o

tratamento e as condições do paciente; Embora o a IR aguda possa ser o problema com maior

risco de vida para paciente, o enfermeiro deve continuar a incluir no plano de cuidado as medidas indicadas para o distúrbio primário (queimadura, choque, trauma, obstrução do trato urinário);

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

MONITORIZANDO O EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO:- A hipercalemia é o distúrbio com maior risco de vida

imediato observado na insuficiência renal;- Os líquidos parenterais, ingestão oral e todos os

medicamentos são avaliados cuidadosamentes para não causar desequilíbrio de potássio;

- A função cardíaca e o estado musculoesquelético são monitorizados de perto para alterações de hipercalemia;

- Monitorizar débito urinário, presença de edema, distensão das veias jugulares, alterações nos sons cardíacos e respiratórios, pesagem diária do paciente;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

REDUZINDO A TAXA METABÓLICA:- O enfermeiro direciona o cuidado para a

redução da taxa metabólica de modo a diminuir o catabolismo e a subsequentente liberação de potássio e acúmulo de uréia e creatinina;

- Repouso no leito – diminui o esforço a taxa metabólica;

- Febre e infecção são monitorizados freqüentemente, pois aumentam a taxa metabólica e o catabolismo;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

PROMOVENDO A FUNÇÃO PULMONAR:- Orientar o paciente a realizar mudança de

decúbito, tossir, fazer respirações profundas com freqüência a fim de prevenir atelectasia e infecção respiratória;

- Realizar ausculta respiratória e cardíaca diariamente;

PREVENINDO INFECÇÃO:- Realizar a assepsia correta nos dispositivos

invasivos para diminuir o risco de infecção e aumentar o metabolismo;

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

PROPORCIONANDO O CUIDADO CUTÂNEO:- A pele do paciente pode ser seca ou

susceptível a ruptura devido ao edema, prurido (acúmulo de toxinas irritantes);

- Logo, massagear estimulando o retorno venoso, mudança de decúbito, banhá-la com água fria, são cuidados importantes;

PRESTANDO APOIO- Fornecer a família e ao paciente apoio,

assistência e explicação de todas as partes que compõe o tratamento;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Insuficiência Renal Crônica, ou DRET (Doença Renal em Estágio Terminal), é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal em que a capacidade do corpo para manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico FALHA, resultante em uremia ou azotemia (retenção de uréia e outros produtos de degradação nitrogenados no sangue);

A incidência de DRET aumentou cerca de 8% por ano durante os últimos anos;

A DRET pode ser causada por doenças sistêmicas como o diabetes melito, hipertensão, glomerulonefrite crônica, pielonefrite, obstrução do trato urinário, lesões hereditárias (rim policístico), distúrbios vasculares, infecções, medicamentos ou agentes tóxicos;

É necessário proceder a diálise ou o transplante renal para a sobrevida do paciente;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A medida que função renal diminui os produtos finais do metabolismo protéico se acumulam no sangue;

A uremia desenvolve-se e afeta todos os sistemas do corpo;

Quanto maior o acúmulo dos produtos de degradação, mais graves são os sintomas do paciente;

Estágios da Doença Renal Crônica:- Reserva Renal Diminuída;Reserva Renal Diminuída;- Insuficiência Renal;Insuficiência Renal;- Doença Renal em Estágio Terminal;Doença Renal em Estágio Terminal;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA:

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Na insuficiência renal crônica, os sintomas manifestam-se

lentamente. Inicialmente, o indivíduo é assintomático. A função renal anormal

pode ser detectada apenas através de exames laboratoriais. O indivíduo com uma insuficiência renal leve a moderada pode

apresentar apenas sintomas leves, apesar do aumento de uréia, um produto da degradação metabólica, no sangue.

Neste estágio, o indivíduo pode apresentar uma urgência miccional noturna, necessitando urinar várias vezes durante a noite (nictúria), pois os rins não conseguem absorver água da urina para concentrá-la do modo que eles normalmente fazem durante à noite. Conseqüentemente, os volumes urinários são maiores.

Freqüentemente, o indivíduo com insuficiência renal apresenta hipertensão arterial, pois os rins não conseguem eliminar o excesso de sal e água. A hipertensão arterial pode acarretar um acidente vascular cerebral ou uma insuficiência cardíaca.

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

À medida que a insuficiência renal progride e ocorre um acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, o indivíduo pode apresentar fadiga, cansaço fácil e comprometimento do estado mental.

À medida que aumenta o acúmulo de substâncias tóxicas, ele pode apresentar sintomas nervosos e musculares como, por exemplo, espasmos musculares, fraqueza muscular e câimbras. Além disso, o indivíduo também pode apresentar uma sensação de formigamento nas extremidades e perder a sensibilidade em certas áreas.

Quando a hipertensão arterial ou as alterações químicas do sangue causam disfunção cerebral, o indivíduo pode apresentar crises convulsivas.

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

O acúmulo de substâncias tóxicas também afeta o trato digestivo, causando perda do apetite, náusea, vômito, inflamação do revestimento da boca (estomatite) e um sabor desagradável na boca. Estes sintomas podem acarretar desnutrição e perda de peso.

