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Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental MEMORIAL DE ATIVIDADES ACADÊMICAS Apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos Requisitos à Classe de Professor Titular, em atendimento a Resolução Normativa Nº 40/CUN/2014, de 27 de Maio de 2014. Cesar Augusto Pompêo [email protected] Áreas de atuação Gestão de Recursos Hídricos Conservação de Bacias Hidrográficas Hidrologia Urbana Drenagem Urbana de Águas Pluviais Formação acadêmica/titulação Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1990. Mestrado em Engenharia Hidráulica e Saneamento. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1983. Graduação em Engenharia Civil, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1979. Florianópolis, 29 de maio de 2017

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UniversidadeFederaldeSantaCatarina

DepartamentodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental

MEMORIALDEATIVIDADESACADÊMICAS

Apresentado àUniversidadeFederal de SantaCatarinacomopartedosRequisitosàClassedeProfessorTitular,ematendimentoaResoluçãoNormativaNº40/CUN/2014,de27deMaiode2014.

CesarAugustoPompê[email protected]

ÁreasdeatuaçãoGestãodeRecursosHídricosConservaçãodeBaciasHidrográficasHidrologiaUrbanaDrenagemUrbanadeÁguasPluviais

Formaçãoacadêmica/titulaçãoDoutoradoemEngenhariaHidráulicaeSaneamento,EscoladeEngenhariadeSãoCarlos,UniversidadedeSãoPaulo,1990.

Mestrado em Engenharia Hidráulica e Saneamento. Escola deEngenhariadeSãoCarlos,UniversidadedeSãoPaulo,1983.

Graduação em Engenharia Civil, Escola de Engenharia de SãoCarlos,UniversidadedeSãoPaulo,1979.

Florianópolis,29demaiode2017

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ApresentaçãoEsteMemorialdeAtividadesAcadêmicasvisaaoatendimentodeumdosrequisitosàpromoção para a classe de Professor Titular da Carreira do Magistério Superior,conforme a Resolução Normativa nº 40/CUn/2014, de 27 de maio de 2014, comalteraçõesdecorrentesdaResoluçãoNormativanº69/CUn,de31demaiode2016,edaResoluçãoNormativanº76/CUn,de17dejunhode2016.

Nele encontram-se relacionadas as atividades de ensino, pesquisa e produçãointelectual,extensão,administraçãoacadêmicaeproduçãoprofissional,realizadasaolongodemeupercursoprofissionalacadêmico.

AesteMemorialencontra-seanexadoumCDcomarquivoemformatopdfintegradoporcópiasdedocumentoscomprobatóriosdasatividadesrelacionadas,identificadasemseuíndice.Cópias impressasdosmesmosdocumentosencontram-seanexadaseosoriginaisdisponíveiscomoautor.

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“Outra coisa que não entendo – disseNarizinho–éessenegóciodeváriasciências.Seaciênciaéoestudodascoisasdomundo,ela deveria ser uma só, porque o mundo éum só. Mas vejo física, geologia, química,geometria,biologia–umbandãoenorme.Euqueriaumaciênciasó.”MonteiroLobato in “SerõesdeDonaBenta”,pg.7,EditoraBrasiliense,12aedição,1979.

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Índice

Introdução.....................................................................................................................................................1

1.ATIVIDADEDEENSINO....................................................................................................................3

1.1.DocênciaemníveldeGraduação.................................................................................................31.2.DocênciaemníveldePós-GraduaçãoStrictoSensu...........................................................111.3.DocênciaemníveldePós-GraduaçãoLato-sensu................................................................15

2.ATIVIDADEDEPESQUISAEPRODUÇÃOINTELECTUAL...............................................192.1.Publicações...........................................................................................................................................32

2.1.1.AutoriadecapítulosdeLivros......................................................................................322.1.2.Artigosemperiódicosindexados.................................................................................332.1.3.Artigoseresumosapresentadosemeventoscientíficos...................................342.1.4.Outraspublicações.............................................................................................................35

2.2.Orientação.............................................................................................................................................36

2.2.1.AtividadesdeorientaçãoemníveldeMestradoeDoutorado........................362.2.2.AtividadesdeorientaçãodeMonografias,TrabalhosdeConclusãode

CursoeIniciaçãoCientífica............................................................................................39

2.3.Participaçãoembancas...................................................................................................................422.3.1.ParticipaçãoembancasdeTesesdeDoutorado,DissertaçõesdeMestrado,

QualificaçõesdeDoutoradoedeMestrado,MonografiaseTrabalhosdeConclusãodeCurso...........................................................................................................42

2.3.2.Participaçãoembancasdeconcursoparaprofessorefetivo,progressãofuncionaleestágioprobatórionaUFSC...................................................................42

2.4.Participaçãoemeventoscientíficos...........................................................................................422.4.1.Participaçãoemeventoscientíficos-Membrodecomitêcientífico............422.4.2.Participaçãoemeventoscientíficoscomopalestrante......................................43

3.ATIVIDADESDEEXTENSÃO..........................................................................................................45

3.1.Docênciaemcursosdecurtaduração....................................................................................473.2.Participaçãoemcomissãoeditorial...........................................................................................483.3.Pareceresadhoc-órgãosdefomento......................................................................................483.4.Assessorias,consultoriaseperícias..........................................................................................493.5.FunçõesdeRepresentação............................................................................................................493.6.CargosAdministrativos...................................................................................................................50

4.ATIVIDADESATUAISREGISTRADASNOSISTEMANOTES...........................................504.1.ProjetosdePesquisa........................................................................................................................504.2.ProjetosdeExtensão.......................................................................................................................51

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Introdução

O estabelecimento do contexto das atividades iniciais relatadas neste Memorial tem aintenção de permitir ao leitor o acompanhamento dos primeiros passos do caminhopercorrido.

⌘AdefiniçãolegaldaorganizaçãodoMinistériodeMinaseEnergia,noanode1965,incluiuoDepartamentoNacionaldeÁguaseEnergia(D.N.A.E.),como“órgãoincumbidodepromoveredesenvolveraproduçãodeenergiaelétrica,bemcomodeassegurara execuçãodoCódigodeÁguaseleissubsequentes”1.

Em1968,porintermédiodoDecretonº63.951,umareestruturaçãodoMinistériodeMinaseEnergia criou o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (D.N.A.E.E.), neleincorporando as atribuições doDepartamentoNacional deÁguas e Energia (D.N.A.E.) e doConselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (C.N.A.E.E.), este último, órgão de consulta,orientação e controle quanto à utilização dos recursos hidráulicos e de energia elétrica,diretamentesubordinadoàPresidênciadaRepública,desde1939.

O DNAEE2teve seu Regimento Interno aprovado em 1977, do qual constava tratar-se omesmodeÓrgãoCentraldeDireçãoSuperior“responsávelpeloplanejamento,coordenaçãoeexecuçãodosestudoshidrológicosemtodooterritórionacional;pelasupervisão,fiscalizaçãoecontroledosaproveitamentosdaságuasquealteramoseuregime;bemcomopelasupervisão,fiscalizaçãoecontroledosserviçosdeeletricidade"3.

Tambémem1977, realizou-se, emMardelPlata, aConferênciadasNaçõesUnidas sobre aÁgua,queresultouumPlanodeAçãocomfoconopapeldaáguanocrescimentoeconômico,erecomendações quanto à gestão de recursos hídricos, no que tange a aspectos técnicos,institucionais, legais e econômicos, com ênfase especial à importância da participação dosusuáriosnoprocessodecisório,bemcomoanecessidadedeaçõeseducativasamplasquantoaos problemas relacionados ao uso e conservação da água. Nomesmo ano, era fundada aAssociação Brasileira de Recursos Hídricos que, promovendo encontros e reuniõescientíficas,constituiumcenárionovoedinâmicoparadiscussãodequestõesrelacionadasàpesquisaemhidrologiaehidráulica,e,principalmente,àgestãoderecursoshídricos.

Eaindaem1977,oDNAEE,porintermédiodesuaDivisãodeControledeRecursosHídricos(DCRH),firmouumconvêniocomaEscoladeEngenhariadeSãoCarlos,daUniversidadedeSão Paulo, EESC-USP, tendo por objetivo a realização de pesquisas aplicadas no campo dahidrologia, qualidade das águas de rios e reservatórios, bem como o desenvolvimento detecnologiaparamonitoramentohidrológicocomrecursosdetelemetria.

No mês de março de 1977, o Departamento de Hidráulica e Saneamento da EESC-USPrealizou, entre alunos do curso de Engenharia Civil, processo seletivo para escolha debolsistas que auxiliariam a realização dos trabalhos iniciados por intermédio do ConvêniocomoDNAEE.

1Leinº4.904,de17dedezembrode1965.2AsiglaD.N.A.E.E.constaemtodososdocumentosantigosmas,comooutras,seráutilizadanotextodeformasimplificada,DNAEE.3Portarianº234,de17defevereirode1977.

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TendorecémcursadoadisciplinaHidrologiaquemuitomeatraiu,emparteporrenovar-meointeressepelaGeografianascidonocursoginasial,aliadoàaplicaçãodenovosconhecimentosdados pela Estatística, e também estimulado pelas aulas e particular carisma do professorArthurMattos4,candidatei-meefuiselecionado.

Antes dametade do segundomês de trabalho procurei o professor Arthur, demonstrandointenção de abrir mão da bolsa devido ao pouco aprendizado resultante da atividade deperfurar cartões de dados a serem usados nas pesquisas dos professores. Propondo-se amudarminhasatividades, apresentou-meentãoa seucolegaAntonioMaroziRighetto,meuorientador a partir daquele instante, e que, passados dois ou três dias, ofereceu-me paraleituraumartigopublicadonos anais do SimpósiodaAssociação Internacional deCiênciasHidrológicas5.

Apóshavermededicado a compreender e a descrever osmodelos apresentadosno artigo,pensei emdesenvolver algo semelhantepara representar os totais diários deprecipitaçãopluviométrica na bacia doRio Jacaré-Guaçu, objeto depesquisa do convênioDNAEE/EESC,pormeiodeumprogramaemFORTRAN.

Operíododaleituradaqueleartigopassou-seháquarentaanos,emuitasvezesrefletisobreoocorrido. A curiosidade por tentar reproduzir as ideias nele apresentadas levaram-me aaprofundaroestudodoproblemadeformasistemática,epoucoapoucofuimetornandoumpesquisador.

Nomêsdedezembrodaqueleano,nodia23,agorabolsistaeminiciaçãocientíficapeloCNPq,estavaàportadoDeptodeHidráulicaeSaneamentoonde trabalhava, eobservavaa chuvaforte que prosseguia desde a noite anterior quando o chefe do departamento, MarciusFantozziGiorgetti,curiosoporsaberomotivodeumbolsistaaliseencontrarnaantevésperado Natal, descobriu-me no aguardo de meu orientador para mostrar-lhe resultados dotrabalho. Cogitou apossibilidadedoprofessorRighettonão vir aqueledia, oferecendo-se aconduzir-me para entrega de trabalho por mim julgado tão relevante. Meu orientadorrecebeu-nosemsuacasacomsurpresaeaoentregar-lheasfolhascomotrabalhorealizado,sentitercumpridoumdever.Umapartedomodelocomeçavaafuncionar.

Em setembro do ano seguinte, ano deminha formatura,meu orientador convidou-me, emnome doDepartamento, a suceder um professor que deixava o cargo. Atônito, ainda nemgraduado,aceitei.

Em janeiro de 1979, iniciava atividades como Professor Auxiliar de Ensino, em regime dededicaçãoexclusiva,naEscoladeEngenhariadeSãoCarlos,daUniversidadedeSãoPaulo6.

4ArthurMattos e SwamiMarcondes Villela foram autores do livroHidrologia Aplicada, lançado em1975 e imediatamente adotado como livro texto em numerosos cursos de engenharia do Brasil epaíses de língua portuguesa. Antes deste havia apenas o livro do professor Lucas Nogueira Garcez,lançadoem1967.5Jovanovic,Slobodan;Dakkak,A.R.;Cabric,M.;Brajkovic,M.SimulationofdailyrainfallseriesusingMarkov chainmodels.Mathematicalmodels inhydrology:proceedingsof theWarsawSymposium.IAHS/WMO,UNESCO,p.110-120,1974.6Na disponibilidade de vaga, um professor podia contratado de forma permanente sem efetivação.Obtida titulação de doutor, deveria demitir-se, candidatando-se a concurso público para professorefetivonamesmavaga.

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1.ATIVIDADEDEENSINO1.1.DocênciaemníveldeGraduação

NoprimeiroanocomoAuxiliardeEnsinojuntoàEESC-USP,recebiaresponsabilidadesobreadisciplinaHidrologia,paraturmasdealunosanteriormentereprovados.

Tratava-se de um desafio com muitas facetas. Em primeiro lugar, precisaria aprender aabordar e comunicar apropriadamente os conteúdos programados para a disciplina,conteúdoscomosquaisaindanãopossuía familiaridadepara trafegarcomdesenvoltura.Aeste primeiro desafio que representava os passos iniciais para desempenhar o papel deprofessoracrescentava-seoutro,dedimensõesmuitomaiores:estabelecerumarelaçãocapazde demonstrar a autoridade inerente ao professor em turmas de alunos que eram meuscontemporâneosnaEESC, jovenscomoeu,comosquaismeencontrava frequentementenoCampus e fora dele, havendo estabelecido mutuamente relações de conhecimento ecoleguismo que poderiam ser equivocadamente interpretadas por alguns. Ainda que estedesafiorealmentefossemaior,entendiaeupodersuperá-lobuscandoocompromissocomosalunosnodesenvolvimentodeumtrabalhosérioeresponsável.Asturmasnãoeramgrandes,no máximo vinte alunos, grande parte dos quais com deficiências que eram de meuconhecimento: tratava-se de alunos oriundos de países latino-americanos que vinhamestudarnaUSPporintermédiodeacordosdecooperaçãoe,comdificuldadesprincipalmentenos assuntos da formação básica do curso. Decidi-me por explicitar a eles os desafios queacima relacionei, tornando a situação transparente eme dispus a tentar resolver todas asdúvidas,mesmoaquelasrelacionadasaquestõessecundáriasàdisciplina.Conseguichegaraofinaldoanosatisfeitocomosresultados.

Aofinaldadécadade1970,umAuxiliardeEnsinonaUSPdeveriaministrarumadisciplinanagraduação, colaborar em outras disciplinas no mesmo campo de conhecimento,possivelmente na correção de trabalhos, além de participar de grupo de pesquisa em seucampodeinteresse.FuiassistirasaulasdadisciplinaHidráulicaGeralministradaspormeuorientador,prof.AntonioMaroziRighetto,duranteasquaispasseiaobservaraspectoscomoplano de aula, estruturação e apresentação do quadro negro e escolha de exercícios maisadequados para os conteúdos principais. Não apenas com ele mas com todo o grupo deprofessores emMecânicadoFluidos,Hidráulica eHidrologia, pessoas comoArthurMattos,SwamiMarcondesVillela,FazalHussainChaudhry,HansGeorgeArenseDanteContimNeto,estabeleceu-se uma forte relação de amizade e coleguismo, apesar da diferença de idadesignificativanaquelemomentodavida.Comelesdeiosprimeirospassosnavidaacadêmica.

Em1981substituiumcoleganasaulasdadisciplinaPlanejamentodeRecursosHídricos,cujabibliografiabásicaeraotradicionallivroEngenhariadeRecursosHídricos,deRayK.LinsleyeJoseph B. Franzini, um gigantesco compêndio sobre obras hidráulicas de engenharia, mascontendoapenasumcapítulosobrequestõesrelacionadasaoplanejamentodousoecontroleda água. O assunto me atraía a atenção por abranger questões de múltipla natureza, nãoapenashidrologiaeengenhariahidráulica,sendodiscutidoemreuniõescientíficasnoâmbitodo convênio DNAEE/EESC-USP. Me interessava a estrutura de planejamento e a forma dedefiniçãodasprioridadeseasrelaçõesentreasobrasparadiversosedistintosusosdaáguaemumamesmabaciahidrográfica.Aindasemperceber,estavainteressadoemsabercomosedavamoscritériosparatomadasdedecisão.

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Permaneci com esta disciplina até 1985 e aos poucos aprofundei leituras e reorientei osconteúdos das aulas, iniciando-me a partir das bibliografias com as quais tive contato aoassistir e receber o encargo, paramim uma oportunidade, de coordenar a elaboração dasNotas de Aula do Curso sobre Gerenciamento de Recursos Hídricos, realizado em 1983 porintermédiodoconvêniojámencionado.

⌘AoseraprovadoemconcursoparaprofessorjuntoàUFSC,recebiincumbênciadeministrarconteúdos da disciplina Obras Hidráulicas e Drenagem Urbana. O curso de graduação emEngenharia Sanitária havia sido criado poucos anos antes, em 1978, à esteira do PlanoNacional de Saneamento (PLANASA) que também havia dado origem às companhiasestaduais de saneamento, visando principalmente ao abastecimento de água. Obrashidráulicas e drenagem urbana apresentavam pouco interesse aos alunos que preferiamdedicar-seaquestõesanalítico-laboratoriais,sistemasdetratamentoedistribuiçãodeáguasdeabastecimentoecoletadeesgotos,paraasquais,naquelemomento,bastavamabordagenssimplificadas e adequadas aos recursos de projeto disponíveis. Esta ausência de interessedecorriatambémdapequenacargadidáticadasreferidasdisciplinasnocurrículo.

Os anos de 1987 e 1988 foram de muitas discussões no recém criado Departamento deEngenhariaSanitária.Estávamos,todososprofessores,iniciando-nosemdiscussõessobreasrelações entremeio ambiente e saneamento e seus reflexos no curso. Aomesmo tempo, acriaçãodeumdepartamentoprópriohaviaestabelecidoumespaçoparticularparadiscussãodocurso,anteriormentevinculadoaoDeptodeEngenhariaCivil, espaçonoqual conviviamprofessoresmaisantigoseoutros,egressosdoprópriocurso.Avaliávamosanecessidadedeampliarmos e diversificarmos o conjunto de disciplinas oferecidas, com atenção para asdeficiênciasentãoidentificadas.

Em 1988, o curso de graduação em Engenharia Sanitária passou a denominar-se curso degraduaçãoemEngenhariaSanitáriaeAmbiental, sendo realizadaumareformulaçãode seucurrículo decorrente desta reorientação e de algumas necessidades anteriormenteidentificadas.Nocampodahidráulicaehidrologia,asdisciplinasforamredefinidas,criando-seHidráulica II,queabordariaahidráulicacanaiseescoamentosàsuperfície livre,assuntobrevementetratadonadisciplinajáexistentedeHidráulicaGeral,ObrasHidráulicas,voltadaaoprojetodepequenasbarragens,bueirosecanais,etambémadisciplinaDrenagemUrbana,que tratariadoprojetode sistemasdedrenagememáreasurbanas, consolidando-seassimcomo disciplina ao lado de outras que constituem o saneamento básico, Abastecimento deÁgua, Disposição de Esgotos, Disposição de Resíduos Sólidos. As três disciplinas recémcriadas ficaram sob meu encargo até a criação do Programa de Pós-Graduação, quandopermaneciapenascomDrenagemUrbana.

Noperíodoqueministreiestastrêsdisciplinas,preciseibuscarmuitosrecursosdeensinoemuitas formas de motivar os alunos para os assuntos tratados. Foi um período querealizávamossemestralmenteumaviagemdeestudosparaconhecerasbarragensdo Itajaí,umadasquaiscujomaciçocentralemterraseencontravaemconstrução,possuindotambémo vertedouro em forma de canal lateral, cujas bases de projeto fui estudar para levar aosalunos. Também realizávamos saídas de campo em Florianópolis e região para visitas aoutras obras como grandes bueiros, canais, sistemas de captação e bombeamento, enfim,aquiloquefossepossívelparamotivaçãodosalunosemquestõesdehidráulicaehidrologia.

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OassuntoDrenagemUrbanahaviasidoobjetodeminhaatençãoem1981,quandorecebioencargo deministrar a disciplina durante o Curso de Aperfeiçoamento Pré-Requisito paraMestradoemHidráulicaeSaneamento,naEESC-USP.Naquelemomento,umcolegaprofessorbastante experiente na elaboração de projetos, porque atuava em uma empresaespecializada,dividiuaresponsabilidadejuntoàdisciplinaemeorientoutambémquantoaoselementosmaisrelevantesparaaprendizadofuturonoassunto.Duranteabreveexperiênciano preparo das aulas em companhia do colega, fui por ele orientado a buscar conhecer aquestão da drenagem urbana no cotidiano, uma vez que não poderia juntar experiênciainstantaneamente sobre o assunto por jamais me dedicar a ele anteriormente, tentandoidentificarsuainserçãonoambienteurbano.Oaprendizadodecorrentedestaorientaçãofoimuitomaisamplodoqueopretendidoeaele sempremerefiroquando tratodequalquerassunto em sala de aula: trata-se da necessidade em aprender a reconhecer, de formaabrangente,umasituaçãoqueenvolvaumproblema.Apercepçãonascedo treinamentodoolhar, concedido pela atenção e valoração dos elementos mais significativos presentes nocontexto.Hojeháoutraspalavrasquemelhorexplicitamaquestão:aformulaçãodasoluçãotemorigemnaelaboraçãodoproblema.

Retomoo relato sobreasnovasdisciplinas integrantesdocurrículodocursodegraduaçãoemEngenhariaSanitáriadaUFSC.DrenagemUrbana,Hidráulica II eObrasHidráulicasnãoerambemrecebidaspelosalunos,aindaquedevessempassarpelamesmaeobteraprovaçãoparaintegralizarocurso.Istosignificavaqueosalunos,deformageral,buscavamcumprirosrequisitos,limitando-seaomínimonecessárioparaaprovação.

