sis. logísticos - carne

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Bovinocultura: Carnes A Bovinocultura trata das técnicas para a criação de bovinos e tem múltiplas finalidades dentro da produção de matérias primas e trabalho. Embora restrito nos dias atuais, no passado o trabalho bovino foi fundamental nos transportes (tração de carros e montaria), na lavoura (arado) e no lazer (a tourada e o rodeio moderno). Além da carne, do leite e do couro, o boi fornece ainda outras matérias primas como os ossos e vísceras. Também no passado o estrume foi considerado fundamental para refertilização dos campos agricultáveis. A bovinocultura, como arte de criar, demanda o conhecimento do bovino e do seu ambiente criatório, sendo necessário, por um lado, conhecer sua reprodução, suas características raciais, seu comportamento e suas necessidades nutricionais. Por outro lado é preciso saber manejar as pastagens, sua principal fonte de alimentação, as doenças que os atacam e como preveni-las, assim como conhecer as construções e instalações para manter bovinos. Ao final de 2004 a bovinocultura brasileira era praticada em quatro milhões de propriedades rurais, envolvendo 200 milhões de cabeças, 28 milhões das quais foram abatidas em frigoríficos oficiais para consumo interno e exportação e mais cerca de 10 milhões tiveram outro tipo de abate (38 milhões foi o número de peles bovinas processadas

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Page 1: Sis. Logísticos - Carne

Bovinocultura: Carnes

A Bovinocultura trata das técnicas para a criação de bovinos e tem múltiplas

finalidades dentro da produção de matérias primas e trabalho. Embora restrito nos dias

atuais, no passado o trabalho bovino foi fundamental nos transportes (tração

de carros e montaria), na lavoura (arado) e no lazer (a tourada e o rodeio moderno).

Além da carne, do leite e do couro, o boi fornece ainda outras matérias primas como

os ossos e vísceras. Também no passado o estrume foi considerado fundamental

para refertilização dos campos agricultáveis.

A bovinocultura, como arte de criar, demanda o conhecimento do bovino e do

seu ambiente criatório, sendo necessário, por um lado, conhecer sua reprodução, suas

características raciais, seu comportamento e suas necessidades nutricionais. Por outro

lado é preciso saber manejar as pastagens, sua principal fonte de alimentação,

as doenças que os atacam e como preveni-las, assim como conhecer as construções e

instalações para manter bovinos.

Ao final de 2004 a bovinocultura brasileira era praticada em quatro milhões

de propriedades rurais, envolvendo 200 milhões de cabeças, 28 milhões das quais foram

abatidas em frigoríficos oficiais para consumo interno e exportação e mais cerca de 10

milhões tiveram outro tipo de abate (38 milhões foi o número de peles bovinas

processadas nos curtumes brasileiros). E foi neste mesmo ano que o Brasil se tornou o

maior produtor (8,5 milhões de toneladas de carcaças) e maior exportador

de carne bovina com os maiores produtores brasileiros que são os estados de Mato

Grosso do Sul e Minas Gerais.

Segundo dados de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), o Brasil possui 1,3 mil unidades frigoríficas em atividade, das quais 206 têm

seus abates inspecionados pelo governo federal, 422 unidades são inspecionadas pelos

governos estaduais e 762 unidades têm controle sanitário a cargo dos municípios. Esse

sistema de controle tem funcionado muito bem nos estabelecimentos que contam com o

Serviço de Inspeção Federal (SIF). O serviço responde por 22,7 milhões dos atuais

animais abatidos, menos da metade de sua capacidade instalada, estimada em 65

milhões de cabeças, de acordo com o SIF. A maior parte desse abate é promovida em

unidades de grandes grupos, entre eles JBS, Marfrig e Minerva.

Page 2: Sis. Logísticos - Carne

Legislação Vigente

O SIF é resultado de ação preventiva dos fiscais federais agropecuários nas

instalações industriais onde ocorre o abate, o processamento e o armazenamento de

produtos de origem animal. As inspeções atestam a qualidade sanitária dos produtos,

que aprovados, recebem o carimbo e autorizam a comercialização.

O Ministério da Agricultura possui legislação específica para tratar de requisitos

sanitários que regem toda vida do animal, desde a criação até o seu abate e trânsito. O

Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal

(Riispoa), legitimado pelo Decreto nº 30.691/1952, prevê normas de inspeção industrial

e sanitária ante e post-mortem, recebimento, manipulação, transformação, elaboração e

preparo. Abrange, ainda, fiscalizações no estabelecimento e no rebanho em cada etapa

de criação e produção. Os ficais examinam as áreas dos matadouros e frigoríficos e

verificam a aplicação dos programas de autocontrole que devem ser implantados, a

documentação e as condições de saúde do animal. Logo após o abate, são

inspecionadas as vísceras e carcaças.

