aula 2 -legislação e qualidade das Águas (1)

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  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Qualidade das ÁguasLegislação Ambiental e Características físicas,

    químicas e biológicas de águas de abastecimentoáguas residuárias. Importância sanitária e

    ambiental.

    IntroduçãoPadrões Físicos

    IPH02050 – Tratamento de água e esgoto - Turma AProf. Luiz Fernando Cybis

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    LEGISLAÇÃO AMBIENTALO princípio hierárquico geral das esferas federais, estaduais

    e municipais é seguido também na área ambiental. Assim,as leis estaduais terão que ser no mínimo tão restritivasquanto as federais, sendo normalmente mais restritivas. Istovale também para a relação entre as leis municipais e asestaduais e federais.

    A legislação ambiental brasileira é bastante ampla, cobrindoaspectos tais como: recursos hídricos, resíduos sólidos,poluição atmosférica e meio ambiente em geral, entre

    outros.

    Deve-se ressaltar o problema do cumprimento das leis,sempre de difícil fiscalização no Brasil.

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    Lei 9433 de 8 de janeiro de 1997 (Federal): Instituiu aPolítica Nacional de recursos Hídricos e criou o Sistema

    Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Esta lei foibaseada na Lei No. 10350/1994 do Rio Grande do Sul. Elarevolucionou as relações da comunidade com os seusrecursos hídricos, estando fundamentada nos seguintesprincípios:

    • a água é um bem de domínio público;• a água e um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;• em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos

    hídricos é o consumo humano e a dessedentação deanimais;• a gestão dos recursos hídricos deve sempreproporcionar o uso múltiplo das águas;

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    • a bacia hidrográfica é a unidade territorial paraimplementação da Política Nacional de Recursos Hídricos eatuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de

    Recursos Hídricos;• a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada econtar com a participação do Poder Público, dos usuários edas comunidades.

    São instrumentos da Política Nacional de RecursosHídricos:• os Planos de Recursos Hídricos;• o enquadramento dos corpos d'água em classes, segundo

    os usos preponderantes da água;• a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;• a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;• a compensação a municípios;• o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

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    Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011 (Federal) emsubstituição a portaria Nº 518/2004

    • Dispõe sobre os procedimentos de controle e devigilância da qualidade da água para consumo humano eseu padrão de potabilidade.• Não se aplica as águas envasadas.• Ela especifica que o responsável pelo sistema deveexercer o controle da qualidade d'água.• Aumentou a necessidade de análises imposta asempresas operadoras.

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    CONAMA 357/2005 (Federal):

    • Dispõe sobre a classificação dos corpos d'água

    brasileiros e diretrizes ambientais para o seuenquadramento.• De acordo com esta norma, o enquadramento doscorpos d' água deve considerar não necessariamente oseu estado atual, mas os níveis de qualidade quedeveriam possuir para atender às necessidades dacomunidade e garantir os usos concebidos para osrecursos hídricos. As águas foram classificadas em 13classes, sendo: 5 classes para as águas doces (salinidade< 0,5 0/00), 4 classes para as águas salinas(salinidade >30,0 0/00) e 4 classes para as águas salobras (salinidadeentre 0,5 e 30,0 0/00). Esta resolução é atualmente oprincipal instrumento na legislação de qualidade das

    águas de corpos receptores.

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    CONAMA 430/2011 (Federal) complementa e altera aCONAMA 357/2005

    Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento deefluentes, complementa e altera a CONAMA N. 357/2005.• O lançamento indireto de efluentes no corpo receptor deverá observar o disposto na Resolução quandoverificada a inexistência de legislação ou normasespecíficas, disposições do órgão ambiental competente,bem como diretrizes da operadora dos sistemas de coletae tratamento de esgoto sanitário.• Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptorcaracterísticas de qualidade em desacordo com as metasobrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seuenquadramento.

