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A Ética nos Negócios: uma abordagem das questões éticas num ambiente empresarial competitivo Marcelo Alvaro da Silva Macedo NEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ Rod BR 465, Km 07 Seropédica RJ CEP 23890-000 - [email protected] Rovigati Danilo Alyrio NEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ Rod BR 465, Km 07 Seropédica RJ CEP 23890-000 - [email protected] Rui Otávio Bernardes de Andrade NEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ Rod BR 465, Km 07 Seropédica RJ CEP 23890-000 - [email protected] Resumo: O conhecimento do significado da Ética e dos seus tipos é fundamental para que a Empresa se encaminhe de forma eficiente e eficaz no âmbito do mercado. Por conta disso, a ética precisa ser considerada mediante a competitividade que é fator fundamental no cotidiano das empresas nos dias atuais. Busca-se, neste trabalho, fazer algumas considerações sobre os aspectos que cercam os conceitos éticos na vida das pessoas e das organizações, tais como: Moral, Valores, Ética, Justiça e Direito, no intuito de contribuir para o ensino da ética nos cursos de administração. Sendo assim, o que se almeja apontar é o quanto as relações das empresas, nos âmbitos jurídico, político e social, devem estar em consonância com suas questões econômico-financeiras, ou, mais diretamente, em relação à seus aspectos empresariais, mediante padrões de conduta ética. Palavras-Chaves: Ética, Moral e Valores, Ética nas Empresas. 1. Introdução Do conteúdo ético do Direito e da realização da Justiça ocupam-se filósofos e juristas, seja para estabelecer os pontos de conexão das esferas próprias da Ética, da Moral, da Justiça e do Direito, seja para integrá-las até a total identidade, seja para separá-las até a total desvinculação, ou, ainda, para negar qualquer possibilidade conceitual, restringindo-se o conhecimento ao aspecto fenomênico. Percebe-se assim a aproximação da Ética e da Moral com a Justiça e o Direito, pois a ordem jurídica deriva necessariamente das prescrições morais. Ética e Direito são, pois, duas coisas distintas, bem caracterizáveis, mas têm um campo de abrangência comum. Este ponto está na finalidade. A finalidade da Ética é o BEM. Em se tratando de convívio, BEM COMUM. A finalidade do Direito também é o BEM COMUM. Ele não está inserido totalmente na Ética a ponto de haver um terreno que é exclusivamente jurídico e não ético, como é o caso de uma lei injusta. Porém, estes atos praticados renunciando voluntariamente ao bem comum que é a sua finalidade, não deixam nem por isso de serem jurídicos. Uma sentença injusta, uma lei injusta não deixa de ser lei ou sentença. E, no entanto, são contrárias à Moral e à Ética. Isto nos mostra que o legal é o ético/moral não são necessariamente iguais. Neste contexto, este trabalho procura mostrar a importância e a abrangência das discussões éticas no ambiente empresarial, trazendo nele algumas definições

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A Ética nos Negócios: uma abordagem das questões éticas num ambiente empresarial competitivo

Marcelo Alvaro da Silva MacedoNEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ – Rod BR 465, Km 07 – Seropédica – RJ

CEP 23890-000 - [email protected]

Rovigati Danilo AlyrioNEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ – Rod BR 465, Km 07 – Seropédica – RJ

CEP 23890-000 - [email protected]

Rui Otávio Bernardes de AndradeNEGEN/DCAC/ICHS/UFRuralRJ – Rod BR 465, Km 07 – Seropédica – RJ

CEP 23890-000 - [email protected]

Resumo:O conhecimento do significado da Ética e dos seus tipos é fundamental para que a Empresa se encaminhe de forma eficiente e eficaz no âmbito do mercado. Por conta disso, a ética precisa ser considerada mediante a competitividade que é fator fundamental no cotidiano das empresas nos dias atuais. Busca-se, neste trabalho, fazer algumas considerações sobre os aspectos que cercam os conceitos éticos na vida das pessoas e das organizações, tais como: Moral, Valores, Ética, Justiça e Direito, no intuito de contribuir para o ensino da ética nos cursos de administração. Sendo assim, o que se almeja apontar é o quanto as relações das empresas, nos âmbitos jurídico, político e social, devem estar em consonância com suas questões econômico-financeiras, ou, mais diretamente, em relação à seus aspectos empresariais, mediante padrões de conduta ética.Palavras-Chaves: Ética, Moral e Valores, Ética nas Empresas.

1. IntroduçãoDo conteúdo ético do Direito e da realização da Justiça ocupam-se filósofos e

juristas, seja para estabelecer os pontos de conexão das esferas próprias da Ética, da Moral, da Justiça e do Direito, seja para integrá-las até a total identidade, seja para separá-las até a total desvinculação, ou, ainda, para negar qualquer possibilidade conceitual, restringindo-se o conhecimento ao aspecto fenomênico.

