aula 1 - carcinoma espinocelular

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Aula de Carcinoma Espinocelular ministrada pelo Prof. Cláudio para o 8º período "B" da UFAL no dia 02/03/2010

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Page 1: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCarcinoma Epidermóide (CEC)Carcinoma Epidermóide (CEC)

Disciplina de Cirurgia Plást. Reconstrutora, Setor de Tumores da Cabeça e Pescoço

Prof. Dr. Cláudio Eduardo de Oliveira Cavalcanti

Page 2: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Tumor de pele CEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Responsável por 25% das morte nos ca. de pele Primeiro descrito em limpadores de chaminés, em

conseqüência do benzopireno O tempo de latência para tumores ocupacionais é

de 20 a 25 anos

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Tumor de pele Tumor de pele CEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Page 4: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são potentes fotosensibilizadores

Uso oral de arsenicais, ação sistêmica na pele, pulmão e fígado

Em pacientes imunosuprimidos, por transplante renal e linfoma crônico

Nesses pacientes os tumores são mais agressivos Em transplantados o risco é de 20x a 25x

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Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

F. predisponentes:• Raios UV, cicatrizes de queimaduras (úlcera de

Marjolin), em áreas de trauma crônico, inflamação crônica, ceratose actínica, psoríase ou eczema, fístulas de osteomielite, úlcera pós flebite e tabagismo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (benzopireno), pesticidas e o uso de arsenicais

• Radiodermites crônicas, lupus eritematoso dicóide, e úceras crônicas, transplantes

Page 6: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Page 7: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

F. predisponentes:Raios ultravioleta (UVB = 280 nm a 320nm Freqüente na face, cabeça e pescoço

Page 8: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

• Sexo: > masculino

• Idade: > 50 anos, raramente abaixo de 30 anos

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Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciaisCEC - PatologiaCEC - Patologia

Zona de fusão embriológica:

glabela, posterior a asa nasal, borda da asa nasal, canto interno do olho, junção columela/lábio superior e sulco nasogeniano, prega nasogeniana

Page 10: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Trígono da Face Tem a base voltada para os olhos e o ápice para o lábio inferior

Lábios e comissura labial Columela Glabela Asa, dorso e porção lateral do nariz Pálpebras superior e inferior, canto interno e externo

Page 11: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Page 12: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Zona “H”:

lábio superior, nariz, região orbicular, região zigomática, pré-auricular e retro-auricular, da têmpora até ângulo da mandíbula

Page 13: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

zona H

Page 14: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

InvasãoPenetra até as estruturas como cápsula,

fáscias, músculos, pericrôndrio, periósteo, daí dissemina-se lateralmente

DisseminaçãoVasos sanguíneos e nervos, segue uma rota

Page 15: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facialCEC - EpidemiologiaCEC - Epidemiologia

Page 16: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Infiltração perineural:

lesões agressivas, recidivantes e tendência para metástase ganglionar (regional)

Page 17: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Page 18: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Classificação

• Bem diferenciado – verrucoso e baixo grau• Moderadamente diferenciado • Indiferenciado– ausência de queratina,

células alongadas, acantótica (adenóide) e mucinoso

Page 19: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Riscos de recorrência local Localização Tamanho > 2cm Grau de infiltração Diferenciação histológica Envolvimento prineural Imunosupressão 20x a 25 x Tumor já recidivado, 25%

Page 20: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Metástase• Risco: Crescimento rápido, tu. > 2cm, espessura

de 6mm, tu. Recorrente, em pacientes imunossuprimidos,

• Tumores localizados no pavilhão, columela, nariz e vermelhão

• 3 a 30%; depende da localização e espessura• Local ou regional para linfonodos

Page 21: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Metástase• Lesões profundas e maiores que 2cm de extensão -

risco de 5 a 10% (Pode meta. em 12 meses)• Não está indicado o esvaziamento cervical

profilático!?• Quando positivo, esvaziamento radical (funcional

ou modificado), seguido de radioterapia

Page 22: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

Page 23: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - PatologiaCEC - Patologia

MetástaseTumores associados a processos

degenerativos ou secundários a inflamação, são de alto risco

Em osteomielite, 31% de meta.Irradiação, 20% meta.Cicatriz, 18% meta

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Tumor de pele Cérvico-FacialTumor de pele Cérvico-FacialCEC – Lesão Pré-MalignaCEC – Lesão Pré-Maligna

• Ceratose actínica• Progride para ca. de 0,1% a 10%. • Mais de 10 lesões, 14% de probabilidade de

desenvolver ca.• Algumas ceratoses são em forma de hiperceratose

ou corno cutâneo• É o maior predisposição para desenvolver Ca.• Queilite actínica é a forma da ceratose actínica no

lábio inferior

Page 25: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Múltiplos primáriosMúltiplos primários

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Tumores de boca e reconstruçãoTumores de boca e reconstruçãoPatologiaPatologia

Queilite Actínica

Page 27: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

Doença de Bowen Considerado Ca. in situ Pode ao longo de anos evoluir para Ca invasivo Pode resultar de irradiação ionizante, UV, ingestão

de arsênico Lembra a psoríase, eczema, ceratose actínica (<

0,5cm) O tempo do início da lesão para o seu diagnóstico

é de 5 a 8 anos

Page 28: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

Page 29: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

• Lesão papular, eritematosa, ulcerada, com crosta, hiperceratótica, sangra com facilidade

