aula 44- nefrolitíase

54
DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO Ligantes: Jéssica Morais e Diego Souza

Upload: ligalacmftc

Post on 16-Apr-2017

154 views

Category:

Health & Medicine


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 44- Nefrolitíase

DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO

Ligantes: Jéssica Morais e Diego Souza

Page 2: Aula 44- Nefrolitíase

CASO CLÍNICOM.L.L, 25 anos, masculino, branco, advogado, natural e procedente de Salvador, comparece a emergência com fortes dores abdominais nos dois terços superiores, com forte intensidade no flanco direito, e com irradiação para o dorso e para região suprapúbica. E com náuseas, sem vômito, de inicio juntamente com o quadro. Refere disúria de inicio anterior ao inicio da dor abdominal intensa. Nega HAS, DM, dislipidemia. Ao exame paciente encontra-se com fácies de dor, pálido e suando. FR: 18 ipm, PA: 140x95mmHg e PR: 120bpm. Sem alterações no exame físico.

Page 3: Aula 44- Nefrolitíase

DOR ABDOMINAL

Page 4: Aula 44- Nefrolitíase

DOR VISCERAL

DOR PARIETAL

DOR REFERIDA

Localização difícilVaria (corrosão, queimação, cólica ou vaga e imprecisa)

Constante e vaga

Geralmente mais intensa e tem correspondência de variação mais precisa sobre a estrutura envolvida

Percebida em locais mais distantes

Page 5: Aula 44- Nefrolitíase

CARÁTER

LOCALIZAÇÃO

INSTALAÇÃO

IRRADIAÇÃO

Visceral

Nos dois terços superiores, com forte intensidade no flanco direito

Início súbito

Dorso e região suprapúbica

Page 6: Aula 44- Nefrolitíase

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Náuseas, sem vômito, de início juntamente com o quadro

Disúria de inicio anterior ao início da dor abdominal intensa.

EXAME FÍSICO E DADOS VITAIS

Fácies de dor, pálido e suando.PA: 140x95mmHg PR: 120bpm.

Sem alterações no exame físico.

Page 7: Aula 44- Nefrolitíase

DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

Page 8: Aula 44- Nefrolitíase

Disúria

Dor abdominal

Flanco direito

Irradia: dorso e

suprapúbica

Náusea sem vômito

Apêndice, cólon ascendente, intestino delgado, ureter direito

Page 9: Aula 44- Nefrolitíase

SÍNDROME DE CÓLICA NEFRÉTICA

Page 10: Aula 44- Nefrolitíase

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Page 11: Aula 44- Nefrolitíase

ASPECTOS CLÍNICOS

Dor abdominal “cortante”, náusea

e vômito.

Comumente, a dor ocorre primeiro e

permanece constante, sem o

padrão de surgimento e

desaparecimento típico da cólica

intestinal ou renal.

A dor se localiza no epigástrio, com

irradiação para a parte média do

dorso.

PANCREATITE AGUDA

Page 12: Aula 44- Nefrolitíase

EXAME FÍSICO

Febre, taquicardia, hipotensão,

hipersensibilidade abdominal intensa,

angústia respiratória e distensão abdominal.

Sons abdominais estão diminuídos ou ausentes, graças a um íleo paralítico

intestinal.

Pode ocorrer icterícia mesmo em

casos sem pancreatite induzida por cálculo, devido à

compressão do ducto biliar comum

pelo pâncreas edemaciado.

Page 13: Aula 44- Nefrolitíase

ASPECTOS CLÍNICOS

Inicia-se habitualmente com

quadro de cistite (disúria, polaciúria, urgência miccional,

dor suprapúbica, hematúria)

Frequentemente acompanhada de

febre elevada associada a

calafrios e dor lombar uni ou

bilateral.

A dor lombar pode irradiar para

abdome, flancos ou ainda, região genital (sugere

presença de litíase renal associada).

PIELONEFRITE AGUDA (ITU ALTA)

Page 14: Aula 44- Nefrolitíase

QUADRO CLÍNICO NO HOMEM COM OU SEM SINTOMAS DE CISTITE É:

Febre, calafrios

Náuseas e vômito

Sinal de Giordano positivo

Page 15: Aula 44- Nefrolitíase

ASPECTOS CLÍNICOS

Na cólica biliar, a dor costuma iniciar-se

subitamente e termina

gradativamente

A dor geralmente é intensa, contínua, com períodos de

exacerbação, às vezes irradiando-se para as costas. É frequente a presença de náuseas

e vômitos.

