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Qualidade da Água

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Qualidade da Água

O uso da água e suas consequências ambientais

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Prof. Ms. Carlos Eduardo Martins

Revisão Textual:Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni

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Nesta unidade, em que trataremos do uso da água e suas consequências ambientais, você terá acesso a diversos recursos.

Não deixe de baixar o arquivo em PDF do material teórico. Assim você poderá ter acesso às nossas discussões onde quer que esteja.

Veja o mapa mental, que sintetiza a estrutura do assunto tratado neste módulo.

Fique atento aos prazos das atividades que serão colocadas no ar.

Recorra sempre que possível às videoaulas e ao PowerPoint narrado para tirar eventuais dúvidas sobre o conteúdo do texto.

Participe do fórum de discussão proposto para o tema.

No seu tempo livre, procure pesquisar as fontes do material complementar.

Além disso, procure pesquisar, o máximo que puder, sobre o tema “o uso da água e suas consequências ambientais”. Há inúmeros conteúdos na internet que são bastante úteis para o seu estudo e para a sua formação profissional.

A unidade tem por objetivo analisar as diversas fontes humanas de poluição, as causas e consequências dessa poluição e a degradação da qualidade das águas.

O uso da água e suas consequências ambientais

· O uso da água e suas consequências ambientais

· Atividades humanas que podem poluir a água

· Hidrografia urbana

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Contextualização

Maré negra da Exxon-Valdez: 25 anos depois, o Alasca ainda guarda vestígios

Uma noite glacial no Alasca. Um petroleiro carregado de barris de petróleo e um cardume inesperado: há 25 anos, o Exxon Valdez naufragava e espalhava 42 milhões de litros de petróleo, causando uma das piores marés negras da história.

O líquido preto e viscoso matou mais de 250 mil aves, milhares de baleias, de lontras marinhas e peixes.

As imagens de biguás atolados em óleo alertaram os Estados Unidos sobre as questões ambientais e ajudaram a fortalecer as normas do transporte marítimo de petróleo.

Por seu alcance, o desastre de 24 de março de 1989 foi superado apenas em 2010 pelo derramamento de petróleo no Golfo do México pela explosão da plataforma Deepwater Horizon.

Mas o Alasca, o estado americano mais setentrional e cuja economia é em grande parte baseada na exploração dos recursos marinhos, nunca se recuperou totalmente do Exxon Valdez.

“Ainda hoje há muita amargura”, diz Steve Rothchild, membro de uma associação que monitora as atividades do setor de petróleo na baía de Príncipe William, onde o Exxon Valdez encalhou.

Um quarto de século depois, a revolta dos moradores é a mesma no local da Exxon, rebatizada em 1999 de ExxonMobil.

Para Rothchild o grupo americano não manteve a sua promessa “de reparar completamente os danos causados”. “Após o julgamento, a população recebeu apenas alguns centavos e não os dólares que merecia”, protestou.

A gigante do petróleo foi condenada a pagar cinco bilhões de dólares aos 32.000 moradores e pescadores da região. Mas em junho de 2008, o Supremo Tribunal reduziu a multa para US$ 500 milhões.

A Exxon também gastou dois bilhões de dólares para a limpeza dos 2.000 km de costa e fundo marinho poluídos.

Mas as populações de arenque e salmão não conseguiram se recuperar completamente e a pesca de certas espécies está sujeita a normas rígidas.

“A maré negra causou realmente mal à população local”, lamenta Angela Day, cujo marido era um pescador no pequeno porto de Cordova antes de ter que abandonar tudo.

“Ele pescou por 30 anos, cresceu com a pesca. No momento do desastre, ele tinha dois barcos”, lembra à AFP.

De acordo com ela, o derramamento de petróleo devastou a economia local e provocou o “aumento do consumo de álcool, alguns suicídios, muitos divórcios”. Forçados a vender suas ferramentas de trabalho para pagar dívidas, os pescadores perderam seus meios de subsistência.

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“Meu marido não pagou nem um quarto do valor de seus dois barcos”, diz Angela Day, autora de um livro sobre o Exxon Valdez.

Após o naufrágio do petroleiro, na madrugada de 23 a 24 de março de 1989, houve “o surgimento de uma consciência ecológica”, acrescenta. “O desastre levou as pessoas a pensar sobre como iríamos encontrar a energia”.

A nova legislação exige que todos os navios petroleiros que transitam pelo Estreito de Príncipe William tenham um casco duplo e sejam escoltados por dois rebocadores.

É fácil encontrar bolsões de petróleo em enseadas isoladas. Um estudo realizado pela Exxon em 2010 mostrou que cinquenta praias ainda apresentam vestígios de hidrocarbonetos, representando um total de 2,5 km.