Algumas das instruções normativas, ordens e portarias que devem ser

respeitadas para o comércio de produtos de origem animal:

Instrução Normativa nº 05, de 7 de fevereiro de 2013;

Instrução Normativa nº 53, de 16 de novembro de 2009;

Ordinance nº 210, dated november 10, 1998;

Portaria nº 210, de 10 de novembro de 1998.

Cenário Mundial

A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no

cenário mundial. O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com

cerca de 200 milhões de cabeças. Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas

exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em

mais de 180 países.

O rebanho bovino brasileiro proporciona o desenvolvimento de dois segmentos

lucrativos. As cadeias produtivas da carne e leite. O valor bruto da produção desses dois

segmentos, estimado em R$ 67 bilhões, aliado a presença da atividade em todos os

estados brasileiros, evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em

nosso país. 

Page 3: Sis. Logísticos - Carne

O clima tropical  e a extensão territorial do Brasil contribuem para esse

resultado, uma vez que permitem a criação da maioria do gado em pastagens. Além

disso, o investimento em tecnologia e capacitação profissional, o desenvolvimento de

políticas públicas, que permitem que o animal seja rastreado do seu nascimento até o

abate, o controle da sanidade animal e segurança alimentar, contribuíram para que o

país atendesse às exigências dos mercados rigorosos e conquistasse espaço no cenário

mundial. 

Mercado Interno

O Brasil é um grande produtor mundial de carnes (bovina, suína e de aves),

produzindo cerca de 24,5 milhões de toneladas do produto em 2010, sendo que cerca de

75% dessa produção é consumida no mercado interno (MAPA, 2011).

A pecuária é uma atividade de grande importância na economia brasileira.

Estima-se que a bovinocultura de corte gere um faturamento anual de mais de R$ 50

bilhões e empregue cerca de 7,5 milhões de pessoas em suas atividades (ABIEC, 2011).

Internacionalmente, a atividade também é de grande destaque, pois o Brasil

possui o segundo maior rebanho de bovinos do mundo, ficando atrás apenas da Índia. O

Brasil é, também, o segundo maior produtor de carne bovina atrás dos Estados Unidos e

o maior exportador mundial do produto, segundo a Food and Agriculture Organization

das Nações Unidas (FAOSTAT, 2011).

Com isso, a extensão do mercado de carne bovina brasileira torna-se grande,

abastecendo tanto a demanda interna como também fornecendo carne para os mercados

internacionais.

A produção de carne bovina brasileira é principalmente voltada para o

consumo interno. No Brasil, dos 21.756.402 abates registrados pelo Serviço de Inspeção

de Produtos de Origem Animal (SIPAs/DFAs), em 2010, Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul e São Paulo representam juntos 45,73% do total de abates cada um, representando

17,51%, 14,26% e 13,96% da produção, respectivamente. Estima-se que nos próximos

10 anos o setor continue a crescer a uma taxa de 2,2% ao ano (MAPA, 2011).

A nova legislação que prevê a fiscalização da qualidade do produto e o esforço

empreendido pelo país para erradicar doenças contribui para o aumento da produção.

Em 2008, por exemplo, aproximadamente 59% do território nacional foram

considerados pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), livres da febre aftosa.

Page 4: Sis. Logísticos - Carne

Entre os diferenciais competitivos que o Brasil possui frente aos principais

países concorrentes destacam-se a grande extensão de terras, as quais permitem ganho

em escala e expansão da atividade pecuária, a genética bovina melhorada e adaptada ao

meio ambiente, a tecnologia necessária para aumentar os índices de produtividade e,

principalmente, as condições climáticas favoráveis à produção pecuária de baixo custo e

ambientalmente correta (Franco, 2003).

Entretanto, há aspectos que não são favoráveis à competitividade brasileira,

como a tecnologia (incluindo aspectos tecnológicos da pecuária do abate/processamento

e distribuição), a gestão e certificação, e as questões ambientais e sanitárias. Hoje,

alguns desses aspectos são pontos fortes (MAPA, 2011).

Mesmo que os frigoríficos se encontrem espalhados por todo Brasil

teoricamente não existe nenhuma imposição geográfica ou climática que impeçam a

abertura de uma unidade. Como mostra a Tabela x e a Figura X, isto não acontece de

forma homogênea, pois os frigoríficos ao longo do tempo passaram a se localizar mais

próximos aos maiores centros produtores, notadamente, na região Centro Oeste, devido

ao menor preço da terra nessa região e à pecuária de corte nacional estar baseada,

predominantemente, na forma extensiva, utilizando, principalmente, pastagem natural

ou plantada, que possibilita uma produção com um custo mais competitivo (Zucchi,

2010), diminuindo, assim, o custo de transporte dos animais vivos até os abatedouros e

evitando maiores perdas de peso, estresse animal, machucados na carne e diversos

outros problemas em se transportar animais vivos de uma região para outra.

