aula 02 - verbos

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    AULA 2 - VERBO

    Ol, amigos

    Hoje nossa aula vai tratar do corao da unidade oracional o VERBO. No toa que esse assunto vem logo aps vermos os processos de formao das palavras e antes de qualquer outro.

    O verbo tambm far parte das prximas aulas concordncia (nominal e verbal), regncia (nominal e verbal) e at mesmo crase.

    Nesta aula, veremos a classificao dos verbos, sua forma de conjugao (que um calo para muita gente), as flexes que o verbo pode sofrer (nmero, pessoa, tempo, modo e voz), a relao que os verbos tm em uma estrutura oracional e como manter essa relao harmnica, dentre tantas outras coisas.

    Bem, essa palavrinha muito especial. O verbo no tem sintaticamente uma funo que lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo tambm podem ser ncleos do predicado (veremos no mdulo 10 - Termos da Orao).

    Sua nica funo na estrutura oracional a de participar do predicado.

    CONSTRUO DOS VERBOS

    Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invarivel que lhes d a base comum de significao.

    So aceitas as seguintes flexes: de nmero (singular e plural), pessoa (1, 2 ou 3), modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexo: aspecto, que, em suas palavras, manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ao expressa pelo verbo, por exemplo: pontual (acabo de chegar) ou durativa (fico a esperar), contnua (vou andando pelas ruas) ou descontnua (voltei a fumar) etc.

    Em relao ao processo de formao, como vimos, ao radical junta-se a terminao: vogal temtica (define as trs conjugaes), desinncias modo-temporal e nmero-pessoal.

    Alguns conceitos so importantes:

    Formas rizotnicas o elemento de composio grego riz(o)- significa raiz. Assim, nas formas RIZOTNICAS, a slaba tnica (a que fomos apresentados em nosso primeiro encontro) recai no radical.

    verbo RECLAMAR radical RECLAM eu reclamo Como a slaba tnica recai no radical, essa forma chama-se rizotnica.

    Formas arrizotnicas - quando a slaba tnica recai fora do radical.

    Verbo CONSERVAR radical CONSERV ns conservaremos Como a slaba tnica recai fora do radical, essa forma chama-se arrizotnica.

    CLASSIFICAO DOS VERBOS

    Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anmalos, defectivos e abundantes.

    1. REGULARES - conservam o mesmo radical.

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    eu canto, tu cantas, ns cantvamos, eles cantariam, ele cantasse

    2. IRREGULARES - apresentam variao no radical ou nas desinncias.

    SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, fao)

    Alguns autores consideram que alterao exclusivamente grfica (PROTEGER PROTEJO), em funo da ortografia, no poderia levar indicao de irregularidade verbal. Assim, segundo eles, so considerados irregulares somente os verbos que apresentam alterao GRFICA E FONTICA. Se no houver alterao fontica (como no exemplo: g/j), no se classifica como verbo irregular, sendo chamado por alguns autores de aparentemente irregular.

    3. ANMALO so verbos irregulares que, por apresentarem profundas variaes, recebem classificao autnoma. So s dois: SER e IR.

    Curiosidade: Esses dois verbos so idnticos na conjugao dos seguintes tempos: pretrito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), pretrito mais-que-perfeito do indicativo (fora, foras...), pretrito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do subjuntivo (for, fores...). S d para identificar se est sendo usado um ou outro a partir do contexto.

    4. ABUNDANTE - apresentam duas ou trs formas em certos tempos, modos, pessoas ou particpio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os verbos terminados em zer, como o verbo fazer, na 2 pessoa do singular, aceitam duas formas faze e faz.

    5. DEFECTIVOS - apresentam defeito, ou seja, no se conjugam em todas as formas (tempo, pessoas, modos).

    Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo conjugao do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O defeito existe apenas no presente, no existe no passado nem no futuro. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poder ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretrito do Perfeito do Indicativo, no Pretrito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc.

    H dois tipos de defeitos:

    1) o verbo no possui a 1 pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, delinqir);

    2) o verbo s apresenta as conjugaes da 1 e 2 pessoas do plural (adequar, reaver).

    Alguns autores definem como defectivos tambm os verbos que, de acordo com o seu emprego, s podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgncia), DOER (no sentido de sentir dor - alguma coisa di) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou fenmenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido denotativo, com d de dicionrio; seu oposto o sentido conotativo, tambm chamado de figurado, quando a palavra usada em um significado diferente do original).

    FLEXES DOS VERBOS

    NMERO

    Como as outras palavras variveis, o verbo admite dois nmeros: o singular e o plural. Dizemos que um verbo est no singular quando ele se refere a uma s pessoa ou coisa e, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa.

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    PESSOA

    a variao de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a ao verbal.

    1 pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e ns (plural).

    2 pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e vs (plural).

    3 pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais ele/ela (singular) e eles/elas (plural).

    MODO, TEMPO e VOZES

    Essas modalidades de flexo merecem uma anlise mais aprofundada.

    MODOS E TEMPOS VERBAIS

    A classificao dos verbos nos MODOS VERBAIS depende da relao que o falante tem com aquilo que enuncia se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hiptese, uma suposio (subjuntivo); se faz um pedido ou d uma ordem (imperativo).

    Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ao verbal (percebeu? modo verbal). So trs modos verbais:

    INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro.

    SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipottico, duvidoso, provvel ou possvel. IMPERATIVO - expressa idias de ordem, pedido, desejo, convite. Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que provvel, hipottico, possvel, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO tambm bastante usado com determinadas conjunes (embora, caso, que etc.)

    Perceba a diferena entre as duas oraes abaixo. O sujeito vai farmcia e diz ao balconista:

    Eu quero um remdio que acaba com a minha dor de cabea.

    Eu quero um remdio que acabe com a minha dor de cabea.

    Na primeira, o sujeito j sabe qual o medicamento que vai pedir e produzir resultado. J teve dor de cabea outras vezes e sabe qual o remdio que surte efeito. O fato situa-se no plano da CERTEZA modo INDICATIVO.

    Na segunda, o sujeito no tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Certamente est pedindo uma indicao ao balconista. O resultado que o remdio trar (acabar com a dor de cabea) ainda est no plano da hiptese. Por isso, est no modo SUBJUNTIVO.

    IMPERATIVO

    Sobre a conjugao no imperativo, em vez de memorizar vrias regras, vamos guardar apenas a exceo.

    A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. So conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2 do singular e do plural, 3 do singular e do plural e 1 do plural) no imperativo negativo, e nas 3

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    pessoas (singular e plural) e 1 pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa a regra.

    1 - Venha para a Caixa voc tambm 3 pessoa do singular (O comercial estava errado e voc no vai nem acreditar: uma banca examinadora explorou exatamente esse fato em prova!!! Veremos nos exerccios de fixao.).

    2 - No nos deixeis cair em tentao 2 pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vs.)

    Agora veremos a exceo, que deve ser memorizada por ser em menor nmero.

    A exceo fica por conta das segundas pessoas (tu e vs) no imperativo afirmativo. Nessa conjugao, usa-se o presente do indicativo, sem o s final.

    RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2s pessoas (singular e plural) buscam a conjugao do presente do indicativo e tiram a letra s. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo.

    Exemplo:

    1 - Dize-me com quem andas, que eu te direi quem s. - A forma dize a reduo do presente do indicativo da 2 pessoa do singular (dizes [s] = dize). Esse verbo, alis, abundante. Aceita as formas dize e diz, no imperativo afirmativo.

    2 Fazei de mim um instrumento de vossa paz. A forma fazei a conjugao no presente do indicativo da 2 pessoa do plural (vs fazeis), sem o s.

    Os quadros abaixo resumem as conjugaes dos verbos no modo imperativo.

    PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    IMPERATIVO NEGATIVO

    eu fale -

    tu fales no fales (tu) ele fale no fale (voc) (*)

    ns falemos no falemos (ns) vs faleis no faleis (vs) eles falem no falem (vocs) (*)

    PRESENTE DO INCATIVO

    IMPERATIVO AFIRMATIVO

    PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    eu falo - eu fale

    tu falas fala (tu) tu fales ele fala fale (voc) (*) ele fale

    ns falamos falemos (ns) ns falemos vs falais falai (vs) vs faleis eles falam falem (vocs) (*) eles falem

    (*) Como o imperativo o modo em que se determina ou pede algo pessoa a quem se dirige (2 pessoa), as terceiras pessoas se referem a voc / vocs, e no a eles (3 pessoa).

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    Os TEMPOS VERBAIS tm a funo de indicar o momento em que so enunciados os fatos. No modo INDICATIVO, os tempos so:

    PRESENTE fato ocorre no momento em que se fala (Ouo rudos na cozinha.);

    - fato que comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belm.);

    - apresenta um princpio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas crianas morrem de desnutrio no Brasil.)

    PRETRITO PERFEITO fato ocorrido e perfeitamente concludo antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.)