Percebe-se assim a aproximação da Ética e da Moral com a Justiça e o Direito, pois a ordem jurídica deriva necessariamente das prescrições morais.

Ética e Direito são, pois, duas coisas distintas, bem caracterizáveis, mas têm um campo de abrangência comum. Este ponto está na finalidade. A finalidade da Ética é o BEM. Em se tratando de convívio, BEM COMUM. A finalidade do Direito também é o BEM COMUM. Ele não está inserido totalmente na Ética a ponto de haver um terreno que é exclusivamente jurídico e não ético, como é o caso de uma lei injusta. Porém, estes atos praticados renunciando voluntariamente ao bem comum que é a sua finalidade, não deixam nem por isso de serem jurídicos. Uma sentença injusta, uma lei injusta não deixa de ser lei ou sentença. E, no entanto, são contrárias à Moral e à Ética. Isto nos mostra que o legal é o ético/moral não são necessariamente iguais.

Neste contexto, este trabalho procura mostrar a importância e a abrangência das discussões éticas no ambiente empresarial, trazendo nele algumas definições

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importantes como as de moral, valores e ética. Além disso, mostra-se como estes conceitos afetam os atos das pessoas em seu dia a dia, e no ambiente organizacional. Por fim, a discussão de ética nos negócios, nos traz a tona algumas considerações sobre o comportamento ético dos tomadores de decisão.

2. Moral e ValoresVem a ser o conjunto de prescrições a respeito do comportamento, lícito ou

ilícito, estabelecidas ou aceitas numa época por determinada comunidade. O desrespeito de alguma dessas regras pode provocar uma tácita ou manifesta atitude de desaprovação. Apesar de haver em cada indivíduo uma reação instintiva contra regras e contra a obediência a qualquer autoridade, até hoje nenhum grupo, mesmo de bandoleiros, ou comunidade como, por exemplo, de um navio pirata, pôde existir sem as normas constrangedoras da moral.

Se, por uma parte, elas molestam o indivíduo, por outra preservam a sociedade em que ele vive. Agem como um mecanismo de autodefesa e de preservação do grupo. Como os indivíduos só podem viver em função da comunidade, ficam assim compensados do sacrifício pessoal que fazem. Segundo Bertrand (1954), os códigos morais nascem e se fundamentam numa espécie de contrato social tácito existente entre os membros da comunidade.

As regras que determinam as atitudes e os comportamentos recíprocos são artificiais, isto é, são criações de acordo com as necessidades e as condições fundamentais de vida do indivíduo e do grupo. Daqui recorre a necessidade da existência de sanção ou castigo, porque todo convênio ou regra sem a devida sanção não passa de palavras, e a negligência em suas aplicações determina seu desaparecimento gradual. Dessa maneira, é moralmente bom tudo aquilo que promove, direta ou indiretamente, o bem estar social, o bem comum; tudo aquilo que completa a natureza e consegue a perfeição do indivíduo sem prejuízo de terceiros. (Scheler, 1994).

Cada grupo ou comunidade diferente adota, provavelmente, um código moral diverso. Também o mesmo grupo, através dos tempos, pode adotar vários códigos. A moral elaborada por um grupo sofre as múltiplas influências do meio físico, da cultura, das suas condições de vida econômica e social. A moral é, pois, um produto espontâneo e natural da vida em grupo.

Vasquez (1970) diz que se há vários códigos morais podemos estabelecer uma hierarquia entre eles, já que é possível a superioridade de uns sobre os outros. Nós, os ocidentais, nos guiamos, em grande parte, por regras morais provenientes da religião cristã, por certas normas restantes do código de honra da cavalaria, herdadas dos costumes dos guerreiros germânicos e pelas regras morais de origem grega e romana.

Os códigos morais podem ser simples ou complexos. O ocidental é complexo, isto é, proveniente de normas morais de vários grupos. É interessante notar que quando uma comunidade adota um código simples, os conflitos éticos se reduzem ao mínimo. As variações das normas morais através das épocas ou de acordo com os grupos não devem suscitar dúvidas com respeito a seu valor. Essas mudanças e alterações não se fazem ao acaso, sem direção; são orientadas exclusivamente pelo bem comum, muitas vezes aceitas não apenas pela comunidade mas, sobretudo, pelos indivíduos particularmente.

Ainda que a moral possua um caráter social, o indivíduo nela desempenha um papel essencial, porque exige a interiorização das normas e deveres em cada

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um, ou seja, sua adesão íntima ou reconhecimento interior das normas estabelecidas e sancionadas pela comunidade.