Os indivíduos com insuficiência renal avançada comumente apresentam úlceras e sangramento intestinais.

A pele pode apresentar uma coloração amarelo-acastanhada e, ocasionalmente, a concentração de uréia encontra-se tão elevada a ponto de ocorrer a cristalização dessa substância do suor, formando um pó branco sobre a pele (geada de uréia, uridrose cristalina). Alguns indivíduos com insuficiência renal crônica apresentam um prurido generalizado muito desconfortável.

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Quadro 41.4 Brunner

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

HISTÓRICO E ACHDOS DIAGNÓSTICOS: A insuficiência renal crônica é diagnosticada através de

exames de sangue. Tipicamente, o sangue torna-se moderadamente ácido

(acidose) – rim incapaz de excretar a carga aumentada de ácido. A secreção diminuída de ácido resulta da incapacidade dos túbulo renais de secretar amônia e reabsorver o bicarbonato de sódio. Também existe excreção diminuída de fosfatos e outros ácido orgânicos;

Dois produtos da degradação metabólica, a uréia e a creatinina, as quais são normalmente filtradas pelos rins, acumulam-se no sangue.

Com a diminuição na TFG a concentração de cálcio diminui e a de fosfato aumenta.Eles apresentam uma relação inversa no corpo.

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A concentração de potássio no sangue permanece normal ou aumenta discretamente. Contudo, ela pode tornar-se perigosamente elevada.

Normalmente, o indivíduo apresenta uma anemia moderada.

A urinálise (análise da urina) pode detectar muitas alterações, incluindo células e concentrações de sais anormais.

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Como a Insuficiência Renal Crônica Afeta o Sangue

• Aumento das concentrações de uréia e de creatinina• Anemia• Aumento da acidez do sangue (acidose)• Diminuição da concentração de cálcio• Aumento da concentração de fosfato• Aumento da concentração de paratormônio• Diminuição da concentração de vitamina D• Concentração de potássio normal ou discretamente aumentada

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

TRATAMENTO MÉDICO:

A meta do tratamento é manter a função renal e a homeostase o maior tempo possível;

Todos os fatores que contribuem para DRET e os fatores que são reversíveis são identificados e tratados;

O tratamento é realizado com dieta, medicamentos e diálise;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

TERAPIA FARMACOLÓGICA:- Administração de anti-hipertensivos, restrição de

sódio, restrição hídrica, diuréticos;- Eritropoetina (Epogen);- Suplemento de ferro;- Agentes ligantes de fosfatos;- Suplementos de Cálcio;- Antiácidos a base de alumínio – trata a

hiperfosfatemia e a hipocalcemia (fixam o fósforo na dieta). ATENÇÃO: toxicidade longo prazo.

- Bicarbonato de sódio – corrigir a acidose;- Anticonvulsivante, se necessário;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

TERAPIA NUTRICIONAL:- A prescrição dietética é necessária com a

deterioração da função renal e inclui:- Regulação da ingestão protéica;- Restrição hídrica, contudo atentar-se para as

perdas líquidas do paciente;- Ingestão de sódio para contrapor suas

perdas de forma balanceada;- Alguma restrição de potássio;- Ingestão calórica balanceada;- Suplementação vitamínica;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

OUTRO TRATAMENTO: DIÁLISE- O paciente com crescente sintomas de

insuficiência renal é referido para um centro de diálise;

- O tratamento dialítico é indicado quando o paciente não consegue mais suas funções renais com o tratamento conservador;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

TRATAMENTO DE ENFERMAGEM: O paciente com IR crônica requer cuidados de

enfermagem experientes, a fim de evitar complicações da função renal diminuída, estresse e ansiedade de lidar com uma doença com risco de vida;

Principais DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:- Excesso de volume hídrico relacionado ao débito

urinário diminuído, excesso na dieta e retenção de água e sódio;

- Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais relacionada a anorexia, náuseas, vômito,; restrições na dieta e mucosa alterada;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

- Déficit de conhecimento sobre o distúrbio e o regime de tratamento;

- Intolerância a atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção dos produtos de degradação e procedimentos de diálise;

- Distúrbio na auto-estima relacionado à dependência, a alteração na imagem corporal e disfunção sexual;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM:- Pesar diariamente o paciente;- Mensurar a ingestão e excreção de líquido;- Avaliar e anotar turgor cutâneo e presença de edema;- Mensurar PA de 3/3 horas, avaliar frequência e ritmo

do pulso;- Explicar ao paciente e a família a justificativa para a

restrição hídrica;- Avaliar e anotar as preferência nutricionais do

paciente;- Administrar os medicamentos nos horários prescritos

para que não interfiram com as refeições;

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

- Fornecer lista por escrito, dos alimentos permitidos e proibidos;

- Proporcionar ambiente agradável nos horários das refeições;

- Avaliar a compreensão do paciente sobre a doença renal, sinais e sintomas, consequências, tratamento;

- Fornecer informações verbais sobre função renal e insuficiência renal, restrições hídricas e dietéticas, medicamentos, problemas, sinais e sintomas...

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

- Encorajar a alternância de atividade com o repouso;

- Promover a independência nas atividades de autocuidado;

- Discutir a função oferecer e receber amor, afeto e carinho;