    PRETRITO PERFEITO COMPOSTO denota repetio de um ato ou sua continuidade, com incio no passado, chegando ao momento presente, em que falamos (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vrios preconceitos.);

    PRETRITO IMPERFEITO fato realizado e no concludo ou que apresenta certa durao (Ele buscava a perfeio antes de morrer./ O tempo corria sem que ningum notasse.);

    indica, entre aes simultneas, a que ocorria no momento em que sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladres.);

    denota ao passada habitual ou repetida (imperfeito freqentativo) (Sempre que eu chegava, ela saa do recinto.)

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdo aos filhos.)

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdo aos filhos.)

    FUTURO DO PRESENTE fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo aps a minha aprovao.);

    afirmao de valor categrico (De todas as mulheres do mundo, voc ser a mais bela o que se afirma que certamente voc a mais bela).

    FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO denota futura ocorrncia de um fato que se iniciou no presente (At o prximo ano, terei acumulado quase um milho de reais em dvidas.)

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    - indica uma ao futura que estar consumada antes de outra tambm no futuro (Amanh, quando voc chegar, eu j terei assinado o contrato.)

    - denota incerteza sobre fatos passados (Ter Joo sabido da traio?)

    FUTURO DO PRETRITO fato posterior a um fato passado (Voc me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor no morreria [FATO FUTURO EM RELAO AO FATO PASSADO].);

    fato no chegou a se realizar (Eu iria sua casa, mas tive um problema.);

    pode denotar incerteza (Acharam um corpo que seria do chefe do trfico.)

    hiptese relacionada a uma condio (Se voc tivesse comprado o carro [CONDIO], no teria perdido o dinheiro no jogo [HIPTESE].)

    polidez (Voc poderia me passar o sal?).

    FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO o mesmo que o Futuro do Pretrito com relao aos trs primeiros aspectos.

    FORMAS NOMINAIS

    Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que tambm podem ser empregadas nas funes prprias de adjetivos, substantivos ou advrbios. So elas: INFINITIVO, GERNDIO E PARTICPIO.

    INFINITIVO:

    Ele precisa pr os nomes nos livros. (verbo)

    O pr-do-sol lindo nessa poca do ano. (substantivo)

    Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo)

    Precisamos colocar leo na porta que est a ranger.(verbo)

    O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal.

    O infinitivo impessoal no tem sujeito (pessoa) e, por isso, no se flexiona. usado em sentido genrico (o ato de).

    Amar se aprende amando.

    J o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou no. Os casos em que o infinitivo pode, deve ou no pode se flexionar ser objeto de estudo na aula sobre CONCORDNCIA.

    GERNDIO:

    O presidente fica persistindo na argumentao de que nada sabia. (verbo)

    Persistindo os sintomas, o mdico dever ser consultado (advrbio de condio = Caso persistam os sintomas...)

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    PARTICPIO:

    Ele havia lavado o cho da casa antes do temporal. (verbo)

    O uniforme lavado ficou todo sujo aps o vendaval. (adjetivo)

    O particpio tem grande importncia na construo de LOCUES VERBAIS.

    Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formao de tempos compostos (Temos feito grande progresso., Nunca havia visitado este lugar antes.), com o verbo SER para formar os tempos da voz passiva de ao (O trabalho foi feito por todos ns.) e com o verbo ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (Estou chocada com essa notcia.).

    No particpio, a maior parte dos verbos s apresenta a forma regular (terminadas por ado / ido). Contudo, existem algumas excees: alguns verbos apresentam mais de uma forma: a regular (ado / ido), usada com os verbos ter e haver (tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz passiva).

    Dentre os irregulares, esto:

    ACEITAR (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito ELEGER (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso SALVAR (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo SUSPENDIDO (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso Outras curiosidades:

    Apresentam somente a forma irregular do particpio os verbos abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), fazer (feito), pr (posto), ver (visto), vir (vindo) e seus derivados.

    Observe que, neste ltimo (vir), a forma participial igual ao gerndio, o mesmo ocorrendo com os verbos dele derivados (intervir intervindo). Essa peculiaridade costuma ser objeto de questes de prova.

    Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer dois verbos auxiliares ou seja, no tem como errar - com qualquer verbo auxiliar pode-se usar qualquer forma participial. Segundo a maioria dos gramticos, so quatro os verbos: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memoriz-las, imagine a seguinte situao: no dia do pagamento, voc ganha o salrio e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro gostou do mtodo mnemnico?).

    O particpio do verbo CHEGAR um s o regular CHEGADO. A forma chego a conjugao de 1 pessoa do singular do presente do indicativo (Eu chego). No existe a forma de particpio irregular para esse verbo. Ento: Eu tinha chegado ao escritrio bem cedo..

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    C O N J U G A O V E R B A L

    Para ajudar a resolver questes de conjugao verbal, uma boa dica a tcnica do PARADIGMA.

    Como funciona isso? Na dvida com relao conjugao de determinado verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a conjugao dos paradigmas clssicos (FALAR 1 conjugao, BEBER 2 conjugao, PARTIR 3 conjugao).

    Extraia o radical, que o que sobra do verbo aps retirar a terminao ar, er ou ir do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinncias, que so idnticas nos demais verbos regulares de mesma conjugao:

    Por exemplo:

    CONSUMAR (verbo regular de 1 conjug.):

    Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)

    Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)

    CONSUMIR (verbo regular de 3 conjug.):

    Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)

    Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)

    E a, como voc preencheu? Vamos buscar a desinncia dos verbos paradigmas.

    Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo

    Falar Eu falo (que) eu fale

    Consumar Eu consumo (que) eu consume

    Partir Eu parto (que) eu parta

    Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma

    Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alterao no radical em determinadas conjugaes, procure outro verbo, tambm irregular, de mesma construo.

    Por exemplo: COMPETIR (3 conjugao) Eu comp.... (???)

    Esse verbo irregular, ou seja, no mantm o radical nas conjugaes. Normalmente no conjugamos esse verbo (pelo menos, no com convico) fora de uma locuo verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idntica estrutura. J sabe qual ??? REPETIR. Ento, como fica a conjugao desse paradigma?

    Eu repito Eu compito E ADERIR? Como voc conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Est com dvida? Busque um paradigma. Aceito sugestes.... Lembrou de algum? Eu conheo um FERIR. Como fica a conjugao do paradigma?

    Eu firo Eu adiro

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    A ttulo de exemplo, observe o seguinte item de uma questo de prova da ESAF (TCU/2002):

    O fato do patrimnio gerar empregos e receitas por meio do turismo no abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenmeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranas destitudas de familiaridade.

    Essa opo est errada. Voc percebeu qual o erro? O que significa abule? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR.

    Se no tivermos certeza da conjugao desse verbo, vamos fazer o qu??? Buscamos o paradigma.

    Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugao o verbo ENGOLIR. Na passagem, o verbo abolir est na terceira pessoa do singular, no presente do indicativo (O fato ... no abule...). O verbo engolir ficaria Ele engole. Logo, a conjugao correta abole (O fato ... no abole...).

    IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em uma questo de prova.

    LOCUES VERBAIS

    Sempre que se fala locuo, significa mais de uma palavra formando uma unidade.

    Assim, em locues verbais, mais de um verbo (ligados ou no por uma preposio) formam um conjunto.

    Formam-se locues verbais em:

    tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER; construes de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e

    ESTAR;

    construes com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo como se realiza ou deixa de se realizar - a ao verbal. Expressam circunstncias de: incio ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigao (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas.

    Como num escritrio, onde quem manda o chefe e quem trabalha o empregado (ou voc j viu algum chefe trabalhando???), na locuo verbal, quem exerce a funo de chefe o verbo principal ele fica parado, s mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens.

    TEMPO COMPOSTO

    o tempo constitudo por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal no particpio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nos exemplos somente o verbo auxiliar TER.

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    1) Modo Indicativo

    TEMPO VERBAL EXEMPLO

    presente falo bebo parto

    simples falei bebi parti perfeito

    composto tenho falado tenho bebido tenho partido

    imperfeito simples falava bebia partia

    mais-que-perfeito simples falara bebera partira

    pretrito

    composto tinha falado tinha bebido tinha partido

    simples falarei beberei partirei do presente

    composto terei falado terei bebido terei partido

    simples falaria beberia partiria futuro

    do pretrito composto teria falado teria bebido teria partido

    VEJA S:

    Os tempos PRESENTE e PRETRITO IMPERFEITO no se subdividem, ou seja, s apresentam a forma verbal simples.

    Salvo nos futuros, em que os auxiliares ficam nos tempos correspondentes, os auxiliares dos demais tempos verbais compostos buscam a conjugao do tempo imediatamente anterior (segundo a ordem apresentada no nosso quadro):

    - no PRETRITO PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no presente do indicativo: tenho falado

    - no PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no pretrito imperfeito do indicativo: tinha falado

    2) Modo Subjuntivo

    TEMPO VERBAL EXEMPLO

    presente fale beba parta

    pretrito perfeito composto tenha falado tenha bebido tenha partido

    imperfeito falasse bebesse partisse

    mais-que-perfeito composto tivesse falado tivesse bebido tivesse partido

    simples falar beber partir futuro

    composto tiver falado tiver bebido tiver partido

    No subjuntivo, assim como ocorre no modo indicativo, os tempos PRESENTE e PRETRITO IMPERFEITO no se subdividem. S apresentam a forma simples.