Meuhistóricodeensinodegraduaçãosedesenvolveufortementeapartirdanecessidadedevalidar Drenagem Urbana como conhecimento importante à formação do EngenheiroSanitaristaeAmbiental.Emváriasoportunidadesapresenteiprojetosparadesenvolvimentodeestratégiasdeensino,comonoFUNPESQUISAeFUNGRAD,daUFSC,ouREESC,daFINEP,algumasdasquaisobtivesucesso.E tambémpordiversasvezesrecebialunosemIniciaçãoCientífica, com bolsas PIBIB-UFSC e PIBIC-CNPq. Entre 1987 e 1991, estes alunoscontribuíram com a montagem de um módulo didático experimental para estudos decondutos sob pressão. Posteriormente, busquei estudantes do curso de graduação emCiências de Computação, que, neste caso, desenvolviam programas para uso didático emhidráulica de canais e drenagem urbana. Quase todos os arquivos contendo propostas,solicitações de bolsas e relatórios pessoais e de alunos-bolsistas concernentes a ProjetosDidáticosencontram-seempastademesmonomedisponibilizadajuntoaestememorial.

É pertinente a esteMemorial comentar o papel desempenhado pela pessoa que veio a serminha companheirade vida apartir de1992,Helena. Pedagogapor formação e educadoraporvocação,colaboroufortementenadiscussãodasabordagenseestratégiasdeensinopormimutilizadasaolongodestesanos.Comelafoipossívelcompreenderqueaoalunonãocabereproduzirconceitosemétodosmas,antesdetudo,assumirocompromissocomseupróprioaprendizado, aindaquedisciplinas formativasno campodaengenhariapossuamrequisitosprogramáticosbemobjetivos.

Cabe igualmente destacar conversas com o colega João Sergio Cordeiro, da UFSCar, queapresentou-me aos estilos de aprendizagem do método Kolb, onde pude compreender osestilos próprios do aluno no aprendizado sobre uma temática e a necessidade de tentarincorporarestesestilosnaestruturaçãodasaulaseatividadespropostas.Alémdisto,tambémno percurso acadêmico tomei contato com a taxonomia de Benjamin Bloom quanto às

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dimensõesdoaprendizadonodomíniocognitivo,passandoaconsiderá-lasnotratamentodeumnovoassuntocomosalunos.

As reflexões sobre formas de tratamento para a disciplina Drenagem Urbana, eposteriormente outros assuntos, levaram-me a aproximar-me da Associação Brasileira deEnsino de Engenharia - ABENGE, por intermédio da qual participei de alguns eventoscientíficos nos quais compartilhei conflitos e ideias com colegas de outros campos doconhecimentoedeoutrasinstituições.OsmesmosmotivosmelevaramaparticipardoIIedoIIIWorkshop Internacional sobre Ensino de Engenharia, realizados pela direção do CentroTecnológicodaUFSC.

Desdeofinaldosanos1980,percebiqueousoderecursoscomputacionaispoderiasetornarimportante para atrair a atenção e o interesse dos alunos. Para abrir um caminho comemprego destes recursos, passei a solicitar apoio do Programa Institucional de Bolsas deIniciação Científica da UFSC PIBIC-UFSC e posteriormente do PIBIC-CNPq/UFSC, para odesenvolvimento de programas computacionais para uso didático. Durante o período de1990 a 2003, orientei dezesseis alunos em Iniciação Científica, cujos trabalhos foramrelacionados exclusivamente à aplicação de modelos matemáticos em hidrologia urbana,como os modelos Texas Hydraulic System-Thysys e Hydroworks, ou a produção dosprogramascomputacionaisdidáticosrelacionadosaseguir:

• BDL–AplicativoDidáticoparaDimensionamentodeBocasdeLobo,• GALERIAS–AnáliseeDimensionamentodeGaleriasPluviais• PCanais–AnáliseeDimensionamentodeCanaisemRegimePermanenteeUniforme,• FREDS–Aplicativo Didático para Cálculo de Fatores de Redução do Escoamento em

Sarjetas

Mais recentemente, em 2011, um aluno se dedicou durante mais de um ano aodesenvolvimento de um sistema de cálculo automatizado para projetos em drenagem comuso apenas de programação sobre planilha eletrônica, transformando-o em Trabalho deConclusãodeCurso.

TambémdesdequeadisciplinaDrenagemUrbanapassouaminharesponsabilidade,inicieiaelaboraçãodetextosquepudessemapoiarminhasintervençõesemsaladeaula,inicialmenteapenas com o uso de quadro-negro, posteriormente acrescentando transparências pararetroprojetor, chegando às apresentações eletrônicas. Esta estruturação proporcionou aelaboração de um texto de Notas de Aula em Sistemas Urbanos em Microdrenagem,consolidado em 1996, reestruturado em 2001, e em atualização no presente ano 2017.Inicialmente fiquei bastante irritado ao perceber que as apresentações eletrônicas,disseminadas entre alunos, podem ser encontradas, sem menção ao autor, em sítioseletrônicos de diversos professores em todo o país, a também as Notas de Aula, estasreproduzidas integralmente.Aospoucospercebia importânciado trabalhoproduzidoe,decerta forma, seu reconhecimento e validaçãoporoutros colegas.HojepreparoumBlogemDrenagemUrbana7,cujaspostagensinicieinopresenteano,comaintençãodedisponibilizartodososmateriaisdidáticos.

Em dezembro de 1995, um fenômeno chuvoso extremo trouxe fortes inundações à regiãolitorânea central de Santa Catarina, incluindo-se Florianópolis e, no Campus da UFSC na

7https://drenurb.blogspot.com.br

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Trindade,diversosespaçosforamalagados.Estedesastreinfeliztrouxeàcenaaimportânciadadrenagemurbana.Coincidentemente,doismesesantesdesteevento,propuse instaleioLaboratório de Drenagem Urbana – LabDren, em torno do qual reuníamos alunosinteressados no assunto e bolsistas que desenvolviam os acima mencionados programasdidáticosparaminhasdisciplinas.Oeventocatastróficorapidamenteabriunovosespaçosdeatuação para o LabDren. Passamos a participar de reuniões comunitárias na bacia doItacorubi,naqualseinsereoCampusdaUFSC,ondesediscutiamosproblemasdedrenagemnosbairrosdela integrantes,estabelecemos interlocuçãocomocorpo técnicodaPrefeituraMunicipal, visando discutir medidas para prevenção a eventos futuros, elaboramos umaproposta para o PlanoDiretor de Drenagem da UFSC, recebemos um professor visitante euma estagiária francesa para apoiar-nos no uso demodelosmatemáticos de simulação deenchenteseprojetodemedidasde controle.Enfim, iniciávamosasbasesparaum trabalhosobre gestão da drenagem urbana que mais tarde se materializaria como contribuiçãorelevante para o assunto. Este caudal de acontecimentos tambémmodificou a recepção dadisciplina Drenagem Urbana por parte dos alunos e de muitas pessoas externas ao meioacadêmico.

Ainda ao final da década de 1990 e início da década de 2000, passei a organizar, com osalunosdadisciplinaDrenagemUrbana,exposiçõescomfotografiasetextossobreproblemasrelacionadosaoassuntoduranteaSemanaAcadêmicadeEngenhariaSanitáriaeAmbiental.EmdiversasoportunidadesestasexposiçõesserealizavamnaPraçaXVdenovembro,centrode Florianópolis, ounaPraça daCidadania, noCampusdaUFSC.Apesar de representaremacontecimentos restritos, criavam oportunidade aos alunos para desempenharem papeisativosemconversascomaspessoasinteressadas.

Tambémparaincentivarointeressepelatemática,adisciplinaoptativaInformáticaAplicadaà Drenagem Urbana foi criada em 1997. Curiosamente, naquele momento era procuradapelos alunos principalmente por interesse no aprendizado do uso de planilhas eletrônicascomorecursoaodimensionamentodesistemasdedrenagem,bemcomooutrasnecessidadesnos projetos das demais disciplinas do curso. É interessante verificarmos que há 20 anos,embora os microcomputadores estivessem se disseminando fortemente, ainda não eramextensivamenteutilizadoscomoinstrumentosdeapoio.AtualmenteadisciplinaInformáticaAplicadaàDrenagemUrbanaéoferecidacomenfoqueaoempregodamodelaçãomatemáticaaplicadaàhidrologiaparaanálisedeproblemassobreenchentesembaciasurbanas.

Em 1999, apresentei no XXVII Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, o artigointituladoEnsinodehidrologiaurbana:embuscadamotivaçãodoaluno,noqualsãorelatadasas dificuldades e o caminho percorrido até aquele momento para consolidar drenagemurbanacomodisciplina importante juntoaocursodegraduaçãoemEngenhariaSanitáriaeAmbiental da UFSC. Aquele texto demonstra a importância periférica dos assuntosrelacionadosàhidráulicaehidrologianacomposiçãodocurrículo, comenta sobreousodainformática como instrumento de ensino e aponta à reformulações da própria ementa dadisciplinaresultantesdocontextohistóricoedasnecessidadesdeformação,sementretantoapresentar conclusões porque, quando se trata de ensino, o caminho está sempre emconstrução.

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Tambémnoensinodegraduação,coube-me,apartirde1997,ministraradisciplinaTrabalhode Conclusão de Curso I. Aos olhos de outros professores tratava-se de algo bastanteenfadonho:adisciplinavinhasendoorganizadaemalgunspoucosencontrosduranteosquaisoprofessorresponsávelouviadosalunososencaminhamentosquantoàpreparaçãodoPlanodeTrabalhodeConclusãodeCurso,PlanodeTCC,aserdesenvolvidonosemestreposterior,plano este elaborado com auxílio de um professor-orientador escolhido diretamente peloaluno.Aofinaldosemestreoprofessorresponsávelpeladisciplinarealizavaaavaliaçãodosalunoscombasenaquelesrelatose,eventualmente,sobrealgumtrabalhoescrito.Mas,nemme passou pela cabeça seguir este caminho. Adquiri diversos livros sobremetodologia depesquisa e filosofia do conhecimento e passei o breve período de recesso em julho a ler eprepararasprimeirasaulas.

Expliqueiaosalunosquecomoqualqueroutradisciplinateríamosaulassemanais,noquefuifortementecontestado,masinsisti.Empoucassemanasestávamoselaborandoumamatrizderelaçõestemáticas,recursoqueconsistiaemmontarumquadroempapelcomváriascolunase linhas.Os títulosdascolunasseriamtermos-chaverelativosaosassuntosmaisrelevantespara cada aluno em sua proposta inicial de trabalho de conclusão de curso. As linhasreceberiamigualmenteosmesmostermos-chaveaoladoesquerdo.Emcadacélulaosalunospoderiam formularquestões relacionandoos termosdoisadois, excluindo-seas célulasdeintersecção central. Em síntese, os alunos começavam a estabelecer claramente algumasrelações em seus próprios domínios de conhecimento e a formular perguntas, o quemaistardeoslevariaàformulaçãodaperguntadepesquisa.EmalgummomentoposteriortomeicontatocomataxonomiadeBenjaminBloom,anteriormentereferida,eporintermédiodelatornou-semaisfácildiscutircomosalunoscadaumdosobjetivosdesuaspropostas,segundoa dimensão característica apropriada (conhecimento; compreensão; aplicação; análise;síntese;avaliação).

A disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I trouxe-me oportunidades de aprendizadosobre metodologia científica e sobre diversos assuntos abordados nas especialidades daengenharia sanitária. Permito-me brevemente descrever a seguir como a disciplina seencontraatualmenteestruturada.

Primeiramente esclareço aos alunos que não se trata de umadisciplina sobremetodologiacientífica mas sobre metodologia para elaboração do Plano de Trabalho de Conclusão deCurso. Esta diferenciação é fundamental para delimitar o alcance e o propósito dasatividades. São realizadas aulas expositivas e outras com atividades durante as quais osalunossedefrontamcomanecessidadederefletireescreversobresuaspropostasporqueaofinaldoencontropoderãoserinquiridosaexpô-lasaosdemaiseouvircríticasesugestões.Éfrequente alguns alunos perceberem a oportunidade de aprofundamento oferecida peladiscussãoe fazeremquestãodesecandidataremàsexposições.Os trabalhosrealizadossãoosseguintes:

1. Fichamento de um texto: Além de contemplar os elementos essenciais de umfichamento, como tese central e resumo, neste trabalho os alunos devem apresentarcomentáriospessoaissobreoartigofornecidopeloprofessordadisciplina,visandoaocaminhoparaaprofundamentodotema.

2. Termos-chave e glossário: Após escolher vários termos-chave relativos às suaspropostas,osalunosdevempesquisareapresentarbrevementeosprincipaisconceitos

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sobreosmesmos,elaborandoanálisessumáriasecomparativasentretrêsautores,nomínimo.

3. OsobjetivosdoTCC:Trata-sedeumtrabalhoiniciadoemsaladeaula,estendendo-sepor quinze dias, durante os quais os alunos definem pergunta, hipótese, objetivos efinalidades da proposta, identificando apropriadamente as dimensões doconhecimentoenvolvidasemcadaumdestesaspectos.

4. Revisãobibliográfica:Estetrabalhonãoproduz,noprazodefinido,quinzedias,umarevisão bibliográfica, mas estabelece limites e explicita as dificuldades para umtrabalhodestanaturezarealizadocomqualidade.

5. Artigodedivulgaçãocientífica:Duranteaaulaosalunosdevemdescreverocontexto,problema,objetivosefinalidades,sintetizaraformadeatingirosobjetivos,indicarosprodutos e beneficiários do trabalho. Este texto deve ser suficientemente claro paratentar expor a proposta a um hipotético leitor pertencente a outro campo doconhecimento que não a Engenharia Sanitária e Ambiental. Alguns textos sãocomentados ao final da aula, sendo estabelecido prazo de uma semana parareelaboração,apósaqualostextossãodisponibilizadosonlinepublicamente.

6. Quadro estruturador do TCC:Este trabalhoéomais interessantedadisciplinaporauxiliar o aluno a realizar uma visão abrangente de sua proposta. Cada linhacorresponde a um dos objetivos específicos e, nas colunas são relacionados: asfinalidades dos objetivos específicos relativamente ao objetivo principal, osprodutos/metasesperados,osmétodosparaobtençãodosdadoseumafrasequesitueo embasamento teórico relacionadoa cadamétodo.Trata-sedeumquadro sintético,portanto,oalunopossuiodesafiodeapresentarasideiascomrigor,clarezaeprecisão.A execução deste quadro é também iniciada em sala de aula, avançando por duassemanas.

7. Detalhamentodametodologia:Emrazãodoprodutofinaldadisciplinaconstituir-seno Plano de TCC, este trabalho está focado na resposta a diversos aspectos quecaracterizam o processo de coleta, registro, organização dos dados para posteriordiscussãodos resultados.É interessantecomentarqueo trabalhoparteda leituradoprimeiro parágrafo do Discurso doMétodo, de René Descartes, e adiante estabelececomo tarefa inicial ao aluno copiar-e-colar as quatro regras que orientam ométodocartesianoemseu texto, levando-oa refletir sobreapertinênciadasmesmasemseutrabalho.

Ao concluir este conjunto de trabalhos, o aluno deve se dedicar a redigir o Plano de TCC,reunindo e detalhando produtos anteriormente elaborados, avançando na revisãobibliográfica e completando outros elementos. Em minha opinião os resultados têm sidoexcelentes,aindaqueadisciplinaresulte-memuitomaistrabalhodoqueaqueleesperadopordoiscréditosaelaatribuídos.

Na apresentação da disciplina, oriento os alunos a possuírem um Caderno de Atividades,requisito que considero importante para o sucesso na elaboração de um bom trabalho deTCC, tratando-senadamaisdoqueumcadernobrochuracomcapaduraqueacompanhaoalunoemtodosostrabalhosdesdeoprimeirodiadeaulas,atéomomentodaelaboraçãodoRelatórioFinaldeTCC,noqualdeveser registradooqueoautorconsidererelacionadoaotrabalho, aulas, tarefas, rascunhos, ideias, dicas etc. Muitos alunos desconsideram estaorientaçãomastenhorecebidoreconhecimentodeoutrosqueaseguem.

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Em várias oportunidades, nesta disciplina e na orientação de alunos de graduação,aperfeiçoamentoeespecialização,desenvolviatividadesadistância,comempregodosistemaMoodle e por meio de mensagens eletrônicas. Atualmente possuo um conjunto de textosparcialmentesistematizadosapartirdosquaispretendoelaborarumpequenolivrodecartasaoalunoemTCC.SimultaneamenteaumBlogemDrenagemUrbana,cujaspostagensinicieino presente ano, tenho intenção de disponibilizar on line e de forma pública todos osmateriaisdeensinoproduzidosaolongodeváriosanosnadocênciajuntoàgraduação.

⌘Desejoacrescentaraestebreverelatosobreatividadesexercidasnoensinodegraduaçãotersido um dos primeiros professores a empregar um Sistema de Avaliação de Disciplina noDepartamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, contemplando desempenho doprofessor, adequação de métodos e conteúdos ministrados. Esta avaliação, utilizada nasdisciplinas desde o início da década de 1990 até meados dos anos 2000, consistia de umquestionário distribuído a todos os alunos, posteriormente recolhido e sintetizado por umdosalunosedevolvidoaoprofessor.Atualmentenãodisponhodemuitosresultadosdestasavaliações. Encontrei apenas quatro, disponibilizadas juntamente aos demais arquivos queconstituemesteMemorial.

EnquantoprofessordaUSP,de1979ao iniciode1986,participeidealgumaspesquisasdogrupodehidrologia ehidráulica, colaborei comdiversos alunos, colegasdepós-graduação,em suas pesquisas, além de desenvolvermeus próprios trabalhos, inicialmente a pesquisaque resultou meu mestrado e posteriormente, o doutorado. Quando iniciei atividades naUFSC, em 1986, não tínhamos no Depto de Engenharia Sanitária, um programa de pós-graduaçãoouuma tradiçãoempesquisa; tratava-sedeumdepartamentoacadêmicocriadotrêsmesesantesàesteiradeumcursocujaprimeiraturmasegraduaraem1982.Apósexpora um colegaminha inquietação relativa à ausência da pesquisa no cotidiano do professor,recordoainda suamanifestaçãoaoafirmar-me comclarezae convicçãoquenossoobjetivoprioritário e principal, para a qual havíamos sido contratados, deveria ser ensinar paraformarmosengenheirosecontribuirparaqueestaformaçãonãofossealienante.Soumuitograto por aquelas palavras e por muito ter aprendido ao longo do caminho tentativo dedespertarointeressedoalunonosassuntosquedesenvolvoemsaladeaula.Excetuando-seoano de 1989, quando permaneci afastado para conclusão de tese de doutoramento, e emalguns períodos curtos, por motivos de saúde, venho profundamente dedicando minhaatividadecomoprofessoruniversitárioaoensino,sejaestedegraduação,pós-graduaçãoouempalestrasecursosdeextensão.

⌘Osquadrosaseguirsintetizaminformaçõessobreasdisciplinasministradasemgraduação.Uma relação detalhada das disciplinasministradas a cada semestre encontra-se disponívelemarquivoanexoaesteMemorial.

CursodeGraduaçãoemEngenhariaCivil–EESC-USP,períodode1979a1985

Disciplina CréditosHidrologiaGeral 4HidráulicaII 3HidráulicaGeral 5PlanejamentodeRecursosHídricos 3

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CursodeGraduaçãoemEngenhariaSanitáriaeAmbiental

Disciplina CréditosSistemasdeEsgotoseDrenagemUrbana 3/5ObrasHidráulicas 2/4DrenagemUrbanaeObrasHidráulicas 5HidráulicaII 3DrenagemUrbana 3InformáticaAplicadaàDrenagemUrbana 3TrabalhodeConclusãodeCursoI 2

Duranteosanos1987e1988ofereciadisciplinaHidrologiaparaocursodegraduaçãoemBiologiamasnãoencontreiregistrosobreamesma.

1.2.DocênciaemníveldePós-GraduaçãoStrictoSensu

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental – PPGEA, iniciou atividades em1994.Portersidoocoordenadoreprincipalautordapropostaparasuainstalação,etambémpara registrar a dimensão das atividades envolvidas, esboço a seguir um relato desteprocesso.

Em junhode1992,enquantoomundovoltavaolhosaoBrasil, focandoatençõesnaEco’92,vinte anos após a primeira cúpula mundial sobre meio ambiente em Estolcolmo, quandonossos representantes haviamoferecido a infeliz declaração na qual afirmavamque o paisestaria de braços abertos à poluição já que, no entendimento deles, isto significariadesenvolvimento,apresenteiaoscolegasdoDeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbientalumesboçode linhasgeraisparaproposiçãodeumprogramadepós-graduaçãoemEngenhariaAmbiental.Apartirdaconcordânciadogrupo,passeiacoordenarinterinamentereuniõesediscussões,bemcomoaorganizarascontribuiçõesdoscolegasprofessoressobreaproposta.

O Programa foi concebido em três áreas de concentração, Tecnologias de SaneamentoAmbiental,PlanejamentodeBaciasHidrográficas eUsoeProteçãodeAmbientesCosteiros, asduasprimeirasdecorrentesdascompetênciasexistentesnoDeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,eaterceira,apartirdarecentetransferênciadeumprofessordaUFRJeainda,dapossível participação de professores de outros departamentos da UFSC. Para viabilizar talarranjo, realizei convites e promovi reuniões com professores de vários departamentos,duranteaelaboraçãodaproposta,visandoaoestabelecimentodeumcorpodocentecapazderesponderaosdesafiosdeformaçãodepós-graduaçãoemacordoàsnecessidadesapontadasnaefervescênciadasdiscussõesdaEco’92.