A cólica biliar é uma dor aguda e

contínua, caracteristicamente

localizada na topografia da

vesícula biliar ou acima do umbigo,

podendo apresentar irradiação para a escápula direita.

COLELITÍASE

Page 16: Aula 44- Nefrolitíase

EXAME FÍSICOPALPAÇÃO

Normalmente não costumam ser palpáveis.

Page 17: Aula 44- Nefrolitíase

HIPERSENSIBILIDADE RENAL

Verifique se há punho-percussão positiva (dor à percussão do ângulo costovertebral.)

*EXAME DO ABDOME

Page 18: Aula 44- Nefrolitíase

CASO CLÍNICOM.L.L, 25 anos, masculino, branco, advogado, natural e procedente de Salvador, comparece a emergência com fortes dores abdominais nos dois terços superiores, com forte intensidade no flanco direito, e com irradiação para o dorso e para região suprapúbica. E com náuseas, sem vômito, de inicio juntamente com o quadro. Refere disúria de inicio anterior ao inicio da dor abdominal intensa. Nega HAS, DM, dislipidemia. Ao exame paciente encontra-se com fácies de dor, pálido e suando. FR: 18 ipm, PA: 140x95mmHg e PR: 120bpm. Sem alterações no exame físico.

Page 19: Aula 44- Nefrolitíase
Page 20: Aula 44- Nefrolitíase

Nefrolitíase

Page 21: Aula 44- Nefrolitíase

1. Afeta cerca de 12% da população ao longo de suas vidas 2. Homens > Mulher3. Brancos > Negros4. Idade 20-40 anos5. Predisposição familiar6. Altas taxas de recorrência(50% em 5-10 anos)

EPIDEMIOLOGIA

Page 22: Aula 44- Nefrolitíase

1. Hábitos alimentares2. Ocupação, sedentarismo3. Hiperexcreção- Cálcio, ácido úrico, Oxalato4. Anormalidade do pH5. Deficiência dos inibidores de

cristalização(citrato,magnésio,glicosaminoglicanos,pirofosfato)

6. Volume líquido < 1000 mL/dia

FATORES DE RISCO

Page 23: Aula 44- Nefrolitíase

LITÍASE URINÁRIA

DIETA

ATIVIDADE FÍSICA

ITU

ALTERAÇÕES METABÓLICAS

Page 24: Aula 44- Nefrolitíase

Alterações metabólicas Cristalização Agregação dos

cristais

Adesão dos cristais ao urotélio

Crescimento dos cálculos

Page 25: Aula 44- Nefrolitíase

Portanto...

Causa ???

Distúrbio metabólico na

urina

Cálculo

Page 26: Aula 44- Nefrolitíase

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

Page 27: Aula 44- Nefrolitíase

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

Concentração urinária de

constituintes dos cálculos

Excesso de solubilidade

Supersaturação

Page 28: Aula 44- Nefrolitíase

5% associado à hipercalcemia e à hipercalciúria

55% têm apenas hipercalciúria sem hipercalcemia

5% não tem causa conhecida

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

CÁLCULOS DE CÁLCIO

Page 29: Aula 44- Nefrolitíase

Formados em larga escala após infecções bacterianas

Formam os maiores cálculos (coraliforme)

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

CÁLCULOS DE FOSFATO AMÔNIO

MAGNÉSIO

Page 30: Aula 44- Nefrolitíase

Hidrólise

Elevação do pH

Precipitação de íons solúveis em urina normal

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

EFEITO DA UREASE DO P.mirabilis

Page 31: Aula 44- Nefrolitíase

Comuns em indivíduos com hiperuricemia

Mais da metade dos pacientes não apresentam hiperuricemia e nem hiperuricosúria

Tendência inexplicada de excretar urina com pH baixo com tendência a desenvolver cálculos

Cálculos radiolúcidos

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

CÁLCULOS DE ÁCIDO ÚRICO

Page 32: Aula 44- Nefrolitíase

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

Concentração dos

constituintes

Alterações no pH urinário

Volume diminuído de

urina

Presença de bactérias

Muitos cálculos ocorrem na ausência desses fatores ; frequentemente indivíduos com hipercalciúria, hiperoxalúria e hiperuricosúria não formam pedras. QUAL A EXPLICAÇÃO???

