aula 15 09-14- dr. fabrício rezende
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Fabrício Costa Resende de CamposCoordenador do curso de Contabilidade Tributária no IBET
Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC/SP
Advogado tributarista
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Ciências Contábeis -
Definição
“Accounting is an artifact, a product of human
intervention designed by humans purposes.”
Parker apud Weffort (2011, p. 14)
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
A Contabilidade é o ramo do
conhecimento que compreende um
conjunto de conhecimentos e princípios
que se constituem em bases teóricas de
ordens operacional, econômica e
financeira, necessárias ao processo de
informar usuários sobre a evolução do
patrimônio de uma entidade.(Borinelli e Pimentel, 2010, p.7)
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Ciências Contábeis -
Definição
Objeto e Objetivo das
Ciências Contábeis
• Objeto: o patrimônio.
• Objetivo: Prover os usuários com
informações.
• Quais informações e que tipo de usuários?
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Objeto e Objetivo das
Ciências Contábeis
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
A Contabilidade Societária: constitui as normas e regras geralmente
aceitas para construção, reconhecimento e divulgação dos
demonstrativos financeiros das empresas, de forma a prover a
melhor representação possível de seu negócio, através de seus
ativos, passivos e geração de resultados.
A Contabilidade Gerencial: visa fazer uso das informações contábeis
como base para a tomada de decisões, organizando as informações
de forma a auxiliar os gestores em seu planejamento, controles e
tomada de decisões.
A Contabilidade Fiscal: tem como objetivo ser a ferramenta para
apuração do lucro tributável, para fins de cálculo dos impostos
incidentes sobre a renda: compreende os ajustes de LALUR e a
legislação tributária vigente no Brasil.
Princípios Contábeis
Prudência(super ou subestimar)
Registro Valor Original($ original das transações)
Competência(período a que se refere)
Oportunidade(produzir informações
íntegras e tempestivas)
Continuidade
Entidade
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Normas Contábeis – forma de
criação
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Criada por meio da Resolução CFC 1.055/05
Entidade que tem por objeto o estudo, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos sobreprocedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir aemissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização deseu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aospadrões internacionais, sendo composta pelas seguintes entidades:
CPC
APIMEC
BOVESPA
FIPECAFI
IBRACON
ABRASCA
CFCCVM: CIAs Abertas
SUSEP:Seguradoras RFB
BACEN: Instituições Financeiras
Compreensão dos
Componentes Patrimoniais
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CPC 00 (R1):
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição
patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
Estes são definidos como segue:
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para
a entidade;
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos
passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos.
Compreensão dos
Componentes Patrimoniais
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Bens ou Direitos
Aplicações de recursos
Representam benefícios
presentes ou futuros
Controle
Essência econômica versus
Forma Jurídica
Obrigações já assumidas com terceiros
(no momento do balanço)
Captações de recursos
Capital de terceiros
Obrigações da entidade
para com os sócios
Captações de recursos
Capital próprio
O QUE EU TENHO O QUE EU DEVO (acionistas)
O QUE EU DEVO (terceiros)
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ATIVO
Aplicações
de Recursos
PASSIVO
Capital de
Terceiros
P. LÍQUIDO
Capital
Próprio
ACIONISTAS
(+) RECEITAS
(-) DESPESAS
(=) RESULTADO
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Compreensão dos
Componentes Patrimoniais
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos (descontos incondicionais
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
Ajuste a valor presente
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= LUCRO BRUTO
Lei 12.973/14 (alteração do Decreto-Lei
1.598/77):
“Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas
operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços
em geral;
III - o resultado auferido nas operações
de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou
objeto principal da pessoa jurídica
não compreendidas nos incisos I a
III.”
Demonstração do Resultado do
Exercício - DRE
Lei 12.973/14 (alteração do Decreto-
Lei 1.598/77):
“Art. 12. (...)
§ 1o A receita líquida será a receita
bruta diminuída de:
I - devoluções e vendas canceladas;
II - descontos concedidos
incondicionalmente;
III - tributos sobre ela incidentes; e
IV - valores decorrentes do ajuste a
valor presente, de que trata o inciso
VIII do caput do art. 183 da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976,
das operações vinculadas à receita
bruta.”
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Pergunta: houve alteração na definição de Receita Bruta?
Resposta: apenas para instituições financeiras.