Felizmente, a maioria das espécies conseguiu sobreviver ao desastre. “A baía de Príncipe William tem um ecossistema em funcionamento. A água está limpa”, diz Rothchild. “A natureza é uma coisa maravilhosa, a natureza faz o seu trabalho, ela é capaz de se regenerar”.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/mare-negra-da-exxon-valdez-25-anos-depois-o-alasca-ainda-guarda-vestigios,d291b5102afe4410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html. Acessado em 20/01/2015.

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

O uso da água e suas consequências ambientais

Sabemos que a água é um recurso vital à vida e que seu uso vem se tornando cada vez mais intenso e diversificado conforme a própria humanidade altera seus costumes e modo de vida. Em particular, naquelas sociedades nas quais o modo de vida se baseia na produção e consumo de bens, a relação homem-água tem se tornado um tanto quanto conflituosa e degradante. Vamos examinar alguns casos em que a tal relação homem-água resulta em degradação, isto é, resulta em poluição dos corpos d’água.

A fim de alinhar o objetivo desta unidade, convencionemos que a água pura, que aprendemos a identificar com a fórmula H2O, somente seja possível de ser admitida de forma isolada em laboratório, pois, em qualquer situação na natureza, o que chamamos de água é um composto de diversos elementos dissolvidos. Até a água da chuva já vem agregada aos elementos constituintes da atmosfera, como o CO2 e a poeira, por exemplo.

O problema debatido nesta unidade são os elementos acrescentados à água pelo homem. Estes, não sendo naturais, são e devem ser considerados poluentes de fato. Antes de uma definição mais precisa de poluição, vejamos alguns exemplos de ação humana que alimentarão o assunto aqui tratado.

Entre as décadas de 1920 e 1930, ocorreu um dos casos mais graves de contaminação humana e animal pela água, na cidade de Minamata, Japão. A Chisso Company, uma fábrica de acetaldeído (usado na produção de material plástico), despejava seus resíduos, dentre eles o mercúrio (Hg), nas águas da baía de Minamata, rica em pescados e tradicionalmente constituída de uma economia voltada para a pesca.

O mercúrio é um elemento metálico encontrado naturalmente no ambiente: ele, o mercúrio elementar (metálico), compostos inorgânicos de mercúrio e compostos orgânicos de mercúrio. Os compostos orgânicos de mercúrio são formados quando o mercúrio se combina com carbono e são os mais importantes sob o ponto de vista toxicológico. O mercúrio não é muito comum na natureza. A sua liberação ocorre por eventuais processos naturais (erosão e atividade vulcânica) e antrópicos, como a mineração (Figura 1) e uso industrial. Uma vez liberado, o mercúrio permanece no ambiente, onde assume diversas formas químicas (CETESB, 2012).

Figura 1. Ciclo do mercúrio no ambiente

Hg2+

Hg(CH3)2+

H2O / O3

Hg2+

metilaçãoPeixes

Acumulação em sedimentos

Hg0(metálico)

Hg0(vapor) 55 - 60%

40 - 45%

SublimaçãoOxidação

DRAGA

Intoxicaçãohumana

Intoxicaçãohumana

Fonte: Adaptado de cetem.gov.br

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Enquanto vapor pode permanecer na atmosfera por muito tempo, percorrendo grandes distâncias e retornando à superfície em forma de chuva. Se processado por micro-organismos em metilmercúrio (MeHg), entra na cadeia alimentar (CETESB, 2012). Foi pela alimentação de pescados que a população de Minamata foi contaminada.

Foi justamente esse o processo que contaminou os peixes da baía de Minamata e que, ao longo das décadas seguintes, produziu a doença que ficou conhecida como mal de Minamata. Uma doença que atinge o sistema nervoso central e provoca fraqueza e deformidades musculares, perda da coordenação motora e até mental nos contaminados. Como o metilmercúrio é cumulativo, os descendentes dos contaminados também apresentaram sequelas tempos depois.

Décadas após o início da contaminação, a Chisso Company foi obrigada, pela justiça do Japão, a indenizar as vítimas ou seus descendentes.

O Japão é detentor do título de ter sido o país no qual ocorreu a primeira contaminação hídrica da história, ocorrida durante a chamada era Meiji, entre 1868 e 1912, período esse em que o Japão se lançou na economia industrial. A contaminação ocorreu devido ao lançamento de resíduos da companhia de mineração Ashio Copper Mine no rio Watarase, nas proximidades de Tóquio, o que resultou em severos danos à saúde da população.

Após diversos outros casos de contaminação das águas no Japão, incluindo repetidas ocorrências de “marés vermelhas” (termo usado para identificar desequilíbrios no ecossistema marinho causado por alterações adversas decorrentes de poluição) na baia de Seto, Japão, ocorridas por vazamento de produtos de petróleo, as autoridades iniciaram a promulgação de uma legislação de controle de poluentes e de monitoramento da qualidade das águas do país, hoje, considerada uma das mais amplas do mundo.

