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  • 8/14/2019 LOGSTICA EMPRESARIAL: um estudo do gerenciamento dos processos logsticos na Gollog base So Lus - MA

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    CENTRO DE ENSINO ATENAS MARANHENSEFACULDADE ATENAS MARANHENSE

    CURSO DE ADMINISTRAO HABILITAO EM ANLISE DE SISTEMAS

    HUGO INCIO GOMES MENDES

    MARCOS PAULO PAIVA GOMES

    PAULO LUIS CASTRO

    ROSEVANIA CARVALHO SILVA DE JESUS

    LOGSTICA EMPRESARIAL: um estudo do gerenciamento dos processos

    logsticos na Gollog base So Lus - MA.

    So Lus2009

  • 8/14/2019 LOGSTICA EMPRESARIAL: um estudo do gerenciamento dos processos logsticos na Gollog base So Lus - MA

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    HUGO INCIO GOMES MENDES

    MARCOS PAULO PAIVA GOMES

    PAULO LUIS CASTRO

    ROSEVANIA CARVALHO SILVA DE JESUS

    LOGSTICA EMPRESARIAL: um estudo do gerenciamento dos processos

    logsticos na Gollog base So Lus MA.

    Monografia apresentada ao Curso deAdministrao, com habilitao em Anlise deSistemas, da Faculdade Atenas Maranhense comorequisito para obteno do grau de Bacharel emAdministrao.

    Orientador: Prof. Ms. Gerisval Alves Pessoa

    So Lus2009

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    3/60

    HUGO INCIO GOMES MENDES

    MARCOS PAULO PAIVA GOMES

    PAULO LUIS CASTRO

    ROSEVANIA CARVALHO SILVA DE JESUS

    LOGSTICA EMPRESARIAL: um estudo do gerenciamento dos processos

    logsticos na Gollog base So Lus MA.

    Monografia apresentada ao Curso deAdministrao, com habilitao em Anlise de

    Sistemas, da Faculdade Atenas Maranhense comorequisito para obteno do grau de Bacharel emAdministrao.

    Aprovada em ____/____/____

    BANCA EXAMINADORA

    ____________________________________________Prof. Ms. Gerisval Alves Pessoa (Orientador)

    Mestre em Gesto EmpresarialFaculdade Atenas Maranhense

    ____________________________________________Examinador 1

    Faculdade Atenas Maranhense

    ____________________________________________Examinador 2

    Faculdade Atenas Maranhense

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus todo poderoso pela sade e por ter permitido a

    concluso dessa jornada durante minha temporada sobre a terra. Obrigado Senhor.

    Seria impossvel deixar de falar da minha me Maria Aparecida, que

    dedicou a vida para me ensinar a ser um homem de coragem para enfrentar a vida,

    tudo isso com muito amor. Obrigado mame.

    Agradeo a Ruth, companheira e conselheira, para arrancar motivao

    nos momentos em que faltou coragem ou que o cansao aumentou. Obrigado Ruth.

    Agradeo a equipe Paulo, Marcos e Rosevania, principalmente a Rose,

    que soube trazer a equipe para uma unio onde nada foi mais forte que a vontadede realizar esse sonho. Obrigado a vocs.

    Hugo Incio Gomes

    Quero agradecer principalmente a Deus pela fora e o nimo que Ele me

    deu durante toda a minha vida e pela concluso de mais uma etapa nesta trajetria.

    minha famlia que sempre esteve presente me apoiando e me

    educando, a meus avs que estiveram sempre me ajudando em orao.

    Agradeo a meus amigos de academia: Hugo, Paulo e Rosevania, que

    me acolheram de braos abertos na minha chegada a esta cidade.

    Daniela, uma pessoa muito especial que passou em minha vida, e

    sempre me apoiou e me incentivou em muitos dos momentos difceis dessa

    trajetria.

    A todos os professores que sempre nos ajudaram atravs de seus

    conhecimentos, dentro e fora da sala de aula. E agradeo a todos aqueles que

    contriburam direta ou indiretamente para mais esta vitria em minha vida.

    Marcos Paulo Paiva Gomes

    Primeiramente, agradeo a Deus, pois sem o poder maravilhoso e

    incomparvel Dele, nada disto se tornaria realidade.

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    minha famlia pelos ensinamentos, por terem me guiado at a

    universidade e pela fora e apoio ao longo de minha caminhada acadmica.

    Agradeo aos meus amigos Rosevnia, Hugo e Marcos Paulo, pois a

    amizade a ferramenta que nos torna forte diante dos obstculos da vida.

    minha amada namorada, por todo carinho e pacincia durante o

    desenvolvimento desta monografia.

    A todos os professores, pela compreenso, pacincia, calma e pela

    sabedoria nas sugestes e orientaes.

    Paulo Luis Castro

    Agradeo acima de tudo a Deus, meu protetor, que me guiou em todos os

    momentos e nunca me deixou esmorecer durante a longa caminhada, que foi rdua,

    mas gratificante.

    minha famlia, especialmente minha me, razo maior do meu esforo

    e dedicao, que sempre colocou meus estudos em primeiro lugar, sempre me

    mostrou a diferena que o estudo pode fazer na vida de algum, minhas irms

    Rosely, Roseny e meus irmos Mrcio e Marcos, sempre torcendo pelo meusucesso. Tambm meu marido, amigo e companheiro Jones, que sempre apoiou e

    acreditou em mim, me compreendendo, sobretudo durante os anos de academia, e

    meu filho William, minha vida, meu grande amor.

    Agradeo aos amigos e companheiros Paulo, Hugo e Marcos, pela

    compreenso, e apoio em todos os momentos.

    Aos colegas de servio, que me apoiaram, incentivaram, em especial a

    minha colega Kelly, que sempre esteve ao meu lado, me estendendo um livro amigoquando eu precisava.

    Aos colegas de faculdade que trilharam comigo esta caminhada, aos

    professores que muito me ajudaram e estiveram presente em todo o percurso.

    Rosevania Carvalho Silva de Jesus

    Nosso agradecimento especial ao nosso orientador, professor Ms.

    Gerisval Alves Pessoa, que acreditou em ns e aceitou o desafio de viver conosco

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    este momento to importante em nossas vidas, contribuindo sempre com seus

    conhecimentos, ateno e profissionalismo.

    Agradecemos tambm ao Jairo, gerente da Gollog, que esteve sempre

    disponvel para tirar nossas dvidas e fornecer todas as informaes necessrias

    para este estudo.

    E a toda as pessoas que contriburam para a construo deste trabalho.

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    A mensagem para um administrador mais bonita que j li:

    Tenho ouvido dizer a teu respeito...que a luz e o entendimento e a excelente sabedoria se acham

    em ti...tenho ouvido dizer que podes dar interpretaes e resolver

    problemas...tu sers vestido de prpura e ters uma corrente de ouro ao

    pescoo..

    Daniel 5:14

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    RESUMO

    As operaes logsticas desenvolvidas por uma organizao e o seu

    gerenciamento despertam curiosidade e chama ateno para as formas possveis

    de vencer os desafios impostos pela logstica, sobretudo, a logstica empresarial.

    Este trabalho visa realizar um estudo na empresa Gollog base So Luis MA,

    sobre a importncia do gerenciamento dos processos logsticos para desenvolver

    meios de acompanhamento local de seu desempenho, avaliando e colocando em

    prtica alternativas para que o gestor possa realizar de forma eficiente e eficaz o

    controle dos processos em questo. Trata-se de uma pesquisa descritiva que utiliza

    como meios de investigao pesquisa de campo, bibliogrfica e documental que

    demonstram indicadores possveis de serem medidos por esta organizao. So

    feitas sugestes para melhorar os ganhos em termos de competitividade,

    enfatizando os benefcios do acompanhamento de seu desempenho.

    Palavras-chave: Logstica. Logstica Empresarial. Desempenho. Indicadores.

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    ABSTRACT

    The logistics operations developed by an organization and your management takes

    arise the curiosity and he/she gets attention for the possible ways of winning the

    challenges imposed by the logistics, specially, the managerial logistics. This work

    has the goal to accomplish a study in the company Gollog headquarted in So Lus

    MA - Brazil, about the importance of the administration of the logisticsprocesses,

    to develop ways of evaluating the following up of its performance, taking in place

    practice alternatives, to accomplish in an efficient and effective way the control of

    the processes in subject. This is related to descriptive research that it uses as

    means of investigation field bibliographical and documental research that

    demonstrate possible indicators which can be measured for this organization. There

    are suggestions to improve the gains in terms of competitiveness, emphasizing the

    benefits of its performances follow up.

    Keywords: Logistics. Managerial logistics. Performance. Indicators.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Atividades logsticas na cadeia de suplementos imediata da empresa. 20Quadro 1 Atividades da logstica........................................................................... 21

    Quadro 2 Tipos de mensurao............................................................................. 25Figura 2 A integrao da logstica........................................................................ 26Figura 3 Ciclo de atividades da distribuio fsica .............................................. 28Figura 4 Experincia de tempo mdio de trnsito com cerca de 16 mil

    embarques militares e industriais por servios selecionados de

    transporte.............................................................................................. 31Figura 5 Processo logstico reverso.................................................................... 32Figura 6 Estrutura organizacional........................................................................ 39Grfico 1 Pesquisa realizada na Gollog identificando a quantidade de pedidos

    recebidos no perodo

    (disponibilidade)................................................................... 43Grfico 2 Pesquisa realizada na Gollog identificando o recebimento de produto

    de acordo com as especificaes de qualidade e validade no perodo

    (confiabilidade)...................................................................................... 44Grfico 3 Pesquisa realizada na Gollog identificando entregas realizadas com

    produtos com algum tipo de ocorrncia (Confiabilidade)....................... 44Grfico 4 Pesquisa realizada na Gollog identificando relao atendimento do

    pedido realizado produtos entregues versus produtos perdidos ouavariados (disponibilidade).................................................................... 45

    Grfico 5 Pesquisa realizada na Gollog identificando dentre as ocorrncias qual

    a mais freqente (desempenho operacional)......................................... 45Grfico 6 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houve

    extravio da carga (desempenho operacional)................................................46

    Grfico 7 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houveviolao da carga (confiabilidade)..........................................................