Page 5: Sis. Logísticos - Carne

Tabela X - Efetivo de bovinos em 31.12 e participação relativa e acumulada no efetivo

total segundo as unidades da federação.

Figura X - Distribuição das plantas frigoríficas bovinas no Brasil

*Fonte: (ABIEC, 2011)

Page 6: Sis. Logísticos - Carne

Com a aproximação dos frigoríficos aos centros produtores, os custos de

distribuição e também de exportação da carne aumentaram e passaram a depender mais

da infraestrutura logística das estradas, uma vez que o transporte de carnes em longas

distâncias é feito, quase exclusivamente, via caminhões, em contêineres refrigerados até

os centros de destino ou portos onde é realizado o transbordo para os navios cargueiros.

Neste aspecto, (Zucchi, 2010) utiliza um modelo locacional dinâmico para

determinar a melhor localização dos frigoríficos de exportação, para redução dos custos

de transporte da matéria prima até o frigorífico e de lá para o porto mais próximo, assim

como o tamanho ideal de cada planta frigorífica para atender à demanda de cada estado

com relação ao mercado interno e externo. Os resultados encontrados foram que dos

custos ligados à instalação e operacionalização de um frigorífico, 79,4% seria para a

implantação da unidade, 1,2% do transporte do insumo da fazenda ao frigorífico, 3,6%

seriam custos do transporte da carne até o porto de escoamento e 14,1% do porto até o

país de destino final, ao passo que para o consumo interno os custos girariam em torno

de 1,7% do total.

Mercado Internacional

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes

(ABIEC), o Brasil exportou carne bovina in natura para 87 países em 2011. Os

compradores de carnes industrializadas no mesmo período foram 108. Miúdos e tripas

foram enviados a 62 destinos.

Figura Y - Participação dos maiores clientes de carne, tripas e miúdos em 2011, em

volume.

Page 7: Sis. Logísticos - Carne

As exportações brasileiras de carne bovina in natura em dezembro/11 foram de

63,1 mil toneladas com receita de US$313,5 milhões, obtendo como preço médio

US$4.970/ton, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Tabela Y - Receita, volume, preço médio e variações anuais das exportações brasileiras

de carne bovina.

Em relação a nov/11 as exportações de dez/11 foram menores em receita e

volume, 17,7% e 13,1% respectivamente. Em novembro a receita foi de US$ 381

milhões e o volume foi de 72,6 mil toneladas.

Apesar dessa queda mensal, comparando o mês de dez/11 com dez/10 houve

crescimento nas exportações tanto em receita (9,9%) como em volume (7,7%). A receita

das exportações de dez/10 foram de US$ 285,3 milhões e o volume foi de 58,6 mil

toneladas.

A receita anual das exportações brasileiras de carne bovina está em crescimento

constante desde 2002, exceto por 2009 por causa da crise econômica mundial e a

desaceleração do comércio internacional. A receita recebida em 2011 de US$ 4.169

bilhões é a maior já recebida pelo país, sendo 4,7% maior do que a receita recebida em

2008, de US$ 4.006 bilhões, agora a segunda maior.

Page 8: Sis. Logísticos - Carne

Gráfico X - Receita e volume acumulados ano a ano das exportações brasileiras de

carne bovina

Em relação ao volume exportado, este continua em queda desde 2007 quando foi

exportado 1,2 milhão de toneladas de carne bovina. Em 2011 foram exportadas 820 mil

toneladas. Essa redução do volume exportado vem propiciando um aumento no preço

médio recebido por tonelada. O preço em 2011 foi de U$ 5.083/ton, 25% maior do que

o preço médio recebido em 2010 de US$ 4.049/ton e 55,7% maior o preço médio de

2009, de US$ 3.264/ton.

Gráfico Y - Preço médio anual de venda da carne exportada

Quando comparada com dados mais atuais (Fonte: SECEX-MDIC), nota-se que

houve uma queda na valorização da carne bovina, que foi compensada com uma grande

Page 9: Sis. Logísticos - Carne

expansão no número de toneladas exportadas, gerando assim, um faturamento 13%

maior que no mesmo período do ano anterior.

Figura Z – Evolução na exportação de carnes bovinas.

