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44
Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de 2013 Aula 24 O trânsito urbano e a questão ambiental

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Escola de Engenharia – Depto. de Engenharia Civil

10 semestre de 2013

Aula 24

O trânsito urbano e a questão

ambiental

1o s

em

estre

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013

24.1. Legislação

24.1.1. Histórico

• a discussão do controle das condições dos

veículos em circulação no Brasil já estava

presente no Código de trânsito anterior, de

1967

• o Código atual manteve a obrigatoriedade

da inspeção, atividade que nunca foi

cumprida com rigor no Brasil

• existem exceções, como o Estado do Rio

de Janeiro e a cidade de São Paulo

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013

24.1.1 Histórico (cont.)

• no Estado do Rio, o programa de inspeção

veicular foi instituído em 1997, com

abrangência restrita. Em 2008, expandiu-

se para todos os veículos fabricados a

partir de 1998

• na cidade de São Paulo o programa de

inspeção (iniciado em 2008) também teve

seu início restrito (veículos a diesel) e hoje

atinge toda a frota da cidade

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013

24.1.2. Legislação atual

Na instância federal:

• CONTRAN – Conselho Nacional de

Trânsito, ligado ao Ministério das Cidades

• CONAMA – Conselho Nacional do Meio

Ambiente, ligado ao Ministério do Meio

Ambiente

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013

• CTB: Art. 104 - Os veículos em circulação

terão suas condições de segurança, de

controle de emissão de gases poluentes e de

ruído avaliadas mediante inspeção, que será

obrigatória, na forma e periodicidade

estabelecidas pelo CONTRAN para os itens

de segurança e pelo CONAMA para emissão

de gases poluentes e ruído

• CONAMA - principais Resoluções: nº 03/1990;

05/89; 403/08; 414/09; 415/09 e 418/09

24.1.2. Legislação atual (cont.)

1o s

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013

• em outubro de 2012 foi publicado o

Decreto Federal 7.819 que regulamenta o

Programa de Incentivo à Inovação

Tecnológica e Adensamento da Cadeia

Produtiva de Veículos Automotores

(INOVAR-AUTO)

• esse decreto estabelece, entre outras

coisas, metas para redução de poluentes e

de consumo de combustíveis pelos

automóveis

24.1.2. Legislação atual (cont.)

1o s

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013

• segundo o INOVAR-AUTO, até 2017, os

automóveis fabricados no Brasil deverão

consumir 13,6% a menos de combustível

• a meta-alvo é 17,26 km/l (gasolina) e 11,96

km/l (etanol); contra 14 km/l (gasolina) e

9,71 km/l (etanol) de hoje

• em relação à poluição, até 2017, os

automóveis deverão reduzir em 18% a

emissão de poluentes

24.1.2. Legislação atual (cont.)

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013

24.2.1. Principais tipos de poluentes

24.2.2. Padrões de qualidade do ar

24.2. Os poluentes

No meio urbano a população está exposta a

várias formas de poluição, como a sonora, visual

e a do ar, que resultam na degradação do

ambiente e na redução da qualidade de vida

O trânsito é um dos responsáveis por essa

degradação. Esta aula enfocará a poluição do ar,

embora esse não seja o único efeito negativo

que o trânsito traz ao ambiente urbano

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013

No meio urbano, os principais poluentes do ar são:

24.2.1. Principais tipos de poluentes

Tipo Descrição

Partículas

inaláveis

Resultam da queima de combustíveis de indústrias e de automóveis

com motor desregulado. Há também uma variante mais fina (MP2,5),

que chega até os vasos sanguíneos

Ozônio Um dos elementos com maior potencial nocivo, forma-se pela reação

do sol com substâncias como o dióxido de nitrogênio, solventes

evaporados e combustíveis não queimados totalmente

Dióxido de

nitrogênio

Forma-se por meio de processos de combustão de veículos,

indústrias e usinas térmicas. Altamente lesivo, contribui para o

surgimento da chuva ácida e do ozônio

Monóxido

de carbono

Incolor e sem cheiro, resulta principalmente da combustão

incompleta de motores automotivos. Seus índices eram mais altos

até os anos 80, quando os carros não tinham tecnologia de controle

ambiental

Dióxido de

enxofre

Seu cheiro lembra o do gás produzido por um palito de fósforo.

