aula 5 redes de atenÇÃo À saÚde. fundamentos para construÇÃo e elementos constitutivos...
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AULA 5
REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
FUNDAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Dispersão- APS-Não se beneficia de economia de escala- Há recursos suficientes- Distância interfere no acesso
Concentração- Maior densidade tecnológica (Hospitais, patologia clínica, equipamentos de imagem, etc.)-Beneficia-se de economia de escala- Há escassez de recursos- Distância tem menor impacto no acesso
Evidências:
- a utilização da atenção primária a saúde é sensível à
distância, tanto para populações urbanas quanto rurais, sendo
isso particularmente importante para serviços preventivos ou
para o manejo de doenças em estágios não sintomáticos;
- há evidência de uma associação negativa também para
serviços de urgência e emergência;
- não há evidência de associação entre distância e utilização de
serviços de radioterapia e de seguimento de câncer de mama;
- não há associação entre distância e a acessibilidade a
serviços hospitalares agudos
FUNDAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
• UMA POPULAÇÃO:A POPULAÇÃO ADSCRITA À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
• UMA ESTRUTURA OPERACIONAL:OS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
• UM MODELO LÓGICO: O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
• FONTE: MENDES
FUNDAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE: SISTEMA LÓGICO QUE
ORGANIZA O FUNCIONAMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE, ARTICULANDO, DE FORMA SINGULAR, AS RELAÇÕES
ENTRE OS COMPONENTES DA REDE E AS INTERVENÇÕES
SANITÁRIAS, DEFINIDO EM FUNÇÃO DA VISÃO PREVALECENTE
DA SAÚDE, DAS SITUAÇÕES DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA
E DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, VIGENTES EM
DETERMINADO TEMPO E EM DETERMINADA SOCIEDADE.
Fonte: Mendes,2010
FUNDAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ORGANIZAÇÕES
POLIÁRQUICAS DE CONJUNTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE,
VINCULADOS ENTRE SI POR UMA MISSÃO ÚNICA, POR
OBJETIVOS COMUNS E POR UMA AÇÃO COOPERATIVA E
INTERDEPENDENTE, QUE PERMITEM OFERTAR UMA ATENÇÃO
CONTÍNUA E INTEGRAL A DETERMINADA POPULAÇÃO,
COORDENADA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE -
PRESTADA NO TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O CUSTO
CERTO, COM A QUALIDADE CERTA E DE FORMA HUMANIZADA -, E
COM RESPONSABILIDADES SANITÁRIA E ECONÔMICA POR ESTA
POPULAÇÃO.
CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Mendes, 2009
• UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES, DESNUTRIÇÃO
E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA
• O DESAFIO DAS DOENÇAS CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE
RISCOS, COMO TABAGISMO, SOBREPESO, INATIVIDADE FÍSICA,
USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
• O FORTE CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA E DAS CAUSAS
EXTERNAS
FONTE: FRENK (2006)
A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
O MODELO DA KAISER PERMANENTE FONTE: MENDES (2007)
O MODELO DA ATENÇÃO ÁS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Comunidade
Recursos e políticas
Organização do Sistema de Saúde
Sistema de Saúde
Auto-cuidado orientado Sistema de
prestação de serviço de
saúde
Suporte de decisão
Sistema de informações
clínicas
Pacientes ativos e
informados
Equipe de saúde proativa e preparada
Resultados Clínicos e Funcionais
Interações produtivas
FONTE: WAGNER (1998)
CONDIÇÕES CRÔNICAS
SÃO CONDIÇÕES OU ENFERMIDADES QUE TÊM UM PERÍODO DE VIDA SUPERIOR A TRÊS MESES E QUE NÃO SE AUTOLIMITAM
FONTE: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2002)
• DOENÇAS INFECCIOSAS, PARASITÁRIAS E
DESNUTRIÇÃO
14,8%
• CAUSAS EXTERNAS
10,2%
• CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS 8,8%
• DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 66,2%
• TOTAL DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS 75,0% •
FONTE: ENSP/FIOCRUZ, 1998