O Gráfico Y e a Figura Z nos demonstram esse aumento relativo no número de

toneladas de gados exportados quando comparado com o mesmo período do ano

anterior.

Gráfico Z – Evolução na exportação de carnes bovinas por tonelada.

Gráfico A - Evolução na exportação de carnes bovinas por US$.

Page 10: Sis. Logísticos - Carne

Figura A - Exportações de carnes bovinas por produtos.

A Figura A nos mostra a relação da variedade de carnes bovinas exportadas com

sua determinada parcela no total das exportações, por tonelada e por US$ gerado.

O mercado internacional de carne bovina é dividido em dois grandes mercados,

o do Pacífico, onde os principais fornecedores são a Austrália, a Nova Zelândia, os

Estados Unidos e o Atlântico, basicamente formado pelos países integrantes do

Mercosul e fortemente dominado pelas exportações brasileiras. No lado dos

importadores, o mercado do pacífico é constituído principalmente por Japão e Coréia do

Sul, e no do atlântico o Oriente Médio, Europa e Rússia. Hoje, a maior parte das

exportações brasileiras destina-se ao Oriente Médio, em especial ao Irã e Rússia. O

primeiro devido à aproximação política dos países e o segundo devido ao crescimento

do produto e incremento da renda naquele país.

A cada ano, a participação brasileira no comércio internacional vem crescendo,

com destaque para a produção de carne bovina, suína e de frango. Segundo o Ministério

da Agricultura, até 2020, a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá

44,5% do mercado mundial. Já a carne de frango terá 48,1% das exportações mundiais e

a participação da carne suína será de 14,2%. Essas estimativas indicam que o

Brasil pode manter posição de primeiro exportador mundial de carnes bovina e de

frango.

Toda e qualquer exportação de animais vivos ou produtos de origem animal é

submetida ao cumprimento de requisitos regulamentados pelo Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Cabe ao Ministério da Agricultura, por

Page 11: Sis. Logísticos - Carne

intermédio da Secretaria de Defesa Agropecuária, regulamentar e controlar mercadorias

de origem animal a serem exportadas, atestando sua qualidade e segurança. Além disso,

o ministério, com as secretarias de agricultura Estaduais, promove ampla fiscalização,

visando à conformidade entre a legislação de inspeção industrial e sanitária brasileira e

as normas de sanidade exigidas pelo país importador.

Para a exportação de animais vivos, bem como produtos destes, são exigidas

uma série de procedimentos e cumprimento de legislações e atos normativos, que

variam de acordo com o modal escolhido para embarque.

1. Embarque Carga Solta ou Carga Convencional:

a) Lei N.º 1.283 de 18 de Dezembro de 1950;

b) Decreto N.º 30.691 de 29 de Março de 1952;

c) Instrução Normativa SDA N.º 33 de 02 de Junho de 2003.

2. Embarque Carga Exportada em Contêiner ou Caminhão Lacrado na origem:

a) Circular n.º 116/2002 DCI/DIPOA;

b) Lei N.º 1.283 de 18 de dezembro de 1950;

c) Decreto N.º 30.691 de 29 de março de 1952;

d) Instrução Normativa SDA N.º 33 de 02 de Junho de 2003.

Sistema Logístico da Bovinocultura

A cadeia produtiva da carne bovina é, também, compreendida pelos agentes

produtores de insumos (sementes, medicamentos, ração, etc.), produtores rurais,

indústria de processamento (frigoríficos), atacado e varejo (açougues, principalmente

supermercados) e o principal que, é o consumidor final. As ações dos agentes

compreendem a responsabilidade pelo produto desde a sua produção, elaboração

industrial e distribuição. Assim, cada operação independente ao longo da cadeia é

executada por um agente especializado que irá relacionar-se com um ou mais agentes

também relacionados à cadeia, com o objetivo final de se produzir um produto final

para o consumidor final. 

O controle de temperatura é o método mais utilizado para conservar a carne,

podendo ser dividido em dois tipos de controle: resfriamento e congelamento. A carne

resfriada possui uma durabilidade de 120 dias e a congelada, de dois anos.

Page 12: Sis. Logísticos - Carne

Carne bovina refrigerada

A carne bovina refrigerada exportada visa atingir, principalmente, os consumidores

de países mais exigentes quanto à qualidade e também à Cota Hilton (determinada

quantidade de carne bovina fresca ou resfriada, sem osso e com alto padrão de

qualidade, destinada à exportação para a EU), obtendo-se, assim, melhores preços. Esse

tipo de produto, provavelmente, continuará sendo escoado via modal rodoviário e para

os mesmos portos em que é escoado atualmente. As empresas frigoríficas para se

precaverem contra possíveis problemas de qualidade, alocam sua produção para as

unidades mais próximas de portos.