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    * CONAMA 274/2000 (Federal): Define os critériosde balneabilidade (recreação de contato primário)em águas brasileiras. Utiliza a mesma classificaçãodo CONAMA 357/2005 relativamente a águas doces,salobras e salinas. Define as águas dentro de duascategorias: próprias (excelente, muito boa e

    satisfatória) ou impróprias.* Resolução No. 128/2006 do CONSEMA (Estadual):Dispõe sobre a fixação de padrões de emissão de

    efluentes líquidos para fontes de emissão quelancem seus efluentes em águas superficiais do RioGrande do Sul. Os padrões de emissão são, emmuitos casos, mais restritivos que os estabelecidosa nível federal (CONAMA 430/2011).

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    * Lei No. 10350 de 30 de dezembro de 1994(Estadual): Instituiu o Sistema Estadual de

    Recursos Hídricos para o estado do Rio Grandedo Sul. Ela serviu de base para a Lei 9433federal, sendo portanto muito similares.

    * Lei No. 11445/2007: Estabelece as diretrizesnacionais para o saneamento básico e para apolítica federal de saneamento básico. Ela tratada universalidade dos serviços de saneamento,da sua titularidade e apresenta um caráter privatizante. A Lei define como saneamentobásico: abastecimento de água, esgotamentosanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduossólidos.

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    CONAMA 357/2005

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    CONAMA 357/2005

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    ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO• A potabilidade de uma água é definida através de um conjunto d

    parâmetros e padrões estabelecidos por normas e legislaçõessanitárias.

    • O padrão de potabilidade da água, ERA definido pela Portaria 51de 25 de março de 2004, tendo sido substituida pela Portaria n2914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, que

    apresenta um conjunto de valores máximos permissíveis dascaracterísticas fisico-químicas, microbiológicas e organolépticadas águas destinadas ao consumo humano.

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    PADRÕES DE ESGOTO PARA LANÇAMENTODIRETO OU INDIRETO EM CORPOS

    RECEPTORES• Definido através de um conjunto de parâmetros e padrões estabelecidos por norma

    legislações sanitárias, estaduais e federais.• Na esfera federal, estes padrões ERAM definidos no artigo 34 do capítulo IV - D

    Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes, da Resolução CONAMA 357/20

    A resolução CONAMA 430/2011 revoga o inciso XXXVIII do art. 2o, os arts. 24 a

    e os arts. 39, 43, 44 e 46 da 357/2005, e chama para sí a fixação destes padrões.• Na esfera estadual (RS), estes padrões são definidos pela Resolução No. 128/2006

    CONSEMA. Os padrões de emissão são, em muitos casos, mais restritivos queestabelecidos a nível federal.

    • Como no caso da água para consumo humano, trata-se de um conjunto de padrões

    podem ser agrupados em físicos, químicos e biológicos.

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    Balneabilidade – categoria

    Padrões para o corpo d’água

    Excelente Máximo de 250 CF/100ml 1 ou 200 EC/100ml 3 ou 25 Enterococos/100ml 4 em 80% oumais das amostras das cinco semanas anteriores.

    Muito Boa Máximo de 500 CF/100ml 1 ou 400 EC/100ml 3 ou 50 Enterococos/100ml 4 em 80% oumais das amostras das cinco semanas anteriores.

    Própria

    Satisfatória Máximo de 1000 CF/100ml 1 ou 800 EC/100ml 3 ou 100 Enterococos/100ml 4 em 80% ou

    mais das amostras das cinco semanas anteriores.a) Não atendimento aos critérios estabelecidos para as águas próprias. b) Incidência elevada ou anormal, na região, de enfermidades transmissíveis por via hídrica,indicadas pelas autoridades sanitárias.

    c) Valor obtido na última amostragem for superior a 2500 CF/100ml 1 (termotolerantes) ou

    2000 EC/100ml 3 ou 400 Enterococos/100 ml.d) Presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleos,graxas e outras substâncias, capazes de oferecer risco à saúde ou tornar desagradável arecreação.e) pH < 6,0 ou pH > 9,0 (águas doces), à exceção das condições naturais.f) Floração de algas ou outros organismos, até que se comprove que não oferecem riscos àsaúde humana.

