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Hidrologia Hidrologia Ciclo Hidrológico Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

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Page 1: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

HidrologiaHidrologia

Ciclo HidrológicoCiclo HidrológicoBenedito C. SilvaIRN / UNIFEI

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Ciclo hidrológicoCiclo hidrológicoFenômeno global de circulação fechada da

água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre.

Page 3: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

Um pouco de históriaUm pouco de história Rei Salomão 1000 anos AC (segundo

Bíblia): All rivers flow into the sea, yet the sea is never

full. To the place the streams come from, there they return again.

Gregos: Primeiros registros de pensamentos sobre a origem das águas dos rios (500 AC)

Gregos: Água dos rios é a água do mar que vem das profundezas da terra.

Romanos: Muitas obras hidráulicas mas continuam adotando o pensamento grego sobre o ciclo hidrológico

Possível causa: clima da região do mediterrâneo. Idade média: Idéias dos gregos perduraram

até +/- século XVI Renascimento: papel fundamental da

chuva!!

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Bernard PalissyBernard Palissy• Livro (1580) em forma de

diálogo entre dois personagens: “Teoria” e “Prática”

• “Teoria” argumentava em favor da idéia dos gregos

• “Prática” argumentava com base na observação, dizendo que a água dos rios vinha da chuva e do derretimento da neve

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Depois de PalissyDepois de PalissyAinda apoiando as idéias erradas dos

gregos: Kepler; DescartesO ciclo hidrológico começou a ficar

mais claro durante os séculos XVII e XVIII, com o advento da ciência experimental, e das medições.

Muitos aspectos ainda permanecem obscuros: papel das florestas; CO2; aerossóis; interação oceanos e atmosfera

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Fases do ciclo hidrológicoFases do ciclo hidrológico

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Bacia Bacia HidrográficaHidrográfica

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Bacia HidrográficaBacia HidrográficaUma região em que a chuva ocorrida em

qualquer ponto drena para a mesma seção transversal do curso-d’água.

Área de captação natural das precipitações, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída: o exutório.

Para definir uma bacia:◦ Curso d’água◦ Seção transversal de referência (exutório)◦ Informações de topografia

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Definição de baciaDefinição de baciaDiferenciar áreas que

contribuem para um ponto

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Fontes de dados de topografia

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Seção de referência, ou

exutório

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Divisor não corta drenagemexceto no exutório.

Divisor passa pela região mais elevada da bacia, mas não necessariamente pelos pontosmais altos.

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Bacias hidrográficas são compostas por sub-bacias hidrograficas. Cada sub-bacia é uma bacia hidrográfica que pode ser subdividida em sub-bacias, etc.

A bacia do rib. José Pereira é uma sub-bacia do rio Sapucaí, que por sua vez é uma sub-bacia do rio Grande, que ...

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Sub - bacia

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Divisor de águasDivisor de águas

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Características da bacia Características da bacia hidrográficahidrográficaÁrea de drenagemComprimentoDeclividadeCurva hipsométricaFormaCobertura vegetal e uso do solo……

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Área da bacia hidrográficaÁrea da bacia hidrográficaCaracterística mais importante da baciaReflete o volume total de água que pode

ser gerado potencialmente na bacia Bacia impermeável e chuva constante: Q = P . A Se A = 60 km2 (60 milhões de m2) e P = 10 mm/hora (2,7 . 10-6 m/s) Q = 166 m3/s

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Área da bacia Área da bacia hidrográficahidrográficaUma vez definidos

os contornos (divisor), a área pode ser calculada por uma integral numérica (SIG) ou por métodos manuais (planímetro, contagem, pesagem).

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ComprimentoComprimento

Comprimento da baciaComprimento do rio principal

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ComprimentoComprimento

Comprimento da bacia

Comprimento do rio principal

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ComprimentoComprimentoOs comprimentos da bacia e do

rio principal são importantes para a estimativa do tempo que a água leva para percorrer a bacia.

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DeclividadeDeclividadeDiferença de altitude entre o

início e o fim da drenagem dividida pelo comprimento da drenagem.