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    Agora, surgem outros dois tempos compostos PRETRITO PERFEITO COMPOSTO e PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO.

    .

    Salvo no caso do futuro composto, em que o auxiliar tambm se apresenta no futuro do subjuntivo, os auxiliares dos tempos compostos buscam o tempo verbal imediatamente anterior. Ou seja, o raciocnio em relao conjugao do auxiliar o mesmo, s os nomes dos tempos verbais se modificam

    - no pretrito perfeito composto, o auxiliar fica no presente do subjuntivo: tenha falado;

    - no pretrito mais-que-perfeito composto, o auxiliar fica no pretrito imperfeito do subjuntivo: tivesse falado.

    O quadro a seguir visa facilitar a compreenso e memorizao das conjugaes dos verbos regulares.

    Trata-se de um quadro resumo com todas as desinncias regulares dos tempos simples.

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    MODOS

    INDICATIVO SUBJUNTIVO Tempos

    1 2 3 1 2 3

    Presente

    o as a amos ais am

    o es e emos eis em

    o es e imos is em

    e es e emos eis em

    a as a amos ais am

    a as a amos ais am

    Pret. Imperfeito

    ava avas ava vamos veis avam

    ia ias ia amos eis iam

    ia ias ia amos eis iam

    asse asses asse ssemos sseis assem

    esse esses esse ssemos sseis essem

    isse isses isse ssemos sseis issem

    Pret. Perfeito

    ei aste ou amos astes aram

    i este eu emos estes eram

    i iste iu imos istes iram

    ***** ***** *****

    Pret.mais-que-

    perfeito

    ara aras ara ramos reis aram

    era eras era ramos reis eram

    ira iras ira ramos reis iram

    ***** ***** *****

    Futuro do presente

    arei ars ar aremos areis aro

    erei ers er eremos reis ero

    irei irs ir iremos ireis ir

    ar ares ar armos ardes arem

    er eres er ermos erdes erem

    ir ires ir irmos irdes irem

    Futuro do pretrito

    aria arias aria aramos areis ariam

    eria erias eria eramos ereis eriam

    iria irias iria iramos ireis iriam

    ***** ***** *****

    IMPERATIVO AFIRMATIVO NEGATIVO

    e a e emos ai em

    a e a amos ai am

    a e a amos i am

    e es e emos eis em

    a as a amos ais am

    a as a amos ais am

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    DERIVAO VERBAL

    Voc j deve ter se deparado com dvidas como: em quando eu ..... o professor, passarei o seu recado, devemos usar ver ou vir?

    Para compreendermos a conjugao de alguns verbos, principalmente dos irregulares, necessrio conhecer a formao de alguns tempos derivados.

    Abaixo, segue um quadro com a indicao das formas primitivas e das derivadas.

    Salvo algumas poucas excees (como o verbo SER, SABER e outros), basta que se mantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinncias correspondentes.

    FORMA PRIMITIVA FORMAS DERIVADAS

    VERBO VER

    presente do indicativo 1 pessoa do singular

    eu vejo presente do subjuntivo

    eu veja tu vejas ele veja ns vejamos vs vejais eles vejam

    presente do subjuntivo

    eu veja tu vejas ele veja ns vejamos vs vejais eles vejam

    imperativo negativo

    - no veja (tu) no vejas (voc) no vejamos (ns) no vejais (vs) no vejam (vocs)

    pretrito mais-que-perfeito do indicativo

    eu vira tu viras ele vira ns vramos vs vreis eles viram

    pret. perfeito do indicativo 3 pessoa do plural

    eles viram

    pretrito imperfeito do subjuntivo

    eu visse tu visses ele visse ns vssemos vs vsseis eles vissem

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    futuro do subjuntivo

    eu vir tu vires ele vir ns virmos vs virdes eles virem

    VERBO CABER

    Infinitivo impessoal

    caber

    Futuro do presente do indicativo

    caberei cabers caber caberemos cabereis cabero

    Futuro do pretrito do indicativo

    caberia caberias caberia caberamos cabereis caberiam

    Infinito pessoal

    Caber Caberes Caber Cabermos Caberdes caberem

    Gerndio cabendo

    Partcipio Cabido (nos verbos de 2.conjugao, a vogal temtica passou de e para i, por influncia da vogal temtica da 3.conjugao - IR)

    Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer, pedir, caber e outros.

    TRAZER TRAGO TRAGA TROUXERAM TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER

    VIR - VEJO VEJA VIERAM VIERA /VIESSE / VIER

    FAZER - FAO FAA FIZERAM FIZERA / FIZESSE / FIZER PEDIR - PEO PEA

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    PEDIRAM PEDIRA / PEDISSE / PEDIR CABER - CAIBO CAIBA COUBERAM COUBERA / COUBESSE / COUBER

    CUIDADO COM A CONJUGAO DE ALGUNS VERBOS!!!

    VERBOS PERIGOSOS

    - REQUERER - no derivado do QUERER. No presente do indicativo: requeiro, requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira...

    Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER.

    - PRECAVER-SE - no derivado do VER. defectivo. No presente do indicativo, s se conjuga nas 1 e 2 pessoas do plural: precavemos, precaveis. Conseqentemente, por no haver a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, no h presente do subjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER.

    - REAVER - derivado do HAVER, mas s se conjuga quando houver a letra V na conjugao do haver. Assim, no presente do indicativo, s existem as formas da 1 e 2 pessoas do plural: reavemos, reaveis. Como no possui a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, no apresenta presente do subjuntivo.

    No pretrito perfeito, conjuga-se: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram

    - PROVER - No derivado do VER, apesar de coincidir na 1 pessoa do singular do presente do indicativo e do subjuntivo.

    Pres.indicativo: provejo, provs, prov,...

    Pres.subjuntivo: proveja, provejas, proveja,...

    Pret. perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram

    - VIGER defectivo. No possui, no pres.indicativo, a 1 pessoa do singular. Logo, no h Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, conjuga-se como BEBER.

    Vamos analisar outras conjugaes especiais.

    1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO:

    UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que no possuem todas as formas de conjugao, como ruir), os verbos terminados em UIR apresentam duas formas de conjugao:

    1) O paradigma ser POSSUIR (o radical possu) De acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminao. Nas 2 e 3 do singular trocam a letra e da conjugao regular (como em partir) pela letra i. Mantm as demais conjugaes inalteradas em relao conjugao do verbo paradigma partir: possuo, possuis, possui, possumos, possus, possuem.

    Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuao), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR

    2) CONSTRUIR (o radical constru) e DESTRUIR (o radical destru) So verbos abundantes. Alm da forma regular de conjugao (igual do verbo POSSUIR: construo,

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    construis, construi, construmos, construs, construem), mais comum em Portugal, apresenta tambm a conjugao irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i": construo, constris, constri, construimos, construs, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em -OER.

    OER: As 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma beber, respeitadas as devidas acentuaes tnicas.

    Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER (costumar, ter hbito de) so defectivos e s se conjugam nas terceiras pessoas.

    Exemplos: MOER (o radical MO-): mo, mis, mi, moemos, moeis, moem

    EAR: recebem a letra i nas formas rizotnicas (slaba tnica no radical). Nas demais, segue o paradigma falar. Exemplo: pentear (radical PENTE-).

    A slaba tnica foi sublinhada.

    Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam

    Pres.subjuntivo penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem

    Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam

    IAR: os verbos dessa terminao so regulares, ou seja, seguem a conjugao do paradigma falar. Exemplos:

    ADIAR (radical ADI-) Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam

    VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam

    Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR.

    Por isso, nada de VAREIA, seno VICEIA!!! Como vimos, esses verbos so REGULARES.

    Mas, ento, por que ser que tanta gente se engana? Porque ocorre uma contaminao com os verbos terminados em EAR, como pentear, apresentado acima.

    No entanto, h cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra e nas formas rizotnicas (formas em que a slaba tnica recai no radical), como no presente do indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O:

    Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar

    Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam

    Para facilitar, lembre-se da conjugao do verbo ODIAR, o mais comum deles.

    2. VERBOS DERIVADOS DE GUA DESAGUAR, ENXAGUAR - mantm a acentuao de gua na conjugao.

    Pres.indicativo: desguo, desguas, desguas, desaguamos, desaguais, desguam

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    Pres.subjuntivo: desge, desges, desge, desagemos, desageis, desgem

    No presente do subjuntivo, como o u pronunciado de forma fraca (tona), recebe o trema.

    3. AVERIGUAR, APAZIGUAR - No seguem a regra dos derivados de gua. Tm a acentuao tnica nas formas rizotnicas (no radical).

