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GERENCIAMENTO E ECONOMIA EM SISTEMAS LOGÍSTICOS Aula 1 – História e Introdução

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1a Aula do Curso de Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos, do curso do Pronatec da Faculdade MaxPlanck indaiatuba.

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Page 1: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

GERENCIAMENTO E ECONOMIA EM SISTEMAS LOGÍSTICOS

Aula 1 – História e Introdução

Page 2: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Conceito de Economia:

Ciência que estuda as formas de comportamento humano

resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades

a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a

usos alternativos.

"Estuda o comportamento de consumidores e Microeconomia e

produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a

determinação dos preços e as quantidades em mercados

específicos.

Page 3: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Agentes Econômicos em uma economia capitalista, são as

famílias, as empresas e o governo, que respondem às seguintes

questões: O quê?,Quanto?, Como?e Para Quem Produzir?

É o que constitui o chamado "Mercado". São aspectos

imprevisíveis, dinâmicos, ágeis. Já em uma economia

centralizada, é o governo quem responde àquelas perguntas,

formulando a partir de um órgão de planejamento central.

Page 4: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

O LIBERALISMO ECONÔMICO

Ausência de Intervenção Estatal

Livre concorrência

(Oferta x Demanda) = Eficiência das Empresas]

Mercado auto-regulamentado

Page 5: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

O LIBERALISMO DE ADAM SMITH

Adam Smith foi o principal defensor do liberalismo econômico,

sendo considerado um dos fundadores da economia clássica. Em 1776

ele publicou seu grande trabalho “A Riqueza das Nações” na qual

procura descobrir os reais fatores responsáveis pela riqueza das nações.

Segundo ele:

• O Trabalho do Homem é a base do crescimento econômico de

uma sociedade e não apenas a circulação das mercadorias.

• Atuação da “Mão Invisível” = o homem busca seus próprios

interesses

“Laissez faire” = Estado apenas deveria dar condições para que o

mercado aconteça, mas não o tente controlar.

Page 6: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS

Vamos supor que um país A fosse produtor e exportador natural tanto de tecido quando de

vinho.

Pela teoria das Vantagens Absolutas isto seria prejudicial ao comércio entre dois países A e B,

pois:

• A seria sempre vendedor; gerando acúmulo de riqueza somente em A;

• B seria sempre comprador, gerando empobrecimento constante em B, até o momento em que

cessaria o comércio entre os dois países

Page 7: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

O LIBERALISMO DE DAVID RICARDO

David Ricardo nasceu em Londres em 1772 e foi um dos

precursores nas teorias clássicas da economia e do

comércio, juntamente com Adam Smith.

Ricardo se preocupou em entender e melhorar os

mecanismos de divisão de dividendos (salário) entre os

trabalhadores, os donos de terras e os capitalistas, e em na

forma como o Estado deveria (ou não) intervir sobre este

assunto

Para ele a “mão invisível” de Adam Smith não iria

ocorrer adequadamente devido as divisões da sociedade

em grupos com interesses conflitantes,

Page 8: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

RICARDO E A LEI DOS CEREAIS

As guerras entre Grã-Bretanha e França, conhecidas como Guerras Napoleônicas

(1793-1815), fizeram o preço dos alimentos dispararem

Assim, houve uma crescente importação de alimentos, que prejudicava a indústria

local

Isto mobilizou os agricultores a exigir proteção contra a concorrência do produto

estrangeiro, o que resultou nas Leis dos Cereais (Corn Laws), que proibiam a importação

de trigo por exemplo se o seu preço descesse abaixo de certo limite.

Mas como represália das barreiras ás importações destes produtos, os países que

comercializavam estes itens com a Inglaterra também limitaram as possibilidades de

importação de bens industriais britânicos.

Page 9: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

RICARDO E A LEI DOS CEREAIS

David Ricardo surgiu em defesa da liberdade de comércio e contra a Lei dos

Cereais, pois segundo ele, a proibição da importação dos cereais aumentava o

custo de vida da população, ocasionando uma falha sistêmica no país, afetando

inclusive o segmento industrial da Inglaterra, pois o custo de vida aumentava e

por outro lado, os excedentes dos itens industriais não poderiam ser

comercializados, inflacionando os preços de todos os setores

Page 10: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

RICARDO E A LEI DOS CEREAIS

Na formulação de uma nova teoria, Ricardo interligou diversos aspectos antes não

bem compreendidos como um todo, tais como: o preço dos produtos, à repartição da

renda, ao crescimento da população, ao aumento da renda diferencial do solo, às

vantagens recíprocas do comércio internacional e os níveis salariais.