Outro caso bastante difundido, inclusive exposto na produção cinematográfica do filme Erin Brockovich (2000), foi a contaminação por cromo hexavalente do lençol freático da cidade de Hinkley, na Califórnia, EUA, pela Pacific Gas & Electric (PG & E). A empresa operava estações de recompressão de gás natural em torres de refrigeração por água contendo o cromo hexavalente. A água utilizada era armazenada em lagos artificiais escavados diretamente no solo. A Infiltração da água armazenada alcançou o lençol freático e contaminou a água que servia a população da cidade.

Um longo processo envolvendo milhares de pessoas afetadas durou até 2008 quando a empresa pagou as últimas indenizações, que chegaram próximo de 300 milhões de dólares, impostas pela justiça americana.

O que entendemos por poluiçãoSegundo Boavida (2001), a poluição da água deve ser concebida como aquilo que ultrapassa

o poder de autodepuração natural da água. Todos os ambientes aquáticos são capazes de processar certa quantidade de poluição sem alterar a essência da sua estrutura. Os sinais de poluição aparecem quando a capacidade de autodepuração é ultrapassada. Isso quer dizer que, a partir daí, passa a ocorrer a degradação do ambiente. Para efeito de classificação, três tipos de poluição são considerados:

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

» poluição microbiana: promovida pela presença de vírus, bactérias, fungos, protozoários e nematoides;

» poluição orgânica: determinada por certa quantidade de matéria orgânica na água;

» poluição inorgânica: é dividida em dois grupos mais gerais:

› o grupo dos nutrientes, que, quando em excesso, causam poluição, como o azoto, principalmente o inorgânico - que chega às águas naturais por dissolução direta na superfície das massas de água - e o fósforo - resultado de erosão das rochas que contêm fosfatos, seguida de dissolução na água. Eles chegam aos rios e lagos pelo escoamento superficial e infiltração subterrânea a partir das terras agrícolas e pecuárias bem como dos esgotos urbanos; e

› o grupo das toxinas ou compostos tóxicos, como os pesticidas e inseticidas, que, além de não serem degradáveis, são bioacumulativos.

Em termos conceituais

[...] a poluição das águas decorre da adição de substâncias ou de formas de

energia que, diretamente ou indiretamente, alteram as características físicas e

químicas do corpo d’água de uma maneira tal, que prejudique a utilização das

suas águas para usos benéficos (PEREIRA, 2004).

Segundo o autor, as fontes de poluição podem ser classificadas em:

» Químicas: que podem ser

› biodegradáveis, como os detergentes, inseticidas, fertilizantes, petróleo etc.;

› persistentes, como o DDT (diclodifenitricloroetano), o mercúrio etc.;

» Físicas: que causam

› poluição térmica: causada pelo lançamento da água usada em refinarias, siderúrgicas, usinas, nucleares e termelétricas;

› poluição por resíduos sólidos: causada pelo lançamento de sólidos suspensos, coloidais e dissolvidos, a partir de esgotos industriais e domésticos, bem como da erosão das margens dos rios ou de solos carreados pelas chuvas; e

» Biológicas: a água pode ser infectada por organismos chamados de patogênicos, como

› bactérias, responsáveis por infecções intestinais epidérmicas e endêmicas (febre tifoide, cólera, shigelose, salmonelose, leptospirose);

› vírus que causam hepatites e infecções nos olhos;

› protozoários, que são responsáveis pelas amebíases e giardíases; e vermes, que podem transmitir esquistossomose e outras infestações.

Cada agrupamento de poluentes ocorre associado aos usos que se fazem das águas pelas atividades humanas.

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Atividades humanas que podem poluir a água

Assim, cada ação ou atividade humana pode ser considerada fonte de uma ou mais classe de poluição. A seguir, vamos discutir a relação entre as atividades humanas e os poluentes resultantes destas lançados no ambiente.

Agricultura

Sem dúvida, a agricultura convencional está entre as fontes de produção de poluentes basicamente relacionados ao uso de defensivos químicos (inseticidas, fungicidas e pesticidas de forma geral). Um dos aspectos mais preocupantes em relação à aplicação do defensivo na área plantada com um alvo específico é a capacidade que ele tem de transitar de um meio para o outro, espalhando-se no solo, no ar e na água superficial e subterrânea. Além, é claro, de atingir espécies de plantas e animais não-alvo.

São muitas as rotas que os pesticidas podem utilizar: os derramamentos, a lavagem dos equipamentos, o escoamento superficial e a lixiviação do solo, principalmente após as chuvas fortes. O maior ou menor trânsito dos pesticidas no solo vai depender das características deles, tais como: a capacidade de absorção, a solubilidade em água, a porosidade e a textura, por exemplo.