Para Paim (1992) o ato moral, como manifestação concreta do comportamento moral dos indivíduos reais, é unidade indissolúvel dos aspectos ou elementos que o integram: motivo, intenção, decisão, meios e resultados, por isso, o seu significado não se pode encontrar num só deles com exclusão dos demais. O ato moral concreto faz parte de um contexto normativo (código moral) que vigora numa determinada comunidade, o qual lhe confere sentido. O ato moral, como ato consciente e voluntário, supõe um a participação livre do sujeito em sua realização que, embora incompatível com a imposição forçada das normas, não o é com necessidade histórico-social que o condiciona.

Baseados nestes traços essenciais podemos definir a moral como um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal.

Todo ato moral inclui a necessidade de escolher entre vários atos possíveis. Esta escolha deve basear-se, por sua vez, numa preferência. Ter de escolher supõe, portanto, que preferimos o mais valioso ao menos valioso. O comportamento moral não só faz parte de nossa vida cotidiana, mas é valioso, isto é, tem um valor para nós.

Scheler (1994) diz que conceitua-se valor, primeiramente, como a “não-indiferença” de alguma coisa para um sujeito ou uma consciência motivada ou incentivada; em segundo lugar como uma relação, um produto entre o sujeito dotado de uma necessidade qualquer e um objeto ou algo que possua uma qualidade ou possibilidade real de satisfazê-lo.

Assim sendo, os valores éticos respondem às necessidades de sobrevivência e de harmonia do grupo. O homem desenvolve sua vida não isoladamente, mas dentro de uma comunidade. Esta deve ser mantida e preservada para o bem do próprio indivíduo. Esta relação de sobrevivência e bom andamento do grupo com os interesses do indivíduo determina uma grande classe de valores: os éticos ou morais. Os principais são os deveres, os direitos e o bem, isto é, valores que obrigam, valores que atraem e valores que autorizam. Dentro da categoria ética podemos colocar várias atitudes valorizadas como a honra, a bondade, a fidelidade, a benevolência, etc.

3. ÉticaSegundo Benthan (1984) o termo ética deriva do grego ethos, que significa

“costume”. Designa a reflexão filosófica sobre a moralidade, isto é, sobre as regras e os códigos morais que norteiam a conduta humana. sua finalidade é esclarecer e sistematizar as bases do fato moral e determinar as diretrizes e os princípios abstratos da moral. Nesse caso, a Ética é uma criação consciente e reflexiva de um filósofo sobre a moralidade, que é, por sua vez, criação espontânea e inconsciente de um grupo.

Para Mota (1984) a ética é hoje considerada como uma ciência social, deixando de ser uma parte da filosofia ou a "filosofia prática", como sempre foi considerada desde a Antigüidade grega, tendo como seu maior expoente o filósofo Sócrates. Seus princípios ou normas eram formulados com base na filosofia, sendo tais princípios considerados válidos “a priori”, incorporando-se a Ética

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conseqüentemente ao pensamento filosófico. No nosso século porém, a necessidade de um conhecimento científico a respeito do comportamento moral do homem se impôs, pois a Ética tem um objeto próprio - uma forma especifica do comportamento humano, ou seja, o comportamento moral.

Deixou de existir um estudo a priori do comportamento moral e passou-se a ter um estudo deste comportamento no indivíduo levando-se em conta o contexto histórico-cultural em que se acha inserido, tendo como base sua própria existência histórico-social.

Donaldson e Werhane (1996) dizem que sendo o indivíduo um “ser global”, este deve ser encarado em vários aspectos de seu comportamento, para um conhecimento mais real profundo do seu comportamento moral. A Ética está relacionada com a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia, e muitas outras ciências sociais que contribuem para o estudo do fato moral. A Filosofia continua exercendo importante papel em relação à Ética, pois esta supõe uma concepção filosófica do indivíduo, pela sua condição de “ser inteligente e livre”, mas a Ética passou a ter um enfoque bem diferente, isto é, admitindo o indivíduo como não separado de sua realidade social e das transformações históricas por que tem passado a humanidade. Embora necessitando da contribuição das demais ciências sociais, a Ética vem adquirindo cada vez mais um caráter científico.

Segundo Mota (1984) e Vásques (1970) podemos citar vários conceitos sobre Ética:

•conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento moral dos homens. Ética é a teoria ou a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, é a ciência de uma forma específica do comportamento humano.•ciência que determina a retidão dos atos humanos, tendo em vista um “ideal” que dá o sentido global da vida humana.•conjunto de Valores que orientam o comportamento do Homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social.