Caso o produto seja direcionado aos aeroportos, o que ocorre quando o pedido

necessita ser entregue em menos de dez dias, o transporte é feito em caixas

acondicionadas em carreta frigorificada, que irá levar o produto a um entreposto

próximo ao aeroporto. No entreposto, a carga é verificada quanto à temperatura para,

então, montar-se o air pallet ou o air container. Desse local, o produto segue unitizado

para o terminal aeroportuário de destino.

Carne bovina congelada

O transit time pode ser maior, criando a possibilidade de uso de modais alternativos

de transporte e também possibilitando a produção mais distante dos portos de saída.

O fluxo mais comum dá conta de o produto seguir do frigorífico diretamente para o

terminal portuário, sendo esse deslocamento feito de um a dois dias antes do deadline de

embarque. Em casos em que há excesso de produto no porto, a carne é enviada para um

entreposto retroportuário, também conhecido como terminal secundário, no qual ficará

estocada para posteriormente ser acondicionada em contêineres e então seguir ao

terminal portuário. O uso de Estações Aduaneiras do Interior (Eadis), também

conhecidas como portos secos, não é uma prática comum devido, principalmente, aos

altos custos de armazenamento do produto.

Além do custo do frete, outro fator que impacta de forma direta a logística do

produto é o tempo entre a saída da planta frigorífica até o destino final, chamado de

transit time.

As alternativas de transporte de ambos os tipos de carne se resumem,

basicamente, ao transporte rodoviário até os portos nacionais e ao transporte marítimo

até os portos de destino. Tentativas também vêm sendo realizadas para o uso do modal

ferroviário na movimentação de carne bovina congelada dentro do país.

Page 13: Sis. Logísticos - Carne

A logística da carne deve-se à integração do abatedouro desde o seu estoque de

animal no pasto, processamento interno, frigorificação, até chegar ao consumidor final.

Esse conjunto de operações realizadas em ambientes distintos utiliza-se através de um

arranjo que envolve fazendas, plantas de indústrias, canais de distribuição,

estabelecimento de atacado e varejo, estrutura de escoamento (rodovias, ferrovias, vias

marítima, vias aéreas), burocracias do comércio, recolhimento de diversos tributos,

legislações e prestadores de serviços.

O transporte de animais vivos requer certo tipo de cuidado especial para que a

carga não sofra nenhum tipo de stress e danos físicos que poderá levar ao descarte da

carne.

 Figura B – Fluxograma da logística da carne.

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, 2007.

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De acordo com a Figura B verifica-se a existência de 3 subsistemas

interdependentes:

Subsistema de apoio: os agentes fornecedores de insumos básicos e os

agentes transportadores;

Subsistema de produção da matéria-prima (produção agropecuária):

empresas rurais que geram, criam e engordam os animais para o

atendimento das necessidades das indústrias de primeira transformação;

podem estar integradas em um único empreendimento ou dissociadas em

empreendimentos diversos.

Subsistema de industrialização: indústrias de primeira transformação:

abatem os animais e obtêm as peças de carne, conforme as condições de

utilização necessárias para os demais agentes da cadeia; e indústrias de

segunda transformação: incorporam a carne em seus produtos ou

agregam valor a ela.

Subsistema de comercialização: atacadistas ou exportadores: efetuam o

papel de agentes de estocagem e/ou de entrega, simplificando o processo

de comercialização; Varejistas: efetuam a venda direta da carne bovina

ao consumidor final, tais como supermercados e açougues; e empresas de

alimentação coletiva/mercado institucional ou aquelas que utilizam a

carne como produto facilitador, como restaurantes, hotéis, hospitais,

escolas, presídios e empresas de fast food.

Subsistema de consumo: consumidores finais, responsáveis pela

aquisição, pelo preparo e pela utilização do produto final. Determinam as

características desejadas no produto, influenciando os sistemas de

produção de todos os agentes da cadeia produtiva.

A etapa de distribuição é realizada pelos próprios frigoríficos que se

encarregam de abastecer os mercados externo e interno. Parte da parcela destinada ao

mercado interno é absorvida pela indústria de transformação, e parte distribuída no

varejo pelos açougues e supermercados, através da venda direta ou indireta. Na direta,

para atender os grandes pedidos das redes de supermercados e dos açougues, os

frigoríficos trabalham com escala de produção.

O Ministério da Agricultura prevê, no Decreto nº 5.741 de 30 de março de

2006, a fiscalização do trânsito de animais. Seja qual for a via de trânsito, a

apresentação de documentação é obrigatória. O documento oficial para transporte de

Page 15: Sis. Logísticos - Carne

animal no Brasil é a Guia de Trânsito Animal (GTA), que contém as informações sobre

o destino e condições sanitárias, bem como a finalidade do transporte animal. 