    O radical de averiguar [averigu-] e segue o paradigma falar, ressalvada a acentuao grfica (especialmente no Pres.Subjuntivo).

    Pres.indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam

    Pres.subjuntivo: averige, averiges, averige, averigemos, averigeis, averigem

    Antes da vogal e, quando o u pronunciado sem intensidade, recebe trema; com intensidade, leva acento agudo.

    VOZES DO VERBO

    Voz ativa

    Sujeito pratica a ao expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo).

    O presidente decretou a reforma econmica.

    Voz passiva

    O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe (sofre) a ao expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser:

    a) Analtica: (anlise uma coisa demorada, longa, comprida...) construda com verbo auxiliar (ser, estar) + particpio do verbo principal.

    Por ser longa (analtica), possui locuo verbal (que pode ser formada com dois ou at mesmo trs verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente pratica a ao verbal. Voc notou como essa construo grande?! Basta comparar com a seguinte a voz passiva sinttica.

    A reforma econmica foi decretada pelo presidente.

    b) Sinttica: (sntese uma coisa breve, resumida) construda com verbo principal + SE (pronome apassivador ou partcula apassivadora).

    Note que essa construo to resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o agente da passiva.

    Decretou-se a reforma econmica.

    Como veremos na aula de concordncia, so muitas as questes de prova que exploram a concordncia verbal em voz passiva sinttica.

    Voz reflexiva

    Construda com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito agente e paciente ao mesmo tempo.

    A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento.

    Voz recproca (destaque feito por Evanildo Bechara)

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    Construda com verbo e um pronome recproco. Os sujeitos so agentes e pacientes, ao mesmo tempo.

    Me e filho fitavam-se carinhosamente.

    TRANSPOSIO DE VOZES VERBAIS

    So muitas as questes de provas que abordam a transposio da voz ativa para a passiva, ou vice-versa.

    Por isso, vamos verificar o procedimento necessrio para essa transformao.

    O termo que exercia a funo sinttica de objeto direto na voz ativa ser o sujeito da voz passiva.

    No lugar de um verbo (ou uma locuo verbal), teremos uma locuo verbal com idia de passividade (incluso do verbo SER/ESTAR).

    O elemento que exercia a funo de sujeito da voz ativa ser, na voz passiva analtica, o agente da passiva.

    No h alterao nos demais complementos, como objeto direto, predicativo do objeto ou complementos adverbiais, que continuaro a exercer as mesmas funes.

    Veja o esquema abaixo:

    O professor deu o livro ao aluno.

    VOZ ATIVA SUJEITO (AGENTE)

    VERBO OBJETO DIRETO

    OBJETO INDIRETO

    O livro foi dado pelo professor ao aluno. VOZ PASSIVA ANALTICA SUJEITO

    (PACIENTE) LOCUO VERBAL

    AGENTE DA PASSIVA

    OBJETO INDIRETO

    O livro deu-se - ao aluno. VOZ PASSIVA SINTTICA Na passiva analtica, normalmente o verbo antecede o sujeito,

    formando: Deu-se o livro ao aluno.

    Cuidados que devem ser tomados na transposio:

    - identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, elemento que exercer a funo de sujeito da voz passiva e com o qual o verbo ir concordar;

    - realizar a concordncia verbal corretamente;

    - manter a conjugao do verbo auxiliar da locuo passiva no mesmo tempo e modo do verbo apresentado na voz ativa.

    Veja, agora, uma questo de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esse assunto:

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    (ESAF / ACE / 2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade.

    (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

    c) A estrutura Observa-se(l.2) corresponde, semanticamente, a Foi observado.

    Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal, apresentava-se no presente do indicativo (Observa-se), e na voz passiva analtica foi empregado no pretrito perfeito do indicativo (Foi observado). Erro na transposio da voz passiva sinttica para a analtica, em virtude da alterao do tempo verbal.

    DIFERENA ENTRE VERBOS REFLEXIVOS E VERBOS PRONOMINAIS

    Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e sofre a ao verbal. O pronome exerce a funo sinttica de complemento verbal (objeto direto ou indireto).

    Eu me cortei com a faca. Ele se veste muito bem.

    Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto que no o pronome:

    Eu cortei o brao com a faca. Ele vestiu o seu filho muito bem.

    J os verbos pronominais apresentam o pronome como parte integrante do verbo. Esses verbos no admitem conjugao com outro objeto que no o pronome.

    Eu me queixei do tratamento que recebi. Ele sempre se arrepende do que faz.

    Os pronomes que acompanham esses verbos no exercem nenhuma funo sinttica na orao.

    C O R R E L A O V E R B A L

    CORRELAO VERBAL consiste na articulao entre as formas verbais no perodo. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondncia entre si.

    Esse tipo de questo, normalmente, o candidato consegue acertar usando o ouvido.

    Observe que alguma coisa parece estar errada na construo: Se voc se acomodasse com a situao, ela se tornar efetiva.. Isso acontece porque no houve correlao entre a forma verbal da primeira orao (acomodasse) que indica hiptese, possibilidade - com a da segunda (tornar) que indica certeza.

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    A ttulo de curiosidade (e somente com esse propsito nada de ficar decorando listas), seguem alguns exemplos de construes corretas sob o aspecto de correlao verbal:

    a) Exijo que me diga a verdade. - presente do indicativo + presente do subjuntivo

    b) Exigi que me dissesse a verdade. pret.perf.indicativo + pret.imperf.subjuntivo.

    c) Espero que ele tenha feito uma boa prova. - presente indic.+ pret.perf.comp.subjuntivo.

    d) Gostaria que ele tivesse vindo. fut.pretrito.ind.+ pret.mais-que-perf.comp.subjuntivo

    e) Se voc quiser o material, eu o trarei. futuro do subjuntivo + fut.presente indicativo

    f) Se voc quisesse o livro, eu o traria. - pret.imperf.subj.+ fut.pretrito do indicativo

    Mais um exemplo de correlao entre os verbos. Veremos na aula sobre concordncia os casos em que o verbo haver impessoal. Um deles: indicao do tempo decorrido. Isso significa que o verbo ficar na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o seu complemento (plural ou singular).

    Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do perodo, isto , se a estrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo haver tambm dever ser conjugado no passado.

    Na edio da revista Veja sobre a morte de Cssia Eller, a manchete foi:

    A polcia suspeita que um coquetel de droga, lcool e remdios matou a cantora, que havia dois anos lutava para se livrar da dependncia de cocana

    Na poca, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redao da revista) sobre a correo dessa forma do verbo haver. Est CORRETSSIMA! Note que a afirmao se refere a um fato passado (afinal, infelizmente ela j no estava mais viva naquele momento). Assim, o tempo decorrido se encontrava concludo no passado, o que justifica o emprego de havia, da mesma forma que a forma lutava.

    Se a afirmao se referisse a um fato ainda atual: Fulano h dois anos luta para se livrar das drogas., todos os verbos se conjugariam no mesmo tempo verbal presente do indicativo.

    Vamos s questes de fixao. Mais uma vez, lembramos que so questes aplicadas nos mais diversos concursos pblicos do pas.

    Bons estudos a todos.

    QUESTES DE FIXAO

    (NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAU/2006)

    TEXTO - A SADE E O FUTURO

    Druzio Varella Reflexes para o futuro

    Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorncia e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditvel no havermos percebido em tempo, por exemplo, que

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    o vrus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o menino esperto, a menininha ingnua, o senhor enrustido, a me de famlia e se espalha para a multido de gente pobre, sem instruo e higiene. Haver milhes de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistncia permanente. Seus sistemas imunolgicos deprimidos se tornaro presas fceis aos bacilos da tuberculose, que, por via area, iro parar nos pulmes dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidmica do tempo dos nossos avs. Sfilis, hepatite B, herpes, papilomavrus e outras doenas sexualmente transmissveis atacaro os incautos e daro origem ao avesso da revoluo sexual entre os sensatos.

    No caldo urbano da misria/sujeira/ignorncia crescero essas pragas modernas e outras imergiro inesperadas. Estar claro, ento, que o perigo ser muito mais imprevisvel do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doena de Chagas, malria, esquistossomose, passveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, gua limpa e farta.

    Assustada, a sociedade brasileira tomar, enfim, conscincia do horror que ser pr filhos em um mundo to inspito. Nessas condies provvel que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundaes privadas e mantidos com o esforo e a vigilncia das comunidades locais, podero democratizar o atendimento pblico. Eficientes programas de preveno, aplicados em parceria com instituies internacionais, diminuiro o nmero de pessoas doentes.

    Ento vir a fase em que surgiro novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revoluo dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensido dos campos brasileiros.

    1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construo dessas previses se apia fundamentalmente:

    (A) no emprego do futuro do presente;

    (B) na abordagem de temas ainda desconhecidos;

    (C) na anteviso de um futuro sombrio;

    (D) na condenao do atraso social e cultural;

    (E) na utilizao de expresses de dvida.