Surge através da queima de óleo e diesel e pode provocar a

formação de chuva ácida

fonte: Veja São Paulo, 27.jul.11

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013

• a Resolução 05/89 do CONAMA criou o

Programa Nacional de Controle da Qualidade

do Ar – PRONAR

• o PRONAR foi criado com o intuito de “permitir

o desenvolvimento econômico e social do país

de forma ambientalmente segura, pela

limitação dos níveis de emissão de poluentes

por fontes de poluição atmosférica, com vistas

à melhora da qualidade do ar, ao atendimento

dos padrões estabelecidos e o não

comprometimento da qualidade do ar nas

áreas consideradas não degradadas”

24.2.2. Padrões de qualidade do ar

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• outra Resolução do CONAMA, a 03/90,

estabeleceu os padrões de qualidade para

monitoramento do ar, divididos em primários e

secundários

• os padrões primários são aqueles que, se

superados, podem afetar a saúde da

população

• os padrões secundários são as concentrações

de poluentes abaixo das quais se prevê o

mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da

população e mínimo dano ao ambiente em

geral. Podem ser entendidos como metas de

longo prazo

24.2.2. Padrões de qualidade do ar

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• em comparação com os valores propostos

pela Organização Mundial da Saúde (OMS),

os padrões brasileiros não são os mais

rigorosos

• para o CONAMA, esses padrões são

satisfatórios em relação à realidade brasileira

• os 3 quadros a seguir trazem os padrões

estabelecidos para os 7 poluidores utilizados,

segundo a Resolução 03/90, para

determinação da qualidade do ar em todo o

país

24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

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24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

Componentes Padrão Primário Padrão Secundário

(I)

Partículas

totais em

suspensão

(1) concentração média

geométrica anual de 80

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas de 240 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

(1) concentração média

geométrica anual de 60

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas, de 150 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

(II)

Fumaça

(1) concentração média

aritmética anual de 60

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas, de 150 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

(1) concentração média

aritmética anual de 40

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas, de 100 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

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24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

Componentes Padrão Primário Padrão Secundário

(III)

Partículas

inaláveis

(1) concentração média aritmética anual de 50 μg/m3 de

ar

(2) concentração média de 24 horas de 150 μg/m3 de ar,

que não deve ser excedida mais de uma vez por ano

(IV)

Dióxido de

enxofre

(SO2)

(1) concentração média

aritmética anual de 80

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas, de 365 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

(1) concentração média

aritmética anual de 40

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

24 horas, de 100 μg/m3 de

ar, que não deve ser

excedida mais de uma vez

por ano

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24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

Componentes Padrão Primário Padrão Secundário

(V)

Monóxido de

Carbono

(CO)

(1) concentração média de 8 horas, de 10.000 μg/m3 de

ar (9 ppm), que não deve ser excedida mais de uma vez

por ano

(2) concentração média de 1 (uma) hora, de 40.000

μg/m3 de ar (35 ppm), que não deve ser excedida mais

de uma vez por ano

(VI)

Ozônio

(O3)

concentração média de 1 (uma) hora, de 160 μg/m3 de

ar, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano

(VII)

Dióxido de

nitrogênio

(NO2)

(1) concentração média

aritmética anual de 100

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

1 hora, de 320 μg/m3 de ar

(1) concentração média

aritmética anual de 100

μg/m3 de ar

(2) concentração média de

1 hora, de 190 μg/m3 de ar

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013

24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

• na Resolução 03/90, o CONAMA estabelece

que a aplicação diferenciada de padrões

primários e secundários requer que o país seja

dividido em classes (I, II e III)

• enquanto não for estabelecida essa

classificação, os padrões aplicáveis no Brasil

serão os primários

• a mesma Resolução estabelece, ainda, os

critérios para episódios agudos de poluição do

ar (estados de “Atenção”, “Alerta” e

“Emergência”)