    46Grfico 8 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houve

    avarias da carga (desempenho operacional)......................................... 47Grfico 9 Pesquisa realizada na Gollog identificando a incidncia de

    ocorrncias em conjunto (desempenho operacional)............................47

    LISTA DE SIGLAS

    ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ANAC - Agencia Nacional de Aviao CivilANVISA - Vigilncia Sanitria (Agencia Nacional)

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    AREOPORTO - Aerdromo pblico, dotado de instalaes e facilidade para apoio

    de operaes de aeronaves e embarque e desembarque de pessoas e cargas.

    AWB - Air Waybill (conhecimento areo)

    CLM - Council of Logistics Management

    IAC - Instituto de Aviao Civil

    IATA - Associao Internacional de Transporte Areo

    ICAO - Internacional Civil Aviation (Associao dos transportadores)

    INFRAERO - Entidade que administra os aeroportos nacionais

    NR-09 - Programa de Preveno de riscos ambientais

    PER - Perecveis

    SAFETY - Segurana Operacional

    SCM - Supply Chain Management

    SEFAZ - Secretaria de Estado da Fazenda

    SESMT - Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do

    Trabalho

    TECA - Terminal de Cargas

    SUMRIO

    1 INTRODUO.................................................................................. 14

    2 LOGSTICA....................................................................................... 16

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    2.1 Origem da logstica......................................................................... 16

    2.2 Conceitos de logstica.................................................................... 17

    3 LOGSTICA EMPRESARIAL........................................................... 19

    3.1 Misso da logstica empresarial.................................................... 21

    3.1.1 Custos Logsticos.............................................................................. 22

    3.1.2 Servios Logsticos.......................................................................... 22

    3.2 Indicadores de desempenho logstico.......................................... 23

    4 LOGSTICA INTEGRADA................................................................ 26

    4.1 Distribuio fsica........................................................................... 28

    4.2 Gesto de transportes.................................................................... 29

    4.3 Logstica reversa............................................................................. 31

    5 METODOLOGIA............................................................................... 34

    5.1 Ambiente de pesquisa.................................................................... 34

    5.2 Tipo de pesquisa............................................................................. 34

    5.3 Universo e amostra da pesquisa................................................... 34

    5.4 Seleo dos sujeitos....................................................................... 34

    5.5 Instrumentos de coletas de dados................................................ 34

    5.6 Limitaes do mtodo.................................................................... 36

    6 ESTUDO DE CASO.......................................................................... 37

    6.1 Legislao ....................................................................................... 38

    6.2 Infra-estrutura.................................................................................. 38

    6.3 Estrutura Organizacional............................................................... 39

    6.4 Transporte e distribuio de cargas............................................ 39

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    6.5 Gesto da logstica......................................................................... 41

    6.6 Logstica reversa............................................................................ 42

    6.7 Indicadores de desempenho.......................................................... 42

    6.8 Resultado do estudo...................................................................... 43

    6.9 Sugestes e melhorias................................................................... 47

    7 CONCLUSO................................................................................... 49

    REFERNCIAS................................................................................. 50

    APNDICES..................................................................................... 52

    ANEXOS........................................................................................... 54

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    1 INTRODUO

    Sabendo-se que o mundo se tornou um mercado global que levou ao

    desaparecimento das fronteiras geogrficas, a expectativa que as empresas estejam

    preparadas para enfrentar as realidades desse novo desafio. Para tanto, h grande

    necessidade de pesquisas sobre gerenciamento para descoberta de melhores

    alternativas para o bom desempenho das atividades exercidas pela logstica, pois com

    o avano tecnolgico e a necessidade de melhorar a qualidade no processo logstico,

    fica claro que o gerenciamento de tal atividade fator decisivo para as empresas e

    organizaes que querem possuir diferencial competitivo.

    Para obter vantagem competitiva uma organizao deve entender o fluxo da

    movimentao da mercadoria na direo do consumidor final, o estudo da logstica

    empresarial, de como este gerenciamento pode fornecer melhor nvel de rentabilidade

    nos servios de distribuio aos clientes e consumidores, atravs de planejamento,

    organizao e controle efetivo dos processos logsticos. A empresa que deseja ter a

    logstica como competncia central de criao de valor para o cliente, deve investir e

    fazer com que esta seja a chave da sua estratgia empresarial, criando maneiras de

    diferenciar-se da concorrncia promovendo nveis de servios superiores ou ainda

    redues de custo operacional.

    Esta pesquisa visa identificar como a distribuio de mercadorias da Gollog

    base So Lus, Maranho gerenciada pois um dos desafios da administrao tem

    sido promover o gerenciamento da cadeia de distribuio de produtos e servios,

    desde o pedido at a entrega do produto ao cliente, passando por toda complexidade

    inerente a cada etapa.

    Para um gerenciamento efetivo, o gestor deve possuir informaes quepermitam medir, comparar e apontar o caminho para uma melhor performance, pois a

    medida e a avaliao do desempenho dos sistemas de logstica so indispensveis

    para controlar a utilizao dos recursos e apontar oportunidades, servindo de apoio

    para novas propostas de reduo de custos nas empresas e colaborando para mostrar

    a importncia que deve ser dada ao atendimento das necessidades dos clientes

    Gerenciar a logstica uma profisso desafiadora e estimulante. Aqueles

    que se destacam so reconhecidos e, devido importncia estratgica dodesempenho logstico, crescente nmero de executivos bem sucedidos na rea de

    14

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    logstica est sendo promovido para posies de alta gerncia (BOWERSOX; CLOSS,

    2009, p. 20).

    Busca-se, com este estudo, analisar o gerenciamento dos processos

    logsticos exercidos pela Gollog e descobrir como esta empresa determina seus

    indicadores de desempenho, bem como trazer tona propostas para contribuir para o

    crescimento desta organizao.

    Diante das consideraes supracitadas, faz-se o seguinte questionamento:

    como os processos logsticos da Gollog base So Lus MA so gerenciados e como

    medido o seu desempenho?

    Para melhor elucidar esta questo, este trabalho est estruturado em sete

    captulos, conforme discriminado a seguir:

    No primeiro captulo apresentada de forma sinttica a introduo, objetivo

    e justificativa para a questo da logstica empresarial e a motivao desta pesquisa.

    No segundo captulo trata-se de forma breve a origem e os conceitos de

    logstica.

    No Terceiro captulo abordam-se os conceitos de logstica empresarial, sua

    misso, custos logsticos, servios logsticos e indicadores de desempenho logstico.

    No quarto captulo retrata-se a logstica integrada e a distribuio fsica,

    alm da gesto de transportes e a logstica reversa.

    No quinto captulo, discorre-se sobre a metodologia aplicada para o

    desenvolvimento deste estudo.

    No sexto captulo por meio de estudo de caso apresentada a empresa

    Gollog, base So Lus, Maranho. Neste captulo possvel conhecer a sua infra-

    estrutura e a forma de gerenciamento dos seus processos, realizada tambm a

    anlise dos dados levantados, buscando-se os indicadores de nvel de servioprestado pela empresa. Tambm neste captulo so sugeridas melhorias ao processo,

    com o objetivo de contribuir para um melhor desempenho da empresa.

    No stimo captulo, o assunto concludo.

    Ressalta-se que a pesquisa apresentada possui delimitaes, uma vez que

    foi aplicada apenas na esfera da empresa em estudo, no se atendo investigao

    com o cliente final. Esta restrio, no entanto, possibilita uma abertura para estudos

    futuros na rea, cuja abrangncia investigativa maior pode vir a complementar o temaora pesquisado.

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    2 LOGSTICA

    A logstica um campo relativamente novo, embora esta atividade h muito

    seja desenvolvida pelo homem. Por ser uma rea que envolve operaes complexas e

    devido a sua particularidade geogrfica caracterstica, seu processo est sempre se

    renovando e a implementao das melhores prticas logsticas tornou-se uma das

    reas mais desafiadoras e interessantes da administrao nos setores privado e

    pblico, (BOWERSOX; CLOSS, 2009 p. 19).

    2.1 Origem da logstica

    Segundo Lalonde (1969, apud POZO, 2002, p. 15), a palavra logstica

    deriva do grego e significa "a arte de calcular". A logstica existe desde o incio da

    civilizao, mas teve a sua interpretao inicial ligada a rea militar, devido s

    estratgias utilizadas pelos generais para deslocar suas tropas, as munies,

    equipamentos e at a assistncia aos feridos, para o campo de batalha, garantindo

    que os recursos estariam no local certo e na hora certa.

    Apesar da utilizao e reconhecimento da logstica pelos militares, as

    vantagens da integrao destes processos no eram conhecidas. Na dcada de 40

    havia poucos estudos sobre o tema, sendo apenas a partir das dcadas de 50 e 60

    que as empresas comearam a demonstrar preocupao com a satisfao do cliente,

    dando origem a logstica empresarial, e de acordo com Ballou (1993, p. 30-31) 4

    condies motivaram esta mudana: alteraes nos padres e atitudes da demanda

    dos consumidores; presso por custos nas empresas; avanos na tecnologia de

    computadores e a experincia militar. Os anos 70 vieram e vrios fatores afetaram aeconomia dos EUA, e em seguida, a economia mundial (BALLOU, 1993), e as funes

    logsticas foram mais afetadas que as outras reas da empresa, pois os custos com

    suas operaes tornaram-se mais elevados, fazendo com que os assuntos logsticos

    tornassem-se relevantes para a alta administrao. Este cenrio levou os empresrios

    a colocar em prtica conceitos formulados durante anos de desenvolvimento,

    conceitos trazidos pela produo enxuta, como o Kanban e Just-in-time.

