aula 4 expressão do consentimento

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1. ASSINATURA; 2. INTERCÂMBIO INSTRUMENTAL; 3. RATIFICAÇÃO; 4. PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAISDO CONSENTIMENTO; 5. ACORDOS E PROCEDIMENTO EXECUTIVO; 6. PROCEDIMENTO PARLAMENTAR; 7. RESERVAS; . V!CIOS DE CONSENTIMENTO.

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Aula 4 Expressão Do Consentimento

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  • ASSINATURA;INTERCMBIO INSTRUMENTAL;RATIFICAO;PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO CONSENTIMENTO;ACORDOS E PROCEDIMENTO EXECUTIVO;PROCEDIMENTO PARLAMENTAR;RESERVAS;VCIOS DE CONSENTIMENTO.

  • EXPRESSO DO CONSENTIMENTO

    Art. 11 da CVDT: o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado pode manifestar-se pela assinatura, troca de instrumentos constitutivos do tratado, ratificao, aceitao, aprovao ou adeso, ou por quaisquer outros meios, se assim for acordado.

  • ASSINATURA a firma que pe termo a uma negociao quase sempre bilateral -, exteriorizando em definitivo o consentimento, iniciando a vigncia imediata do tratado.

    No h, pois, perspectiva de ratificao ou de qualquer gesto confirmatrio alternativo.

    Exceo vacatio legis

  • INTERCMBIO INSTRUMENTALTroca de notas Procedimento Breve opo das partes para a concluso de tratados expresso do consentimento em fase nica, ao cabo da negociao.

    Nestes casos no a assinatura que expressa o consentimento definitivo, mas a transmisso de uma ou outra nota parte co-pactuante. p. 48

    OBS: Pode haver ou no manifestao do Congresso (Brasil) a acordos concludos por esse mtodo.

  • RATIFICAO I Significa confirmao o ato unilateral com que o sujeito de direito internacional, signatrio de um tratado, exprime definitivamente, no plano internacional, sua vontade de obrigar-se (Rezek)

    e o ato administrativo mediante o qual o chefe de estado confirma um tratado firmado em seu nome ou em nome do estado, declarando aceito o que foi convencionado pelo agente signatrio (Accioly)

  • RATIFICAO - II No se pode entender ratificao seno como ato internacional, e como ato de governo. O poder Executivo idneo para ratificar perante outras pessoas jurdicas de direito das gentes, aquilo que ele prprio, ao trmino da fase negocial, deixara pendente de confirmao, ou seja, o seu consentimento em obrigar-se pelo pacto.

  • RATIFICAO - IIIParlamentos nacionais no ratificam tratados, apenas o aprovam no Brasil o Congresso Nacional

    Primeiro porque no tm voz exterior;

    Segundo porque, justamente conta de sua inabilidade, nada lhes tero prenunciado, antes, por assinatura ou ato equivalente, que possam mais tarde confirmar pela ratificao.

  • JUSTIFICATIVAS PARA A PRTICA DA RATIFICAO A) Competncia: - ordem constitucional interior de cada Estado soberano, e no ao direito das gentes, incumbe determinar a competncia de seus rgos para a assuno, em nome do Estado, de compromissos internacionais, e, pois, para a ratificao de tratados.

  • B) Discricionariedade O princpio reinante o da discricionariedade da ratificao. Porquanto no comete qualquer ilcito internacional o Estado que se abstm de ratificar um acordo firmado em foro bilateral ou coletivo.

    OBS: No h prazo para a ratificao, EXCETO quando as partes decidem por um prazo usual 2 anos

  • JUSTIFICATIVAS PARA A PRTICA DA RATIFICAO - IIC) Irretratabilidade Ato unilateral e discricionrio, a ratificao irretratvel, mesmo antes que o acordo se tenha tornado vigente, e, s vezes, antes que a regra pacta sunt servanda haja comeado a operar em sua plenitude.

    D) A ratificao deve ser expressa, no existindo a tcita, mesmo quando o Estado pratique conduta coerente com os termos do pacto.