    Imprópria

    h) Outros fatores que contra-indiquem, temporária ou permanentemente, o exercício darecreação de contato primário.

    (1) Coliformes Fecais (2) Coliformes Totais (3) Escherichia coli

    (4) Os padrões referentes aos enterococos aplicam-se somente às águas marinhas

    Resolução CONAMA 274/2000Padrões de balneabilidade

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    Durante a circulação da água pela biosfera,processos de lixiviação e dissolução de rochas e vegetais,além de fatores antropogênicos, vão acumulando e/outransportando diferentes constituintes que vão conferir àágua características próprias que naturalmente variam deacordo com as situações geológicas e climatológicaslocais. Estes diferentes constituintes genericamentechamados de "impurezas" se distribuem na massa líquidaconforme seu tamanho de partícula entre formas solúveis(dp ≤ l0-3 m), coloidais (l0-3 m ≤ dp ≤ 1 m ) esuspensos (dp > 1 m), conforme é mostrado na figura a

    seguir.

    Impurezas na água

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    Distribuição das impurezas na água em função de seu tamanho

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    Dimensão das Partículas

    Dissolvidos Coloidais Suspensos

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    As impurezas solúveis são aquelas que se apresentam dissociadou seja estão dissolvidas em água como os sais (cálcio, magné

    sódio, ferro) e gases como oxigênio, dióxido de carbonitrogênio, sulfídrico, etc...As partículas ou gotículas muito pequenas dispersas e

    água como as substâncias vegetais (corantes), argila, bactériavírus são exemplos de impurezas coloidais. Já as partícurelativamente grandes de substâncias que flutuam sobre a água chamadas de impurezas em suspensão. Algas, fungos, bactéinócuas e patogênicas, vermes, larvas, areia, silte, argila e resídindustriais e domésticos são os principais exemplos desta formaimpureza.

    No quadro a seguir, podem ser observados os efeitos direocasionados pela presença de impurezas em função do estado que se encontram na água.

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    Impurezas Estado EfeitosAreiaSilteArgilaBactériasMicrorganismosResíduos industriaisResíduos domésticosCorantes vegetaisSílicaBicarbonatos de cálcio e magnésioCarbonatos de cálcio e magnésio

    Sulfatos de cálcio e magnésio

    Cloretos de cálcio e magnésio

    Bicarbonato de sódioCarbonato de sódioSulfatos de sódioFluoretos de cálcioCloretos de cálcioFerroManganêsOxigênioBióxido de carbonoNitrogênio

    SuspensãoSuspensãoSuspensãoSuspensãoSuspensãoSuspensãoSuspensãoColoidalColoidalDissolvidos

    Dissolvidos

    Dissolvidos

    Dissolvidos

    DissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidosDissolvidos

    Dissolvidos

    TurbidezTurbidezTurbidezDoenças e prejuízo às instalaçõesTurbidez, cheiro e corPoluiçãoPoluiçãoCor, sabor e acidezTurbidezAlcalinidade e dureza

    Alcalinidade e dureza

    Dureza

    Dureza e corrosividade em caldeiras

    AlcalinidadeAlcalinidadeAção laxativaAção sobre os dentesSaborSabor, corCorCorrosividadeAcidez e corrosividade

    Nulo

    Efeitos do estado das impurezas sobre a água

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    Parâmetros importantes para a“qualidade” das águas e

    esgotos

    FísicosQuímicos

    Biológicos

    â

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    Parâmetros importantes para a“qualidade” das águas e

    esgotos

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    Físicos Químicos Biológicos

    SólidosCor Turbidez

    TemperaturaSabor e odor Condutividade

    pHAcidez e alcalinidadeDurezaOxigênio DissolvidoMatéria orgânicaDemanda bioquímica deoxigênioDemanda química de oxigênioNitrogênioFósforoEnxofreMicropoluentes orgânicos einorgânicosOutros

    Organismos indicadores:Coliformes

    Organismos específicos:CianobactériasMicrofaunaetc.