Vide Lei 9.430/96 (com alterações da Lei 12.973/14):
“Art. 25. O lucro presumido será o montante determinado
pela soma das seguintes parcelas:
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que
trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995,
sobre a receita bruta definida pelo art. 12 do Decreto-Lei
nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida no período
de apuração de que trata o art. 1o, deduzida das
devoluções e vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos; e
II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos
auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas, os
resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas
pelo inciso I, com os respectivos valores decorrentes do ajuste
a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183
da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e demais valores
determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período.”
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras - Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas - Variações Monetárias
e Cambiais Ativas
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E
DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
Demonstração do Resultado do
Exercício - DRE
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(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOBRE O LUCRO
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Participações de Administradores, Partes
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para
Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Demonstração do Resultado do
Exercício - DRE
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Entendendo o caixaRegime de Caixa
(+) Entradas
(-) Saídas
(=) Movimento
(+) Saldo Inicial
(=) Saldo Final
Entendendo o lucroRegime de Competência
(+) Receitas
(-) Consumos
(=) Resultado
Deduções
Custos
Despesas
Lucro
Prejuízo
Competência(período a que se refere)
Demonstração do Resultado do
Exercício - DRE
Planejamento tributário -
Exemplos práticos
1. Permuta de Ações/Quotas;
2. Aquisição de participação societária com ágio;
3. Contrato de mútuo com matriz no exterior;
4. Mútuo x Adiantamento para Futuro Aumento de Capital
5. Mudança de regime tributário no curso do exercício
financeiro (lucro presumido para lucro real).
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1.Permuta de Ações/Quotas
Empresa 1.1
Empresa 1.2
Empresa 1.3
Empresa 1 Empresa 5Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4
42%
29%
29%Investida
25% 24% 25% 18% 8%
Estrutura Societária Atual
BRASIL
Exterior
Investidora EX
PERMUTA DE AÇÕES/QUOTAS
Empresa situada no exterior
deseja participar de empresa
brasileira.
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Empresa 1 Empresa 5Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4
42%
29%
29%Investida
25% 24% 25% 18% 8%
Estrutura societária após a constituição de sociedade no Brasil
BRASIL
Exterior
Investidora EX
PERMUTA DE AÇÕES/QUOTAS
Investidora BR
100%Investidora estrangeira constitui
empresa no Brasil, com capital
de R$ 500 milhões
1.Permuta de Ações/Quotas
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Empresa 1.1
Empresa 1.2
Empresa 1.3
Empresa 1 Empresa 5Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4
42%
29%
29%Investida
25% 24% 25% 18% 8%
Estrutura societária após a constituiçao da “ Cash Company”
BRASIL
Exterior
PERMUTA DE AÇÕES/QUOTAS
Investidora BR
100%
Investidora BR constitui uma
“Cash Company no Brasil com
capital inicial de R$ 500 milhoes
“ Cash Company”
100%
Investidora EX
1.Permuta de Ações/Quotas
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Empresa 1.1
Empresa 1.2
Empresa 1.3
Empresa 1 Empresa 5Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4
42%
29%
29% Investida
20% 20% 20% 14% 6%
Estrutura societária após o instrumento de “permuta”
BRASIL
Exterior
Investidora EX
PERMUTA DE AÇÕES/QUOTAS
Investidora BR
100%
“ Cash Company”
20%
24%25% 18%25% 8%
1.Permuta de Ações/Quotas
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Empresa 1.1
Empresa 1.2
Empresa 1.3
Empresa 1 Empresa 5Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4
42%
29%
29%Investida
20% 20% 20% 14% 6%
Estrutura societária após a cisão da “Cash Company”
BRASIL
Exterior
Investidora EX
PERMUTA DE AÇÕES/QUOTAS
Investidora BR
100%
“ Cash Company”
20%
100%100% 100%100% 100%
“ Cash Company”“ Cash Company” “ Cash Company” “ Cash Company”
1.Permuta de Ações/Quotas
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
1.Permuta de Ações/Quotas
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ATIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
Controlada Y
1.000
1.000
CIA A
ATIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
Controlada Y
1.000
1.000
CIA B
1.000
1.000
• Disposição aplicável:
RIR/99: Art. 121, inciso II, parágrafos 1º e 2º (adaptação da
permuta de unidade imobiliárias, sem torna)