“Em diferentes estágios da sociedade, no entanto, as proporções do produto total da

terra destinadas a cada uma dessas classes, sob os nomes de renda, lucro e salário, serão

essencialmente diferentes, o que dependerá principalmente da fertilidade do solo, da

acumulação de capital e de população, e da habilidade, a engenhosidade e dos

instrumentos empregados na agricultura” (Ricardo, 1817).

Page 11: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS

A grande contribuição de Ricardo foi o estabelecimento de uma teoria de Comércio internacional

que seria o marco inicial da conjectura de Comércio Exterior aplicada. Ela foi baseada no "princípio das

vantagens Absolutas" de Adam Smith, mas com melhorias significativas que não eram explicadas na

teoria da Vantagem Absoluta, de uma forma que fornecesse um mecanismo automático onde todos

ganhariam com o livre comércio, e não apenas os países ou setores que dispusessem das tais

vantagens absolutas.

Page 12: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS

Page 13: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS

Em suma, a essência da Teoria das Vantagens Comparativas leva em conta diversos fatores de

produção: terra, trabalho e capital. Dependendo da exposição e grau de atuação de tais fatores, os níveis

de produtividade podem variar, não tendo mais significância a vantagem absoluta apontada por Smith, pois

mesmo que um país não tenha vantagem em um dos fatores específicos, ainda assim poderia haver uma

compensação em virtude de vantagens existentes em outros fatores.

Aplicando-se matemática aos fatores, chegaríamos a um resultado: a produtividade de uma empresa e

por conseguinte, a uma nação. Este sim é o mais importante item a ser analisado e comparado, pois maior

produtividade resulta em custos de produção menores, ocasionando preços mais competitivos, inferiores

às outras nações, possibilitando o seu comércio. Por essa razão, a Teoria das Vantagens Comparativas

também é conhecida como Teoria dos Custos Comparativos.

Page 14: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

O PROTECIONISMO DE LIST

O economista alemão Friedrich List (1841) ia contra o liberalismo

total.

Influenciado pela obra “O Estado Comercial Fechado” (Fichte,

1800): “Necessidade de se criar uma nação autossuficiente

economicamente, com intervenção estatal, onde o livre comércio

não traz benefício algum”

List se torna menos radical, trazendo uma noção nova sobre

protecionismo: a da necessidade de certo grau de proteção de

mercado interno para que haja o mínimo necessário de estruturação

econômica e que assim, uma vez preparado, possa entrar no livre

comércio de forma que apresente significativas vantagens

comparativas.

Page 15: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

TEORIA DAS VANTAGENS COMPETITIVAS

As empresas, para ganharem em fatores de qualidade e de

produtividade, buscam se agrupar (sobretudo em proximidade

geográfica) constituindo o que chamamos de clusters, ou

“aglomerados produtivos”, ou ainda APLs (Arranjos Produtivos

Locais).

A existência de muitos aglomerados garante uma maior

competitividade as nações

Isto se deve ao fato de que onde houver desenvolvimento mútuo

entre as empresas coligadas, de forma que todas se favorecem, elas

se aprimoram onde uma puxa a inovação da outra aumentando sua

produtividade e reduzindo seus custos (especialmente os logísticos).

Page 16: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS (clusters)

A seguir temos alguns

exemplos destes polos

industriais bem desenvolvidos

e configurados no Brasil, que

nos traz vantagens

competitivas sobre demais

países.

Page 17: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR

Aumentar as exportações

Ter maior controle sobre as importações do país

Page 18: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Cenário Atual de Comércio Exterior no Brasil

Page 25: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Vantagens p/ Exportador

Ofertar produtos a preços mais competitivos

Facilitar a conquista de novos mercados

Garantir aumento significativo da margem de lucro

Promover o crescimento econômico do país.

Vantagens p/ Importador

Adquirir os produtos em condições mais acessíveis

Possibilidade de revendê-los no mercado doméstico a preços inferiores aos praticados

pelos concorrentes

Fomentar o desenvolvimento do país.