    2 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) ... desses mesmos sentimentos que tm levado o Brasil beira do abismo,...; a forma verbal tm levado indica uma ao:

    (A) que j terminou;

    (B) anterior a outra ao passada;

    (C) habitual no passado;

    (D) iniciada no passado que continua no presente;

    (E) iniciada no presente que continua no futuro.

    3 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polcia / 2001)

    TEXTO - DROGAS: A MDIA EST DENTRO

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    Eugnio Bucci

    H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea. Ouvi-o de um professor um professor brilhante, bom que se diga.

    Ele se saa muito bem, tecendo consideraes crticas sobre o provo. Alis, o debate era sobre o provo, mas isso no vem ao caso. O que me interessou foi um comentrio marginal que ele fez e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentrio. Primeiro, ele disse que a publicidade no pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas so ditadas pela propaganda. Sim, a tese bvia, ningum discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatao, o professor lembrou que muita gente cheira cocana e, no entanto, no h propaganda de cocana na TV. Qual a concluso lgica? Isso mesmo: nem todo hbito de consumo ditado pela publicidade.

    A favor da mesma tese, poderamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e no consegue mudar os hbitos do pblico. Inmeros esforos publicitrios no resultam em nada. Continuemos no campo das substncias ilcitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicao, algumas um tanto soporferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da histria? Nem que seja para consumir produtos qumicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mdia. Temos alguma autonomia para formar nossas decises.

    Tudo certo? Creio que no. Concordo que a mdia no pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independncia em sua relao com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fcil demais e, para demonstr-la, escolheu um exemplo ingnuo demais.

    Embora no vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocana, ou de maconha, ou de herona, ou de crack, a verdade que os meios de comunicao nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda no de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, no refreia, mas refora o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, no se pode culpar os publicitrios por isso eles, assim como todo mundo, no sabem o que fazem.

    A favor da mesma tese, PODERAMOS dizer que...; o uso do futuro do pretrito, nesse segmento, indica:

    a) uma hiptese;

    b) uma forma polida de presente;

    c) uma possibilidade no realizada;

    d) ao posterior ao tempo em que se fala;

    e) incerteza sobre fatos passados.

    4 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001)

    TEXTO - RACISMO

    O Globo, 13/7/01

    A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionria do Lazio da Itlia, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhes de dlares.

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    Este o time cuja torcida j agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estdio.

    Aqui fica uma sugesto a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, com um brilhante futuro profissional: recuse o convite e no troque o Brasil pela Itlia, pois moedas no resgatam a dignidade. Diga no aos xenfobos e racistas.

    Considerando que a ao de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando do campo, ao tambm passada, o verbo agredir deveria estar no:

    a) mais-que-perfeito do indicativo;

    b) imperfeito do indicativo;

    c) futuro do pretrito;

    d) imperfeito do subjuntivo;

    e) presente do subjuntivo.

    5 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm ./2006)

    TEXTO - Racismo, discriminao, preconceito... Colocando os pingos nos is

    Maria Aparecida da Silva

    Recentemente assisti ao programa esportivo Carto Verde, da TV Cultura, no qual se discutia, de maneira tmida, a discriminao racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincn (Corinthians) e Wagner (So Paulo), em momentos distintos. Havia controvrsias quanto veracidade dos fatos, quanto sinceridade dos protagonistas, quanto oportunidade ou oportunismo das denncias. Mas o que de fato despertou minha ateno foi a relativizao do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expresso preconceito, quando as situaes em foco constituam, na verdade, prticas de discriminao racial.

    A autora no afirma com segurana, no primeiro pargrafo, que o jogador Paulo Nunes cometeu um ato discriminatrio; o meio lingstico empregado para relativizar essa afirmao :

    (A) a adjetivao de tmida, dada discusso;

    (B) o emprego do futuro do pretrito composto teria praticado;

    (C) o discurso indireto;

    (D) a inverso dos termos da frase;

    (E) a utilizao dos parnteses.

    6 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002)

    ESBOO DE UMA CASA

    Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em que no d gosto passar a mo. A moram quatro pessoas, com a criada, sendo que uma das pessoas passa o dia fora, menina de colgio.

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    Plantas, s as que podem caber num interior to longe da terra (estamos em um dcimo andar), e apenas corrigem a aridez das janelas. L embaixo, a fita interminvel de asfalto, onde deslizam automveis e bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme e estranha, a que se convencionou dar o apelido de mar, naturalmente falta de expresso sinttica para tudo o que h nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, de cadveres, de reflexos e de palpitao submarina.

    Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela, se nos debrussemos.

    Mas adquire-se o costume de olhar s para a frente ou mais para cima ainda. Ento aparecem montanhas, uma esttua de pedra que s vezes cortada pelo nevoeiro, casas absurdas danando - ou imveis, aps a dana - sobre precipcios. H tambm um coqueiro irreal, sem nenhum coco, despojado e batido de vento (que se diria um vento bbedo), no alto do morro, quase ao nvel da casa.

    (ANDRADE, C. Drummond de. Confisses de Minas. In Poesia e Prosa. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.)

    Na correlao entre os dois verbos sublinhados no trecho Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela... (linhas 15-16), o enunciador manifesta uma atitude de:

    A) certeza, pois sabe que o fato no pode acontecer;

    B) subjetividade, pois no sabe se o fato tem possibilidade de acontecer;

    C) dvida quanto possibilidade de um fato acontecer, pois no h hiptese de o outro tambm acontecer;

    D) certeza quanto possibilidade de um fato acontecer, na condio de tambm o outro acontecer;

    E) descrena sobre a realizao do fato, pois est condicionado realizao de outro fato.

    7 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005)

    A forma envoltas, em envoltas num cambiante vu de nuvens, corresponde ao particpio irregular do verbo envolver, que tambm possui a forma envolvido. O verbo abaixo que NO admite duplo particpio :

    (A) morrer;

    (B) escrever;

    (C) matar;

    (D) pegar;

    (E) eleger.

    8 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001)

    Noticiando forma do gerndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode NO estar no gerndio :

    a) As notcias esto chegando da Itlia cada vez mais rapidamente;

    b) Transformando-se o dio em amor, acabam-se as guerras;

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    c) Vindo o resultado, os clientes comearam a protestar;

    d) Os jogadores italianos esto reclamando dos estrangeiros;

    e) O atleta viajou, completando sua misso.

    9 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001)

    O emprego do particpio verbal est errado em

    A. O menino tinha matado a fome.

    B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares.

    C. O nibus tinha chego atrasado.

    D. As pessoas estavam salvas.

    10 - (CETRO / TCM SP / 2006)

    Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, um daqueles economistas que no pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o ttulo de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prmio Nobel de Economia de 1985. com essas qualificaes que Friedman tem defendido a polmica proposta de legalizao de todas as drogas.

    Em entrevista exclusiva Folha, o economista voltou a sustentar que, se h algo que deve ser eliminado, no so as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recm-divulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhes por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhes de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhes com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberao dessa droga.

    Em termos filosficos, a posio liberal do venerando economista sustentvel. Se acreditamos que a liberdade um valor a respeitar e cultivar e cremos nisso , ento a deciso sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransfervel. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comrcio e zelar para que as pessoas recebam toda a informao disponvel a respeito dos perigos do consumo.

    (...)

    Sobre o terceiro pargrafo do texto acima, levando-se em considerao as recomendaes da gramtica normativa tradicional, JULGUE a afirmao que segue.

    (A) no primeiro perodo, o termo venerando forma verbal de gerndio do verbo venerar e faz parte, no texto, de uma orao subordinada reduzida de gerndio. 11 - (ESAF/AFC SFC/2002)

    Assinale a opo gramaticalmente correta.

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    26

    a) Sob a tica de um Estado em particular a despeito de a Guerra Fiscal do ICMS ser prejudicial nao , h ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural de receita para o Estado.

    b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se um Estado se abstesse de tal poltica e os demais continuassem a pratic-la, esse perderia.

    c) Tendo em vista a anlise histrica da Guerra Fiscal, alguns autores propuseram uma diviso de perodos que comeam com a criao do ICM e chegam at a atualidade.

    d) No primeiro perodo, o Governo Central tirou dos Estados a competncia de instituir e aumentar alquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam tais atribuies somente ao Senado.

    e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no incipiente mecanismo de concesso de incentivos, e, por meio de lei complementar, criou o CONFAZ.

    (Com base em artigo de Andr Eduardo da S. Fernandes & Nlio L. Wanderlei)

    12 - (NCE UFRJ / ELETROBRS - Assistente Tcnico Administrativo /2005)

    E tantas vezes vim aqui...; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR :

    (A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa;

    (B) Amanh viro outros a visitar a mesma casa antiga;

    (C) Quando virem outros, a casa no ser a mesma;

    (D) Antigamente vinha muito a esta casa;

    (E) Eles no tm vindo a esta casa.