É importante salientar que embora o Programa fosse concebido a partir da EngenhariaAmbiental, considerava a possibilidade de inscrição de profissionais em qualquer área doconhecimento, não apenas as mais próximas da Engenharia Sanitária, como Química eBiologia ou Engenharia Civil, mas também das áreas humanas, educação e jurídicas. Aproposta resultoudensae incorporavacontribuiçõesmuitoalémdaEngenhariaAmbiental,com professores colaboradores dos departamentos de Engenharia Civil, EngenhariaMecânica,Geografia,Biologia,Agronomia,AdministraçãoeSociologia,etambémprofessoresvisitantes da UFRGS, UFRJ, UFV, USP e da França, por intermédio do Convênio CAPES-COFECUB.

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Tendo por objetivo central a “produção de conhecimentos sobre a problemática ambientallocal e regional e a formação de recursos humanos”, o PPGEA visava ao “aumento dadisponibilidade de profissionais com capacidade para o tratamento integrado destasproblemáticas”, em atendimento às “demandas das agências governamentais, prefeituras esetores organizados da sociedade civil, incluindo a iniciativa privada, destacando-se asdemandasaseremgeradaspeloMERCOSUL”.

AelaboraçãodoprojetodoPrograma,apartirdeummarcodereferênciaglobalelocal,umpanorama dos recursos hídricos, do saneamento e ambiental em Santa Catarina, e ademonstração da oportunidade institucional, passando aos objetivos, e realizando aestruturação, organização e descrição das disciplinas propostas, com ementas e objetivos,estevesobminhacoordenaçãoque,porserinterina,nãodispunhadeapoioadministrativodequalquernatureza.Emconsequência,mesmooRegimento Interno,as correspondências,osdiversosformuláriosaseremempregadosnoprocessoseletivoeatéomodeloderegistrodohistórico dos alunos foram elaborados emmeu próprio computador, segundo orientaçõesnormativasdoConselhodeEnsinoePesquisa–CEPE/UFSC,Pró-ReitoriadePesquisaePós-Graduação,CAPESeConselhoFederaldeEducação.

A proposta ficou concluída em julho de 1993, tramitando e sendo aprovada na UFSC e naCAPESaolongodostrêsmesesseguintes.Aofinaldeoutubrofoipublicadooprimeiroeditalseletivoparamestrado.Aindasemapoioadministrativo,etampoucodesignadooficialmentecoordenador do Programa, concebi o processo seletivo que consistiu em oferecer aoscandidatos dois artigos científicos, um dos quais abordando assunto pertinente à área deconcentraçãodeinteressedecadaum,eooutrosobreavaliaçãodeimpactosambientais.Oscandidatosdeveriamelaborarumtextocientíficoqueconjugasseasvisõescontempladasnosartigos, demonstrando capacidade analítica e qualificação científica, complementando comoutras referências bibliográficas que entendessem necessárias, num prazo de três meses.Com apoio de alguns colegas, passei omês de fevereiro lendo os textos preparados peloscandidatos e submeti aos demais colegas os resultados da seleção, então imediatamenteconvalidados.Emmarçoiniciaram-seoficialmenteasatividadesdoPPGEAe,designadoparaocargodecoordenador,nelepermaneciporseismeses:atarefaestavacumprida.

Na definição da estrutura de disciplinas, estabeleceu-se que todos os alunos matriculadosdeveriamcursarduasobrigatórias,decaráterabrangenteaoPrograma,com3créditoscadauma,de formaabuscaroestabelecimentodeuma integração transversal.Alémdisto, cadaáreadeconcentraçãopossuía tambémduasoutrasdisciplinasobrigatóriasde3créditos.E,paraintegralizaçãodototalde24créditosconformedefinidonoRegimento,oalunodeveriacursardisciplinasoptativas.

Couberam-me as duas disciplinas obrigatórias na área de concentração Planejamento deBaciasHidrográficas.Aprimeira,PlanejamentoSetorialdeBaciasHidrográficas,compreendiaconceitosemétodosrelativosaoplanejamentoderecursoshídricosembaciashidrográficas,considerando os diversos usos da água sob ponto de vista setorial. Na outra disciplina,Planejamento IntegradodeBaciasHidrográficas, eram realizadas análises sobremétodos eresultados apresentados em programas nacionais e internacionais relacionados ao uso derecursosnaturais,porintermédioderelatórioseartigoscientíficos,avançando-seàdiscussãode estratégias de integração disciplinar, articulação sob a forma de consórciosintermunicipaiseparticipaçãocomunitária.

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Asduasdisciplinasforamoferecidasisoladamenteentre1994e1997,masaospoucosforamcondensadasemapenasuma.Jánoano2000,simultaneamenteàcriaçãodoDoutoramento,foi reduzido o número de créditos para integralização do curso, sendo abolidas disciplinasobrigatórias.Em1999,foicriadaadisciplinaPlanejamentodeRecursosHídricosquepasseiaoferecer regularmente em substituição às anteriores. A partir de 2000, ofereci disciplinascomo Bases Conceituais para o Planejamento, Planejamento Participativo em BaciasHidrográficas, e Pesquisa Qualitativa em Engenharia Ambiental, esta com a essencialcolaboraçãodaprofessoraZuleicaPatrício. Estemovimento teveorigememumaatividadealheiaaoPPGEAmasdeimportânciasignificativaparaminhasatividadesdepesquisaepós-graduação.

Desde 1987 estive envolvido em iniciativas interdisciplinares e também com participaçãocomunitária, Projeto Cubatão, Projeto Itajaí, Comitê Cubatão, conforme relatado em outraparte do presente Memorial. Em 1995, obtive recursos do CNPq para realizar o Curso deExtensão emManejo de Bacias Hidrográficas, ministrado pelo professor Pedro Hidalgo, aoqualtambémemoutrapartedesteMemorialfareimaioresreferências.Ocurso,emparceriacom a EPAGRI, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina,recebeunumerosasinscriçõesdeextensionistasruraiseagentespúblicosmunicipais,dentreos quais o senhor Magno Bolmann que dois anos após se tornaria Secretario de MeioAmbientedeSãoBentodoSuleposteriormenteprefeitodaquelacidade.PorseuintermédioecomaparticipaçãodoprofessorHidalgo, foicriadooConsórcioAmbientalQuiririaoqualestive envolvido desde as primeiras discussões e para o qual dirigi grande parte dasatividadespráticasdasdisciplinasdepós-graduação.TambémtiveramorigemnoConsórcioAmbientalQuiririduasdissertaçõesdemestradopormimorientadas.

Desta forma, as disciplinas que ministrava foram aos poucos refletindo os aprendizadosresultantesdosprojetosnosquaismeencontravaenvolvido.

Desde 2000, mas fortemente a partir de 2006, a perspectiva ambiental do PPGEA foi seredirecionando para as aspectos de gestão ambiental em organizações e na indústria,consolidando-se como programa de pós-graduação de natureza fortemente técnica etecnológica.Aospoucosforamsendodesligadosprofessoresdeoutrasáreasmenospróximasà engenharia sanitária e em meu campo de conhecimento permanecemos apenas doisprofessores, o que reduziu também nossas possibilidades de oferecimento de muitasdisciplinas. O processo seletivo igualmente sofreu redirecionamentos, tornando-se maisrestritoacandidatosdaAgronomia,Arquitetura,GeografiaeEducação,basicamenteaquelesqueeueooutrocolegarecebíamosemorientação.

Noperíodosubsequentea2006houvepoucoscandidatosàsdisciplinasqueoferecietambémpoucos mestrandos sob minha orientação junto ao PPGEA. Interessantemente, minhasdisciplinasque regularmente recebiamalunos especiais e ouvintes, receberam,noperíodo,maistécnicosdaadministraçãopúblicaedoMinistérioPúblicoEstadualeFederalembuscadenovosconhecimentosparasubsidiarsuasanálisespericiaiseoutrasatividades.

Em 2010 solicitei desligamento do PPGEA, com intenção de dedicar-me à graduação evincular-meaoProgramadePós-GraduaçãoemGeografia,oqueconcretizou-seem2011enoqualofereciadisciplinaRevitalizaçãodeCursosd’ÁguaemÁreasUrbanasnaqueleenoanoseguinte. Esta disciplina é um desdobramento da problemática observada em drenagemurbana, sendo também objeto da atividade central de pesquisa e extensão comunitária einstitucionalqueatualmentedesenvolvo.

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Desejo apresentar alguns comentários sobre meu envolvimento com o PPGEA, comoproponente,professorepesquisador.

Comoproponente,pensoqueavalieiequivocadamenteaperspectivadeumprogramadepós-graduação, no seio da Engenharia, capaz de abordar questões ambientais de forma amplaconformeconcebidonoprojetoaprovado.Umrelatório técnicodaUniversidadedeGuelph,datado de 1979 e publicado pelo Programa Homem e a Biosfera (MaB -Man and theBiosphere) já analisava grupos de pesquisa sobre questões ambientais8, mencionando asdificuldades relativas às diferentes formasdepercepção e tratamentodeumproblema e anecessidade,paramuitos,demanteremseusdomíniosdeconhecimento isolados,evitando,desta forma, a complexidade inerente ao objeto de pesquisa interdisciplinar. Mesmo emoutrasesferasdoconhecimento,umaabordageminterdisciplinardaproblemáticaambientalpossuigrandedificuldadeparaseconsolidarconformeapontadoemtesededoutoradoqueorientei9.NaUFSC,oprogramaDoutoradoInterdisciplinaremCiênciasHumanasencontra-serestritocomoindicadoporsuaprópriadenominaçãoe,igualmenteemoutrasinstituições,taisprogramas,aindaqueinterdisciplinarespossuemobjetostambémrestritos.

Comoprofessor,maisaindaquenoensinodegraduação,mesintoentusiasmadocomasaulaseprincipalmentecomasatividadespráticasquesempredesenvolvinasdisciplinas.Entendoqueumpós-graduando,diferentementedeumgraduando,possui certa críticaaoobjetodetrabalho de seu meio profissional e também aporta conhecimento, além de opiniões, emdiscussõestemáticas;nãosetrata,portanto,dealguémemprocessodeformaçãobásica.

Das mencionadas atividades práticas, alguns produtos merecem menção: o EnsaioMetodológicoparaumDiagnósticoSócio-EconômiconoDistritodeRatones, realizadoduranteasdisciplinasdePlanejamentoIntegradoePlanejamentoSetorialdeBaciasHidrográficas,em1996.Ouainda,asistematizaçãodelevantamentosdadadossócio-ambientaisnoConsórcioQuiriri,emsituaçãoanáloganoanode1998,quandonosdeslocávamosquinzenalmenteparaasededoConsórcio,lápermanecendopelomenosdoisdiasacadaviagem.Efinalmente,nasdisciplinasqueministreientre2000e2005quando,simultaneamentecoordenavaoprojetodepesquisaPlanejamentoParticipativodeRecursosHídricosnaRegiãodasNascentesdoRioItajaí do Sul, mais conhecido como projeto Trilha, financiado inicialmente pelo CNPq eposteriormentepelaFINEP,momentodeintensaproduçãodeconhecimentoscomnumerosogrupo de alunos e professores. Este Memorial inclui detalhado relato sobre as pesquisasmencionadas.

Tambémdurante os dois anos recentes que estive credenciado junto ao Programade Pós-GraduaçãoemGeografiafoibastanteimportanteaconcretizaçãodadisciplinaanteriormentemencionada,RevitalizaçãodeCursosd’ÁguaemÁreasUrbanas,cuja temáticadeuorigemaduasdissertaçõesdasquaisparticipeicomocoorientador.

Atualmente venho atuando informalmente junto ao Programa de Pós-Graduação emArquitetura e Urbanismo – PósARQ, no qual juntamente ao professor José Ripper Kós,participeidooferecimentodeduasdisciplinasem2016,ProjetoIntegrativo:Sustentabilidade

8 Kendall, Stephen e Mackintosh, E.E. Management Problems of Polidisciplinary Environmental

ResearchProblemsintheUniversitySetting.Canada/MaBComittee.1979.59p.9de Siervi, Elizabeth Maria Campanella. A estética da atitude participativa de aprender e produzir

conhecimentos em grupos que pesquisam sobre questões ambientais. Tese – (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, 2006. 256 f.

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e Regeneração e Tópicos Especiais: Cidades Sustentáveis, ambas com forte enfoque narevitalização de cursos d’água urbanos como instrumentos de controle de inundações erecursosativosdapaisagem.

Os quadros a seguir sintetizam informações sobre as disciplinas ministradas em pós-graduação, encontrando-se disponível em anexo a esteMemorial uma relação detalhada acadasemestre.

ProgramadePós-GraduaçãoemEngenhariaAmbiental

Disciplina CréditosPlanejamentoSetorialdeBaciasHidrográficas 3PlanejamentoIntegradodeBaciasHidrográficas 3MétodoInterdisciplinardeConservaçãodeRecursosHídricos 3PlanejamentodeRecursosHídricos 3PlanejamentoParticipativoemBaciasHidrográficas 3BasesConceituaisparaoPlanejamentoAmbiental 3TópicosEspeciaisemPlanejamentodeBaciasHidrográficas 3PesquisaQualitativaemEngenharia 3IntroduçãoaPesquisaemEngenhariaAmbiental 3TecnologiaeGestãodaÁguanoMeioUrbano 3SeminárioemÁguasUrbanas 3

ProgramadePós-GraduaçãoemGeografia

Disciplina CréditosTópicosEspeciaisemUCRN:RevitalizaçãodeCursosd’ÁguaemÁreasUrbanas 4

TópicosEspeciaisemUCRN:RevitalizaçãodeCursosd’ÁguaemÁreasUrbanas 4

ProgramadePós-GraduaçãoemArquiteturaeUrbanismo

Disciplina CréditosProjetoIntegrativo:SustentabilidadeeRegeneração 4TópicosEspeciais:CidadesSustentáveis 4

1.3.DocênciaemníveldePós-GraduaçãoLato-sensu

CursosdeAperfeiçoamentoeEspecializaçãofazempartedoprocessodeformaçãoacadêmicaextracurriculare,emboranãodirecionadosàformaçãodepesquisadores,comooMestradoeoDoutorado, podem contribuir para a superaçãode visões fragmentadas. Por estemotivo,sãoincluídosnesteMemorialjuntoàsdemaisatividadesdeensino.

Emoutubrode2003, aporção insularda cidadedeFlorianópolispermaneceusemenergiaelétricadevidoaumacidentenoscabosdetransmissãoinstaladossobapistaderolamentodaPonteColomboSalles.Duranteostrêsdiasdo“apagão”,asalademinhacasa,localizadanaregião continental transformou-se num espaço de trabalho onde foram concluídas duaspropostas submetidas ao Edital MCT/CNPq/CT–HIDRO nº 03/2003, destinado ao

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financiamentode cursosde capacitaçãode recursoshumanosna áreade recursoshídricoscomrecursosfinanceirosdoFundoSetorialdeRecursosHídricos–CT-HIDRO.

OEditalpossuíatrêschamadas,aprimeiraparacursosadistânciaemníveldeespecializaçãoemgerenciamentoderecursoshídricos,dirigidosàsregiõesNorte,NordesteeCentro-oestedopaís, uma segundapara cursospresenciaisdeespecializaçãoemgerenciamentomunicipalderecursos hídricos, dirigidos às regiões Sul e Sudeste do país, e a terceira para cursospresenciais de aperfeiçoamento técnico em gerenciamento de recursos hídricos, dirigidos àregiãoNortedopaís.

ApósolançamentodoEdital,nomêsdemaiodaqueleano,penseiemsubmeterumapropostadecursodeespecializaçãoquepudesseconjugaraprendizadose inquietações sobregestãode recursoshídricos,nascidosquando tomei contatocomoassuntoem1983, sobregestãoambientalparticipativa,decorrentesdasatividadesdesenvolvidas juntoàbaciadoCubatão,noConsórcioQuiririeemAlfredoWagner,eagregartambémosaprendizadosdoProgramadePós-GraduaçãoemEngenhariaAmbiental.Comose tratariadeumapropostadirigidaaoNorte,NordesteeCentro-oeste,busqueiparceriacomoscolegasdaUniversidadeFederaldeAlagoas,comosquaistiveracontatoanteriormente,etambémcomaFundaçãoUniversitáriaIbero-Americana–FUNIBER,queatuanoensinoadistância,possuiumarepresentaçãoemFlorianópolis,enaqualatuavamalgunsEngenheirosSanitaristaseprofissionaisegressosdoPPGEA.

A proposta de umCursodeEspecializaçãoemGestãodeRecursosHídricos foi ancorada emrecursos de ensino a distância, sob a denominação Campus Virtual/FUNIBER, em umaTutoria de Curso composta por ex-orientandos junto ao PPGEA, e ainda com previsão deatividades presenciais (avaliações, oficinas e seminários, apresentação demonografias) naUFAL. Seus objetivos centrais foram a qualificação de recursos humanos, com 60 vagasdestinadasatécnicosoriundosdeinstituiçõespúblicasouorganizaçõesnãogovernamentaisdeinteressepúblicorelacionadasaosistemadegestãoderecursoshídricos,aelaboraçãodemateriaisdidáticosespecíficosaosassuntosprevistos,eadisseminaçãoderesultadosfinaisemeventotécnico-científicoesobumamostraitinerantedepainéisdostrabalhosrealizados.Complementarmente,oCursosepropôsaavançaralémdotratamentodostemassobaformatécnica, buscando, a partir de contextos específicos e das realidades locais, estabelecerproblemas,alternativasdetratamento,propostaseresponsabilidades.

Asatividades,numtotalde480horas,excluindo-seoutras150horasdestinadasàelaboraçãodaMonografia, foramestruturadasemquatromódulosadistância,contendo20disciplinas,sendo realizados, ao final de cada um, Encontros Presencias de três dias de intensasatividadessobaformadeOficinasdeTrabalho,noCampusdaUFALemMaceió.OsMódulosDidáticos,abrangeram:

I. Introdução à Pesquisa Socioambiental: A problemática ambiental e o conceitodedesenvolvimentonocontextodaPráticadePesquisaSocioambiental

II. Políticas Ambientais: Principais políticas e instrumentos para gestão derecursosnaturaisegestãoambiental.

III. Recursos Hídricos: Histórico e instrumentos de gestão e planejamento derecursoshídricosnoBrasil.

IV. Técnica e Tecnologia: Conceitos básicos, abordagens temáticas, técnicas etecnologiasemsaneamentoambiental.

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Os textos didáticos, especialmente elaborados para o Curso foram preparados por 22professores, integrantes de programas de pós-graduação da UFSC e da UFAL, eposteriormente receberam um tratamento de conteúdo para se adequarem ao formato deensinoadistância.

Meé impossível trazer a esteMemorialmaiores elementos sobreoCurso. Seus resultados,sob os pontos de vista dos professores e dos participantes, foram excelentes e, avaliadoposteriormenteemumaReuniãodeAvaliaçãopromovidapeloCNPq,oCursofoiconsideradoumdosdoismelhores entreoito cursos financiadosnomesmoEdital. IncluonosmateriaisqueacompanhamesteMemorialumapastaquecontémtodososmateriaisproduzidos,desdea proposta, o Projeto Pedagógico, as apostilas, o livro de resumos das 33 Monografiasresultantes,bemcomooRelatórioFinalenviadoaoCNPq.

Conforme mencionei anteriormente, o Edital MCT/CNPq/CT–HIDRO nº 03/2003, possuíatambémumachamadaparacursospresenciaisdeespecializaçãoemgerenciamentomunicipalde recursoshídricos, dirigidos às regiões Sul e Sudeste do país. Consultei o CNPq quanto apossibilidadedesubmissãodepropostasparaambasaschamadaseencontrandorespaldo,submetitambémapropostadeumCursodeEspecializaçãoemGestãodeRecursosHídricosemÁreasUrbanas,destinadoexclusivamenteaoAltoValedoItajaí,regiãonaqualjádesenvolviaatividades de pesquisa, e onde existe um histórico de inundações, estabelecendo-me umaoportunidadeparamelhorconhecerarealidadedagestãodadrenagemlocal.

Estaproposta,tambémaprovada,seguiuestruturasemelhanteaooutrocurso,com480horasdeaulas,comMódulosDidáticoseOficinasdeTrabalhoadequadosaosconteúdosprevistos,alémde150horasdestinadasàelaboraçãodaMonografia.Entretanto,estecurso,paraoqualtambémforamdisponibilizadas60vagas,possuiuumcarátertotalmentepresencial:asaulasforamrealizadasemintervalosquinzenais,desdeanoitedequinta-feira,durantetodoodiadesexta-feiraenamanhãdosábado,deformaitineranteemalgumascidadesdoAltoValedoItajaí, após estabelecidos contatos para facilitar a acomodação conjunta dos alunos eprofessores.

Alguns textos didáticos foram comuns aos dois cursos e, participei em todas as aulas,acompanhando o professor responsável em cada disciplina, bem como realizando asnecessárias intervenções para manutenção da unidade do curso. De forma semelhante aooutro curso, as Oficinas de Trabalho contaram com participação simultânea de quatroprofessorese,emumaoportunidade,comapresençadeconsultoresenviadospeloCNPq.

Osmateriais produzidos para o curso também estão disponibilizados em arquivos junto aesteMemorial, incluindo-seoRelatórioFinalenviadoaoCNPqesubmetidoàaprovaçãodaUFSC,bemcomoolivrocomosresumosdas33MonografiaselaboradasaofinaldoCurso.Namesma Reunião de Avaliação realizada pelo CNPq, foi este considerado o segundomelhorentre oito cursos financiados no mesmo Edital. Desta forma, os cursos que propus ecoordenei foram aprovados pelos participantes, pelos professores e também pelosconsultoresdoCNPq.