A CARGA DA DOENÇA NO BRASIL
O DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
• REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
• REUNIÃO SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS EM SEATTLE
• IMPLANTAÇÃO DE UM COMITÊ DE 40 ESPECIALISTAS PARA REVISÃO E ACONSELHAMENTO EM CONDIÇÕES CRÔNICAS
• VISITAS DE CAMPO E ENTREVISTAS COM 72 BOAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
• ANÁLISE DE SITES DE BOAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
FONTE: DAVIS, C. – The care model. Seattle, Improving Chronic Illness Care, 2007
• PROJETOS PILOTOS NAS ÁREAS DE ATENÇÃO AO DIABETES, À DEPRESSÃO, ÀS ASMAS, ÀS ARTRITES, AOS IDOSOS E DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
• REVISÃO ESTRUTURADA DO MODELO POR RENDERS (2001), WEINGARTEN (2002), BODENHEIMER(2002) E NORRIS (2002)
• APLICAÇÃO DO MODELO EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
FONTE: DAVIS, C. – The care model. Seattle, Improving Chronic Illness Care, 2007
O DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
OS ELEMENTOS-CHAVE DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
PLANO DE CUIDADO INDIVIDUAL FEITO CONJUNTAMENTE PELOS PROFISSIONAIS E USUÁRIO
USO DE INSTRUMENTOS DE AUTOCUIDADO ORIENTADO DESENVOLVIDOS COM BASE EM EVIDÊNCIAS
USO INTENSIVO DE REUNIÕES DE GRUPOS DE USUÁRIOS PARA ESTÍMULO AO AUTOCUIDADO ORIENTADO
PROFISSIONAL DE SAÚDE COMUNITÁRIA NA EQUIPE
IMPLANTAÇÃO DE PRONTUÁRIOS CLÍNICOS ELETRÔNICOS
IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES CLÍNICAS
FONTE: WAGNER (1998)
EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS
EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS USUÁRIOS
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
SUPORTE DE ESPECIALISTAS PARA A EQUIPE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
INTRODUÇÃO DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NO PLANO ESTRATÉGICO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
PARCERIAS COM ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS
OS ELEMENTOS-CHAVE DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
FONTE: WAGNER (1998)
AS EVIDÊNCIAS SOBRE O MODELO DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
• EFEITO SINÉRGICO POSITIVO QUANDO OS DIFERENTES COMPONENTES DO MODELO SÃO COMBINADOS
• MAIOR SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS
• MAIOR SATISFAÇÃO DAS EQUIPES PROFISSIONAIS
• MELHORES RESULTADOS CLÍNICOS
• QUANDO APLICADO COMO PARTE DE UM PROGRAMA DE GESTÃO DE PATOLOGIA MELHORA A QUALIDADE DA ATENÇÃO
• MUITO EFETIVO NA ATENÇÃO A PORTADORES DE ASMA, DEPRESSÃO, DIABETES E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
FONTES: McLISTER et al., 2001; WAGNER et al., 2001; ENDICOTT et al., 2003; WELLIGHAM, 2003CHIN et al., 2004; GROMEN et al., 2004; GONSET et al., 2004; OUWENS et al., 2005;
A PIRÂMIDE DA KAISER PERMANENTE
Gestão de Caso
Gestão de Patologia
Autocuidado Suportado
Nível 1 70-80% de pacientes com doença simples
Nível 2 Pacientes complexos
Nível 3 Pacientes altamente complexos
FONTE: HAM (2006)
PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA TODA POPULAÇÃO – NÍVEL 0
Autocuidado
Orientado
Promoção da Saúde
Cuidado Profissional
TIPOS DE CUIDADOS NA PIRÂMIDE DA KAISER PERMANENTE
AS EVIDÊNCIAS SOBRE A PIRÂMIDE DA KAISER PERMANENTE
• MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS
• DIMINUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES
• DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NOS HOSPITAIS
• AUMENTO DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS
FONTE: SINGH & HAM (2006)
Os profissionais de saúde só interagem com portadores de doenças crônicas por poucas horas num ano... o resto do ano estas pessoas cuidam de si mesmas...
FONTE: HAM (2006)
A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO ORIENTADO
AS EVIDÊNCIAS SOBRE O AUTOCUIDADO ORIENTADO
Consultas médicas com os médicos generalistas reduzem-se acima de 40% nos grupos de alto risco
Fries J et al (1998) Reducing need and demand for medical services in high risk groups. West J Med 169: 201-207.