  • RATIFICAO - Concluso

    A ratificao deve ser expressa, no existindo a tcita, mesmo quando o Estado pratique conduta coerente com os termos do pacto. A Ratificao se consuma pela comunicao formal outra parte, ou ao depositrio, do nimo definitivo de ingressar no domnio jurdico do tratado.

    Nos tratados bilaterais Troca de ratificao entre estes.

    Nos tratados multilaterais Adota-se processo de depsito das ratificaes, seja em um Estado ou Organizao, se estas fizeram parte.

    Obs: Apenas os Estados que assinaram o tratado multilateral que devem ratific-lo, inexistindo essa possibilidade em caso de adeso ou aceitao.

  • Obrigaes:

    a) receber o deposito dos instrumentos de ratificao;

    b) depositar o prprio tratado;

    c) fazer o papel de secretaria;

    d) depositar tambm e eventualmente os instrumentos de adeso, e as notificaes de denncia.

  • No caso dos Estados eleito ou por voluntarismo - na maioria das vezes onde se negociou o compromisso.

    No caso das Organizaes Internacionais - atualmente o depositrio o Secretrio Geral.

  • PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO CONSENTIMENTOTEMA DE DIREITO INTERNO, NO INTERNACIONAL

    Existe um compartilhar de obrigaes e responsabilidades entre os dois poderes polticos Executivo e o Legislativo conhecido como treaty-making power - .

  • sistema brasileiro Desde a primeira Repblica cabe ao Congresso resolver definitivamente sobre os tratados e convenes com as naes estrangeiras ecompete ao Presidente da Repblica celebrar ajustes, convenes e tratados, sempre ad referendum do Congresso (art. 49-I c/c 84, VIII da CF)

  • ACORDOS EXECUTIVOS NO BRASIL1) os acordos que consignam simplesmente a interpretao de clusulas de um tratado j vigente;

    2) os que decorrem, lgica e necessariamente, de algum tratado vigente e so como que o seu complemento; e

    3)os de modus vivendi, quando tm em vista apenas deixar as coisas no estado em que se encontram, ou estabelecer simples bases para negociaes futuras.

  • ACORDOS EXECUTIVOS - ISo tambm considerados como acordos executivos:

    O acordo executivo como subproduto de tratado vigente - sempre que ao aprovar certo tratado, com todas as normas que nele se exprimem, abona o Congresso desde logo os acordos de especificao, de detalhamento, de suplementao, previstos no texto e deixados a cargo dos governos pactuantes;

  • b) O acordo executivo como expresso de diplomacia ordinria :

    estabelecer e romper, a seu critrio, relaes diplomticas - art. 84 VII CF;

    2) decidir sobre o intercmbio consular;

    3) sobre a poltica de maior aproximao ou reserva a ser desenvolvida em face de determinado bloco;

  • 4) sobre a atuao de nossos representantes no seio das organizaes internacionais;

    5) sobre a formulao, a aceitao e a recusa de convites para entendimentos bilaterais ou multilaterais tendentes preparao de tratados.

  • PROCEDIMENTO DO EXECUTIVOConcluda a negociao de um tratado, certo que o presidente da Repblica est livre para dar curso, ou no, ao processo determinante do consentimento.

    Pode o chefe do executivo mandar arquivar desde logo, quando ache o resultado de uma negociao bilateral ou coletiva insatisfatrio ou determinar estudos mais aprofundados na rea do Executivo, a todo o momento e submeter, quando melhor lhe parea, o texto aprovao do Congresso.

  • PROCEDIMENTO EXECUTIVO E PARLAMENTAR No pode, quando exigido pela Constituio Federal, o presidente da Repblica manifestar o consentimento definitivo, em relao ao tratado, sem o abono do Congresso Nacional. Esse abono, porm, no o obriga ratificao. Isso significa que a vontade nacional, afirmativa quanto assuno de um compromisso externo, repousa sobre a vontade conjugada dos dois poderes polticos. A vontade individualizada de cada um deles necessria, porm no suficiente.