A continuidade da parceria estabelecida desde 2003 entre a UFSC e a UFAL resultou umanovapropostaaoCNPq,destaveznoEditalMCT/CT-Hidro/ANA/CNPqnº30/2007,comumCursodeAperfeiçoamentoemGestãodeRecursosHídricos, totalmenteadistânciaedestinadoà profissionais de órgãos públicos ligados ao setor de recursos hídricos e meio ambiente,ComitêsdeBaciasHidrográficaseOrganizaçõesNão-Governamentais.

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Nesta nova oportunidade, solicitei a meu colega professor Vladimir Caramori Borges deSouzarealizasseacoordenaçãogeraldocurso,submetendoapropostaemnomedaUFAL,epermanecendo a UFSC como colaboradora, de forma que não me fosse necessáriopermanecer na coordenação. Ainda assim, as atividades foram intensas porque o curso seorganizoucomduassedesconformecomentareiadiante.

Novos desafios se apresentaram: não foi estabelecida parceria com a FUNIBER e, emsubstituiçãoaoCampusVirtual,foiadotadaaplataformaMoodle,constituindo-seassimumaexperiência de apropriação de conhecimento, por parte de toda a equipe, sobre estaplataforma,ampliando-seoalcancedaproposta.Alémdisto,aimplementaçãodedisciplinaseatividadesdemandourígidocontroledocronograma,narealizaçãoeentregadasatividadesdosalunos,cumprindo-searesponsabilidadeaotrazê-losaumcompromissoconcreto.UmaTutoria proativa foi então criada para este curso, mantendo-se permanentemente trêstutores naUFSC e três tutores naUFAL, em contato diário e permanentemente intervindojuntoaosalunosparacumprimentodasatividadesprevistas.

Foram definidas 180 vagas mas o elevado número de inscrições, em decorrência darepercussão dos cursos anteriormente realizados, resultou um total de 220 pessoasselecionadas.Duranteasatividades,amultiplicidadenasáreasdeformaçãodoalunos,alémdeacrescentarrequisitosindividuaisaoprocessodeaprendizado,estabeleceuoportunidadese discussão de inúmeros pontos de vista, resultando, em reciprocidade na comunhão deideias, e possibilitando a agentes técnicos do mesmo setor em distintas regiões travaremcontatossistemáticos.

Osmateriaisdidáticosforamelaboradosapartirdostextosanteriormentepreparados,agoraadaptadosparaoníveldaformaçãoproposta,bemcomoaformaderealizaçãodocurso.Mas,realmente foram importantes os instrumentos de aprendizado, fundamentadospreponderantemente pelas formas de comunicação utilizadas. As mensagens trocadas nosfóruns de discussão e Encontros Presenciais permitiram o estabelecimento de contatos,potencializandoaaçãoindividualnoambienteprofissionaldecadaum.

ForamprevistosdoisEncontrosPresenciais,cadaumcomtrêsdiasdeduração,naaberturaeno encerramento do curso, mas estes encontros foram realizados de forma duplicada, naUFALenaUFSC,afimdepossibilitarareduçãodecustosdetransporteeacomodaçãoparaosparticipantes.

Nemtodososalunoschegaramaofinaldocurso,137alunosconcluíramtodasatividadescomsucesso,masoconjuntoestabelecidonogrupoconstituiu-senumaunidadeemesmoparaosdesistentes, entendoquehouveumaprendizado reconhecidamente importante na reflexãosobreaatuaçãoprofissionaldiária.

Os resultados foram avaliados por meio dos conteúdos dos Cadernos de Campo10e dasdiscussões estabelecidas nos fóruns, relacionados a amplas questões de fundo. Entretanto,entendoqueosresultadosmaisimportantesnãopuderamsercontabilizados,devidaaseremrepresentadospornovosaprendizados,novas relaçõesemudançasnaposturaprofissionaldosenvolvidos,cujoalcanceseestabelecepaulatinamente.

10Este é o mesmo instrumento de trabalho cuja elaboração proponho aos alunos da disciplinaTrabalho de Conclusão de Curso I, para registro de todas as questões relacionadas à realização dasatividades.

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Para a Coordenação, integrada pelo colega da UFAL, por mim e também com os doiscoordenadores locais das Tutorias, o Curso proporcionou, além dos aprendizadosrelacionados à implementação de proposta de qualificação em moldes não tradicionais –ensino a distancia, grande abrangência territorial, conteúdos organizados de formaequilibrada – possibilidades de novas parcerias para iniciativas destinadas ao tratamentolocaldosproblemas,paraemergênciadesoluçõesapropriadasaocontextoe,principalmentepela integraçãodeatorescomorequisito fundamentalparaenfrentamentodaproblemáticadadegradaçãodosrecursoshídricoseaquestãoambiental.

⌘Creioteraquiapresentadoumpainelsobreaatividadedocentequevenhoexercendodesde1979. Pessoalmente penso estar cumprindo um compromisso na formação de pessoas,quanto aos aspectos técnicos dos conteúdos com os quais trabalho, quanto às formas deabordagem que preconizo e quanto às responsabilidades profissionais e sociais implícitasnestasposturas.

2.ATIVIDADEDEPESQUISAEPRODUÇÃOINTELECTUALRelataracercadasatividadesdepesquisa independentementedasatividadesdeextensãoépara mim um grande desafio porque me é impossível deixar de estabelecer um vínculoprimordial entre elas. Ao contrário, transcorrido pouco tempo como professor Auxiliar deEnsinoaindanaEESC-USP,passeiaconceberanecessidadedofazercientíficocomorespostaa problemas imediatos, sem entretanto, equivocadamente confundir ciência com umaatividadepuramentetécnicaouapenascomoumaatividadeparasoluçãodeproblemas.Emmeuentendimento,abuscadoconhecimentooferecidapelaciênciasetraduznainquietaçãoproduzidapornovasquestõesemergentesquandoaoexplicarmosumproblema,setornamestasmaisessenciaisdoqueaquelasqueasoriginaram.

EnquantobolsistaemIniciaçãoCientíficainicieiumestudosobregeraçãodesériessintéticasdetotaisdiáriosdeprecipitaçãocomempregodemodelosmarkovianos,paraincorporar-seaum modelo hidrológico distribuído da bacia do Jacaré-Guaçu, concebido pelo professorRighettoeoutrosalunosdemestrado

Em 1979 encontrava-me inscrito no Mestrado em Hidráulica e Saneamento oferecido nopróprioDepartamentodeHidráulicaeSaneamentoondeatuavae,segundomeuorientador,minhaDissertação deMestrado seria aquele trabalho que vinha desenvolvendo.Durante oprocessode investigação conclui que os resultadosdamodelaçãode totais deprecipitaçãoemintervalosdiáriospoderiamseraperfeiçoados,analisando-seasdistribuiçõesdaschuvasemintervalosmenores.Duranteosdoisanosseguintesdesenvolvioutrostrêsmodelosparageraçãodesériessintéticasdeprecipitações:umdestinadoadesagregaçãodetotaisdiáriosemtotaishorários,atendendoademandadeinformaçõesemmenoresintervalos,outroparageração de séries de totais de precipitações com resultados distribuídos espacialmentetambém em pequenos intervalos, considerando apenas chuvas de natureza convectiva, efinalmente, um modelo para geração do campo de precipitação sobre a bacia, capaz desimularadequadamentetotaisprovenientesdechuvasfrontaisaolongododia.

Destaforma,inicieiaquiloqueseconstituiuminhaprópriacarreiracientíficainteressadonocampodahidrologia.Eemconsequênciadedesenvolverpesquisasjuntoaconvênioentreo

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DNAEE e a EESC-USP, tive várias oportunidades de participar em atividades diversas, deensinoepesquisasobreoutrosassuntosnocampodosrecursoshídricos.

Nos primeiros anos, atuei em cursos de capacitação e treinamento para técnicos dehidrometria, desenvolvendo assuntos relacionados à análise estatística de dadoshidrológicos.Oscursos,commuitasatividadespráticas,eramrealizadosnasededoCentrodeRecursosHídricoseEcologiaAplicada–CRHEA,integrantedaestruturadoDepartamentodeHidráulicaeSaneamentoelocalizadoaoladodaRepresadoLobo,a20KmdocentrodeSãoCarlos.Ecomoutrosprofessoresmasprincipalmentecomaquelesexperimentadostécnicosde campo comecei a aprender sobre instalações experimentais para monitoramentohidrológico em bacias hidrográficas, bem como sobre os problemas de operação emanutençãodosinstrumentos.

CursosdecurtaduraçãoerammuitasvezesoferecidospormeugrupodetrabalhonaEESCealgumas vezes fui convidado a ministrar aulas. Um curso intensivo sobre modelosmatemáticosemhidrologia,aserministradoparaengenheirosdaCHESF,emRecifenoanode1983,tomou-metrêsmesesdepreparação,mas,seguramente,aprendimuitomaisdoqueconseguitransmitiraosalunos.

Participeitambémdeváriostrabalhosexperimentaisenvolvendomestrandosedoutorandos,fosse em laboratório ou em campo, no CRHEA. Particularmente trêsmerecem destaque, aaplicação de um modelo analógico Hele-Shaw para análise do escoamento no corpo domaciço de terra de uma barragem, o uso de luz ultravioleta para tratamento terciário deefluentesdomésticos,eoutro,sobredistribuiçãoespacialdomolhamentodeumaspersordeirrigação, todos realizados por colegas de pós-graduação. Sempre apreciei enormementeacompanhar colegas de pós-graduação em seus trabalhos, algumas vezes auxiliando nasmontagens e atividades experimentais e outras, na análise de dados ou na concepção deprogramas de computador. Certo dia, um dos professores, Fazal Hussain Chaudhry,apresentou-me seu orientando Luiz Sérgio Philippi que necessitava de uma ajuda naprogramaçãoparasoluçãonuméricadeumconjuntodeequaçõesenvolvendosuapesquisademestrado.Dalinasceuumadasmaisimportantesamizadesquepossuo.

Duranteoanode1982participeidereuniõesparadiscussãodeproblemasrelacionadosaouso e conservação de águas subterrâneas, organizadas pelo DAEE/SP e FAPESP, reuniõesestasque resultaramnoprojetodepesquisa interinstitucionalAçãoProgramadadasÁguasSubterrâneas11,iniciadonoanoseguinteedoqualmaistardevimaconstruirminhaTesedeDoutoramento. As reuniões eram particularmente interessantes porque estavam presentesprofessores, engenheiros, geólogos e geofísicos, pertencentes ao Instituto Geológico e àFaculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, ambos da USP, ao Instituto deGeociênciasdaUNESP,comotambémconvidadosexternosdecentrosdepesquisanacionaise internacionais. Destes eventos me recordo particularmente das palestras de convidadosexternos, Bob Cleary, da Universidade de Princeton, e John Cherry, da Universidade deWaterloo, ambosdiscutindomovimentode contaminantes emáguas subterrâneas, eRobinClark, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas, da UFRGS. Além de oferecer-me cópia de seulivro,ModelosMatemáticosemHidrologia,cujatemáticaeraobjetodemeuprincipalinteressenaquele momento, o professor Clark apresentou uma pesquisa experimental, realizada noInstitutodeWallingford,sobremonitoramentodoescoamentodaáguanosoloerecargade11Osobjetivosdestainiciativaforamdesenvolverpesquisashidrogeológicas,estabelecercartografiageológicaehidrogeológicanoEstadodeSãoPauloepromoveraformaçãoderecursoshumanos.

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aquíferos,utilizandoumequipamentocomtecnologiabaseadaemisótopos,pelaqualmuitofiquei interessado.Não imaginavaque futuramenteumexperimentobaseadonaquela ideiaseriaabasedapesquisademinhatesededoutoramento.

O Brasil se encontrava no período da construção de grandes barragens para geração deenergia.Aindaqueaáguasejaumrecursodeusomúltiplo,osetorelétricodeterminavaasalternativas que produzissem melhores resultados quanto à energia gerada, realizandoempreendimentos cuja construçãomuitas vezes desconsiderava outras necessidades. Partedos encontros temáticos no âmbito do convênio DNAEE/EESC-USP, abordava os conflitosresultantesdacompetiçãopelousodaágua,temáticacujadiscussãoestendeu-se,apartirdemeadosdadécadade1970,por20anos,resultandoaPolíticaNacionaldeRecursosHídricos(PNRH),leinº9.433,de8dejaneirode1997.

CriadojuntoaoDNAEEaofinaldadécadade1970,oComitêEspecialdeEstudosIntegradosdeBaciasHidrográficas–CEEIBH,promoviapesquisaseestudossobrehidrologiaegestãoderecursoshídricosembaciasqueapresentavaminteresseregional,comoadoParaíbadoSul,Paranapanema e do São Francisco. Por intermédio do convênioDNAEE/EESC, o diretor daDivisãodeControledeRecursosHídricos–DCRH/DNAEE,BeneditoBarbosaPereira,propôsqueaEESCsediassecursosqueincorporassemestadiscussão.

Apoucosmesesdadefesademinhadissertaçãodemestrado,coordeneiaediçãodasNotasdeAula do Curso sobre Gerenciamento de RecursosHídricos, anteriormente mencionada, cursocomprofessoresoriundosdomeioacadêmicoedaconsultoriaprivada,massemdúvida,commuitaexperiênciaeconhecimento.Aoconsolidarosregistrosdasaulasdasquaistambémeuhavia participado, diversas novas questões passaram a dominar minhas reflexões sobrehidrologiaerecursoshídricos.Duranteasaulas,umdosprofessores,RobertoMaxHermann,daEscolaPolitécnicadaUSP,trouxeumlivro12,queficouàdisposiçãodosalunos.Apartirdorelato de vários anos de trabalho dos autores junto à Comisión del Plan Nacional deAprovechamiento de los Recursos Hidráulicos, da Venezuela, aquele livro apresentava umaproposta abrangente e integrada para a gestão de recursos hídricos, incluindo-se aelaboraçãodeplanosdebacias,organizaçãoinstitucionaleabordavatambémaparticipaçãodasociedadenatomadadedecisões,aspectoquemuitodespertoumeuinteresse.Obtiveumexemplardolivroquepassouaserminhaprincipalreferêncianoassunto,aindaqueoBrasilestivesseseaproximandodomodelofrancêsdegestãoporbaciashidrográficas.

No ano de 1984 matriculei-me no Doutoramento, também na EESC, já que o chefe dodepartamento defendia que professores do quadro da USP deveriam realizar na própriauniversidade suas formações de pós-graduação, quando assim fosse possível. Infelizmentenãotivehabilidadeparaargumentarjuntoaosdemaisprofessoresdeformaa,comomuitosdeleseoprópriochefe,conseguirautorizaçãodoDepartamentopararealizardoutoramentono exterior, emmeu caso, para melhor conhecer o sistema francês de gestão de recursoshídricos.Naquelaépoca,oDNAEEeoCNPqhaviamrealizadoumconvêniocomaagênciadepesquisadaFrança13,porintermédiodoqualerapromovidointercâmbiodepesquisadoreseformação de recursos humanos. Por meio deste convênio atuou vários anos no Brasil ogeólogoGilbert Jaccon,do laboratóriodehidrologiadaquelaagênciaemMontpellier,como

12Azpurua, Pedro Pablo e Gabaldón, A.J. Recursos hidráulicos y desarrollo. Editorial Tecnos,

Madrid,444p.,1976.13Officedelarecherchescientifiqueettechniqueoutre-mer–ORSTOM.

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qual tive diversos contatos onde muito aprendi sobre monitoramento de fenômenoshidrológicos.

Neste ano fui aluno de uma disciplina sobreMetodologia Científica oferecida por parte doPrograma de Pós-Graduação em Arquitetura, na EESC, e ministrada pelo professor AzaelRangel Camargo, durante a qual tomei contato com o pensamento de Khun, Popper,Feyerabend e outros.Marcou-me também o contato com o livroODespertar daRazão, deRenéDubos,doqual tenhorecordaçãoprincipalmentedapostulaçãoacercadaausênciadeneutralidadedaciência.Aolongodoanorealizeiinúmerasleiturassobreestudosderecargade aquíferos e, para minhas aulas no ensino de graduação, buscava novos artigos sobregerenciamento de recursos hídricos e bacias hidrográficas. Estes interesses habitavamsimultaneamenteminhasinquietações.

Ao final de 1984, quando deveria começar a preparação para o exame de qualificação dedoutorado, possuía em mãos dois planos inacabados, duas propostas de natureza oposta,reflexo de dois interesses de conhecimento. Uma das propostas retomava a temática dapalestra do professor Robin Clark e desafiadoramente propunha um experimento demonitoramento intensivo da zona de umidade do solo numa bacia experimental erepresentativa da área de afloramento do aquífero Botucatu, atualmente referido comoaquífero Guarani, com objetivo de realizar estimativas da taxa de recarga subterrâneanaquelaárea.Ooutroplanopropunhaumaanálisedeplanoseprojetosdosgovernosfederal,estaduaisemunicipais,relacionadosaosetorenergético,deabastecimento,deirrigação,edaindústria, disponíveis por intermédio do Comitê Executivo de Estudos Integrados da BaciaHidrográficadoRioParaíbadoSul–CEEIVAP,visandocaracterizartaisaçõessobpontosdevista econômico, gerencial, executivo e operacional e avaliar integrações,complementaridadeseconflitos.

Meu orientador para o doutoramento, professor Righetto, levou algum tempo paradesencorajar-mequantoaosegundocaminho.Entreseusargumentosestavaapertinênciadeumapesquisadedoutoramento inseridanaAçãoProgramada emÁguas Subterrâneas, quetraziapossibilidadedetrocasdeideiaseapoiodeváriospesquisadores,alémdoque,aoutrapropostacertamenteseriamuitoamplaedemandariaconhecimentosdeváriasassuntos,algomaisadequadoparaumgrupodepesquisa,nãoumatese.Contudo,oargumentomaisforteveio ao final do verão com a notícia sobre a futura disponibilidade de uma sonda gama-neutrônicaparamonitoramentodaumidadenazonanão-saturadadosolo,cujoprocessodeimportaçãojáhaviaseiniciadoporpartedaFAPESP.

Emmaiode1985 jáestavacomumplanode instalaçãoemcampoparamonitoramentodaumidadenazonanão-saturadadosolonabaciadoOnça,localizadaemáreadeafloramentodo aquífero Botucatu, próxima ao CRHEA. Durante o restante daquele ano realizei asinstalaçõesexperimentaiscomapoiodeumtécnicode laboratórioeoficina. Istosignificavaquatrodiasdasemanadispendidosemáreadecerradoondeapenasospássaroseoeventualmugido do gado poderia distrair o pensamento. Não posso dizer que a preparaçãoexperimental para os levantamentos de dados tenha desagradável, ao contrário, ainda quemeu plano de trabalho incluísse 14 pontos diferentes onde se realizavam as instalações,distribuídos em uma bacia hidrográfica de 65Km2 recoberta por cultivo de eucalipto emdiferentes estágios de crescimento e pastagem, cada dia trazia algo novo, fosse sobre oexperimento,sobreolocal,ousobreasconversascommeuúnicointerlocutor.

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Emoutubroinicieiomonitoramentoaindacomapoiodotécnico,oquesignificavatrêsdiasda semana para percorrer os 14 pontos previamente instalados e em cada um realizarmedições com a sonda nuclear, por cerca de 1 hora. Como precisaria de recursos paraprosseguiromonitoramento,oquesignificavaapoiodemaisumtécnico,alémdemateriaisde consumo, solicitei e conseguioprimeiroauxílio financeirodoCNPqparaumprojetodepesquisa.

Noiníciodoanoseguinte,oamigoeprofessordaUFSCLuizSérgioPhilippicomquemtrocavacorrespondência, enviou-me uma carta na qual mencionava a possível abertura de umconcursoparaaáreadeObrasHidráulicaseDrenagem,juntoaorecém-criadoDepartamentode Engenharia Sanitária. Interessei-me pessoalmente por aquele concurso e ainda que ocaminho iniciadonaEESC-USPsemostrassepromissor, apósumavisitaaFlorianópolis,naqual conheci o GTHidro, Grupo de Trabalho emHidrologia, liderado pelo professor DanielJosédaSilva,decidicandidatar-meàvaga.AsatividadesdoGT-Hidro,dasquaisparticipavaumnumerosogrupodealunoseprofessoresdediversasáreasdoconhecimento,realizadasàesteiradas fortes cheiasquehaviamseabatido sobreabaciado Itajaí em1983e1984, secoadunavamcomasideiasquevinhaeualimentandoacercadagestãodebaciashidrográficasporconsiderarasquestõessociaisenvolvidasnosprocessos.

Tendosidoaprovado,aindamelembrovivamentedoencontromantidocommeuorientador,professorRighetto, quando comuniquei-lhe sobre o concurso e sobre a aprovação, no qualdemonstrouesperarminhapartidaparaoutroscaminhos,masnãotãocedo.Foiumencontrosóbrio e ainda que não fosse de seu agrado, manifestou entendimento da necessidade namudança pormimmanifestada. Creio ter nossa amizademais se fortalecido desde aquelemomento.

OslevantamentosdecampodapesquisadedoutoramentoforammantidosgraçasaoauxílioobtidoanteriormentejuntoaoCNPq,comapoiodotécnicodelaboratóriodoCRHEAedeumauxiliar especialmente contratado para as atividades. Mensalmente me deslocava a SãoCarlos permanecendo três ou quatro dias em campo, conferindo e realizando consistênciados dados. Os levantamentos em campo prosseguiram até dezembro de 1987 quandoacreditei possuir elementos suficientes para escrever a tese. Mas resolvi interrompertemporariamenteo trabalhoparadaratençãoaosnovos interesses.Retomeieredigia teseem1989,defendendoo trabalhoemfevereirode1990.Retomariaoestudodoescoamentoemmeiosporosossomenteem1995quandocolaboreicomumcolegaquerecémcriavaumgrupo para estudo da contaminação de águas subterrâneas, mas então, já possuía outrosinteresses.