    Segundo Razzolini (2008), os anos 80 retomam com maior nfase o foco nomercado e d-se incio a viso da cadeia de suprimentos que estimulada pela

    globalizao e avanos na tecnologia da informao (TI), passou a ter um

    16

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    desenvolvimento revolucionrio. Da dcada de 90 at os dias atuais, a logstica s

    avanou, apresentando uma viso mais estratgica, passando a ser vista como

    elemento diferenciador para a organizao e o surgimento do conceito de Supply

    Chain Management (SCM) e a utilizao das ferramentas disponibilizadas pela

    tecnologia da informao fizeram melhorar o desempenho do gerenciamento da

    logstica.

    No Brasil, a exploso do mercado internacional, a estabilizao econmica

    produzida pelo real e as privatizaes foram as causas que mais colaboraram para o

    crescimento do setor. De acordo com Lima (2000, p.19), entre 1994 e 1997, o

    comrcio exterior brasileiro pulou de um volume de aproximadamente US$ 77 bilhes

    para cerca de US$ 115 bilhes, ou seja, cresceu 50% em apenas 3 anos.

    Discorrendo pela trajetria do crescimento da logstica ao longo dos tempos,

    verifica-se que o mercado atualmente exige muito mais agilidade e flexibilidade por

    parte das empresas e que esta exigncia levou as organizaes a buscarem a

    integrao dos processos logsticos, para que possam atender melhor aos mercados

    onde atuam. Essa integrao no aconteceu por acaso, mas sim por exigncia do

    mercado.

    2.2 Conceitos de logstica

    A logstica teve a sua definio inicial intimamente ligada a rea militar e foi

    a partir de ento que veio a tona seu reconhecimento, mas ao longo do tempo seu

    conceito foi se ampliando e sua aplicabilidade na rea empresarial tornou-se essencial.

    Atualmente, vrios autores discorrem sobre sua definio.

    Logstica o fluxo de processos e informaes para garantir os produtos nolocal necessrio na hora desejada, desde os armazns e centros de distribuio at os

    clientes. Segundo o Council of Logistic Management (CLM) (1991 apud BALLOU,

    2006, p.27):

    Logstica o processo de planejamento, implantao e controle do fluxoeficiente e eficaz de mercadorias, servios e das informaes relativas desde oponto de origem at o ponto de consumo com o propsito de atender sexigncias dos clientes.

    17

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    Segundo Bowersox e Closs (2009, p.19), O objetivo da logstica tornar

    disponveis produtos e servios no local onde so necessrios, no momento em que

    so desejados.

    Novaes (2001) explica que a Logstica moderna procura coligar todos os

    elementos do processo prazos, integrao de setores da empresa e formao de

    parcerias com fornecedores e clientes para satisfazer as necessidades e

    preferncias dos consumidores finais.

    De acordo com o Dicionrio Aurlio, logstica :

    [...] parte da guerra que trata do planejamento e da realizao de: projeto e

    desenvolvimento, obteno, armazenamento, transporte, distribuio,reparao, manuteno e evacuao de material (para fins operativos ouadministrativos.

    O conceito de logstica est em constante evoluo, acompanhando a

    evoluo da tecnologia das organizaes.

    18

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    3 LOGSTICA EMPRESARIAL

    A integrao de todas as atividades envolvidas na logstica constitui a

    logstica integrada e embora essa integrao das operaes seja um passo para o

    alcance do bom desempenho necessrio que a logstica seja administrada, a partir

    desta integrao necessrio o gerenciamento da logstica.

    A logstica empresarial trata de todas atividades de movimentao earmazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisioda matria-prima at o ponto de consumo final, assim como dos fluxos deinformaes que colocam os produtos em movimento, com o propsito deprovidenciar nveis de servio adequados aos clientes a um custo razovel.

    (BALLOU, 1993, p. 24).

    A logstica empresarial o gerenciamento da integrao de todas as etapas

    do processo logstico que facilitam o fluxo dos produtos desde o ponto de aquisio at

    o ponto de consumo final. Trabalha com ampla abrangncia de processos que vo

    desde o recebimento de pedidos at a entrega do pedido e s termina quando o cliente

    atendido. Por possuir uma caracterstica geogrfica dispersa, a maior parte de suas

    operaes ocorre sem a superviso direta do gestor. Devido a esta particularidade,

    todas as pessoas ligadas ao trabalho de logstica, independente da especialidade,

    precisam ter conhecimento bsico da importncia que a sua tarefa tem para o bom

    desempenho do processo como um todo. Um dos desafios do gerenciamento logstico

    fazer essa integrao, mostrando como funes especficas esto ligadas entre si e

    que a atividade no acaba em si mesma, e neste sentido, Lima (2000, p.35) afirma

    que:

    Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a logstica deve ser tratadacomo um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados,trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivocomum. Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistematem, em princpio, efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema.

    Esta viso tambm compartilhada por Novaes (2001, p.14):

    Na nova conceituao de cadeia varejista, todo o processo logstico, que vaida matria-prima at o consumidor final, hoje considerado uma entidadenica, sistmica, em que cada parte do sistema depende das demais e deveser ajustado visando o todo.

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    Uma empresa que deseja alcanar vantagem competitiva tem como

    estratgia adotar a criao de valor para o cliente. A empresa que opta por adotar a

    logstica como competncia para a criao de valor precisa ter esse diferencial como

    foco em sua estratgia e para tanto, deve ser administrada como competncia central,

    para obter excelncia e convencer o cliente de que a melhor opo. O desafio

    equilibrar as expectativas de servios e os gastos de modo a alcanar os objetivos do

    negcio.

    Toda organizao trabalha direta ou indiretamente com logstica,

    indiferentemente o objetivo do negcio. De acordo com Ballou (2006, p.45), seja qual

    for a perspectiva a partir da qual se examina a questo custo, valor para os clientes,

    importncia estratgica para a misso da empresa a logstica vital. O autor

    defende ainda que as atividades logsticas a serem desenvolvidas variam de acordo

    com o negcio da empresa, e que logstica tambm pode ser definida como a

    integrao da administrao de materiais com a distribuio fsica, isto , as duas

    grandes etapas do processo logstico so:

    Abastecimento fsico (gerncia de materiais);

    Distribuio fsica.

    Essas etapas podem ser divididas nas seguintes atividades dentro do

    escopo da logstica empresarial conforme figura a seguir:

    Logstica empresarial

    Abastecimento fsico Distribuio fsica(gerncia de materiais)

    Fontes deabastecimento

    Fbricas/operaes Clientes

    Transporte TransporteManuteno de estoques Manuteno de estoquesProcessamento de pedidos Processamento de pedidasCompras Programao de produtosEmbalagem preventiva Embalagem preventivaArmazenamento ArmazenamentoControle de materiais Controle de materiaisManuteno de informaes Manuteno de informaesProgramao de suprimentos

    Figura 1 - Atividades logsticas na cadeia de suprimentos imediata da empresaFonte: (BALLOU, 2006, p. 31)

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    Podemos observar que as atividades referentes s duas grandes etapas do

    processo logstico so semelhantes, com a diferena de o abastecimento fsico lidar

    com matrias-primas e a distribuio fsica lidar com produtos acabados.

    Estas atividades podem ainda ser divididas em atividades-chave e

    atividades de suporte (BALLOU, 2006), sendo que a primeira destaca-se por ser

    crtica, de acordo com o canal de distribuio, e por integrarem maior parcela do custo

    logstico para empresa, sendo fundamentais para o cumprimento da sua misso. As

    atividades de suporte, como o prprio nome sugere, do apoio as atividades-chave

    para que estas atinjam o objetivo da organizao.

    De acordo com Ballou (2006, p. 31), as atividades-chave e de suporte so

    conforme listadas abaixo:

    ATIVIDADES-CHAVE ATIVIDADES DE SUPORTE

    Servio ao cliente padronizado Armazenagem

    Manuseio de Materiais

    Compras

    Gerncia de estoques Embalagem protetora

    Cooperao com produo/operao

    Manuteno de informaes

    Fluxo de informao e processamentode pedidos

    Transporte

    Quadro 1 - Atividades da logsticaFonte: (BALLOU, 2006)

    3.1 Misso da logstica empresarial

    A misso do gerenciamento logstico planejar e coordenar todas as

    atividades necessrias para alcanar nveis desejveis dos servios e qualidade ao

    custo mais baixo possvel. Segundo Ballou (1993, p.23):

    A logstica empresarial associa planejamento e gerenciamento dos fluxos debens e servios e da informao associada que o pe em movimento (...), ouseja, sua misso colocar a mercadorias ou os servios certos no lugar e noinstante corretos e na condio desejada, ao menor custo possvel.

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    Portanto, a logstica deve ser vista como o elo entre o mercado e a atividade

    operacional da empresa, vencendo tempo e distncia para entregar bens ou servios

    de forma eficiente e eficaz.

    3.1.1 Custos Logsticos

    Os custos so na atualidade um dos maiores desafios a serem enfrentados

    pelos gestores, pois, segundo Lima (2000), cada vez mais os clientes exigem maior

    nvel de servio, mas no esto dispostos a pagar mais por isso.