Para Cortina (1994) atualmente a ética caracteriza-se pela ética dos mínimos, porque apesar do pluralismo em uma sociedade, os seus membros têm em comum uns mínimos morais que são inegociáveis. Esses mínimos, não são compartilhados porque alguém lhe impôs, mas porque possuem a convicção de que são valores e normas que uma sociedade não pode renunciar sem abandonar a sociedade.

Ainda segundo a autora, caracteriza-se por fim como ética o ambiente onde sugere-se que os homens devem orientar-se pela própria razão, levando em conta sua cidadania que está sempre ligada a uma consciência moral. Então, a ética supõe que todos os cidadãos possuem capacidade autônoma de tomar suas decisões de um modo moral, sem a necessidade de recorrer aos projetos de autoridades impostas.

Para Mota (1984) a ética deve conter uns valores mínimos que devem ser levados em conta: a igualdade, a liberdade e a solidariedade. Essas características e valores mínimos devem estar contemplados para que a Ética seja colocada em prática. Como igualdade podemos entender que é dar oportunidades iguais às pessoas para desenvolver suas capacidades, corrigindo as desigualdades naturais e sociais, impedindo assim que exista dominação de uma pessoa sobre as outras. A liberdade coloca que cada cidadão pode levar em conta sua autonomia moral, e, a solidariedade é um valor necessário de se levar em conta se de verdade cremos que

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é meta comum a de conseguir que todos os homens se realizem igualmente em sua autonomia.

A idéia de liberdade é a que promove os direitos da chamada primeira geração, o que quer dizer, os direitos civis e políticos, que estão ligados aos direitos da cidadania. A igualdade promove os direitos da chamada segunda geração que são os direitos econômicos, sociais e culturais. A terceira geração não foi reconhecida como direito, mas é tida como um valor de solidariedade, já que é um tipo de direito que só pode ser respeitado através da solidariedade internacional. Este faz menção ao direito da paz ou também do direito de viver em um meio ambiente sadio.

Nash (1993) diz que a Ética, como a moralidade, não se situa no campo puramente abstrato das idéias. Fundamenta-se no campo apreciativo dos valores. A sociedade cria determinados valores e as ações humanas começam desde logo a se cristalizar em regras que se orientam para a obtenção e realização dos mesmos. Hoje em dia, a Ética se detém, sobretudo, na pesquisa e no estudo dos valores morais. Estes determinam o impulso moral e impelem à ação os indivíduos. Somente aquelas atitudes e coisas que levam ao próprio aperfeiçoamento e ao bem comum do grupo é que possuem valor moral.

Como dito anteriormente, todas as vezes que o homem se encontra num dilema - se deve ou não fazer isto ou aquilo - são os valores pró ou contra que determinam a sua escolha.

A fundamental função da Ética é a mesma de outras teorias: esclarecer, explicar ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. O valor da Ética como teoria está naquilo que explica e não no fato de prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas: é difícil, por conseguinte, reduzi-la a uma disciplina normativa ou pragmática.

A Ética parte do fato da existência da história da moral, isto é, toma como ponto de partida a diversidade de normas. Como teoria, não se identifica com os princípios e normas de nenhuma moral em particular e tão pouco se pode adotar uma atitude indiferente ou eclética diante delas. Juntamente com a explicação de suas diferenças, deve investigar o princípio que permita compreendê-las no seu movimento e no seu desenvolvimento.

Como as demais ciências, a Ética se defronta com fatos. Já que estes fatos são humanos implica, por sua vez, em que sejam fatos de valor. A Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.

4. A Ética e o Mundo RealNas relações cotidianas dos indivíduos entre si, surgem continuamente

problemas como os seguintes:•devo cumprir uma promessa que fiz ontem a um amigo, embora hoje

perceba que o cumprimento me causará certos prejuízos?•se alguém se aproxima, à noite, de maneira suspeita e receio que me

possa agredir, devo atacá-lo, aproveitando que ninguém pode ver, a fim de não correr o risco de ser agredido?

•devo dizer sempre a verdade ou há ocasiões em que posso faltar com ela?•com respeito aos crimes de guerra, cometidos pelos soldados que estavam

cumprindo ordens militares, podem ser eles moralmente condenados?•numa guerra de invasão, se meu amigo está colaborando com o inimigo,

devo calar por causa da amizade, ou devo denunciá-lo como traidor?

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Trata-se de problemas práticos que se apresentam nas relações efetivas e reais entre as pessoas, ou quando se julgam certas decisões e ações das mesmas. A solução desses problemas não concerne somente à pessoa que a propõe, mas também a outras pessoas que sofrerão as conseqüências de suas decisão e/ou ação.