Em1988, dois anos após ser contratadonaUFSC, discutiam-se possíveis reformulações decurrículo do curso de graduação em Engenharia Sanitária, visando à incorporação datemática ambiental nomesmo. Com apoio do CNPq, organizei nomesmo ano um Ciclo dePalestras sobre Engenharia Sanitária e Ambiental convidando diversos especialistas paracontribuíremàdiscussão.Posteriormenteocursopassouadenominar-secursodegraduaçãoem Engenharia Sanitária e Ambiental, além do que reformulamos o currículo tornando-omaisadequadoànovarealidade.

Aoassumirasrecémcriadasdisciplinas,HidráulicaII,DrenagemUrbanaeObrasHidráulicas,percebi que os nove créditos destas disciplinas contemplavam assuntos absolutamenteavessos àmaioria dos alunos, cujos interesses se voltavamaosprocessos físico-químicos ebiológicos e ao projeto de sistemas de tratamento de águas e efluentes. Assim, conforme

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mencionado anteriormente, estabeleci atividadesde orientaçãodirecionadas a desenvolverprogramas de computador didático-profissionais relacionados à drenagem urbana, com afinalidadedeatrairinteressedosalunosparaatemática.

Nomêsdejulhode1987,ocolegaDanielJosédaSilvarealizounaUFSC,medianteconveniocom o Centro de Desarrollo Integral de Aguas y Tierras – CIDIAT, de Mérida, o Curso deManejodeBaciasHidrográficas,ministradopeloprofessorPedroHidalgo,agrônomochileno.Maisdoqueisto,oprofessorHidalgohaviasidoMinistrodaAgriculturanogovernoAllende.Seuenfoqueparaoprocessodegerenciamentoerafortementedirecionadoàparticipaçãodasociedadeemtodasasfases,doplanejamentoàexecução.

Aquele curso foi ummarco importante não somente para meus interesses pessoais sobregerenciamentodebaciashidrográficas,mas refletiu-senasatividadesdaextensãoruralemSanta Catarina. Diversos técnicos da EPAGRI, àquela época ACARESC, dele participaram, econvidaram o professor Hidalgo para uma consultoria para a qual veio diversas vezes aoBrasilnostrêsanosseguintes,edaqualresultougrandepartedasmetodologiasempregadasna extensão rural catarinense no que se refere à participação dos agricultores noplanejamentodasaçõesembaciashidrográficas.EposteriormenteostrabalhosdoprofessorHidalgoseestenderamaté1992,àCESP,aCompanhiaValedoRioDoceeaoGovernodoRiode Janeiro, desenvolvendo e adaptando para diferentes situações a mesma metodologiaapresentadanocursorealizadoemFlorianópolis.

A partir daquele curso, em parceria com a FURB, estabelecemos, via GT-Hidro, duasiniciativas de intervenção em bacias hidrográficas. Na bacia do Cubatão, responsável peloabastecimento de água de Florianópolis e região, montamos um grupo de trabalho quedesenvolveria, de forma participativa, o Projeto Cubatão, uma proposta de gerenciamentovisandoàproteçãoeconservaçãodosrecursoshídricos, impactadospelaproduçãoagrícolafortementeapoiadanousodeagrotóxicos,pelamineraçãodeareiadiretamenteno leitodecursos d’água, e pelo plantio de reflorestamentos industriais que, além de grandesconsumidores de água, se estabeleciam em detrimento à produção de alimentos. EstapropostaestavafortementeapoiadaemmetodologiasparticipativaseeducaçãoambientalnadefiniçãodeumPlanodeGerenciamentoparaabaciadoCubatão.JáemBlumenau,oProjetoItajaí estava voltado à gestão desta importante bacia, constantemente ameaçada porenchentesdecorrentesdechuvasprolongadasemáreasimpactadaspormodificaçõesnousodosoloeatividadeagrícola,daocupaçãodasáreasdeinundaçãonatural,oudemodificaçõesnos traçados de cursos d’água. O foco do grupo de pesquisa em Blumenau era odesenvolvimentometodológicoeasrelaçõesinstitucionaisnoprocessodegestãoderecursoshídricos. As equipes de professores e alunos envolvidos, tanto da FURB quanto da UFSC,realizavamencontrosperiódicos,palestras, cursose reuniões,produzindo, em trêsanosdeatividades,grandeacervodeconhecimentoeestabelecendoasbasesparaosfuturosComitêsdeBaciaemSantaCatarina.

Alimentando-se também das discussões proporcionadas por cursos de extensão emSaneamento Ambiental, que por meio do Depto de Engenharia Sanitária e Ambiental,oferecíamos regularmente a técnicos da extensão rural da EPAGRI, meus interesses sedirigiam ao desenvolvimento de estratégias e instrumentos de gestão para o uso econservação de recursos hídricos, considerando a retroalimentação entre a participaçãosocialeaeducaçãocomomotorcentral.

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Nahidrologia, alémdeviajar regularmentepara as atividades emcampo relativas aminhapesquisa de doutoramento, realizar lentamente as análises dos dados coletados e redigir atese,duranteosanosde1987e1988,orienteiumalunoemIniciaçãoCientíficaemanálisesde chuvas intensas. As informações por ele coligidas tornaram possível a elaboração dasEquações de Chuvas Intensas para Florianópolis, empregadas desde então em setorestécnicos da PrefeituraMunicipal e escritórios de consultoria na elaboração de projetos dedrenagemecontroledecheiasnaregião.

UmadasviagensquerealizeiaSãoCarlos foiestendidapormotivosdeordemexternamassignificoubastanteparaminhasconvicçõesprofissionaiseassim,julgodeinteresseparaesteMemorial. O professor Pedro Hidalgo, encontrando-se em cidade próxima, havia contraídoumapneumoniaenecessitoupermanecerquasedezdiasemrepousosempoderserealizarviagemoudeslocamentos. Fui encontrá-lohospedado emumhotel na cidadedeRioClaro,onde permaneci e o acompanhei até seu pleno reestabelecimento. Ainda que enfermo, oprofessor Hidalgo manifestou-me desejo por conversarmos regularmente sobre questõesconceituaisepráticasrelativasaomanejodebaciashidrográficas,partedasquaisobjetodeminhas leituras, enquanto discorria sobre sua experiência e a metodologia do CIDIAT. Aolongo daqueles dias sentava-me ao lado de sua cama com um bloco de papel e realizavaanotações mais tarde por ambos sistematizadas e posteriormente transformadas em umconjuntodemateriaisdidáticos.Oaprendizadodestesdiasmefoiextremamenteimportanteparamuitosprojetosdepesquisanosquaisestiveposteriormenteenvolvido.

No início de 1990 defendi a Tese de Doutoramento e no mesmo ano recebi convite paraparticipar do Programa de Pós-Graduação em Geografia, junto ao qual fui credenciado,iniciando uma orientação relacionada à hidrogeologia da região carbonífera em SantaCatarina.Estaaproximaçãotrouxe-meaoconvíviodogrupoemtornodoLaboratóriodeAnálise Ambiental, do Depto de Geografia da UFSC, e por intermédio de seu coordenador,professor Luiz Fernando Scheibe, integrei-me à elaboração do projeto de pesquisaQualidade Ambiental da Região Sul Catarinense, apoiado com recursos financeiros doCNPq a partir do ano seguinte. Durante esta elaboração, as discussões que envolviamnumeroso conjunto de professores de áreas diversas sobre a problemática relacionada àmineraçãocarboníferamuitomeinteressaram.

Ainda possuo cópias dos textos pormim aportados ao projeto, dos quais reproduzo aseguirdoisobjetivosespecíficosporconstituíremaspectocentralque,agorapercebo,meacompanhariam ao longo de minha história profissional em outras iniciativas como oProgramadePós-GraduaçãoemEngenhariaAmbientaleoscursosdeespecializaçãoemGestãodeRecursosHídricos,financiadospeloCNPqem2004.

“Contribuir para omaior envolvimento da comunidade científica na análise eequacionamento dos problemas ambientais da região sul catarinense sob oenfoque multidisciplinar exigido, não só pelo envolvimento direto dosprofissionais da presente equipe, mas pelos reflexos da difusão desseconhecimentonoscursosdegraduaçãoepós-graduação,nosórgãospúblicosenasentidadesempresariaisecomunitárias”.

“Constituir, enfim, uma ferramenta para o planejamento integrado dodesenvolvimento regional, fugindo das tradicionais abordagens setorializadas(transportes,energia,irrigação,etc),nasquaisasvariáveisambientais,pelasua

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abrangência,deixamdeserconsideradasnasuadevidaimportânciae,mesmo,a potencialização de possíveis benefícios econômicos colaterais deixa de sermaximizada”.

Nomesmoperíodo, outraproposta elaboradano seiodaquele grupo, desta vezporminhainiciativa, partia da oportunidade de um trabalho interdepartamental, reunindo Geografia,Engenharia Rural e Engenharia Sanitária, para “promoverem um avanço conjunto nasuperação de suas limitações setoriais para o tratamento da questão ambiental”. A referidapropostafoiapresentadaaoProgramadeApoioaoDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico,PADCTII,relativoaoperíodo1991-2006,noâmbitodoSubprogramadeCiênciasAmbientais,CIAMB, e, embora não tenha sido aprovada, estruturava-se em torno de um objetivo geralvoltado à “consolidação institucional na formação interdisciplinar de recursos humanos e noatendimento das necessidades de um desenvolvimento regional sustentado por meio depesquisasdetecnologiasemetodologiasapropriadasnaUFSC”. E entre suasmetas físicas seencontravaacriaçãodeumcursodepós-graduaçãolatusensuemTecnologiaePlanejamentoAmbientalqueteriaporobjetivoprincipala“capacitaçãodeprofissionaisparaoplanejamentoe manejo ambiental com a disseminação de tecnologias metodologicamente articuladas eapropriadasàscaracterísticas,limitaçõesepotencialidadesregionais”.

Permaneci no grupo do Laboratório de Análise Ambiental até início de 1992 quandoestabeleceu-se, juntoaoDeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,umadiscussãosobreacriação de umprograma de pós-graduação, na qual tive intensa participação. Ainda assim,continuavaatuandonoProgramadePós-GraduaçãoemGeografia,passandoaumasegundaorientação,destavez,abordandomanejodebaciaseextensãorural.

AcriaçãodoProgramadePós-GraduaçãoemEngenhariaAmbientaléabordada,nopresenteMemorial, no capítulo referente ao ensino de pós-graduação, ainda que completamentepertinenteaopresenterelato.

Em1993,convidadopeloprofessorAndréRambaud,daUniversidadedeMontpellier,estiveemmissãodecurtaduraçãoemvisitaauniversidades,centrosdepesquisaeumaagênciadebacianaFrança,viaacordoCAPES/COFECUB,afimderealizarcontatossobrecooperaçãoempós-graduaçãonocampodagestãoderecursoshídricos,jáexistindoiniciativaconsolidadanaárea de sistemas de tratamento de águas e efluentes. No ano seguinte, o professor AchimSchrader, do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Münster, a quemhavia sido apresentado anteriormente, convidou-me para expor o trabalho sobre oembasamento conceitual e ametodologia que estávamos desenvolvendo, pormeio do GT-Hidro, no projeto de manejo da bacia hidrográfica do rio Cubatão, durante a ReuniãoCientífica Anual daquele Centro de Estudos, em Lauemburg. Estes dois convites foramsignificativos em resultado do contato com outras abordagens ao objeto de interesse dogrupo de pesquisa onde participava, resultando entretanto poucos desdobramentosinstitucionais.

Tambémem1994candidatei-meaBolsista-PesquisadordoCNPqmantendoestevínculoatéo ano de 2006. Durante este período obtive apoio financeiro do CNPq em projetos depesquisa e também para a realização de cursos de extensão, aperfeiçoamento eespecialização.

Conforme relatei anteriormente, o ano de 1995 resultou duas oportunidades muitoimportantes para meus interesses de pesquisa. O Curso de Extensão emManejo de Bacias

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Hidrográficas,ministradopeloprofessorPedroHidalgo,querealizei comrecursosdoCNPqapresentou inúmeros desdobramentos, entres estes o Consórcio Ambiental Quiriri. Emdezembro do mesmo ano, as inundações na região litorânea central de Santa Catarina,criaram oportunidades de novas iniciativas. Ainda que o relato seja extenso, inicialmenteapresentareiaparticipaçãonasatividadesdoConsórcioAmbientalQuiriri,eposteriormenteretomarei para abordar os desdobramentos relativos às inundações ocorridas ao finaldaqueleano.

Iniciada como ação de extensão, a participação junto ao Consórcio Ambiental Quiririrepresentou principalmente um espaço de aprendizado e pesquisa, para alunos sobminhaorientação e outros que participaram das disciplinas sobminha responsabilidade junto aoProgramadePós-GraduaçãoemEngenhariaAmbiental.InicialmentedenominadoConsórcioIntermunicipal da Bacia Hidrográfica do Alto Rio Negro Catarinense, ou simplesmenteConsórcioQuiriri,emreferênciaaoscamposdealtitudepresentesnaregião, foiconstituídoem1997pelosmunicípiosdeCampoAlegre,RioNegrinhoeSãoBentodoSul,incorporandoposteriormente Corupá, com objetivo de “melhorar a qualidade de vida do Homem,preservando a Natureza para um desenvolvimento sustentável de nossa Sociedade”, porintermédio do planejamento ambiental participativo, articulado sobre a o binômioparticipação-educação.Comoresultadododiagnósticoambientalparticipativorealizadoem1997-1998 que apontou a poluição da água como problema central, foram definidos cincoprogramasdeação:

• ProgramadeUnidadesdeConservação,comobjetivodeidentificarosmananciaisparaabastecimento de água, atuais e futuros, definindo suas bacias hidrográficas comoÁreas de Proteção Ambiental – APAs, e elaborando os respectivos Planos de GestãoParticipativa. Foram criadas por intermédio deste programa cinco APAs e diversosprogramaseiniciativasespecíficosparaconservaçãodaságuasemcadaumadelas.

• ProgramadeTratamentoParticipativodeResíduosSólidos,subdivididoemprojetosdecoleta seletiva, tratamento de resíduos infectantes e destinação adequada deembalagens de agrotóxicos, iniciou-se com a desativação e recuperação da área doLixãoexistenteemRioNegrinho,etambémcomarecuperaçãodoLixãodeSãoBentodo Sul, transformado em Aterro Controlado dotado de sistema para tratamento dolixiviado Resultou significativa redução na produção de resíduos domésticos com acriaçãoeorganizaçãode cooperativasde coletoresurbanos epequenas empresasdecomercialização de materiais, como também na reciclagem de resíduos da indústriamoveleiracomacriaçãodeumaempresaespecializadanestetipodeatividade.

• Programa de Monitoramento das Águas que estabeleceu uma rotina permanente deamostragem e análise da qualidade da água em pontos estratégicos, visando àrealizaçãodeaçõesderecuperaçãoeconservação.

• Programa de Turismo que incentivou a valorização da agroindústria familiar rural,criando um selo de qualidade e viabilizando a inserção desta produção na cadeiaturística.

• Programa de Educação Ambiental, atividade permanente destinada à promoção edisseminação de práticas exemplares e ações de preservação, conservação erecuperaçãorelacionadasàáguae,emsentidomaisamplo,aosrecursosnaturais.

Em todos os programas ocorreu participação de alunos sob minha orientação, ainda quealguns destes posteriormente se desligassem do PPGEA sem concluir as respectivas

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dissertaçõesdemestrado.Em1998elaboramosumaanálisedosCadernosdePlanejamentoParticipativo, instrumento de educação ambiental e construção da participação social noprocessodegestãoambiental, cujaabrangênciachegadaa20milpessoas.Osresultadosdasistematização e análise das informações além de subsidiarem as iniciativas do Consórcio,apontaram caminhos ao trabalho do grupo, durante o qual foram realizadas duasdissertaçõesdemestradoeinúmerosartigosapresentadosemeventoscientíficos.

Trêstrabalhosmerecemdestaque.Aelaboraçãodabasecartográficadigitaldaregião,aindaque não tenha resultado publicação especializada, foi importante para os trabalhos dopróprioConsórcio,principalmentenoque se refereàsAPAs.A caracterizaçãodos recursosnaturaisedousodosolodaÁreadeProteçãoAmbientaldaRepresadoAltoRioPreto,emRioNegrinho, realizada com auxílio de interpretação de imagem de satélite e resultando naidentificaçãodo relevo,hidrografia, geologia, coberturavegetal eusoatualdo solonaquelaAPA foi objeto de dissertação de mestrado, como subsídio para seu planejamento. OPrograma de Tratamento Participativo de Resíduos Sólidos, premiado pela FGV, FundaçãoFordeFundaçãodeMeioAmbientedeSantaCatarina–FATMA,cujasatividadesreceberamdiversascontribuiçõesdonossogrupodealunos, incorporouumprocessodeavaliaçãodasações de coleta seletiva de resíduos domésticos, também objeto de uma dissertação demestradopormimorientada.

A seguir discorro acerca da outra oportunidade nascida no ano de 1995, infelizmente emdecorrência das inundações sobre a região litorânea central de Santa Catarina ao finaldaqueleano.

AnteriormentemencioneiaparticipaçãonasatividadesdaUniãodosConselhosComunitáriosda Bacia do Itacorubi, cujas reuniões passaram a ter como foco central os problemasestruturais da região, resultando, em meados de 1997, o Plano de Gerenciamento daDreangem na bacia, elaborado de forma participativa pela comunidade e apresentado àPrefeituraMunicipal. Esta participação trouxe certa visibilidade aos trabalhos do LabDren,comoaequaçãodechuvasparaFlorianópolis,programasparadimensionamentoeanálisedesistemasdedrenagem,propostasde açõesdepreventivas e de adequaçãodos sistemasdedrenagem.Emfunçãodestavisibilidade,recebiumconviteparaministrarpartedoCursodeSaneamentoAmbientaldestinadoaocorpo técnicoeagestoresmunicipaispromovidopelaSecretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e realizado no início de 1997.Posteriormente, fui convidado a participar de uma das ações relacionadas aodesenvolvimentodaPolíticaEstadualdeSaneamento,aAção95–AtuaçãoComplementarnaSolução de Problemas Relacionados com Drenagem Urbana, atividade que realizeivoluntariamente. Como atividade preliminar da Política Estadual de Saneamento, propus arealizaçãodeumdiagnóstico estadual dadrenagemurbanapara o qual foi possível contarcomapoiodaestruturatécnicadaSecretaria.

ODiagnósticodaDrenagemUrbana emSantaCatarina, publicado ao final do ano seguinte,envolveu intenso trabalho pessoal e do grupo de apoio, durante o qual realizamos olevantamento dos principais problemas relacionados à drenagem nos municípios erealizamos também uma análise da atuação dos órgãos estaduais em drenagem urbana. Odiagnósticomunicipal,viabilizadoporumquestionáriopreenchidoporgestoresetécnicosde97%dosmunicípios,obteveumquadrobastanteprecisoacercadanaturezaefrequênciadeinundações, da estrutura de gestão municipal, e das iniciativas e ações operacionais járealizadas.Aanálisedaatuaçãodosórgãosestaduaisemdrenagemurbanacompreendeua

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estrutura administrativa estadual, identificando lacunas, sobreposições e conflitos, sendocomplementada por entrevistas com dirigentes e ex-dirigentes – secretários, diretores deagencias governamentais e até o ex-governador Colombo Machado Salles, que apontaramsuasvisõeseopiniõesacercadasnecessidadesedeficiênciasnagestãodosetor.

Este diagnóstico, apresentado inicialmente em evento daAssociaçãoNacional dos ServiçosMunicipaisdeSaneamento–ASSEMAEeposteriormentena InternationalWaterResourcesAssociation – IWA, ambos em 1998, foi acolhido com grande interesse da comunidadecientífica, resultando convites para apresentação em vários eventos técnicos e científicos,além dois artigos, um dos quais na Revista Brasileira de Recursos Hídricos e o outro narevista UrbanWater, a convite de seu editor chefe. Considero tal interesse decorrente dotrabalho apresentar um panorama abrangente e detalhado da problemática relacionada àdrenagemurbanaesuagestão,comsemelhançasasituaçõesencontradasemváriaspartesdomundo.

Noano2001apresenteiaoCNPqumapropostadepesquisacomafinalidadedeaprofundaraprendizados anteriores relativos à gestão ambiental participativa, mediante a descriçãoqualitativa do “processo de obtenção de consensos e mediação de interesses na construçãocoletiva, a experiência prática, buscando nela identificar elementos científicosmetodológicosrelevantes”. Intitulada Controle de Enchentes e Gestão Ambiental Participativa em AlfredoWagner, tinha por objetivo central “a produção de conhecimentos a partir de uma práticametodológica interdisciplinar junto à sociedade organizadanomunicípio deAlfredoWagner,oferecendosuportecientíficoparabuscadesoluçãoàproblemáticaambientallocal”.Emtornodeste projeto reuniam-se trêsmestrandos cujas áreas de formação desejo aquimencionar:uma Arquiteta, um Engenheiro Agrônomo e uma Pedagoga, com apoio de um aluno eminiciaçãocientíficaque jávinha trabalhandonoLabDrenqueapartirdoanoanteriorhaviadadolugaraoNúcleodeEstudosdaÁgua–NEA.Ogrupohaviainiciadoatividadesem2000,realizando os primeiros levantamentos com recursos próprios doNEA. No ano seguinte, aUFSC firmou um convênio com a Prefeitura Municipal de Alfredo Wagner que passou aoferecer suporte local às atividades e também o CNPq aprovou a proposta anteriormenteapresentada o que permitiu ao grupo concluir um diagnóstico ambiental preliminar domunicípio.