    O preo est passando a ser um qualificador, e o nvel de servio, umdiferenciador, perante o mercado. Assim, a logstica ganha a responsabilidadee agregar valor ao produto por meio do servio por ela oferecido. (LIMA, 2000,p.251)

    Segundo Ballou (1993, p. 78), os custos afetam o nvel de servio, uma vez

    que, custos logsticos tendem a aumentar com taxas crescentes medida que nvel de

    servio empurrado para nveis mais altos. Sendo assim, quanto maior o nvel de

    servio maior ser o custo para o cliente. Um exemplo disso a concentrao de

    produo e armazenagem, onde em decorrncia da necessidade de reduzir custos, as

    empresas tm pensado e investido em fbricas para propiciar o crescimento da

    produo de um conjunto reduzido de produtos, numa nica planta, com o objetivo de

    obter economias de escala e centralizando estoques visando reduo dos nveis de

    estoque.

    Em conseqncia dessa concentrao pode-se tambm induzir: o

    crescimento dos custos logsticos, pelo aumento das distncias e a reduo do nvel

    de atendimento ao cliente, em funo do afastamento dos mercados. Portanto, nessas

    circunstncias torna-se necessrio um grande esforo para oferecer ao cliente um

    diferencial, que pode ser obtido atravs da administrao logstica.

    3.1.2 Servios Logsticos

    O resultado de todo o esforo logstico o servio ao cliente. De acordo

    com Razzolini (2008), os produtos podem ter um valor limitado com relao ao seupreo de venda, mas dependendo da necessidade do consumidor, pode apresentar

    grande valor. Baseado nisso, o desafio logstico atender necessidade do cliente de

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    forma rpida, e para tanto, as empresas podem contar com o apoio da tecnologia da

    informao e apresentar caractersticas bsicas de flexibilidade, agilidade e rapidez.

    Para apresentar tais caractersticas e garantir a qualidade do fluxo de bens

    e servios necessrio que haja um gerenciamento chamado nvel de servio.

    Segundo Ballou (1993, p. 73), nvel de servio o desempenho oferecido pelos

    fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos.

    Segundo Bowersox e Closs (2009), o nvel de servio bsico pode ser

    atingido considerando as seguintes premissas:

    I) disponibilidade: capacidade de ter o produto para atender o cliente no

    momento em que este necessitar. Para Lavalle (2003, p. 155) a

    dimenso mais importante do servio ao cliente, uma vez que receber e

    aceitar um pedido, mas no realizar a entrega, pode ser encarado como

    um modo eficiente de oferecer o cliente aos concorrentes;

    II) desempenho operacional: medido pelo ciclo de atividades, tempo

    decorrido entre o pedido, gerao da ordem de compra e a sua entrega, o

    desempenho pode ser determinado pela velocidade na entrega,

    consistncia das informaes, flexibilidade para atender pedidos

    inesperados e planos de contingncia para recuperar as possveis falhas

    no servio. Visa atender o cliente no prazo esperado.

    III) confiabilidade: capacidade de manter disponibilidade de produto e

    desempenho operacional planejados. Manter as informaes sobre o

    pedido atualizadas e a disposio do cliente fator to importante quanto

    a entrega do pedido. A organizao que deseja possuir um desempenho

    de alto nvel deve apurar e medir os erros, transformando em informaes

    que possibilitem a sua melhoria continua.Lima (2000, p.146) observa que nvel de servio um importante indicador

    como um todo e devido sua importncia, deve ser monitorado constantemente. O

    desafio saber como medir.

    3.2 Indicadores de desempenho logstico

    No cenrio mundial atual, as empresas esto mais conscientes de que no

    possvel atender s expectativas de nvel de servio dos clientes e ao mesmo tempo,

    satisfazer os objetivos de custo da organizao sem trabalhar de forma coordenada

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    com outros integrantes da cadeia de suprimentos (FLEURY E LAVALLE, 2000). Os

    indicadores logsticos so instrumentos que auxiliam no monitoramento da eficincia e

    eficcia das atividades logsticas internas e externas organizao, com o objetivo de

    maximizar os lucros, reduzir perdas e melhorar a relao com clientes e fornecedores.

    Assim, os indicadores logsticos, segundo Ballou (2006, p. ) servem para

    encontrar uma mensurao com abrangncia suficiente para garantir uma avaliao

    efetiva do desempenho da logstica.

    A busca por eficincia tem como pr-requisito a alta qualidade dos servios

    prestados ao cliente final (FLEURY E LAVALLE, 2000 apud NGELO, 2005). Na

    atualidade a busca por qualidade nos servios e nas relaes empresariais fator

    preponderante para competitividade, e os indicadores logsticos so essenciais para

    fazer disso uma realidade, tornando-se uma ferramenta estratgica para tomada de

    deciso.

    Os indicadores de desempenho logstico monitoram a qualidade das

    atividades logsticas internas executadas na empresa ou a de seus fornecedores.

    Quanto ao mbito, podem ser (NGELO, 2005):

    a) Interno: os indicadores internos monitoram o desempenho dos processos

    internos empresa. Ex.: ruptura de estoque, pedidos perfeitos, tempo de ciclo

    do pedido, estoque disponvel para venda, giro de estoque, pedidos por hora,

    custo por pedido, tempo de permanncia do veculo de transporte, coletas no

    prazo e capacidade de carga de caminhes.

    b) Externo: os indicadores externos monitoram a performance dos servios

    prestados pelos fornecedores da empresa. Ex.: entregas realizadas dentro do

    prazo, tempo de ressuprimento do fornecedor, entregas devolvidas parcial ou

    integrais, atendimento do pedido realizado, recebimento de produtos dentro dasespecificaes de qualidade

    O processo de mensurao para garantir uma correta avaliao do nvel de

    servio um processo trabalhoso, tendo em vista a ampla variedade dos servios. De

    acordo com Ballou, (2006, p. 112) o servio ao cliente pode ser igualmente medido em

    termos de cada atividade logstica. As mensuraes mais comuns de acordo com o

    autor so conforme quadro 02, a seguir:

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    Quadro 2- Tipos de MensuraoFonte: (BALLOU, 2006, p.112)

    Evidentemente, dentro de uma organizao existem vrios processos

    logsticos, tornando invivel o acompanhamento de todos atravs de indicadores,

    devido grande dificuldade na coleta de tantos dados, podendo afetar negativamente o

    processo de tomada de deciso, tendo um efeito contrrio sua criao. Desta forma,

    cabe a cada empresa medir o desempenho daqueles processos chave para o seusucesso e de seus clientes.

    PROCESSO MENSURAO

    Processamento depedidos

    Tempo mnimo, mximo, mdio de processamento de pedidosPercentual de pedidos processados nos prazos determinados

    Acurcia na

    documentao dospedidos Percentagem de documentos contendo erro

    TransportePercentagem de entregas no prazoPercentagem de pedidos entregue na data estabelecidaDanos e reclamaes de prejuzos como percentagem do frete

    Disponibilidade deprodutos e estoque

    Percentagem de artigos em falta no estoquePercentagem de pedidos atendidos completamentendice de atendimento e de atendimento mdio ponderado dospedidosPercentual mdio de itens de pedidos em atrasondice de atendimento dos itens

    Produtos

    danificados

    Nmero de devolues em relao ao total dos pedidos

    Valor das devolues em relao s vendas totaisTempo de

    processamento daproduo/armazm

    Tempo mnimo, mximo e mdio de processamento dos pedidos

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    Fornecedores

    Fluxo de materiais

    Distribuiofsica

    Fluxo de informaes

    Clientes SuprimentoApoio manufatura

    4 LOGISTICA INTEGRADA

    O conceito de logstica integrada surgiu no incio dos anos 80 trazido pelo

    movimento de qualidade total e produo enxuta e evoluiu rapidamente nos anos

    seguintes, estimulado principalmente pela revoluo tecnolgica e pela cobrana do

    mercado por um melhor desempenho em servios de distribuio. Logstica Integrada

    o conjunto das atividades logsticas executadas de forma a atingir um objetivo

    comum, conforme Lima (2000, p. 35):

    Para que seja gerenciada de forma integrada, a logstica deve ser tratadacomo um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados,trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivocomum. Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistematem, em princpio, efeito sobre outros componentes do mesmo sistema.

    Para Bowersox e Closs (2009, p. 43), a logstica integrada a integrao

    de todas as funes e atividades envolvidas na logstica. Na figura 2 pode-se observar

    melhor este conceito, que ilustrado na rea sombreada:

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    Figura 2 - A integrao da logsticaFonte: (BOWERSOX E CLOSS, 2009, p. 43).

    Dentro deste contexto, est a rea de distribuio fsica, que ser tratada

    pormenorizadamente mais adiante, devido sua relevncia para este estudo.

    Bowersox e Closs (2009, p.43) afirmam ainda que a logstica vista como

    a competncia que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores, onde as

    informaes recebidas de clientes e sobre os mesmos transitam na empresa e passam

    a planos de compra e produo, que ao ter seu suprimento de produtos e materiais

    disponveis, seguem um fluxo de bens de valor agregado at a sua transformao em

    produtos acabados para o cliente.

    Historicamente, a tradio logstica sempre foi a fragmentao, tornando o

    processo de implementao da logstica integrada difcil e complexo, apesar do ganho

    com a sua aplicao. Tentar aperfeioar os processos agindo de forma isolada

    prejudica o desempenho do fluxo logstico, levando todo o sistema a uma

    subutilizao. Tal prtica chamada de trade-off, ou princpio das compensaes ou

    perdas e ganhos.

    A integrao dos processos logsticos pode dar-se atravs da integrao

    interna e externa, conforme Fleury (2000, p. 37):

    a) Integrao interna o gerenciamento integrado dos processos

    logsticos para que as organizaes possam atingir a excelncia

    operacional a um baixo custo. Para isso necessrio conhecer bem os

    trade-offs de cada processo para que as decises possam ser tomadas

    de forma integrada.

    b) Integrao externa o desenvolvimento de relacionamentos

    cooperativos com os diversos integrantes da cadeia de suprimentos, com

    o objetivo de trocar informaes, reduzir custos, eliminar duplicidades,

    acelerar o aprendizado e atender melhor ao cliente.