Quanto ao aspecto poluente dos pesticidas, devemos considerar, também, que não são apenas os problemas inerentes ao uso que provocam a poluição, mas ela pode advir, também, de vazamentos e do descarte de embalagens dos pesticidas por parte dos produtores bem como do transporte desde os fornecedores até os pontos de comercialização.

A título de exemplo da variedade de pesticidas utilizados na agricultura, o Quadro 1 apresenta a variedade de pesticidas vendidos e utilizados nas plantações de tomate de Apiaí, um dos maiores polos de produção de tomates do Brasil (ELFVENDAHL, 2000).

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Quadro 1. Pesticidas utilizados na plantação de tomate em área Apiaí e os pesticidas vendidos em Apiaí.

Fonte: adaptado de Elfvendahl (2000) de acordo com a Secretaria de Agricultura de São Paulo de 1997

Como é possível observar no Quadro 1, há grande variedade de pesticidas para diversas finalidades em um mesmo produto alvo. Com isso, a poluição é certa, sem contar o fato de que, na aplicação, os pesticidas podem ser absorvidos pelo organismo do trabalhador encarregado de pulverizar o produto na área alvo, o que agrava o problema desse tipo de prática.

Um exemplo mais específico sobre a capacidade poluidora dos insumos agrícolas é o uso de fertilizantes. Os fertilizantes podem liberar nitrogênio e o fósforo, considerados nutrientes para plantas aquáticas, especialmente as algas, aumentando excessivamente a quantidade destas e levando à eutrofização da água (Figura 2).

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Figura 2. Eutrofização da água do rio Can em Trinity College, Dublin - Irlanda

Fonte: Cruccone/Wikimedia Commons

A principal decorrência da eutrofização é a proliferação de micro-organismos como os fitoplanctônicos. Tal fato é conhecido como floração ou bloom, que tem como organismos mais frequentes as cianobactérias.

As cianobactérias são organismos procariontes e podem ser filamentosas ou cocóides, ocorrendo isoladamente ou em colônias. São cosmopolitas e apresentam grande tolerância às condições ambientais e climáticas, podendo ser encontradas na maioria dos ecossistemas terrestres e aquáticos, principalmente na água doce, além de ambientes extremos, como fontes termais, neve e deserto. A bainha de mucilagem e a formação de aerótopos em algumas espécies são estruturas que conferem vantagens sobre outros grupos. Além disso, algumas espécies de cianobactérias podem ser fixadoras de nitrogênio, por meio de uma estrutura denominada heterocito, o que também representa uma vantagem sobre outras espécies (CETESB, 2013, p. 15).

O processo de eutrofização seguido da floração e a redução do oxigênio dissolvido a níveis insuportáveis às outras espécies causa a diminuição ou até a eliminação da diversidade enquanto o fenômeno atuar no corpo d’água. Essa redução absoluta de oxigênio dissolvido na água é denominada de hipoxia.

Mas os maiores problemas quanto a este tema é o uso agrícola da terra. Este causa enormes problemas aos mananciais e aos cursos d’água. Na natureza, um dos processos naturais mais comuns é a combinação erosão/sedimentação, tema este estudado pela Geomorfologia, uma especialidade criada dentro da Geografia por volta do início do século XX.

Em síntese, o processo erosão/sedimentação consiste em uma combinação de ações de intemperismo, que são as quebras físicas e químicas que os elementos atuantes na superfície (Sol, vento, chuva, gelo, seres vivos etc.) provocam nas rochas. Essa quebra ocorre de maneira predominante nas camadas superficiais das rochas e disponibilizam partículas para remoção ou transporte pela chuva ou pelo vento. A partir daí, tais partículas passam a ser chamadas de sedimentos.

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Os sedimentos são transportados nos fluxos d’água e do vento até as depressões de relevo chamadas de bacias sedimentares e, ali, são armazenados até que se transformem em rochas sedimentares. Portanto esse processo é natural e ocorre na superfície da Terra há milhões de anos. Sob a calha dos rios da Bacia Amazônica, chegamos a ter depósitos sedimentares com alguns quilômetros de espessura.

Por outro lado, as atividades econômicas têm contribuído de forma significativa para a instalação de processos erosivos e sedimentares, principalmente por meio das atividades agropecuárias. A maioria das atividades deste setor substitui a cobertura vegetal natural por cultivos especializados (monocultores) e/ou por pastagens. Dependendo do caso (declividade do terreno, constituição físico-química, porosidade, permeabilidade e granulação do solo), o solo sob a área plantada pode sofrer as consequências climáticas anteriormente inexistentes ou menos intensas.