Donaldson e Werhane (1996) diz que nessas situações os indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento por normas que julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Estas normas são aceitas intimamente e reconhecidas como obrigatórias: de acordo com elas os indivíduos compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Nestes casos, dizemos que o homem age moralmente e que neste seu comportamento se evidenciam vários traços característico que o diferenciam de outras formas de conduta humana. Sobre este comportamento, que é o resultado de uma decisão refletida, e, por isso, não puramente espontânea ou natural, os outros julgam, de acordo também com normas estabelecidas, e formulam juízos, como os seguintes: um indivíduo agiu bem mentindo naquelas circunstâncias ou ele devia denunciar o seu amigo traidor, etc.

Temos pois, de um lado, atos e formas de comportamento dos indivíduos em face de determinados problemas, que chamamos morais e, de outro lado, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos. Tanto os atos quanto os juízos morais pressupõem a norma.

Segundo Paim (1992), de fato, o comportamento humano prático-moral, ainda que sujeito à variação de época para outra e de uma sociedade para outra, remonta até as próprias origens do homem como ser social.

A este comportamento prático-moral, que já se encontra nas formas mais primitivas de comunidade, sucede posteriormente (muitos milênios depois) a reflexão sobre ele. Os indivíduos não só agem moralmente, mas também refletem sobre esse comportamento prático. Dá-se assim a passagem do plano da prática moral para o da teoria moral; ou, em outras palavras, da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa. Quando se verifica esta passagem, que coincide com os inícios do pensamento filosófico, já estamos propriamente na esfera dos problemas teóricos-morais ou éticos.

Para Benthan a diferença dos problemas prático-morais dos éticos é caracterizada pela sua generalidade. Se na vida real um indivíduo enfrenta uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente, o problema de como agir de maneira que sua ação possa ser boa, isto é, moralmente valiosa. Será inútil recorrer à ética com a esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação real. A ética poderá dizer-lhe, em geral o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim - o bem - visado pelo comportamento moral do qual faz parte os procedimentos do indivíduo e/ou do grupo.

O problema do que fazer em cada situação concreta é um problema prático-moral e não teórico-ético. Ao contrário, definir o que é bom não é um problema moral cuja solução caiba ao indivíduo em cada caso particular, mas um problema geral de cada caráter teórico, de competência do pesquisador da moral, ou seja, do ético.

As respostas sobre a definição do que é bom, evidentemente, variam de uma teoria para outra: para uns, o bom é a felicidade ou o prazer; para outros, o útil, o poder, a autocriação do ser humano, etc.

Scheler (1994) diz que além desse problema central há poucos problemas éticos fundamentais, como o de definir a essência ou os traços essenciais do

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comportamento moral, a diferença de outras formas de comportamento humano, como a religião, a política, o direito, a atividade científica, a arte, o trato social, etc. O problema da essência do ato moral envia a outro problema importantíssimo: o da responsabilidade.

É possível falar em comportamento moral somente quando o sujeito que assim se comporta é responsável pelos seus atos, mas isto por sua vez, envolve o pressuposto de que pôde fazer o que queria fazer, ou seja, de que pôde escolher entre duas ou mais alternativas e agir de acordo com a decisão tomada. O problema da liberdade da vontade, por isso, é inseparável do da responsabilidade.

Decidir e agir numa situação concreta é um problema prático moral; mas investigar o modo pelo qual a responsabilidade moral se relaciona com a liberdade e com o determinismo ao qual nossos atos estão sujeitos é um problema teórico, cujo estudo é da competência da ética.

Os problemas éticos envolvem também a obrigatoriedade moral, isto é, a natureza e os fundamentos do cumprimento moral enquanto obrigatório, bem como a realização moral, não só como empreendimento individual, mas também como empreendimento coletivo.

Os indivíduos em seu comportamento prático moral, não somente cumprem determinados atos, mas também julgam e avaliam os mesmos, isto é, formulam juízos de aprovação deles e se sujeitam consciente e livremente a certas normas ou regras de ação. Então, cabe destacar que, os problemas teóricos e os problemas práticos no terreno moral, se diferenciam, mas não estão separados, influenciam-se reciprocamente.

5. A Ética na EmpresaSegundo Cortina (1994) quando vamos falar das relações entre ética e

economia, temos três expressões fortemente ligadas entre si: ética econômica, ética empresarial e ética dos negócios.

Esta ética, seja qual for sua denominação, se refere, a todo o campo das relações sobre economia e ética, especialmente a reflexão ética sobre os sistemas econômicos, o que tem atualmente um especial interesse por parte dos estudiosos e dos gerentes.