    Neste sentido surgiu o conceito de Supply Chain Management (SCM) ou

    gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (CGS), pois embora a integrao da

    logstica seja fundamental para o sucesso da mesma, no suficiente para garantir

    que a empresa alcance o desempenho esperado, sendo uma expresso recente e queaborda a essncia da logstica integrada indo alm, conforme afirma Ballou (2006, p.

    29):

    27

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    O gerenciamento da cadeia de suprimentos destaca as interaes logsticasque ocorrem entre as funes do marketing, logstica e produo no mbito deuma empresa, e dessas mesmas interaes entre as empresas legalmente

    separadas no mbito do canal de fluxo de produtos.

    No Brasil, o SCM comeou a ser reconhecido no final da dcada de 90,

    impulsionado pelo movimento da logstica integrada e pela revoluo da tecnologia da

    informao, que proporcionou condies excelentes para a implementao de

    processos eficientes de coordenao. O SCM tornou-se conhecido por este esforo

    de coordenao nos canais de distribuio, por meio da integrao de processos de

    negcios que interligavam seus integrantes, o elemento diferenciador da logstica,

    por identificar e explorar novas vantagens competitivas, atravs da integrao de fluxo

    de materiais e informaes dentro e fora das organizaes (LIMA, 2000). Por meio

    dessa ferramenta de gerenciamento dos processos da cadeia de suprimentos, a

    organizao tende a tornar-se mais competitiva, assegurando um bom nvel de servio

    aos clientes.

    Embora seja enorme o potencial de reduo de custos na cadeia, um

    conjunto de profundas mudanas precisa ser realizado, pois apesar das vantagens,

    poucas so as empresas que conseguem implantar o SCM com sucesso. Segundo

    Lima (2000, p. 48), as razes so: a falta de profissionais capacitados para operar com

    base nos novos requisitos do SCM,e a dificuldade da implantao do conceito, pois

    uma abordagem que exige mudanas profundas nas prticas j existentes.

    Implantar o SCM uma operao desafiadora, mas muito oportuna para o

    momento atual, onde a reduo de custos pode ser o diferencial para as empresas

    sobreviverem em um mercado competitivo.

    4.1 Distribuio fsica

    o segmento da logstica que movimenta as mercadorias desde a

    manufatura at o consumidor final. Conforme Novaes (2001, p. 107) distribuio fsica

    trata-se de processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos

    desde o ponto de fabricao, at o ponto em que a mercadoria finalmente entregue

    ao consumidor. Para efetuar estas entregas, a distribuio fsica obedece a um ciclode atividades (LACERDA, 2003), conforme apresentado na figura 3 a seguir:

    28

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    Figura 3 - Ciclo de atividades da distribuio fsicaFonte: (LACERDA, 2003, p.198)

    A distribuio fsica um processo de grande influncia para o sistema

    logstico, a distribuio de materiais digna de grande ateno em uma organizao

    que busca obter a maior satisfao do cliente, alm de reduzir os custos e aumentar os

    lucros. Um projeto de distribuio de mercadorias e servios bem elaborados e

    alinhados com os respectivos cenrios que envolvem a rede logstica pode ser fator

    diferencial no mundo atual onde as fronteiras deixaram de existir, abrindo espao para

    um comrcio ou uma negociao de produtos e servios de todos os gneros e tipos, o

    exemplo para tal afirmativa a matria prima que sai do ocidente e chega ao oriente

    para ser transformada em produto acabado, retornando ao lugar de origem para

    satisfazer as necessidades do consumidor final. Para Bowersox e Closs (2009, p.44):

    A rea de distribuio fsica trata da movimentao de produtos acabados paraentrega aos clientes. Na distribuio fsica, o cliente o destino final doscanais de marketing. A disponibilidade do produto parte vital do trabalho demarketing de cada participante do canal.

    Para a distribuio fsica ocorrer imprescindvel uma boa localizao dos

    seus centros distribuidores. Anteriormente era considerado indispensvel que uma

    empresa estivesse instalada no local de distribuio de seu produto, porm, com o

    avano da tecnologia da informao, e transportes mais adequados proporcionando

    maior rastreabilidade das cargas, possvel o centro de distribuio estar localizado

    de forma flexvel, em locais mais estratgicos, neste sentido, afirmam Bowersox e

    Closs (2009, p.415) que uma empresa pode contar com sofisticados instrumentos

    analticos associados a teorias slidas capazes de orientar a seleo de localizao de

    fbricas, proporcionando vantagens econmicas e competitivas.

    4.2 Gesto de transportes

    29

    PROCESSAMENTODO PEDIDO

    TRANSFORMAODO PEDIDO

    CLIENTE

    CARREGAMENTO TRANSPORTE ENTREGA

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    O transporte , para a maioria das empresas, o mais importante dos

    processos logsticos, tanto pela quantidade e valor dos recursos que consome, como

    por movimentar materialmente produtos de um ponto a outro. a parte mais visvel da

    logstica, pois a entrega das mercadorias efetiva a finalidade dos processos. No Brasil,

    as primeiras manifestaes de atividades logsticas se deram na Distribuio Fsica de

    Produtos, processo no qual o transporte adquire uma dimenso significativa - e

    considerando o Brasil um pas com dimenses continentais, d uma importncia ainda

    maior ao papel do transporte (TABOADA, 2002).

    A gesto de transportes parte essencial de um sistema logstico. Utiliza

    grande nmero de ativos, que se encontram dispersos geograficamente, o que torna a

    gesto de transportes ainda mais complexa. Essa gesto parte integrante de sistema

    logstico tambm responsvel pelos fluxos de matria-prima e produto acabado e

    todos os processos da cadeia, trabalhando com vrios integrantes da cadeia de

    suprimentos (produtores, distribuidores, varejistas e consumidores) e, satisfazendo,

    tambm, as necessidades de seus participantes. A gesto de transporte, alm de ser

    considerada como a responsvel por grande parcela dos custos logsticos totais, tem

    grande importncia e pode facilitar o imprescindvel movimento de mercadorias. Ballou

    (1993, p. 24) defende que:

    [...] essencial, pois nenhuma firma moderna pode operar sem providenciar amovimentao de suas matrias-primas ou de seus produtos acabados dealguma forma. Sem transporte, o produto no chega ao cliente, podendodeteriorar-se ou tornar-se obsoleto.

    De acordo com a Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), orgo

    regulamentador dos transportes no Brasil, existem basicamente cinco modalidades de

    transporte de cargas e cada uma tem sua caracterstica prpria:a) Dutovirio extremamente limitado, embora seja uma das formas mais

    econmicas de transporte para grandes volumes, principalmente de leo, gs

    natural e derivados, especialmente quando comparados com os modais

    rodovirio e ferrovirio.

    b) Ferrovirio meio utilizado para longas distncias e baixa velocidade, mais

    empregado no transporte de matrias-primas (minrio, madeiras, produtos

    qumicos) e produtos manufaturados de baixo custo, como alimentos e papel.As ferrovias oferecem vrios servios, dentre eles, a carga e descarga parciais

    entre a origem e o destino, por exemplo.

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    c) Aerovirio o grande atrativo do transporte areo a sua rapidez, incomparvel

    dos outros modais. Por outro lado, o seu custo proporcional, muito elevado,

    para Bowersox e Closs (2006, p. 155) suas taxas so mais de duas vezes

    superiores s do transporte rodovirio e 16 vezes mais caras que a do

    transporte ferrovirio.

    d) Aquavirio possui escopo de servios muito limitado. O tempo para transporte

    e entrega de produtos chega a ser inferior ao modal ferrovirio. A sua vantagem

    est no fato de poder transportar grandes volumes e o custo no ser muito

    elevado;

    e) Rodovirio utiliza o servio porta-a-porta, isto , sem a necessidade de carga

    e descarga entre origem e destino obrigatoriamente. Possui maior a freqncia

    entre os modais, alm de grande disponibilidade, velocidade e comodidade

    inerentes ao servio porta-a-porta.

    Estudos realizados por Piercy (1977 apud BALLOU, 2006, p.152), com mais

    de 16 mil carregamentos militares e industriais por servios selecionados de transporte

    apontam para o desempenho de transportadores que utilizaram os modais mais

    comuns: areo, ferrovirio e rodovirio. A figura 4 mostra a relao entre a distncia e

    o tempo mdio de trnsito, onde pode-se observar claramente a vantagem do frete

    areo sobre os demais, quando considerado o tempo de entrega:

    Figura 4 - Experincia de tempo mdio de trnsito com cerca de 16 mil embarques militares

    e industriais por servios selecionados de transporte.Fonte: (PIERCY, 1977 apud BALLOU, 2006, p.152),

    31

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    Desta forma, a atividade de transporte possui diversos atributos de

    desempenho que so passveis de quantificao (freqncias, distncias percorridas,

    nmero de transferncias), e sujeitos a alteraes em face da percepo dos usurios

    (tempo de viagem e tempo de espera). A fim de gerenciar efetivamente suas

    operaes, o prestador de servio de transporte precisa entender as interaes entre

    os elementos essenciais do sistema de distribuio e ter em mente as exigncias do

    mercado, para que possa desempenhar seu papel de forma competitiva.

    4.3 Logstica reversa

    O processo logstico nem sempre termina com a entrega do produto ao

    consumidor final, muitas das vezes, por algum motivo, os bens e/ou materiais retornam

    empresa seguindo etapas do ciclo reverso. Neste sentido, originou-se a logstica

    reversa, ou logstica verde, que tambm reflete uma preocupao na atualidade com o

    meio ambiente. Leite (2003, p. 16), conceitua:

    Logstica reversa como a rea da logstica empresarial que planeja, opera e

    controla o fluxo e as informaes logsticas correspondentes, de retorno dosbens de ps-venda e de ps-consumo ao ciclo de negcios ou ao cicloprodutivo, por meio dos canais de distribuio reversos, agregando-lhes valorde diversas naturezas: econmico, ecolgico, legal, logstico, de imagemcorporativa, entre outros.