O solo parcialmente ou totalmente desnudo ou exposto para uso agropecuário pode tornar-se vulnerável às intempéries, principalmente em regiões úmidas. Como consequência, instalam-se processos erosivos que evoluem de simples e pouco expressivos sulcos na superfície do solo às ravinas, chegando às chamadas voçorocas (Figura 3), que são grandes cavidades no solo capazes de interceptar até o lençol d’água subterrânea alterando completamente o sistema hídrico da área afetada.

Figura 3. Processo erosivo do tipo Voçoroca em Saratov Oblast , Rússia

Fonte: Le.Loup.Gris/Wikimedia Commons

Isso ocorre devido ao fato de que, sem a proteção dada pela cobertura vegetal original, o solo torna-se vulnerável ao intemperismo e à remoção ou transporte por fluxo d’água ou vento. O que queremos dizer é que o uso agropecuário do solo pode acelerar o processo erosivo que ocorreria normalmente sobre a superfície durante o tempo geológico, isto é, na casa dos milhares ou milhões de anos.

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Deve-se acrescentar que a intensidade da erosão hídrica está relacionada à velocidade do escoamento superficial da água: quanto maior o volume de escoamento superficial, maior será a capacidade de transportar sedimentos. Além disso, a declividade e a cobertura vegetal são fatores que influenciam no processo erosivo, isto é, quanto menor declividade e maior cobertura vegetal, maior quantidade de água se infiltra no solo.

O gráfico da Figura 4 mostra a diferença estatística entre a ação hídrica da chuva sobre uma superfície florestada e outra sob uso agrícola.

Figura 4. Ação da chuva em dois ambientes distintos

Uso agrícola

Uso �orestal

0 30 60 minutosTempo de chuva

Form

ação

de

cana

is h

ídri

cos

Fonte: Drew, D. Processos Interativos Homem-Meio Ambiente, Bertrand Brasil, 1989

Note, na Figura 4, que a relação entre a velocidade de formação de canais hídricos e o tempo de chuva é maior e mais rápida no caso do solo sob aproveitamento agrícola. Sob a cobertura vegetal florestal, a ação da chuva ocorre de forma mais bem distribuída e com menor intensidade. O papel da interceptação da chuva feito pela vegetação inexiste nos solos onde ocorre o aproveitamento agrícola, implicando diretamente na formação de canais hídricos superficiais, isto é, no escoamento superficial, carreando as propriedades solúveis ou as partículas menores do solo. Esses materiais são transportados até os canais dos rios, diminuindo a sua profundidade até o limite com a superfície, processo este denominado de assoreamento.

Mineração ou extração mineralA mineração, ou extração mineral, é uma das atividades humanas que mais gera poluentes

nos diversos meios, isto é, no ar, na água e no solo. Se não regulamentada, além da poluição, a mineração causa várias adversidades geológicas, geo-hidrológicas e hidrográficas, pois necessita, para extrair os minerais de interesse econômico ou minérios, alterar o funcionamento dos elementos que compõem o subsolo, como, por exemplo, o lençol freático.

Na maior parte dos casos, seja em meio subterrâneo ou a céu aberto, o aspecto poluente da mineração é a produção de rejeitos da extração e da seleção do que é útil e do é descartável, isto é, que não tem valor de mercado.

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

São várias as formas de se acumular rejeitos de mineração: depósitos de estéreis; barragens; bacias de decantação etc. Em todos os casos, os rejeitos deveriam ser armazenados de tal modo a evitar contato com o ambiente freático, com o escoamento superficial da chuva e com as bacias hidrográficas adjacentes. A Figura 6 mostra um exemplo de barragem de armazenamento de rejeito de empresa mineradora em Parauapebas, Pará.

Figura 6. Barragem de armazenamento de rejeito mineral

Fonte: Google Earth

Note que, na Figura 6, a área correspondente à bacia de decantação (circulada em vermelho) é quase que equivalente à área ocupada pelas instalações de extração mineral propriamente dita.

Boa parte da poluição produzida por atividades minerárias é o material particulado decorrente de detonações, escavações, transporte e processamento de minérios que afetam apenas a área das instalações. Esses particulados são transportados pelo ar a grandes distâncias para além do entorno da área de extração, afetando grandes extensões de terras. Em regiões úmidas, esses particulados liberados pela atividade minerária tornam-se aerossóis e podem precipitar-se no solo em forma de chuva, escoar pela superfície e chegar aos rios e lagos, entrando, assim, no ciclo da água como poluente.

Os maiores problemas com relação ao armazenamento, mesmo aqueles que funcionam dentro das normas, são os frequentes vazamentos acidentais. Diversos casos já foram registrados, no Brasil e no mundo, que levaram, inclusive, a perdas de vidas humanas. A título de ilustração, a Figura 7 apresenta um exemplo de ruptura de bacia de rejeito ocorrido na Hungria.