    13 - (NCE UFRJ / CVM / 2005)

    Se ele trabalhar, eu tambm trabalharei!; a alternativa que tem uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA :

    (A) Se ele for, eu tambm irei;

    (B) Se ele ver, eu tambm verei;

    (C) Se ele quiser, eu tambm quererei;

    (D) Se ele requerer, eu tambm requererei;

    (E) Se ele couber, eu tambm caberei.

    14 (NCE UFRJ / CVM / 2005)

    Se ele lesse, eu tambm leria; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA :

    (A) Se ele trouxesse, eu tambm traria;

    (B) Se ele aprovasse, eu tambm aprovaria;

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    27

    (C) Se ele pusesse, eu tambm poria;

    (D) Se ele viesse, eu tambm viria;

    (E) Se ele mantesse, eu tambm manteria.

    15 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005)

    Do segmento onde havia estado anteriormente e morara algum tempo, se quisssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveramos escrever:

    (A) estava;

    (B) estaria;

    (C) esteve;

    (D) estivera;

    (E) tinha estado.

    16 - (FCC / TRE AP - Tcnico Judicirio/ 2006)

    Est corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase:

    (A) Se algum propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com ateno.

    (B) Caso uma represa contenhe pouco volume de gua, as turbinas da usina desligam-se.

    (C) Seria preciso que refizssemos os clculos da energia que estamos gastando.

    (D) S damos valor s coisas quando elas j escasseiaram.

    (E) Se no determos os desperdcios, pagaremos cada vez mais caro por eles.

    17 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002)

    E agora passemos a outro programa; se nesta frase empregssemos o verbo PASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria:

    a) passeiemos;

    b) passeamos;

    c) passeiamos;

    d) passeemos;

    e) passeiam.

    18 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001)

    O verbo "despedir-se" apresenta erro grfico em:

    A. Despedir-se-o aps o jantar.

    B. Pedem que se despessam logo.

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    28

    C. No nos despediriam nessas circunstncias.

    D. Despeo-me de todos amanh.

    19 - (Fundao Jos Pelcio Ferreira / ICMS RO / 2006)

    H erro de conjugao verbal em:

    a) Nas intervenes, sempre se apunham comentrios maliciosos ao meu depoimento.

    b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira Repblica e hoje revela-se anacrnica.

    c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara polcia h dois meses.

    d) No se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais.

    e) Disse-me ele que eu s vezes pretiro os limites do bom senso.

    20 - (CESGRANRIO / BNDES ADVOGADO / 2004)

    Marque a opo em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida com uma forma simples flexionada do verbo entre parnteses.

    (A) provvel que muitas empresas _____ com as novas medidas econmicas. (falir)

    (B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilaes decorrentes de planos mal sucedidos. (precaver)

    (C) Ns _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a mudana, na semana passada. (reaver)

    (D) uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de pequenos problemas. (explodir)

    (E) Os funcionrios ficaro mais bem dispostos caso a firma _____ as salas de cores claras. (colorir)

    21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002)

    Tendo em conta a flexo verbal, CORRETO afirmar que as formas PROVM, PROVEM, PROVEM E PROVM referem-se, respectivamente, aos

    seguintes verbos:

    a) prover, provir, provar e provir

    b) provir, provar, prover e provir

    c) provar, prover, provir e prover

    d) provir, provar, provir e prover

    22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002)

    Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenas abaixo.

    Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleies. (impugnar)

    O condenado foi __________________ diante de uma multido. (decapitar)

    O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar)

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    a) impgno decaptado averige

    b) impugno decapitado averigem

    c) impuguino decapitado avergem

    d) impugno decaptado averigem.

    23 (NCE UFRJ / INCRA / 2005)

    Na frase Vem pra CAIXA voc tambm h um erro gramatical que j foi bastante comentado; o desvio da norma culta, neste caso, est:

    (A) no uso de pra em lugar de para;

    (B) na grafia em maisculas do vocbulo CAIXA;

    (C) no tratamento ntimo voc em lugar de o senhor;

    (D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem;

    (E) a mistura de tratamentos.

    24 - (FUNDEC / TRT 1.Regio / 2003)

    Considere a flexo do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho..." (linhas 12-14) e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo.

    Pode-se afirmar que o referido verbo est flexionado de forma INCORRETA na opo:

    A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

    B) Trabalhadores, no se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

    C) No somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

    D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

    E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

    25 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006)

    Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vs, obtm-se:

    (A) Adivinhais.

    (B) Adivinhai.

    (C) Adivinheis.

    (D) Adivinhei.

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    (E) Adivinde.

    26 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002)

    Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa do imperativo, sua forma correta seria:

    a) no tem;

    b) no tenhas;

    c) no tende;

    d) no tenha;

    e) no tens.

    27 - (FGV / ICMS MS TTI / 2006)

    Aqui h plantas que do duas, trs safras por ano.

    Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, s no se respeitou a norma culta em:

    (A) Aqui existem plantas que do duas, trs safras por ano.

    (B) Aqui deve haver plantas que do duas, trs safras por ano.

    (C) Aqui podem existir plantas que do duas, trs safras por ano.

    (D) Aqui h de existir plantas que do duas, trs safras por ano.

    (E) Aqui pode haver plantas que do duas, trs safras por ano.

    28 - (ESAF / ACE / 1998)

    A diplomacia econmica dos Estados Unidos consagrou a idia de grandes mercados emergentes (Big Emerging Markets). Pases como a China, o Brasil, a ndia, a Coria do Sul ou a Indonsia, os maiores entre os grandes, reuniram oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econmica ofensiva e insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento do investimento estrangeiro. Entre os grandes, a ndia dos maiores. H previses de crescimento populacional que colocam(C) os indianos frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos.

    (Baseado em Gilson Schwartz, Folha de So Paulo, 8/03/1998)

    a) A

    b) B

    c) C

    d) D

    e) E

    29 - (FCC / TRE AP - Tcnico Judicirio/ 2006)

    Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem gua, a forma verbal resultante ser

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    (A) ser gasta.

    (B) foi gasta.

    (C) est sendo gasto.

    (D) ser gasto.

    (E)) gasto.

    30 - (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003)

    Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a orao Com verba do Estado, 18 composies j esto sendo reformadas (linhas 5-6) deve ter a forma expressa na opo:

    A) J esto reformando 18 composies com recursos do tesouro estadual.

    B) O Estado, com recursos prprios, j est reformando 18 composies.

    C) J esto sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composies.

    D) 18 composies j esto sendo reformadas com recursos prprios do Estado.

    E) Atravs da verba do Estado esto reformando 18 composies.

    31 - (FUNDAO JOO GOULART/PGM RJ/2004)

    O martelo de percusso confundido com um instrumento ameaador.

    Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira:

    A) Confunde-se o martelo de percusso com um instrumento ameaador.

    B) Um instrumento ameaador confundiu-se com o martelo de percusso.

    C) Confundem o martelo de percusso com um instrumento ameaador.

    D) Um instrumento ameaador confundido com o martelo de percusso.

    32 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polcia / 2001)

    nem todo hbito de consumo ditado pela publicidade.; colocando-se esse segmento do texto na voz ativa, temos como forma adequada:

    a) a publicidade no dita todo hbito de consumo;

    b) a publicidade dita todo hbito de consumo;

    c) o hbito de consumo dita a publicidade;

    d) o hbito de consumo no dita a publicidade;

    e) nem toda publicidade dita todo hbito de consumo.

    33 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judicirio / 2001)

    Na voz passiva, a forma correta da frase o lenhador quebrou o silncio :

    a) quebraram o silncio;

    b) quebrou-se o silncio;

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    c) quebrou-se o silncio pelo lenhador;

    d) o silncio foi quebrado pelo lenhador;

    e) o silncio era quebrado pelo lenhador.

    34 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005)

    Se voc assalariado... tem crdito; a alternativa abaixo que mostra uma concordncia INADEQUADA entre os tempos verbais :

    (A) Se voc fosse assalariado... teria crdito;

    (B) Se voc for assalariado... ter credito;

    (C) Se voc foi assalariado... teve crdito;

    (D) Se voc tivesse sido assalariado... teria tido crdito;

    (E) Se voc seja assalariado... tem crdito.

    35 - (NCE UFRJ / CVM / 2005)

    NO h a devida correlao temporal das formas verbais em:

    (A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversrio;

    (B) conveniente que o time ficaria sem saber quem o adversrio;

    (C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversrio;

    (D) Ser conveniente que o time fique sem saber quem o adversrio;

    (E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversrio.

    36 - (ESAF / AFC SFC / 2000)

    Assinale a opo em que a correlao entre tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe.

    a) H pelo menos dois sculos, desde que Adam Smith inaugurou a profisso, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefcios do livre comrcio e pregando a liberdade econmica.

    b) O mundo perfeito, garantem, aquele em que no h nenhum tipo de obstculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idias.

    c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a fazia viver sempre em equilbrio.

    d) Presa, seria como uma mquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria desperdcio de energia e empobreceria os cidados.

    e) A virada do milnio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista escocs. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses.