Internações hospitalares por doença de Parkinson reduzem-se em 50%
Montgomery et al (1994) Patient education and health promotion can be effective in Parkinsons disease: a randomised control trial. The American Journal of Medicine Vol 97: 429.
Visitas domiciliares reduzem-se em 17% em geral Lorig et al (1985) A work place health education programme that reduces outpatient visits. Medical care 23, No 9: 1044-1054.
As taxas de permanência hospitalares reduzem-se significativamente nas doenças mentais
Kennedy M (1990). Psychiatric Hospitalizations of Growers. Paper presented at the Second Biennial Conference on Community Research and Action, East Lansing, Michigan.
A medicação é uilizada de forma mais apropriada (por exemplo, os esteróides na asma)
Charlton et al (1990) Evaluation of peak flow and symptoms only self management plans for control of asthma in general practice BMJ 301: 1355-9.
O absenteismo nas artrites é reduzido em 50% Fries J et al (1997) Patient education in arthritis: Randomised controlled trial of a mail delivered programme. Journal of Rheumatology
24, No 7: 1378-1383.
CONDIÇÃO DE SAÚDE ESTABELECIDA
POPULAÇÃO TOTAL
POPULAÇÃO EM RISCO
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE BAIXO OU MÉDIO RISCOS
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE ALTO OU MUITO ALTO RISCOS
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA MUITO COMPLEXA
Gestãode Caso
Gestão daCondição de Saúde
Nível 2
Gestão daCondição de Saúde
Nível 1
Intervenções dePrevenção das Doenças
Intervenções de Promoção da Saúde
FATORES DE RISCO
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICASMENDES, 2009
A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
ATENÇÃO HOSPITALAR
ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
A
B
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
SEVERIDADE DA DOENÇA
TEMPO
FONTE: ADAPTADO DE EDWARDS, HENSHER & WERNEKE ( 1999)
PA AMBULATORIAL
B1
A1
A QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS - 2002
• TOTAL DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES: 12.438.151
• TOTAL DE INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À
ATENÇÃO AMBULATORIAL: 3.556.088
• PORCENTAGEM DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES
SENSÍVEIS À ATENÇÃO AMBULATORIAL, EXCLUÍDOS OS
PARTOS: 35,7%
• CUSTO DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À
ATENÇÃO AMBULATORIAL: R$ 1.040.000.000,00
• CUSTO PER CAPITA/ANO: R$ 6,12
ALFRADIQUE & MENDES (2001)
A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS
A DEFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA
A INFRA-ESTRUTURA FÍSICA INADEQUADA DAS UNIDADES BÁSICAS
DE SAÚDE
AS DEFICIÊNCIAS DO TRABALHO
A AUSÊNCIA DE PARÂMETROS DE REMUNERAÇÃO
O TURNOVER DE PROFISSIONAIS
A PRECARIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
O SUBFINANCIAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
CARACTERÍSTICAS DO MODELO ASSISTENCIAL PRATICADO NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Crescente especialização dos médicos e demais profissionais de
saúde
Fragmentação do cuidado
Procedimento centrado
Diretrizes biologicistas
Consome tecnologias acriticamente
Atende apenas a demanda espontânea
Não avalia sistematicamente seus resultados
Sistema de alto custo
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CARACTERÍSTICAS DO MODELO ASSISTENCIAL PRATICADO NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Gastam muito e sem
necessidade
Conseguem poucos
resultados
Contribuem pouco na
melhoria da saúde
BaixaEficiência
BaixaEficácia
BaixaEfetividade
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DIRETRIZES PARA UMA REMODELAGEM ASSISTENCIAL NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Integralidade do cuidado “um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” (Lei 8.080).
Estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e beneficiário
Responsabilização das Operadoras pela saúde do beneficiário
Construção de formatos de trabalho em saúde, em todos os níveis de atenção, de forma integral, tendo o conceito do cuidado como eixo de reorientação do modelo
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REMODELAGEM ASSISTENCIAL NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Necessidade de um pacto entre os atores da saúde suplementar para mudança do modelo:
Operadoras;
Prestadores;
Beneficiários;
ANS.