Hall (1984) diz que a meta de uma atividade empresarial é a satisfação das necessidades humanas, através da disposição de um capital, do qual faz parte essencial o capital humano. Portanto o empresário deve satisfazer essas necessidades e desenvolver as capacidades dos seus colaboradores. Para alcançar estas metas é preciso valorizar e promover o espírito de liberdade, igualdade e solidariedade dentro da empresa.

Neste sentido, na recém nascida ética da empresa, precisa-se ter como valores principais à qualidade dos produtos e na gestão, a honradez no serviço, o mútuo respeito nas relações internas e externas da empresa, a cooperação, a solidariedade, a criatividade, a iniciativa e o espírito de risco, de onde podemos dizer que sem esses valores as empresas não poderão sobreviver.

Para atingir estas metas os administradores possuem certas dificuldades onde a primeira surge com a desconfiança na própria ética. A partir desta desconfiança surgem posições com respeito às relações entre ética e empresa onde poderíamos enumerar as seguintes:

•Ao fazer um negócio é possível esquecer a ética comum, já que os negócios possuem suas próprias regras comandadas por uma ética própria.

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•A missão da empresa consiste em maximizar benefícios, isto é, em termos de dinheiro, prestígio e poder, onde qualquer meio vale a pena para chegar este fim.•A ética deve limitar-se em uma empresa a uns mínimos que na realidade coincide com o cumprimento da legalidade e a submissão das leis, ou seja, ser ético na empresa é ser legalmente correto.

Estas posições precisam ser questionadas, pois é possível, como veremos, ser ético e atingir aos objetivos organizacionais. Segundo Nash (1993), outra dificuldade da ética empresarial é a de saber se quando a sociedade pergunta por uma ética nos negócios ela está realmente necessitando ou apenas está tranqüilizando sua consciência dando a aparência de que a ética lhe parece fundamental na empresa, igual que na política ou na informação, dando a isso um efeito cosmético para acobertar os deveres dos empresários.

Também é tido como dificuldade, uma pessoa ser empresária e agir eticamente, pois o empresário se encontra em muitas ocasiões entre o dever se cumprir os mandatos morais e o desejo de obter benefícios. Poderá agir moralmente para sua vida familiar e não para a empresa. Com o qual se diz que não é possível ser empresário e agir moralmente bem, e com isso se torna impossível falar em ética em uma empresa.

Nash (1993) diz que a partir da década de 1970 começa a estar na moda tanto nos Estados Unidos como na Europa a Ética nos Negócios (ou Business Ethics), onde sua denominação recebe vários nomes como: “ética empresarial” “ética de gestão”, “ética de organização”, ou “ética da direção”, todos eles justificados de distintas perspectivas. Várias são as razões para justificar o nascimento da ética empresarial.

A urgência de recuperar a confiança na empresa é uma das razões de justificar o nascimento da ética na empresa. A necessidade de tomar decisões em longo prazo também se colocou como razão para uma ética empresarial. Pois nos tempos de hoje a empresa que não pensar em longo prazo não pode sobreviver a estes tempos de muita competitividade, em que a responsabilidade de longo prazo é uma garantia de sobrevivência. A responsabilidade das empresas justifica também o nascimento da ética empresarial, pois a empresa é uma instituição socioeconômica que tem uma séria responsabilidade moral com a sociedade, isto quer dizer, com os consumidores, acionistas, empregados, fornecedores e comunidade em geral (stakeholders).

Outra das razões que impulsionaram uma ética na empresa é a situação de intranqüilidade que muitos diretores sentem quando precisam tomar uma decisão, pois em muitas ocasiões se sentem imorais.

Todas mudanças ocorridas na sociedade é que principalmente justificada uma ética empresarial e é por isso que muito interesse desperta. Por isso podemos dizer que a ética empresarial não é uma moda, mas sim, uma necessidade social.

Segundo Donaldson e Werhane (1996), a ética nos negócios é um modo de resolver moralmente conflitos de ação, isto é, propósito da ética não é que as pessoas sejam mais éticas, mas saibam tomar as melhores decisões.

A ética empresarial consiste, portanto, no descobrimento e na aplicação dos valores e normas compartilhadas por uma sociedade pluralista - valores que compõem uma ética geral - ao âmbito peculiar de uma empresa, o qual requer entendê-la segundo um modelo comunitário, porém sempre acompanhado de pós-convencionalismo.

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Para Nash (1993), a ética empresarial possui características próprias como a de ser uma ética de responsabilidade pelas conseqüências das decisões que se tomam, ela tem deveres de servir os consumidores, como também todos os membros da empresa. Porém, também os stakeholders precisam cumprir com suas obrigações, então podemos dizer que a cooperação pode ocupar o lugar do conflito e a co-responsabilidade o lugar da apatia.