    (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135)

    37 - (ESAF/AFT/2006)

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    No atual estgio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrtico, no basta abolir a necessidade de bens bsicos. necessrio que o processo produtivo seja capaz de continuar, com eficincia, a produo e a oferta de bens considerados suprfluos.

    Em se tratando de um compromisso democrtico, uma hierarquia de prioridades deve colocar o bsico sobre o suprfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de casar democracia, fim da apartao e eficincia econmica em geral o fato de que o potencial econmico do pas permite otimismo quanto possibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratgia em que o tempo no ser muito longo.

    (Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade tcnica modernidade tica, p.29)

    Julgue o item a seguir.

    - Substituir o conectivo de valor condicional se (l.1) por caso, resultando em: caso se.

    38 - (CESPE UNB / AGU / 2002)

    A minha firme convico que, se no fizermos todos os dias novos e maiores esforos para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se no tivermos sempre presente a idia de que a escravido a causa principal de todos os nossos vcios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de durao legal calculadas todas as influncias que lhe esto precipitando o desfecho ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social.

    Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intrpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptaes).

    Julgue a assertiva abaixo.

    - As estruturas condicionais se no fizermos (l.1) e se no tivermos (l.2) podem ser substitudas, respectivamente, por caso no faamos e caso no tenhamos, sem prejuzo para a correo gramatical do texto.

    39 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006)

    Na frase O autor do texto pensa que a Terra se tornar invivel, criada a partir do tema do texto, a correspondncia de tempos verbais INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornar :

    (A) pensou / se tornaria;

    (B) tinha pensado / se tornaria;

    (C) pensava / tornar;

    (D) pensar / se tornar;

    (E) teria pensado / se tornaria.

    40 - (NCE UFRJ / MPE RJ AUXILIAR / 2001)

    Se houvesse uma lei que proibisse...; se, em lugar de SE, escrevssemos QUANDO, as formas verbais sublinhadas deveriam ser, respectivamente:

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    a) houver / proba;

    b) haver / proibisse;

    c) haja / proibindo;

    d) haver / proba;

    e) houver / probisse.

    GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO

    1 A

    A expresso um tom de profecia, no enunciado, j d a deixa para a resposta certa. A partir do ttulo da matria (Reflexes sobre o futuro) se verifica que o autor apresentar fatos que podero ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constri basicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo ar de previso.

    2 D

    O pretrito perfeito composto (tem levado) retrata fatos iniciados no passado que apresentam durao at o momento presente (o que justifica a conjugao do verbo auxiliar nesse tempo verbal). Essa questo vem afirmar o conceito desse tempo verbal composto.

    3 B

    Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questo. Em vez do futuro do pretrito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo: A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que.... Contudo, o autor optou por uma forma mais educada, polida de se dirigir ao leitor: PODERAMOS.

    Perceba que a banca explorou tambm algumas outras possibilidades de emprego do futuro do pretrito (hiptese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornou-se necessria a transcrio do texto.

    4 A

    O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato tambm no passado o pretrito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construo do perodo : A torcida do Lazio j agredira (ou a forma composta tinha agredido) o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estdio.

    5 B

    Quando no se tem convico acerca do que ser pronunciado, pode-se usar o futuro do pretrito simples ou composto.

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    35

    Essa foi a forma utilizada pela autora do texto ao empregar: a discriminao racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros.

    Note que essa incerteza confirmada no perodo seguinte: Havia controvrsias quanto veracidade dos fatos, quanto sinceridade dos protagonistas, quanto oportunidade ou oportunismo das denncias..

    Para no afirmar categoricamente a ocorrncia de um crime, a autora usa a forma verbal do futuro do pretrito composto e se mantm margem de qualquer acusao, apenas relatando os fatos.

    6 D

    sempre bem-vinda a oportunidade de ler Drummond.

    Nessa questo, a banca foi extremamente inteligente ao jogar com as palavras certeza e condio.

    Uma das possibilidades de emprego do futuro do pretrito do indicativo estabelecer uma hiptese (certeza de ocorrncia) relacionada a uma condio (incerteza de ocorrncia). Desse modo, estabelece-se a relao entre o modo indicativo e subjuntivo. A indicao apresentada no futuro do pretrito (modo indicativo) apresenta uma certa incerteza, haja vista necessidade de a condio se realizar (modo subjuntivo).

    No trecho Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela..., afirma-se que, se chegssemos junto janela [CONDIO], teramos vertigem [HIPTESE].

    O que define como correta a afirmao do item D (e no a opo E) a certeza da ocorrncia do fato (ter vertigem) uma vez concretizada a condio (chegar junto janela).

    7 B

    Abordaremos, agora, as formas nominais.

    Como vimos, alguns verbos possuem mais de uma forma vlida para o particpio: regular e irregular. Dentre os verbos apresentados na questo, o nico que possui somente uma forma (irregular) o verbo escrever. Alis, fizemos meno a ele na nossa aula.

    As formas participiais dos demais verbos so:

    - MORRER morrido (regular) e morto (irregular)

    - MATAR matado (regular) e morto (irregular)

    [CURIOSIDADE: o particpio irregular morto tanto pode se referir ao verbo matar como ao verbo morrer.]

    - PEGAR pegado (regular) e pego (irregular)

    - ELEGER elegido (regular) e eleito (irregular)

    Lembrando que os particpios regulares so empregados nos tempos compostos com os verbos TER e HAVER, enquanto que os particpios irregulares so usados nas locues verbais de voz passiva, com os verbos SER e ESTAR.

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    Os nicos verbos que admitem emprego indistinto (auxiliares TER, HAVER, SER ou ESTAR) de qualquer forma participial (regular ou irregular) so GANHAR, GASTAR, PEGAR E PAGAR (dois com P e dois com G).

    8 C

    Como vimos em nossa aula, o verbo VIR (e seus derivados) apresentam uma nica forma tanto para o gerndio quanto para o particpio: VINDO (intervindo, convindo, advindo).

    Por isso, a forma Vindo o resultado tanto pode estar no gerndio como no particpio.

    Note essa dupla possibilidade a partir da troca do verbo VIR por outro, como o RECEBER:

    Recebido o resultado, os clientes comearam a protestar. orao reduzida de particpio

    Recebendo o resultado, os clientes comearam a protestar. orao reduzida de gerndio

    As demais formas apresentam-se no gerndio e possuem forma participial distinta: chegando (chegado), transformando (transformado), reclamando (reclamado), completando (completado).

    9 C

    Essa questo para os que acharam um absurdo nosso comentrio sobre a forma do particpio do verbo CHEGAR. No sei em relao s demais regies do Brasil, mas aqui no Sul do pas muito comum ouvir: Ele no tinha chego ainda.. Tanto isso deve ser comum que a banca da Fundao Getlio Vargas, uma das melhores do pas, explorou esse conceito.

    Repetimos a lio: o verbo chegar apresenta uma NICA forma de particpio: o regular CHEGADO.

    Por isso, a forma correta da opo C seria: O nibus tinha chegado atrasado.

    10 ITEM INCORRETO

    verdade que a forma venerando o particpio do verbo venerar. Contudo, no texto (que transcrevemos apenas parcialmente), esse vocbulo tem valor adjetivo, equivalente a venervel, respeitvel.

    por esse motivo que gerndio, particpio e infinitivo so chamadas FORMAS NOMINAIS. Derivam de verbos, mas podem ser usadas como adjetivos, advrbios ou substantivos.

    11 C

    A partir de agora, nosso assunto passou a ser CONJUGAO VERBAL.

    Est correta a conjugao do verbo PROPOR em alguns autores propuseram, pois esse verbo derivado do verbo PR e se conjuga por ele: eles puseram / eles propuseram.

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    Esto incorretas as formas verbais em:

    a) h ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural - houvesse, pretrito imperfeito do subjuntivo do verbo HAVER.

    b) mas se um Estado se abstesse de tal poltica o verbo ABSTER derivado do verbo TER e se conjuga como ele: se tivesse se abstivesse. d) ficou estabelecido que couberiam tais atribuies somente ao Senado o verbo CABER se conjuga, no futuro do pretrito do indicativo, caberiam.

    Alis, essa a diferena entre o futuro do subjuntivo (couber) e o infinitivo pessoal (caber): o primeiro deriva da 3 pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo (couberam), formando quando eles couberem; j o segundo, deriva do infinitivo impessoal: para eles caberem.

    Na maior parte das vezes, especialmente nos verbos regulares, essas formas so grafadas de modo idntico: quando eles chegarem (fut.subjuntivo); para eles chegarem(infinitivo pessoal).

    Em outras, as formas so diferentes: TRAZER (quando eles trouxerem / para eles trazerem), VER (quando eles virem / para eles verem), dentre tantas outras.

    Essa distino muito importante, pois muitas vezes, na linguagem do dia-a-dia, nos verbos irregulares, acaba-se trocando uma pela outra.

    e) o Governo Federal interviu o verbo intervir derivado do vir e se conjuga como seu paradigma: ele veio / ele interveio.

