aula 11 análise critica 2012.1
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Aula 11 – Análise Crítica das organizações.Tema: Práticas Responsáveis em Gestão de Pessoas.
Prof. Angelo Peres
PRÁTICAS RESPONSÁVEIS EM GESTÃO DE PESSOAS.
A Construção do Orgulho de Pertencer.
Dificilmente um colaborador que não concorda com a
conduta (valores, cultura e clima) de sua empresa, nem se
orgulha de seu trabalho, se sentirá motivado a colaborar
com esta organização.
Ou seja, dificilmente se sentirá motivado a trazer (participar) de
uma ação que geração de resultados.
No limite, uma gestão responsável e sustentável é
constituída pelas pessoas e a forma como a empresa interage com seus colaboradores pode
impactar mais no comprometimento, no empenho e na satisfação dessas pessoas.
Um bom ambiente de trabalho e a forma como as organizações tratam seus trabalhadores e a
sociedade em geral é que abrem oportunidades para o
crescimento e a sustentabilidade dos negócios.
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Na gestão de RH a identificação com o lugar que trabalha
(os trabalhadores) é fator poderoso na
retenção de Talentos.
Assim, um dos desafios da GP, na perspectiva da gestão responsável, deve começar (iniciar) com a interação interna, isto é, criar políticas de RH para
os trabalhadores.
Nessa alternativa, um dos principais desafios a ser enfrentados pela
gestão das empresas é a adoção de programas gerenciais socialmente
responsáveis, e privilegiar as políticas internas e externas, e
valores culturais que contribuem para um novo comportamento
organizacional.
PROGRAMA GERENCIAL
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL.
Relações Internas
e Externas
Valores Organizacionais
Um Novo Comportamento Organizacional
Substitui os Programas de Qualidade por
Programas Socialmente
Responsáveis e Sustentáveis.
Um Novo Comportamento Organizacional
Cooperação, participação,
diálogo, transparência,
respeito, igualdade, diversidade e solidariedade.
No contexto da Sustentabilidade
Emergem Traços Culturais Que Devem Ser Evidenciados e
Observados.
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Cooperação, participação,
diálogo, transparência,
respeito, igualdade, diversidade e solidariedade.
São estes Traços Culturais
que legitimam uma empresa socialmente responsável.
Não é possível admitir (legitimar) uma empresa como socialmente responsável se ela, por exemplo
(mesmo que investindo em práticas de menor impacto
ambiental) se utiliza de trabalho infantil.
Uma empresa que pratica o assédio moral, ridiculariza seus
colaboradores, não assegura condições mínimas de saúde e
segurança, discrimina com base na cor, raça, classe social,
religião, sexo, entre outros,não é uma empresa tida (e reconhecida) como socialmente responsável.
Dessa forma, além de se eliminar estas práticas discriminatórias, as empresas
devem analisar e reavaliar o seu recrutamento, seleção, monitoramento
feito às pessoas, desenvolvimento e sistemas de recompensa... Esta
estratégia (de RH) deve substituir as práticas seculares capitalistas e,
substituir, por ações (filosofia) com um enfoque mais humanizado.
Do contrário, pode-se incorrer, como é muito comum, em um discurso
incoerente com as práticas institucionalizadas na empresa. Ou seja, corre-se o risco de se ter uma conduta
apartada dos compromissos assumidos (verbalmente).
Isto porque, um bom ambiente de trabalho é essencial para a atração de talentos, como, também, maior retorno
organizacional.
AÇÃO ESTRATÉGICAS DE RH NO CAMPO DA RSE.
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Ações de diversidade nos Processos Seletivos;
Ações de promoção da saúde e bem-estar;
Ações de não interferência na vida familiar e/ou privada dos trabalhadores;
Gestão do processo de demissão de pessoas;
Permitir a atuação do sindicato nos locais de trabalho;
Desenvolver/envolver os empregados numa gestão participativa;
Oferecimento de bônus por desempenho;
Oferecimento de bolsas de estudo para aquisição de conhecimento;
Desenvolver ações de orientação profissional, aconselhamento e preparação para a aposentadoria;
Instituir ações contra o assédio moral;
Desenvolvimento de carreira;
Programa de avaliação e aconselhamento do funcionário.