Em meados de 2002, haviam sido realizadas cinco reuniões com comunidades rurais,reunindo 193 participantes, e oito encontros comunitários que alcançaram quase 400participantes.Emagostode2002,quandoastrêsdissertaçõesdemestradoseencontravamem fase conclusiva, o grupo,quehavia recebido ingressodenovosparticipante, organizou,com total apoio da administração domunicípio, o FórumMunicipal de Desenvolvimento eMeioAmbiente deAlfredoWagner. Alémde possibilitar a discussão de temas de interessepara a comunidade local (agrotóxicos e a saúde do trabalhador rural, agroecologia ealternativas econômicas, educação ambiental etc), o Fórum, que durante três dias, reuniumaisde350pessoas, realizoudiversasoficinas temáticasondesediscutiramosproblemasidentificadosemreuniõespreparatóriasrealizadasnascomunidadesruraiseurbana,visandoapontarestratégiasparaseuenfrentamento.

ApartirdesteselementossubmetiàFINEPumapropostadeaprofundamentodaspesquisas,denominadaPlanejamentoParticipativodeRecursosHídricosnaRegiãodasNascentesdoRioItajaídoSul,maisconhecidocomoProjetoTrilha,que,aprovadaaofinalde2002,avançouaté

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o ano de 2008, com a participação de quatro professores e quarenta alunos, entregraduandos,mestrandosedoutorandos.

OProjetoTrilhabuscavadar continuidadeàs atividades iniciadasanteriormente,buscandoelementos para responder às questões científicas identificadas a partir do Fórum e, paratanto, contemplava dez objetivos específicos, relacionados à hidrologia e controle deenchentes, controle da erosão, qualidadedas águas, saneamentodescentralizado, educaçãoambiental, turismo, geoprocessamento, Unidades de Conservação, mediadas pordesenvolvimento metodológico para avaliação contínua das atividades participativaspropostas. Não é possível relacionar ao longo deste texto a produção científica resultantedeste conjunto de pesquisas, realizadas durante um período de 6 anos, parte das quaisorientada por outros professores, mas mencionar que pessoalmente orientei setedissertaçõesdemestradoeumatesededoutorado.Asatividadesforaminúmeras,incluindo-seprincipalmenteoficinasdetrabalhocomprofessoresdasunidadesescolareslocaisecomagricultores, produção de filmes, boletins informativos destinados à população,levantamentos sobre saneamento, elaboração demapas e cartas detalhados,materiais, emsuma, destinados a apoiar as pesquisas e as intervenções. É interessante salientar que oúltimotrabalhoelaboradoporintermédiodesteprojetoresultouoAtlasEscolarAmbientaldeAlfredo Wagner, documento em grande formato que reúne informações históricas,geográficas e ambientais do município, constituindo-se importante referência acerca domunicípio.IncluotambémemanexoaesteMemorialosarquivosquecontémosRelatóriosdePesquisa e penso que seja interessante mencionar ter participado, final do projeto, deSeminário de Avaliação juntamente aos coordenadores de outros projetos financiados porparte do mesmo edital da FINEP, diferenciando-se nossos trabalhos pela presença de umelemento singular: a participação das pessoas que estiveram próximas, como sujeitos dasatividades,aportandosaberesaoladodoconhecimentoacadêmico.

Durante2007,aconvitedaPrefeituraMunicipaldeFlorianópolis,participeideumacomissãoformada junto ao Instituto de Planejamento de Florianópolis – IPUF, cujo objetivo erasubsidiar a elaboração do Plano Diretor Municipal na definição de elementos decaracterizaçãodevalas,canaisecursosd’água,paraauxiliarnoZoneamentoMunicipal.Estaação de extensão motivou a orientação de uma dissertação de mestrado que resultou nodesenvolvimento de um protocolo simplificado para avaliação da degradação de cursosd’água, objeto também de interesse do Ministério Público para análise de impactos eacompanhamentodeprocessosderecuperação.CommeudesligamentodoPPGEAem2010,ofereci continuidade a esta linha de pesquisa por meio da orientação de Trabalhos deConclusãodeCurso,cujosautoresavançaramnodetalhamentoeaplicaçãodomodelo,maistardedenominadoProtocolodeAvaliaçãodaIntegridadedecursosd’águaurbanos.

Em consequência das críticas às formas tradicionais de gestão da drenagem urbanaemergentes em inúmeros artigos, eventos e encontros científicos, vem ser constituindo noBrasil um esforço para proposição novas alternativas. Particularmente, meu envolvimentopesquisassobregestãodadrenagem,emsituaçõesconcretas juntoaadministraçãopúblicadesde1995etambémdaevoluçãodostrabalhossobredegradaçãodecursosd’água,entendoquearevitalizaçãodecursosd’águaemáreasurbanas,aexemplodeiniciativasrealizadasemoutrospaísesháquasevinteanos,sejaumcaminhoquepossibilitaoadequadocontroledeinundações, a reincorporação dos córregos urbanos à paisagem e, com recuperação daqualidade das águas atualmente degradada pelo lançamento irregular de efluentesdomésticos, sua reapropriação sob forma de recurso. Sobre este pressuposto, ofereci em

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2011e2012adisciplinaRevitalizaçãodeCursosd’águaemÁreasUrbanasjuntoaoProgramadePós-GraduaçãoemGeografia,apartirdaqualco-orientei,duasdissertaçõesdemestrado,conforme anteriormente mencionado. Em 2013, apresentei ao CNPq propostaposteriormente aprovada cujo objetivo central é o monitoramento da qualitativo equantitativodoscursosd’águadabaciadoCórregoGrande,integrantedabaciadoItacorubi,cujosresultadosserãoempregadospara“subsidiariniciativasvoltadasaorestabelecimentodeprocessosnaturaisedesempenhodefunçõessociaiseculturaisdoscursosd’água”.

Noanoseguinte,2014,elaboreiapropostadoProjetodeDesenvolvimento InstitucionaldaUFSC, ProgramadeControle eMonitoramentoHidrológicoCampusUFSC em Joinville, comobjetivoprincipalderealizaromonitoramentodeprecipitaçõesnaáreadabaciahidrográficaevazõesemseuscursosd’água,paraavaliaçãodaevoluçãodoprocessodeocupaçãodaáreaem decorrência da instalação do novo Campus naquela cidade. Este projeto, proposto eestabelecido como parte das condições de licenciamento ambiental para instalação doCampus, encontra-se em execução sob minha coordenação. Dele participam professores ealunos do Depto de Engenharia Sanitária e Ambiental, do Departamento de Informática eEstatística,ambosdoCampusdeFlorianópolis,bemcomoprofessoresealunosdoCentrodeEstudos em Mobilidade – CEM da UFSC em Joinville. Os resultados das pesquisas serãoimportantesparadefiniçãodemedidaspreventivascontrainundaçõeseparaplanejamentoeprojeto de obras de controle de cheias, cujo aumento da incidência é previsível emdecorrência da futura urbanização da região devido ao polo de atração representado pelainstalação do Campus. Os resultados serão também importantes para propostas derevitalizaçãodoscórregosdaregiãobastantealteradospelaconstruçãodepequenosaçudes,mudançasnostraçadoslongitudinaiseretificaçõesnasseçõestransversais.

Também em 2014, auxiliei a elaboração e coordeno também outro Projeto deDesenvolvimentoInstitucionaldaUFSC,RecuperaçãodaQualidadedaÁguadosCórregosdoCampus Reitor João David Ferreira Lima, cujo objetivo é a elaboração de um Plano deRecuperação dos Cursos d’água no Campus da UFSC em Florianópolis, com emprego desoluções inovadoras e exemplares. Esta proposta tem a participação de dez professores doDeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbientaledoDepartamentodeInformáticaeEstatística,vários técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e da Gestão Ambiental da UFSC, e alunosbolsistas de graduação e pós-graduação. Seus objetivos específicos são realizar umdiagnósticodaqualidadedaáguaemtodososcórregosqueatravessamoCampus;pesquisaras causas da poluição, quando constatada; encaminhar aos órgãos responsáveis relatóriossobrepoluiçãodeorigemexternaaoCampus;definirmedidaspararecuperaçãodoscursosd’águanoâmbitodoCampus;realizarmonitoramentohidrológicopermanentedoscórregos,e, como objetivo acessório, monitorar o consumo de água no conjunto de edificaçõesrelacionadasaoHospitalUniversitárioparaidentificarperdas.Asatividadesforaminiciadasemjunhode2015eumrelatóriocompletodosquatroprimeirosobjetivos,jásobformatodeumPlanodeRecuperaçãodeÁreasDegradadas–PRAD,encontra-seemfasedeelaboraçãofinal.

Um aspecto muito importante que caracteriza os três últimos projetos de pesquisa acimarelacionados refere-se à Plataforma de Coleta de Dados – PCD utilizada. Realizados emparceriacomoLaboratóriodeIntegraçãodeSoftwareeHardware,pertencenteaoDeptodeInformática eEstatística, napessoade seu coordenadorProf.AntônioAugustoFröhlich, osprojetosempregamtecnologiaquevemporelesendodesenvolvidahá14anos.

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Tradicionalmente,sãoutilizadasparacoletaetransmissãodedadosdehidrometriasoluçõestecnológicas extremamente robustas, adaptáveis a locais inóspitos e de difícil acesso. Nosprojetos mencionados, com monitoramento em regiões urbanizadas, propusemos utilizartecnologiasdiferentesparapermitirodesenvolvimentodePCDsmaiscompactasebaratas,com emprego de redes de sensores sem fios (RSSF) de baixa potência. A plataforma emquestão, chamada EPOSMote14, possui uma interface de comunicação por radiofrequência,podendooperaremrededeWi-FiouaindareceberummódulodeGSM,mesma tecnologiaempregada em telefonia celular. Assim, nestes projetos estamos adaptando as tecnologiasdesenvolvidasnocontextodoprojetoEPOSMoteàaplicaçãodemonitoramentohidrológicodebaciasurbanas.

Não penso que este Memorial seja destinado a maior detalhamento dos elementosanteriormenteapresentados.Aguisadeumasíntesegostariadecomentarterrecebidoapoiofinanceiro do CNPq em alguns projetos de pesquisa, além dos Cursos de Especializaçãotambém financiados por aquele órgão, bem como a manutenção de bolsa de pesquisadorentre1994e2006.Oprimeirodestesprojetosdatade1985,intitulando-seMonitoramentodaZonaNão-SaturadadoSoloemRegiãodeAfloramentodoAquíferoBotucatu,etendolevadoàconclusãodeminhatesededoutoramento.Duranteadécadade1990,tambémrecebioutrosimportantesapoiosporpartedoCNPq,quepermitiramamanutençãodediversasbolsasparaalunosdeIniciaçãoCientífica,viaPIBIC/UFSC,ou,diretamenteemeditaispúblicos,pormeiodepequenosprojetosparadesenvolvimentodeaplicativoscomputacionaisparausodidáticoem Drenagem Urbana. No ano 2001 obtive financiamento para o projeto Controle deEnchenteseGestãoAmbientalParticipativaemAlfredoWagner,queresultou,porsuavez,noprojetoPlanejamentoParticipativodeRecursosHídricosnaRegiãodasNascentesdoRioItajaídoSul,projetoTrilha,financiadoposteriormentepelaFINEP.AtualmentecoordenooprojetoHidrologiaambientalemcursosd’águaurbanos,apoiadopelomesmoórgãoemeditaldoano2013.Creioqueestes apoios tenhamsido fundamentaispara todasas iniciativasnasquaisestiveenvolvido.

PorpartedaUFSC, tenho recebidoapoioparadiversaspesquisas emhidrologia, drenagemurbanae revitalizaçãodecursosd’água, soba formadeprojetosdeextensãoebolsasparaalunos de graduação e, mais recentemente, com atribuição de coordenar dois projetosinstitucionaisquedevemproduzirbonsresultados.

2.1.Publicações

Todosostrabalhosanteriormentemencionadosvêmresultandonaformaçãodepessoasenaproduçãocientíficaescrita.Aseguir,apresentopartedestaproduçãocientífica,esclarecendoquenãoéfeitamençãoaRelatóriosde PesquisapoisosmesmosseencontramdisponíveisemanexoaesteMemorial.

2.1.1.AutoriadecapítulosdeLivros

SAVIETTO, Hélder; POMPÊO, Cesar Augusto. Drenagem de pavimentos: sistema BDL. In: BRAGA,Benedito; TUCCI, Carlos Eduardo Morelli; TOZZI, Marcos (orgs) Drenagem Urbana -Gerenciamento,Simulação,Controle.1aed.,PortoAlegre:EditoradaUniversidade,UFRGS,1997.p.91-101.ISBN85-7025-442-3.

14LaboratóriodeIntegraçãoSoftware/Hardware,UniversidadeFederaldeSantaCatarina.ProjetoEPOSMote.http://epos.lisha.ufsc.br

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SIMON, Álvaro Afonso; SCHEIBE, Luiz Fernando; POMPÊO, Cesar Augusto. Fases da extensão ruralcatarinense em relação ao uso dos recursos naturais. In: GUIVANT, Julia S.; SCHEIBE, LuizFernando;ASSMANN,SelvinoJoséDesenvolvimentoeconflitosnoambienterural.1aed.,Florianópolis:EditoraInsular,2005.p.53-84.ISBN85-7474-248-1.

FASOLA, Gabriel Balparda; SIMONASSI, José Carlos; POMPÊO, Cesar Augusto. Análise de variáveisfísico-químicasebiológicasdaáguaparaumProtocolodeAvaliaçãoRápidadaintegridadedecursosd´águaemáreasurbanas.In:DIAS,VeraLuciaNehls;PETGeografiaUDESCCadernosdoObservatório Geográfico daGrande Florianópolis do PETGeografiaUDESC. v.1,1aed.,Florianópolis:EditoraInsular,2011.p.80-104.ISBN978-85-7474-648-7.

MASSON, Ivanete; PHILIPPI, Luiz Sérgio; POMPÊO, Cesar Augusto. El Encuentro de las Aguas - elCamiño Interdisciplinario en Alfredo Wagner. In: CIRELLI, Alicia Fernández; VOLPEDO,AlejandraVaninaCalidaddeAguaparalaProducciónAgropecuaria.1aed.,BuenosAires:AsociacióndeUniversidadesGrupoMontevideo,2016.p.153-187.ISBN978-987-42-0325-0.

POMPÊO, Cesar Augusto; HIDALGO, Pedro; CARRASQUEIRA, Marcus Vinicius. Gestión AmbientalParticipativa en Municipios Rurales. In: CIRELLI, Alicia Fernández; VOLPEDO, AlejandraVaninaCalidaddeAguaparalaProduciónAgropecuaria.1aed.,BuenosAires:AsociacióndeUniversidadesGrupoMontevideo,2016.p.121-152.ISBN978-987-42-0325-1.

2.1.2.Artigosemperiódicosindexados

Os artigos publicados em periódicos, dos quais tenho autoria ou coautoria, encontram-serelacionadosaseguir.

POMPÊO,CesarAugusto. TécnicasdaEstimativadaRecarga Subterrânea.A Água em Revista. BeloHorizonte: Companhia de Pesquisa de RecursosMinerais, ano II, n. 3, p. 77-83. 1994. ISSN0104-7922.

SIMON, Álvaro Afonso; POMPÊO, Cesar Augusto. Análise de sistemas aplicada a microbaciashidrográficas.AgropecuáriaCatarinense.Florianópolis:EmpresadePesquisaAgropecuáriaeExtensãoRuraldeSantaCatarina,v.8,n.2,p.4-7.1995.ISSN2525-6076.

POMPÊO,CesarAugusto;DASILVA,DanielJosé.EducaçãoAmbientalnaBaciadoCubatão.MarburgerGeographischeSchriften.Marburg:EditoradaUniverstätMarburg,v.129,p.263-271.1996.ISSN0341-9290.

POMPÊO,CesarAugusto;DAROSA,FelipeZacchi;OLIVETTI,SandraMariaPereira.DrenagemUrbanaemSantaCatarina.DrenagemUrbana:menosalagamentos,maisqualidadedevida.PortoAlegre:AssociaçãoNacionaldosServiçosMunicipaisdeSaneamento,p.53-58.1998.

POMPÊO,CesarAugusto.DevelopmentofaStatePolicyforSustainableUrbanDrainage.UrbanWater.Londres:ElsevierScience,v.1,n.2,p.155-160.1999.ISSN1462-0758.

VILLAVERDE, Alberto Enrique; POMPÊO, Cesar Augusto. A perspectiva do desenvolvimentosustentável para a cidade de Palhoça (SC). Revista Geosul. Florianópolis: Editora daUniversidadeFederaldeSantaCatarina,v.14,n.27,p.91-111.1999.ISSN2177-5230.

POMPÊO,CesarAugusto.DrenagemUrbana Sustentável.Revista Brasileira de Recursos Hídricos.PortoAlegre:AssociaçãoBrasileiradeRecursosHídricos,v.5,n.1,p.15-24.2000.ISSN2318-0331.

DE OLIVEIRA, Cesar Pedro Lopes; PANITZ, Clarice Maria Neves; POMPÊO, Cesar Augusto.ConsideraçõessobreosconflitosdeusonazonacosteiracomênfaseemumestudodecasononoManguezaldoRioTavares,Florianópolis,SantaCatarina,Brasil.GerenciamentoCosteiroIntegrado.Itajaí:UniversidadedoValedoItajaí,ano1,n.2,p.17-18.2002.ISSN1677-4841.

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DE OLIVEIRA, Cesar Pedro Lopes; PANITZ, Clarice Maria Neves; POMPÊO, Cesar Augusto. Ogeopreocessamentocomoferramentaaplicadaaogerenciamentocosteiro-umestudodecasonoManguezaldoRioTavares,Florianópolis,SantaCatarina,Brasil.GerenciamentoCosteiroIntegrado.Itajaí:UniversidadedoValedoItajaí,ano1,n.2,p.15-16.2002.ISSN1677-4841.

DE SERVI, Elizabeth Maria Campanella; POMPÊO, Cesar Augusto. Gestão Ambiental Participativa -ponderações sobre a sustentabilidadeno Sul doBrasil.Fênix - Revista Pernambucana deEducaçãoPopularedeEducaçãodeAdultos.Recife:UniversidadeFederaldePernambuco,v.2,p.86-100.2003.ISSN1645-5169.

SEIBT,CesarRodolfo;POMPÊO,CesarAugusto.Percepçãoeparticipação:instrumentosparareversãodepráticasagrícolasinadequadas.Ciência&Ambiente.SantaMaria:UniversidadeFederaldeSantaMaria,v.29,n.1,p.49-60.2004.ISSN1676-4188.

PATRÍCIO,ZuleicaMaria;POMPÊO,CesarAugusto;DESIERVI,ElizabethMariaCampanella.Apolíticanacional de recursos hídricos e a política nacional de promoção da saúde no contexto deformaçãodegestorespúblicos.SaúdeeSociedade.SãoPaulo:UniversidadedeSãoPaulo,v.21,p.479-491.Online,2012.ISSN1984-0470.

RIGOTTI, Jucimara Andreza; POMPÊO, Cesar Augusto; FONSECA, Alessandra Larissa D' Oliveira.Aplicaçãoeanálisecomparativadetrêsprotocolosdeavaliaçãorápidaparacaracterizaçãodapaisagemfluvial.RevistaAmbiente&Água.Taubaté:UniversidadedeTaubaté,v.11,p.85-97.Online,2016.ISSN1980-993X.

SOUZA,PatrickSantos;POMPÊO,CesarAugusto.Avaliaçãohidrogeomorfológicadeumcursod´águaurbanoe asperspectivasde restabelecimentodospadrõesdequalidade:Estudode casodoRio Córrego Grande, Florianópolis, Brasil. Revista Eletrônica de Gestão e TecnologiasAmbientais.Salvador:UniversidadeFederaldaBahia,v.4,p.69-79.Online,2016.ISSN:2317-563X.

Segundo informações apresentadas no Google Acadêmico, dentre estes artigos, DrenagemUrbana Sustentável, do ano 2000 e Development of a State Policy for Sustainable UrbanDrainage, do ano anterior, têm atraído bastante interesse, mesmo após 17 anos daspublicações,comumtotalde127referênciasregistradasnaquelesistema.A figuraaseguirapresenta a distribuição temporal das referências a estes artigos, sendo a cor mais clararelativaàsreferênciasaoartigopublicadonoperiódicointernacional.

2.1.3.Artigoseresumosapresentadosemeventoscientíficos

Osartigospublicadosemanaisdeeventoscientíficos,dosquaissoucoautorouautor,somam,até omomento 97, dos quais 82 são artigos completos e os demais, resumos. Entre estes

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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trabalhos, 40 foram apresentados pessoalmente por mim. Sob a forma de distribuiçãotemporal,estestrabalhosseencontramrepresentadosnafiguraaseguir.

RelativamenteàscitaçõesapresentadasnoGoogleAcadêmico,constamdomesmo73artigosdosquaisparticipocomocoautorouautor,resultandonaquelabasedeinformaçõesumtotalde242citações,distribuídashistoricamenteconformeafiguraaseguir.

2.1.4.Outraspublicações

Alémdeartigosemperiódicos,publicadosemanaisdeeventosecapítulosde livros,pensoquesejaimportantedestacaralgunsprodutosescritos,masdecirculaçãorestrita,realizadossobminhacoordenação,autoriaoudosquaistenhaparticipadodadefiniçãocomoorientadordealunos,porsetrataremdetrabalhosrelevantes.

