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XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos LEGISLAÇÃO SOBRE O USO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS RESIDENCIAIS PARA O AUXÍLIO NA DRENAGEM URBANA Fabio Gomes Coelho 1 ;Raphael M Page 2 & Mônica de Aquino Galeano Massera da Hora 3 Resumo – A urbanização desordenada nas cidades brasileiras tem sido inadequada, principalmente com relação aos sistemas de drenagem, que não impedem as enchentes. Diante desse cenário, algumas cidades e estados do Brasil têm criado leis que incentivam ou determinam a reservação das águas pluviais para minimizar os impactos das chuvas mais intensas. Palavras-Chave – reservatório residencial, águas pluviais, Legislação. RESIDENTIAL RAINWATER RESERVOIR FOR THE AID OF URBAN DRAINAGE Abstract – The unplanned urbanization of Brazilian cities has been inadequate, particularly with regard to drainage systems, which do not prevent floods. In this scenario, some cities and states of Brazil have created laws that encourage or determine the reservation of rainwater to minimize the impacts of more intense rains. Keywords – residential reservoir, rainwater, legislation INTRODUÇÃO Através do Decreto n° 24.643, de 10 de julho de 1934, a Presidência da República decretou o Código das Águas e no TÍTULO V, que aborda as águas pluviais, consideram-se as águas pluviais como as que procedem imediatamente das chuvas e que estas pertencem ao dono do prédio onde 1 Afiliação: Mestrando em Recursos Hídricos e Saneamento, [email protected] 2 Afiliação: Acadêmico em Engenharia Ambiental, estagiário em projetos de infraestrutura urbana, [email protected] 3 Afiliação: Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense, [email protected]

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Page 1: LEGISLAÇÃO SOBRE O USO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS …

XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

LEGISLAÇÃO SOBRE O USO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS RESIDENCIAIS PARA O AUXÍLIO NA DRENAGEM URBANA

Fabio Gomes Coelho

1;Raphael M Page

2& Mônica de Aquino Galeano Massera da

Hora3

Resumo – A urbanização desordenada nas cidades brasileiras tem sido inadequada, principalmente com relação aos sistemas de drenagem, que não impedem as enchentes. Diante desse cenário, algumas cidades e estados do Brasil têm criado leis que incentivam ou determinam a reservação das águas pluviais para minimizar os impactos das chuvas mais intensas. Palavras-Chave – reservatório residencial, águas pluviais, Legislação.

RESIDENTIAL RAINWATER RESERVOIR FOR THE AID OF URBAN DRAINAGE

Abstract – The unplanned urbanization of Brazilian cities has been inadequate, particularly with regard to drainage systems, which do not prevent floods. In this scenario, some cities and states of Brazil have created laws that encourage or determine the reservation of rainwater to minimize the impacts of more intense rains. Keywords – residential reservoir, rainwater, legislation INTRODUÇÃO Através do Decreto n° 24.643, de 10 de julho de 1934, a Presidência da República decretou o Código das Águas e no TÍTULO V, que aborda as águas pluviais, consideram-se as águas pluviais como as que procedem imediatamente das chuvas e que estas pertencem ao dono do prédio onde

1 Afiliação: Mestrando em Recursos Hídricos e Saneamento, [email protected] 2 Afiliação: Acadêmico em Engenharia Ambiental, estagiário em projetos de infraestrutura urbana, [email protected] 3 Afiliação: Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense, [email protected]

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caírem diretamente, podendo o mesmo dispor delas a vontade, salvo existindo direito em sentido contrário. Texto semelhante é apresentado no artigo 1290 do Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002: “O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as

necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das águas

remanescentes pelos prédios inferiores”.

Este código determina que não seja permitido ao dono do prédio desperdiçar essas águas em prejuízo dos outros prédios que delas se possam aproveitar, sob pena de indenização aos proprietários dos mesmos, nem desviar essas águas de seu curso natural para lhes dar outro, sem consentimento expresso dos donos dos prédios que irão recebê-las.

A partir dessas legislações, as águas pluviais se mostram importantes na área do saneamento, mas em dois setores diferentes: no abastecimento público de água e na drenagem urbana. Na drenagem urbana, a água da chuva é fundamental no dimensionamento do sistema de drenagem, quanto maior o volume de chuva, mais complexo é o projeto de drenagem. Uma solução complementar ao sistema de drenagem é a utilização de reservatórios para a retenção da água da chuva durante o evento, para após um intervalo de tempo do seu término, a água retida ser escoada de forma controlada para não causar enchentes.