    A logstica reversa no nenhuma novidade e pode-se citar como exemplos

    o fabricante de bebidas que precisa gerenciar o fluxo de retorno de garrafas at o

    ponto de origem, o uso de sucata como insumo na produo e reciclagem de vidro,

    que tm sido praticados h um bom tempo. Por outro lado, tem-se notado que o

    conceito tornou-se mais abrangente e a escala das atividades de reciclagem e

    reaproveitamento dos produtos e embalagens aumentou extraordinariamente nos

    ltimos anos. Alguns fatores contriburam para isso, como: maior interesse por

    questes ambientais, legislao ambiental, reduo de custos por meio de reutilizao

    de materiais, tornar-se diferencial de servio ou de imagem, estar frente da

    concorrncia (Lacerda, 2003). O processo logstico reverso pode ser melhor

    compreendido se visualizado na figura 5, abaixo:

    32

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    33/60

    Figura 5 - Processo logstico reversoFonte: (LACERDA, 2003, p. 3).

    Leite (2003, p. 33) afirma que a preocupao principal da logstica reversa

    o equacionamento dos processos e caminhos percorridos por esses bens ou por

    seus materiais constituintes aps o trmino de sua vida til.

    Distribuio reversa de ps-venda so canais constitudos de diversas e

    infinitas formas para retorno de um produto, com ou sem uso, seguindo um fluxo

    inverso, do consumidor ao fornecedor ou fabricante, muitas vezes devido a problemas

    de qualidade do produto ou processos comerciais entre empresas e retornando ao

    ciclo de negcios de alguma forma. (LEITE, 2003).

    Esses produtos passam por processos de conserto ou reforma, para que

    depois possam retornar para o mercado conhecido como secundrio, agregando

    novamente valor comercial, conforme mostra Leite (2003, p. 206)

    Logstica reversa de ps-venda a especfica rea de atuao da logsticareversa que se ocupa do planejamento, da operao e do controle do fluxofsico e das informaes logsticas correspondentes de bens de ps-venda,sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aosdiferentes elos da cadeia de distribuio direta.

    Empresas que adotam este posicionamento como estratgia, exigem de

    seus parceiros, rede de fornecedores e clientes, um comportamento tico e

    responsvel ambientalmente, buscando sempre o desenvolvimento sustentvel, que

    segundo a ONU, diz ser aquele que atende s necessidades presentes sem

    comprometer a possibilidade de as geraes futuras atenderem s suas prprias

    necessidades. Leite (2003, p. 139) defende que as novas condies de sensibilidade

    ambiental se refletiro em novos posicionamentos estratgicos nas organizaes, por

    instinto de conservao ou esprito proativo.

    33

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    5 METODOLOGIA

    Com o objetivo de desenvolver a pesquisa proposta de forma clara foram

    aplicadas tcnicas de pesquisa com base em Vergara (2007). Dentre s tcnicas

    escolhidas, foram citados o estudo detalhado dos processos que envolveram o

    gerenciamento da logstica e informaes sobre os indicadores que permitiram medir o

    desempenho da logstica. Para isso foram utilizadas reviso de literatura, coletas e

    anlise de dados obtidos.

    5.1 Ambiente de pesquisa

    O ambiente escolhido para aplicao da pesquisa foi a empresa GOLLOG,

    do ramo logstico de Transporte de carga no modo areo. A empresa localiza-se naTravessa Riachuelo, N03, bairro do Tirirical, na cidade de So Lus, Estado do

    Maranho.

    5.2 Tipo de pesquisa

    Segundo Vergara, (2007, p. 47), H vrios tipos de taxionomias de tipos de

    pesquisa, propondo dois critrios como bsicos, conforme expostos a seguir:Quanto aos meios de investigao, a pesquisa classificada em:

    34

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    a) Pesquisa de campo na viso de Vergara (2007, p. 48), este tipo

    de anlise realizada de forma emprica no lugar onde acontece o

    fato, ou naquele que possui componentes que podem recri-lo. O

    local onde foi aplicada a pesquisa de campo foi a empresa

    GOLLOG, por meio de entrevista e aplicao de questionrio.

    b) Documental - visando atender aos objetivos propostos, foram

    analisadas informaes referentes empresa estudada, onde so

    consideradas as informaes disponveis em sites, documentos e

    demais fontes que se destinam explicao do tema pesquisado.

    c) Bibliogrfica - foi realizada em documentos que referenciam a rea

    de Logstica Empresarial, tais como livros, revistas e publicaes.

    d) Estudo de caso este estudo teve como objetivo reunir informaes

    sobre o tema proposto e analisar como a empresa GOLLOG,

    trabalha o gerenciamento dos processos logsticos e a anlise de

    seus indicadores de desempenho, pois, segundo Vergara (2007, p.

    49), o estudo de caso o circunscrito a uma ou poucas unidades,

    entendidas essas como pessoa, famlia, produto, empresa, rgo

    pblico, comunidade ou mesmo pas.

    Quanto aos fins, a pesquisa de carter descritivo, tomando como base

    Vergara (2007, p. 47) onde afirma que a pesquisa descritiva expe caractersticas de

    determinada populao ou de determinado fenmeno. O presente estudo tem o

    objetivo de trabalhar o estudo sobre o gerenciamento dos processos logsticos da

    Gollog, base So Lus - MA. Tambm se pode considerar como pesquisa explicativa,

    onde o principal objetivo tornar algo compreensvel, justificando as razes da

    existncia de determinados fatores.

    5.3 Universo e amostra da pesquisa

    De acordo com Vergara (2007, p. 50), o universo toda a populao, ou

    seja, um conjunto de elementos que possuem as caractersticas que sero estudadas.

    No caso presente, o universo da pesquisa composto pela empresa que

    atua no ramo da logstica e desenvolve o gerenciamento dos processos logsticosatravs da Logstica Empresarial, a GOLLOG.

    35

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    5.4 Seleo dos sujeitos

    Para Vergara (2007, p. 53), sujeitos da pesquisa so as pessoas que

    fornecero os dados de que voc necessita. Os dados obtidos com os sujeitos da

    pesquisa daro sustentao para o desenvolvimento desta.

    O sujeito da pesquisa constitudo pelo gestor da GOLLOG.

    5.5 Instrumentos de coletas de dados

    Os instrumentos utilizados para coleta de dados nesta pesquisa foi

    entrevista, aplicada ao gerente de operaes da Gollog, base So Lus MA. Vergaradefende que entrevista um procedimento no qual voc faz perguntas a algum que,

    oralmente, lhe responde. Assim, a entrevista realizada com o gestor da empresa foi de

    forma estruturada, com foco nas atividades desenvolvidas pela empresa no mbito do

    transporte e distribuio de mercadorias, passando por avaliaes de desempenho

    possveis de ser exercida pela organizao.

    5.6 Limitaes do mtodo

    A pesquisa apresentada possui delimitaes, uma vez que foi aplicada

    apenas na esfera da empresa em estudo, no se atendo investigao com clientes

    intermedirios ou finais. Esta restrio, no entanto, possibilita uma abertura para

    estudos futuros na rea, cuja abrangncia investigativa maior pode vir a complementar

    o tema ora pesquisado.

    O perodo considerado para anlise so os meses de janeiro a abril do ano

    de 2009, podendo ento no ter sido os de maior representatividade do universo

    abrangido.

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    6 ESTUDO DE CASO

    O grupo urea, organizao com mais de 50 anos histria no setor de

    transportes terrestres no Brasil, atravs de muitos estudos, chegou concluso de que

    95% da populao brasileira no tinha acesso a avies como meio de transporte.Tambm observou atravs destes estudos que havia mais de 25 milhes de pessoas

    no pas dispostas a voar, porm, requerendo preos mais baixos, segurana e

    qualidade, ento, em agosto de 2000 fundou a Gol linhas areas, adotando o conceito

    low cost, low fare (baixo custo, baixo preo). Em 2001, a Gol inovou sendo pioneira ao

    incluir em seu modelo de negcios o transporte de cargas.

    Neste contexto surgiu a Gollog, servio de cargas areas, que segue os

    preceitos de pontualidade, inovao, freqncia, custo e tarifas reduzidos e que vem

    conquistando o mercado de transporte de cargas e encomendas.

    Desde janeiro de 2001, quando iniciou as suas atividades, a Gollog conta

    com uma malha area ampla, alm do suporte do modal rodovirio para entregas e

    coletas terrestres. Em maro de 2005, o transporte e distribuio fsica de cargas

    atingiu a marca de 1 milho de conhecimentos areos emitidos, termo que representa

    o pedido, que garante ao usurio a rastreabilidade de suas encomendas e que no meio

    mais conhecido porAir Waybill(AWB). Em janeiro de 2007 a empresa j tinha mais

    de 2 milhes de AWBs emitidos. Utilizando os pores da frota Gol composta de 69

    37

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    aeronaves, o transporte de cargas representa hoje mais de 3% do faturamento global

    da empresa.

    Atualmente a Gollog oferece dois tipos de modalidade de transporte de

    cargas: convencional, direcionado ao transporte de carga e encomendas com prazos

    pr-determinados, servio de frete normal. A segunda modalidade o servio

    expresso, caracterizado pela agilidade nas entregas de produtos e documentos

    urgentes no territrio nacional. A Gollog conta com 47 unidades ou bases, como

    chamam internamente, localizadas em 43 cidades do Brasil, dentre elas, So Lus do

    Maranho.