Cada espécie animal possui uma norma específica para a emissão da guia de trânsito.

Sistema Logístico Interno – Rodoviário

Entre os processos de logística aplicados na área da pecuária, mais

especificamente o transporte, requer algumas atenções, segundo Terlouw et al. (2008),

pois nesse processo os animais sofrem muito estresse pré abate (embarque no caminhão

em rampas muito inclinadas; caminhões mal projetados; tempo e distância de

transporte; manuseio na área de espera, clima, temperatura, entre outros), portanto é

necessário haver atenção na escolha do melhor modal, do horário específico para o

transporte, para que a qualidade final do produto (proteína cárnea) cada vez mais

exigida pelo mercado consumidor seja satisfatória.

O transporte rodoviário de carne bovina atualmente é feito de duas formas: (1)

o produto é acondicionado em caixas e transportado em carretas frigorificadas, com

destino ao mercado interno e (2) em contêineres refrigerados (também conhecidos por

reefer), geralmente de 40 pés. A carreta frigorificada também é utilizada no caso de

carne resfriada ou quando há transferência de produto entre as unidades frigoríficas.

Figura C - Carreta gaiola usada para o transporte de bovinos vivos.

Figura D - Baú frigorífico ¾ para o transporte rodoviário de carnes.

Page 16: Sis. Logísticos - Carne

Figura E - Caminhão com carroceria frigorificada para o transporte rodoviário

de carnes.

Figura F – Carroceria porta contâiner.

Vantagens:

Adequado para curtas e médias distâncias;

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso às cargas;

Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;

O desembaraço na alfândega pode ser feito pela própria empresa transportadora;

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a

intermodalidade e a multimodalidade;

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta, trazendo maior comodidade para

exportador e importador.

Desvantagens:

Fretes mais altos em alguns casos;

Menor capacidade de carga entre todos os outros modais;

Menos competitivo para longas distâncias.

Sistema Logístico para Exportação - Portuário

Page 17: Sis. Logísticos - Carne

O principal modal para transporte de cargas entre países permitindo uma

grande capacidade de carga e frete reduzido é o marítimo. Para acondicionar os

produtos para o transporte até o destino final são utilizados containers, os quais são

grandes caixas retangulares com uma entrada para o carregamento e descarregamento

de produtos, paletizados ou não.

Sua utilização pode ser aplicada de duas formas conhecidas como Longo Curso,

navegação internacional em portos diferentes e Cabotagem, navegação nacional entre

portos do mesmo país.

Figura G: Container refrigerado usado no modal Portuário.

Figuras H e I – Navio porta contâiner (full container) e tipo Reefer.

Navios full container: as embarcações são semelhantes aos de carga geral, porém

as cargas vem acondicionadas em containers de aço. As escotilhas de carga abrangem

Page 18: Sis. Logísticos - Carne

praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contâiners

nos porões.

Embarcações tipo Reefer: Semelhantes aos convencionais, sendo os seus porões

equipados com maquinários para refrigeração. Apropriado para cargas que exigem

controle de temperatura tal como carnes, frutas, verduras, laticínios e etc.

Para que os terminais portuários apresentem clara viabilidade econômica para a

exportação de carne, é necessário que observem eficiência e capacidade de

movimentação. Esses fatores estão relacionados, basicamente, a equipamentos,

profundidades do canal de acesso e do berço de atracação, à presença de armazéns

refrigerados e facilidade de acesso.

Sistema Logístico para Exportação – Aéreo

Seu custo tende a ser elevado em virtude da eficiência energética reduzida, de

utilizar-se de instalações sofisticadas como aeroportos e equipamentos muito caros, cuja

natureza operacional requer manutenção de caráter totalmente preventivo e nunca

corretivo.

Com relação às restrições impostas pelos custos mais elevados: limitações no

tamanho das unidades de volume e peso, além de outras peculiaridades, o modal aéreo

apresenta uma tipicidade própria das cargas que lhe são direcionadas tais como: gêneros

alimentícios e outros bens perecíveis, animais e plantas vivos, equipamentos

eletrônicos, bens de alto valor agregado, ourivesaria, jóias e artigos de moda. Ou seja,

nos casos em que a velocidade da entrega (ou segurança) é o ponto mais importante a

ser considerado, superando qualquer comparativo de custos.