Acordos tarifários

Page 26: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

ACORDOS TARIFÁRIOS

BILATERAIS

MULTILATERAIS

Page 27: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Evolução dos BLOCOS ECONÔMICOS

Estágio Nome Particularidades

1ZONA DE PREFERÊNCIA

TARIFÁRIA

Este primeiro processo de integração econômica consiste apenas em garantir níveis tarifários preferenciais para o conjunto de

países que pertencem a esse tipo de mercado

2 ZONA DE LIVRE COMÉRCIOQuando constituem uma Zona de Livre Comércio (ZLC), os países parceiros reduzem ou eliminam as barreiras alfandegárias,

tarifárias e não-tarifárias, que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco

3 UNIÃO ADUANEIRA

O próximo passo consiste na regulamentação de uma União Aduaneira, momento em que os Estados-Membros, além de abrir

mercados internos, regulamentam o seu comércio de bens com nações externas, já funcionando como um bloco econômico

em formação.

4 MERCADO COMUM

O Mercado Comum apresenta-se como um processo bastante avançado de integração econômica, garantindo-se a livre

circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, ao contrário da fase como União Aduaneira, quando o intercâmbio restringia-

se à circulação de bens.

5UNIÃO ECONÔMICA E

MONETÁRIA

Constitui o estágio mais avançado do processo de formação de blocos econômicos, contando com uma moeda única e um

fórum político.

No estágio de União Econômica e Monetária tem de existir uma moeda única e uma política monetária inteiramente unificada

e conduzida por um Banco Central comunitário.

Para se chegar ao estágio de União Econômica e Monetária, há que se atravessar toda uma série de momentos que

demandam tempo e discussões entre os países-membros.

Fonte: Câmara de Comércio Brasileira

Page 28: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)

Acordo mais Importante para o Brasil: Acordo de Complementação Econômica 18 (ACE 18)

Preferências tarifárias entre seus membros é de 100%.

Membros associados: Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia (participam das reuniões mas não possuem poder de voto)

Tarifário especial que padroniza preços dos produtos dos países para a exportação e para o comércio externo. Este tarifário é chamado de Tarifa Externa Comum (TEC).

Na maioria o avanço é progressivo: reduções variam de 0% e podem chegar a 100%

Exemplos de Acordos: Mercosul–Chile: ACE 35; Mercosul–Bolívia: ACE 36

Page 29: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

ALADI (Associação latino-americana de integração)Sucessora da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc).

Grupo formado por: Cuba, Bolívia, Equador, Brasil, Colômbia, Argentina, Chile,México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela

Entrou em vigor em 18 de março de 1981

Acordo tarifário redução de tarifas: Preferências tarifárias variando para mais oupara menos, dependendo do índice de desenvolvimento de cada país membro.

Em outras palavras, criou-se uma regra na qual as preferências tarifárias são maiores para o

grupo dos países de menor desenvolvimento econômico e menores para os países mais

desenvolvidos. Isto visa alavancar o desenvolvimento comercial dos países menos

favorecidos

Page 30: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

União europeia (UE)

A União Europeia a é o bloco mais avançado do mundo atualmente.

Por ser um Bloco de União Econômica, passou a ter uma moeda única, o Euro, em 1° de janeiro de 2002.

Com a adesão da Croácia em 1 de julho de 2013, a UE passou a ter 28 Estados-Membro. São eles: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia e Reino Unido

Page 31: Aula 1 - Gerenciamento e Economia de Sistemas Logísticos

Outros BLOCOS ECONÔMICOS

NAFTA

• North American Free Trade Agreement (Acordo de Livre Comércio da América do Norte)

• Desde 1994

• Proposta Inicial: Área de livre circulação de mercadorias entre os três países, com as tarifas sendo reduzidas gradativamente

• Proposta Futura: n/a

Comunidade Andina

• Em 1969 foi compactuado o “Pacto Andino”

• Região da Cordilheira dos Andes (costa leste da América do Sul: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela

ALCA

• Desde meados da década de 1990 tem sido discutida a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca),

• Todos os países das 3 Américas (exceto Cuba 34 nações.

• Proposta inicial: Preferências tarifárias

• Proposta futura: Livre Comércio

• Pouco provável (Muito Ceticismo)

E outros: Asean, Apec, Caricom, SADC, CEI