O artigo tem por objetivo apresentar as legislações municipais e estaduais sobre a reservação da água da chuva objetivando a redução de enchentes.

LEGISLAÇÃO SOBRE CAPTAÇÃO E RESERVAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

O atual modelo de urbanização apresentado na maioria das cidades brasileiras tem se mostrado desordenado e inadequado, principalmente com relação aos sistemas de drenagem, uma vez que ao longo dos anos as superfícies dos solos vão se tornando impermeáveis, já que há substituição de residências por prédios e as ruas são asfaltadas, impedindo que as águas das chuvas infiltrem, aumentando, desta forma, aumentando o fluxo e velocidade da água no sistema de drenagem, além da deposição de sedimentos oriundos da lavagem do solo.

O sistema de drenagem que antes havia sido projetado para uma determinada condição de uso e ocupação do solo, passa a ficar subdimensionado, causando problemas de diversas proporções, como alagamentos, transtornos no trânsito, inundações, transmissão de doenças, dentre outros. Em muitos casos, esse sistema de drenagem não é redimensionado devido ao alto custo de implementação.

Para mitigar os problemas, buscam-se soluções alternativas, como reservatórios de detenção, barragens, desvio de cursos d’água, entre outras. Além destas intervenções físicas, algumas cidades estão apresentando políticas públicas que envolvam os cidadãos para complementar o controle das enchentes urbanas. As cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Niterói e São Paulo, bem como o

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Estado de São Paulo têm adotado ideias semelhantes nesse sentido, adaptando para as suas próprias peculiaridades locais.

De maneira geral, estas cidades exigem o uso de reservatórios de águas pluviais em loteamentos que possuam algum percentual de área impermeável, variando este percentual de acordo com o critério adotado para a retenção temporária das águas pluviais que precipitam sobre cada lote, podendo captar através dos telhados, coberturas, pisos e áreas impermeáveis. Dessa forma, esses lotes contribuem para o retardo do escoamento dessas águas para o sistema de drenagem público, já que esses reservatórios só podem ser esvaziados no sistema de drenagem após determinado tempo de encerramento da chuva.

Segundo CANHOLI (2009), a finalidade dessa solução é reduzir o pico das enchentes, por meio do amortecimento de parte do volume escoado. A disposição local do reservatório de reservação das águas precipitadas é tipicamente voltada ao controle em lotes residenciais e vias de circulação. O objetivo é reduzir os picos das vazões veiculadas para a rede de drenagem.

Através da implantação deste dispositivo de drenagem, os lotes que possuem grande área impermeabilizada não poderão contribuir no mesmo instante que ocorrem as chuvas, reduzindo a velocidade do escoamento das águas pluviais, controlando a ocorrência de inundações, amortecendo e minimizando os problemas oriundos dos picos de vazão, facilitando o funcionamento do sistema e não necessitando de grandes obras para impedir as inundações e alagamentos.

A seguir são apresentadas as legislações referentes ao dimensionamento do volume dos reservatórios. Cidade de São Paulo

Através do Decreto n° 41.814/2002, do município de São Paulo, tornou-se obrigatória a execução de reservatórios para águas coletadas por coberturas e pavimentos nos lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500 m². Nas reformas é exigido pelo Decreto a construção de um reservatório de retardo, quando houver acréscimo de área impermeabilizada igual ou superior a 100 m² e a somatória da área impermeabilizada existente e a construir resultar em área superior a 500 m², calculando o reservatório em relação à área impermeabilizada. É exigido quando há reformas sucessivas de edificações cujos acréscimos, a cada pedido de reforma junto à prefeitura de São Paulo, não atingem 100 m² e a somatória das áreas acrescidas é igual ou superior a 100 m², o reservatório dimensionado considerando-se toda a área impermeabilizada acrescida.

A Lei n° 13.276/2002, da cidade de São Paulo, determina que a capacidade do reservatório para retardo das águas de chuvas, deverá ser dimensionada através da seguinte equação:

(1)

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Onde V é o volume do reservatório, em m³; Ai é a área impermeabilizada, em m²; IP é o índice pluviométrico, adotado como 0,06 mm/h; t é o tempo de duração da chuva, adotado em uma hora.