Vantagens:

Rede diversificada de aeroportos, no entorno das grandes metrópoles, o que nem

sempre ocorre com o marítimo;

Velocidade, eficiência e confiabilidade;

Competitividade que a frequência dos vôos permite em termos de altos giros de

estoque;

Movimentação altamente mecanizada, reduzindo-se o índice de avarias;

Atinge regiões inacessíveis para outros modais.

Desvantagens:

Page 19: Sis. Logísticos - Carne

Menor capacidade em peso e volume das cargas;

Não atende aos granéis;

Custo de capital e fretes elevados;

Fortes restrições às cargas perigosas.

Figura J e K – Aeronave Full Cargo, imagem exterior e interior.

Aeronaves All Cargo/Full Cargo: são aeronaves exclusivamente destinadas ao

transporte de cargas. O transporte da carga se dá nos decks superior e inferior. Têm

capacidade absoluta máxima de cerca de 100 a 120 toneladas ou 600 a 800 metros

cúbicos de espaço para carga.

Sistemas de Informação

Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de

componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui

informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de

uma organização (LAUDON e LAUDON, 2004).

O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações

logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque,

movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das

formas mais comuns de informações logísticas. O custo decrescente da tecnologia,

associado a sua maior facilidade de uso, permitem aos executivos poder contar com

Page 20: Sis. Logísticos - Carne

meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados com maior eficiência,

eficácia e rapidez.

A complexidade do negócio e suas necessidades de tratamento tornam clara a

necessidade de utilização da tecnologia da informação para que as organizações

consigam dar um tratamento satisfatório às suas informações e, consequentemente, para

que seus administradores tenham a possibilidade de utilizá-las corretamente em seu

trabalho.

O bom gerenciamento das informações pode influenciar o desempenho da

organização de diversas maneiras:

Prover uma vantagem competitiva , permitindo respostas rápidas às mudanças de

mercado;

Prover informação necessária , acurada e no tempo para permitir melhor tomada

de decisão;

Reduzir o custo de fazer negócio, substituindo capital por trabalho freqüente e

automatizando as transações da empresa;

Permitir à empresa competir em mercados que requer tecnologia específica;

Permitir flexibilidade tal que as empresas possam atender a uma ampla relação

de necessidades dos clientes sem incremento de custos;

Promover uma plataforma tecnológica para permitir que os outros sistemas de

negócio sejam produzidos.

A utilização de alguns softwares aplicados a logística podem trazer uma série de

benefícios, tais como: maior rapidez nas operações, redução de custos, aumento da

continuidade, melhora do controle (precisão, acuidade, previsibilidade, consistência,

certeza), maior compreensibilidade (visibilidade, análise, síntese) das funções

produtivas. Estes tipos de softwares agrega um conjunto de ferramentas, tais como:

previsão da demanda, otimização da rede logística, planejamento de transporte,

planejamento e sequenciamento da produção, entre outras.

São comumente chamados de Supply Chain Management (SCM) applications, ou

seja, ferramentas para o gerenciamento integrado da cadeia de suprimentos. Sua

principal função é possibilitar ao usuário o controle de diversas funções logísticas

simultaneamente, permitindo com isso, analisar os trade-offs existentes. Além disso,

possui uma abrangência que ultrapassa os limites da empresa, ou seja, integra-se

também aos outros membros da cadeia de suprimentos, tais como: indústrias,

atacadistas/distribuidores e varejistas, além de prestadores de serviços logísticos.

Page 21: Sis. Logísticos - Carne

Alguns destes softwares disponíveis:

Supply Chain Design: Para gerar modelos de cadeia de suprimentos com

investimentos otimizados em fábricas e centros de distribuição, fluxo de

materiais, níveis de serviço ao cliente, tempos de atendimento, etc.

ERP / ERP II (Enterprise Resources Planning): Para projetar demandas e gerar

programação de compras e produção para fábricas, atacadistas e varejistas,

planos de abastecimento e redes de distribuição (DRP), avaliar capacidades de

centros de trabalho, controlar estoques, receber e processar pedidos e fazer os

demais controles administrativos, contábeis, financeiros e tributários de uma

empresa.

TMS (Transportation Management System): Sistema para administrar

relacionamentos com transportadoras, fretes, controles de roteiros de entrega,

controle de desempenho de veículos e motoristas, fazer rastreamento de

mercadorias e veículos, otimizando recursos de transportes.

WMS (Warehouse Management System): Sistema para administrar os fluxos

físicos de recebimento, armazenagem, separação e expedição de mercadorias,

definindo suas localizações dentro dos depósitos e possibilitando a automação de

suas operações através de tecnologias de código de barras, rádio freqüência,

separação automática de pedidos, etc.

MES (Manufacturing Execution Systems): Sistemas de gerenciamento da

produção.