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REGULAÇÃO INDUTORA PARA QUALIFICAÇÃO DO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Programa de Qualificação da Saúde Suplementar
Programas de Promoção e Prevenção
Regulação de prestadores (Monitoramento de rede,
contratualização)
Troca de Informações em Saúde - TISS
Autorização de Funcionamento
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PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RN 94 E IN 10
RN 94/05 - Propõe a troca da prorrogação dos prazos para
a integralização da cobertura com ativos garantidores da
provisão de risco pela adoção de programas de Promoção
da Saúde e Prevenção de Doenças pelas operadoras de
planos de saúde.
IN 10/05 - Estabelece os critérios para a avaliação dos
programas de promoção da saúde e prevenção de doenças,
propostos pelas operadoras de planos de saúde para a obtenção
do benefício descrito na RN 94/05.
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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE
DOENÇAS
Perfil de morbi-mortalidade da população de beneficiários;
Abrangência do programa (população-alvo);
Cobertura do programa;
Atividades desenvolvidas e periodicidade :consultas, palestras,
atividade física, entre outras,
Protocolos utilizados (Ministério da Saúde, INCA, Diretrizes
Clínicas da AMB);
Avaliação dos resultados dos programas: sistema de informação;
Utilização de indicadores de processo e resultado para avaliação
de impacto e monitoramento do programa.
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Abordagem deverá incluir:
Fatores de risco e doenças já instaladas - como
diabetes e Hipertensão
Ações educativas
Estímulo a mudanças no estilo de vida
Adesão ao tratamento medicamentoso
Equipe multidisciplinar – incorporação de outros
profissionais de saúde
Capacitação do indivíduo para o auto-gerenciamento
das doenças e dos riscos – autonomia.
MODELO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE RISCOS E DOENÇAS
PORTARIA 4279/2010
DIRETRIZES PARA A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO ÂMBITO DO SUS
• Base: Pacto, PNAB, PNPS, Regionalização solidária e cooperativa
1. POR QUE ORGANIZAR REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS?
Fragmentação das ações
Qualificação da gestão do cuidado
Suprimir lacunas assistenciais
Baixa eficiência no emprego dos recursos
Incoerência entre a oferta de serviços e a necessidade de atenção
Precarização do trabalho e carência de profissionais em número e
alinhados com a política pública
Pulverização dos serviços nos municípios
Pouca inserção da vigilância e promoção da saúde no cotidiano dos
serviços de saúde, especialmente na APS.
PORTARIA 4279/2010
ALINHAMENTO COM OS PACTOS
Pacto Pela Vida: compromisso com as prioridades que
apresentam impacto sobre a situação de saúde da população
brasileira;
Pacto em Defesa do SUS: compromisso com a consolidação os
fundamentos políticos e princípios constitucionais do SUS.
Pacto de Gestão: compromisso com os princípios e diretrizes
para a descentralização, regionalização, financiamento,
planejamento, programação pactuada e integrada, regulação,
participação social, gestão do trabalho e da educação em
saúde.
Pacto de Gestão estabeleceu o espaço regional como lócus
privilegiado de construção das responsabilidades pactuadas,
permite a integração de políticas e programas por meio da ação
conjunta das esferas federal, estadual e municipal.
PORTARIA 4279/2010
PORTARIA 4279/2010
CONCEITO
Rede de Atenção à Saúde: arranjos organizativos de ações e serviços de
saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a
integralidade do cuidado.
OBJETIVO
Promover a integração sistêmica, de ações e serviços de saúde com provisão
de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e humanizada, bem
como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade,
eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica.
PORTARIA 4279/2010
PONTOS DE ATENÇÃO
Relações horizontais entre os pontos de atenção: todos são igualmente
importantes para que se cumpram os objetivos da rede de atenção à saúde e
se diferenciam, apenas, pelas distintas densidades tecnológicas que os
caracterizam.
CONTRATUALIZAÇÃO/ CONTRATOS DE GESTÃO
modo de pactuação da demanda quantitativa e qualitativa na definição clara de
responsabilidades, de objetivos de desempenho, incluindo tanto os sanitários,
quanto os econômicos, resultando dessa negociação um compromisso explícito
entre ambas as partes.