Componentes Limite

tolerado

Situação

atual Unidade

Partículas inaláveis 50 89 μg/m3

Ozônio 100 115 μg/m3

Dióxido de nitrogênio 142 200 μg/m3

Monóxido de carbono 3,4 9 ppm

Dióxido de enxofre 11,5 20 μg/m3

Adaptado de Veja São Paulo, 27.jul.11 (dados do limite: OMS; da situação atual: Cetesb, jul.11)

Índices de poluentes na Região Metropolitana de

São Paulo

24.2.2. Padrões de qualidade do ar (cont.)

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A realidade do país:

• crescimento social e econômico

• taxas de urbanização crescentes

• transporte público deficiente

• aumento da motorização (autos, motos e

caminhões), com recordes de produção

das montadoras sendo batidos mês a

mês

24.3 Mobilidade urbana sustentável

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013

• o atual padrão de mobilidade baseado no

transporte motorizado individual é

insustentável

• a má qualidade do transporte e a falta de

planejamento urbano estimula o uso do

automóvel, aumentando os

congestionamentos e degradando o ambiente

• nessa conjuntura, não é possível atender às

necessidades de deslocamento da população

e tampouco a proteção ambiental

24.3 Mobilidade urbana sustentável (cont.)

1o s

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013

O Governo Federal, em busca soluções para

esse problema, publicou a Lei 12.567/12, que

traz o Plano Nacional de Mobilidade Urbana

(PNM)

Entre as várias diretrizes e propostas do Plano,

vale destacar:

• integração da PNM com a política de

desenvolvimento urbano e respectivas

políticas setoriais de habitação, saneamento

básico, planejamento e gestão do uso do solo

no âmbito dos entes federativos

24.3 Mobilidade urbana sustentável (cont.)

1o s

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estre

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013

• prioridade dos modos de transportes não

motorizados sobre os motorizados e dos

serviços de transporte público coletivo sobre

o transporte individual motorizado

• integração entre os modos e serviços de

transporte urbano

• mitigação dos custos ambientais, sociais e

econômicos dos deslocamentos de pessoas e

cargas na cidade

• incentivo ao desenvolvimento científico-

tecnológico e ao uso de energias renováveis

e menos poluentes

24.3 Mobilidade urbana sustentável (cont.)

1o s

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estre

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013

• priorização de projetos de transporte público

coletivo estruturadores do território e

indutores do desenvolvimento urbano

integrado

• restrição e controle de acesso e circulação,

permanente ou temporário, de veículos

motorizados em locais e horários

predeterminados

• aplicação de tributos sobre modos e serviços

de transporte urbano pela utilização da

infraestrutura urbana

24.3 Mobilidade urbana sustentável (cont.)

1o s

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24.3 Mobilidade urbana sustentável (cont.)

• dedicação de espaço exclusivo nas vias

públicas para os serviços de transporte

público coletivo e modos de transporte não

motorizados

• monitoramento e controle das emissões dos

gases de efeito local e de efeito estufa dos

modos de transporte motorizado, facultando a

restrição de acesso a determinadas vias em

razão da criticidade dos índices de emissões

de poluição

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24.4. Os congestionamentos e a emissão de

gases

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24.4. Os congestionamentos e a emissão de gases

(cont.)

• os congestionamentos trazem vários

efeitos negativos à sociedade, ligados às

questões ambientais (poluição do ar e

sonora), de saúde (estresse e problemas

respiratórios) e econômicos (gasto de

combustível e perda de produtividade),

entre outro fatores

• o cálculo desse custo social é complexo,

devido à grande quantidade de variáveis

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24.4. Os congestionamentos e a emissão de gases

(cont.)