VMI (Vendor Managed Inventory Systems): Sistemas para comunicar aos

fornecedores os níveis de estoque ou de demanda de mercadorias, baseados em

dispositivos de leitura de níveis de estoque, de fluxos de consumo ou de

transações de venda. Tais sistemas hoje já possuem comunicações eletrônicas

diretamente com sites especializados ou com os próprios sites dos fornecedores.

SCM (Supply Chain Management Systems): Tais sistemas incorporam

funcionalidades de CPFR – collaborative planning forecasting, and

replenishment, para sincronizar da melhor forma possível as demandas à cadeia

de suprimentos.

Coletores de dados: Dispositivos de leitura de dados automáticos seja através de

tecnologia de código de barras ou de rádio freqüência, para leitura de smart

labels. Facilitam operações de contagens de mercadorias e controle de

rastreabilidade.

Page 22: Sis. Logísticos - Carne

CRM (Customer Relationship Management Systems): Tais sistemas objetivam

capturar informações dos clientes / consumidores, identificando seus perfis de

compra de maneira a possibilitar maior acurácia nas previsões de demanda, na

definição dos sortimentos de produtos. Proporcionam ainda o controle de

atividades promocionais e seus impactos na demanda assim como controle de

atividades de garantia de produtos.

SRM (Supplier Relationship Management): Sistema de gerenciamento com

fornecedores, elaborando contrados, planejamento orçamentário, gerenciamento

de negociações, controle dos recebimentos das compras, aprovação e geração de

pagamentos, etc.

Com o crescimento das exportações, a cadeia de suprimentos passou a ter um

estímulo à modernização e à profissionalização, favorecendo a legalização da atividade

e a adoção de novas tecnologias, como as de rastreabilidade. Sendo assim, para a

manutenção do crescimento das exportações é fundamental que o país disponha de

tecnologias de rastreabilidade confiáveis, aspecto exigido por alguns dos maiores

importadores de carne brasileira, como a União Européia.

Neste contexto, Ferreira e Vieira (2005) afirmam que a rastreabilidade passa a ter

um papel importante como mecanismo de melhoria da coordenação na cadeia de carne

bovina. No caso da carne bovina, as tecnologias de informação existentes para

identificação são: brincos com códigos de barra, bolus (microchip implantável) e brinco

eletrônico (com etiquetas eletrônicas). Um sistema de rastreabilidade que utilize novas

tecnologias de identificação como a Identificação por Rádio Freqüência (Radio

Frequency Identification - RFID) é necessário para que se acompanhe o produto desde o

animal na propriedade em que foi criado até sua venda no varejo para os consumidores

finais.

Apesar de sua importância, as tecnologias de informação são frequentemente

difíceis de justificar seu custo, pois os benefícios de algumas destas tecnologias são

imprevisíveis. Esta falta de previsão existe devido a mudanças nas interfaces entre

softwares e hardwares (questões técnicas) e a falta de medidas para comparar o

desempenho das tecnologias de informação com as expectativas do seu mercado

(questões estratégicas).

Algumas desvantagens: os investimentos em TI (Tecnologia da Informação) não são

relacionados com a estratégia de negócios, o retorno financeiro dos investimentos em TI

é inadequado e a tecnologia é empregada cegamente, sem objetivos definidos.

Page 23: Sis. Logísticos - Carne

REFRÊNCIAS

VENDRAMETTO, O.; NETO, P. L. de O. C.; TASCHETTO, A. C. Qualidade e

logística: estratégias para melhora. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto

Alegre, RS, Brasil, 2005.

ABIEC. Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.2011.. Disponível

em: <http://www.abiec.com.br>. Acesso em Dezembro de 2013.

MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento . Disponíve em :

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SECEX. Secretaria de Comércio Exterior.Ministério da Indústria e Comércio.

Disponível em: <http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.php?area=5> . Acessado

em Dezembro de 2013.

ZUCCHI, J. D. Modelo locacional dinâmico para a cadeia agroindustrial da carne

bovina brasileira. Tese de Doutorado ESALQ. Piracicaba, 2010.

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http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/especiais/2011-receita-das-exportacoes-

brasileiras-de-carne-bovina-e-recorde-77343/

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http://pt.engormix.com/MA-pecuaria-corte/administracao/artigos/uma-analise-sobre-

logistica-t241/p0.htm

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http://www.scotconsultoria.com.br/cartas/

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http://www.scotconsultoria.com.br/carne/atacado-varejo/?ref=smnb

http://www.agroanalysis.com.br/materia_detalhe.php?idMateria=913

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carne-bovina-em-2010/BIA_12208

http://www.sebrae.com.br/setor/carne/o-setor/bovinos/mercado