Resultado esperado: fixação de critérios e instrumentos de acompanhamento e
avaliação de resultados, metas e indicadores definidos
PORTARIA 4279/2010
CONTRATUALIZAÇÃO/ CONTRATOS DE GESTÃO
Objetivos:
• Passar de uma abordagem populacional isolada (hospitais ou centros de saúde)
para uma contratualização de âmbito da região de saúde, seguindo critérios de
adscrição da população estratificada por grau de risco, e abordando os
diversos estabelecimentos de saúde em termos de uma rede de cuidados;
• Superar o contínuo aumento dos gastos para a prestação de serviços de alto
custo devido ao tratamento tardio de condições e agravos sensíveis à APS,
pela introdução de ferramentas de micro gestão e incentivos financeiros para
pagamento por desempenho individual e institucional;
• Promover a participação efetiva do cidadão e da comunidade no processo de
contratualização.
PORTARIA 4279/2010
FUNDAMENTOS
Economia de Escala, Qualidade, Suficiência, Acesso e Disponibilidade de
Recursos
Integração Vertical e Horizontal
Processos de Substituição
Região de Saúde ou Abrangência
Níveis de Atenção
PORTARIA 4279/2010
FERRAMENTAS DE MICRO GESTÃO DOS SERVIÇOS
• Gestão da clínica
• Diretrizes Clínicas
• Gestão da condição de saúde
• Linhas de cuidado
• Gestão de caso
• Auditoria clínica
• Lista de espera
É A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE MICROGESTÃO
DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM A FINALIDADE DE
ASSEGURAR PADRÕES CLÍNICOS ÓTIMOS E MELHORAR
A QUALIDADE DA ATENÇÃO À SAÚDE
Permite integrar verticalmente os diversos pontos de atenção à
saúde para conformar uma rede de atenção à saúde, capaz de
prestar a atenção no lugar certo, no tempo certo, com o custo
certo e a qualidade certa.
GESTÃO DA CLÍNICA
GESTÃO DA CLÍNICA
CONDIÇÕES:
•TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA (condições crônicas*)
•TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (envelhecimento)
•AUMENTO DAS CUSTOS DO SETOR SAÚDE (causas
externas)
*Mudanças demográficas, Mudanças nos padrões de consumo e na qualidade de vida, Acelerada urbanização, Estratégias de Mercado
FONTE: IBGE (2004)
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL
GESTÃO DA CLÍNICA
AS TECNOLOGIAS DE GESTÃO DA CLÍNICA
AS DIRETRIZES CLÍNICAS
A GESTÃO DE PATOLOGIA = gestão da condição de saúde (Disease management)
A AVALIAÇÃO E O MONITORAMENTO
Diretrizes Clínicas: São recomendações preparadas de forma sistemática,
com base em evidências científicas, com o propósito de influenciar as decisões dos profissionais de saúde e dos pacientes a respeito da atenção apropriada, em circunstâncias clínicas específicas.
Funções: gerencial, educação, comunicação
Tipos: linhas-guias protocolos clínicos
FONTE: MENDES (2002)
GESTÃO DA CLÍNICA
Linha-Guia: As linhas-guias normalizam todo o processo de
atenção, em todos os pontos de atenção, obedecendo à ação coordenadora da atenção primária à saúde. Conjunto de protocolos clínicos.
Protocolo Clínico: É um instrumento de Gestão da Clínica que
normaliza o padrão de atenção à saúde em um ponto de atenção.
GESTÃO DA CLÍNICA
GESTÃO DA CLÍNICA
É A GESTÃO DE PROCESSOS DE UMA CONDIÇÃO OU DOENÇA
QUE ENVOLVE INTERVENÇÕES NA PROMOÇÃO DA SAÚDE, NA
PREVENÇÃO DA CONDIÇÃO OU DOENÇA E NO SEU
TRATAMENTO E REABILITAÇÃO, ENVOLVENDO O CONJUNTO DE
PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE UMA REDE ASSISTENCIAL,
COM O OBJETIVO DE MELHORAR OS PADRÕES QUALITATIVOS
DA ATENÇÃO.