Segundo Hall (1984), para discorrer sobre ética empresarial, necessário se faz definir empresa. Assim adota-se a seguinte definição de empresa: A empresa é uma entidade juridicamente constituída através de um contrato, ou estatuto, com o objetivo de produzir um determinado bem e/ou serviço desejável pelas pessoas. Implícitos nesta definição estão alguns pressupostos básicos, quais sejam:

•A empresa está inserida num sistema capitalista.•A busca do lucro é inerente ao sistema.•A eficiência é uma condição de sobrevivência.•É uma instituição social.

Cortina (1994) escreve que a empresa é a unidade produtora de riqueza na sociedade e que se distingue pela sua contribuição ao crescimento econômico. Os principais objetivos de uma empresa, na opinião da citada autora, são:

• produzir bens e/ou serviços; • aumentar o valor econômico agregado (obter benefícios), a fim de:

o atender os rendimentos do trabalho e do capital e o poder investir para garantir a viabilidade da empresa;

• promover o desenvolvimento humano e • garantir a continuidade da empresa.

Donaldson e Werhane (1996) dizem que a ética nos negócios também diz respeito à ética dos administradores da empresa, visto que a empresa é uma entidade artificialmente constituída. Isto significa dizer que a ética diz respeito às pessoas envolvidas por essa construção artificial. São as pessoas que dão dinamismo, agem, se comportam e fazem com que essa construção produza algo. Quando se trabalha a ética empresarial, na verdade se está tematizando a ética dos dirigentes da empresa.

Com isso dizem os autores que a expressão ética empresarial pode não ser a forma mais adequada, já que a expressão ética dos empresários ou ética dos gerentes se referem à prática da administração da empresa. Todavia, no presente texto, continua-se a usar a expressão ética empresarial - mais freqüente e consagrada na literatura.

A ética empresarial diz respeito às normas e valores em jogo nos negócios das empresas. Normas e valores estes que, se não observados pelos tomadores de decisões, a empresa não sobreviverá. Por isso mesmo, os negócios e a ética precisam estar integrados na prática administrativa. Em outros termos, os negócios da empresa e as decisões devem estar permeados pela ética. Esta assertiva tem algumas implicações, quais sejam:

•A tomada de decisões deve levar em consideração a reflexão ética.•É pertinente às relações internas e externas da empresa, com os “stakeholders” ou seja, tem a ver com os dirigentes, acionistas, empregados, fornecedores, clientes e a comunidade afetada pelos negócios.•Implica em conceber a empresa:

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• como tendo um objetivo e uma estratégia de ação,• como sendo um lugar onde trabalham pessoas que também têm objetivos e sujeitas a certas normas de comportamento,• como tendo uma preocupação com o ambiente em que os negócios são desenvolvidos.• como tendo a missão de satisfazer necessidades humanas.

Cortina (1994) destaca que a ética empresarial não se limita à obediência das leis, ela vai além. Digamos que uma empresa deixa de recolher impostos à revelia da legislação. A análise desse fato leva-nos a crer que essa empresa, em primeiro lugar, não está cumprindo com sua responsabilidade social. Num segundo momento, está competindo com suas concorrentes, em desigualdade de condições, isto é, está levando vantagens. Dois aspectos éticos este simples exemplo traz a tona: descumprimento de sua responsabilidade social e a concorrência desleal.

Quando uma empresa deixa de recolher seus impostos, não está agindo eticamente, pois se omite em contribuir com o desenvolvimento social. Pode-se afirmar que está se furtando de sua responsabilidade com o ambiente ou, de sua responsabilidade social. E aqui, responsabilidade social significa melhoria da qualidade de vida dos fornecedores, clientes, enfim, das pessoas. Esta argumentação não tem a intenção de insinuar que os governantes sejam os melhores gestores dos recursos que as empresas repassam. A eficiente gestão dos recursos recolhidos aos cofres públicos é dever dos governantes que, se não a fazem, também estão procedendo de maneira não ética.

Outro corolário da reflexão ética, no caso das empresas que não pagam seus impostos, diz respeito às suas concorrentes. Estas, agindo eticamente, assumindo sua responsabilidade social, não mais concorrem sob as mesmas regras do jogo (legal e econômico). Coloca-se em condições de inferioridade. Se assumirem a mesma estratégia antiética, a sociedade ficaria estimulada pela busca de uma nova atitude moralmente aceitável (não pagar impostos).

O exemplo acima nos é real e recorrente pelo fato de que no Brasil a sonegação de impostos é aviltante. Tanto a sonegação quanto à corrupção são sintomáticos em nosso país e representam a falta de ética empresarial mais claramente constatável.