Page 33: Aula 44- Nefrolitíase

ETIOPATOGENIA DA NEFROLITÍASE

“Foi postulado que a formação de cálculos é acentuada pela deficiência de inibidores da formação de cristais na urina”

Page 34: Aula 44- Nefrolitíase

MORFOLOGIA DOS CÁLCULOS

São unilaterais em 80% dos pacientes

Se formam principalmente dentro dos cálices renais e da pelve renal ( diâmetro médio de 2-3 mm)

Podem ter aspecto liso ou podem ter uma forma irregular

Acréscimo progressivo de sais favorece a formação de cálculos coraliformes

Page 35: Aula 44- Nefrolitíase
Page 36: Aula 44- Nefrolitíase

Dor sem posição antiálgica;

Náuseas e vômitos;

Hematúria

Anúria ( em casos mais graves)

PRINCIPAIS SINTOMAS

Page 37: Aula 44- Nefrolitíase
Page 38: Aula 44- Nefrolitíase
Page 39: Aula 44- Nefrolitíase

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 40: Aula 44- Nefrolitíase

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 41: Aula 44- Nefrolitíase

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 42: Aula 44- Nefrolitíase

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 43: Aula 44- Nefrolitíase

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 44: Aula 44- Nefrolitíase

Cálculos até 5 mm grande chance de

passagem pelas vias urinárias ;

Cálculos acima de 6 mm pequena chance de passagem pelas vias urinárias

ERROS DE CONDUTA EM LITÍASE URINÁRIA

Page 45: Aula 44- Nefrolitíase

QUANTO AO DIAGNÓSTICO

SUGERIR AVALIAÇÃO METABÓLICA BUSCANDO PREVENIR RECORRÊNCIA

Page 46: Aula 44- Nefrolitíase

EXAMES COMPLEMENTARES

1. Síndrome de cólica nefrética2. Hidronefrose3. Hematúria

EXISTE MESMO NEFROLITÍASE?

Page 47: Aula 44- Nefrolitíase

EXAMES DE IMAGEM

• TC helicoidal não contrastada (preferencial) – PADRÃO OURO.

• USG do trato urinário (2ª escolha).

RNM

• Inferior à TC helicoidal para a visualização de cálculos no trato urinário.

Radiografia simples de abdome

• Não é feita de rotina.

• Diagnostica apenas cálculos radiopacos (não detecta cálculos de ác úrico).

*Urografia excretora

Page 48: Aula 44- Nefrolitíase
Page 49: Aula 44- Nefrolitíase

VALORES DE REFERÊNCIA NORMAIS• Cálcio urinário: < 4mg/Kg/dia em adultos e crianças de ambos os

sexos ou < 250mg/dia em mulheres e < 300mg/dia em homens;• Ácido úrico urinário: < 750mg/dia em mulheres e < 800mg/dia em

homens;• Oxalato urinário: < 44 mg/dia em ambos os sexos; • Citrato urinário: ≥ 320mg/dia em ambos os sexos;• Cistinúria: amostra qualitativa negativa ou < 100mg/dia em urina de

24 horas;• Creatinina urinária: em pacientes com menos de 50 anos – 20 a

25mg/Kg/dia em homens e 15 a 20mg/Kg/dia em mulheres .

URINA 24Hrs

Page 50: Aula 44- Nefrolitíase

• Cor: amarelo ouro• Aspecto: límpido • pH: 5,0 a 7,0 • Densidade: 1010 a 1025• Proteínas: ausentes • Glicose: ausente • Corpos cetônicos: ausentes • Urobilinogênio: ausente • Bilirrubinas: ausentes • Pigmentos biliares: ausentes • Hemoglobina: ausente• Leucócitos: até 10 por campo 400 mm de diâmetro • Hemácias: até 7 por campo 400 mm de diâmetro • Cilindros: ausentes • Filamento de Muco: ausentes • Cristais: ausentes • Bactérias: ausentes• Nitrito: ausente

URINA TIPO I

Page 51: Aula 44- Nefrolitíase

TRATAMENTOANALGESIA

AINES *OPIOIDES

Page 52: Aula 44- Nefrolitíase

BLOQUEADORES ALFA-1 ADRENÉRGICOS

AINE + ALFABLOQUEADOR

= TME (Terapia Médica Expulsiva)

Cálculos < ou = 10mm TME de até 4-6 semanas

Droga de escolha = Tamsulosin (Secotex) 0,4mg/dia

*Bloqueadores de canais de Cálcio

(nifedipina)

Page 53: Aula 44- Nefrolitíase

• O único cálculo passível de ser dissolvido é o de ác úrico. • A alcalinização urinária é capaz de dissolvê-lo (ex. bicarbonato VO).• Uma dissolução completa e em curto prazo é um desfecho incomum.

A PROBABILIDADE DE EXPULSÃO DE UM CÁLCULO É INVERSAMENTE

PROPORCIONAL AO SEU TAMANHO.

Page 54: Aula 44- Nefrolitíase

OBRIGADO!