GESTÃO DA PATOLOGIA
GESTÃO DE RISCOS E VULNERABILIDADES OBJETIVA MUDAR
COMPORTAMENTOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DE
USUÁRIOS E PROGRAMAR AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE
MULTIDISCIPLINARIDADE
AUTONOMIA E AUTOCUIDADO
GESTÃO DA PATOLOGIA
GESTÃO DA PATOLOGIA
Momentos da Gestão das Condições de Saúde:
Momento 1: criar uma base de conhecimentos
Momento 2: definir os objetivos
Momento 3: instituir uma equipe multiprofissional
Momento 4: estratificar os riscos e o plano de intervenções
Momento 5: desenvolver um processo de comunicação social
Momento 6: desenvolver mudanças comportamentais de usuários
e profissionais
Momento 7: avaliar os resultados
CONSISTE NA ANÁLISE CRÍTICA SISTEMÁTICA DA QUALIDADE
DA ATENÇÃO À SAÚDE, INCLUINDO OS PROCEDIMENTOS
USADOS PARA O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO, O USO DOS
RECURSOS E OS RESULTADOS PARA OS PACIENTES.
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
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“Modelos de atenção matriciais que integram ações de promoção, vigilância, prevenção e assistência, voltadas para as especificidades de grupos ou necessidades individuais, permitindo não só a condução oportuna dos pacientes pelas diversas possibilidades de diagnóstico e terapêutica, como também, uma visão global das condições de vida” (Brasil, 2006b, p.5)
LINHA DE CUIDADO
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Gestão da Linha de Cuidado
Tecnologias ou recursos a serem utilizados durante o
processo de atenção à saúde;
Nas diversas etapas do processo de produção da saúde:
promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação;
Operando vários serviços;
Funcionando de forma articulada; e
Levando em consideração o produto contratado.
LINHA DE CUIDADO
São priorizadas 5 linhas de cuidado:
Saúde da Criança e do Adolescente
Saúde do Adulto e do Idoso
Saúde da Mulher
Saúde Mental
Saúde Bucal
LINHA DE CUIDADO
GESTÃO DE CASO
Definição: Processo que se desenvolve entre o profissional
responsável pelo caso e o usuário do serviço de saúde para planejar,
monitorar e avaliar ações e serviços, de acordo com as necessidades
da pessoa, com o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade e
humanizada.
Seus objetivos são:
a)atender às necessidades e expectativas de usuários em situação
especial;
b)prover o serviço certo ao usuário no tempo certo;
c) aumentar a qualidade do cuidado;
d) diminuir a fragmentação da atenção.
AUDITORIA CLÍNICA
A auditoria clínica consiste na análise crítica e sistemática da qualidade da
atenção à saúde, incluindo os procedimentos usados no diagnóstico e
tratamento, o uso dos recursos e os resultados para os pacientes em todos os
pontos de atenção, observada a utilização dos protocolos clínicos estabelecidos.
Observação: Essa auditoria não deve ser confundida com a auditoria realizada
pelo Sistema Nacional de Auditoria (SNA).
LISTA DE ESPERA
Tecnologia que normatiza o uso de serviços em determinados pontos de
atenção à saúde, estabelecendo critérios de ordenamento por necessidades e
riscos, promovendo a transparência, ou seja, constituem uma tecnologia de
gestão da clínica orientada a racionalizar o acesso a serviços em que exista um
desequilíbrio entre a oferta e a demanda.
EXERCÍCIOS
BETIM/2009
São fatores que interferem na condição de saúde de uma população:
I. O meio físico (água, alimentação, habitação).
II. Fatores biológicos (idade, sexo, herança genética)
III. Fatores sócio-econômicos (renda, emprego).
IV. Fatores culturais (cultura, educação).
São CORRETAS as afirmativas:
a) I, II e III somente.
b) I, II e IV somente.
c) I e II somente.
d) I, II, III e IV.