    Testes de toxidade:AgudaCrônica

    Parâmetros

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    Parâmetros físicos• Sólidos

    • Cor

    • Turbidez• Temperatura

    • Sabor e odor• Condutividade

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    Sólidos

    Sólidos Totais ST

    Sólidos Sus ensos Totais SST

    Sólidos Dissolvidos Totais SDT

    Sólidos Suspensos Voláteis(SSV)

    Sólidos Suspensos Fixos(SSF)

    Sólidos DissolvidosVoláteis (SDV)

    Sólidos Dissolvidos Fixos(SDF)

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    Sólidos• Sólidos Totais (ST): é a matéria que permanece

    como resíduo após evaporação de um volumeconhecido a temperatura entre 103 C e 105 C.

    • Sólidos Suspensos Totais (SST): é a matéria quefica retida após passagem de um volumeconhecido por um filtro com poros de tamanhoaproximado de 1,2 micrômetros ( 1 m = 10-6 m).A água presente no filtro é evaporada atemperatura entre 103 C e 105 C.

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    Sólidos• Sólidos Dissolvidos Totais (SDT): é a matéria que passa p

    filtro com tamanho de poros aproximado de 1,2 m. O líquidoque passou pelo filtro é evaporado a temperatura entre 103Ce 105 C. Estes sólidos são também chamados de sólidfiltráveis totais.

    Embora denomine-se os sólidos que passaram pelo filcomo sólidos dissolvidos, na verdade, estão presentes tambsólidos coloidais. Colóides são partículas com tamanhos qvariam entre 0,001 m a 1,0 m. Partículas menores que

    0,001 m são moléculas e íons. A rigor, somente esta fraçcomporia os sólidos dissolvidos. Entretanto, na práticautilizado o termo dissolvido para todas as partículas q passam pelo filtro de 1,2 m.

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    SólidosSólidos totais, suspensos e dissolvidos podem s

    classificados em função de sua volatilidade.• Sólidos Fixos Totais (SFT): é a matéria que permanece coresíduo após calcinação de um volume conhecido temperatura de 550C 50 C.

    Sólidos Voláteis Totais (SVT): é a matéria que foi volatilizapós calcinação de uma dado volume de amostra temperatura de 550C 50 C.

    • Sólidos Suspensos Fixos (SSF): é a matéria que permanretida no filtro de 1,2 m após calcinação do filtro atemperatura de 550C 50 C.

    • Sólidos Suspensos Voláteis (SSV): é a matéria que volatilizada após calcinação do filtro a temperatura de 550C 50 C.

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    Sólidos• Sólidos Dissolvidos Fixos (SDF): é a matéria que perman

    como resíduo após calcinação a temperatura de 550C 50 Cdo volume que passou pelo filtro de 1,2 m.• Sólidos Dissolvidos Voláteis (SDV): é a matéria que

    volatilizada após calcinação a temperatura de 550C 50 C

    do volume que passou pelo filtro de 1,2 m.

    Sólidos voláteis e fixos representam, respectivamente, sólidos orgânicos e inorgânicos presentes na amostra.

    ST, SST, SDT, SFT, SVT, SSF, SSV, SDF, SDV são expressoem unidades de massa por volume, usualmente mg/L.

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    Sólidos

    Aparelho de filtragem

    Sólidos após filtração

    Sólidos após evaporação

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    Sólidos

    Estufa Mufla

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    Análises para determinação das concentrações de sólidos presentes em

    um esgoto bruto foram realizadas. Com base nas informaçõesmostradas abaixo, determine as concentrações de ST, SST, SDT, SFT,SVT, SSV, SSF, SDV e SDF do esgoto. O volume de amostra utilizadoem todas as análises foi de 50 mL. Expresse os resultados em mg/L.