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Figura 7. Rompimento de barreira de bacia de decantação de rejeito de minério

Fonte: codelcoecuador.com

No Brasil, diversos casos de ruptura de barragens de contenção de rejeitos de minérios e de resíduos industriais foram noticiados nos últimos anos. Entre eles está o ocorrido em Cataguases, MG, em 2003, que despejou a lignina, um rejeito da celulose, no rio Paraíba do Sul até a sua foz no Oceano Atlântico. Durante vários meses, a população situada a jusante do ponto onde ocorreu o desastre, ficou impossibilitada de utilizar a água do rio para o consumo. Em Itabirito, MG, em 2014, o rompimento de uma barragem de armazenamento de rejeito de minério deixou um saldo de 3 mortos1 .

Na atividade petrolífera offshore e no transporte de petróleo e derivados não são incomuns os vazamentos ou derramamentos de grandes quantidades desses materiais no mar e na costa. Os casos mais emblemáticos foram:

» o desastre causado, no Ártico, pelo petroleiro Exxon Valdez, em 1989, lançando aproximadamente 257.000 barris de petróleo ao mar;

» uma explosão na plataforma de petróleo da British Petroleum Deepwater Horizon, ocorrida no Mar do Caribe, em 2010, que matou 11 pessoas e despejou uma quantidade estimada de 3 a 4 milhões de barris no mar;

» o caso de uma plataforma de petróleo administrada por uma parceria entre o governo chinês e a empresa americana ConocoPhillips, que, em 2011, lançou ao mar entre 1.500 e 2.000 barris de petróleo.

Em todos esses casos, entre outros não mencionados, além da poluição das águas oceânicas dos locais afetados, desequilíbrio ecológico e elevada mortandade de animais marinhos, houve enormes prejuízos às economias regionais e locais, normalmente vinculadas ao extrativismo de recursos do mar e da costa. A imagem da Figura 8 representa os estragos causados por esses desastres, que, caso não haja uma limpeza pesada, podem demorar décadas para serem autodepurados pela natureza.

1 http://www.tribunademinas.com.br/rompimento-de-barragem-em-mina-deixa-tres-mortos-em-itabirito-mg/. Acessado em 16/01/2015

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Figura 8. Esforço de limpeza do óleo derramado pelo Exxon Valdez, em 1989, em uma Ilha do Alasca.

Fonte: codelcoecuador.com

Não apenas a extração de minerais energéticos, como o petróleo, é responsável por poluição. Devemos incluir aí o rol de atividades de transporte e distribuição de combustíveis. A título de exemplo, dos 2.098 postos de combustíveis de São Paulo mapeados, neste ano, pelo Departamento de Controle e Uso de Imóveis da Prefeitura de São Paulo - CONTRU, 56% apresentaram irregularidades e de 20% a 25%, risco de explosão por causa de vazamento. Pelo levantamento do órgão, 70% dos tanques instalados nos postos têm mais de dez anos e já estariam precisando ser substituídos. (Folha de São Paulo, 2000)

Produção de energia

A poluição liberada pela produção de energia, em geral, é associada à queima de combustíveis fósseis nas usinas termelétricas e ao vazamento de radiação nas usinas termonucleares. Em ambos os casos, a contaminação da água é química e física.

A poluição química, nas usinas termelétricas, deve-se à queima dos combustíveis fósseis ou de biomassa que libera no ar as formas oxidadas de carbono, nitrogênio e enxofre. Estes, por sua vez, na atmosfera, convertem-se em aerossóis no processo de coalescência da umidade e precipitam-se em gotículas de água condensada em forma de chuva (MARTINS et al, 2003).

Veja algumas reações simplificadas:

» CO + H2O = H2CO3

» NO + H2O = HNO3

» SO+ H2O = H2SO4

Essas reações simplificadas são a razão de uma discussão que se mantém desde a década de 1980. Esses compostos diminuem o pH da chuva, tornando-a cada vez mais ácida e essa acidez excessiva, considerada poluente, é responsável por uma série de alterações ambientais

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degradantes, incluindo mudanças nas condições de manutenção da vida aquática. Mudanças no pH podem eliminar, em parte ou completamente, as condições ambientais, implicando diretamente na mortandade das espécies existentes (Figura 9).

Figura 9. Mortandade de peixes resultante de mudanças nas características físico-químicas da água

Fonte: Wikimedia Commons

Indústria

O setor industrial é o que produz a maior coleção de poluentes ou resíduos líquidos dependendo do ramo a que se dedica a empresa. Segundo Pereira (2004), esses resíduos podem ser subdivididos em três classes:

» sanitário (efluentes de banheiro e cozinhas, semelhantes ao esgoto doméstico);

» de refrigeração (água utilizada para resfriamento de reatores, máquinas e produtos e que tem potencial de degradar física e quimicamente o ambiente);

» de processos (águas que têm contato direto com a matéria-prima do produto processado).