Tem relação com a velocidade com a qual ocorre o escoamento.

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Ponto mais alto: 300 m

Ponto mais baixo: 20 m

Comprimento drenagem = 7 kmDeclividade = 0,04 m/m ou 40 m por km

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Perfil longitudinalPerfil longitudinal

Perfil típico:

alto médio baixo

Distância ao longo do rio principal

Alti

tude

do

leito

Valores típicos:Baixa declividade: alguns cm por kmAlta declividade: alguns m por km

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Curva hipsométricaCurva hipsométricaDescrição da relação entre área

de contribuição e altitude.

Altitude (m)

350

890

Fração daárea0 0,25 0,5 0,75 1,0

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Índice de conformação ou fator Índice de conformação ou fator de formade forma

L

I = A / L2

I alto: cheias mais rápidasI baixo: cheias mais lentas

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Índice de compacidadeÍndice de compacidade

Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a bacia teria se fosse circular

K = 0,28 P / A0.5

mede mais ou menos a mesmacoisa que o fator de forma

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ExemplosExemplos Alongadas

São Francisco

Outras: Tietê, Paranapanema, Tocantins

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ExemplosExemplos Circular

Taquari Antas RSRio Itajaí SC

Page 36: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

Cobertura vegetalCobertura vegetalFlorestas: maior interceptação;

maior profundidade de raízes.Maior interceptação = escoamento

demora mais a ocorrerMaior profundidade de raízes =

água consumida pela evapotranspiração pode ser retirada de maiores profundidades do solo

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Uso do soloUso do soloSubstituição de floresta por

pastagem/lavouraUrbanização: telhados, ruas, passeios,

estacionamentos e até pátios de casasModificação dos caminhos da água

Aumento da velocidade do escoamento (leito natural rugoso x leito artificial com revestimento liso)

Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem (exemplo: telhado com calha)

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Uso do soloUso do soloAgricultura = compactação do

solo Redução da quantidade de matéria

orgânica no solo Porosidade diminui Capacidade de infiltração diminui Raízes mais superficiais: Consumo de

água das plantas diminui

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Tipos de solosTipos de solosSolos arenosos = menos

escoamento superficialSolos argilosos = mais

escoamento superficial Solos rasos = mais escoamento

superficialSolos profundos = menos

escoamento superficial

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GeologiaGeologiaRochas do sub-solo afetam o

comportamento da bacia hidrográficaRochas porosas tem a propriedade de

armazenar grandes quantidades de água (rochas sedimentares – arenito)

Rochas magmáticas tem pouca porosidade e armazenam pouca água, exceto quando são muito fraturadas.

Bacias com depósitos calcáreos tem grandes cavidades no sub-solo onde a água é armazenada.

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Partes da BaciaPartes da BaciaVertentes

◦Escoamento superficial difuso◦Não há canais definidos◦Escoamento sub-superficial e

subterrâneo

Rede de drenagem◦Escoamento superficial◦Canais bem definidos

Page 42: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

Rede de drenagemRede de drenagemDensidade da rede de drenagem

◦ Controlada pela Geologia e pelo Clima

Forma da rede de drenagem Controlada pela

geologia

Page 43: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

Bacias hidrográficas e SIGBacias hidrográficas e SIGSIG são Sistemas de Informação

GeográficaEquivalem a sistemas CAD para a

hidrologiaAlém de CAD são bancos de

dados e permitem análises dos dados

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Representações do relevo no Representações do relevo no computadorcomputador

Isolinhas = curvas de nívelMatriciais = modelos digitais de

elevação (MDE)TIN = Triangular irregular network

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Exemplo de MDE: SRTM

Page 46: Hidrologia Ciclo Hidrológico Benedito C. Silva IRN / UNIFEI

O que pode ser obtido do O que pode ser obtido do MDEMDEDireção de escoamentoRios principais (rede de

drenagem)Definição de bacias e sub-baciasÁrea das baciasDeclividade das baciasEtc.

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Rede de drenagem e sub-Rede de drenagem e sub-baciasbacias