Quando aplicado, o reservatório ligado ao sistema de drenagem, estipulado pela Lei n° 11.228, o Decreto n° 41.814 determina que o volume resultante da equação (1) deva ser acrescido ao volume calculado por:

(2)

Onde V volume de disposto adotado, em m³; S é a área do terreno, em m²; Sp é a área do terreno livre de pavimentação ou construção, em m²; IP é o índice pluviométrico, adotado como 0,06 mm/h; e t é o tempo de duração da chuva, adotado em uma hora. Cidade do Rio de Janeiro

Através do Decreto n° 23.940/2004, do município do Rio de Janeiro, tornou-se obrigatória à construção de reservatório destinado ao acúmulo das águas pluviais e posterior descarga para a rede de drenagem e de outro reservatório de acumulação das águas pluviais para fins não potáveis, quando couber, para empreendimentos que possuam área impermeabilizada superior a 500 m². O dimensionamento da capacidade dos reservatórios para retardo das águas pluviais é expresso por:

(3)

Onde V é o volume do reservatório em m³; k é o coeficiente de abatimento, sendo igual a 0,15; Ai é a área impermeabilizada, em m²; e h a altura de chuva, em m. A altura de chuva corresponde a 0,06 metros nas áreas de planejamento 1, 2 e 4 da cidade do Rio de Janeiro e a 0,07 metros nas áreas de planejamento 3 e 5.

A Resolução Conjunta SMG/SMO/SMU nº 001/2005 da cidade do Rio de Janeiro, complementa o dimensionamento do reservatório com o dimensionamento do orifício de descarga do reservatório destinado ao retardo das águas pluviais deverá obedecer à equação abaixo.

S = Q/[Cd.(2gh)^(1/2)] (4)

Onde S é a área do orifício, em m²; Q é a vazão de águas pluviais gerada no lote anteriormente à impermeabilização, conforme as normas da Secretaria Municipal de Obras; Cd é o coeficiente de descarga, adotado o valor de 0,61 para orifícios circulares e 0,601 para orifícios retangulares; h é a carga sobre o centro do orifício, em metro; e g é a aceleração da gravidade em m²/s.

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Estado de São Paulo

A Lei nº 12.526/2007, do Estado de São Paulo, tornou obrigatória a implantação de sistema para captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos cobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500 m². Esta determina que o reservatório de retardo deva ser dimensionado com base na equação (1) e os condicionantes da cidade de São Paulo. Cidade de Niterói

A Lei n° 2.630/2009, do município de Niterói, determina que as novas edificações, públicas ou privadas, que tenham área impermeabilizada superior a 500 m² deverão ser dotadas de reservatório de águas pluviais. A Lei determina que o reservatório de águas pluviais possa ser de acumulação ou de retardo. Ela determina que os reservatórios de retardo, destinados ao acúmulo de águas pluviais e posterior descarga na rede de águas pluviais, deverão ter o seu volume calculado pela equação (3), onde K é coeficiente de abatimento, adotado valor de 0,15 e H a altura pluviométrica, adotado valor de 0,07 metros. Cidade de Nova Iguaçu

A Lei nº 4.092/2001, do município de Nova Iguaçu, determina que os empreendimentos novos e localizados em terrenos com área superior a 500 m² deverão implantar tanques de retenção destinada a retardar em duas horas a chegada das águas pluviais no sistema de drenagem, córregos e rios. DISCUSSÃO E RESULTADOS

Ainda não há uma legislação em nível federal ou norma técnica brasileira que indique como deve ser dimensionado o reservatório para retardo do escoamento das águas pluviais precipitadas sobre os loteamentos. Cada município que possui legislação que determina a execução deste tipo de dispositivo indicando uma metodologia própria para o dimensionamento, já que os eventos pluviométricos, uso e ocupação do solo, sistema de drenagem, entre outros fatores que interferem no escoamento das águas pluviais, variam de acordo com cada localidade.