Dentre os ramos industriais existentes, o siderúrgico e o metalúrgico são os que produzem uma das maiores variedades de poluentes. Dependendo do bem produzido, podem ser lançados ao ambiente sólidos em suspensão, fenóis, cianetos, amônia, fluoretos, óleos e graxas, ácido sulfúrico, sulfato de ferro e metais pesados (Pereira, 2004). Essas empresas necessitam de grandes quantidades de água para dissolverem os efluentes resultantes dos processos de beneficiamento e processamento dos metais que produzem.

Em estudo sobre o impacto ambiental de siderúrgicas mineiras situadas na bacia do Rio Piracicaba, Braga et al. (2003) descrevem as emissões de efluentes observáveis no Quadro 2.

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Quadro 2. Emissões anuais de efluentes hídricos (hipótese baixa), siderúrgicas (ton/ano)

Fatores de EmissãoEmpresa tipo

UsiminasEmpresa tipo

BelgoEmpresa tipo

AcesitaPadrão Legal

(mg/l)

Sólidos em suspensão 39139 4967 8341 60

Fenóis 67 0,05 1 0,2

Cianeto 29 6 3 0,2

Amônia 167 3 4 5

Fluoreto 21 15 6 10

Óleos e Graxas 1549 205 781 20

H2SO4 2679 1154 492 -

FeSO4 9963 4368 1884 -

Emulsões 1109 - 57 -

Fonte: Paula et al. (1997) apud Braga et al. (2003, p. 14)

Note que, no Quadro 2, a maior parte das emissões, inclusive, está bem acima dos padrões legais permitidos, implicando em impacto ambiental na bacia mencionada, segundo os autores.

Esgotamento domésticoEm geral, os residentes de uma cidade eliminam os resíduos domésticos (cozinha, higiene e

limpeza) por meio da água. Esse volume de resíduos líquidos é denominado de esgoto doméstico. O esgoto doméstico é composto basicamente de matéria orgânica biodegradável, micro-organismos, nutrientes (nitrogênio e fósforo), óleos e graxas, detergentes e metais (BENETTI e BIDONE, 1995 apud PEREIRA, 2003).

NavegaçãoTanto a navegação hidroviária quanto a marítima de cabotagem e internacional podem

produzir poluição devido ao vazamento de combustível ou de carga. Entretanto, a marítima tem o agravante que é o despejo de água de lastro.

O uso da água de lastro faz parte dos procedimentos operacionais usuais do transporte aquaviário moderno, sendo fundamental para a sua segurança. Através da sua utilização planejada, é possível controlar o calado e a estabilidade do navio, de forma a manter as tensões estruturais do casco dentro de limites seguros. A água de lastro é utilizada pelos navios para compensar a perda de peso decorrente sobretudo do desembarque de cargas. Dessa forma, sua captação e descarte ocorrem principalmente em áreas portuárias, permitindo a realização das operações de desembarque e embarque de cargas nos navios. Os navios que transportam os maiores volumes de água de lastro são os navios tanques e os graneleiros.2

2 Disponível em http://www.antaq.gov.br/portal/MeioAmbiente_AguaDeLastro.asp. Acessado em 18/01/2015.

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A água de lastro é considerada um problema ambiental devido ao fato de que

Durante a operação de lastreamento do navio, junto com a água também são capturados pequenos organismos que podem acabar sendo transportados e introduzidos em um outro porto previsto na rota de navegação. Teoricamente, qualquer organismo pequeno o suficiente para passar através do sistema de água de lastro pode ser transferido entre diferentes áreas portuárias no mundo. Isso inclui bactérias e outros micróbios, vírus, pequenos invertebrados, algas, plantas, cistos, esporos, além de ovos e larvas de vários animais. Devido à grande intensidade e abrangência do tráfego marítimo internacional, a água de lastro é considerada como um dos principais vetores responsáveis pela movimentação transoceânica e interoceânica de organismos costeiros.

As principais consequências negativas da introdução de espécies exóticas e nocivas incluem: o desequilíbrio ecológico das áreas invadidas, com a possível perda de biodiversidade; prejuízos em atividades econômicas utilizadoras de recursos naturais afetados e consequente desestabilização social de comunidades tradicionais; e a disseminação de enfermidades em populações costeiras, causadas pela introdução de organismos patogênicos.3

A Figura 10 mostra o despejo de água de lastro de navio graneleiro em zona portuária.