    12 C

    Dando seqncia ao estudo das formas verbais primitivas e derivadas, vamos analisar outra questo sobre o tpico. Est em foco, agora, o verbo VIR.

    A forma verbal da opo C o futuro do subjuntivo. Como revimos na questo anterior, esse tempo verbal deriva da 3.pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo (eles vieram).

    Assim, a forma correta seria: Quando vierem outros, a casa no ser a mesma..

    Em caso de dvidas, reveja o quadro de formas primitivas / formas derivadas.

    A opo a, que pode ter deixado muita gente em dvida, apresenta a 1. pessoa do singular do presente do indicativo: ns vimos, tempo indicado pelo advrbio hoje. No confundam com o pretrito perfeito desse verbo (viemos).

    13 B

    O futuro do subjuntivo deriva da 3. pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo. Assim, no verbo VER, a forma primitiva ser (eles) viram. Por isso, no futuro do subjuntivo, a forma correta Se ele vir, eu tambm verei..

    Veja como esto corretas as demais construes verbais:

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    FORMA PRIMITIVA FORMA DERIVADA VERBO

    3.pessoa plural pret.perfeito futuro do subjuntivo

    IR ELES FORAM SE ELE FOR

    QUERER ELES QUISERAM SE ELE QUISER

    REQUERER ELES REQUERERAM SE ELE REQUERER

    CABER ELES COUBERAM SE ELE COUBER

    14 E

    Essa questo idntica anterior. A diferena est no tempo verbal a ser analisado.

    Agora, ser o pretrito imperfeito do subjuntivo. Como vimos, esse tempo tambm deriva da 3. pessoa do plural do pretrito perfeito, assim como o futuro do subjuntivo (visto anteriormente).

    Ento, vamos ao quadro.

    FORMA PRIMITIVA FORMA DERIVADA VERBO

    3.pessoa plural pret.perfeito pretrito imperfeito do

    subjuntivo

    TRAZER ELES TROUXERAM SE ELE TROUXESSE

    APROVAR ELES APROVARAM SE ELE APROVASSE

    PR ELES PUSERAM SE ELE PUSESSE

    VIR ELES VIERAM SE ELE VIESSE

    MANTER ELES MANTIVERAM SE ELE MANTIVESSE

    15 - D

    O tempo verbal da locuo verbal havia estado nada mais do que o pretrito mais-que-perfeito composto, construo em que o verbo auxiliar se conjuga no pretrito imperfeito. Assim, esto em perfeita correlao os verbos das duas oraes. O que o examinador sugere, em suma, que se substitua a forma composta pela simples: estivera.

    16 C

    Para no errar questes de conjugao verbal, devemos ter em mente sempre a dica do PARADIGMA. Um verbo normalmente se conjuga como um outro parecido. Assim, na dvida, busque outro verbo (mais comum ao seu linguajar) cuja conjugao voc conhea e aplique a desinncia no verbo desconhecido.

    Vamos prtica:

    a) O verbo PROPOR se conjuga como o verbo PR. Assim: se algum puser leva a se algum propuser.

    b) O verbo CONTER se conjuga como o verbo TER. Por isso: caso uma represa tenha leva a caso uma represa contenha.

    d) O verbo ESCASSEAR (que dificilmente usamos) se conjuga como o verbo PASSEAR. Lembre-se de que esses verbos terminados em EAR s recebem a letra i nas formas

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    rizotnicas, ou seja, quando a slaba tnica recaia no radical. Bem, ento: elas j passearam leva a elas j escassearam. Note que o radical do verbo ESCASSEAR ESCASSE-, e a slaba tnica recai fora do radical (escassearam), no devendo receber a letra i.

    e) O verbo DETER se conjuga como o verbo TER (novamente). Assim: se no tivermos leva a se no detivermos.

    Viu s como essa regra do paradigma uma mo na roda?

    17 D

    J falamos sobre a conjugao dos verbos terminados em EAR na questo anterior, mas no custa nada repetir. Afinal, esses exerccios so de FIXAO.

    As formas rizotnicas (slaba tnica no radical) dos verbos terminados em EAR recebem a letra i. Por isso: eu passeio, tu passeias, ele passeia, ns passeamos, vs passeais, eles passeiam.

    Vimos tambm que o presente do subjuntivo um tempo verbal que busca o radical da 1.pessoa do singular do presente do indicativo.

    Assim, o radical passe de eu passeio forma todo o presente do subjuntivo. No se esquea de que continua valendo a regra da letra i nas formas rizotnicas.

    A conjugao do verbo PASSEAR no presente do subjuntivo ser: passeie / passeie / passeie / passeemos / passeeis / passeiem

    18 B

    Sabe aquela regrinha do paradigma? Veja s como ela ajuda em questes como essa, de conjugao verbal.

    O verbo DESPEDIR lembra muito um outro verbo. Com certeza voc j adivinhou... o verbo PEDIR. Ento, sua conjugao segue a do seu paradigma: que peam leva a que despeam.

    E olha l na opo D uma dica dessa forma: o presente do subjuntivo (despeam) deriva de qual forma mesmo??? Deriva da 1. pessoa do singular do presente do indicativo: DESPEO.

    Bela ajuda que a banca deu para que voc no errasse essa questo, no ?

    19 B

    Muita gente nunca deve ter ouvido falar dessa banca examinadora (eu, pelo menos, s a conheci agora). Ela foi a responsvel pela prova para o ICMS de Rondnia, recentemente aplicada.

    Essa questo o nosso mote para comearmos a falar sobre VERBOS DEFECTIVOS.

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    Lembrando: esses verbos apresentam defeito, ou seja, no possuem todas as formas de conjugao. Esse defeito s aparece na conjugao do presente do indicativo e nas formas dele derivadas (presente do subjuntivo, imperativo).

    Na opo B, h erro na conjugao do verbo viger, que defectivo. Este verbo no possui a 1. pessoa do singular do presente do indicativo.

    Nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu).

    Assim, a forma correta seria: Trata-se de uma lei que vigeu ....

    As demais formas, que esto CORRETAS, so:

    a) o pretrito imperfeito do indicativo do verbo APOR, que derivado do verbo PR: sempre se punham leva a sempre se apunham. Provavelmente voc achou HORROROSA essa forma PUNHAM, talvez at nunca tenha-a usado. Mas est correta e deve fazer parte do seu cotidiano a partir de hoje. Afinal, no assim que as crianas fazem? Quando elas aprendem uma palavrinha nova, ficam-na usando constantemente. Saia por a falando punham pra l, apunham pra c...

    c) A forma delatara o pretrito mais-que-perfeito do verbo DELATAR.

    d) O verbo sobrestar, que, no contexto, apresenta o sentido de impedir, sustar, retardar, derivado do verbo ESTAR. Assim, no se pode admitir que o Direito esteja leva a no se pode admitir que o Direito sobresteja.

    e) Essa opo enganou muita gente. Os que se lembraram da dica do paradigma certamente acertaram. A forma pretiro, que causou estranheza a muita gente, a conjugao do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR eu prefiro eu pretiro.

    20 C

    O verbo reaver conjugado no presente do indicativo nas formas em que o verbo HAVER apresenta a letra v.

    Vejamos, inicialmente, a conjugao do verbo HAVER, no presente do indicativo:

    Eu hei / tu hs / ele h / ns havemos / vs haveis / eles ho.

    Assim, o verbo HAVER s apresenta conjugao, no presente do indicativo, nas 1. e 2.pessoas do plural.

    O emprego do pronome ns na opo C fez com que essa fosse a resposta correta. Ns reavemos todos os documentos e contrato perdidos durante a mudana....

    Vamos analisar as demais opes:

    a) O verbo falir defectivo e, assim como o verbo REAVER, no presente do indicativo, s se conjuga com os pronomes NS e VS (ns falimos / vs falis).

    b) O mesmo acontece com o verbo PRECAVER. S existem as formas ns nos precavemos e vs vos precaveis.

    d) O verbo EXPLODIR no possui a 1. pessoa do singular do presente do indicativo. Consequentemente, no possui nenhuma das formas do presente do subjuntivo. Assim, no possvel preencher a lacuna dessa opo com a forma simples do verbo, pois seria necessrio conjug-lo no presente do subjuntivo. Para confirmar isso, vamos trocar o verbo EXPLODIR por outro, como ABORRECER-SE: uma pena que o vice-presidente da empresa SE ABORREA por cauda de pequenos problemas.

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    e) O verbo COLORIR tambm defectivo, no apresentando a 1.pessoa do singular do presente do indicativo. Por isso, no possui tambm o presente do subjuntivo, tempo em que seria conjugado na construo da opo e. Poderia ser substitudo por seu correspondente COLORAR, que regular e apresenta todas as formas verbais, ou mesmo pelo verbo PINTAR:

    Os funcionrios ficaro mais bem dispostos caso a firma COLORE / PINTE as salas de cores claras.

    21 B

    Essa questo deve ter dado um n na cabea