1.Permuta de Ações/Quotas
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2. Aquisição de participação
com ágio
ATIVO CIRCULANTE
Bancos
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
• Intangível
Ágio Rentab. Futura (goodwill)
1.000
4.000
Aquisição de participação
societária, considerando as
seguintes premissas:
• Aquisição anterior à 31/12/2013
(antes da vigência da Lei
12.973/14);
• Valor de Livros da Cia X: $1.000;
• Valor de Mercado da Cia X: $3.000;
• Valor pago na aquisição da Cia
X: $5.000
5.000
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2. Aquisição de participação
com ágio
ATIVO CIRCULANTE
Bancos
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
Mais-valia
• Intangível
Ágio Rentab. Futura (goodwill)
1.000
2.000
2.000
Aquisição de participação
societária, considerando as
seguintes premissas:
• Aquisição na vigência da Lei
12.973/14;
• Valor de Livros da Cia X: $1.000;
• Valor de Mercado da Cia X: $3.000;
• Valor pago na aquisição da Cia
X: $5.000
5.000
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2. Aquisição de participação
com ágio
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ATIVO CIRCULANTE
Bancos
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
• Intangível
Ágio Rentab. Futura (goodwill)
1.000
4.000
5.000
ATIVO CIRCULANTE
Bancos
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• InvestimentosControlada X
Mais-valia
• Intangível
Ágio Rentab. Futura (goodwill)
1.000
2.000
2.000
5.000
• Disposição aplicável (RIR/99):
Art. 385. O contribuinte que avaliar investimento em sociedade coligada ou controlada pelo valor
de patrimônio líquido deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de
aquisição em
I - valor de patrimônio líquido na época da aquisição, determinado de acordo com o disposto no
artigo seguinte; e
II - ágio ou deságio na aquisição, que será a diferença entre o custo de aquisição do investimento
e o valor de que trata o inciso anterior.
§ 1º O valor de patrimônio líquido e o ágio ou deságio serão registrados em subcontas distintas
do custo de aquisição do investimento (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20,§ 1º).
§ 2º O lançamento do ágio ou deságio deverá indicar, dentre os seguintes, seu fundamento
econômico (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20,§ 2º):
I - valor de mercado de bens do ativo da coligada ou controlada superior ou inferior ao custo
registrado na sua contabilidade;
II - valor de rentabilidade da coligada ou controlada, com base em previsão dos resultados nos
exercícios futuros;
§ 3º O lançamento com os fundamentos de que tratam os incisos I e II do parágrafo anterior
deverá ser baseado em demonstração que o contribuinte arquivará como comprovante da
escrituração.
2. Aquisição de participação
com ágio
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• Modificações Lei 12.973/14:
Art. 22. A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou
cisão, na qual detinha participação societária adquirida com ágio por rentabilidade futura
(goodwill) decorrente da aquisição de participação societária entre partes não
dependentes, apurado segundo o disposto no inciso III do caput do art. 20 do Decreto-Lei no
1.598, de 26 de dezembro de 1977, poderá excluir para fins de apuração do lucro real dos
períodos de apuração subsequentes o saldo do referido ágio existente na contabilidade na
data da aquisição da participação societária, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no
máximo, para cada mês do período de apuração.
§ 1o O contribuinte não poderá utilizar o disposto neste artigo, quando:
I - o laudo a que se refere o § 3o do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de
1977, não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado;
II - os valores que compõem o saldo do ágio por rentabilidade futura (goodwill) não puderem ser
identificados em decorrência da não observância do disposto no § 3o do art. 37 ou no § 1o do
art. 39 desta Lei.
§ 2o O laudo de que trata o inciso I do§ 1o será desconsiderado na hipótese em que os dados
nele constantes apresentem comprovadamente vícios ou incorreções de caráter relevante.
§ 3o A vedação prevista no inciso I do § 1o não se aplica para participações societárias
adquiridas até 31 de dezembro de 2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de
dezembro de 2014, para os não optantes.
2. Aquisição de participação
com ágio
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3.Contrato de mútuo com
matriz no exteriorPremissas Básicas
a) Empresa sediada no exterior interessada na exploração
de petróleo na camada pré-sal adquire 4 empresas no Brasil
que já possuíam direito de exploração;
b) Os recursos financeiros, para fazer face aos investimentos
necessários ao desenvolvimento das atividades, virão
exclusivamente do exterior;
c) No início das atividades, a matriz no exterior enviou os
recursos basicamente como aumento de capital.