É importante ressaltar que algumas dessas legislações municipais, que exigem a implantação do reservatório de retenção, não indicam o momento de esvaziamento dos mesmos, como a da cidade de Nova Iguaçu que indica para o esvaziamento duas horas após o término do evento pluviométrico. A cidade do Rio de Janeiro é a única a exigir o dimensionamento do orifício de

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descarga do reservatório, sendo este fundamental para determinar a vazão contribuinte na rede de águas pluviais da cidade.

É interessante observar que as equações levam em consideração a altura de chuva, fator básico no dimensionamento e no sistema, coeficiente de abatimento, que é o coeficiente redutor da precipitação máxima pontual usada na extrapolação deste valor pontual para toda uma área em seu entorno, e a área impermeabilizada, elemento que impede a infiltração da chuva no terreno. A equação (2) mostra-se clara e adequada ao objetivo do dimensionamento, calcular o volume do reservatório para reter a água da chuva que antes da impermeabilização, infiltrava no solo, já que leva em consideração toda a área impermeável, e não só a passível de captação. CONCLUSÕES

As legislações municipais, de maneira geral, responsabilizam o dono do loteamento pela impermeabilização do solo, o que é importante, já que este tipo de ação impacta no sistema de drenagem, auxiliando o poder público no controle das enchentes e incentiva para um possível aproveitamento dessas águas para fins não potáveis.

É importante que seja concebida uma norma ou legislação em âmbito nacional para a execução dos reservatórios de retenção, de forma a permitir a orientar os municípios com a melhor metodologia, diferenciando de acordo com as características pluviométricas das cidades. Com essa orientação cria-se a expectativa da determinação da vazão de escoamento desses reservatórios.

REFERÊNCIAS

BRASIL, CÓDIGO DAS ÁGUAS. Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d24643.htm>. Acesso em: 20 nov. 2011.

BRASIL. DIRETRIZES NACIONAIS PARA O SANEAMENTO BÁSICO. Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 18 nov. 2011.

CANHOLI, Aluísio Pardo (2009). Drenagem urbana e controle de enchentes. 301 p. Editora Oficina de textos. São Paulo.

ESTADO DE SÃO PAULO. Lei nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007. Disponível em: <http://www.saobernardo.sp.gov.br/SECRETARIAS/sp/geoportal/LEGISLACAO/LEI12526_2007.pdf>. Acesso em 12 nov. 2011.

FENDRICH, Roberto; OBLADEN, Nicolau L.; AISSE, Miguel M.; GARCIAS, Carlos M.;(1997). Drenagem e controle da erosão urbana. 485 p. Editora Universitária Champagnat. Curitiba.

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FONSECA, Paulo L.; Integração entre modelos de simulação hidrodinâmica e sistemas de

informação geográfica (Bacias de detenção no controle de cheias urbanas). Tese de Doutorado. Universidade Federal Fluminense. 2008.

NITERÓI. Lei n° 2.630, de 7 de janeiro de 2009. Disponível em: <http://www.ofluminense.com.br/ArquivosExternos/Arq670.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2011.

NOVA IGUAÇU. Lei n° 4.092, de 28 de junho de 2011. Disponível em: < http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Nova_Igua%C3%A7u_4092_de_2011 >. Acesso em: 2 dez. 2014.

RIO DE JANEIRO. Decreto n° 23.940, de 30 de janeiro de 2004. Disponível em: <http://www2.rio.rj.gov.br/smu/buscafacil/Arquivos/PDF/D23940M.PDF>. Acesso em: 22 nov. 2011.

RIO DE JANEIRO. Resolução Conjunta SMG/SMO/SMU nº 001 de 27 de janeiro 2005. Disponível em:< http://www.rio.rj.gov.br/documents/91265/148105/21_ResConjsmgsmosmu01-05-Dec23940.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2014.

SÃO PAULO. Lei n° 13.276, de 4 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.leispaulistanas.com.br/reservatorios-de-agua/lei-no-13276-de-4-de-janeiro-de-2002>. Acesso em: 20 nov. 2011.

SÃO PAULO. Decreto n° 41.814, de 15 de março de 2002. Disponível em: <http://www.leispaulistanas.com.br/reservatorios-de-agua/decreto-no-41814-15-de-marco-de-2002> Acesso em: 20 nov. 2011.

TUCCI, Carlos E. M.; PORTO, Rubem La L.; BARROS, Mário T.;(1998). Drenagem Urbana. 428 p. Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.