DentreestesdestacooAtlasEscolarAmbientaldoMunicípiodeAlfredoWagner,elaboradocomo produto de umaDissertação deMestrado, ao final do Projeto de Pesquisa intituladoPlanejamentoParticipativodeRecursosHídricosnaRegiãodasNascentesdoRioItajaídoSul,Projeto Trilha, financiado pela FINEP. Trata-se de um trabalho em formato A3 e com umaproduçãográficabemcuidadaquebuscouprimeiramentecoligirinformaçõesedocumentoshistóricos para relatar a ocupação humana na região, a criação e evolução do município,descreverseusambientesrural,urbanoeasrelaçõesentreambos,apresentandotambémosaspectos naturalmente esperados em um Atlas e preparados durante o projeto comogeografia,característicasfísico-naturais,geologia,hidrografia,clima,relevo,solos,vegetação,flora,fauna,agricultura.OAtlaséumareferênciaparaqualquertrabalhosobreacidade,alémde excelentematerial para estudo e consulta. Apenas 40 exemplares deste trabalho foram

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impressosedistribuídosà escolas,bibliotecas, órgãosdaPrefeituraMunicipal e escritóriosdoGovernoEstadualnoMunicípio.

SANTA CATARINA. Diagnóstico da Drenagem Urbana em Santa Catarina. Relatório Técnico.Florianópolis:SecretariadeDesenvolvimentoUrbanoeMeioAmbiente,ImprensadoGovernodeSantaCatarina,1998.24p.

POMPÊO,CesarAugusto;ROCHA,CiroLoureiro;MIRANDAJR,GuilhermeXavier;SCHMITZ,Vanderléia;PANDOLFO,Cristina;AGUIAR,Michele.RegionalizaçãodeVazões,BaciadoAtlântico,TrechoSudeste, Subbacias 82, 83 e 84.Relatório Técnico. Florianópolis: Universidade Federal deSantaCatarinaeFundaçãodeAmparoàPesquisaUniversitária,2001.CD-ROM.

POMPÊO,CesarAugusto;ROCHA,CiroLoureiro;MIRANDAJR,GuilhermeXavier;NASCIMENTO,CarlosEduardodeSouza.;SCHMITZ,Vanderléia;AGUIAR,Michele;HANKE,AdolfoKurt.Consistênciadedadosfluviométricos,BaciadoAtlântico,TrechoSudeste,Subbacias82,83,e84.RelatórioTécnico. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina e Fundação de Amparo àPesquisaUniversitária,2000.CD-ROM.

SANTACATARINA.DiagnósticodagestãoambientaldoEstadodeSantaCatarina.RelatórioTécnico.Programa de descentralização da Gestão Ambiental do Estado de Santa Catarina.Florianópolis: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Instituto AmbientalRatones.ImprensadoGovernodeSantaCatarina,2005.46p.

BENEDET,C.;VEADO,R.W.V.;POMPÊO,C.A.AtlasEscolarAmbientaldoMunicípiodeAlfredoWagner.Material didático. 1a Ed. Florianópolis: Financiadora de Estudos e Projetos, 2008. 106 p.,formatoA3.Ediçãodosautores.

CHIESA,R.S.;POMPÊO,C.A.AtlasEscolarAmbientaldaRegiãoHidrográficadaLagoadeIbiraquera.Material didático. 1a Ed. Florianópolis: Depto de Engenharia Sanitária e Ambiental,UniversidadeFederaldeSantaCatarina,2007.49p.,formatoA4.Ediçãodosautores.

2.2.Orientação

Apresento a seguir alguns comentários e informações acerca de orientação em váriascategorias, sem entretanto estender-me sobre orientações em monitoria de disciplina eestágio docência por ter orientado, naprimeira apenasumaluno e na segunda, dois. Alémdisto, não apresento outras informações acerca de Supervisão de Estágios curriculares,apenasindicoterdesempenhadoestetipodeatividadecom24alunos, lendoecomentandoseusRelatóriosFinais.Entendoquesetratadeumaatividadeformal,duranteaqualoalunoseencontrasobsupervisãodeumresponsáveljuntoàempresaescolhida.

2.2.1.AtividadesdeOrientaçãoemníveldeMestradoeDoutorado

Asatividadesdasquaisparticipeieparticiposempreestiveramvoltadasàformaçãorecursoshumanos, seja diretamente no ensino em graduação e pós-graduação, bem como naorientaçãoemníveldepós-graduaçãoegraduação.

Naformaçãodemestrandosatéomomentoorienteidiretamente20alunos,juntoaoPPGGeoePPGEA,eumadoutorandatambémjuntoaoPPGEA.Participeitambémdacoorientaçãode4alunosdemestradonoPPGGeoePPGEA,eumdoutorandodoProgramadePós-GraduaçãoInterdisciplinaremCiênciasHumanas.Relacionoaseguiremordemcronológicaosautoresetítulosdestestrabalhos.

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ÉdsonLuizÁvilaCaracterização Hidrogeológica e Hidroquímica da Formação do Rio Bonito na Região deSiderópoliseAdjacênciasProgramadePós-GraduaçãoemGeografia,UFSC.Dissertaçãodemestrado,orientador.1992.

ÁlvaroAfonsoSimonAnálise Histórico-Crítica dos Trabalhos em Microbacias Hidrográficas em Santa Catarina(1984-1990)ProgramadePós-GraduaçãoemGeografia,UFSC.Dissertaçãodemestrado,orientador.1993.

AlbertoHenriqueVillaverdeA problemática ambiental no município de Palhoça (SC): Desenvolvimento urbanosustentável?Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1996.

LuizHenriqueFaresFabrisBaiadosGolfinhos:subsídiosparaousosustentáveldosrecursosnaturaisemumaunidadedeconservaçãodeusodireto-UmenfoqueparticipativoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1997.

ElisaHenningOlicenciamentoambientalcomoinstrumentodaPolíticaNacionaldeMeioAmbientePrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1998.

EmílioMoriÁreadeProteçãoAmbientaldoAnhatomirim-PropostadePlanejamentoAmbientalPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1998.

AtilaKaiserCoutinhoContribuiçãoparaoconhecimentoeofortalecimentodaorganizaçãosocialdascomunidadesnapraiadeBombas,municípiodeBombinhas,SCPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1999.

ZoraiaVargasGuimarãesCapacidade de suporte em Florianópolis: os recursos hídricos utilizados para oabastecimentopopulacionaleodesenvolvimentourbanoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.1999.

ElizabethCampanelladeSierviEstudoMetodológicoparaAvaliaçãoParticipativaemProjetodeColetaSeletivadeLixoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2000.

PatríciaZimmermannWegnerCaracterização dos RecursosNaturais e doUso do Solo da Área de Proteção Ambiental daRepresadoAltoRioPreto,RioNegrinho,SCPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2000.

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CiroLoureiroRochaAoutorgadedireitodeusodaáguaemAlagoasPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2002.

CesarRodolfoSeibtAspráticasrurais,aáguaeoprocessoparticipativoemAlfredoWagner(SC)Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2002.

AlvaroAfonsoSimonExtensãoruralemmicrobaciashidrográficascomoestratégiadegestãoambientalnomeio rural catarinense: a qualidade dos sistemas sociais e ecológicos comopatrimôniocomumPrograma de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, UFSC. Tese dedoutorado(co-orientador).2003

ElianaMariadeAlmeidaOprocessohistóricodeusoeocupaçãodosoloesuasrepercussõesnopotencialhídriconomunicípiodeAlfredoWagner,SCPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2003.

JucineideTerezinhaMartendalSchmitzOlhares e trajetórias na educação: entrecruzando saberes interdisicplinares e práticaspedagógicasnomunicípiodeAlfredoWagnerPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2003.

ClecianeDiasMendonçaAconstruçãoparticipativadoscaminhosdaságuasemAlfredoWagner,SC:UmacontribuiçãoàgestãodosrecursoshídricoseàpromoçãodoturismosustentávelPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2005.

FábioLuizVieciliSensoriamentoremotoaplicadoaomapeamentotemáticodousoecoberturadosolonabaciadoCaeté,MunicípiodeAlfredoWagner,SCPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2005.

ElizabethMariaCampanelladeSierviAestéticadaatitudeparticipativadeaprendereproduzirconhecimentosemgruposquepesquisamsobrequestõesambientais:contribuiçõesaodiálogo interdisciplinardaEngenhariaAmbiental.Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental, UFSC. Tese de doutorado(orientador).2006

AdilsondeFreitasZamparettiGeotecnologiasnomapeamentodepequenaspropriedadesruraisPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2007.

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CristinaBenedetMetodologiaparticipativaparaconstruçãotemáticadoAtlasEscolarAmbientaldomunicípiodeAlfredoWagnerPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2008.

LuísBohnExpressõesdeconhecimentodegrupossociais locaisparaagestãoderecursoshídricosnabaciahidrográficadorioMampitubaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2008.

SimoneDallaCostaEstudodaviabilidadederevitalizaçãodecursod’águaemáreaurbana:estudodecasonorioCórregoGrande,emFlorianópolis,SantaCatarinaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2008.

DanielaMaraHoffmanZimermannO uso de indicadores de desempenho para planejamento e regulação dos serviços deabastecimentodeágua-SAAPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,orientador.2010.

CesarPedroLopesdeOliveiraEvolução temporal do manguezal do rio Tavares (Florianopolis, SC), através defotointerpretaçãoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,co-orientador.2001.

IvaneteMassonA gestão ambiental participativa: possibilidades e limites de um processo de múltiplasrelaçõesPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,co-orientador.2004.

JucimaraAndrezaRigottiFuncionalidade ecológica em cursos d’água: implicações para a requalificação da paisagemfluvialPrograma de Pós-Graduação em Geografia, UFSC. Dissertação de mestrado, co-orientador.2015.

FabianeAndressaTascaSimulaçãodeumaTaxaparaManutençãoeOperaçãodeDrenagemUrbanaparaMunicípiosdePequenoPortePrograma de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC. Dissertação demestrado,co-orientador.2016.

2.2.2.AtividadesdeorientaçãodeMonografias,TrabalhosdeConclusãodeCursoeIniciaçãoCientífica

Duranteoscursosdeespecializaçãoquecoordenei,realizeiorientaçõesdealgunstrabalhos.Estas orientações foram particularmente interessantes porque após a conclusão dasatividadespresenciaisdosreferidoscursos,eramrealizadastotalmenteadistânciapormeio

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de correio eletrônico. As longas correspondências que elaborei aos alunos sob minhaorientação constituem os principais textos que pretendo estruturar para publicação sobformadeumaapostilaintituladaprovisoriamenteCartasaoAlunoemTCC.Aototalforam6monografias realizadas sob minha orientação, cada uma das quais resultou um trabalhoapresentadoemeventocientíficonacional.

NormaLeindorfBartzUsoeocupaçãodosolonoAltoValedoItajaí:abaciadoribeirãoTaquarasCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas, UniversidadeFederaldeSantaCatarina–UFSCeConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientífico–CNPq

FrancielliFernandaCéDamasioImpactos ambientais da construção da Barragem Oeste: O ponto de vista de antigosmoradoresCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas, UniversidadeFederaldeSantaCatarina–UFSCeConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientífico–CNPq

MaristelaMacedoPolezaUsodosoloeasustentabilidadedosrecursoshídricosnamicrobaciadoRibeirãoItoupava–RiodoSul,SCCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas, UniversidadeFederaldeSantaCatarina–UFSCeConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientífico–CNPq

MaraElizaSchaadeA preservação da mata ciliar na área urbana e a noção de desenvolvimento em Braço doTrombudoCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas, UniversidadeFederaldeSantaCatarina–UFSCeConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientífico–CNPq

MariaCleoneidedeSousaBragaComissão gestora do Açude Bocaina: forma de participação social na gestão dos recursoshídricosnoPiauíCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos, Universidade Federal de SantaCatarina – UFSC, Universidade Federal de Alagoas – UFAL e Conselho Nacional deDesenvolvimentoCientífico–CNPq

MarígiaMadjedosSantosTertulianoMeioambienteerecursoshídricos:mapeandoosespaçosdedebatesnaBaciaApodi-MossoróCurso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos, Universidade Federal de SantaCatarina – UFSC, Universidade Federal de Alagoas – UFAL e Conselho Nacional deDesenvolvimentoCientífico–CNPq

Conforme anteriormente mencionado, diversos Trabalhos de Conclusão de Curso emEngenhariaSanitáriaeAmbiental epesquisasem IniciaçãoCientíficavêmsendo realizadossob minha orientação. Quantitativamente estes trabalhos encontram-se representados nafiguraaseguir,emcorclara, juntamenteaosnúmerosdealunosemIniciaçãoCientífica,emcorescura.

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ApósrelacionarestasatividadesdeorientaçãoefetueiumapesquisanabaseLattes,visandoconhecer os níveis de formação acadêmica e as atividades atuais que ex-orientandosrealizaramapósoperíodoqueestiveramsobminhaorientação. Selecionei apenasaquelesquecontinuaramsuasformaçõesacadêmicas,relacionandoaseguir.

Ano Nome Formaçãoatual(MSc;Dr)

Atividade

2001 CesarPedroLopesdeOliveira DoutorandoUFSC -

2015 JucimaraAndrezaRigotti DoutorandaUFRGS -

2016 FabianeAndressaTasca DoutorandaUFSC -

1998 ElisaHenning DraUFSC Professora,UDESC

2000 ElizabethMariaCampanelladeSiervi DrUFSC Professora,UNESC

2008 CristinaBenedet DrUFSC -

2000 CristianeMartinezMota MScinterrompido Consultoriaprivada

2005 TatianeFurlanetodeSouza MScUSP

2010 GustavodeAlmeidaCoelho MScUSP Consultoriaprivada

2012 BernardoCostaMundim MScUFRJ Consultoriaprivada

2012 MarcosFigueiredoSalviano MscUSP Pesquisador,CPRM

1989 PauloEliasdeSouza MScUFSC Consultoriaprivada

1990 OdacirDeonisioGraciolli DrUFSC Professor,UCS

1995 JulianaEyng DrUFSC ProfessoraUFSC

1997 AndréBortolon DrUFSC Pesquisador,IJURIS

1999 JosianeMilanez MScUFSC -

2003 DanielBesendeAguiar MScUFSC -

2006 MaristelaMacedoPoleza MScFURB Professora,UNIDAVI

2006 MarígiaMadjedosSantosTertuliano DrPUC/SP Professora,UNP

1999 VanderléiaSchmitz MestrandaUFSC -

2001 DanielaQueirózDamasceno DrUDESC AnalistaAmbiental-FATMA

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2.3.Participaçãoembancas

2.3.1. Participação em bancas de Teses de Doutorado, Dissertações deMestrado,QualificaçõesdeDoutoradoedeMestrado,MonografiaseTrabalhosdeConclusãodeCurso

Relativamente a estas participações, apresento um gráfico numérico geral, no qual incluoTesesdeDoutorado,DissertaçõesdeMestrado,QualificaçõesdeDoutoradoedeMestrado.Asbancas de avaliação de Monografias somam 14 e concentram-se apenas no ano 2006,referindo-seaalunosquefrequentaramosCursosdeEspecializaçãoemGestãodeRecursosHídricosquecoordenei.Nãoestão incluídasbancasreferentesaTrabalhosdeConclusãodeCurso, das quais possuo apenas 10 comprovantes, embora tenha participado numerosasvezes.

2.3.2. Participação embancas de concursoparaprofessor efetivo, progressãofuncionaleestágioprobatórionaUFSC

Emtrêsoportunidades integreibancasdeconcursospúblicosparaprovimentodecargodeprofessore junto aoDeptodeEngenharia Sanitária daUFSC.Duasdestas bancas estiveramsob minha presidência, em 1996, para Professor Assistente, e em 2015 para ProfessorAdjunto,ambasnocampodeconhecimentoHidráulicaAplicada.Aoutra,em2010,referiu-seaProfessorAdjuntonocampodeconhecimentoSaneamentoBásico.

ParticipeitambémalgumasvezesemComissõesdeAvaliaçãoeAcompanhamentodeEstágioProbatório para professores do Depto de Engenharia Sanitária e Ambiental, entre 1996 e1998, relativamente ao professor Péricles Alves Medeiros; de 2010 a 2013, noacompanhamento da professora Alexandra Rodrigues Finotti e, recentemente, em 2015 e2016,noacompanhamentodoprofessorFábioFariasPereira.

Alémdestas,participeiemdozeComissõesdeProgressãoFuncional.

2.4.Participaçãoemeventoscientíficos

2.4.1.Participaçãoemeventoscientíficos-Membrodecomitêcientífico

Infelizmente não consegui encontrar documentos comprobatórios das várias participaçõesem Comitês Científicos dos Simpósios Brasileiros de Recursos Hídricos e EncontrosNacionaisdeÁguasUrbanas.

01234567

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

QualMSc QualDr

MSc Dr

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2.4.2.Participaçãoemeventoscientíficoscomopalestrante

Aolongodetodavidaprofissionalvenhorecebendoconvitesparaapresentaçãodepalestrasemeventoscientíficos,algumasvezesforademinhaáreadeatuação.Relacionoaseguirestasparticipaçõesporconsiderá-lasrelevantesparaminhaatuaçãoprofissionalcomoprofessorepesquisador.

Qualidade de vida, meio ambiente e desenvolvimento no tramo inferior da bacia do Prata.Seminário"AUFSCeoMercosul".OrganizaçãoUFSC.Florianópolis.1992.

EducaçãoAmbientalnaBaciadoCubatão.WissenschaftlicheJahrestagungderArbeitsgemeinschaftDeutschLateinamerikaforschung.OrganizaçãoADLAF.Lauenburg.1994.

Diagnóstico da Drenagem Urbana em Santa Catarina. Encontro Nacional da Associação dosServiçosMunicipaisdeÁguaeEsgoto.OrganizaçãoASSEMAE.PortoAlegre.1997.

Uso integrado de recursos hídricos para o desenvolvimento sustentável. I Seminário EstadualsobreRecursosHídricosemZonasCosteiras.OrganizaçãoCIDASC.Florianópolis.1998.

Diagnóstico da Drenagem Urbana em Santa Catarina. II Fórum Catarinense sobre RecursosHídricos.OrganizaçãoSDM/SC.Florianópolis.1998.

Diagnóstico daDrenagemUrbana em Santa Catarina. SemináriodeDrenagemUrbanadaRegiãoMetropolitana de PortoAlegre – Cidades Livres de Enchente. OrganizaçãoMetroplan. PortoAlegre.1999.

Participação Comunitária e Educação Ambiental. Encontro Municipal de Educação Ambiental.OrganizaçãoP.M.Tubarão.Tubarão.2001.

Enchentes,inundaçõesedrenagem.EncontrodoRotaryClubedeFlorianópolis.OrganizaçãoRotaryClubedeFlorianópolis.Florianópolis.2001.

O saneamento definindo os espaços urbanos: cidade, saúde pública e história.. Feira deArquitetura,ConstruçãoCivileEngenharia.OrganizaçãoABENGE.Natal.2002.

Participação social e gestão da água. XV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. OrganizaçãoABRH..2003.

Medidasnão-estruturaisemdrenagemurbana.Workshop"Aquestãodaáguanasgrandescidadesbrasileiras".OrganizaçãoUSP.2003.

Manejodeáguaspluviais:avisãointegradadosserviçosdesaneamentoambientalinfluindonagestão da drenagem urbana. 36ª Assembléia da Associação Nacional dos ServiçosMunicipaisdeSaneamento.OrganizaçãoASSEMAE.Joinville.2006.

Planejamento participativo de recursos hídricos na região das nascentes do rio Itajaí do Sul.Seminário de avaliação de resultados – Edital MCT/FINEP/CT-HIDRO – GBH 02/2002.OrganizaçãoFINEP.SãoPaulo.2006.

Gerenciamentodadrenagemurbana.12ªFECON–FeiraecongressointernacionaldeengenhariaearquiteturadoPiauí.OrganizaçãoUFPI-CREA.Teresina,PI.2006.

Águas de Chuvas - As inundações e as outras águas da cidade. SeminárioRegional:Odireito, acidade e o plano diretor integrado participativo de Florianópolis. Organização ALESC.Florianópolis.2007.

ÁguasUrbanas-conflitosrelacionadosacorposhídricos.SeminárioRegional:Odireito,acidadeeo plano diretor integrado participativo de Florianópolis. Organização ALESC. Florianópolis.2007.

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Águas pluviais e desenvolvimento sustentável no meio urbano. II Encontro Internacional deIntegração FUNIBER – A Formação no século XXI: Sustentabilidade, Qualidade de Vida eCidadania.OrganizaçãoFUNBER.Florianópolis.2007.

Gerenciamento da drenagem urbana. Simpósio de Geografia da UDESC. Organização UDESC.Florianópolis.2007.

Águas pluviais: ocupação de áreas frágeis e inundações. 1ª JornadaUniversitária – A UFSC e oPlanoDiretordeFlorianópolis.OrganizaçãoUFSC.Florianópolis.2007.

Drenagemurbana.AUFSCeoPlanoDiretordeFlorianópolis.OrganizaçãoUFSC.Florianópolis.2007.

Revitalizaçãodecursosd'águaemsituaçõesdeconflito.Seminário“MeioAmbiente,PeculiaridadeRegionaiseDesafiosàSustentabilidade.OrganizaçãoMPE.Florianópolis.2009.

Águaparaoconsumohumanoeparaodesenvolvimentosustentável.XIVEncontroEstadualdeFarmacêuticosBioquímicos.Florianópolis.2009.

Intervençõesemcursosd’águaurbanos(revitalizaçãodecursosd’água).IXEncontroNacionaldeÁguasUrbanas.OrganizaçãoABRH.2012.

Aságuaseacidade-EmbasamentoparaumMarcoRegulatórioemDrenagemUrbana.EncontrodeCapacitaçãodeServiçosdeSaneamentoBásico.OrganizaçãoARESC.SãoJosé.2012.

Igualmente, relacionoa seguirasparticipaçõesemmesas redondasnasquais seestabeleceoportunidade semelhanteparadisseminaçãode conceitos e, namaiorparcela dos convitesquerecebi,formasdeintervençãosobreagestãodadrenagemurbana.

ContaminaçãodeÁguasSubterrâneasporResíduosSólidos.SeminárioSulbrasileirosobreÁguasSubterrâneas.OrganizaçãoABAS.PortoAlegre.1991.