    Peso do cadinho de evaporação da amostra: 53,5433 g Peso da cadinho de evaporação mais resíduo após evaporação à105 C: 53,5793 g

    Peso da cadinho de evaporação mais resíduo após calcinação à550 C: 53,5722 g

    Peso do filtro de 1,2 m: 1,5433 g Peso do filtro com resíduo após secagem à 105 C: 1,5553 g Peso do filtro com resíduo após calcinação à 550 C: 1,5531 g

    Exercício de Sólidos

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    Sólidos• Sólidos Sedimentáveis: é o volume de

    sólidos que sedimentam ao fundo derecipiente em forma de cone (ConeImhoff) em um período de 60 minutos. Éuma medida da quantidade de sólidosque poderão ser removidos emdecantadores primários de ETEs. Sólidossedimentáveis são expressos emunidades de mL/L.

    Cone Imhoff

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    Sólidos• Determinações importantes na prática para:

    – Água: sólidos totais e, eventualmente, sólidosdissolvidos e suspensos.

    – Esgoto: sólidos sedimentáveis e, sólidossuspensos, dissolvidos, voláteis e fixos, eeventualmente, sólidos totais.

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    Sólidos (padrões)• Água: SDT < 1.000 mg/L•

    Esgoto: – materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora e

    cone Imhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuvelocidade de circulação seja praticamente nula, os materi

    sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes.• Classesd’água :

    – Classe 1, 2: resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausent – Classe 3: resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes

    sólidos dissolvidos totais < 500 mg/L – Classe 4: substâncias facilmente sedimentáveis qu

    contribuam para o assoreamento de canais de navegaçãvirtualmente ausentes

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Cor

    A água pura é incolor. No entanto, devido à presença de substâncias coloridas dissolvidas(resíduos industriais, compostos de ferro emanganês) e coloidais finamente dispersasresultante do contato da água com resíduosorgânicos e extratos vegetais (folhas, madeirastaninos, ácidos húmicos) a água adquire cor. Aáguas superficiais podem ainda adquirir cor po

    poluição com águas residuárias altamente coloridascomo os esgotos provenientes das operações detingimento da industria têxtil e das operações d polpação da indústria do papel.

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    A cor de uma amostra de água está associada aograu de redução de intensidade que a luz sofre aoatravessá-la (e esta redução dá-se por absorção de parte da radiação eletromagnética), devido à presença de sólidos dissolvidos, e principalmentematerial em estado coloidal orgânico e inorgânico.

    Cor

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Cor

    As águas superficiais podem parecer altamentecoloridas ou apresentar turvação devido à matériacorante em suspensão. A cor causada por matéria emsuspensão é designada por "cor aparente" e é

    diferençada da cor devida aos extratos vegetais ouorgânicos que são coloidais e que constituem a "corverdadeira". Em termos de análise de água éimportante distinguir entre cor "aparente" e cor"verdadeira", pois parte da "aparente" pode serremovida por coagulação-floculação-sedimentação,enquanto a cor "verdadeira" é mais difícil de serremovida pelos processos convencionais.

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Cor• A cor é determinada por comparação visual da amostra

    com soluções padrão de platina-cobalto dconcentrações conhecidas, sendo o resultado forneciem unidades de cor, também chamadas de unidad

    Hazen (uH).• Quantificado por meio de equipamento colorimétrico• 1 unidade de cor = 1 mg/L K 2PtCl6•

    Medido em Unidade Hazen – uH

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Cor• Assim como a cor das águas naturais é uma

    preocupação para fins de abastecimento de água potável, também o é para industrial (algumasindústrias requerem água sem cor).

    • Remover cor é caro (custos de capital e de operação).•

    Cor em águas naturais, se usadas para abastecimento(desinfecção), podem ser precursoras deorganoclorados.

    Determinação de cor na entrada e na saída de ETA,serve para definir as dosagens de produtos químicosusados no processo de coagulação/floculação, deforma a garantir um tratamento econômico e produzir

    uma água tratada dentro do padrão exigido.