  • Aprovado que seja pela Cmara de Deputados e pelo Senado, significa a aprovao pelo Congresso Nacional e em seguida edita-se um decreto legislativo, promulgado pelo presidente do Senado Federal, que o faz publicar no DOU. (p. 65)

  • RESERVASSignifica uma declarao unilateral, qualquer que seja sua redao ou denominao, feita por um Estado, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a de aderir, com o objetivo de excluir ou modificar os efeitos jurdicos de certas disposies do tratado em sua aplicao a esse Estado (art. 2, 1,d CVDT de 1969)

  • RESERVAS - I uma possibilidade incidente sobre os tratados coletivos - gera a possibilidade de que, mesmo considerando inaceitvel parte do compromisso, o Estado o introduza em seu domnio jurdico.

    Normalmente os tratados trazem um posicionamento sobre as reservas. Proibindo-as ou admitindo-as a certa parte do texto.

    A reserva possvel, desde que compatvel com o objeto e a finalidade de tratado

  • Na ocorrncia da manifestao de reservas, quando no previstas no tratado, abre-se a possibilidade de que os demais pactuantes se posicionem contra a mesma.

    Na situao de figurar no tratado a possibilidade das reservas, nenhum Estado pode responder com objeo ou assentimento.

    Somente o Executivo pode opor reservas quando da assinatura de um pacto coletivo.

  • RESERVAS E O CONGRESSO NACIONAL O Congresso Nacional no ope reservas.

    Tem o poder de aprovar um tratado com restries, que o governo, hora de ratificar, traduzir em reservas;

    Pode ainda aprov-lo com declarao de desabono s reservas acaso feitas pelo Executivo na assinatura, e, neste caso, estas no podero ser confirmadas na ratificao.

    OBS: No caso dos tratados bilaterais, quase no se aplicam as reservas, uma vez que cada parte deste negociada por consenso.

  • VCIOS E IRREGULARIDADE DE CONSENTIMENTOSe divide em trs situaes:

    Consentimento viciado pela desobedincia ao direito pblico interno - que diz respeito unicamente com o ato ilcito irregularidade -, praticado pelo poder Executivo quando externa, no plano do direito internacional, um consentimento a que no se encontra constitucionalmente habilitado. (artigo 46, 1 e 2 da CVDT)

  • VCIOS DE CONSENTIMENTO - I2) Erro, dolo, corrupo e coao sobre o negociador a) Erro de fato a hiptese menos rara na prtica o de maior incidncia tem dito respeito a questes cartogrficas em tratados de limites.

    b) Erro de direito - que no socorre aos indivduos em direito interno (Rousseau), menos ainda valeira aos Estados, presumidamente habilitados a avaliar as conseqncias jurdicas de seus prprios atos.

  • VCIOS DE CONSENTIMENTO - IIDolo Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, pode invocar o dolo como tendo viciado seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. art. 49 CVDT. Essas condutas fraudulentas tm sido entendidas em um sentido amplo, incluindo a falsa representao e o depoimento falso.

    Corrupo Se a manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio de corrupo de seu representante, pela ao direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado poder invocar tal corrupo como tendo viciado seu consentimento em obrigar-se pelo tratado art. 50 CVDT.

  • VCIOS DE CONSENTIMENTO - II

    Coao sobre representante de um Estado ou organizao internacional A manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado obtido mediante coao sobre seu representante, por meio de atos ou ameaas dirigidas contra ele, no produz efeitos jurdicos. art. 51 CVDT. - nulidade pleno jure ex. p. 71

  • 3) Coao sobre um Estado ou organizao internacional O uso da fora proibido no DI. Conseqentemente, um tratado conseguido por ameaa ou uso da fora ilegal, e o efeito absolutamente nulo nulo o tratado cuja concluso foi obtida pela ameaa ou com o emprego da fora, em violao dos princpios de direito internacional incorporados na Carta das Naes Unidas. art. 52 CVDT. ex.p. 72