• o consumo de combustíveis e a emissão de

poluentes estão relacionados diretamente à

velocidade de deslocamento, o que permite

estimar alguns dos custos envolvidos

Custos da

emissão de

poluentes e

dos acidentes

de trânsito por

modo (2010)

fonte: ANTP

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013

24.4. Os congestionamentos e a emissão de gases

(cont.) fonte

: Thin

kin

g H

ighw

ays, s

et-o

ut/1

2

O controle da velocidade em uma via pode

reduzir a emissão de poluentes: sob

determinadas circunstâncias é melhor ter uma

velocidade mais baixa, mas constante, do que

correr o risco de congestionamentos

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013

24.4.1. Consumo de combustível

Segundo dados do IPEA/ANTP:

Para automóveis (gasolina):

C = 0,09543 + (1,26643 / V) – (0,00029 . V)

onde:

V = velocidade (Km/h)

C = consumo (l/km)

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24.4.1. Consumo de combustível (cont.)

Segundo dados do IPEA/ANTP:

Para ônibus (diesel):

C = 0,44428 + 0,00008 V2 - 0,00708 V+ 1,37911/V + 0,00107K

onde:

V = velocidade (Km/h)

K = carregamento (sentado + em pé )

C = consumo (l/km)

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24.4.2. Emissão de poluentes

• ainda segundo o IPEA/ANTP, os coeficientes

de emissão de poluentes por veículos

automotores variam muito em função das

condições dos combustíveis e dos veículos

• o estudo do IPEA/ANTP concentrou-se na

emissão dos quatro principais poluentes

nocivos à saúde: monóxido de carbono (CO),

hidrocarbonetos (HC), óxido de nitrogênio

(NO) e materiais particulados (P)

Obs.: após emitido pelos escapamentos, o NO reage

com o ar, oxidando-se, e se transformando em NO2

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24.4.2. Emissão de poluentes (cont.)

As equações abaixo relacionam as emissões

dos poluentes com a velocidade, utilizando-se

as estimativas da CETESB (1994) para o veículo

médio da cidade de São Paulo

Poluente (g/km) automóveis ônibus

HC HC = - 0,28 + (62,48/V) HC = 14,14 - 3,67 lnV

CO CO = - 4,51 + (727/V) + (1,34x10-3.V2) CO = 43,34 - 8,98 lnV

NO NO = 1,03 + (7,477x10-5.V2) NO = 37,21 - 6,46 lnV

Particulados (P) A emissão é irrelevante P = 1,74 - 0,32 lnV

Obs.: para os automóveis as equações foram definidas para V ≤ a 80

km/h

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013

24.4.2. Emissão de poluentes (cont.)

O referido estudo estabeleceu os seguintes

custos para os poluentes da tabela anterior:

CO = R$ 0,19/kg

HC = R$ 1,14/kg

NO = R$ 1,12/kg

Partículas = R$ 0,91/kg

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013

O custo da poluição do ar pelo trânsito

fonte: O Globo, 29.jan.13

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24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar

pelo trânsito

Baseados nos dados e fórmulas fornecidos,

podemos estimar o custo do trânsito da cidade

de São Paulo do ponto de vista ambiental,

considerando o consumo de combustível e a

respectiva emissão de poluentes

Para as estimativas foram utilizados algumas

simplificações, como, por exemplo, o tráfego

sendo composto apenas por automóveis (que,

na verdade, representam mais de 80% da frota).

As demais variáveis têm sua origem citada nos

textos a seguir

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013

24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar pelo

trânsito (cont.)

Consumo de combustível (C)

• Velocidade média – 17,4 km/h (obtido a partir de

dados da CET, publicado em 04.nov.12 na Folha de S. Paulo)

• C = 0,09543 + (1,26643 / 17,4) – (0,00029 . 17,4)

• Consumo total (C) = 0,16316 l/km

• Preço da gasolina: R$ 2,39 (out.12) (conforme

pesquisa em postos de combustível)

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013

24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar pelo

trânsito (cont.)