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    Cor (padrões)• Água: Cor aparente < 15 mg Pt-Co/L• Esgoto: nada consta• Classesd’água :

    – Classe 1:• corantes provenientes de fontes antrópicas:

    virtualmente ausentes• cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de águ

    em mg Pt/L – Classe 2 e 3: cor verdadeira: até 75 mg Pt/L – Classe 4: nada consta

    bid

  • 8/18/2019 Aula 2 -Legislação e Qualidade Das Águas (1)

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    TurbidezÉ uma característica decorrente da presença de substâncias em

    suspensão (argila coloidal, areia, silte, limo, lodo) de matériaorgânica e inorgânica finamente dividida em estado coloidal ede organismos microscópicos que absorvem e dispersam osraios luminosos em lugar de permitir sua passagem através da

    água. A turbidez, é portanto, uma medida da resistência daágua a passagem da luz em linha reta. A origem destesmateriais na água pode ser natural como a devida à erosão dosolo pelas águas de rolamento e a do próprio leito do rio, além

    das contribuições de esgotos domésticos e industriais. Pode sercausada também por bolhas de ar finamente divididas,fenômeno que ocorre com certa freqüência em alguns pontosda rede de distribuição ou em instalações domiciliares.

    T bid

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    TurbidezA turbidez é utilizada não só como um parâmetro d

    caracterização de águas brutas e tratadas, mas tambécomo parâmetro de controle de operação das estações tratamento de água.A determinação da turbidez é feita através de um procesde nefelometria, ou seja, através de uma fotocélu(turbidímetro) que compara a intensidade de luz disper pela amostra sobre condições definidas, com a intensidade luz dispersa por uma solução de referência padrã(polímero de formazina) sobre as mesmas condições. método dá resultados em unidades nefelométrica dturbidez (N.T.U.), também denominado por uT.

    T bid

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    Turbidez•

    Medida por equipamento denominado deturbidímetro.

    T bid

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    Turbidez

    • Quantificada em uT (Unidade de turbidez,unidade de Jackson ou nefelométrica);

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    TurbidezA turbidez é um dos mais importantes parâmetros d

    controle operacional da ETA. Sua medida à saída de cadunidade de tratamento dá uma boa indicação da evoluçãou eficácia do tratamento.

    Esgotos com maior concentração de matéria orgânicasólidos em suspensão apresentam turbidez mais elevadÉ utilizada para caracterizar a eficiência do tratamensecundário. Em lagoas, reduz a penetração da luz solar ncoluna d́água. Os sólidos em suspensão podem carreanutrientes e pesticidas. As partículas localizadas próximà superfície podem absorver calor adicional da luz sola

    aumentando a temperatura superficial da água.

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    Turbidez (padrões)• Água:

    – < 5 uT – Para a garantia da qualidade microbiológica da água,

    complementação às exigências relativas aos indicadmicrobiológicos, deve ser observado o padrão de turbidez exprestabela abaixo:

    Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecçã

    Tratamento da água VMP

    Desinfecção (água subterrânea) 1,0 uTFiltração rápida (tratamentocompleto ou filtração direta)

    0,5 uT

    Filtração lenta 1,0 uT

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    Turbidez (padrões)•

    Esgoto: nada consta.• Classesd’água :

    – Classe 1: turbidez até 40 uT – Classe 2 e 3: turbidez: até 100 uT – Classe 4: nada consta

    T t

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    TemperaturaA temperatura é um parâmetro físico de vital importân

    pois influencia as velocidades de reações químicas ebioquímicas, tendo influência na flora e fauna e namudança de parâmetros de qualidade da água ,como por exemplo, na concentração de saturação de oxigêndissolvido; na desoxigenação e decomposição de matéorgânica; na densidade e viscosidade da água; nfotossíntese, na estratificação términa, na redução bactérias; e no tratamento de água e esgoto. Normalmente a temperatura satisfatória de abastecimendeve ser menor que 26 oC.

    T

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    Temperatura

    • Pode ser de origem natural;• Associada a fenômenos de radiação condução

    e convecção;• De origem antropogênica:

    – Torre de resfriamento; – Despejo industrial.

    • Parâmetro importante nas unidades detratamento biológico de esgotos;

    T

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    Temperatura• Determinação: termômetros e sensores eletrônicos

    de temperatura;• Unidade: °C, °F, K.