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Exterior
Brasil
Holding.Ex
Holding.BR
Exploradora 4Exploradora 1
100%
100%
Exploradora 2 Exploradora 3
100%100%100%
Estrutura societária atual
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Exterior
Brasil
Holding.Ex
Holding.BR
Exploradora 4Exploradora 1
100%
100%
Exploradora 2 Exploradora 3
100%100%100%
Fluxo Financeiro dos Recursos
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
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Pontos a serem observados no Brasil:
a) Considerando o fluxo financeiro das operações teremos incidência de
IOF – Operações de Crédito;
b) Para eliminarmos a incidência do IOF –Crédito, deveremos alterar o
fluxo financeiros das operações passando os recursos a serem
aportados diretamente nas empresas finais, sem a interveniência da
holding. A incidência seria, apenas, do IOF – Câmbio (0,38%);
c) Os valores devem ser enviados como mútuo e não mais como capital,
permitindo potencializar o retorno dos recursos através do pagamento
de juros.
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Exterior
Brasil
Holding.Ex
Holding.BR
Exploradora 4Exploradora 1
100%
100%
Exploradora 2 Exploradora 3
100%100%100%
Novo Fluxo Financeiro dos Recursos
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Pontos a serem observados no Exterior:
a) Considerando que os valores remetidos pela Holding.Br para a
Holding.Ex serão tributados no exterior, tais valores deverão ser
remetidos para a Holding.Lux;
b) Como conseqüência desta medida, teremos a eliminação da tributação
da receita financeira na Holding.Ex, uma vez que a receita financeira
será eliminada pela despesa financeira do mesmo montante para
Holding.Lux;
c) Isto é possível, uma vez que a receita financeira não é tributada no
país sede da Holding.Lux.
d) Se enviássemos os recurso diretamente da Holding.Br para
Holding.Lux, o IRRF sobre os juros no Brasil passariam de 15% para
25%.
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
Exterior
Brasil
Holding.Ex
Holding.BR
Exploradora 4Exploradora 1
100%
100%
Exploradora 2 Exploradora 3
100%100%100%
Fluxo financeiro de retorno dos recursos
Holding.Lux
100%
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
IOF:
a) 0,0041% ao dia sobre o saldo devedor,
b) 0,38 sobre os valores mutuados
Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999
Art. 13. As operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física
sujeitam-se à incidência do IOF segundo as mesmas normas aplicáveis às operações de financiamento e empréstimos praticadas pelas
instituições financeiras.
Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007
Art. 2º O IOF incide sobre:
I - operações de crédito realizadas:
c) entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
Da Base de Cálculo e das Alíquotas Reduzidas
Art. 7º A base de cálculo e respectiva alíquota reduzida do IOF são:
I - na operação de empréstimo, sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito:
a) quando não ficar definido o valor do principal a ser utilizado pelo mutuário, inclusive por estar contratualmente prevista a reutilização do crédito, até o
termo final da operação, a base de cálculo é o somatório dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês, inclusive na
prorrogação ou renovação:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041%;
Decreto nº 6.339, de 3 de janeiro de 2008
§ 15. Sem prejuízo do disposto no caput, o IOF incide sobre as operações de crédito à alíquota adicional de trinta e oito centésimos por cento,
independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pessoa física ou pessoa jurídica.
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
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IRRF
Art. 729. Está sujeito ao imposto, à alíquota de vinte por cento, o rendimento produzido, a partir de 1º de janeiro de 1998, por
aplicação financeira de renda fixa, auferido por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica imune ou isenta
Nota:A partir de 1º de janeiro de 2005, os rendimentos produzidos por aplicações financeiras a que se referem os art. 17 (títulos e
valores mobiliários de renda fixa), 18 (operações conjugadas, entrega de recursos a pessoa jurídica, reembolso ou na devolução
dos valores retidos c/CPMF e transferência de dívidas), 21 (operações com ouro-financeiro) e 32 (operações de swap) da IN
25/01, estão sujeitos à incidência do imposto, observadas, além daquelas que disciplinam a incidência do imposto de renda nas
hipóteses a que se refere este Capítulo, as seguintes regras (Lei 11.033/04, art. 1º, Lei 11.053/04, art. 8º, e IN 487/04, art. 8º e
15):
1-Alíquotas - Os rendimentos a que se refere esta Nota sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte às seguintes
alíquotas (Lei 11.033/04, art. 1º, e IN 487/04, art. 3º e 8º):
I - 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias;
II - 20%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
III - 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
IV - 15%, em aplicações com prazo acima de 720 dias.