MPE/2007
Segundo a Portaria GM/MS nº 648, de 28 de março de 2006, “Política Nacional
de Atenção Básica”, que estabelece diretrizes e normas para a organização da
Atenção Básica para o Programa Saúde da Família e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde, o seguinte indicador é considerado relacionado à
cobertura de assistência básica:
a) Taxa de parto cesárea.
b) Taxa de infecção hospitalar.
c) Taxa de absenteísmo no trabalho.
d) Coeficiente de mortalidade infantil.
MPE/2007
Sobre o controle das doenças crônicas não-transmissíveis no
Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar, EXCETO:
a) O SUS é praticamente o único provedor de procedimentos
como transplantes de órgãos e terapias renais substitutivas.
b) No país, a causa de morte por doença não-transmissível é
codificada segundo a Classificação Internacional de Doenças
(CID).
c) A base de dados mais abrangente, para fins de obtenção
indireta de informações sobre morbidade no SUS, é o do
Sistema de Informação Hospitalar.
d) Fatores de risco constitucionais (sexo, idade, raça e
hereditariedade) são passíveis de modificação na prevenção e
controle das doenças não transmissíveis.
FIOCRUZ/2010
Um médico é chamado ao hospital para opinar sobre o caso de um pai que está reclamando junto à direção, que o pediatra prescreveu, para seu filho de 2 anos, uma medicação que só está liberada para maiores de 5 anos e que esta medicação poderia causar algum dano maior ao paciente. O pediatra confirma a informação de que, segundo a resolução da ANVISA, a medicação só está liberada para ser prescrita a partir de 5 anos, porém ele argumenta, e apresenta artigos de revistas indexadas americanas e européias, que naqueles países a medicação em questão está liberada para crianças de 2 anos de idade.
De acordo com tais fatos e segundo o Código de Ética Médica:(A) o pediatra errou ao prescrever a medicação mesmo embasado em literatura internacional.(B) o pediatra alega que prescreveu medicação baseado em estudo experimental que estava fazendo no hospital.(C) o pediatra agiu corretamente baseado no seu direito de autonomia sobre o paciente.(D) a literatura internacional liberando a medicação na faixa etária em questão garante ao pediatra o direito da prescrição .(E) o pediatra deveria ter solicitado aos pais um documento por escrito, dando ciência da medicação e da não liberação da medicação pela ANVISA para a faixa etária.
FIOCRUZ/2010
Em relação à epidemiologia dos problemas da criança no Brasil, assinale a
afirmativa correta.
(A) Por causa do incentivo da campanhas diversas pelo país, observa-se
tendência decrescente de mortalidade e morbidade por injúrias físicas.
(B) Excetuando o primeiro ano de vida, as injúrias ou causas externas causam
mais mortes de crianças ou jovens do que o somatório das principais outras
doenças.
(C) A idade da criança não influencia na gravidade da injúria sofrida, outros
fatores externos tem maior importância.
(D) O fator social pobreza não tem influência nas taxas de injúrias físicas sofridas
pelas crianças.
(E) Não se pode relacionar o gênero com as taxas de injúrias físicas sofridas
pelas crianças.
UFSC/2010
A Portaria GM no 154, de 2008, criou os Núcleos de Apoio a Saúde da Família – NASF, com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade.Assinale a alternativa CORRETA, com relação ao NASF.A( ) O NASF deve apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços, considerando o processo de territorialização e regionalização desenhado a partir das referências hospitalares.B( ) O NASF constitui-se porta de entrada do Sistema Único de Saúde e deve atuar de forma integrada a rede de serviços, a partir da Estratégia Saúde da Família.C( ) O NASF pode estar classificado em uma das três modalidades: NASF 1, NASF 2 e NASF 3, sendo vedada a implantação dessas modalidades, de forma concomitante, nos Municípios e no Distrito Federal.D( ) O NASF é o responsável por revisar a prática dos processos de referência e contra-referência no encaminhamento clinico de usuários, sendo permitida, quando necessária, a participação das Equipes Saúde da Família no processo de revisão.E( ) O NASF deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que atuem em parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família.
UFSC/2010A operacionalização vem sendo estabelecida por meio de Normas Operacionais. Tendo em vista o processo histórico do estabelecimento dessas normativas, numere a coluna da direita, que trata do conteúdo normativo, segundo a coluna da esquerda, que identifica a Norma correspondente.
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