POLÍTICAS DE RSE NA GESTÃO DE PESSOAS.
INSTITUCIONALIZAR PRÁTICAS DE RS:
Recrutar pessoas da comunidade local;
Reintegrar o funcionário ao mercado de trabalho, quando se tratar de demissão;
Não discriminar quanto a idade, sexo, etc.;
Adotar políticas de contratação de pessoas com deficiência em maior número que o exigido pela lei;
Adotar o critério de experiência em voluntariado;
Contratar jovens aprendizes e idosos;
Proibir o trabalho infantil.
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I Até 200 empregados
2%
II De 201 a 500 3%
III De 501 a 1000
4%
IV Acima de 1000
5%
DEFINIR POLÍTICAS ÉTICAS DE GESTÃO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL PARA A ORIENTAÇÃO DE PESSOAS,
MODELAGEM DE CARGOS E AD:
Assegurar aos recém-contratados o conhecimento concreto do local de trabalho;
Cumprir as normas e convenções internacionais de trabalho;
Possuir PCCS com critérios transparentes;
Educar os funcionários quanto ao devido respeito ao colega de trabalho, independente de raça, credo, cor, etc;
Oferecer aos trabalhadores palestras motivacionais e aprimoramento nos processos de trabalho, buscando maior
eficiência;
Preparar o trabalhador para a aposentadoria;
Oferecer apoio psicológico;
Oferecer orientação quanto ao planejamento financeiro.
DESENVOLVER PROGRAMAS DE HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA:
Fornecer serviços de aconselhamento sobre saúde e segurança;
Aumentar a segurança no local de trabalho e seus arredores;
Oferecer infraestrutura de refeitório para o público interno;
Investir em instalações sanitárias adequadas;
Estimular o hábito do uso do uniforme e dos equipamentos de segurança, quando for o caso;
Proporcionar momentos de integração entre os colaboradores de diferentes níveis hierárquicos e setores;
Encorajar os funcionários a ter uma dieta saudável;
Oferecer programas de ginástica laboral;
Proporcionar testes e exames médicos periódicos para medir o nível do colesterol, pressão sanguínea, dentre outros;
Estimular prática esportiva;
Envolver os empregados em gestão participativa;
Possuir CIPA;
Oferecer acessórios e mobiliários ergonômicos.
INSTITUCIONALIZAR SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE RH QUE POSSIBILITEM A TRANSPARÊNCIA:
Esclarecer quanto a expectativa de conduta ética;
Apresentar demonstrativos dos resultados econômico-financeiros da empresa;
Possuir código de ética e disseminá-lo através de treinamentos e programas de admissão;
Possuir uma rede de comunicação interna, de maneira a que todos tenham acesso às informações. Inclusive sobre
práticas de gestão da empresa;
Promover debates com os colaboradores a respeito de problemas éticos e estruturais enfrentados dentro do
ambiente organizacional, proporcionando instrumentos para registrar a má gestão.
CRIAR AÇÕES QUE POSSIBILITEM O DESENVOLVIMENTO INTERGRAL DOS COLABORADORES E DA
ORGANIZAÇÃO:
Manter programas de treinamento e capacitação, estimulando promoções internas;
Assegurar que temas emergentes de gestão estejam inseridos na educação, programas de avaliação e incentivo
de colaboradores;
Buscar a participação dos trabalhadores nos processos de melhoria do ambiente de trabalho;
Oferecer apoio educacional, erradicando o analfabetismo entre os colaboradores e os terceirizados;
Adotar políticas de promoção de grupos menos representados internamente.
CRIAR POLÍTICAS DE REMUNERAÇÃO, PROGRAMAS DE INCENTIVOS E BENEFÍCIOS:
Assegurar remuneração igualitária para homens e mulheres que ocupem a mesma categoria funcional;
Estender os benefícios aos terceirizados;
Fornecer cesta básica aos mais necessitados;
Oferecer benefícios como creche, ou outros;
Oferecer bolsas de estudos;
Possuir programa de tratamento a dependentes químicos;
Proporcionar os benefícios oferecidos a ex-colaboradores inválidos por acidentes de trabalho.
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Referências:
ALIGLERI, L., ALIGLERI, L.A., KRUGLIANSKAS, I. Gestão Socioambiental. São Paulo: Atlas, 2009.