2-Operações de mútuo - os rendimentos auferidos nas operações de mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou
entre pessoa jurídica e pessoa física (IN25/01, art. 18, III). No caso de mútuo entre pessoas jurídicas, a incidência do imposto na
fonte ocorre inclusive quando a operação for realizada entre empresas controladoras, controladas,coligadas e interligadas (IN
25/01, art. 18,§ 2º); (V. inciso III deste artigo)
3-Mútuo sem remuneração - As operações de mútuo realizadas pela pessoa jurídica com pessoas ligadas, sem a cobrança de
juros de qualquer espécie, não se subsumem na hipótese de incidência do imposto na fonte (Dec. 8º RF 134/99).
3.Contrato de mútuo com
matriz no exterior
Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]
4. Mútuo x Adiantamento para
Futuro Aumento de Capital
• Sociedade Investida com necessidade de capital para fazer frente aos
seus prospectos de investimento / produção, ou para quitar débitos;
• Investidora com capacidade financeira para fornecer os recursos para a
Investida, de forma que possa impedir a tomada de recursos com
terceiros (instituições financeiras), que determinam juros mais elevados;
• Entrega de recursos da Investida mediante Adiantamento para Futuro
Aumento de Capital (não onerado pelo IOF).
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4. Mútuo x Adiantamento para
Futuro Aumento de Capital
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ATIVO CIRCULANTE
Bancos
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• Investimentos
• Intangível
5.000
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
AFAC
Reserva de Capital
Reserva de Lucros
Capital Social
5.000
4. Mútuo x Adiantamento para
Futuro Aumento de Capital
• Para não incidência do IOF, deverá a Companhia capitalizar o valor relativo ao
adiantamento (vide Acórdão Câmara Superior de Recursos Fiscais nº 3302-
00.616 e Acórdão CARF nº 103-23.651).
• Parecer Normativo CST 17/84 – prazo de 120 dias para capitalização do AFAC:
não aplicável, pois inovação normativa - precedente CARF.
• Legislação (RIOF – Decreto 6.303/07):
Art. 7o A base de cálculo e respectiva alíquota reduzida do IOF são (Lei no 8.894, de 1994, art. 1o,
parágrafo único, e Lei no 5.172, de 1966, art. 64, inciso I):
I - na operação de empréstimo, sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito:
(...)
b) quando ficar definido o valor do principal a ser utilizado pelo mutuário, a base de cálculo é o
principal entregue ou colocado à sua disposição, ou quando previsto mais de um pagamento, o
valor do principal de cada uma das parcelas:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;
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4. Mútuo x Adiantamento para
Futuro Aumento de Capital
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ATIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo
• Imobilizado
• Investimentos
• Intangível
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
AFAC
Reserva de Capital
Reserva de Lucros
Capital Social
5.000
5.000
5.000
5. Mudança Lucro
Presumido para Lucro Real• Sociedade optante pelo lucro presumido, com enorme despesa
dedutível;
• Possibilidade de mudança para o lucro real dentro do próprio exercício.
Fundamentos legais
• Como regra, não há a possibilidade de mudança de regime. A opção
pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a
todo o ano-calendário (RIR/99, art. 516, § 1o);
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• Impossibilidade da existência de lucros, rendimentos ou ganhos
de capital oriundos do exterior para pessoas jurídicas optantes
pelo lucro presumido (Lei nº 9.718/98, art. 14 e RIR/99, art. 246);
• A pessoa jurídica que incorrer em situação de obrigatoriedade de
apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou
ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a
CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir,
inclusive, do trimestre da ocorrência do fato (ADI/SRF nº 5, de
2001).
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5. Mudança Lucro
Presumido para Lucro Real
Operacionalização
• Deliberação pela aplicação de recursos no exterior;
• Abertura de conta no exterior;
• Remessa do dinheiro com registro no Banco Central;
• Contabilização da operação;
• Resgate do ganho;
• Reconhecimento da receita;
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5. Mudança Lucro
Presumido para Lucro Real
• Superveniência de impedimento para tributação com base no
lucro presumido;
• Mudança compulsória para o lucro real trimestral, inclusive para o
trimestre corrente;
• Aproveitamento da despesa dedutível no lucro real.
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5. Mudança Lucro
Presumido para Lucro Real