Não é inusitável a estratégia das empresas em participarem de programas sociais. Tal participação muitas vezes é divulgada pela mídia que lança apelos às empresas nesse sentido. Outras vezes, o próprio Governo lança programas, chamando as empresas a se engajarem.

É muito lúcida a colocação de Drucker (1975) quando afirma que a empresa que assumir tarefas para as quais carece de competência é um comportamento irresponsável. Segundo o mesmo autor, é sentimentalismo fazer algo economicamente irracional, assumindo uma determinada responsabilidade social para a qual é incompetente e não tem autoridade legítima.

As empresas são socialmente responsáveis e cumprem com sua responsabilidade quando contribuem com os impostos. Porém, existem situações em que a responsabilidade social vai além da pura e simples observação das normas impositivas (legislação). Nash (1993) diz que este é o caso, por exemplo, dos fabricantes de motores de automóveis. Os motores hoje fabricados e comercializados estão legalmente amparados, embora poluam o meio ambiente com monóxido de carbono e outros gases de forma significativa. Sabe-se que existem

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tecnologias não poluidoras. Por que essas tecnologias não são utilizadas? Não o são em face das empresas produtoras de petróleo. As indústrias de petróleo exercem grande influência na contaminação do ambiente. De um lado, a própria atividade de extração e refino polui. Por outro, o massivo consumo de gasolina e diesel também poluem.

É neste contexto que cabe uma reflexão ética, sobre o contexto das interações entre a ética dos negócios e a responsabilidade social das empresas. Com muita propriedade, Drucker (1975) adverte que a administração de todas as organizações é responsável pela influência de suas atividades legítimas sobre as pessoas e sobre o meio físico e social. Em síntese, pela qualidade de vida.

6. Considerações Finais.Conforme pudemos observar no desenvolvimento deste estudo,

consideramos que: •Os conceitos de Moral, de Ética, de Justiça e de Direito, são distintos e seus âmbitos de ação bem caracterizáveis. Além disto, pode-se perceber e apreender racionalmente as realidades éticas, morais, justas e jurídicas. O ponto de conexão entre elas está na finalidade que cada uma dessas realidades busca: o bem comum.•O valor surge quando qualquer objeto, em certas situações, é capaz de despertar um estado de tensão de ordem emocional que se fundamenta numa necessidade. A necessidade é quem irá criar esta capacidade apreciativa, na consciência, sem a qual não haveria valor. Como a ética e a moral fundamentam-se no campo apreciativo dos valores, no momento em que os valores éticos e valores vitais são desprezados pelo homem, ele não responde mais pelas necessidades de sobrevivência.•Ser livre significa obedecer à razão, entendida como o conjunto de valores e das normas de maneira que, tudo somado, julga-se possível resolver o problema da liberdade tão somente à luz do princípio: a vigência normativa e a consciência em harmonia com enlace da causalidade natural.•Padrões de conduta ética são aqueles critérios que uma organização adota como constituindo comportamento aceitável por parte de seus empregados e que podem ser usados como base para ação disciplinar.•A ética na empresa nasce da necessidade de preservar valores e princípios fundamentais à sua sobrevivência com respeito e confiança na moralidade presente nos negócios em jogo na empresa. Assim, mesmo diante do jogo da competitividade, diante da concorrência, a ação deve ser leal e eticamente fundamentada.•Ética, no contexto aqui discutido, refere-se ao comportamento e conduta que são exercitados em uma organização, portanto torna-se importante para esta a disseminação do conhecimento dos padrões de conduta ética vez que eles possibilitam, além de uma defesa contra condutas ou comportamentos não desejados, uma redução sensível na prática de fraudes, não somente nas organizações, mas principalmente, na sociedade como um todo. Com isto está se contribuindo para debelar a séria crise ética da sociedade atual.

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BibliografiaBENTHAN, J. Ética. São Paulo: Abril Cultural, 1984.BERTRAND, R. Ética e Política na Sociedade Humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1954.CORTINA, A. Ética de la empresa. Madrid: Trotta, 1994.DONALDSON, T., WERHANE, P. Ethical issues in business. New Jersey: Prentice-Hall, 1996.DRUCKER, P. F. La gerencia: tareas, responsabilidades y praticas. Buenos Aires: El Ateneo, 1975.HALL, R. H. Organização: estrutura e processos. 3 ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1984.MOTA, N. de S. Ética e Vida Profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984.NASH, L.L. Ética nas Empresas. São Paulo: Makron, 1993.PAIM, A. Modelos Éticos, Introdução ao Estudo da Moral. São Paulo: Ibrasa, 1992.SCHELER, M. Da Reviravolta dos Valores. Petrópolis: Vozes, 1994. VÁSQUES, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.