    A empresa segue a mesma misso da Gol: Prover transporte seguro de

    pessoas e cargas, sustentado pelo trinmio baixo custo, baixo preo e de excelncia

    na qualidade, atravs de solues inovadoras, buscando maximizar os resultados para

    nossos clientes, acionistas, colaboradores e sociedade. A viso tambm igual a da

    empresa area: Superar-se e ser reconhecida, at 2010, como a empresa que

    popularizou o transporte areo com qualidade e preo baixo na Amrica Latina.

    Por meio da entrevista realizada com o gerente de operaes da Gollog,

    base So Lus - MA, buscou-se compreender o gerenciamento dos processos

    logsticos e como medido o seu desempenho.

    6.1 Legislao

    Devido o transporte areo tratar-se de uma atividade regulamentada atravs

    das normas de aviao civil, a organizao acompanhada por organismos ligados ao

    Ministrio da Aeronutica para a verificao do cumprimento dessas normas.

    A empresa Gollog fiel depositria no transporte de mercadorias, estandosujeita a autuaes por parte das autoridades governamentais em decorrncia de

    eventuais irregularidades que venha a praticar o expedidor, por tanto procede de forma

    criteriosa na aceitao das mercadorias e documentos que so apresentadas pelo

    expedidor, do ponto de vista legal: ANAC, SEFAZ, RECEITA FEDERAL, ANVISA,

    IBAMA etc.

    Visando a sade e segurana dos empregados, e tambm atendendo a

    exigncia do Ministrio do Trabalho atravs da NR-09, programa de preveno deriscos ambientais tem implementado o SESMT Servio especializado em Engenharia

    de Segurana e Medicina do trabalho.

    38

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    6.2 Infra-estrutura

    Para atender o servio de transporte areo de cargas a organizao dispe

    de infra-estrutura, instalaes, equipamentos, alm de profissionais capacitados e

    treinados para garantir os nveis de segurana nas operaes, exigidos a empresa. Em

    So Luis usado para o transporte base-aeroporto e vice-versa um veculo furgo

    ducato em todos os horrios de vo, para embarque e desembarque. O servio de

    carga e descarga das aeronaves realizado por profissionais terceirizados, onde so

    utilizados 5 veculos entre furgo e caminho. A base em So Lus - MA composta

    por um total de dez pessoas, sendo 6 (seis) operacionais, 3 (trs) administrativos e

    uma pessoa responsvel pelo setor financeiro.

    6.3 Estrutura Organizacional

    A estrutura organizacional da Gollog em So Lus est dividida conforme

    mostra a figura 6 a seguir:

    Figura 6 - Estrutura organizacional

    Fonte: Gollog base So Lus - MA

    6.4 Transporte e distribuio de cargas

    Gerencia Geral

    Gerncia Operacional

    Seguro e Indenizaes

    Secretaria Arquivista

    Despachante Operacional

    Lder

    Despachante Operacional

    Auxiliar de Cargas

    Servios Gerais

    Departamento Financeiro

    39

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    O Transporte de carga no modo areo ocorre em geral por questes de

    urgncia, ou seja, o benefcio est na maioria das vezes associados rapidez e

    entrega para garantir a venda de um bem de consumo ou qualquer outro fim.

    Entretanto, tambm se leva em considerao o ponto de vista de maior segurana em

    relao a outros modais de transporte. Para algumas regies, a falta de acesso

    rodovirio obriga o cliente a utilizar transporte areo e martimo/fluvial.

    De acordo com as normas de segurana e meio ambiente seguidas pela

    empresa, a Gollog no transporta materiais perigosos. As cargas transportadas

    devem estar de acordo com as especificaes exigidas como padro, com

    dimenses at 80x80x80cm e peso at 150 kg por volume e 01 por vo.

    Segundo o gestor da empresa, para o atendimento ao pedido do cliente,

    seguido um ciclo de atividades. Estas atividades so organizadas em etapas, conforme

    abaixo:

    a) Aceitao: O procedimento de aceitao de cargas primordial para

    garantir a segurana, pois evita processos de indenizao decorrentes de

    cargas danificadas e embalagens defeituosas e transporte de cargas cujapoltica comercial e operacional no permitem. a inspeo dos

    produtos.

    b) Manuseio e transporte at a aeronave: Fase onde realizado o

    acompanhamento da mercadoria at a aeronave para evitar sinistros,

    pois a Gol no possui servio de rampa sendo o mesmo terceirizado.

    c) Desembarque: Toda mercadoria desembarcada com sua respectiva

    documentao. Apresentando sinais de avaria ou violao, o fato

    comunicado ao responsvel em servio que tomar as providncias

    necessrias para assegurar a entrega da carga em bom estado ou, se for

    a caso, contatar o cliente e iniciar um processo de indenizao. Toda

    carga desembarcada acompanhada de sua documentao no translado

    entre a aeronave e o local de conferncia. Este translado acontece

    imediatamente aps o descarregamento.

    d) Triagem: Identificao e separao das cargas, ao mesmo tempo em

    que so observadas as irregularidades fsicas (embalagens violadas,

    material danificado, vazamentos etc).

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    e) Entrega de cargas: Verifica condies gerais do volume efetuando a

    entrega na loja de cargas. No caso de cargas com entrega em domiclio,

    so encaminhadas para o destino, e logo aps, atravs da

    documentao de retorno de entrega, so lanadas no sistema para que

    a origem tome conhecimento da fiscalizao e entrega do material.

    Obs.: Aps o aceite do pedido, a Gollog tem o prazo de 48 horas para

    disponibilizar a carga, seja para retirada pelo destinatrio no desembarque, seja para

    entrega direta ao cliente (nos casos de cargas com entrega em domiclio).

    6.5 Gesto da logstica

    A Gollog exerce as atividades da logstica de transporte, distribuio e

    gerenciamento de informaes. No servio de transporte de cargas realizado pela

    Gollog, o usurio informado sobre a previso do horrio em que a carga (produto)

    ser disponibilizada para retirada no destino. Esse o compromisso da organizao

    para com o cliente, cujo seu objetivo principal a satisfao de seus clientes no mbito

    de atendimento e informao a nvel local e nacional.

    Alguns fatores so considerados crticos pela empresa, para o cumprimento

    deste compromisso:

    a) Cumprimento dos prazos prometidos ao cliente: este controle efetuado

    atravs de programa especfico utilizado pela empresa, onde so lanadas

    todas as informaes referentes ao acordo para atendimento ao pedido;

    b) Eficincia: A eficincia alcanada atravs das entregas realizadas no prazo,onde e quando o cliente tiver solicitado;

    c) Pro atividade: Desempenho do trabalho individual e em equipe para chegar ao

    objetivo comum, atender o cliente no tempo esperado.

    d) Rastreabilidade: informao sempre atualizada, onde o usurio poder acessar

    de qualquer ponto do pas atravs da rede mundial de computadores (internet) o

    site da empresa, onde poder digitar o seu nmero de conhecimento areo e

    verificar a localizao de sua carga ou encomenda.A empresa busca o cumprimento rigoroso dos prazos assumidos com o

    cliente, atravs do envolvimento e pro atividade de seus colaboradores diretos e

    41

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    indiretos, que so fundamentais para que o compromisso seja honrado. Embora a

    organizao prime pelo compromisso com o cliente, desvios podem acontecer. A estes

    desvios so dados o nome de ocorrncias, que so os problemas que ocorrem durante

    o processo de distribuio da carga, as ocorrncias mais comuns so: avarias,

    violao e extravio, sendo que, para a empresa, avaria a quebra, vazamento ou

    amassado do produto, enquanto que violao o desembarque do pedido com

    indcios de quebra de lacre ou embalagem, e por fim, o extravio so os pedidos no

    desembarcados. Em todos estes casos, o cliente pode fazer atravs de ressalva no

    AWB, sua reclamao, ou por escrito no prazo mximo de sete dias, conforme normas

    estipuladas pela ANAC (2008) artigo 224.

    Atrasos de desembarque tambm so problemas, principalmente na

    chamada alta estao (quando aumenta o nmero de passageiros nos vos,

    geralmente perodo de frias), como a gol no dispe de aeronaves cargueiras e sim

    de passageiros, para evitar reclamaes, de acordo com a malha area, o tempo de

    disponibilidade da mercadoria que de 48 h aps o aceite, negociado com o cliente

    para ser estendido, conforme as possibilidades.

    6.6 Logstica reversa

    A empresa no pratica a logstica reversa, segundo o gerente da empresa,

    quando h alguma ocorrncia ou problema que impea o fluxo normal de entrega da

    carga, medidas so tomadas para garantir que a entrega seja feita, de uma forma ou

    de outra. Para cada tipo de problema h uma ao de bloqueio:

    Atraso na chegada da mercadoria devido a falta de espao na aeronave: incluso

    em outra rota de entrega, mesmo que a mercadoria esteja sem sua devida taxa,isto , mesmo que o valor pago tenha sido para um servio onde o vo tem vrias

    conexes, poder embarcar em outro sem escalas, cuja a taxa de embarque teria

    um preo superior.

    Mercadorias perecveis chegadas no final de semana: aviso imediato ao cliente

    informando todos os setores responsveis, caso o produto chegue a perecer.

    Endereos no localizados devido endereos incompletos em AWB: envio de

    emails a base emitente para coletar os dados com o cliente remetente, o endereocompleto ou buscar em veculos de informao de endereo, como atravs do CEP

    no site dos correios, por exemplo.

    42

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    6.7 Indicadores de desempenho

    No h pedidos de servios registrados, ou seja, toda a solicitao direta,

    quando h coleta o pedido registrado em planilhas de entrega em domicilio. Todas as

    informaes sobre a quantidade ou tipos de servios exercidos no ms, so lanadas

    diretamente no sistema HORUS, como: aceite, emisso, desembarque e finalizaes.