Proteção deMananciais Subterrâneos. IFórumCatarinensesobreRecursosHídricos.OrganizaçãoSDM/SC.Florianópolis.1992.

Águas pluviais. Terceiro Seminário Regional de Saneamento Básico. Organização ABES/SC.Florianópolis.1993.

Programas de Educação e Sensibilização Desenvolvidos na França e no Brasil. 2 EncontroNacional de Consórcios de Municípios de Bacias Hidrográficas. Organização ConsórcioIntermunicipalSantaMaria-Jucu.Vitória.1995.

O Desenvolvimento Sustentável e o Serviço Público. I Congresso Estadual do Sindicato dosTrabalhadores em Empresas de Assessoramento, Perícia, Pesquisa e Informações de SantaCatarina.OrganizaçãoSINDASPI.Florianópolis.1996.

Gerenciamento de Bacia Hidrográfica. SeminárioDesenvolvimentoeMeioAmbiente.OrganizaçãoUNESC.Criciúma.1996.

Fórum Permanente para Preservação das Águas e Aqüífero Guarani. Seminário Plebiscito daÁgua.OrganizaçãoALESC.Florianópolis.2005.

Balanço Hídrico na Bacia do Ribeirão da Onça - Zona de Afloramento do Aqüífero Guarani.Encontro de Integração FUNIBER: Formação para Educação e Cidadania. OrganizaçãoFUNIBER.Florianópois.2005.

Participaçãosocialeagestãodaágua.ISimpósiodeRecursosHídricosdoSul-Sudeste.OrganizaçãoABRH.Curitiba.2006.

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Interdisciplinaridade: ferramenta para ecoeficiência. Encontro Nacional de Estudantes deEngenhariaAmbiental.OrganizaçãoCALES/UFSC.Florianópolis.2007.

A cidade e a questão ambiental. Simpósio de Geografia da UDESC – Cidades Contemporâneas.OrganizaçãoUDESC.Florianópolis.2007.

⌘Faço acompanhar esteMemorial umDVD comdiversosmateriais, entre os quais relacionodocumentos comprobatórios das atividades descritas e outras não mencionadas, todasrealizadas com a participação de muitos colegas e alunos, além de outras pessoas quelocalmenteestiverampróximasemeacompanharamnocaminhopercorrido.

3.ATIVIDADESDEEXTENSÃOAoiniciarestetextonovamentedevomanifestarograndedesafiocolocadoaumrelatosobreatividadesde extensão independentementedas atividadesdepesquisa, exatamenteporqueemmeucaminhoestasatividadespossueminteraçãopermanenteoumesmooriginam-sedemesmas questões, ainda que seus resultados sejam apresentados em distintos espaços decomunicação.Para facilitarestaexposição, sigooquadroutilizadonaResoluçãoNormativasobreoscritériosempregadosnaanálisedocumentalparaapromoçãoàclasseE.

Relativamenteacursosdeextensão,minhasparticipaçõesencontram-seregistradasjuntoàsdemaisatividadesdeensinoporconterem,emmeuentendimento,osrequisitosessenciaisaestasatividades:anecessidadede formaçãoquesemostrecríticaeabrangente,de formaapromoverareflexãodoalunosnasuperaçãodosproblemasenãoapenasseutratamento.Édesta forma que entendo ter participado, por exemplo, noCurso de Orientação Básica emSaneamento Ambiental, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e MeioAmbientedeSantaCatarina,noiníciode1997.Nestecurso,destinadoatécnicosegestoresmunicipais,não foinecessárioapresentaraproblemáticadas inundaçõesurbanasemSantaCatarina,porsetratardeassuntobastanteconhecidoportodos.Aocontrário,oencontrofoiestruturadoapartirdaquestão:porqueassoluçõestécnicasnãotêmreduzidoaincidênciade inundações?Desta forma,a intervençãorelativaaestecursodecurtaduraçãovoltou-semaisaoquestionamentodasiniciativastradicionais,bemcomosobreasformasdeconcepçãodos problemas, para buscar novos caminhos que pudessem ser validados por parte daspessoaspresentesàsaulas.Eestaintervençãomostrou-seposteriormenterelevanteporterdado motivado o convite que recebi para coordenar a elaboração do Diagnóstico daDrenagemUrbanaemSantaCatarina,porpartedosorganizadoresdoCurso.

Creioqueasatividadesdeextensãodemaiorrelevânciasejamasassessorias,consultoriaseperícias realizadasde formavoluntária aoPoderPúblico e aorganizações sociaiscomunitárias, também por se voltarem diretamente à mudança de posturas, e nosegundocaso,sobformadeaproximaçãodiretacomossujeitossociais.

EstefoiocasorelativamenteàparticipaçãonaComissãoSOSEsgotoSuldaIlha,duranteo ano de 2001, quando, por solicitação de associações comunitárias constitui-se junto aoDepto de Engenharia Sanitária e Ambiental uma pequena comissão que, durante suasintervençõesbuscouestabelecercomunitariamenteasevidentesconexõesentreasformasdedisposição de esgotos e a qualidade de vida da população. Esta atividade possibilitou aproposição e realização do projeto Educação ambiental no entorno do canal extravasor dalagoadoPeri, financiadopormeiodoProextensão/UFSC2002,duranteoqual,porumano,

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foi monitorada a qualidade da água em diversos pontos ao longo do Canal Extravasor daLagoa do Peri, produzindo resultados capazes de demonstrar o aumento da poluição nopercurso a jusante em decorrência de lançamentos irregulares de esgotos. Este resultadocientífico foi então empregado em um programa de educação ambiental na localidade. Deforma semelhante, durante as atividades de pesquisa do Projeto Trilha, anteriormentemencionadorealizamos,emparceriacomprofessoresdaáreadeSaúdePública,umprojetopara controle das parasitoses, principalmente aquelas veiculadas pela água, em escolas domunicípiodeAlfredoWagner,noanode2004.

Minhas participações em atividades relacionadas ao Plano Diretor Municipal tambémresultaramdesdobramentos interessantes.Nosanosde2008e2009,aconvitedo Institutode Planejamento Urbano de Florianópolis integrei um grupo de trabalho destinado asubsidiar a elaboração do Plano Diretor Municipal na identificação de corpos hídricossuperficiais, diferenciando cursos d’água, valas e canais. Exponho a problemática noparágrafoseguinteeposteriormenteretomoseusdesdobramentosemminhasatividades.

Ainda que para o especialista a diferenciação entre cursos d’água, valas e canais possa serteoricamente evidente, muitas vezes não o é, principalmente quando se trata de regiãocosteira, na qual a planície sedimentar dificulta a configuração do traçado dos córregos e,destaforma,estescorposhídricos,apresentamgrandevariabilidadeemudançasdepercursoemfunçãodasintensidadedeprecipitaçãoedesazonalidade.Parasanaroproblema,muitosproprietáriosde terrasdefinemumcursopermanentepormeiodeescavaçõese fixaçãodemargens,emposiçãogeográficaquelhessejafavorávelparautilizar-sedasterrascontíguas.Emoutras situações, terrenosúmidos sãodrenadospormeiode valas, tambémcontruídaspor seus proprietários segundo seus interesse quanto ao uso do solo. E finalmente, aestruturaçãodaocupaçãourbanacentraleperiféricalevaaadministraçãopúblicaaconstruircanais,muitasvezesdeformaimprovisada,parapromoveradrenagemdeáguasdaschuvas.Estas três situações, e outras delas decorrentes, impedem que sejam adequadamentedefinidas as Áreas de Proteção Permanente para diversos cursos d’água, já que o statusdestescorposhídricoséduvidoso.

OconviteparaintegraraComissãodeapoioaoPlanoDiretorMunicipaldecorreudahistóricaparticipaçãoqueconstruínosforossobredrenagemurbanaesaneamentoemFlorianópolisetambém em decorrência da orientação de pesquisa demestrado acerca da degradação decursos d’água. Desta forma, permanentemente encontram-se vinculadas as atividades depesquisaeextensãopormimdesenvolvidas.

Nãodesejodeixaro leitorsemumesclarecimentoquantoaosresultadosdotrabalhoacimamencionado.Ogruporeuniu-sedurantetodooanode2009,propôsumconjuntodecritériose indicadores a serem utilizados para análise in loco dos corpos hídricos sobre os quaishouvesse dúvida. Posteriormente o grupo foi desfeito por falta de recursos para oslevantamentosemcampo.

Apartirdoano2012,fuiconvidadopeloMinistérioPúblicoEstadualassessoraraelaboraçãode um Termo de Ajuste de Conduta relativamente à ocupação de uma área susceptível ainundações com grandes empreendimentos habitacionais. Trata-se de área denominadaFazendinha, localizada ao ladodoCórregoGrande, nobairrodemesmonomee, aindaquenãosejaintegralmenteÁreadeProteçãoPermanente,historicamentefoiconsideradaáreadeamortecimentonaturalparaenchentes.Estaparticipaçãodesdobrou-seemumapoiotécnicoao Fórum da Bacia do Itacorubi acerca de questões relacionadas à revitalização de cursos

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d’água,temáticacentraldemeufocoatualematividadesdepesquisa.Exatamentepormeiodestaparticipação,ena tentativadeesclarecimentodeumasituaçãocontroversarelativaànaturezadeumcursod’água,elaborei,comapoiodedoismestrandos,umlongodocumentoque aponta cientificamente critérios e indicadores específicos para classificação de cursosd’água,trabalhoquepretendodesenvolvermetodologicamente.

Atualmente, a atividade classificada como extensão na qual estou envolvido se desenvolvepor intermédio de uma Comissão Especial para Estudos sobre Drenagem Urbana emFlorianópolis,denominadaDREMAP.EstacomissãotemorigemnapropostadeumareuniãoqueapresenteiaumengenheirosdaSecretariaMunicipaldeSaneamentoeMeioAmbiente,em julho de 2014, para a qual propus convidar outros técnicos municipais a fim dediscutirmos alternativas de trabalho conjunto. No mês seguinte criamos informalmente aComissãoquepassouareunir-sesemanalmenteeumanodepois,foioficialmentecriadaporDecreto Municipal, com o objetivo de subsidiar a elaboração de um Plano Diretor deDrenagem. As alternativas de ações necessárias à organização do setor foram discutidasduranteoprimeiro anodaComissãoe, quando foi criada, jápossuíaumplanode trabalhocujo objetivo é a construção de um diagnóstico detalhado dos problemas de drenagem nomunicípio, incluindo-se os problemas físicos, uma análise institucional, visando propor umprocesso de gestão apropriado. A Comissão é composta por técnicos de oito órgãosmunicipais, além de um grupo que constituí a partir do Depto de Engenharia Sanitária eAmbiental.Até junhode2016,acomissãohaviaelaboradoumlevantamentodetalhadodosproblemas relacionados à drenagem no município, a partir de pesquisas em trabalhosanteriormente realizados, entrevistas com parte do corpo técnicomunicipal e intendentesdistritais,elaborandoumextensodocumentopreliminarque,regionalizado,indicadeformasumária os problemas, posteriormente detalhados em anexos. Entretanto, e aqui devoremeterameuhistóricopessoal,propustambémqueaComissãorealizasseavalidaçãodasinformaçõesjuntoàscomunidades,emsuma,otrabalhoparticipativo.Propusumaestruturabaseada em oficinas comunitárias distritais, apoiada por materiais que desenvolvi eposteriormenteforamaperfeiçoadospelaComissão.Ostrabalhosseinterromperamduranteoprocessoeleitoralmunicipalem2016eforamretomadosnoiníciodopresenteano.Nestemomento,ostextosdodiagnósticoestãosendorevistosedetalhados,enquantoaComissãoaguardarecursosfinanceirospararealizaçãodasoficinascomunitárias.

Além das atividades descritas, relaciono a seguir atividades de extensão incluídas naResoluçãoqueorientaaelaboraçãodopresenteMemorial.

3.1.Docênciaemcursosdecurtaduração

Por intermédiodoProgramaMobilidadeAcadêmicadaAssociaçãodeUniversidadesGrupoMontevideo,ofereci,emduasoportunidadesumcursosobremanejodebaciashidrográficas,com enfoque aos instrumentos de participação comunitária que são utilizados junto aoConsórcio Ambiental Quiriri e outros utilizados nas pesquisas do Projeto Trilha. O curso érealizado de forma intensiva aos alunos do Curso de Maestria em Gestión del Agua, daUniversidadedeBuenosAires.

ManejoParticipativodeCuencasHídricasRurales,CursodePosgrado,FacultaddeCienciasVeterinariasdelaUniversidaddeBuenosAires,cargahoráriade20horas,período16-19/JUL/2013.

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ManejoParticipativodeCuencasHídricasRurales,CursodePosgrado,FacultaddeCienciasVeterinariasdelaUniversidaddeBuenosAires,cargahoráriade20horas,período28/MAR-4/ABR/2016.

3.2.Participaçãoemcomissãoeditorial

MembrodoConselhoEditorialdaRevistaAmbiência,ISSN1808-0251,UniversidadeEstadualdoCentroOeste,PR,2012-2017.

ParticipaçãonoConselhoEditorialConsultivodo livro “Práticasda InterdisciplinaridadenoEnsinoePesquisa”,ArlindoPhilippiJreValdirFernandes(orgs.),EditoraManhole,808pgs.,2013.

3.3.Pareceresadhoc-órgãosdefomento

Orgão PeríodoFundaçãodeAmparoàPesquisadoEspíritoSanto–FAPES 2006–2006

FundaçãodeAmparoàPesquisadoEstadodeMatoGrosso–FAPEMAT 2006–2006CoordenaçãodeAperfeiçoamentodePessoaldeNívelSuperior–CAPES 1998–2006

FinanciadoradeEstudoseProjetos–FINEP 1998–2001

ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico–CNPq 1995–2005FundoNacionaldoMeioAmbiente,MinistériodoMeioAmbiente–FNMA/MMA 1993–1997

Título,órgão,processo,ano5ºSemináriodePreservaçãodoRioParnaíba.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).1994.EducaçãoAmbientaleConsciênciaEcológicanoEnsinode1ºe2ºgrausnosMunicípiosdeTeresinaeTimon.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).1994ProjetoPilotodeManejodeMicrobacias.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).proc.1900/93.1995ProjetodeDuplicaçãodoCanaldoRioCriciúma.PrefeituraMunicipaldeCriciúma.1995DiagnósticoSócio-AmbientaldoValedoRibeira.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).proc.1341/95.1995ColetâneadaLegislaçãoAmbientalBrasileira.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).proc.1504/95.1995DiagnósticoAmbientaldasPrincipaisBaciasBrasileiras.FundoNacionaldoMeioAmbiente(FNMA-MMA).proc.1749/94.1995AnálisedosEstudosHidrológicosdasBaciasdoItacorubieSertão.CompanhiadeMelhoramentosdaCapital(COMCAP-PMF).1996AnálisedosEstudosHidrológicosdasBaciasdoItacorubieSertão.CompanhiadeMelhoramentosdaCapital(COMCAP-PMF).1996RelatóriodeEstudossobrePlanoDiretordeDrenagem–INCEPI.CoordenadoriadeGestãoAmbiental/UFSC.1997EutrofizaçãodeRepresas:AspectosTróficosSanitáriosdosCompartimentosVerticaisdaRepresaSãoSalvador(Sapé,PB).CNPq.1997AvaliaçãodoUsodeBifidobactériascomoindicadoresdePoluiçãoFecalHumana.CNPq..1997

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Título,órgão,processo,anoEstudoeProjetodeRecuperaçãoAmbientaldaÁreadeDepósitodeResíduosSólidosdeServiçosdeSaúde.ProcuradoriadaRepúblicaemSantaCatarina.1997ProjetodePrevençãodeEnchenteseProteçãodeRecursosHídricosdoComplexoPenitenciáriodaGrandeFlorianópolisemSãoPedrodeAlcântara.ProcuradoriadaRepúblicaemSantaCatarina.1997SistemasdeGestãodeRecursosHídricoscomaInclusãodaDimensãoAmbiental.CNPq.1998Avaliaçãodesolicitaçãodebolsadedoutoramentonoexterior.CNPq.proc.200.751/86-7.1998AvaliaçãodaimplantaçãodepostodecombustívelnaRodoviaSC-401.GeneralEngenhariadeObrasLtda.1999Avaliaçãodesolicitaçãodebolsadedoutoramentonoexterior.CNPq.proc200.153/99-4.1999Avaliaçãodesolicitaçãodebolsadedoutoramentonoexterior.CNPq.proc201.497/96-4.1999Projetodecooperaçãointernacional.CAPES.proc007/99.2000Bolsadeprodutividadeempesquisa.CNPQ.proc303.013/89-3.2000Avaliaçãodesolicitaçãodebolsadedoutoramentonoexterior.CNPq.proc201.095/97-1.2000

3.4.Assessorias,consultoriaseperícias

ConsultorparaacompanhamentodoTermodeAjustedeConduta,InquéritoCivil06.2012.00004263-6,MinistérioPúblicoEstadual,2012/2a2014/1.

ElaboraçãodeParecerCientífico,destinadoaesclareceranaturezadeumcorpohídricoe

apoiarprocessojuntoàFundaçãoEstadualdeMeioAmbiente,FATMA,emAGO-SET/2014.RegistronosistemaNOTES,protocolonº2014.5286,36horas.

3.5.FunçõesdeRepresentação

RepresentaçãodaUFSCnoComitêAcadêmicoÁGUASdaAssociaçãodeUniversidadesGrupoMontevideo-AUGMsegundosemestre2012aprimeirosemestre2013.

Representação.ConselhoEstadualdeRecursosHídricos.AssociaçãoBrasileiradeRecursosHídricos–ABRH,RegionaldeSantaCatarina.2004-2006.

RepresentaçãodaUFSC.ComitêdeGerenciamentodaBaciaHidrográficadoRioCubatão.1992-1994.

RepresentaçãodaUFSC.ConselhoEstadualdeRecursosHídricos.SecretariadeEstadodeMeioAmbienteDesenvolvimentoUrbano,SC.1997-1998.

RepresentaçãodaUFSC.ConselhoGestordaLagoadoPeri,FundaçãoMunicipaldeMeioAmbiente–FLORAM.Ofícios416/GR/2007e038/GR/2008.Período09/2007-02/2008.

RepresentaçãodaUFSC.ComissãointersetorialparaestudodaproblemáticadeenchentesedrenagemurbananoMunicípiodeFlorianópolis.PrefeituraMunicipaldeFlorianópolis,1996.

RepresentaçãodaUFSC.ConsórcioIntermunicipaldaBaciaHidrográficadoAltoRioNegroCatarinense,1998.

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CoordenaçãodeConvênio.PrefeituraMunicipaldeAlfredoWagner,portaria001/SEPLAN/01.2001-2003.

Representaçãoestadual.AssociaçãoBrasileiradeRecursosHídricos–ABRH,2003-2007.

ResponsávelpeloAcordoGeraldeCooperaçãoTécnica.EmpresadePesquisaAgropecuáriaeExtensãoRuraldeSantaCatarina–EPAGRI/UFSC,28/04/2003.

3.6.CargosAdministrativos

SupervisordoLaboratóriodeDrenagemUrbana,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíododedez1996-dez1998.

SupervisordoLaboratóriodeDrenagemUrbana,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode29/11/1999-29/11/2000,Portaria169/CTC/99

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode30/12/2000-29/12/2002,Portariano161/CTC/2000

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode30/12/2002–29/12/2004.Portaria015/CTC/2005

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2004-17/12/2006.

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2006-17/12/2008.Portaria322/CTC/2006.

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2008-17/12/2010.Portaria017/CTC/2009

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2010-17/12/2012.Portaria356/CTC/2010

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2012a17/12/2014,Portariano387/CTC/2012,14dedezembrode2012.

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2014a17/12/2016,Portariano1/2016/CTC,7dejaneirode2016.

SupervisordoNúcleodeEstudosdaÁgua,DeptodeEngenhariaSanitáriaeAmbiental,noperíodode18/12/2016a17/12/2018,Portariano328/2016/CTC,19dedezembrode2016.

4.ATIVIDADESATUAISREGISTRADASNOSISTEMANOTES

4.1.ProjetosdePesquisa

POMPÊO,C.A.(coord.)Hidrologiaambientalemcursosd’águaurbanos.,Status:Aprovado,Protocolono2013.1542,Períododeexecuçãoprevisto:de01/01/2014a31/12/2017.

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POMPÊO,C.A.(coord.)ProgramadeControleeMonitoramentoHidrológicoCampusUFSCemJoinville,PROJETODEDESENVOLVIMENTOINSTITUCIONAL-UFSC,Status:Aprovado,Protocolono2013.1543,01/05/2015a30/04/2018.

KÓS,JOSÉRIPPER(Coord.)ProjetoCITYLABS,PROJETOINTERNACIONAL,Status:Aprovado,Protocolono2016.0509,Períododeexecuçãoprevisto:de20/02/2016a10/12/2018.

POMPÊO,C.A.(coord.)RecuperaçãodaQualidadedaÁguadosCórregosdoCampusReitorJoãoDavidFerreiraLima,PROJETODEDESENVOLVIMENTOINSTITUCIONAL-UFSC,Status:Aprovado,Protocolono2014.1465,Períododeexecuçãoprevisto:de16/03/2015a15/03/2018.

4.2.ProjetosdeExtensão

POMPÊO,C.A.ApoiotécnicoaoParqueLineardoCórregoGrande.Status:RelatórioFinalemAprovação,Protocolono2015.2985,períodode01/05/2015a31/12/2015.

POMPÊO,C.A.PlanoDiretordeDrenagemUrbana.PrefeituraMunicipaldeFlorianópolis.Status:Aprovado,Protocolono2015.2580,períodode01/04/2015a31/12/2017.