• A maioria ocorre no pavilhão auricular, couro cabeludo, lábio (2° mais comum) e pescoço, Lesão ulcerada, com ou sem crosta, infiltrativa ou vegetantes

• Pode ser dolorosa

Page 30: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

Page 31: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

Page 32: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de Pele Cérvico-FacialTumor de Pele Cérvico-FacialCEC - ClínicaCEC - Clínica

Page 33: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele cérvico-faciaisTumores de pele cérvico-faciaisCEC - DiagnósticoCEC - Diagnóstico

• Clínico

• Histológico:

Biópsia incisional ou excisional

Page 34: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele cérvico-faciaisTumores de pele cérvico-faciaisCEC - DiagnósticoCEC - Diagnóstico

Page 35: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciaisCEC – Diagnóstico diferencialCEC – Diagnóstico diferencial

• Ca. Basocelular• Ceratose seborréica

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Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciaisCEC - TratamentoCEC - Tratamento

• Cirurgia• Radioterapia• Quimioterapia local e sistêmica• Terapia com laser

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Tumor de Pele Cérvico-facialTumor de Pele Cérvico-facial(CEC) – Diagnóstico histológico(CEC) – Diagnóstico histológico

Biópsia incisional ou excisional• A principal forma do diagnóstico definitivo• Menores que 1 cm remover completamente• 67% B. excisional com margem escassa,

recidiva• 19% a 33% recidivam com margens

comprometidas

Page 38: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

• Cirurgia• Radioterapia• Laser• Quimioterapia local e sistêmica

Page 39: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

• Imunomodulador - Interferon intra lesional• Terapia fotodinâmica (PDT)

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Tumorde pele Cérvico-facialTumorde pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Cirurgia• Tratamento padrão• Margem – Realiza-se 1,0cm de rotina • Margens comprometidas – recidiva de 67%• Margens escassa – recidiva de 19% a 33% • Fechamento primário ou reconstrução cicatrização

dirigida e/ou com enxertos de pele de reg. abdominal inferior.

Page 41: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumorde pele Cérvico-facialTumorde pele Cérvico-facial(CEC) – Tratamento antigo(CEC) – Tratamento antigo

Page 42: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facial(CEC) – Tratamento antigo(CEC) – Tratamento antigo

Page 43: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumorde pele Cérvico-facialTumorde pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Page 44: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumorde pele Cérvico-facialTumorde pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Page 45: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Radioterapia• Lesões iniciais e superficiais, os resultados

são iguais aos da cirurgia• Evita mutilação e perda da funcionalidade• Em recidivas não pode ser irradiada

novamente

Page 46: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Laser (CO2, dióxido de carbono)Tumores in situ Excelente cicatrizaçãoA porção abaixo das estruturas foliculares

não são atingidas

Page 47: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Quimioterapia local e sistêmica

Local - 5-fluouracil (5-FU)Sistêmica – pouco sensível

Page 48: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Imunomodulador

Creme de Imiquinod a 5% - estimula a produção de Interferon alfa (IFN), 1,2,5,6 e 8

Lesões pequenas e superficiais

Page 49: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-facialTumor de pele Cérvico-facial(CEC) - Tratamento(CEC) - Tratamento

Terapia fotodinâmica (PDT)

Utiliza-se o ácido 5- aminolevulínico É seletivamente absorvido pelas células malignas

aplica-se fonte de laser Pode se ver as margens do tumor ou cec em ceratose

seborréica Indicado para as lesões superficiais Indicado pelo princípio do “campo de cancerização”.

Promissor

Page 50: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Prognóstico(CEC) - Prognóstico

Recidiva em menos de 5 anos

Cirurgia convencional - 2,8%Radio terapia - 5,3%

Page 51: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Prognóstico(CEC) - Prognóstico

Recidiva maior que 5 anos

Radio terapia - 8,7%Cirurgia convencional – 10,1%

Page 52: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-facialTumores de pele Cérvico-facial(CEC) - Prognóstico(CEC) - Prognóstico

• São tumores com grandes invasões locais e possibilidade de disseminar-se

• Resistente a reoperações e radioterapia• Tumor > 2cm 5% a 10% de metastáse• Tumor > 5cm- 25% de metastáse• Tumor > 10cm- 50% de metastáse

Page 53: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumor de pele Cérvico-faciaisTumor de pele Cérvico-faciais(CEC) - Prognóstico(CEC) - Prognóstico

• Lesões nasal e da orelha tendem a recidivar em 3 anos

• Localizadas no 1/3 médio da face

Page 54: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular
Page 55: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciais(CEC) - Prevenção(CEC) - Prevenção

• Evitar raios solares (UV) após as 9h e antes das 16h

• Usar chapéu• Cobrir os braços e pernas• Filtro solar: fator de proteção > 15

Page 56: AULA 1 - Carcinoma Espinocelular

Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciais(CEC) - Prevenção(CEC) - Prevenção

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Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciaisCEC - PrognósticoCEC - Prognóstico

Tempo de recidiva:

Em 2 anos – 75%; em 5 anos – 95%

Invasão perineural:

Recorrência em 47% e metástase em 34,8% dos casos; fazer radioterapia.

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Tumores de pele Cérvico-faciaisTumores de pele Cérvico-faciaisCEC - PrognósticoCEC - Prognóstico

Pior prognóstico:

Lesão de 1/3 médio da face; invasão perineural, estruturas profundas; metástase; > 2 cm; pouco diferenciada

Em 5 anos, sobrevida de 26,8%, após metástase