    Sendo que a empresa tem todos os dados disponveis para consulta, mas sem um

    indicador prprio que mea seu desempenho atravs desses dados. Segundo o gestor

    da empresa, a base toma conhecimento do seu desempenho atravs da Gerncia de

    Planejamento e Controle localizada no Sul do pas, que realiza auditoriastrimestralmente.

    Os indicadores utilizados neste estudo para avaliar o servio prestado pela

    Gollog foram baseados nos critrios de disponibilidade, desempenho operacional e

    confiabilidade, que formam o nvel de servio bsico, conforme mencionado no item

    3.1.2 desta pesquisa. Com base nestes critrios, foram estabelecidos alguns

    questionamentos a despeito do nvel de servio oferecido pela empresa, cujo resultado

    ser exposto a seguir.

    6.8 Resultado do estudo

    a) Qual a quantidade de pedidos feitos no primeiro quadrimestre do ano?

    De acordo com o Grfico 1, possvel identificar a quantidade de pedidos

    para transporte de cargas e encomendas feitos no perodo, mostrando que este um

    servio bem procurado em Ss Lus, Maranho, sendo que o ms de maro foi omelhor ms, representando o ms com maior nmero de pedidos.

    314 299

    369

    324

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    43

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    Grfico 1 Pesquisa realizada na Gollog identificando a quantidade de pedidos recebidos no perodo(disponibilidade).

    b) Quantos pedidos foram atendidos (entregues) no perodo, de acordo com

    as especificaes de qualidade e validade?

    Conforme pode-se verificar pelo grfico 2, observa-se que grande

    parte do que foi transportado foi entregue no destino, havendo uma perda

    pequena na carga transportada, devido a ocorrncias, como avarias,

    extravios ou violao.

    303 288

    358

    314

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 2 Pesquisa realizada na Gollog identificando o recebimento de produto de acordo com asespecificaes de qualidade e validade no perodo (confiabilidade).

    c) Quantas entregas realizadas com produtos com algum tipo de ocorrncia?

    Como pode-se observar, houve uma quantidade pequena de

    ocorrncias, considerando a demanda atendida pela Gollog no perodo. Isso

    demonstra uma preocupao e um cuidado no transporte e manuseio das

    cargas, garantindo a sua integridade.

    1111

    11

    10

    6

    8

    10

    12

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 3 Pesquisa realizada na Gollog identificando entregas realizadas com produtos com algum tipode ocorrncia (Confiabilidade).

    d) Qual a relao atendimento do pedido realizado (produtos entregues

    versus produtos perdidos ou avariados)?

    44

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    Analisando o grfico 4, observa-se, que a quantidade de

    ocorrncias no perodo pequena, se comparada ao nmero total de

    pedidos, e teria pouca relevncia, no fosse o fato de que ocorrncias

    podem comprometer a imagem da empresa perante o cliente.

    1306

    43

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    Pedidos entregues Ocorrncias

    Grfico 4 Pesquisa realizada na Gollog identificando relao atendimento do pedido realizado(produtos entregues versus produtos perdidos ou avariados (disponibilidade).

    e) Dentre as ocorrncias, quais as mais freqentes?

    Conforme o grfico 5, foi identificado como evento mais recorrente

    as avarias, que so a quebra, vazamento ou amassado do produto. Isso

    demonstra que a embalagem das mercadorias transportadas parte

    fundamental do processo para garantir a integridade dos produtos,

    merecendo maior ateno no seu transporte, manuseio e acondicionamento.

    12

    5

    25

    1

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Extravio Violao Avarias Extravio/Violao

    Grfico 5 Pesquisa realizada na Gollog identificando dentre as ocorrncias qual a mais freqente(desempenho operacional).

    f) Qual foi a freqncia da ocorrncia extravio no primeiro quadrimestre do

    ano?

    De acordo com o grfico 6, observa-se que a ocorrncia extravio,

    que so pedidos no desembarcados, ocorreu em todos os meses do

    quadrimestre, com maior recorrncia nos meses de maro e abril, quando a

    45

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    quantidade total de pedidos foi maior. Apesar de ter sido um valor

    considerado baixo, importante lembrar que devido a caracterstica desta

    ocorrncia, algum deixou de receber sua encomenda ou carga, podendo

    comprometer no s a imagem como a confiabilidade da empresa.

    1

    3

    4 4

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 6 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houve extravio da carga(desempenho operacional).

    g) Qual foi a freqncia da ocorrncia violao no primeiro quadrimestre

    do ano?

    Conforme mostrado no grfico 7, a quantidade de mercadorias

    identificadas como violao, que o desembarque do pedido com indciosde quebra de lacre ou embalagem, apesar de ter ocorrido em todos os

    meses do perodo estudado, teve uma incidncia que pode-se ser

    considerada baixssima, demonstrando que o produto poucas vezes teve seu

    lacre ou sua embalagem violada e o contedo desprotegido, garantindo a

    segurana da mercadoria.

    2

    1 1 1

    0

    1

    2

    3

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 7 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houve violao da carga(confiabilidade).

    h) Qual foi a freqncia da ocorrncia avarias no primeiro quadrimestre do

    ano?

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    Segundo os dados levantados no grfico 8, a quantidade de

    avarias (quebra, vazamento ou amassado do produto) registradas no

    quadrimestre demonstra que a embalagem das mercadorias transportadas

    muito importante no processo para garantir a integridade dos produtos,

    merecendo maior ateno no seu transporte, manuseio e acondicionamento.

    7 7

    6

    5

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 8 Pesquisa realizada na Gollog identificando com que freqncia houve avarias da carga(desempenho operacional).

    i) Houve alguma ocorrncia que aconteceu ao mesmo tempo em que aoutra, isto , um mesmo produto com dois tipos de ocorrncias diferentes?

    Observa-se pelo grfico 9, que no ms de janeiro houve um nico

    produto sofreu duas ocorrncias em conjunto, um nmero muito baixo,

    demonstrando que as ocorrncias s acontecem uma por vez, e que a

    possibilidade de uma mesma carga ser violada e extraviada, por exemplo,

    remota, apesar de ser possvel.

    1

    0 0 0

    0

    0,5

    1

    1,5

    Janeiro Fevereiro Maro Abril

    Grfico 9 Pesquisa realizada na Gollog identificando a incidncia de ocorrncias em conjunto(desempenho operacional).

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    j) Quais so os indicadores de desempenho utilizados pela empresa?

    A empresa no apresentou nenhum indicador de desempenho medido pelabase de So Lus.

    6.9 Sugestes e melhorias

    Aps a coleta e anlise dos dados informados pelo gestor da empresa e

    consulta ao banco de dados, pretende-se aqui apresentar algumas sugestes para

    melhoria dos processos logsticos desenvolvidos pela Gollog e para sua avaliao de

    desempenho.

    Apesar do grande potencial de crescimento da Gollog, base So Lus e

    confiabilidade verificadas pela anlise do seu gerenciamento atravs desta pesquisa,

    seria importante para que a empresa se torne ainda mais competitiva, que fosse criada

    uma misso e viso da prpria base, com objetivos e metas prprias, para que

    servisse de estmulo para os empregados, para que estes tenham um norte, sabendo

    onde esto e onde querem chegar junto com a empresa, alm de demonstrar para o

    cliente, organizao e controle dos seus processos, passando ainda mais segurana,

    mostrando que pretende se manter firme no mercado durante muito tempo.Outro aspecto importante levantado durante esta pesquisa, foi o da

    localizao, onde o prdio est situado em uma rea distante do aeroporto,

    prejudicando s vezes, as suas operaes. Sugere-se que a empresa invista neste

    aspecto, para que estando prximo ao aeroporto, possa oferecer um nvel de servio

    ainda melhor para seus clientes.

    A empresa poderia tambm adotar a logstica reversa, desenvolvendo um

    modelo para devolver a mercadoria a origem quando por algum motivo no maispudesse ser entregue ao destinatrio.

    Considerando a grande quantidade de operaes desenvolvidas

    diariamente pela empresa, recomenda-se que haja um controle interno destes

    processos, transformando os dados existentes no banco de dados em informaes

    relevantes para a melhoria contnua da empresa como um todo, uma vez que esta

    avaliao fica por conta do Planejamento e Controle externo ao raio de operaes da

    base So Lus. Sugere-se tambm a criao de indicadores que meam odesempenho interno da base, para que antes das auditorias, a mesma esteja

    preparada e at mesmo, frente.

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    7 CONCLUSO

    Analisando tudo o que foi verificado at aqui, observa-se a importncia da

    logstica empresarial e o gerenciamento dos processos logsticos executados por uma

    organizao, principalmente para aquelas cujo negcio gira em torno da logstica, em

    prover solues inteligentes para problemas que so recorrentes quando o assunto

    distribuio e transporte de materiais e afins.

    A Gollog demonstra no mbito de suas atividades grande esforo por

    atender o cliente, no tempo esperado, mas deixa a desejar quando no mede o seu

    prprio desempenho. Verifica-se que h um cuidado no transporte, acomodao dos

    volumes, e que existe um gerenciamento destas atividades, porm ainda pode ser

    melhorado, principalmente a partir do momento em que o desempenho for avaliado

    pela prpria base.

    Diante das consideraes supracitadas, constatou-se que o gerenciamento

    dos processos logsticos da Gollog base So Lus MA importante, porm ainda no

    h um acompanhamento do seu desempenho por parte da base.

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    REFERNCIAS

    AGENCIA NACIONAL DE AVIAO CIVIL ANAC. Carga Area Nacional: Modulofundamentos bsicos aprovada pela l, portaria 541/DGAC de 13 julho de 2005.

    AGENCIA NACIONAL DE AVIAO CIVI