Figura 10. Despejo de água de lastro

Fonte: Wikimedia Commons

A partir dos aspectos analisados anteriormente, podemos concluir que são múltiplos os usos que se fazem da água, os quais, por sua vez, podem gerar inúmeras possibilidades de poluição desta. Esta conclusão preliminar induz à reflexão sobre a necessidade de se estabelecer uma relação de maior responsabilidade e de longevidade da relação humana com as águas disponíveis para o uso humano.

3 Disponível em http://www.antaq.gov.br/portal/MeioAmbiente_AguaDeLastro.asp. Acessado em 18/01/2015.

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Hidrografia urbana

Devido aos aspectos que caracterizam o espaço urbano, a drenagem da água está entre os elementos naturais que mais sofrem as consequências das modificações produzidas por esse espaço. Um dos aspectos mais típicos da urbanização é a impermeabilização do solo, seguida da retificação, canalização da drenagem, tanto dos cursos d’água anteriormente existentes quanto dos caminhos naturais do escoamento das águas pluviais.

A impermeabilização do solo urbano promove uma alteração drástica em algumas etapas do ciclo da água, especificamente no que diz respeito às fases de infiltração e de escoamento superficial. A primeira cai e a segunda aumenta proporcionalmente. Essa alteração manifesta-se, durante e após as chuvas fortes, com as inundações ou alagamentos relâmpagos ou pelas chuvas prolongadas combinadas com o transbordamento dos canais hídricos alagando vias e edificações (Figura 11). Esses fenômenos resultam em uma série de consequências ambientais, entre as quais o risco de contágio pelo contato direto com a urina de rato infectada com a bactéria leptospira transportada pela água.

Figura 11. Inundação ou alagamento em Santa Catarina

Fonte: Wikimedia Commons

Além dos aspectos anteriormente mencionados em relação às causas das inundações ou alagamentos, a intensificação da urbanização e o crescimento das populações afetam diretamente o acesso à água de boa qualidade para o consumo bem como a captação, o tratamento e sua distribuição. Assim também aumentam os riscos de contaminação das águas superficiais e subterrâneas existentes nas ou próximo às cidades. Não é de hoje - e este problema tende a se acentuar - que o problema de acesso à água segura vem afetando cada vez mais a humanidade, particularmente os residentes urbanos.

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Material Complementar

Explore

Sobre a poluição produzida pelas atividades humanas, acessem os links abaixo:

· http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/poluicao_da_agua.html

· http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/ret/article/download/27144/18070

· http://www.eduvaleavare.com.br/wp-content/uploads/2014/07/poluicao_aguas.pdf

· http://www.bvsde.paho.org/bvsAIDIS/PuertoRico29/mattos.pdf

· http://www.registro.unesp.br/sites/museu/basededados/arquivos/00000429.pdf

· http://www.anpec.org.br/encontro2006/artigos/A06A067.pdf

· http://www.anpec.org.br/encontro2006/artigos/A06A067.pdf

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Unidade: O uso da água e suas consequências ambientais

Referências

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BRAGA, T. M.; MIKAILOVA, I.; GUERRA, C. B. e RAVSKI, F. D. Grandes Indústrias e Impacto Ambiental: Análise Empírica e Métodos de Mensuração Aplicados às Indústrias da Bacia do Piracicaba (MG), 2003. Disponível em: <https://xa.yimg.com/kq/groups/19661624/1708712850/name/Bacia_Piracicaba.pdf> Acessado em 17/01/2015.

CARVALHO, M. do C.; AGUJARO, L. F.; PIRES, D. A. e PICOLI, C. Manual de Cianobactérias Planctônicas: Legislação, Orientações para o Monitoramento e Aspectos Ambientais. CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. 2013. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/aguas-superficiais/manual-cianobacterias-2013.pdf> Acessado em 17/01/215.

CETESB. Ficha de Informação Toxicológica. O Mercúrio e seus Compostos. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/mercurio.pdf> Acessado em 14/01/2015.

DREW, David. Processos interativos homem-meio ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

ELFVENDAHL, S. Detection of pesticide residues in rivers of an Atlantic rain forest reserve in Brazil. Dissertação. (Mestrado). Department of Environmental Assessment Swedish University of Agricultural Sciences, Uppsala - SU, 2000.

MARTINS, C. R.; PEREIRA, P. A. P.; LOPES, W. A. e ANDRADE, J. B. Ciclos Globais de Carbono, Nitrogênio e Enxofre: a Importância na Química da Atmosfera. Química Nova, 5(3), 2003. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/05/quimica_da_atmosfera.pdf>. Acessado em 17/01/2015.

PEREIRA, R. S. Identificação e caracterização das fontes de Poluição em Sistemas Hídricos. Revista Eletrônica de Recursos Hídrico. IPH-UFRGS. V. 1. Nº p. 20-36. 2004. Disponível em: <http://www.abrh.org.br/informacoes/rerh.pdf> Acessado em 15/01/2015.

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Anotações