Consumo de combustível

• a média da extensão de lentidões em São

Paulo, de 2ª à 6ª, entre 18h00 e 19h00, é de

110,8 km (calculado a partir de dados da CET)

• nessa extensão serão gastos 110,8 km X

0,1631 l/km = 2.962,8 litros de combustível

custo total do combustível = R$ 7.081,10

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013

Emissão de poluentes

Para a velocidade de 17,4 km/h (a mesma

usada no cálculo anterior, temos:

HC = - 0,28 + (62,48/17,4) = 3,31 g/km

CO = - 4,51 + (727/17,4) + (1,34x10-3.17,42) = 37,29 g/km

NO = 1,03 + (7,477x10-5.17,42) = 1,05 g/km

24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar pelo

trânsito (cont.)

1o s

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013

Emissão de poluentes – totais diários das 18h00

às 19h00

Peso dos poluentes (g) Custo (R$)

HC = 3,32 g/km . 110,8 km = 367,9 g 1,14 . 367,9 = 419,41

CO = 37,29 g/km . 110,8 km = 4.131,7 g 0,19 . 4.131,7 = 785,02

NO = 1.05 g/km . 110,8 km = 116,34 g 1,12 . 116,34 = 130,30

24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar pelo

trânsito (cont.)

Custo total dos poluentes = R$ 1.334,73

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013

24.4.3. Cálculo dos custos da poluição do ar pelo

trânsito (cont.)

Portanto, nesta estimativa, o custo total da

poluição do ar gerado pelos automóveis para a

cidade de São Paulo, entre 18h00 e 19h00, de

um dia útil, é de:

R$ 8.415,83

Considerando-se 8 horas (*) por dia e 250 dias

úteis, teríamos um custo estimado de R$

16.831.660,00, referentes à poluição do ar pelos

automóveis nos horários de pico

(*) períodos das 7h000 às 10h00 e das 17h00 às 20h00

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013

24.5. Túneis urbanos

No meio urbano é cada vez mais comum a

utilização de túneis para resolução de problemas

de gargalos formados por cruzamentos saturados

A qualidade do ar nos túneis é particularmente

preocupante, pois a dificuldade na dispersão dos

gases eleva a concentração dos poluentes

Túneis longos são os que mais preocupam, pois,

em geral, a ventilação natural não é suficiente

para dispersar os gases, demandando sistemas

de ventilação forçada

1o s

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estre

de 2

013

Tipo Esquema Ventilação Observação

Longitudinal Ventiladores

axiais

Indicada para

túneis

unidirecionais

longos

(~ 5.000 m)

Transversal

Injeção e

aspiração do

ar por sistema

de ventilação

Exige canais para

fluxo do ar,

sistemas de

máquinas e,

eventualmente,

torres de captação

Semi-transversal

Entrada de ar

por injeção

transversal e

saída pelos

emboques

-

24.5. Túneis urbanos (cont.)

Sistemas de ventilação forçada em túneis

1o s

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estre

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013

• além da questão da ventilação, outra

preocupação operacional é a ocorrência

de incêndios em túneis

• a NBR 15.661 – “Proteção contra

incêndios” (ABNT), publicada em 2012,

trata dos requisitos de segurança

necessários para esse tipo de acidente em

túneis de transporte de passageiros e de

cargas

24.5. Túneis urbanos (cont.)

1o s

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estre

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013

Alguns incêndios

em túneis nos

últimos anos

Túnel País (es) Data Vítimas

Monte Branco França e Itália 24.mar.99 39 mortos

Tauern Áustria 29.mai.99 12 mortos

St. Gotthard Suíça 24.out.01 11 mortos

Hsuehshan Taiwan 08.mai.02 2 mortos

Los Angeles/Sta. Clarita EUA 12.out.07 2 mortos

Sob o Canal da Mancha Inglaterra e França 11.set.08 Sem mortos

24.5. Túneis urbanos (cont.)

1o s

em

estre

de 2

013

Tendo em vista os problemas ambientais e

operacionais apresentados, os túneis modernos

são equipados com centrais de controle,

fortemente baseadas em ITS

A infraestrutura dessas centrais pode contar

com sistemas de controle e monitoramento do

nível de gases; da ventilação; de incêndio; dos

painéis de mensagens variáveis; da portas de

galerias; fiscalização de velocidade; detecção

de incidentes e circuito fechado de TV, entre

outros

24.5. Túneis urbanos (cont.)