    T

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    Temperatura• Em tratamento de esgotos influencia:

    – Nas operações de natureza biológica. – Nos processos de transferência de oxigênio. – Nas operações em que ocorrer o fenômeno da

    sedimentação.• T - taxa das reações químicas•

    T -

    taxa de transferência de gases

    • T - solubilidade dos gases

    T t ( d õ )

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    Temperatura (padrões)• Água: nada consta.• Esgoto: inferior a 40oC, sendo que a variação

    de temperatura do corpo receptor não deveráexceder a 3oC no limite da zona de mistura,desde que nao comprometa os usos previstos para o corpod’agua.

    • Classes d’água: nada consta

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    Sabor e Odor • A importância deste parâmetro está relacionado à

    significativa possibilidade de rejeição, pela população

    abastecida, de água adequada ao consumo e uso de outra

    fonte de qualidade duvidosa mas sem odor e sabor.• Embora possam existir sabores agradáveis, freqüentemente

    considera-se o odor nas águas de consumo sob o ponto de

    vista negativo.

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    Origem de sabor e odor nas águas:• Decomposição de matéria orgânica

    Anaeróbia: H2S – ovo podre;

    • Cianobactérias (águas eutrofizadas) – Mofo;

    • Fenol: Águas cloradas – clorofenóis – peixe podre.

    Sabor e Odor

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    • Entre os compostos responsáveis por conferir sabor e odor às

    águas de consumo, destacam-se os compostos orgânicosnaturais, como o 2-metilisoborneol (M I B) e geosmina ,

    compostos produzidos por algas, cianobactérias e actinomicetos.

    Além de naturalmente presentes no ambiente, esses compostosapresentam padrão variável de ocorrência e difícil remoção com

    as tecnologias usuais de tratamento, recaindo quase que

    exclusivamente no emprego de carvão ativado, tornando-se a principal causa de reclamações de sabor e odor entre os

    consumidores.

    Sabor e Odor

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    Odores no esgoto• Um dos gases mais perceptíveis em ETEs é o gás sulfídrico,

    que dependendo da concentração, desencadeia efeitosdiversos.

    O odor está relacionado à liberação de substâncias voláteis produzidas por reações anaeróbias ou pela descarga de poluentes industriais;

    • Substâncias causadoras de odor: gás sulfídrico, amônia,dióxido de carbono, metano, fenol, mercaptanas, tanantes,

    etc;• A percepção de mau odor se deve, também, pela condiçãode acondicionamento do material retirado do gradeado ecaixa de areia;

    • Operações de transferência e manuseio do lodo também

    podem ser potenciais geradores de mau odor.

    Sabor e Odor

    Sabor e Odor

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    Níveis degás

    sulfídrico.

    Sabor e Odor

    Sabor e Odor

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    Formação

    dos

    gases

    odorantes

    Sabor e Odor

    S b Od

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    Análise Físico-químicaSabor e Odor

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    Sabor e Odor (padrões)• Água: nada consta• Esgoto: nada consta• Classes d’água: nada consta

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    Condutividade

    É uma expressão numérica da habilidade da água em conduzircorrente elétrica, devido a presença de substâncias ionizadasdissolvidas , portanto a condutividade está relacionada com aconcentração e a mobilidade de sais dissolvidos na água e éaproximadamente proporcional a esta concentração. Ácidoinorgânicos, bases e sais (ácido clorídrico, carbonato de sódio cloreto de sódio) são bons condutores. Inversamente, moléculde compostos orgânicos que não se dissociam em solucão aquonão conduzem ou conduzem muito pouco a corrente elétrica. condutividade pode indicar poluição de indústrias químicas mineralógicas, além de salinização da água. A sua medição é feiatravés de um condutivímetro e a unidade de medida é o mho(inverso da resistência elétrica).

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    Condutividade

    Exemplos de condutividade :água pura (25 oC) - 5,5 x l0-2 mhoágua potável (25 oC) - 50 a l500 mhoágua chuva (l8 oC) - l,28 mhoágua mar (25 oC) - 5,0 x l04 mho

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    Condutividade• Água: nada consta• Esgoto: nada consta• Classes d’água: nada consta